62% das empresas mudaram a estratégia de meios de pagamento na pandemia

Os pagamentos móveis via app e outros meios de pagamento low touch vêm apresentando uma grande expansão. De acordo com a terceira edição do estudo “Panorama dos meios de pagamento no varejo brasileiro”, desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em parceria com o Instituto Qualibest, responsável pela programação na ferramenta e coleta através de painel próprio, a adoção de meios de pagamento como apps e carteiras digitais foi acelerado pela pandemia: 62% das empresas entrevistadas fizeram alguma mudança em sua estratégia de meios de pagamento nos últimos 12 meses para lidar com os efeitos da Covid-19.

Carteiras digitais, implantação de novos meios de pagamento como o Pix e parcerias com empresas de cashback são as principais respostas do varejo para lidar com os efeitos do coronavírus. “O uso mais intenso de meios de pagamento digitais é positivo para a economia, pois aumenta a formalização do mercado e torna mais fácil alcançar a população desbancarizada”, analisa Eduardo Terra, presidente da SBVC.

Para ele, carteiras digitais e pagamentos via app não são mais uma tendência, e sim uma realidade. “Não é exagero dizer que, durante a pandemia, avançamos anos em questão de meses. A Covid-19 acelerou a transformação digital do varejo e a adoção de novos hábitos pelos consumidores”, afirma Terra.

O estudo faz uma radiografia dos principais meios de pagamento que são utilizados por consumidores e empresas do setor, mostrando que os meios digitais ganharam espaço nos últimos anos. 36% dos consumidores costumam utilizar PIX no pagamento de compras on-line, e 55% das empresas varejistas oferecem a solução como forma de pagamento. Atualmente, 22% dos consumidores realizam pagamentos via aplicativo, índice que era de apenas 4% em 2018. A opção de pagamento móvel é oferecida por 54% das empresas, conta 13% há três anos.

A pandemia também provocou uma aceleração no uso de meios alternativos, como o cashback, hoje utilizado por 45% dos consumidores. Cupons de descontos e programas de fidelidade também cresceram em relação às edições anteriores do estudo (para 43% e 29%, respectivamente). Por outro lado, 23% dos entrevistados dizem não usar nenhum desses meios de pagamento. “Existe uma grande oportunidade para o varejo se fazer mais presente na vida dos clientes, oferecendo conveniência e vantagens financeiras como forma de criar um relacionamento mais sólido com seus consumidores”, comenta o presidente da SBVC.

O estudo mostra que o tipo de pagamento utilizado pelos clientes varia conforme o tipo de compra e produto: nas lojas físicas, normalmente bens duráveis são pagos com cartão de crédito (muitas vezes parcelado), enquanto para as compras de consumo imediato o pagamento é realizado com cartão de débito ou dinheiro.

Para as compras on-line, o cartão de crédito é o principal meio, independentemente do tipo de produto adquirido. “A relevância do meio de pagamento é muito mais cultural do que tecnológica, e a sua evolução depende do comportamento dos consumidores e de sua aceitação de meios de pagamento mais convenientes, integrados ao smartphone ou a wearables”, completa Terra.

Primeiro trimestre tem maior número de fusões e aquisições em 20 anos, diz KPMG

Empresas de internet e telecomunicações lideram o ranking, somando 77 operações nos três primeiros meses deste ano.
No primeiro trimestre de 2021, foram registradas 375 fusões e aquisições, sendo a maioria delas, 244, entre empresas brasileiras, aponta a KPMG. O número de negócios contabilizado no período é o maior em 20 anos, segundo a pesquisa realizada pela consultoria, trimestralmente, com empresas de 43 setores da economia nacional. Empresas de internet e telecomunicações lideram o ranking, somando 77 operações nos três primeiros meses deste ano.

Na segunda colocação, com 48 operações no período, está setor de tecnologia da informação, seguido por educação, instituições financeiras e imobiliário, sendo cada um com 11. Depois, aparecem telecomunicação e mídia com 10, companhias de serviço com nove, varejo com oito e companhias de energia com sete.
“Se somarmos as transações realizadas pelas companhias de internet e tecnologia da informação, o total é de 125 negócios fechados, o que representa quase metade do total das operações domésticas. É a primeira vez que isso ocorre na pesquisa, o que indica que o panorama das transações modificou. Com a pandemia, muitas empresas decidiram investir em transformação digital. Com isso, a representatividade das empresas desses setores passou a ganhar mais relevância no número de transação”, analisa o sócio da KPMG e coordenador da pesquisa, Luis Motta.

Do total de operações concretizadas no primeiro trimestre de 2021, 116 foram do tipo CB1, ou seja, 31% representam transações de estrangeiros comprando empresas brasileiras.
Outras 13 operações foram do tipo CB2, quando brasileiros adquirem de estrangeiros empresa estabelecida no exterior; uma foi do tipo CB3, na qual brasileiros adquiriram, de estrangeiros, empresa estabelecida no Brasil; e uma foi CB4, em que o estrangeiro adquire, de estrangeiros, empresa estabelecida no País.
“Os brasileiros fazendo aquisições no Brasil têm sido o motor das transações este ano. Além disso, está acontecendo um movimento de retomada da presença de estrangeiros no País que tinha sido perdida no ano passado quando a pandemia teve início. Dessa forma, alguns planos de internacionalização foram colocados de lado até que se tivesse um cenário mais previsível. No entanto, com a expectativa de vacina, as empresas se adaptaram a uma nova realidade e voltaram com os planos de negócios”, explica Motta.

WhatsApp Pay pode se tornar o maior player de e-commerce, diz especialista

A ferramenta, que acaba de ser lançada oficialmente no Brasil, ainda em fase de testes, é mais uma forma prática de agilizar pagamentos.

Mark Zuckerberg não quer ficar de fora de nenhuma concorrência. Por isso, sua empresa, Facebook, disponibilizou mais uma ferramenta para o WhatsApp, uma de suas plataformas. O WhatsApp Pay é um novo método de pagamento que pode ser feito por meio do aplicativo de conversas instantâneas. Apesar de ter sido lançado em 2020, a ferramenta só foi aprovada e disponibilizada no Brasil no final do último mês de maio, e agora encontra-se em fase inicial de implantação.

De acordo com a ferramenta, por meio da utilidade é possível transferir dinheiro para os contatos sem pagar taxas. O serviço é autorizado pelo Banco Central do Brasil e pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Para poder utilizar a ferramenta, o usuário precisa ter a versão mais atual do aplicativo. A opção de transferência fica no botão com símbolo de clips no sistema Android e no ‘+’ no iOS. Após a atualização, é preciso cadastrar um cartão de débito válido com as bandeiras Mastercard ou Visa. Os bancos permitidos são Bradesco, Itaú, Banco do Brasil, NuBank, Next, Sicredi, Woop (banco digital do Sicredi), Inter e Mercado Pago.

“Até o momento, a transferência só é possível entre pessoas físicas, ou seja, de CPF para CPF. De acordo com a plataforma, o objetivo é expandir a utilidade para empresas, mas com taxas”, comenta Cezar Lima, CEO da agência de marketing digital Stardust.

Facilidades comerciais

De acordo com Cezar Lima, a ferramenta possibilita novas formas de negócios. ‘‘Hoje, o WhatsApp se tornou a principal forma de relacionamento entre empresa e cliente, por isso, o WhatsApp Pay vem para disponibilizar, para uma grande quantidade de pessoas, uma nova forma de venda on-line’’, diz o especialista. ‘‘A partir de agora, qualquer pessoa que tenha o WhatsApp instalado passa a ter um e-commerce nas mãos’’, complementa Lima.

Ainda de acordo com o CEO da agência de marketing digital, a plataforma tem tudo para se transformar em um dos maiores e-commerces do mundo. ‘‘Se partirmos do pressuposto de que o WhatsApp se tornou uma das principais fontes de atendimento e incluir nesse meio o método de pagamento, podemos dizer que a plataforma tem tudo para se transformar em um dos maiores players de e-commerce do mundo’’, destaca Lima.

Segundo o especialista, a agência já elaborou um planejamento para atender à demanda. ‘‘Nós temos certeza de que grande parte dos nossos clientes vão passar a fornecer aos clientes deles mais essa opção de pagamento, então nós já temos um planejamento de início de utilização do WhatsApp Pay’’, afirma. ‘‘É muito provável que, desde trabalhadores autônomos até grandes companhias de serviços ou produtos, utilizem essa maneira de pagamento que é muito mais prática e ágil’’, detalha.

Riscos

Apesar de 60% dos brasileiros afirmarem que não pretendem utilizar o WhatsApp Pay como um dos meios de pagamento, segundo a pesquisa realizada em 2019, pela empresa de internet americana Akamai, em parceria com a empresa de marketing financeiro Cantarino Brasileiro, antes do lançamento oficial da ferramenta, Cezar Lima garante que é uma plataforma extremamente confiável. ‘‘Isso não foi uma ideia desenvolvida do dia para a noite, muito pelo contrário, foi algo muito pensado e muito bem planejado por uma das maiores empresas do mundo que é o Grupo Facebook’’, afirma o CEO da Stardust. ‘‘Com isso, é possível que os usuários fiquem mais tranquilos por conta dos riscos oferecidos nas transações, que são mínimos’’, diz.

Cuidados

Lima destaca ainda que, mesmo com riscos quase nulos, é preciso manter o cuidado com os golpes que pessoas mal-intencionadas dão na plataforma. ‘‘É preciso sempre estar atento para os golpes mais comuns como aqueles em que algum contato seu ou não pede dinheiro e para os mais elaborados, como os que alguém consegue clonar seu whatsapp e pede dinheiro para outras pessoas em seu nome’’, destaca. “Um dos cuidados essenciais é ativar a dupla verificação, colocar senha de acesso ao aplicativo e colocar outros modelos de segurança oferecidos tanto pelo aplicativo, quanto pelo sistema do smartphone em que ele está instalado”, completa o especialista.

Startup uruguaia dLocal faz acordo que expande marketplace da Amazon no Brasil

A startup uruguaia de pagamentos dLocal anunciou na última terça-feira (15), que fez uma parceria com a Amazon.com que abre caminho para que vendedores internacionais levem seus produtos para o markeplace da gigante norte-americana no Brasil pela primeira vez.

Até agora o site estava restrito apenas para vendedores locais.

Alguns vendedores internacionais já aderiram ao marketplace da Amazon no Brasil e outros vão entrar em um plano de lançamento gradual ao longo dos próximos dias, disse Michel Golffed, vice-presidente sênior da dLocal.

“A América Latina como região está registrando o ritmo de crescimento mais rápido do varejo eletrônico”, afirmou Golffed. “Se olharmos para isto do ponto de vista do consumidor, ele está tendo acesso a compras no Brasil com métodos de pagamento locais…de produtos de vendedores de todo o mundo.”

Criada em 2016, a dLocal integra sistemas de pagamento locais e globais e tem foco em mercados emergentes. No IPO na Nasdaq em 3 de junho, a companhia, cujos clientes incluem Tripadvisor e Dropbox, levantou mais de 600 milhões de dólares e atingiu um valor de mercado de 9 bilhões de dólares.

Treze de seus 29 mercados atuais estão na América Latina, disse Golffed, incluindo uma parceria com a Amazon no Chile.

Golffed não informou se a dLocal também vai buscar trabalhar com rivais da Amazon no Brasil, incluindo Mercado Livre e B2W.

 

 

 

Por que as vantagens do PIX são indispensáveis para o e-commerce

Sistema de pagamento instantâneo chama atenção dos consumidores e traz benefícios para os varejistas.

Pix, formato de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central e em uso no país desde novembro de 2020, já conquistou a preferência do brasileiro. Dados da instituição mostram que, desde o seu lançamento, aproximadamente 75 milhões de pessoas já usaram o sistema, sendo que em abril a quantidade de transações instantâneas feitas ultrapassou o número das transferências tradicionais (TED e DOC).

As vantagens do Pix são inúmeras, como a rapidez das transações e a gratuidade do processo para pessoas físicas. Com tantas facilidades, o varejo passou a implementar o formato de pagamento que hoje já pode ser encontrado como opção em diversas lojas e, principalmente no e-commerces.

Os clientes buscam cada vez mais praticidade, comodidade e agilidade nos processos de pagamento proporcionados pelo sistema financeiro e o Pix veio a calhar, justamente em um período de aumento das vendas do comércio eletrônico por causa da pandemia.

O Pix como forma de pagamento das compras

“O Pix já é uma alternativa efetiva de uso principalmente para os casos de transferência, e o uso do Pix nas transações de compra também vem crescendo semana a semana e, aos poucos, também vem se tornando uma alternativa efetiva a outros meios eletrônicos e ao dinheiro em espécie”, afirmou o diretor do Banco Central João Manoel Pinho de Mello durante a 12ª Reunião Plenária do Fórum Pix.

A Renner foi uma das empresas pioneiras na implementação do modelo de pagamento pelo Pix, sendo a primeira do segmento de moda a aproveitar a novidade. No dia seguinte ao lançamento da tecnologia, já era possível pagar as compras na loja com o novo formato de pagamento, tanto nas lojas físicas quanto no site.

Dados de março deste ano mostram o quanto o formato de pagamento ganhou espaço entre os consumidores: cerca de 5% de todas as transações online da Renner até aquele momento eram feitas via Pix, o que, de acordo com a empresa, ultrapassa a marca de 140 mil utilizações.

E esse número só tende a crescer. “A Renner vem observando um crescimento gradual e constante na procura por esta nova opção de pagamento. Comparando, por exemplo, o volume de transações via Pix no e-commerce no mês de implementação (novembro de 2020) com março de 2021, o crescimento é de cerca de 900%. Ao adotar a ferramenta, a Renner também vem aumentando a sua base de clientes, graças às facilidades que o método oferece”, afirma a empresa.

Entre as vantagens do Pix segundo a Renner, está o aumento da base de clientes e a maior fidelização. A empresa acredita que a facilidade e agilidade desse modelo de pagamento atrai os consumidores tanto no e-commerce quanto nas lojas físicas.

O Banco Central aponta ainda outros benefícios do uso do serviço que não podem ser esquecidos:

  • Receber o dinheiro na mesma hora, como se fosse dinheiro físico;
  • Menores custos para as empresas;
  • Facilidade de integração com softwares de automação;
  • Facilidade na conciliação de pagamentos;
  • Dispensa a necessidade do troco;
  • Melhora gestão do fluxo de caixa;
  • Facilidade e rapidez de checkout;
  • Melhor controle dos pagamentos.

A lista deve ficar ainda maior esse ano, quando o banco pretende, entre outras funcionalidades, acrescentar ao serviço as opções de saque no varejo e o pagamento por aproximação, tornando o seu uso ainda mais prático.

As vantagens do Pix para o e-commerce

pesquisa Me, My Life, My Wallet (Eu, Minha Vida, Minha Carteira) da KPMG, sobre hábitos de consumo em 2021, aponta que 26% dos consumidores consideram realizar transações de compra fáceis o que mais esperam de uma empresa.

Assim como no varejo físico a facilidade para pagar é um fator determinante na jornada de compra do consumidor do e-commerce. Adquirir um produto em um site, seja na loja de uma marca ou em um marketplace, pressupõe praticidade e o Pix pode ser uma solução e tanto nesse sentido porque é seguro e rápido.

A velocidade nas compras online é um fator importante para quem vende. Quanto mais ágil o processo, menor o tempo do consumidor para mudar de ideia e adiar a concretização da transação. Em paralelo, a rapidez da aprovação do pagamento acelera o status do pedido e pode fazer com que o cliente receba o que comprou antes do prazo. A instantaneidade do Pix, deste modo, ajuda os dois lados.

A implementação do sistema de pagamento do Pix pode ser feita de diversas maneiras, tanto diretamente pelo banco quanto por outras empresas de meios de pagamentos, que também tiveram que se adequar ao novo sistema, tornando os processos mais ágeis e seguros para lojas e consumidores.

O próprio Banco Central ensina um passo a passo para implementar o pagamento por Pix no varejo ou em outro tipo de empresa:

  1. Defina onde quer receber os pagamentos Pix (quais bancos e contas);
  2. Defina o método de recebimento: chave Pix (CNPJ, e-mail, telefone celular ou chave aleatória) ou por QR Code (estático ou dinâmico);
  3. Verifique a integração dos sistemas (caso utilize): integração feita a partir do API Pix;
  4. Prepare sua equipe: explique ao time como funciona o Pix e suas vantagens;
  5. Informe os clientes: inclua a marca Pix como meio de pagamento aceito no seu estabelecimento.

Para os pequenos negócios, o Sebrae indica utilizar pagamentos via QR Code, já disponibilizados pelos sistemas de pagamentos ou bancos, por exemplo. Ou seja, uma maneira mais facilitada e barata de receber dos clientes.

Para lojas com e-commerce e sites, é preciso implementar a opção de pagamento por Pix, gerando um QR Code instantâneo, caso não haja a utilização de uma plataforma específica que já conte com o serviço. O Mercado Pago, por exemplo, plataforma de pagamentos do Mercado Livre, que é utilizada por inúmeras marcas, como o Burger King e a C&A, entre outras, oferece a possibilidade do pagamento via Pix e com parcelamentos.

Assim, o serviço criado pelo Banco Central além de trazer mais agilidade, também não necessita de grandes mudanças em sistemas ou plataformas de pagamento, o que torna sua adesão pelo varejo ainda mais vantajosa. Na outra ponta, o consumidor também se sente bem com a qualidade do serviço. Ou seja, é uma situação na qual todos ganham.


Pesquisa de comportamento de consumo do Itaú aponta setores aquecidos

Entre os setores com maior crescimento em 2021 estão saúde e bem-estar.

Com a chegada de 2020, a economia brasileira sofreu um duro golpe por causa do vírus. Inúmeros setores tiveram prejuízos imensuráveis, sobretudo os que dependiam da presença física de consumidores, como foi o caso do comércio físico e do turismo. Com o avanço da doença no Brasil, o cenário se intensificou e levou inúmeros colaboradores ao desemprego, o que representou uma queda brusca no consumo.

Um ano mais tarde, no entanto, a economia parece dar um respiro. É o que diz o a pesquisa “Análise do Comportamento de Consumo”, do Itaú Unibanco, relativo ao primeiro trimestre de 2021. Embora nem todos os setores tenham obtido uma melhora tão alta, boa parte das categorias apresentou crescimento, o que configura um respiro aliviado.

“É importante lembrar que as empresas, em 2021, estão muito mais preparadas para esse cenário de pandemia. Então, mesmo tendo uma segunda onda e uma maior restrição, observamos um crescimento”, destaca Moisés Nascimento, diretor de Estratégia e Engenharia de Dados do Itaú Unibanco.

Investimento em saúde e bem-estar

De acordo com a pesquisa, um dos setores com maior crescimento foi o de saúde. Gastos com tratament0os, prevenções e exames aumentaram significativamente em comparação com o mesmo período de 2020: foram 80% em laboratórios de análises clínicas, 29% em médicos e clínicas e 14% em hospitais.

Para além do setor de saúde — que já dava sinais de crescimento intenso logo ao início da pandemia —, algumas outras categorias também aumentaram de um ano para o outro. Foi o caso dos gastos com feiras livres e hortifrútis, que cresceram 47% e 22% respectivamente. Esse índice indica que os brasileiros passaram a investir mais em alimentos saudáveis durante a pandemia.

Seguindo a linha de bem-estar, o estudo também mostrou que os brasileiros passaram a se interessar cada vez mais por atividades ao ar livre, tendo a bicicleta como uma das ferramentas preferidas — um crescimento de 52% entre um ano e outro.

A partir do isolamento social, nota-se que o consumo voltado para a saúde e o bem-estar passaram a ter um peso maior na vida dos brasileiros, algo que tende a seguir dessa forma para os próximos meses.

Consumo

Foto: Hábitos de Saúde | Itaú Unibanco

O home-office com mais consumo

Em uma situação na qual milhares de brasileiros passaram a trabalhar de casa, houve também um gasto mais exacerbado nos serviços destinados à casa. A pesquisa do Itaú mostra que cresceu o consumo por serviços de manutenção, tais como dedetização (16,4%), investimento em ar-condicionado (59%) e impressoras e computadores (51%).

Para passar o tempo dentro de casa, o estudo também aponta que houve um grande investimento em games, serviços de streaming, livros e instrumentos musicais (8,5%). Especificamente para videogames, as vendas saltaram 165% na comparação com o primeiro trimestre de 2020.

Com o passar do tempo, as pessoas também passaram a investir em computadores e softwares que comportassem as novas necessidades digitais. “Como todo mundo está trabalhando de casa, os equipamentos de computadores e softwares que você usa no home-office também estão relacionados a um consumo intenso de relações digitais. As pessoas provavelmente estão consumindo mais tecnologia, porque esse é o meio de interagir com o mundo agora”, complementa Moisés.

Outro destaque percebido foi que, com as pessoas mais dentro de casa e, por consequência, com mais tempo livre, houve um investimento forte em educação. Ao todo, o crescimento em cursos diversos, desde livres à graduação e pós-graduação, foi de 82%.

Consumo

Foto: Hábitos de Consumo | Itaú Unibanco

Aumento nas datas comemorativas

Um bom destaque para o varejo foi o aumento do consumo em datas comemorativas. De acordo com o estudo, a Páscoa teve resultados muito melhores do que os apresentados em 2020. “A Páscoa foi doce para o nosso varejo, cresceu 24% nos segmentos de docerias e lojas de chocolate”, destaca Moisés.

Para o Dia Internacional da Mulher, houve também um aumento na venda de flores (35%), um crescimento positivo e bastante esperado, visto que o setor de floriculturas teve momentos apertados em 2020.

Por fim, a pesquisa também salienta que o carnaval apresentou um aumento bastante distinto do anterior. Ao todo, houve crescimento de 25% no valor transacionado à data, sendo 54% relacionado a transações online. “O brasileiro realmente trocou a avenida pelas compras, principalmente pelas on-line”, explica Moisés.

Consumo

Foto: Hábitos de Consumo | Itaú Unibanco

Meios de consumo e pagamentos

De acordo com a pesquisa, houve uma expansão nas vendas on-line, impulsionadas cada vez mais pelos meios de pagamento digitais. Os cartões virtuais — que expiram após o uso e conferem mais segurança às operações de e-commerce — cresceram 163% no primeiro trimestre de 2021. Vale destacar que a Geração Z é a que mais faz uso dessa modalidade (457%).

Além desses, crescem também os pagamentos por carteiras digitais (80%). O estudo destaca que as mulheres de 50 anos ou mais fizeram mais pagamentos por esse meio (93%) e a Geração Z também se destacou (192%).

Em conclusão, o Itaú destaca que o número de transações por aproximação em maquininhas teve um crescimento elevado na pandemia, sobretudo por evitar o contato físico. O aumento foi de 4,4 vezes em relação ao primeiro trimestre de 2020.

Transformação digital do varejo e aumento da competitividade exige atenção constante à segurança física e digital

Diante dos desafios trazidos pela digitalização das operações, crescimento do comércio eletrônico, novos meios de pagamento, fusões e aquisições, varejistas têm de garantir segurança física e cibernética de suas lojas e centros de distribuição.

Há alguns anos, o setor varejista vem passando por uma verdadeira revolução, com as empresas investindo em transformação digital e na diversificação de suas ofertas e negócios para, mais do que ganhar competividade, garantir sua sobrevivência e crescimento no mercado. A pandemia acelerou este processo, com grandes varejistas buscando conciliar estratégias de atuação em lojas físicas e on-line. Intensificou-se também um movimento de fusões e aquisições para complementar e ampliar suas ofertas, inclusive com o ingresso em outros setores de atuação como financeiro.

“Hoje já não são raras as empresas que oferecem serviços financeiros ou fazem parcerias com startups e concorrentes para expandir o portfólio de clientes e diversificar produtos e serviços oferecidos”, afirma Michel Ricardo, gerente de contas de Varejo da Genetec. Exemplos disso são lojas de eletroeletrônicos, que agora vendem roupas, calçados e muito mais; lojas de vestuário que compram redes de produtos esportivos, e por aí vai. Outro movimento percebido no mercado são grandes redes de varejo reunindo seus programas de fidelidade para oferecer melhores benefícios aos seus clientes e, é claro, o surgimento de novos meios de pagamentos, como cartões de financiamento próprios, aplicativos financeiros e o PIX, entre outros.

Toda esta movimentação se justifica pela grande adesão dos consumidores ao comércio digital, que vem crescendo ano após ano, e com sua maior exigência em relação às experiências mais satisfatórias e interessantes, que, por sua vez, demandam sofisticadas estratégias de marketing, vendas e logística. “Toda esta mudança de escopo na atuação do varejo exige a adoção de novas tecnologias, que geram volumes gigantescos de dados a serem armazenados, processados e analisados, com total segurança física e cibernética e garantia de privacidade, para respeitar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), seja nas lojas, centros de distribuição, portos e fábricas, entre outros espaços”, explica Silva.

Integração com IoT

Segundo ele, uma grande varejista com Genetec tem uma solução aberta, unificada, completa, flexível e escalável, que lhe dará controle total e centralizado de suas lojas, exigindo, em muitos casos, um investimento equivalente a apenas 30% do orçamento gasto atualmente, e reduzindo seu volume de perdas mensal em até 50%. “Com o Security Center, a segurança assume um papel estratégico também para os negócios, pois ao gerir todos os seus ativos, integrando inclusive soluções de IoT, auxiliando outras áreas como Recursos Humanos, Marketing, Vendas e Logística, entre outras”, comenta o executivo da Genetec.

Integrando as soluções IoT, a solução da Genetec pode monitorar, por exemplo, a temperatura dos freezers das lojas, gerando alertas quando estão desregulados para evitar eventual deterioração de produtos. Pode gerenciar também os sistemas de iluminação, garantindo o desligamento das áreas vazias ou no fim do expediente. “Só com estas providências já dá para perceber que a diminuição geral de custos é significativa”, enfatiza Ricardo.

Contribuição para a gestão de ocupação

Durante e depois da pandemia, a tendência é que o varejo precise se preocupar com o número de pessoas em suas lojas e se preocupe em saber quais corredores ou gondolas são mais visitados. Para ajudar nesta tarefa, para as lojas físicas, uma das soluções desenvolvidas pela Genetec é o Pacote de Gerenciamento de Ocupação, que viabiliza o controle do número de pessoas que entram e saem dos estabelecimentos, assim como a contagem dos clientes que estão em cada uma das áreas, facilitando o controle de aglomeração e identificando produtos que estão chamando mais atenção.

“O pacote de gestão de ocupação permite traçar as diretrizes de ocupação, que podem variar desde um limite máximo de pessoas dentro do estabelecimento até o número de pessoas por metro quadrado. Com ela, é possível monitorar continuamente os dados, para que seja possível tomar as medidas necessárias quando os limites forem atingidos, além de mobilizar suas operações para limitar o risco de transmissão da Covid-19”. detalha Ricardo.

Controle de movimentação de caixas e privacidade

Além de oferecer um amplo portfólio de câmeras de monitoramento, a Genetec vai muito além do simples monitoramento eletrônico. O Genetec Transaction Finder, por exemplo, monitora todas as transações nos caixas das lojas e permite agilizar o processo de auditoria ou o levantamento de dados sobre produtos específicos. Outra solução – o Genetec Privacy Protector, além de proteger a privacidade dos clientes, como exige a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), borrando as imagens de pessoas gravadas em determinadas ocorrências, ao proteger suas identidades, evita o vazamento de imagens dos sistemas de segurança internos dos varejistas.

Benefícios Múltiplos

Segundo o executivo da Genetec, a Genetec trabalhar para melhorar a troca de informações com o cliente, além de democratizar a tecnologia, engajar os funcionários e personalizar a interação das empresas com fornecedores e seus clientes. “As soluções são importantes para reduzir as perdas no varejo, proteger o patrimônio das empresas e dos clientes e otimizar operações”, observa.

Todas as soluções podem ser unificadas no Security Center e ficam acessíveis na central de segurança da rede varejista, na própria loja e até mesmo pelo celular do gestor, o que possibilita o monitoramento e controle integral da segurança e assegura a agilidade e qualidade das informações obtidas para os negócios. “É primordial que o varejo sempre atualize seus sistemas, gerando mais segurança para todas as partes e agilizando processos demorados e custosos, como uma auditoria”, completa Ricardo.

 

Magazine Luiza compra plataforma Bit55 e acelera na emissão de cartões

O Magazine Luiza continua sua corrida para diversificação dos seus serviços digitais. A varejista anunciou nesta terça-feira (8),a compra da Bit55, uma plataforma de tecnologia para processamento de cartões de crédito e débito na nuvem, construída pelo Banco BS2 para processamento de seus próprios cartões. O valor do negócio não foi divulgado.

Em comunicado enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a empresa explica que a tecnologia proprietária da Bit55 foi desenvolvida ao longo dos últimos dois anos por uma equipe especializada em produtos financeiros digitais.

A Bit55, explica, possibilita que cartões sejam emitidos e disponibilizados para uso em minutos, além de oferecer toda a estrutura necessária para a gestão de um portfólio de cartões de crédito, que inclui desde o recebimento da proposta, envio do cartão, captura e autorização das transações, emissão da fatura, recebimento e conciliação automática. “Com a aquisição, a Bit55 complementa os serviços oferecidos pela Hub Fintech, que poderá oferecer aos seus clientes a emissão de cartões de crédito e débito, além dos atuais cartões pré-pago e contas digitais. A Bit55 passa a fazer parte das iniciativas de fintech do Magalu e é mais um importante passo na estratégia do Magalu de digitalização do Brasil”, diz.

O Magazine Luiza lembra que a conclusão da aquisição está sujeita ao cumprimento de obrigações e condições precedentes, usuais a esse tipo de operação.

Meios de pagamento se consolidam como o gamechanger do varejo

A digitalização do varejo, o aumento da competitividade e a formação de grandes marketplaces estão gerando um novo momento para o mercado brasileiro. Conquistar o cliente depende cada vez mais de envolvê-lo em um ecossistema de dados, produtos, serviços e soluções. Quem ainda está tentando disputar o consumidor com base apenas em um produto incrível está em uma disputa desigual.

O novo fator de diferenciação estratégica do varejo são os meios de pagamento. Em 2020, pagamentos sem contato tiveram um crescimento de 374%, impulsionados pela pandemia e pelos esforços das empresas de cartões em apresentar novas modalidades. A maior parte desses pagamentos aconteceu em supermercados, farmácias e redes de fast-food, mostrando que eles já fazem parte do dia a dia dos clientes.

Essa não era uma tecnologia nova, mas a pandemia deu o impulso que faltava para sua adoção. Assim como aconteceu com os pagamentos sem contato, várias outras tecnologias acompanharam a evolução e passaram a alavancar os modelos de negócios do varejo.

Seja no e-commerce, seja em marketplaces, os grandes players têm investido em meios próprios de pagamento. Do cashback à pontuação adicional no programa de fidelidade, quem paga com o meio de pagamento favorito do varejista acaba obtendo vantagens importantes. Um estudo da SBVC indica que 71% das lojas físicas aumentaram sua base de clientes fiéis em mais de 5% com o uso de programas de pontuação, mostrando que esse tipo de ferramenta tem funcionado. É a busca por esse tipo de fidelização que fez o Magazine Luiza, por exemplo, lançar recentemente seu cartão digital, oferecendo cashback como um estímulo à fidelidade.

O varejo vira fintech, a fintech vira varejo

Enquanto no mundo analógico havia uma separação clara entre meios de pagamento e varejistas, no mundo digital isso acabou. Antes da transformação digital dos negócios, mesmo quando um varejista vendia por meio de cartões private label, a gestão do negócio financeiro ficava a cargo de uma instituição financeira. Raras eram as empresas de varejo que tinham seu próprio banco.

Com o avanço das fintechs, tudo isso ficou muito mais nebuloso. Atualmente, existem 742 startups focadas em serviços financeiros, formando um rico ecossistema que elimina as fronteiras entre produtos, serviços e negócios. Isso faz com que uma empresa como o Mercado Livre transforme seu braço financeiro Mercado Pago em um negócio independente que potencializa a operação de varejo, mas também abre caminho para que instituições financeiras como Banco Inter e PicPay criem seus próprios marketplaces.

Nos dois casos, o jogo é o mesmo: a recorrência do cliente. Quanto mais produtos e serviços ele utiliza, maior seu valor e mais rentável ele passa a ser. Tanto fintechs quanto varejistas entenderam que os meios de pagamento são o gamechanger que atrai, retém e fideliza consumidores, ao mesmo tempo em que permite coletar dados com muito mais frequência e com o consentimento expresso do consumidor que deu opt-in ao aceitar os termos de uso da plataforma de pagamento. Como resultado, esses ecossistemas de negócios passam a oferecer produtos, serviços, preços e promoções personalizados, de acordo com o perfil e as preferências de cada cliente.

E muito mais vem por aí

Esse aumento de competição pela atenção do cliente ganha novas possibilidades com a digitalização do comportamento de compras. Em 2021, as empresas precisam estar atentas a oportunidades importantes trazidas pelos meios de pagamento:

Pagamentos instantâneos

Prazos longos de processamento de pagamentos geram custos adicionais para o varejo. Um bom exemplo é o boleto: quando usado no e-commerce, esse meio de pagamento faz com que o lojista precise separar o produto do estoque e deixá-lo parado por alguns dias, aguardando a confirmação do pagamento. Como nem sempre o boleto é pago, parte do estoque fica indisponível por um certo período, impactando o fluxo de caixa.

É por isso que o avanço do Pix é uma boa notícia para o varejo brasileiro. O sistema de pagamentos eletrônicos do Banco Central, lançado em novembro, já conta com mais de 80 milhões de usuários cadastrados e movimentou R$ 787 bilhões em mais de 1 bilhão de transações B2B, B2C e C2C. Como ainda neste ano o Pix deverá contar com novas funcionalidades, como pagamentos em datas futuras e saques, o consumidor terá mais flexibilidade no uso do sistema e as carteiras digitais poderão se integrar mais facilmente ao mundo físico. Não é nenhum exagero dizer que 2021 será o ano do Pix no varejo.

Pagamento pelo WhatsApp

Anunciado no ano passado, e prontamente adiado para análises das autoridades financeiras, o WhatsApp Pay está perto de se tornar uma realidade no mercado brasileiro. Segundo a MasterCard, transações de débito poderão ser feitas a partir do aplicativo, criando mais oportunidades de relacionamento e agilizando transações.

Assim como acontece no mercado chinês, em que plataformas digitais de pagamento (Alipay e WeChat Pay) se tornaram a regra, o Brasil vem acelerando seus esforços de digitalização para aumentar a segurança das transações e evitar o uso de papel moeda. Para o ecommerce, o WhatsApp se tornará um recurso ainda mais importante do que já tem sido durante a pandemia.

Pagamentos invisíveis

O uso de aplicativos e carteiras digitais abre possibilidades importantes de digitalização dos meios de pagamento nas lojas físicas. Os consumidores já podem fazer pagamentos sem contato, pagar por meio de carteiras digitais e escanear QR Codes para pagar com PIX. O próximo passo é tornar o pagamento simplesmente invisível.

Tanto no digital quanto no mundo físico, a etapa de pagamento é a de maior atrito. O digital solucionou a questão com pagamentos com um clique e com serviços de assinatura de produtos. No mundo físico, essa tendência se transforma em lojas sem checkout, em que o cliente se identifica na entrada e a tecnologia embarcada no PDV reconhece, por meio de visão computacional, os produtos que foram retirados da gôndola.

A Amazon popularizou esse conceito no mundo ocidental com sua Amazon Go, e a tecnologia (chamada de “Just Walk Out”) já foi licenciada pela empresa para uso por outros varejistas. Na China, o reconhecimento facial já é usado em algumas lojas para que o cliente não precise nem mesmo levar sua carteira (digital ou física).

Quanto mais os mundos digital e físico se fundem, mais importantes os meios de pagamento se tornam para o varejo. A possibilidade de coleta de informações, a inteligência gerada pelo uso dos dados e a oportunidade de oferecer melhores experiências de consumo fazem com que os meios de pagamento se tornem, cada vez mais, o maior fator de diferenciação estratégica. Um verdadeiro gamechanger.

O WhatsApp Pay e os pagamentos digitais vão mudar o varejo

Ligar o celular e, em poucos toques, realizar um pagamento instantâneo em uma loja virtual; minutos depois, receber os produtos escolhidos em casa.

Hoje, com os novos pagamentos digitais, é possível fazer isso de forma simples com os QR Codes, o Pix e o novo WhatsApp Pay. Mas você imaginaria esse cenário há 10 ou 20 anos? Os saltos da tecnologia são cada vez maiores e têm mudado os pagamentos e o varejo em pouco tempo.

O recurso de pagamento da rede social é especialmente interessante: só em 2020, as vendas no e-commerce a partir de redes sociais cresceram de 22% para 34%, segundo a 6ª edição do estudo NuvemCommerce.

O WhatsApp é também o aplicativo mais usado por empreendedores para vender durante a pandemia (84%), seguido por Instagram (54%) e Facebook (51%), diz pesquisa do Sebrae. Os números não são uma surpresa. É uma rede social bastante usada pelos brasileiros, instalada em praticamente todos os smartphones no País – 99%, para ser mais exato, segundo a Opinion Box e a Mobile Time.

Para o varejista, ele permite uma comunicação muito mais próxima e direta com o cliente – o trabalho “um a um”, que tende a gerar muito mais resultados. E, se ele já era uma boa rede social para vender, a integração torna a experiência ainda mais completa e fácil, sem necessidades de links de pagamento externos ou improvisos. Um ponto essencial para atrair o now costumer, o cliente do pós-pandemia que quer conveniência a todo custo.

O cliente brasileiro, em especial, já mostrou que gosta de pagamento digital e instantâneo. O Pix, por exemplo, registrou mais de 87 milhões de usuários cadastrados e R$ 320 bilhões em transferências com pouco mais de cinco meses de implementação.

Com o abre e fecha do varejo e um e-commerce que não para de crescer – a E-Bit/Nielsen projeta 26% em 2021 -, esses tão convenientes pagamentos podem ser uma boa primeira resposta para se diferenciar da concorrência e expandir a atuação no on-line.

De acordo com estudo da BrandedPay, os brasileiros são os mais competitivos, engajados digitalmente e ativos quando se trata de meios de pagamento. Se depender de nós, podemos esperar bons resultados.

Caio Camargo é diretor comercial da Linx.