Nextcode combate fraude digital com solução para bancos, varejo e mais

Serviços financeiros têm se popularizado rapidamente. Sejam bancos digitais, plataformas de investimentos, e-commerces, todos passam, atualmente, por processos de transformação digital.

Mas, no meio de toda essa mudança de formatos, as fraudes continuam acontecendo. Segundo o Serasa, o Brasil tem, pelo menos, uma tentativa de fraude a cada 16 segundos. Já a Norton Cyber Security estima que, em 2017, o Brasil tenha tido prejuízo de cerca de US$ 22 bilhões de dólares por causa do cibercrime.

Outro dado relevante, este vindo de análise da Konduto, aponta que a perda de R$ 31 milhões em fraudes foi evitada apenas na Black Friday.

No meio de tudo isso, a Nextcode tem apoiado empresas na verificação de documentos e validação de novos clientes. Ela já apoia empresas como Calcard, Digital Banks, Havan, Casa do Crédito, Pride Bank, Troco Simples e outras.

Além de fazer o processo de validação, a empresa tem tornado o processo mais ágil e escalável. Com uma plataforma 100% digital, que descarta uma mesa de avaliação manual, a Nextcode utiliza um processo automatizado que realiza tudo em cerca de 5 minutos.

Para efeito de comparação, a abertura de uma conta em um banco digital tem cerca de 15 a 20 passos. Com a plataforma da Nextcode, a quantidade varia de 7 a 8 cliques.

A startup é acelerada pela Darwin Startups e outros dois investidores anjo. Também conta com parcerias com a RTM, provedora de serviços para integração do mercado financeiro, e com a Neoway, focada em Big Data & Analytics e Inteligência Artificial (IA) para negócios.

Luiz Marcelo Penha, cofundador e COO da empresa, explica como o processo valida um indivíduo que possivelmente tenta criar uma conta em um banco com documentos falsificados.

“Dentro deste contexto, assegurar a segurança em meios digitais torna-se essencial com apoio de tecnologias mais inovadoras, rápidas e seguras”, afirma.

Já o CTO da Nextcode, Fabricio Beltran, afirma que a solução foi desenhada pensando na experiência do usuário e escalabilidade.

“Se por exemplo, ao tentar abrir uma conta em um banco digital, o cliente se depara com 15 ou 20 passos, ele certamente vai desistir. Nós diminuímos esses passos para 7 ou 8, instigando o cliente a finalizar o processo”, disse.

Inspirada em Alibaba e Tencent, magazine Luiza lança empresa de pagamentos

O Magazine Luiza anunciou ontem a criação de uma nova empresa para oferecer serviços financeiros para clientes e vendedores de seu marketplace. Batizada de Magalu Pagamentos, a iniciativa, que será lançada em janeiro, está em linha com a estratégia do superapp do grupo, semelhante ao WeChat, plataforma desenvolvida pela chinesa Tencent Holdings.

“Fui para a China e descobri um país digitalizado, mais do que os Estados Unidos. O que a Alibaba e Tencent fizeram na China, quero fazer aqui no Brasil, e fazer melhor”, afirmou o presidente da Magazine Luiza, Frederico Trajano, em encontro com analistas e investidores promovido pela companhia. Segundo Trajano, o processo de digitalização avançou tanto na China que não há mais barreira entre varejo físico e o online. “Queremos transformar o Brasil em um país omnichannel”, afirmou. Para o executivo, a companhia é uma das mais preparadas para liderar essa transição por ter nascido como uma empresa analógica e ter feito a transição para o mundo digital de forma bem-sucedida.

Trajano comentou que o Brasil tem 6 milhões de varejistas, em um mercado estimado em R$ 1,2 trilhão. Contudo, apenas 50 mil varejistas têm operações de e-commerce. “Temos aqui um potencial enorme de crescimento”, afirmou.

Serviços

O Magalu Pagamentos terá dois novos produtos. A carteira digital Magalupay é a frente voltada para os clientes finais. Segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Magazine Luiza, Roberto Bellissimo Rodrigues, é importante que a empresa tenha serviços para aumentar a frequência do superapp, que vem ganhando cada vez mais importância nas vendas de e-commerce da companhia. Em novembro, mais de 50% das vendas online vieram do aplicativo.

Para facilitar o saque de recursos disponíveis no Magalupay, a Magazine Luiza firmou uma parceria com o Banco do Brasil. “Temos intenção de firmar parcerias com outros bancos”, disse Trajano. As lojas físicas também terão papel importante na estratégia da carteira virtual, permitindo o saque e depósito de dinheiro e o pagamento de compras pelo QR Code.

A conta digital também será integrada ao cartão de crédito da varejista, com objetivo também de viabilizar o aumento de vendas da companhia. Outra funcionalidade que estará disponível será a transferência de dinheiro peer-to-peer.

O segundo produto que passará a ser oferecido pela varejista é um sistema de pagamentos voltado para os vendedores que utilizam o marketplace da companhia. Uma das funcionalidades deste serviço é o oferecimento de antecipação de recebíveis. “Os nossos vendedores são de pequeno e médio porte, e precisam de capital de giro”, argumentou Bellissimo.

Neste serviço de antecipação de recebíveis, a Magazine Luiza cobra uma taxa de juros de até 1,49% por mês, com um prazo médio de 3,5 meses. “Essa taxa é mais barata do que as cobradas pelos bancos”, disse Bellissimo.

Frederico Trajano reforçou que o foco inicial do Magalupay são os clientes que já estão na base de usuários do superapp. “Focamos nos 20 milhões de clientes para tornar o onboarding (adesão) o mais simples possível”, afirmou.

Segundo o executivo, esse direcionamento inicial tem a ver com estratégia da varejista de oferecer a melhor experiência para o usuário. “Focamos em fazer algo mais simples e com muito menos fricção do que temos visto em outros projetos do mercado”, disse o executivo, comentando que outros serviços de carteira digital exigem que o usuário baixe dois aplicativos para ter acesso a todas as funcionalidades disponíveis.

Aquisição

O presidente da Magazine Luiza comentou ainda sobre a compra da Netshoes, feita neste ano, que, segundo ele, consolidou a estratégia da companhia de avançar em novos mercados e a posicionou em um dos segmentos mais promissores para o e-commerce, o de moda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Banco Original traz saque por QR Code em 23 mil caixas eletrônicos

Banco Original, 100% digital, anuncia para seus clientes que o recurso de saques via QR Code já está disponível para uso. A novidade utiliza tecnologia desenvolvida pela TecBan e pode ser acessada nos terminais do Banco24Horas na opção “Saque Digital”.

A novidade começou a funcionar na segunda-feira (9/12) para um número limitado de clientes. O banco cita que a expansão para mais usuários deverá acontecer ainda em 2019.

Os saques com QR Code acontecem no menu tradicional dos caixas eletrônicos da rede Banco24Horas. Basta acessar a opção “Sacar” no aplicativo do banco e escolher o valor desejado; depois, no caixa, selecionar a opção “Saque Digital” e escolher a opção “QR Code”. Então, basta escanear o código com o celular.

De acordo com Guilherme Oliveira, head de cartões e meios de pagamentos do Banco Original, a novidade deve facilitar a vida dos clientes. “O saque sem cartão por meio da tecnologia de QR Code cumpre exatamente o papel de trazer inovação, segurança e agilidade para nossos usuários”, disse.

“O Saque Digital facilita o saque de dinheiro e abre caminho para novas funcionalidades que proporcionam ainda mais acesso da população aos serviços oferecidos nos caixas eletrônicos”, afirma Tiago Aguiar, head de novas plataformas da TecBan.

Atualmente, o Banco24Horas atende cerca de 135 milhões de brasileiros e possui 23 mil caixas eletrônicos em mais de 13 mil estabelecimentos comerciais parceiros. No total, os caixas estão espalhados em 760 cidades.

Como o Nubank usa tecnologia e intuição para criar produtos

Na sabedoria popular, a intuição é considerada por muitos o sexto sentido humano. No mundo dos negócios, também tem sua importância. Mas em tempos de big data e inteligência artificial, é difícil seguir a intuição quando soluções podem ser criadas com base no cruzamento de uma série de informações. O Nubank, entretanto, tenta mesclar um pouco dos dois mundos.

Ao menos, é o que afirma Hugh Strange, vice-presidente de produtos do unicórnio brasileiro. Na empresa desde 2014, quando a startup passava longe de ser avaliada em US$ 1 bilhão e se via repleta de desconfiança por parte do mercado, o canadense foi responsável pela criação de praticamente todas as soluções ofertadas pelo Nubank. “No começo, o nosso objetivo era levar o ‘roxinho’ [em referência ao cartão de crédito] ao maior número de consumidores possível”, diz.

Para cada uma dessas soluções, Strange buscou balancear ciência de dados com intuição – que o executivo também chama de bom senso. Na sua visão, empresas não podem tomar todas as decisões com base em dados qualificados. “Isso traz lentidão ao negócio.” O segredo é encontrar o meio-termo. No Nubank, ele diz que os times de desenvolvimento de produtos têm a missão de tomar as melhores decisões com base nas informações que têm. “Às vezes, uma análise extra não vale o tempo. Algumas coisas são óbvias. É preciso usar as ferramentas à mão e tomar uma decisão. É um mix de skills.”

O processo
No Nubank, produtos são criados em duas situações diferentes: oportunidades ou necessidades do consumidor. Oportunidades podem ser internas, diz Strange. Quando processos podem ser automatizados ou acelerados, times de tecnologia se debruçam sobre uma possível solução. No caso das novidades voltadas para o cliente final, há um processo de coleta de dados e a condução de pesquisas internas e externas para entender melhor o problema.

Uma questão frequente que o time do Nubank se faz é a seguinte: “esse é um tema que faz sentido para nós?”.  Parte da resposta dessa pergunta está na complexidade do tema, diz Strange. A empresa prefere focar em problemas mais complexos do que nos mais simples, garante o executivo. “Frequentemente, buscamos algo que possa ser ‘atacado’ com uma boa dose de tecnologia, design e ciência de dados”, afirma.

Caso haja interesse, a empresa dá início ao desenvolvimento de um protótipo para testes. A ideia é que esse processo seja rápido, para que a decisão de seguir ou não com a solução aconteça também aconteça sem demora. Dentro do Nubank, esse processo ficou conhecido como Discovery. Um exemplo que o executivo dá é o de transferência de dinheiro da NuConta para outros bancos. Durante esse processo, o time de Strange analisou como a operação funcionava nos seus principais concorrentes antes de desenvolver a sua própria. Depois da análise, decidiu optar por criar uma solução “simples” e apresentá-la aos consumidores. “Com base na recepção e no comportamento dos nossos clientes, trabalhamos a solução”, diz.

Outra parte do seu trabalho é conectar diferentes times da startup. Hoje, a área de desenvolvimento de produtos conta com pessoas das áreas de tecnologia, design e ciência de dados. “Quando você trabalha em conjunto, as soluções são muito mais rápidas. Se você quer liderar uma empresa disruptiva, é preciso que todos os braços trabalhem em conjunto.”

2020
Questionado sobre o que a empresa deve lançar em 2020, Strange afirma que “muito vai acontecer”. O executive não dá detalhes, mas diz que parte do seu trabalho nos últimos meses tem sido focado na customização do atendimento. Com o crescimento no número de clientes, a navegação pelo aplicativo se tornou uma jornada mais “genérica”. Agora, a ideia é mudar isso usando inteligência artificial e ciência de dados, para que as pessoas tenham experiências mais personalizadas dentro do banco digital. “Nós amaríamos customizar a experiência de cada um, oferecendo combinações exclusivas de produtos e empréstimos”, diz. Outra funcionalidade que está no horizonte do executivo é deixar mais fácil e mais rápida a navegação pela NuConta. “Quero que os nossos clientes possam transferir dinheiro para os amigos e pagar contas com ainda mais agilidade.”

Quatro anos depois, Banco CTT deixa de perder dinheiro. Lucros já em 2020

Lançado há quatro anos, o Banco CTT começa agora a ver a luz ao fundo do túnel. O chamado banco postal atingiu pela primeira vez o break even operacional, um feito alcançado nos primeiros nove meses do anoIsto quer dizer que a operação já consegue gerar tantas ou mais receitas do que as despesas de operação que representa. “É um marco para nós”, assinala o atual presidente do grupo CTT, João Bento. Só que ainda não dá lucro. Isto só vai acontecer no próximo ano.

A boa notícia veio com os resultados do terceiro trimestre que os CTT CTT 0,71% apresentaram na semana passada. O banco lançado ainda na era Francisco Lacerda chegou a setembro com um EBITDA — resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações — de 300 mil euros. Inédito. Foi uma melhoria significativa face aos nove milhões de prejuízos operacionais registados no mesmo período do ano passado. Ajudou neste desempenho sobretudo a aquisição da 321 Crédito, uma instituição financeira especializada no crédito ao consumo e que os CTT compraram, este ano, por 100 milhões de euros, que veio acelerar o negócio bancário de um grupo que até há pouco tempo estava mais habituado a distribuir cartas e encomendas.

“O último trimestre foi um marco para o banco. O banco atingiu o break even operacional cerca de quatro anos depois do lançamento. É um grande trimestre para nós, tendo em conta o sucesso da integração da 321 Crédito”, assinalou João Bento, presidente executivo dos CTT desde maio, na conferência de resultados com os analistas. “Foi um trimestre muito bom para o banco e um marco para o banco”.

Relatório global indica que inovação maximiza fortaleza dos bancos de varejo

Os bancos de varejo estão lutando para oferecer uma experiência positiva na última milha, à medida que os clientes exigem serviços bancários mais abrangentes e personalizados, de acordo com o World Retail Banking Report (WRBR) publicado hoje pela Capgemini e Efma.

“Em uma era de expectativas crescentes dos consumidores, os bancos são desafiados a oferecer a seus clientes uma experiência envolvente e consistente em todos os canais – filiais, web e mobile – e evoluem da abordagem do Open Banking para o mindset do Open X, no qual bancos e players não tradicionais se unem para fornecer serviços bancários que se integrem às experiências digitais”, disse Anirban Bose, CEO da Unidade de Negócios Estratégicos de Serviços Financeiros da Capgemini e membro do Conselho Executivo do Grupo. “Os bancos que identificam suas principais capacidades e, em seguida, buscam parcerias com a FinTechs e outros setores de negócios para aprimorar suas ofertas em outras áreas serão os mais bem-sucedidos”.

O World Retail Banking Report 2019 descreve onde os bancos estão ficando aquém das expectativas dos clientes e as etapas necessárias para se tornarem bancos inovadores.

Os principais resultados incluem:

• 75% dos clientes com experiência em tecnologia estão atualmente usando pelo menos um produto financeiro de uma BigTech.

• Os três principais motivos pelos quais os clientes dizem que recorrem a produtos financeiros de players não tradicionais são custos mais baixos (70%), facilidade de uso (68%) e serviço mais rápido (54%).

• Dos clientes que provavelmente trocarão de banco principal nos próximos 12 meses, mais de 80% estão atualmente usando pagamentos, cartões ou produtos de contas bancárias das BigTechs e dos bancos desafiadores ou provavelmente o farão em 3 anos.

• A adoção do sistema de Open Banking tem sido lenta, com apenas 33% dos executivos do setor bancário dizendo que o implementaram efetivamente.

• O Open Banking está evoluindo para se tornar o “Open X”, no qual os bancos e novos players não tradicionais se unem para fornecer serviços bancários que se integram a experiências digitais em outros segmentos da vida dos clientes.

Para se tornar um provedor de serviços eficiente e voltado para a experiência na era Open X, o relatório recomenda ainda que os bancos precisem se tornar bancos inovadores e criativos que colaborem efetivamente com a FinTechs. Os bancos precisam escolher estrategicamente parceiros que complementem seus portfólios de produtos, aprimoram a prestação de serviços, aumentam as vendas – e trabalham em colaboração. Ao alavancar a colaboração eficaz e ao mesmo tempo maximizar as fortalezas tradicionais, os bancos podem criar uma poderosa vantagem na era do Open X.

“Embora a adoção do Open Banking tenha sido um pouco lenta, isto e sua evolução para o Open X são as melhores maneiras de os bancos competirem no cenário de serviços financeiros cada vez mais lotado e diversificado”, disse Vincent Bastid, secretário geral da Efma. “O Open X é como os bancos fornecerão a experiência do cliente no futuro, e não se preparar para isso agora resultará em oportunidades perdidas e em menor participação de mercado”.

A má experiência do cliente pode levar a oportunidades perdidas de receita.
Os clientes estão relatando experiências positivas baixas em muitas das interações bancárias, com os aplicativos de empréstimos e hipotecas e a resolução de problemas identificados como o maior atrito (respectivamente 69,3% e 63,7%) e experiências positivas mais baixas (37,7% para aplicativos de hipotecas e 40,3% para a resolução de problemas). Os clientes relataram menor atrito, mas também menor experiência positiva nos estágios iniciais do relacionamento bancário como abertura de conta e coleta de informações, provavelmente devido à falta de soluções omnichannel.

Outro exemplo, a maioria dos clientes da geração Y (71,9%) considera os aplicativos móveis como um canal bancário importante, mas apenas alguns (32,9%) relatam uma experiência positiva nesse canal. A experiência ruim nos pontos de contato iniciais e nas transações mais complexas na jornada de um cliente, especialmente na última milha, pode levar a oportunidades perdidas de receita e exigir a criação de uma estratégia omnichannel robusta, cita o relatório.

Segundo o relatório, os bancos não estão conseguindo oferecer a experiência que os clientes estão acostumados com as BigTechs e FinTechs. Eles não podem mais ignorar as expectativas elevadas das gerações mais jovens e clientes com conhecimento de tecnologia: menos de um terço dos clientes acredita que seu banco oferece uma variedade de aplicativos financeiros úteis ou recomendações oportunas e relevantes de produtos.

Afinal, quando os bancos entregam uma experiência positiva mais alta por meio de canais mais maduros, como a agência e o site, o relatório defende que eles devem garantir uma experiência melhor nos canais digitais cada vez mais populares, como dispositivos móveis e chatbots/assistentes de voz. Já as companhias não tradicionais, que priorizam pontos problemáticos dos clientes como as diferentes formas de pagamentos, cartões e contas bancárias, são os mais vulneráveis a perder clientes para esses participantes da nova era. O WRBR destaca que os bancos podem enfrentar esses desafios concentrando-se no bem-estar financeiro geral do cliente, no lugar de produtos bancários distintos.

O Open Banking ajuda as empresas a criar uma experiência mais integrada para os clientes, algo que será vital para reter e satisfazer os clientes. No entanto, como o Open Banking se defronta com “largadas falsas”, o WRBR afirma que será fundamental que os bancos deem um passo adiante no futuro, migrando para a fase Open X e focada na experiência.

Mudar para o Open X significa que os bancos precisarão mudar a maneira como abordam os fundamentos de seus negócios. O WRBR defende que os bancos precisam deixar de pensar em produtos distintos para se concentrar em oferecer uma ótima experiência geral aos seus clientes. Os bancos precisam abordar o mercado compartilhado buscando parcerias, no lugar de se concentrar em sua própria inovação interna e em silos.

No relatório, o “Open X Readiness Index” é um método para medir o status do banco que colabora em quatro pilares: pessoas, finanças, negócios e tecnologia. O WRBR também defende que os bancos precisam mudar de uma mentalidade de conformidade única para uma abordagem orientada a dados para levar o setor ao Open X, o que estimulará a excelência no uso de dados que promove uma troca contínua de recursos, uma experiência aprimorada para os clientes e inovação acelerada de produtos.

Uber lança cartão de crédito com cashback em posto de gasolina e conta digital

Uber lançou, o “Uber Money”, um conjunto de serviços financeiros. A iniciativa reúne uma conta e carteira digital para que os motoristas visualizem todo o saldo após corridas realizadas, cartão de débito e crédito. A função de débito disponibiliza de 3% a 6% de cashback (dinheiro de volta) em Uber Cash aos motoristas.

Por enquanto, a novidade está disponível apenas para motoristas dos Estados Unidos, mas a empresa irá expandi-la para outros países em breve. O cartão de débito Visa não possui mensalidade e foi criado em parceria com a empresa de tecnologia Green Dot. Os saques podem ser realizados em caixas eletrônicos da rede GoBank sem taxas.

Já com o cartão de crédito, os motoristas ganharão 5% de Uber Cash (créditos na plataforma da Uber) quando gastarem em serviços da empresa. Já em compras em geral, o cashback será de 3%. O cartão de crédito também não possui anuidade.

A Uber Wallet estará disponível inicialmente para os motoristas, mas a expectativa é que também seja disponibilizada para o público em geral. A iniciativa promove a fidelização de clientes e parceiros enquanto posiciona a companhia também como uma empresa do setor financeiro.

A conta digital estará disponível nos aplicativos dos motoristas dos EUA nas próximas semanas e também será lançada no Uber Eats. A empresa agora possui um time específico para cuidar do Uber Money e será liderada por Peter Hazlehurst, ex-líder de pagamentos da empresa.

Além da Uber, empresas de outros setores como Rappi, Apple, Mercado Livre estão se aventurando em serviços antes típicos de banco.

Stone cria conta digital para pequenas e médias empresas

Stone, fintech brasileira de pagamentos, lançou, uma conta digital para pequenas e médias empresas. A startup busca oferecer diferentes serviços financeiros para lojistas que vão além das maquininhas de cartão.

A conta digital não tem tarifas fixas ao cliente, embora alguns serviços, como a transferência para outros bancos, são cobrados. Entre as soluções da Stone para as empresas estão pagamento de boletos e impostos, registro de folha de pagamento e portabilidade salarial para funcionários.

De acordo com a Época Negócios, novos serviços financeiros serão integrados à conta digital nos próximos meses. Entre eles, estão a emissão de boletos e o controle de recebíveis, que é considerado pela fintech como uma necessidade de seu cliente. “O lojista nunca sabe exatamente quando vai ter dinheiro. Queremos organizar de forma fácil aquele monte de papéis e comprovantes”, afirma Augusto Lins, presidente da Stone. Também será oferecido um cartão de crédito pré-pago sem anuidade com bandeira Mastercard.

Por enquanto, a conta digital está sendo oferecida para empresas que já são clientes das soluções de pagamento da Stone. A solução pode ser requisitada pelo aplicativo da Stone, que aprova o pedido em poucos minutos.

“Se você nos conheceu como Stone Pagamentos, queremos nos apresentar mais uma vez. Não somos apenas pagamentos. Hoje, somos menos pra cada vez ser mais. Pode nos chamar apenas de Stone”, afirma a fintech em sua página oficial do LinkedIn.

Compras online: Itaú amplia parceria com o PayPal

O Itaú e o PayPal firmaram uma parceria que permitirá aos correntistas incorporarem seus cartões de crédito à carteira digital, com intuito de facilitar as compras no e-commerce internacional. Anunciado em um encontro, o projeto começou com alguns clientes do Itaucard e Credicard, mas já está disponível para todos os usuários do banco.

Podem ser vinculados ao PayPal qualquer cartão do banco, independentemente se tem ou não conta no PayPal. Para clientes com perfil desatualizado no PayPal, basta atualizá-lo pelo app da carteira. A novidade é que a adesão pode ser feita pelos correntistas através dos apps Itaú, Itaucard, Itaú Personnalité e Credicard.

O acordo entre as duas empresas foi firmado no segundo semestre de 2018. No caso, o Itaú usou a API do PayPal para permitir o onboarding. Atualmente, o Itaú tem 33,8 milhões de cartões emitidos. E o PayPal tem 4 milhões de usuários no Brasil.

Segundo Rubens Fogli, diretor de pagamentos digitais do Itaú Unibanco, a entrada da carteira “fecha o ciclo” de plataformas que a instituição propõe aos seus clientes. Ele refuta uma possível canibalização do PayPal ante outros canais de pagamento do Itaú, como o iti.

“A estratégia nossa com a carteira digital vem de três anos com a Rede Pay. Depois mudou para uma tática agnóstica para ter todas as carteiras do mercado. A ideia é o cliente escolher a melhor opção para ele”, disse Fogli. “Hoje no e-commerce internacional, o PayPal é o que atende melhor o cliente. O iti entra com o QR Code e conta digital. E Apple, Samsung e Google com pagamento por aproximação”.

Já, Carlos Nomura, líder de pagamento do PayPal, explicou que a principal vantagem da parceria é “poder gerenciar todos os cartões em um lugar só”, com o cliente escolhendo a sua forma de pagamento preferida. O executivo ainda ressaltou que a parceria contribui para “estimular a compra internacional” com os clientes do Itaú, uma vez que o PayPal é aceito em mais de 22 milhões de estabelecimentos no mundo.

Inicialmente atendendo apenas cartão de crédito, a expectativa é que o onboarding para cartão de débito seja feito entre o final deste ano e o começo de 2020. “Queremos colocar o débito no PayPal”, afirmou o diretor do Itaú. “É interessante para nós, pois o cliente do cartão de débito tem pouco acesso à compra na web. A adesão deve sair em 2020 ou ainda neste ano”.

Durante o evento, a consultoria IDC apresentou uma pesquisa encomendada pelo PayPal que analisou os hábitos de uso de moradores do Brasil, Colômbia e México e os dados apresentados mostram que a adesão de plataformas digitais para resolver questões bancárias só tende a crescer.

No Brasil, por exemplo, 65% das pessoas usam aplicativos das instituições bancárias para abrir contas ou contratar novos serviços. Nosso país também conta com uma avaliação alta no quesito confiança em bancos digitais: enquanto a pontuação de confiança média em fintechs que não possuem agências físicas está em 5,8 por conta da soma dos três países, a avaliação dos brasileiros ficou em 7,4.

De acordo com a pesquisa, os clientes costumam ir à agências apenas para determinadas funções, como impressão e depósito de cheques ou solicitação de empréstimos. Porém, com a implementação de novas ferramentas, a tendência é que o uso de smartphones fique cada vez maior.

Spin Pay promete facilitar a venda no e-commerce com pagamentos instantâneos

Criada por Alan Chusid, a fintech foi pensada para instituições e pessoas que querem movimentar recursos de forma simples, rápida e segura.

Em um cenário onde o mercado digital cresce a uma taxa oito vezes maior do que as operações no mundo físico, uma nova fintech está chegando ao Brasil para facilitar a vida quem se se atrai pelas transações no e-commerceSpin Pay.

Criada por Alan Chusid, um dos fundadores do Neon, a startap oferece uma ferramenta que conecta o banco ou o cliente com o varejista. Sem intermediários e sem espera, a opção garante um pagamento de forma espontânea, onde é possível realizar sem burocracias imediatamente transações que atualmente dependem do horário de funcionamento das agências bancárias.

A ferramenta é tão prática que para ser utilizada o cliente nem precisa criar uma conta, como no caso do PayPal, que tem grande credibilidade internacionalmente com sua capacidade de realizar pagamentos rápidos e auxiliar em envios de dinheiro.

O foco inicial da Spin Pay será no comércio eletrônico. Com o objetivo de facilitar a vida dos consumidores e trazer aos lojistas menos taxas e mais rapidez no recebimento, a ideia é eliminar intermediários nas transações e permitir que os sites de e-commerce tenham opções de pagamento que serão integradas à plataforma da startup.

Princípios da Spin Pay

Transparência
“acompanhamos o caminho da sua movimentação, do pagamento ao recebimento”

Agilidade
“você paga na hora e alguém recebe na hora, rápido e fácil como toda movimentação deve ser”

Confiança
“garantimos a movimentação segura do seu dinheiro entre os parceiros do sistema financeiro”

O crescimento das fintechs

As fintechs estão cada vez mais presentes no Brasil. Os novos modelos de empresas oferecem serviços que já existem em bancos e instituições financeiras tradicionais, contudo, possuem uma velocidade e agilidade muito maior e trabalham com redução de custos e corte de taxas, conquistando muitos clientes.

Segundo um levantamento de Mapa de Fintechs do Brasil, divulgado este ano pelo site Finnovation, atualmente existem 504 startups do ramo financeiro operando no país, espalhadas em 10 segmentos.  Em comparação ao ano passado os números representam um aumento de 34 %, onde foram registradas 377 startups.