A evolução do Gestor de Tráfego

Quando comecei a trabalhar com tráfego online em 2010, tudo era muito diferente. Como no caso da atuação dos profissionais de tráfego, na época nomeados táticos ou mídia on-line, todo o processo era manual. As plataformas de anúncio têm como modelo de negócio, em sua grande maioria, a cobrança por clique, o que é chamado de CPC (Custo por clique). Há pouco tempo, dois a três anos atrás, o CPC era controlado manualmente por um humano, executando trabalho sub-humano. Por quê?

Imagina você precisar entender qual palavra-chave, anúncio, idade, sexo, região, horário e inúmeros comportamentos são ideais para gerar fluxo, conversão e vendas para um negócio? Eu diria que é humanamente impossível. Pois é, mas é o que nós gestores de tráfego tentávamos fazer e, muitas vezes, até conseguíamos alcançar um ótimo resultado.

Criávamos campanhas ultracomplexas. No Google, por exemplo, quanto mais segmentada – a nível de campanhas, grupos de anúncios e palavras-chave – melhor o desempenho, se conseguíssemos fazer uma gestão eficaz. Eram horas e horas do dia, analisando qual o CPC ideal para uma palavra, o que mudava todos os dias. O processo de otimização de conta era diário e exaustivo.

Porém, nos últimos anos, as ferramentas de anúncio vêm desenvolvendo inteligências de otimizações automáticas. No início funcionava muito mal, fazendo apenas as campanhas consumirem mais verba sem grandes resultados. Acredito que isso tenha deixado um trauma em muitos gestores de tráfego que até hoje têm uma certa resistência em utilizar a inteligência artificial das plataformas de anúncio.

Eu mesmo fui um deles. Demorei algum tempo para começar a testar os Lances Automáticos tanto no Google quanto nas mídias sociais. Porém, acabei me rendendo aos poucos e hoje sou apaixonado pelo uso da IA na mídia paga.

Então, o que mudou?

Basicamente, grande parte do trabalho manual anterior que nos tomava muito tempo, agora podemos deixar a cargo da inteligência artificial – deixar o robô fazer trabalho de robô, enquanto nós fazemos o trabalho humano. As plataformas ainda não têm a inteligência de entender o serviço, de produtificar, planejar páginas de entrada atraentes, pensar quais termos de buscas ou sementes podemos plantar para atrair o público. Tudo isso é o novo trabalho do gestor de tráfego – muito mais de planejamento do que de otimização diária.

Já determinar quais segmentações, horários, regiões, sexos, CPC dentre inúmeros comportamentos geram as melhores conversões, isso sim, a inteligência artificial das plataformas já está fazendo muito bem. Até podemos acompanhar, mas vale mais a pena deixarmos que a IA trabalhe do que ficar toda hora mexendo nas campanhas. Hoje, muitas vezes, não fazer nada gera mais resultado do que tentar otimizar manualmente o tempo todo.

Outro aspecto é que as campanhas podem ser mais simples, mais abertas, pois a própria inteligência artificial consegue ir segmentando. Hoje, se nós fecharmos muito as campanhas em segmentações e restrições de palavras, não deixamos campo para a IA atuar. Claro que também não podemos abrir demais porque senão demora mais. Essa sensibilidade é crucial para um bom planejamento de marketing online atualmente.

Por exemplo, se você tem um produto que atende somente ao público feminino ou vice-versa, não tem por que começar campanhas abertas para todos os sexos. Já pode segmentar, pois você tem a certeza que aquele é o público que compra seu produto. Só tome cuidado com as verdades absolutas. Já tivemos alguns casos na Proteína em que os públicos nos surpreenderam; nos quais o cliente tinha a certeza que o consumidor dele era um, e, após testarmos, acabou se revelando outro.

Alguns cuidados que precisam ser tomados
Agora que já sabemos que otimizar campanhas automaticamente utilizando a inteligência artificial das plataformas de anúncio comprovadamente funciona, não é só mudar a configuração e pronto. Precisamos tomar alguns cuidados.

O primeiro deles é que toda essa otimização automática funciona com insumos que entregamos para as plataformas. Então, as conversões precisam estar muito bem configuradas. No caso de sua venda ser através de um CRM, toda esteira comercial e os passos da venda precisam estar integrados corretamente. No caso de ser venda online, todas as transações precisam estar integradas.

As plataformas não têm como adivinhar se uma venda foi feita. Temos que informar se um lead é qualificado, se uma venda é realizada, o valor dela etc. Isso de forma ágil, automaticamente para que, assim, os resultados sejam também muito mais rápidos.

Também sempre recomendo nunca começar do zero uma campanha sem histórico, já com lances automáticos. Nesse caso, comece manualmente por pelo menos 1 mês, gere conversões e depois vá, aos poucos, migrando para lances automáticos.

Os algoritmos para aprenderem sem histórico, geralmente consomem muito e demoram mais. Portanto, iniciar de modo manual, gerar esse histórico de forma controlada e ir trocando percentualmente para o automático é a maneira que conseguimos atualmente gerar resultados mais rapidamente e com menos investimento.

Checklist:

Nunca esqueça de metrificar corretamente, algoritmos precisam ser alimentados;
Comece manual, gere histórico e migre para lances automáticos gradativamente;
Campanhas com estruturas mais simples, geram mais resultados. Não precisamos mais fazer o trabalho de robô

Bauer Express comemora números de 2022 e planeja expansão para 2023

A Bauer Express é uma empresa especializada no transporte de cargas fracionadas e encomendas expressas, com bases no Sul e Sudeste do país. Na busca constante pelo crescimento, em 2022 a instituição realizou grande investindo na qualificação profissional, além de modernização de estrutura e ampliação da área de atendimento e encerra o ano com mais de 90 unidades ativas.

Para 2023, a Bauer Express deseja estar ainda mais próxima aos clientes e seguir com o crescimento exponencial apresentado em 2022. Por isso, para acelerar esse processo, a empresa ampliou o organograma e criou o departamento de Expansão. A frente do plano tático da instituição, o novo setor prevê mais de 40 novas unidades para 2023, o que irá aumentar a produtividade da empresa.

“Com uma diretoria exclusiva e um gerente de expansão por Estado na área de atuação, definimos o plano tático de expansão e mapeamos 42 novas unidades a serem abertas no ano de 2023”, destacou Darlan Bohnmberger, diretor de Expansão da Bauer Express.

Até o final de 2023, serão aproximadamente 150 unidades ativas, o que dará sequência a expansão na área de atendimento e irá interligar nossos clientes a diversos novos locais, fortalecendo a marca e superando expectativas.

Com foco no transporte de têxteis, informática, autopeças, calçados e documentos, a Bauer Express faz uso da expertise em logística e da tecnologia para ampliar seus resultados. Com coletas e entregas em mais de 1.200 cidades, a empresa ganha destaque no segmento, e se torna cada dia mais atuante no mercado de logística, o que confirma e potencializa o crescimento para 2023.

Amaro lança serviço de entrega em até 3 horas para 60% dos clientes

A novidade irá atender 60% dos consumidores e já passou por testes e até projeto-piloto.

De olho na conveniência do cliente, a retailtech Amaro anunciou seu novo movimento operacional para ofertar entregas em até 3 horas. A novidade irá atender 60% dos consumidores e já passou por testes e até projeto-piloto. Ao todo, mais de 5 mil pedidos já foram entregues em até 3 horas durante a fase de testes.
O projeto será um facilitador para as consumidoras que, em algumas partes do Brasil, recebem suas compras com prazo de 2 a 7 dias. De acordo com dados da empresa, em média os pedidos da Amaro estão sendo entregues em 1.6 dia.

Os produtos disponíveis para este tipo de entrega estarão marcados com o selo “Receba Hoje”, tanto no site quanto no app. Para adesão a esse serviço, foram adicionados também novas funcionalidades na jornada do cliente no site e no aplicativo.

“A entrega super rápida em até 3 horas será revolucionária no segmento. Vai permitir que as pessoas recebam quase instantaneamente um novo look para uma festa, um presente para uma amiga, um item de mesa posta para o jantar que darão a algumas horas ou um produto de skincare que esgotou”, destaca Dominique Oliver, fundador e CEO da Amaro.

A entrega em até 3 horas está disponível para as cidades de Campinas, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. O frete é grátis para pedidos acima de R$ 249, menos para São Paulo e Campinas, sendo grátis acima de R$ 499.

Retirada em lojas
Além do serviço de entrega, a Amaro também está implementando a retirada no guide shop (espaços físicos da marca) mais próximo em até 30 minutos. A companhia tem investido na expansão física, especialmente com os guide shops, lojas de até 1.500 m², que reforçam o posicionamento da marca como ecossistema.

No ano passado, a Amaro inaugurou sete novos estabelecimentos nas maiores capitais do País. O planejamento até o final desse ano é de que a empresa tenha aberto seis novas lojas. No total, a Amaro chega a 21 guide shops presentes em 14 cidades e dobra sua presença nacional desde 2020.

“Em termos de crescimento, o e-commerce no Brasil tem apenas 14% de participação no varejo e chegará a 20% somente em 2024 ou 2025. Assim, a expansão dos guide shops é fundamental para ganhar novos clientes e aumentar a fidelidade das nossas clientes atuais, além de, por conta do modelo omnicanal, aumentarem a participação do online nas cidades em que temos lojas”, comenta Oliver.

A opção de retirada na loja em 30 minutos está disponível em todas as cidades listadas no serviço de entrega, mais Belo Horizonte e Brasília.

Correios buscam expandir serviço de entregas voltado ao e-commerce em Feira de Santana e região

De acordo com a superintendente dos Correios no estado da Bahia, a empresa possui atualmente muitos clientes cadastrados no Log + e explicou como funciona esse serviço.

Feira de Santana é um grande polo comercial de entrega de encomendas. E com a proximidade de datas importantes como a Black Friday e os festejos de final de ano, aumenta ainda a circulação de mercadorias.

No município, é cada vez maior também a procura pelo serviço de e-commerce por empresas que desejam ampliar as suas vendas e dar maior comodidade aos consumidores. Atento a este movimento, os Correios têm buscado aumentar sua cartela de clientes cadastrados no serviço de entregas Log +.
O serviço Log + dos Correios visa dar todo o apoio operacional e logístico aos estabelecimentos que comercializam seus produtos por meio da internet, atendendo tanto ao mercado local quanto empresas que realizam entregas a nível nacional e internacional.

De acordo com a superintendente dos Correios no estado da Bahia, Simone Barreto, a empresa possui atualmente muitos clientes cadastrados no Log + e explicou como funciona esse serviço.

“Quem tem uma loja e tem esse desejo, pode entrar em contato com a superintendência, e a nossa gerência de vendas, e nós vamos encaminhar um assistente comercial para fazer essa venda e informar o trâmite. Porque hoje a gente tem um serviço que a gente cuida do armazém do cliente. Ele só cuida da página dele na internet, e a gente faz esse armazém pra ele. A gente coloca a etiqueta e encaminha para o cliente dele. Eles passam o arquivo pra gente, informando para quem vendeu, dão o endereço, e a encomenda já está em nossa posse e fazemos a entrega”, informou Simone Barreto.

Ela destacou que Feira de Santana é um grande polo de entrega de encomendas dos Correios, como também de empresas concorrentes.

“A gente não sabe dizer exatamente o que é do e-commerce e o que não é, porque dentro do fluxo operacional as encomendas têm o mesmo tratamento, elas não recebem tratamento diferenciado, a não ser deste tipo de cliente do Log + dos Correios, que a gente consegue identificar, insere no fluxo e eles saltam algumas etapas do processo de postagem e encaminhamento da carga. Quem tiver em Feira de Santana o interesse de conhecer melhor esse serviço, a gente vai ter um Fórum para divulgar. É só entrar em contato com a gerente de vendas ou assistente comercial dos Correios”, explicou.

A superintendente destacou que durante os períodos festivos, quando há maior fluxo de entregas de encomendas, os Correios precisam contratar mais colaboradores para conseguir dar conta do serviço, além de estender o horário de funcionamento.

Ela ressaltou ainda o papel social que os Correios possui em relação às localidades mais distantes, cidades pequenas, onde outras empresas não têm o interesse de realizar entregas por não ser algo tão rentável.

“Os Correios é o maior operador logístico do Brasil, e também faz um papel social, porque os Correios vão em localidades onde outras empresas não têm interesse de ir, devido ao custo para entrega de encomendas. Então os Correios fazem esse papel social. As empresas privadas têm interesse em uma cidade como Feira de Santana, porque é um polo grande, e fácil de entregar. Mas em áreas periféricas em cidades próximas a Feira, que são menores, esses operadores não vão. O operador que vai é os Correios, porque não é rentável para eles entregar nestes locais”, observou.

Azul e Gol se aliam a gigantes de e-commerce para expandir voos de carga

Enquanto Amazon fechou acordo com a Azul para realizar entregas na região Norte, a argentina Mercado Livre faz parceria com a Gol em aeronaves Boeing 737-800BCF.

Antes focadas apenas em utilizar o espaço no porão de seus aviões de passageiros, a Azul e a Gol decidiram expandir sua atuação na carga aérea.

O motivo é o mesmo que ocorre em várias partes do mundo, o crescimento do e-commerce, que alavancou a demanda por transporte aéreo para entregas rápidas.

A Azul já atuava de forma relativamente discreta no segmento de cargas com a operação de dois Boeing 737-400F que entraram em serviço em 2018. No entanto, a empresa aérea fundada por David Neeleman resolveu realizar uma conversão rápida de alguns E-Jets para transporte de pequenas cargas.

Atualmente, ela tem três E195 “Preighter”, como a aeronave é chamada já que pode voltar a transportar passageiros com pequenas modificações.

Na semana passada, a gigante americana Amazon e a Azul fecharam um acordo para que a entrega de pacotes do e-commerce na região Norte do Brasil seja feita pelos aviões da companhia aérea.

Segundo a a Amazon, o tempo de entrega para entregas nas cidades de Manaus e Belém, as maiores da região, cairá para dois dias.

Garantia de carga em seus jatos
A Gol, que tem no braço Gollog sua divisão de cargas, está recebendo aeronaves Boeing 737-800BCF, convertidas para cargueiras. Dois dos seis aviões contratados já estão voando na empresa desde agosto e chamam a atenção por exibirem uma pintura em amarelo com a marca “Mercado Livre”.

A “versão sul-americana” da Amazon, fundada na Argentina, tem uma grande presença no Brasil, mas necessita de mais agilidade em seu serviço. Segundo Celso Ferrer, CEO da Gol, o Mercado Livre foi um parceiro sob medida para garantir escala na operação, e que também tem um interesse semelhante, o de tornar as entregas mais rápidas em regiões de menor infraestrutura.

As perspectivas para ambas têm sido das melhores a ponto de a Gol ter outros seis Boeing 737 cargueiros como opção de conversão e a Azul, planos de expandir sua frota de E-Jets de carga nos próximos anos.

Na ‘Black’ da Copa, crescimento de 3% a 9%

Venda de TV já sobe 59%, mas desempenho desigual em categorias e redes puxa para baixo expansão geral.

A Black Friday de 2022 entra na sua semana decisiva com ritmo de crescimento um pouco acima do ano passado, porém com resultados desiguais entre produtos e entre os próprios grupos de varejo – grandes plataformas on-line que já vinham se descolando da média crescem mais. Ações comerciais mais agressivas, previstas para os próximos dias, foram antecipadas para acelerar mais a demanda.

Será a primeira vez na história do setor com Black Friday, Copa e Natal num espaço de menos de 40 dias, tornando o cenário mais intenso em campanhas e lançamentos daqui para frente. A Via (dona de Casas Bahia e Ponto) já se movimentou nessa direção. “Antecipamos algumas ações da semana da Black para o fim da semana [passado] para fazer a venda e a entrega da TV, por exemplo, até o jogo do Brasil. E também porque vimos que há um ritmo de venda mais forte nos últimos dias, e queremos aproveitar essa curva de crescimento”, diz Abel Ornelas, vice-presidente comercial da Via.

Para Roberto Wajnsztok, CEO da Origin Consultoria e ex-Walmart.com, fatores como o ambiente de deterioração macro e de incerteza política vêm afetando o nível de confiança do consumidor neste fim de ano. “Era esperado que esse clima ainda tenso no país se reduzisse após as eleições, mas isso não diminuiu tanto. Minha orientação a meus clientes é venderem o que puder agora, pelos riscos desse cenário incerto, e porque ainda há o impacto do desempenho do país na Copa”, diz.

Taxa de juros em alta fez varejistas adotarem mais cautela na hora de formar estoques para esta edição do evento

“Mas não acontecerão loucuras nas lojas, mesmo que a venda seja tímida, na faixa de um dígito de alta. É bom o consumidor não esperar grandes vantagens porque os estoque caíram muito nos últimos meses, após a alta no custo do capital neste ano”, acrescenta.

No mercado, as projeções para a Black Friday, em sua maioria, variam de aumento de 3% a 9% nas vendas, em valor (sem descontar a inflação), considerando as análises de empresas e entidades ouvidas, entre elas, Confederação Nacional do Comércio e Turismo (estimativa de 7,6%), empresa de pesquisas GfK Brasil (entre 8% e 9%) e a ABComm (3,5%), associação do comércio on-line. Na edição de 2021 do evento, a expansão foi de 8%, segundo dados do IBGE.

A data promocional ocorre sempre na última sexta-feira de novembro – este ano cai no dia 25 -, mas o varejo costuma oferecer descontos e fazer campanhas de marketing durante todo mês. Este ano, segundo a GfK, as vendas totais de bens duráveis subiram 7% em valor (4,5% em volume) na semana de 7 a 13 de novembro versus a mesma semana de 2021. O ritmo supera o de um ano atrás, quando as vendas subiam um dígito baixo, na faixa de 3%, segundo pesquisas da época.

O avanço nas vendas foi mais expressivo de 7 a 13 de novembro este no para TVs, com alta de 59%; fritadeiras sem óleo, com aumento de 46%; e máquinas de café (24%). Sons portáteis (que podem ser conectados às TVs) crescem 40%. Smartphones têm recuo de 10%, um provável reflexo da busca maior pelas TVs, impulsionada pela Copa, mas há expectativa de melhora nas vendas entre a terceira e quarta semanas de novembro.

“Tudo indica que será uma Black Friday mais forte que a de 2021, quando a data ficou abaixo do previsto, então trata-se de uma base fraca. É a Black dos televisores, alvo central das ofertas, algumas delas bem agressivas, e dos portáteis para casa”, diz Felipe Mendes, diretor geral da GfK Brasil, que recebe dados de forma contínua das redes.

Na visão de Paulina Dias, da área de inteligência da Neotrust, é esperada alta nominal abaixo da inflação acumulada (em torno de 6%, pelo IPCA). “É algo positivo se lembrarmos que há queda [3,6% até setembro] no faturamento no comércio on-line no país ”, diz ela.

Mendes ressalta porém, que há sinais claros de aumento dos “gaps”, com diferenças de performance entre as empresas. “Um dos maiores marketplaces do país têm ido muito bem, está muito acima dos restantes, explodindo em vendas, e uma cadeia mais tradicional aparece em seguida, com números menos expressivos, mas positivos. Uma terceira cadeia tem os números piores”.

A GFK não divulga desempenho por marca, e entre as operações que acompanha estão Mercado Livre, Americanas, Magazine Luiza e Casas Bahia.
O Valor apurou que uma marca líder de eletrônicos e celulares ajudou a financiar o varejo na Black deste ano, ampliando mais prazo de pagamento das lojas, mas grandes varejistas não têm sido tão agressivas nas ações ao consumidor, gerando uma saia-justa com a marca. “Isso não pegou muito bem, então a expectativa é que nesta semana o barulho na mídia e a dose de ofertas suba um pouco”, diz uma fonte a par do assunto.

Em termos de descontos, tema polêmico na Black Friday, até o começo de novembro não havia um avanço expressivo sobre 2021. A depender da estratégia das redes, isso pode ser ajustado nos próximos dias.
Segundo dados da GfK, as reduções de preços acima de 10% responderam, no começo de novembro, por 26,3% do volume vendido de eletrônicos, frente a 27,5% um ano atrás. Em TVs, representaram 18,6% do volume vendido no ano em 2021, e 24,1% neste ano. Mendes lembra que há um novo complicador hoje, relativo à quantidade de variáveis nas promoções.

“Há desconto com PIX, desconto com cartão da loja, sem cartão da loja, desconto com cashback, e em compra feita por conta digital, e assim por diante. Ficou tudo mais confuso na visão do consumidor, o que gera ruído e pode frustar o cliente, que muitas vezes não entende se fez boa compra ou não”, diz. Há anos, a visão de “Black Fraude” acabou colando na imagem da data, em parte pela percepção de ofertas sem ganhos reais.

Levantamento do Valor mostra variações pequenas, e até queda, nos estoque das redes de capital aberto de junho para setembro. No fim do terceiro trimestre, as cadeias já teriam que armazenar mais produtos, de olho nos eventos. “A gestão dos estoques hoje passa pelo aumento no custo do dinheiro, após a escalada da taxa Selic, que encarece o estoque parado. Em 2021, as cadeias erraram no estoque porque a venda veio fraca. E errar de novo, com Selic a 14%, pode sair caríssimo. Por isso há muita cautela nessa conta nessa Black”, diz a diretora da empresa Virtual Gate, Heloísa Cranchi.

No Magalu, o estoque (em valor) entre segundo e terceiro trimestres subiu 6,4%, na Via caiu 3,3% e na Americanas, teve queda de 8%. “Reduzimos estoque neste ano porque o risco de desabastecimento caiu. E reforçamos a compra após outubro, como normalmente ocorre. Tenho 80 dias de estoque em novembro. Está abaixo de um ano atrás porque antes estava mais alto que o normal. Não vai faltar produto”, diz Ornelas, da Via. “Estamos crescendo na Black acima dessa taxa inicial [7%] de novembro”, reportada pela GFK.
“O cliente quer comprar a TV acima de 60 polegadas que pode ser parcelada em até 30 vezes [nos cartões da rede]. Isso faz caber no bolso. Negociamos bem o estoque próprio, que é onde somos fortes, e vamos complementar com o marketplace de lojistas. E vamos ver mais ‘barulho’, mais campanhas, nesta semana que entra”.

Consultores têm destacado que o consumidor ainda não “acordou” para a Black e a Copa, por isso se espera mais ações a partir desta segunda-feira. Nas lojas, ainda há estimativa de tráfego maior. “Pelos levantamentos diários de circulação em lojas em novembro, coletados por equipamentos que medem fluxo, projetamos alta de 26% na circulação sobre 2021, mas ainda com queda em relação a 2019. Não normalizamos o fluxo ainda e calculamos que isso levará até cinco anos”, diz Cranchi, da Virtual Gate, referindo-se ao movimento verificado antes da pandemia.

Fedex abre dois novos centros logísticos em Serra (ES) e Conde (PB)

Empresa tem como objetivo juntar operações logísticas dos estados em que cada nova filial foi instalada; juntas, as unidades possuem mais de 50 mil m² oferecendo serviços dentro e fora do país
Por Aclizio Valério, com informações de Assessoria de Imprensa

A FedEx Express, subsidiária da FedEx Corp, anunciou a abertura de duas novas instalações no Brasil, uma em Serra (ES) e outra em Conde (PB). Juntas, as unidades possuem mais de 50 mil m² e oferecem serviços logísticos e de transportes para dentro e fora do país.

O centro logístico de Serra (ES) foi projetado para incorporar operações de duas unidades no estado e suportar a expansão dos negócios. Para isso, a FedEx aumentou a área de armazenamento em cerca de 170% em relação à metragem anterior, totalizando 46 mil m².

O espaço foi desenvolvido com conceito Triple A e apresenta foco em sustentabilidade, com sistema de captação de água da chuva para reuso, cobertura que melhora a climatização do ambiente, iluminação em LED e estrutura para a instalação de placas fotovoltaicas para geração de energia. O centro também tem 60 docas com eclusas (área segregada e gradeada para manter os processos de carga e descarga mais seguros) e 40 mil posições de paletes, atendendo operações de e-commerce e com licença para receber clientes da indústria farmacêutica.

Já a nova filial da Paraíba reúne as operações da FedEx das cidades João Pessoa e Conde. A unidade tem mais de 7 mil m² – 20% maior que a área dos outros dois centros de distribuição juntos –, e com sistemas de segurança e automação avançados.

A infraestrutura do local suporta o potencial de coleta e distribuição da capital do estado para os serviços de logística e de transportes dentro e fora do País. Em junho deste ano, a FedEx inaugurou uma unidade em Campina Grande (PB) com mais de 5 mil m² para oferecer os mesmos serviços.

“Estamos investindo em nossas operações brasileiras para empregar modelos semelhantes aos usados nos Estados Unidos e melhor atender aos nossos clientes”, afirmou Guilherme Gatti, vice-presidente de operações da FedEx no Brasil.

Com mais contratos, JSL aumenta projeção de investimentos no ano

A empresa de logística do grupo Simpar, JSL (JSLG3), resolveu rever a projeção de investimentos. Agora, a companhia espera investir algo em um intervalo de R$ 1,1 bilhão a R$ 1,2 bilhão no exercício de 2022. Segundo o último formulário de referência publicado, a empresa estimava algo entre R$ 400 milhões a R$ 700 milhões.

A companhia diz que o aumento da régua é para fazer frente aos projetos desenvolvidos e já fechados com clientes no Brasil e na África do Sul, além da expansão dos negócios das empresas adquiridas, “dada a crescente demanda”.

“Além do valor já reportado de R$ 2,7 bilhões em novos contratos em 2022, outros vários projetos estão em desenvolvimento. Este cenário suporta a decisão pelo aumento da expectativa de capex [investimento] no período”, diz o texto.

Segundo a empresa, esse é um momento importante do setor de logística em que a empresa está em uma “posição única” para desenvolver ainda mais negócios com os clientes que estão em busca por eficiência e segurança operacional em seus planos de expansão.

“A companhia reitera que este capex sustentará o crescimento da Receita futura em projetos de longo prazo já contratados e com retorno adequado sobre o capital investido.” A JSL diz que a execução do plano de investimentos seguirá respeitando a disciplina com a manutenção de níveis de alavancagem saudáveis, que devem ser alcançados com “constante otimização da base de ativos, busca por eficiência operacional e melhoria na precificação dos contratos”.

A empresa ressalta que o capex contratado no período não necessariamente implica em desembolso imediato e que o fluxo de caixa gerado pela implantação dos investimentos suporta também a manutenção da alavancagem ao longo dos períodos.

DHL Suply Chain compra novo ponto logístico e investe em soluções de Real Estate

A DHL Supply Chain, empresa de armazenagem e distribuição, comprou terreno com 300 mil m² para dois armazéns multiclientes de última geração, totalizando 137 mil m² de área construída. O novo espaço fica na da Rodovia Anhanguera em Jundiaí (SP).

A área irá abrigar o primeiro campus logístico próprio da DHL construído do zero no Brasil e estão previstos investimentos nos próximos dois anos, com a geração de cerca de mil postos de trabalho diretos. Com aquisição, a DHL Supply Chain passa a atuar com mais força na área de real estate para logística (gestão dos ativos imobiliários de instalações de armazenagem e distribuição), incluindo escolha do local, preparação e gestão de instalações e também a realização de projetos de build-to-suit, murchasse/leaseback e landbank.

Para o diretor de Novos Negócios de Real Estate Solutions da DHL Supply Chain Brasil, Jalaertem Campos, ter bons aliados e experiência pode ajudar muito no processo. “Um parceiro correto pode ajudar as empresas a extrair mais valor de todas as etapas do processo. Agora, vamos utilizar toda nossa experiência em logística para desenvolver o projeto desde o zero, podendo assim captar ainda mais sinergias e entregar mais valor agregado aos nossos clientes”, afirmou.

Atualmente, a companhia opera com mais de 30 milhões de m² em mais de 12 mil localidades ao redor do mundo.

MUDANÇA DO REAL ESTATE NA LOGÍSTICA
Uma pesquisa da DHL (The New Landscape of Supply Chain Real Estate) aponta que quatro fatores mudaram o cenário do real estate na logística, a revolução do e-commerce, a globalização, fusões e aquisições e inovações tecnológicas. Segundo o estudo, o principal reflexo desses movimentos foi tornar a gestão destes ativos mais complexa e dinâmica, passando de uma visão tática/operacional para uma estratégica. No Brasil, há ainda elementos extras: a grande demanda por áreas de armazenagem eficientes próximas aos grandes centros consumidores (principalmente associada ao boom do e-commerce) e o elevado custo de capital.

“Adotamos uma abordagem flexível tanto em relação aos serviços, que podem ser contratados em sua totalidade ou em módulos, como na captação de recursos, que podem ser próprios da DHL, do mercado de capitais e de parceiros investidores”, explicou Jalaertem. De acordo com ele, essa abordagem traz vantagens como a mitigação de riscos, utilização do poder de compra da DHL, compartilhamento de infraestruturas, foco no core business da empresa, acesso mais fácil a opções de financiamento, redução de custos de mão de obra e melhor gestão do ativo em termos financeiros, operacionais e de manutenção.

O Real Estate Solutions da DHL participa da estratégia de desenvolvimento de Real Estate de empresas de todas as indústrias e são recomendados para diversas situações, como primeira terceirização, processos de fusões & aquisições, redesenho de cadeia logística, mudanças rápidas (expansão ou downsizing), demandas financeiras, projetos de e-commerce, novos negócios e projetos de transformação organizacional diversa.

Cainiao, do Alibaba, abre sede da América Latina no Brasil e planeja abrir 9 centros logísticos até 2025

Pontos Chave:

*O braço de logística do Alibaba, Cainiao, anunciou na segunda-feira a abertura de sua sede latino-americana em São Paulo, Brasil.

*Drones de baixo custo e fones de ouvido bluetooth estão entre os produtos mais populares para os clientes locais, afirmou Cainiao.

*A expansão ocorre quando o crescimento do varejo na China desacelerou – o Alibaba pela primeira vez não divulgou o total de vendas de seu principal festival de compras do Dia dos Solteiros, que terminou na sexta-feira.

*O braço de logística do Alibaba, Cainiao, instalou armários no Brasil para os clientes locais retirarem pacotes.

O braço de logística da Cainiao anunciou na última segunda-feira (14), a abertura de sua sede latino-americana em São Paulo, Brasil.

A expansão ocorre quando o crescimento do varejo na China desacelera – o Alibaba, pela primeira vez, não divulgou o total de vendas de seu principal festival de compras do Dia dos Solteiros, que terminou na sexta-feira. A plataforma internacional de comércio eletrônico da empresa, AliExpress, voltou-se recentemente para a Coreia do Sul e o Brasil, além de uma tentativa de anos de expansão para a Europa.

A Cainiao envia a maioria dos pedidos do AliExpress da China para o Brasil, disse a empresa, alegando que opera oito voos fretados por semana entre os países.

Drones de baixo custo e fones de ouvido bluetooth estão entre os produtos mais populares para clientes locais, disse a empresa.

O negócio de logística, que também opera na China, foi responsável por 6% da receita do Alibaba no trimestre encerrado em 30 de junho.

Cainiao também trabalha com comerciantes locais no Brasil. A empresa abriu oficialmente na segunda-feira um centro de triagem de embalagens no país, após o lançamento em outubro de centros de triagem na Cidade do México e em Santiago, no Chile.

A empresa afirma que sua rede local de entrega expressa cobre mais de 1.000 cidades no Brasil, com entrega em um dia para clientes em São Paulo e algumas outras cidades.

Plano de três anos
Nos próximos três anos, a Cainiao disse que planeja instalar mais 1.000 armários em 10 cidades do Brasil para entrega de pacotes e alimentos. A empresa também disse que pretende lançar mais nove centros de distribuição em sete estados do Brasil.

Cainiao disse que sua expansão também ajudará as empresas brasileiras a vender produtos como café, nozes e própolis – um produto de saúde – para consumidores chineses por meio da plataforma de comércio eletrônico Tmall do Alibaba.

O braço de logística do Alibaba, Cainiao, instalou armários no Brasil para os clientes locais retirarem pacotes.

O Alibaba assumiu o controle majoritário da Cainiao em 2017. O braço de logística ainda realiza embarques e faz negócios com outras empresas – a maior parte da receita da Cainiao vem desses terceiros, de acordo com uma divulgação financeira.

No trimestre encerrado em 30 de junho, a receita do negócio de logística cresceu 5% em relação ao ano anterior, para 12,14 bilhões de yuans (US$ 1,71 bilhão).

Em contraste, o Alibaba disse que a receita de seus negócios de varejo de comércio internacional naquele trimestre caiu 3% em relação ao ano anterior, para US$ 1,57 bilhão, devido principalmente aos desafios no mercado europeu. O comércio da China, de longe o maior negócio da empresa, viu a receita cair 2%, para US$ 20,45 bilhões.

O Alibaba deve divulgar os resultados trimestrais na quinta-feira.