O pagamento é uma parte muito relevante no consumo. Atualmente, o cartão de crédito ainda é o principal método usado para pagar as compras online. Muitas empresas, porém, começaram a perceber a necessidade de diversificar. Para quem não tem crédito, aumentam as possibilidades de pagar através de boletos ou até mesmo pelo cartão de débito.
Uma parte da população, no entanto, não é contemplada por essas soluções. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Locomotiva mostra que existem 45 milhões de brasileiros desbancarizados. A pesquisa aponta ainda que a maior parte dos desbancarizados não tem uma conta por dificuldades financeiras. Isso significa que um a cada três brasileiros deixam de comprar por não terem acesso à crédito. O caminho para o consumo, então, baseia-se em ter todo o dinheiro em mãos para realizar o pagamento à vista.
Estão incluídos nessa faixa da população pequenos empreendedores e vendedores ambulantes. Juntos, eles movimentam anualmente mais de R$ 800 bilhões que não passam por bancos.
Novos métodos de pagamento fomentam a inclusão
Nesse cenário, cresce a relevância de meios de pagamento digitais que não exigem conta em banco. Segundo um levantamento da E-Consulting, 31,2% das compras online em 2019 será pago por aparelhos mobile. Dessa forma, o crescimento dos pagamentos por smartphones influencia no reaquecimento do e-commerce no Brasil.
De acordo com uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), de 2018, 62% dos empreendedores brasileiros têm interesse de oferecer alternativa de pagamento através de aplicativos. Muitos temem, ainda, a desinformação do consumidor para usar essas soluções. Realidade que muda a cada dia no país.
Carteiras eletrônicas e cartões pré-pagos
Aplicativos como Rappi, Uber e iFood já oferecem a possibilidade de pagar a compra pelo aplicativo através de um cartão de crédito ou de pagamentos digitais dentro da própria plataforma. Para Rogério Pagliani, líder Rappi Pay no Brasil, as soluções de pagamento da empresa servem para “democratizar o acesso ao cash in dentro do app”. Dessa forma, os usuários desbancarizados podem realizar pagamentos, compras e até transações sem ter uma conta em banco.
Globalmente, as carteiras eletrônicas estão se tornando cada vez mais populares. As principais bandeiras de cartão e marcas de smartphones investem nas e-wallets como forma de tornar a vida do consumidor mais prática. Ao investir em carteiras eletrônicas, o Rappi tem como objetivo “não só ser um super app, mas ser o aplicativo com o qual o cliente gostaria de pagar”, explica Pagliani.
O Global Payment Report 2017, produzido pela Worldpay, mostra que a penetração dessa modalidade ainda é baixa no Brasil, com apenas 15% dos usuários. Mas a perspectiva até 2021 é positiva, com participação prevista em 30% da população.
Além da e-wallet, o cartão pré-pago da Rappi, disponível desde junho deste ano, também possibilita compras e transações sem contas ou outros cartões. Dados da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) mostram que a adesão por cartões pré-pagos cresceu 68% no Brasil no último ano. Atualmente, o valor transacionado por esse tipo de cartão movimenta 24,3% do PIB nacional.
E as famosas criptomoedas?
Outra alternativa que ganha força aos poucos no mercado nacional é a criptomoeda. Atualmente, é possível realizar qualquer tipo de compra, física ou online, através dessa moeda digital. Para ter uma conta com alguma solução em criptomoedas, não é preciso ter conta em banco. Basta cadastrar os dados nas plataformas, que realizam as conversões e pagamentos.
O levantamento da SBVC mostra que muitos brasileiros sentem curiosidade e interesse em usar as criptomoedas. No entanto, pela falta de informação no assunto, muitos consumidores não exploram essa opção. Consequentemente, muitas empresas não investem em soluções de pagamento com moedas virtuais.
Para Sarah Uska, Gerente de comunicação da Z.ro, não há porque ter medo de usar as moedas digitais. “Com as criptomoedas, o algoritmo garante [a segurança da transação]”, ela explica. Além disso, pode ser uma alternativa interessante para o lojista. Isso porque com pagamentos digitais ele será protegido da volatilidade do mercado, “pois os valores gastos são liquidados no momento do pagamento”, completa Uska.
A Z.ro Pay, empresa de solução de pagamentos para criptomoedas, viu uma oportunidade neste mercado. Através dela, é possível realizar compras digitais – convertendo o valor em reais para criptomoedas – e físicas, com uma máquina semelhante a de cartão, que gera um QR code para ser pago pelo aplicativo de celular.
Fonte: ecommercebrasil.com
Fonte : ecommercebrasil.com