O Pix no e-commerce e os benefícios para o setor

Se o formato de comprar e vender tem se adaptado cada vez para o instantâneo no formato online, se ajustando aos novos tempos e também a nova rotina das pessoas, o formato de pagamento também passa por transformações. O Brasil está se adaptando ao Pix, pagamento instantâneo que promete vantagens ao comprador e também ao vendedor.

O nosso tempo é um bem precioso e o formato instantâneo de pagamento traz praticidade além de transformar a forma de receber e pagar valores entre lojistas e clientes, pessoas físicas e também impostos.

Atualmente, as transferências são entre contas bancárias por TEDs e DOCs, além de boletos ou pagamentos com dinheiro. Essas operações continuarão funcionando, porém elas não são instantâneas como o Pix, algumas levam alguns dias e também custam caro para quem utiliza os meios.

O Pix pode ser utilizado para transferências:

  • Entre pessoas físicas;
  • Entre pessoas físicas e estabelecimentos comerciais;
  • Para transferências envolvendo órgãos governamentais como pagamentos de impostos e taxas;
  • Pagamento de salários e benefícios sociais;

Chave Pix: o que é e como funciona?

As chaves Pix são apelidos para identificar a sua conta. E, para enviar um Pix, basta informar uma das chaves do recebedor. As pessoas físicas poderão ter até 5 chaves Pix por conta, as pessoas jurídicas até 20 chaves. O que não é possível é adicionar uma mesma chave em mais de uma conta, a cada instituição as chaves cadastradas devem ser diferentes.

Por meio da regulamentação do Banco Centralpode-se fazer transações financeiras utilizando o Pix das seguintes formas:

  • Informando os dados bancários de quem vai receber o pagamento (nome completo, CPF, número da instituição, agência e conta);
  • Informando a chave Pix, onde o usuário adiciona a uma conta que já possui. Essa chave será cadastrada e pode ser o número de celular, e-mail, CPF ou CNPJ;
  • Ou por leitura de QR Codes.

E para compras online, como utilizar o Pix?

O Pix é uma transferência monetária em tempo real e sem necessidade de intermediários, o que faz com que a transação tenha menor custo.

É um meio de pagamento para ser utilizado para fazer pagamentos em estabelecimentos, como restaurantes, conveniência, supermercados, e também no e-commerce. Na hora de finalizar a sua compra na loja virtual ou marketplace, o Pix aparecerá como uma forma de pagamento possível. Ao escolher o Pix e confirmar os dados o comprador insere o valor e a senha ou autenticação cadastrada no Pix. Quando as informações estão confirmadas a compra é efetuada.

Cerca de 80% dos usuários utilizam o cartão de crédito nas compras online, sendo mais de 60% via celular. O que quer dizer que o consumidor já está comprando no mobile, e o Pix virá para facilitar ainda mais as compras no e-commerce.

Seus benefícios 

No Brasil, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mais de 50 milhões de pessoas se encontram fora do sistema bancário, o que corresponde a quase metade da população economicamente ativa.  A função também passa a mudar a experiência de compra das pessoas  desbancarizadas, realizando o pagamento sem precisar ir até uma casa lotérica e sem passar por instituições financeiras. Confira os principais benefícios do Pix:

  • Rapidez e agilidade no pagamento;
  • Redução de intermediários na cadeia de pagamentos eletrônicos;
  • Recebimentos mais rápidos para os lojistas refletem em uma otimização da gestão de fluxo de caixa e, consequentemente, facilidade de automatização de conciliação bancária.
  • Redução do uso de cédulas de dinheiro e instrumentos custosos para efetuar compras e vendas;
  • A competitividade entre os prestadores de pagamentos tende a gerar melhor qualidade e menor custo nos meios já existentes.
  • Potencialização da inclusão financeira;

O Pix passa a ser um marco também na experiência de compra, já que o cliente não precisa trocar de telas e aplicativos e não tem custos pelas transações realizadas.

Para as empresas, o dinheiro entra mais rápido e no caso do e-commerce, quando uma venda ocorre a loja precisa deixar separado o item no estoque até a confirmação do pagamento do boleto, já com o Pix o pagamento instantâneo será um grande facilitador para os processos de venda online.

Com o cenário global de eletronização do mercado de compras, o Pix é mais um incentivo para o e-commerce. Para lojistas, atrelar o Pix ao sistema de gestão online torna a usabilidade do canal de vendas mais fácil e menos custosa. É possível ter ainda mais controle financeiro e manter a operação organizada e eficiente.

PIX realiza mais de um milhão de transações no primeiro de dia

Com mais de 1 milhão transações entre instituições diferentes realizadas até às 18h da última segunda-feira, 16, o lançamento do Pix marca o início de uma nova a forma de fazer e receber transferências e pagamentos no Brasil.

A avaliação do Banco Central é que o primeiro dia de operação ampla do Pix transcorreu de forma absolutamente normal, com incidentes pontuais esperados para o primeiro dia de operações amplas, e com números expressivos, comprovando a efetividade do novo meio de pagamento e o enorme interesse dos usuários.

Os sistemas operados pelo Banco Central apresentaram disponibilidade total e pleno funcionamento ao longo de todo o dia. Os incidentes identificados com as instituições financeiras e de pagamentos ocorreram principalmente nas primeiras horas de operação e foram acompanhados de perto pelo Banco Central, tendo sido solucionados rapidamente, não comprometendo a avaliação geral bastante positiva do primeiro dia de funcionamento amplo do Pix.

Embora tenha havido situações pontuais em que o efetivo crédito na conta do cliente tenha sido feito em tempo superior ao exigido nos requisitos de nível de serviço, esses incidentes foram considerados naturais pela equipe técnica do Banco Central, dada a complexidade dessa inovação tecnológica.

Para uma melhor experiência de pagamento, o Banco Central reforça o uso das Chaves Pix, que além de tornar mais simples a operação, garante que as informações da conta estejam corretas.

Números parciais considerando transações até 18 horas:

Quantidade de transações liquidadas: 1.005.028

Valor em reais das transações liquidadas: R$ 777.324.881,92

Valor médio das transações liquidadas: R$ 773,43

Índice de disponibilidade das infraestruturas providas pelo BC: 100%

Total de Chaves Pix cadastradas (acumulado): mais de 73,1 milhões

Instituições aprovadas como participantes do Pix por tipo da entidade:

Tipos qtdade
ASSOCIAÇÃO DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO 1
BANCO COMERCIAL 6
BANCO DE CÂMBIO 1
BANCO MÚLTIPLO 44
BANCO MÚLTIPLO COOPERATIVO 2
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL 1
COOPERATIVA DE CRÉDITO 619
INSTITUIÇÃO DE PAGAMENTO 17
INSTITUIÇÃO DE PAGAMENTO NÃO SUJEITA À AUTORIZAÇÃO PELO BCB 30
SOCIEDADE DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO 3
SOCIEDADE DE CRÉDITO AO MICROEMPREENDEDOR 4
SOCIEDADE DE CRÉDITO DIRETO 6
Total 734

 

Mercado Pago recebe licença do Banco Central para atuar como instituição financeira

O Mercado Pago, braço do portal de comércio eletrônico Mercado Livre, anunciou nesta segunda-feira que recebeu aval do Banco Central para atuar como instituição financeira.

Segundo Tulio Oliveira, vice-presidente do Mercado Pago, com a autorização, o Mercado Pago terá maior autonomia para formular produtos e serviços financeiros e de crédito.

“Além disso, o Mercado Pago poderá acessar fontes de financiamento diferentes, que complementarão a estratégia de funding da companhia”, afirmou Oliveira em comunicado.

Desde o início da das operações, em 2017, o Mercado Pago já concedeu mais de 4 bilhões de reais em crédito no Brasil.

 

Aportes em Startups Somam US$ 2,49 Bilhões

Setor Evolui no Brasil.

Entre janeiro e outubro deste ano, as startups brasileiras receberam US$ 2,49 bilhões em aportes. Segundo o levantamento, realizado pelo hub Distrito, o montante representa um crescimento de 3% em relação ao mesmo período de 2019.

Ao todo, foram realizadas 338 rodadas de investimento. Somente no mês de outubro, os aportes somaram US$ 221 milhões, valor 258% maior na comparação anual. De acordo com o estudo, o setor registrou 118 fusões e aquisições – marca que indica o maior número de movimentos do gênero em um ano, com adtechs e fintechs liderando o ranking de negociações.

Pagamentos em tempo real crescem 50% com a pandemia, revela estudo

A população brasileira vinha adotando canais digitais ao longo dos últimos anos. Nova pesquisa aponta que o aumento exponencial em volume também está ligado à pandemia, que fechou agências bancárias e forçou muita gente a migrar para canais eletrônicos. O volume de transações no Brasil cresceu quase 50% no último ano, entre maio de 2019 e abril de 2020.

De acordo com pesquisa da FIS, a adoção e o uso de pagamentos em tempo real explodiu com a pandemia de Covid-19. Agora, com o lançamento do Pix, o Brasil passa para outro patamar em termos de pagamentos instantâneos, se equiparando com países que já têm plataformas instantâneas consolidadas, como China, Índia e Austrália.

O país registra uma média diária de 3,8 milhões de transações, movimentando uma média de R$ 24,2 bilhões ao dia. O valor de transações também cresceu no último ano, sendo 11% maior do que em 2019.

Pagamentos pelo mundo

Segundo o estudo, seis países viram um aumento de duas vezes ou mais no número de pagamentos em tempo real processados no ano passado: Bahrein (657%), Gana (488%), Filipinas (309%), Austrália (214%), Índia (213%) e Polônia (208%). Ao mesmo tempo, quatro países viram um aumento de duas vezes ou mais no valor das transações de pagamento em tempo real: Filipinas (482%), Bahrein (311%), Austrália (231%) e Gana (222%).

A Índia permanece como líder em pagamentos em tempo real, processando 41 milhões de transações por dia, mais do que qualquer outro país. A Coreia do Sul registrou o maior número de transações em tempo real per capita, com 75 operações por cidadão por ano processadas por meio do sistema HOFINET.

Nos EUA, mais de 130 instituições financeiras estão implementando pagamentos em tempo real, um aumento de cinco vezes desde setembro de 2019.

Mais da metade (56%) de todos os provedores de serviços de pagamentos europeus aderiram à rede pan-europeia SEPA Credit Transfer Instant Payments, que leva pagamentos transfronteiriços e instantâneos a 20 países. Desde o ano passado, Vietnã e Hungria lançaram redes de pagamentos em tempo real, elevando o número total de países com sistemas do tipo para 56.

Ainda de acordo com o relatório, serviços de solicitação de pagamento (R2P), pagamentos internacionais e pagamentos entre empresas da tesouraria corporativa estão impulsionando a adoção de redes de transações em tempo real em todo o mundo. Os sistemas R2P oferecem uma maneira conveniente e flexível para pessoas, empresas e governos solicitarem um pagamento a terceiros.

 

Pix vai reduzir uso de dinheiro e dará mais mais agilidade ao comércio, diz Febraban

O Pix, sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central que entrará em funcionamento em 16 de novembro, será uma importante oportunidade para o Brasil reduzir a necessidade do uso de dinheiro em espécie em transações comerciais, que somente de custo de logística totaliza cerca de R$ 10 bilhões ao ano. A análise é da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Para a entidade, a iniciativa deverá reduzir a necessidade de saques em espécie nas agências e nos caixas eletrônicos, o que também traz maior conveniência aos clientes bancários. Ao permitir transferências de dinheiro durante 24 horas por dia, 7 dias por semana, em até 10 segundos, o Pix também dará uma nova lógica para as atividades comerciais e trará mais agilidade para quem compra e vende.

“A economia tende a ganhar mais velocidade e ritmo, já que recursos entram e saem das contas de forma instantânea, podendo estimular mais investimentos e ganhos ao comércio. Há um grande potencial para auxiliar a economia num momento em que é importante a retomada do crescimento econômico”, avalia Isaac Sidney, presidente da Febraban.

Além disso, para ele, o Pix poderá transformar-se em uma poderosa ferramenta para impulsionar a bancarização no País, trazendo novos clientes para o sistema financeiro. “O acesso a serviços financeiros constitui um passo crucial para a inclusão social e para o combate à desigualdade no País”, diz Isaac Sidney.

Segurança e conveniência nas transações

No próximo dia 3 de novembro, o Banco Central fará um soft opening do Pix – uma fase de operação restrita, com um número limitado de usuários finais, para que os participantes do sistema de pagamentos instantâneos possam executar todas as funcionalidades da ferramenta. Participarão desta etapa todas as 762 instituições que foram aprovadas nas etapas de cadastro e homologação do Pix. O sistema estará disponível para todos os clientes a partir de 16 de novembro.

Para Leandro Vilain, diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban, o Pix é uma inovação que trará mais segurança e conveniência ao consumidor em suas transações financeiras, como já ocorreram com outras ferramentas, como tokenização, mobile baking e internet banking. “Essa medida é condizente com os investimentos que o setor bancário vem fazendo em modernização tecnológica, que no ano passado foram de R$ 24,6 bilhões.”

Desde o último dia 5 de outubro, os clientes interessados em usar o Pix já podem começar a cadastrar suas informações para aderir à nova solução. Entretanto, o cadastramento das chaves poderá ser feito a qualquer momento, até mesmo após o início de funcionamento do sistema.

OLX passa a oferecer crédito pessoal em parceria com fintech

A OLX Brasil acaba de anunciar uma parceria com a fintech EasyCrédito, responsável por conectar pessoas que precisam de crédito com empresas que oferecem empréstimos, financiamentos e cartões. Na prática, qualquer usuário cadastrado vai poder solicitar empréstimo pessoal e ter seu pedido analisado pelas mais de 30 instituições financeiras parceiras da EasyCrédito.

A principal vantagem para os consumidores é ter acesso a diversas opções de crédito pré-aprovado enquanto navegam pela plataforma da OLX. Um botão ao lado dos produtos anunciados dará acesso ao novo recurso.

A facilidade de simular um pedido de empréstimo é possível por meio das APIs (sigla em inglês para Interfaces de Programas de Aplicativos) da fintech. Por ser uma tecnologia “aberta”, ela permite o compartilhamento seguro das informações do usuário cadastrado na plataforma da OLX com as instituições financeiras.

“O que fazemos é uma prévia do que o Open Banking promete em favor dos consumidores de serviços financeiros, ou seja, estimular a competição entre as empresas para o cliente ter a melhor oferta de crédito, dentro do seu perfil”, destaca Marcos Túlio Ramos, CEO da EasyCrédito.

Para a OLX, a vantagem é clara: poder vender mais. Os valores de empréstimo, após aprovados, poderão ser utilizados para aquisição de produtos anunciados na própria OLX, além de ter outros fins, como o pagamento de contas pessoais.

“O nosso propósito é empoderar os brasileiros para realizarem os seus sonhos, reinventando o modelo de consumo. Proporcionar acesso mais amplo, simples e conveniente ao empréstimo pessoal possibilita ampliar as opções de consumo dos usuários da OLX com segurança e agilidade durante sua jornada de descoberta e compra na plataforma. Estamos inovando e criando um marketplace de empréstimo pessoal dentro do nosso próprio marketplace de compra e venda de itens usados”, define Joel Rennó Jr., sócio e CFO da OLX Brasil.

Como vai funcionar?

Por meio dos acessos a um link específico ou diretamente na página de qualquer produto, o cliente poderá fazer uma simulação e descobrir se possui crédito pré-aprovado. Em menos de dois minutos, o cliente visualiza, na própria plataforma da OLX, as propostas geradas pelas instituições financeiras conectadas na API da EasyCrédito. Em seguida, o cliente pode escolher a proposta que melhor se adequa à sua realidade financeira e fazer a contratação do crédito.

“As soluções de crédito precisam estar disponíveis para o consumidor em diversos momentos. Nossas APIs otimizam o tempo do consumidor, evitando que ele efetue várias buscas e acabe desistindo de realizar algum sonho ou até mesmo resolver um problema”, afirma Ramos.

Pix nos supermercados: sistema promete benefícios ao varejo on e offline

O Pix, sistema de pagamento instantâneo do Banco Central, pode ser mais um aliado dos supermercados,  sejam online ou não. Além da rapidez, o novo sistema, que estreará em novembro, tem custo mais baixo aos varejistas e maior segurança nas transações.

Segundo Mayara Yano, assessora de mercado financeiro do Banco Central, durante o Gocery&Drinks, afirmou que o serviço será gratuito. Até agora, 772 instituições financeiras estão autorizadas a usar o Pix, depois de uma série de testes.

Segundo a especialista, o Pix é vantajoso para os varejistas pro várias razões. “Com o Pix, não precisa lidar com troco, o que ajuda na questão de dinheiro no cofre. Toda a transação é feita numa rede de sistema financeiro nacional, com mecanismos específicos antifraude”, enumera.

Pagamento rápido com Pix

Os clientes também podem efetuar o pagamento via QR Code, com a autentificação feita diretamente pelo celular, o que torna a operação mais segura. Outro ponto em questão é que, como o pagamento é instantâneo, o comércio não corre o risco de separar a mercadoria e perder a compra, caso o cliente não pague. Isso é bastante comum quando o pagamento é feito via boleto bancário, que deve ser deixado de lado com o advento do Pix, afirma Yano.

“No comércio eletrônico, a confirmação é imediata. Não tem a questão do boleto e pode despachar o produto. Além disso, a devolução é facilitada, pois o próprio supermercado inicia a devolução. Se der algum problema, já resolve e devolve o valor parcial ou integral”, explica.

Bancos digitais e fintechs miram produtos para ganhar dinheiro com Pix

Bancos digitais e fintechs miram produtos para ganhar dinheiro com Pix

A um mês do início da operação do Pix, novo sistema de pagamentos que permitirá transações em menos de dez segundos em qualquer dia da semana ou horário, os bancos digitais e as fintechs têm se preparado para ganhar dinheiro com produtos específicos para empresas, uma vez que não poderá ser cobrado nenhuma para pessoas físicas ou microempreendedores individuais, segundo decisão do Banco Central.

A principal fonte de receita tende a ser a terceirização do Pix. Um banco, por exemplo, que está habilitado pelo BC a trabalhar com o novo meio de pagamento, pode vender a tecnologia a uma empresa do varejo que quer oferecer a seus clientes a possibilidade de ter uma conta digital que faça transferências e pagamentos com o Pix. É o que se chama de banking as a service.

Nesse exemplo, o banco é classificado como participante direto do sistema e a varejista é uma participante indireta. Além do banking as a service, o Pix também poderá criar oportunidades com o relacionamento que se cria com as empresas.

De olho nesse mercado, o Banco Original espera que o Pix impulsione o banking as a service e multiplique por dez a relevância desse produto no negócio da instituição. Hoje, esse tipo de serviço representa 3% da receita e a expectativa é que em três anos salte para 30%. É uma estimativa, contudo, que vai depender da precificação, que por sua vez vai variar de acordo com as movimentações das principais instituições e do nível de competição.

Oportunidades do Pix

Entre os clientes desse tipo de serviço não estarão apenas as companhias de fora do setor financeiro. Pequenas fintechs, ainda não habilitadas para operar como participantes diretos do sistema, também poderão ser exploradas. Não é, contudo, um mercado que todos os principais participantes diretos devem explorar inicialmente. O Nubank, por exemplo, que lidera o registro de chaves de segurança para o Pix, ainda não pretende entrar nesse segmento.

PicPay, fintech do Original que atua como uma carteira digital, também quer ganhar dinheiro com o Pix por meio de parcerias com estabelecimentos comerciais, nas transações que são feitas pelo aplicativo. Embora a pessoa física esteja isenta de pagar tarifas em transferências e pagamentos, a loja que recebe o dinheiro pagará uma taxa ao PicPay, em transações feitas de um determinado valor, ainda não definido pela fintech.

 

Pagamento no débito deve se tornar alternativa mais utilizada no e-commerce

Pagamento no débito deve se tornar alternativa mais utilizada no e-commerce

O cartão de débito, que raramente é usado para compras pela internet no Brasil, em breve começará ser escolhido nas principais lojas online, de todos os setores da economia. A estimativa é que haja potencial para gerar pelo menos R$ 160 bilhões em compras ao ano, 50 vezes o resultado de 2019, segundo estimativa da Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços).

A mudança deve ocorrer por causa de um novo protocolo de segurança para transações foi adotado pelas companhias da cadeia de pagamentos e o débito poderá se tornar uma alternativa mais utilizada.

O cartão de débito era antes tão seguro quanto o de crédito. Só que os consumidores têm medo de usar o débito pela internet, porque, se houver alguma fraude, o dinheiro já saiu da conta. O que muda, agora, é que o risco de fraude foi reduzido. Com o índice de fraude em tendência de queda, pode aumentar a confiança de quem compra.

Edson Ortega, vice-presidente de Risco na Visa do Brasil, afirmou à reportagem do jornal O Estadão de S. Paulo que, entre 60% e 80% das compras feitas pela internet com cartões são autorizadas, ante um índice de conversão de 98% nos pagamentos feitos presencialmente. Além disso, no online o risco de fraude é de 1%, contra 0,03% no presencial. Com os testes feitos com o novo protocolo, as conversões pela internet já chegam a algo entre 85% e 90%, sem nenhuma fraude por enquanto.

Se a estimativa de R$ 160 bilhões em transações se confirmar, o débito ainda estará longe do crédito. No ano passado, a categoria movimentou R$ 323,5 bilhões em compras online. Ainda segundo a publicação, Ortega disse que o débito tem potencial para substituir parte das transações feitas por boleto e ser mais utilizada por um público de menor renda.

Ortega não vê o Pix, novo sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central (BC), como uma ameaça aos pagamentos por débito. O Pix vai começar a funcionar em novembro e permitirá que pagamentos sejam feitos em menos de dez segundos. Para ele, o novo meio de pagamento, inicialmente deve substituir o TED e o DOC, usados para transferências.