PayPal lança serviço de pagamento de compras online em criptomoedas

O PayPal Holdings anunciará no final desta terça-feira (30) que começou a permitir que consumidores dos EUA usem suas reservas em criptomoedas para pagar milhões de seus comerciantes on-line em todo o mundo, um movimento que pode aumentar significativamente o uso de ativos digitais no comércio.

Os clientes que possuem bitcoin, ether, bitcoin cash e litecoin em carteiras digitais do PayPal agora poderão converter seus ativos em moedas fiduciárias no caixa para fazer compras, disse a empresa.

O serviço, que o PayPal revelou estar funcionando no ano passado, estará disponível para todos os seus 29 milhões de comerciantes nos próximos meses, disse a empresa.

“Esta é a primeira vez que você pode usar criptomoedas perfeitamente da mesma forma que um cartão de crédito ou débito dentro da carteira do PayPal”, disse o presidente e CEO Dan Schulman à Reuters antes de um anúncio formal.

Como é o serviço da PayPal?

O ‘Checkout with Crypto’ se baseia na capacidade dos usuários do PayPal de comprar, vender e manter criptomoedas, que a empresa de pagamentos com sede em San Jose, na Califórnia, lançou em outubro.

A oferta fez do PayPal uma das maiores empresas financeiras tradicionais a abrir sua rede para criptomoedas e ajudou a impulsionar os preços das moedas virtuais.

O valor do bitcoin quase dobrou desde o início deste ano, impulsionado pelo aumento do interesse de grandes empresas financeiras que estão apostando em uma maior adoção e o veem como uma proteção contra a inflação.

O lançamento do PayPal acontece menos de uma semana depois que a Tesla disse que começaria a aceitar pagamentos de bitcoin por seus carros. Ao contrário das transações do PayPal em que os comerciantes receberão moeda fiduciária, a Tesla disse que manterá o bitcoin usado como pagamento.

Embora o ativo esteja ganhando força entre os principais investidores, ainda não se tornou uma forma de pagamento generalizada, devido em parte à sua volatilidade contínua.

O PayPal espera que seu serviço mude para que, ao liquidar a transação em moeda fiduciária, os comerciantes não assumam o risco da volatilidade.

“Achamos que é um ponto de transição onde as criptomoedas deixam de ser predominantemente uma classe de ativos que você compra, mantém e ou vende para se tornar uma fonte de financiamento legítima para fazer transações no mundo real para milhões de comerciantes”, disse Schulman.

A empresa não cobrará nenhuma taxa de transação para pagamento com criptomoeda e apenas um tipo de moeda pode ser usado para cada compra, disse.

Pix ainda encontra dificuldades para entrar no varejo digital

Estudo mostra que 98,3% dos estabelecimentos usam o cartão de crédito como principal meio de pagamento no e-commerce.

Desde a sua chegada, o Pix tem dado o que falar. O recurso sem dúvidas facilitou o processo de transferências e pagamentos on-line e foi muito bem aceito por boa parte da população – um levantamento da FGV mostra que 78% dos brasileiros já o utilizaram. Porém, no varejo digital, a aderência ainda é baixa. É o que diz o estudo realizado pela GMattos, consultoria que foca no e-commerce e em meios de pagamentos, encomendado pela IDid.

Ainda que a ferramenta seja mais fácil e gratuita para o consumidor, ela não ganhou espaço no e-commerce. O estudo destaca que o cartão de crédito segue na liderança entre os varejistas. 98,3% trabalham com ele como meio de pagamento. Para os boletos bancários, a taxa de adesão cai para 75%. Já para as wallets (carteiras digitais), a aceitação fica em torno dos 50% e, por fim, o cartão de débito contém 38,3%.

Vale lembrar que, apesar de gratuito para o consumidor em pessoa física, o Pix tem taxas (mais baixas) para os demais casos, de acordo com o Banco Central.

Formas de pagamento do varejo digital

Com apenas quatro meses de existência, deve-se notar que ainda levará algum tempo até que o Pix seja consolidado como meio de pagamento no varejo. A pesquisa mostra que só 16,7% dos estabelecimentos oferecem a ferramenta como opção.

Isso significa que entre as 60 empresas avaliadas, apenas 10 oferecem a opção. Três delas são de departamento, duas companhias aéreas, duas de moda, uma de bebidas, uma do mercado pet e a última trabalha com utensílios eletrônicos. Já para o uso de outros meios, somente uma entre todas as lojas analisadas não aceita pagamento por cartão de crédito.

É interessante ressaltar que o cartão de crédito ainda é bastante usado pela geração Z. Sendo assim, a conquista desse público ao Pix pode mudar a forma como consomem produtos. Essa mudança deve acontecer com o passar do tempo, ainda em 2021.

A tendência é que o uso do Pix no varejo digital siga em crescimento. Mesmo com pouco tempo de circulação, a ferramenta já é amplamente usada no país. Para se ter ideia, o número de transações por Pix já é cinco vezes maior do que as transações por TED.

Uso dificultado no e-commerce

Para o uso com o e-commerce, a desvantagem do Pix está naquilo que ele mais apresenta de versatilidade para o consumidor: o pagamento imediato. Na maior parte das vezes, o varejo digital depende do estoque. Se o produto não está disponível, o estorno do valor via cartão de crédito é mais facilitado. E se o produto entrar em estoque em um futuro próximo, a compra não fica perdida.

O estorno no Pix já é uma realidade, vale destacar. No entanto, o processo entre pessoas físicas é mais fácil do que entre empresas e pessoas. Para a segunda opção, o estorno do cartão de crédito acaba sendo mais simples.

Já para o varejo físico, o pagamento por QR Code do Pix acaba sendo uma vantagem. Nesse caso, o meio de pagamento se torna mais promissor e de fácil acesso.

Outro fator que dificulta o uso da ferramenta é a segurança. Em pagamentos com cartão de crédito, há duas etapas de confirmação. A primeira consiste em uma pré-autorização, enquanto a segunda se caracteriza pela captura do dinheiro.


Marcas unem soluções financeiras e digitais para socorrer pequenos varejistas

Confira cases em três segmentos do mercado que mostram a importância do apoio de marcas aos varejistas de pequeno e médio porte.

Os imperativos colocados pela pandemia ao varejo são difíceis de resolver tanto pela sua urgência quanto complexidade. Os marketplaces são forçados a reinventar seus ecossistemas, trazendo para o on-line milhões de vendedores sem preparo para vender na internet ou vítimas permanentes dos lockdowns, como os restaurantes. Com o andar da pandemia, já é possível ver que a comunidade de organismos vivos dos marketplaces se equilibra por meio de soluções financeiras e digitais ao pequeno e médio varejista.

As dificuldades de contato com o consumidor e de controle das contas são os grandes desafios do pequeno e médio varejista no momento. Em julho de 2020, a “Pesquisa Pulso Empresa: Impacto da COVID-19 nas Empresas”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que pouco mais de 145 mil varejistas já haviam encerrado as atividades por dificuldades provocadas pela pandemia.

Para resolver este problema de alta escala, grandes players do mercado têm gerado soluções financeiras e digitais focadas no aumento da visibilidade dos vendedores e na estabilização das suas contas. Confira algumas ações nesse sentido.

Ajuda aos restaurantes

O iFood e o Rappi estão promovendo fortes ações para facilitar o funcionamento dos parceiros com ampliação de serviços financeiros e acesso a empréstimos.

Nesta semana, o iFood anunciou a extensão de sua base de restaurantes cadastrados com acesso a sua conta digital. A ação amplia serviços como antecipação de recebíveis, maquininha de cartão e pagamento via QR Code a mais 55 mil restaurantes. Além disso, a foodtech prevê ainda este ano a oferta de novos produtos e linhas de crédito aos estabelecimentos tendo em vista os percalços da pandemia.

Já o Rappi anunciou nesta semana que está lançando um pacote de R$ 100 milhões em empréstimos a restaurantes parceiros para este ano. Além disso, a startup vai diminuir o tempo de repasse das vendas para até sete dias pelos próximos quatro meses. Atualmente, o tempo de repasse é de 14 dias, sendo que era de 30 antes da pandemia. Já para incentivar a adesão de novos parceiros, o Rappi está isentando as taxas por três meses.

Marketplaces amigos

Os gigantes Mercado Livre e Magalu também têm focado nas soluções financeiras e digitais aos parceiros. Além de adiantamento de recebíveis, eles oferecem crédito para favorecer o capital de giro, com casos pré-aprovados mediante avaliação do histórico.

O Mercado Livre viu a chance de intensificar seu propósito de fomentador do comércio e reforçou seu suporte ao parceiro com acompanhamentos sobre a qualidade a partir de seu time de CX.

Mas o destaque está na solução digital que o Magalu vem trabalhando desde a metade do ano passado. Com a campanha “Parceiro Magalu”, o marketplace tem incluído comerciantes menores à plataforma para que apareçam para os mais de 20 milhões de clientes de sua base. Com uma solução digital de interface simplificada, empreendedores são notificados sobre a compra, emitem o tíquete da etiqueta de postagem e deixam o pedido pronto para o transporte, já que podem usar a malha logística do Magalu.

“É uma ferramenta bastante simples do ponto de vista de operação. Em um botão você anuncia o produto e no segundo emite nota fiscal eletrônica”, explica o diretor-executivo de marketplace da marca, Leandro Soares.

Mais que segurar as vendas, pequenos e médios varejistas chegam até a triplicá-las com soluções do tipo. Este foi o caso da empresária e proprietária da VCL Ferramentas, Cláudia Lima Olivares. Ao tomar conhecimento do app, ela se tornou parceira imediatamente. “Fechei a loja em 19 março e estava com estoque grande porque normalmente abastecemos em janeiro. A filha de uma mulher que trabalha comigo há muitos anos é estudante de marketing e perguntou por que eu não usava o aplicativo da Magalu. Eu já tinha o site da minha loja. Então, eu pesquisei, encontrei, cadastrei, comecei a subir os produtos e no dia seguinte estava vendendo”, conta Olivares.

Meios de pagamento

A Visa também percebeu que poderia se colocar a serviço dos negócios mais vulneráveis à pandemia por meio de ajustes em seu programa de ofertas, promoções e benefícios “Vai de Visa”.

Ouvindo seus clientes – que queriam ajudar certos negócios e não sabiam como -, a Visa modificou o programa de forma que funcionasse como um hub onde concentrasse soluções para o pequeno comércio, de modo que o consumidor final não encontrasse apenas ofertas direcionadas a grandes varejistas.

“Nos demos conta de que, se a gente é um grande conector de todo o sistema financeiro, a gente pode conectar também todas as soluções que estão disponíveis no sistema financeiro para ajudar os pequenos negócios. Buscamos parceiros que ofereciam soluções de digitalização e acabamos criando um grande hub, quase um marketplace de soluções. Tudo isso com uma postura totalmente agnóstica. O comércio que usou disso não era obrigado a ter uma exclusividade com a Visa”, conta a diretora de marketing da Visa do Brasil, Patricia Mascagni, frisando que a ação foi um exercício de empatia que fez as pessoas olharem para a marca como parceiro.

Ao mesmo tempo em que mantém a esperança dos pequenos e médios varejistas, ações como estas vindas de marcas consolidadas no mercado representam uma importante questão de responsabilidade social, algo que é cada vez mais visto e valorizado pelos consumidores.

Pagamentos móveis vão elevar usuários de carteiras digitais a mais de 4,4 bilhões até 2025

Estudo feito pela Juniper Research mostra que crescimento será de 70% em relação ao desempenho de 2020.

A base de usuários de carteiras digitais deve saltar de 2,6 bilhões em 2020 para 4,4 bilhões até 2025, segundo estudo feito pela Juniper Research. O crescimento de 70% será liderado pelas carteiras digitais móveis, à medida que os pagamentos móveis aumentam rapidamente nos mercados geográficos e verticais. De acordo com o estudo, o alinhamento entre os canais de comércio presencial e remoto está levando a um uso maior de carteiras móveis do que nunca, com o uso da carteira on-ine restrito a compras de alto valor ou pagamentos de contas complexas.

A pesquisa recomenda que os comerciantes realizem análises completas de seus processos para garantir que estão oferecendo um aplicativo móvel altamente capaz. Isso deve incluir um processo de checkout perfeito, as integrações corretas de carteira móvel e altos níveis de segurança, ou eles perderão para os comerciantes mais adeptos a dispositivos móveis.

Mercado Pago lança cartão de crédito; celular poderá pagar por aproximação

O Mercado Pago, fintech de pagamentos do Mercado Livre, anunciou na última quinta-feira (11), em coletiva de imprensa, que entrou no mercado de cartão de crédito, em uma parceria com a Visa. O novo produto se soma ao cartão de débito, já oferecido pela companhia.

Inicialmente, apenas os clientes do Mercado Pago que já têm o cartão de débito poderão aproveitar a novidade, com a ativação da função do crédito no mesmo cartão, que poderá ser feita a partir de abril. Por enquanto, há uma lista de espera. Hoje, a fintech tem 4 milhões de clientes com cartão de débito, de uma base total de 20 milhões.

Em um segundo momento, a ideia é que os clientes sem cartão nenhum possam pedir o cartão de crédito, ainda no primeiro semestre. Em seguida, no segundo semestre, o cartão de crédito estará disponível a qualquer pessoa, inclusive a quem não é cliente do Mercado Pago.

“É um produto bastante pedido pela nossa base de usuários e estamos bastante confiantes em relação à adesão”, afirmou o vice-presidente do Mercado Pago, Túlio Oliveira. “Hoje, a maior parte do uso do que temos do nosso cartão ativo é em estabelecimentos físicos, o que é muito bom, porque complementamos a proposta de valor ao cliente”, disse também.

Pagamentos por aproximação

O cartão de crédito do Mercado Pago, que já nasce com tecnologia para pagamentos por aproximação nas maquininhas, só vai liberar o cliente de pagar anuidade se ele somar gastos de pelo menos R$ 50 na fatura.

Questionado sobre se a exigência de um consumo mínimo para livrar o consumidor da anuidade não poderia ser uma barreira ao produto, Oliveira ressaltou que a fintech trabalha com uma proposta de valor mais completa, com benefícios exclusivos na plataforma do Mercado Livre e também por parte da Visa.

“Quando lançamos um cartão com esse formato, entendemos que os R$ 50 não serão um ponto de fricção para o nosso público, que tem um perfil de consumo recorrente. Nós queremos que ele utilize o cartão efetivamente e tenha acesso a todos os benefícios”, afirmou.

O cartão de crédito começa a ser oferecido no Brasil. Depois, o Mercado Pago, que atua em sete países da América Latina, passará gradualmente a lançá-lo em outros mercados.

Mercado Pago no celular

A fintech anunciou na mesma coletiva que os usuários do aplicativo do Mercado Pago também poderão usar o celular para fazer pagamentos por aproximação em maquininhas, desde que o aparelho conte com a tecnologia NFC, que permite o pagamento sem contato, e claro, tenha um cartão cadastrado.

Por enquanto, os pagamentos por aproximação com o celular poderão ser feitos apenas no débito, com começo previsto para daqui a 15 dias.

Entre o fim do primeiro semestre o começo do próximo, o Mercado Pago deve começar a permitir que os clientes usem o limite do cartão de crédito na aproximação via celular.

Nubank, Inter, iFood e Google se unem por pagamentos digitais no Brasil

Nubank, Inter, iFood, Google e outras empresas de tecnologia criaram a associação Zetta para inovar o setor financeiro.

Na última quarta-feira (10), Nubank, Inter, iFood e Google anunciaram o desenvolvimento da Zetta, associação que tem como objetivo inovar o setor financeiro e impulsionar a digitalização da economia no Brasil. Além das quatro marcas citadas, o novo projeto conta com o apoio de outras empresas de tecnologia: Mercado Pago, Creditas, Hash e Iugu.

Nubank, Inter, iFood e Google criam associação no Brasil

Em comunicado, as associadas informam que a Zetta ajudará a promover o pagamento digital no Brasil, atuando para reduzir burocracias, revolucionar o setor financeiro e quebrar outras barreiras existentes hoje. Bruno Magrani, diretor de relações institucionais do Nubank, afirma que o grupo “colocará sempre os interesses dos clientes em primeiro lugar”.

François Martins, diretor de Relações Governamentais do Mercado Pago, diz que “a Zetta alia inteligência de mercado ao conhecimento técnico e dinamismo, vislumbrando empoderar milhões de brasileiros para que tenham acesso aos serviços financeiros digitais ou possam ainda empreender e manter seus negócios em funcionamento com a ajuda da tecnologia”.

As marcas ainda defendem a popularização dos serviços financeiros digitais para milhões de brasileiros. “Queremos a continuação da transformação dos serviços financeiros, provando que, aliados à tecnologia, eles podem, sim, ser um espaço humanizado, inclusivo e democrático”, conta Marcelo Lacerda, diretor de Políticas Públicas do Google.

Vale lembrar que uma pesquisa de 2019 do Instituto Locomotiva revelou que o Brasil tem 45 milhões de desbancarizados. No entanto, houve uma queda de 73% durante a pandemia, com muitas pessoas sem acesso às agências físicas, mostrou outro estudo da Americas Market Intelligence com a Mastercard.

As empresas adiantam que temas que impulsionam a inclusão digital e financeira serão pautados frequentemente. O site lançado para o projeto mostra que as associadas terão eventos para debater temas relacionados e compartilharão estudos; o primeiro já foi publicado e aborda “o papel da tecnologia na recuperação econômica”.

O Pix vai matar o boleto, mas vamos crescer com o Magalupay

Enquanto as transações financeiras no Brasil ganham nova roupagem com o Pix, o serviço que permite transferência de dinheiro em tempo real, o Magazine Luiza prevê os dias finais do velho carnê de compras. “O Pix vai matar o boleto”, afirma Frederico Trajano, principal executivo da varejista, em teleconferência com analistas para comentar os resultados de 2020. Trajano, porém, diz que a companhia já está preparada para dar um impulso nos meios de pagamento, a partir da aquisição da Hub Fintech, em dezembro.

A Hub é uma instituição de pagamentos regulada pelo Banco Central e totalmente integrada ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) e ao Sistema de Pagamentos Instantâneos (PIX). “Estamos ansiosos pela aprovação da compra da Hub pelo Banco Central e pelo Cade Conselho Administrativo de Defesa Econômica”, disse Trajano. Segundo o executivo, as operações de débito e crédito no Brasil somam R$ 2 trilhões, mas o Magalu até agora tem uma fatia de R$ 41 bilhões deste bolo.

A ideia é integrar a Hub com o MagaluPay, a conta digital do Magazine Luiza que serve também como carteira para compras no aplicativo. “Vamos oferecer uma conta digital completa, para pessoas físicas e jurídicas, na mesma plataforma”, afirma Trajano, ressaltando que até fevereiro, em menos de oito meses do serviço, foram abertas 2,7 milhões de contas no MagaluPay.

“Para as pessoas físicas, o novo MagaluPay vai oferecer serviços como depósito e saque em mais de 100 lojas e pagamento de contas de consumo”, disse Roberto Belissimo Rodrigues, diretor financeiro e de RI do Magazine Luiza. “Já para as pessoas jurídicas, será possível oferecer Pix, TED e Doc, cartão pré-pago, pagamento de boletos, saques em ATMs e lotéricas, folhas de pagamento, pagamento de impostos, entre outros serviços”, afirmou.

‘Publicidade na internet’

Outra frente de crescimento prevista por Trajano no médio prazo é a mídia digital – mercado em que a varejista já atua por meio do MagaluAds e ao qual se integram as adquiridas Canaltech e Inlocomedia. O investimento total em mídia paga no País somou R$ 48 bilhões em 2019, sendo que o potencial da mídia digital é de R$ 34 bilhões. A fatia da varejista neste mercado é de apenas R$ 19 milhões. “Queremos ajudar o pequeno seller a fazer publicidade na internet”, disse André Fatala, principal executivo de tecnologia do Magazine Luiza.

Para Trajano, é preciso olhar 2021 com o copo meio cheio. “Ainda existe muito potencial a ser explorado em diversos mercados, inclusive trazendo mais varejistas para o marketplace”. O principal executivo do Magazine Luiza ressaltou que, dos 5,7 milhões de varejistas no País, apenas 47 mil integram o marketplace do grupo. “A maioria destes 5,7 milhões nem sequer está on-line, daí também a importância de termos comprado uma plataforma de ensino a distância, a ComSchool, que pode treinar os varejistas para se tornarem sellers”, afirmou.

Em resposta a um analista que comentou sobre a pressão em cima das margens do grupo, que seria maior com a concorrência, Trajano respondeu que o seu foco está no potencial de médio e longo prazo do mercado on-line. “Não estou preocupado com competidores on-line no curtíssimo prazo”, diz ele. “Não gasto tanto tempo quanto o mercado financeiro olhando a minha concorrência”.

Para Trajano, é preciso enxergar “o copo meio cheio”, apesar de, no momento crítico para o País, como o avanço da pandemia, o Magalu ter cerca de 800 das suas 1,3 mil lojas fechadas. “O resultado de 2020 não foi acidente de percurso, considero um resultado épico”, afirmou, ressaltando que, entre 2018 e 2020, a empresa cresceu 325% e ganhou 13 pontos em participação de mercado. Nos últimos cinco anos, o Magalu cresceu cerca de quatro vezes e atingiu vendas de R$ 44 bilhões em 2020, mesmo com lojas fechadas. “A pandemia acelerou o processo de digitalização no Brasil, mas ele está só no início”.

Cielo começa a aceitar pagamentos por meio de reconhecimento facial

A Cielo vai começar a usar o reconhecimento facial nas compras presenciais feitas com cartões de crédito, à medida que a maior empresa de meios eletrônicos de pagamentos expande os canais para transações sem contato, que têm crescido rápido diante da pandemia da Covid-19.

A solução, em parceria com a startup catarinense Payface, começa em fase piloto em uma unidade da Drogaria Iguatemi, em um shopping da capital paulista, na última quinta-feira (18), sendo depois estendida para outras lojas da rede em São Paulo e em Curitiba.

“Depois, planejamos estender o uso para outras grandes redes de drogarias”, disse na quarta-feira (17) o presidente-executivo da Cielo, Paulo Caffarelli. “Quem sabe, no futuro, para supermercados.”

Sem risco de fraude, afirma Cielo

Para usar essa tecnologia, o consumidor deve fazer uma cadastro prévio de seu rosto e do seu cartão de crédito no aplicativo Payface. A solução dispensa a necessidade de dispositivos extras, dado que pode ser acionada apenas com o uso de um smartphone.

Segundo as empresas parceiras, a tecnologia não pode ser fraudada com fotos dos usuários, que podem ser reconhecidos mesmo que estejam usando máscara de proteção.

O anúncio ocorre no momento em que a pandemia de Covid-19 tem elevado rapidamente a procura por meios de pagamento sem contato.

Segundo a Cielo, cerca de 18% dos 6,2 bilhões de transações processadas pela empresa em 2020, usaram tecnologias sem contato, como QR Code e NFC.

Amazon dá pistas de que pode entrar no mundo de pagamentos com moedas digitais

Uma vaga de emprego. Foi o que bastou para começar o burburinho de que a gigante Amazon pode estar se preparando para entrar no mundo das moedas digitais. O motivo é o cargo do profissional que a varejista está em busca: gerente de desenvolvimento de software para pagamentos emergentes e digitais.

O nome pomposo é seguido por uma explicação: “estamos formando uma equipe de tecnologia para criar produtos de pagamento inovadores e procuramos um líder para nos ajudar a lançar um produto de pagamento no México, onde a inovação será testada inicialmente”.

Segundo a Amazon, este produto permitirá que os clientes convertam seu dinheiro em moeda digital usando os serviços on-line, incluindo compras de mercadorias e / ou serviços como Prime Video.

As primeiras suspeitas de que a Amazon poderia enveredar pelo mundo das criptomoedas apareceram em 2017, quando a varejista comprou quatro domínios – amazonethereum.com, amazoncryptocurrencies.com, amazoncryptocurrency.com e amazonbitcoin.com, segundo o site livecoins.

Depois, quando o Facebook divulgou o desenvolvimento de sua própria moeda, a libra, que depois foi rebatizada de diem, especialistas disseram que a Amazon poderia fazer o mesmo.

Fato é que grandes companhias estão cada vez mais aderindo ao mundo das moedas digitais. Nesta semana, a Tesla divulgou que comprou o equivalente a US$ 1,5 bilhão em bitcoins e estuda aceitar o criptoativo como meio de pagamento.

Com isso, o bitcoin chegou a bater novo recorde ao ser negociado em US$ 48,2 mil.

Resta aguardar o que essa nova equipe de desenvolvedores da Amazon vai lançar no projeto-piloto no México.

Mastercard anuncia nova tecnologia de pagamentos por aproximação

As novas especificações aprimoradas para as transações por aproximação trazem recursos de última geração para proteção e conveniência avançadas.

A Mastercard anunciou essa semana que está trabalhando com novas tecnologias que trarão melhorias para os pagamentos por aproximação. As novas especificações do Enhanced Contactless (Ecos) ajudarão a garantir que as transações por aproximação estarão preparadas e adaptadas a tecnologias futuras, para garantir que os consumidores tenham os mesmos níveis altos de segurança e conveniência que possuem hoje.

A demanda por formas de pagamentos mais rápidas, convenientes, seguras, e cada vez com menos atritos para o consumidor, impulsionou os consumidores a aderirem em suas rotinas a tecnologia dos pagamentos por aproximação, dados internos, nos comprovam que essa tendência continuará a crescer daqui para frente. Em números, a adesão aos pagamentos por aproximação, no terceiro trimestre de 2020, representando 41% das transações de compras pessoais em todo o mundo, uma expansão de 30% em relação ao ano anterior. 

Com a Ecos, consumidores, comerciantes e instituições financeiras se beneficiarão de: 

Conveniência otimizada – Com o tempo, prevemos que as compras em lojas físicas utilizarão cada vez mais os pagamentos por aproximação. As novas especificações ajudarão a garantir que qualquer dispositivo possa ser um dispositivo apto a realizar esse tipo de transação, ao mesmo tempo que elimina qualquer necessidade adicional de passar ou inserir o cartão. 

Confiança aprimorada – A solução alavanca a nova tecnologia à prova do quantum para fornecer algoritmos da próxima geração e a força das chaves criptográficas, resultando no tempo da transação por aproximação abaixo de meio segundo. 

Privacidade elevada – As novas especificações fornecem proteção avançada quando as informações da conta são compartilhadas entre o cartão ou carteira digital e o terminal de checkout. A Ecos se baseia nos crescentes requisitos para oferecer suporte a diferentes regulamentos de privacidade. 

A compatibilidade entre as Ecos e as especificações atuais dos pagamentos por aproximação é simples, ela funciona em segundo plano e é fornecida por meio de uma atualização de software, portanto não é necessário novos hardwares ou terminais. Este investimento complementa investimentos semelhantes em tokens, 3-D Secure e Click to Pay, proporcionando ao consumidor e ao comerciante uma melhor experiência.