Número de inadimplentes chega a 61,94 milhões de brasileiros, aponta CNDL/SPC Brasil

A CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e o SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) estimam que quatro em cada dez brasileiros adultos (38,45%) estavam negativados em abril de 2022 — o equivalente a 61,94 milhões de pessoas. No último mês, o volume de consumidores inadimplentes cresceu 5,59% em relação ao mesmo período do ano anterior. Portanto, trata-se de um número ainda maior do apresentado pelo Ibevar.

Com base nos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil informam que a variação anual observada em abril deste ano ficou abaixo da observada no mês anterior. Na passagem de março para abril, o número de devedores cresceu 0,46%. Por essas e outras, recomendamos a você, lojista, ouvir o podcast sobre Cadastro Positivo, em nosso canal do Entre Amigos. Afinal, sempre é importante entender os benefícios na análise de crédito e suas vantagens para o e-commerce.

Número de pessoas inadimplentes

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Em relação à evolução do número de dívidas no Brasil, o indicador aponta que em abril de 2022, este número teve crescimento de 9,89% em relação ao mesmo período de 2021. O dado observado em abril deste ano ficou abaixo da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de março para abril, o número de dívidas apresentou alta de 0,85%.

Número de dívidas em atraso

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O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 91 dias a 1 ano (50,87%).

Número de pessoas inadimplentes por tempo de atraso

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O número de devedores com participação mais expressiva no Brasil em abril está na faixa etária de 30 a 39 anos (24%), e segue bem distribuída entre os sexos: 50,86% de mulheres e 49,14% de homens.

Número de pessoas inadimplentes por faixa etária e sexo

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Na análise por faixa etária, a maior concentração de inadimplentes está no intervalo de 30 a 39 anos. São 15,36 milhões de pessoas nesta faixa etária registradas em cadastro de devedores. Tal montante equivale a 44,89% da população nesta faixa etária.

Estimativa de inadimplentes por faixa etária

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Cada negativado deve, em média, R$ 3.518,84. Mais da metade das dívidas são com bancos

Quase quatro em cada dez consumidores (35,72%) tinham dívidas de até R$ 500, percentual que chega a 50,95% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

Número de pessoas inadimplentes por valor total das dívidas

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Em média, cada consumidor negativado devia R$ 3.518,84 na soma de todas as dívidas. Considerando todas essas dívidas, cada inadimplente devia, em média, para 1,87 empresas credoras.

Destaca-se a evolução das dívidas com o setor de Bancos, com crescimento de 18,75%, seguido de água e Luz (7,92%). Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Comunicação (-9,53%) e Comércio (-4,20%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.

Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 57,93% do total de dívidas. Na sequência, aparece Comércio (14,01%), o setor de água e Luz (11,29%) e Comunicação (9,60%).

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/numero-de-inadimplentes-chega-a-6194-milhoes-de-brasileiros-aponta-cndl-spc-brasil/

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Magalu lança fintech com serviços para consumidores e vendedores do marketplace

Braço financeiro da varejista Luiza passa a operar com nova marca após integração da Hub Fintech.

A chegada ao mercado da marca Fintech Magalu acontece juntamente com o lançamento de dois produtos: o cartão de crédito para empresas, com foco nos mais de 160 mil sellers que atuam no markertplace da companhia, e o crédito para pessoas físicas, oferecido no aplicativo.

“A Fintech Magalu é um negócio de alto potencial de crescimento”, diz o diretor da empresa, Robson Dantas. “Mais importante que isso, porém, é estar totalmente conectada à missão do Magalu, que é digitalizar o varejista brasileiro, sobretudo os pequenos e médios.”

Foco em cartões corporativos

De acordo com estimativas do Magalu, apenas 3% da base brasileira de cartões de crédito são corporativos. Segundo Dantas, a vantagem da Fintech Magalu na concessão desse tipo de crédito é o conhecimento profundo dos sellers – o que amplia o mercado e reduz riscos.

O empréstimo para pessoas físicas adota o mesmo princípio. O valor do crédito oferecido a cada cliente é calculado com base na análise do perfil do consumidor. Atualmente, 45 milhões de pessoas usam o SuperApp Magalu por mês. “Já pré-aprovamos, com base numa criteriosa análise de risco, crédito para 10 milhões de clientes da nossa base”, afirma Dantas.

O cartão de crédito empresarial da Fintech Magalu está em fase de pré-lançamento. Os sellers podem se inscrever na lista de espera, por meio de um convite que será enviado nos próximos dias pelo Magalu. Os portadores do cartão de crédito empresarial farão parte de um programa de benefícios que dará direito a acúmulo e troca de pontos por serviços oferecidos no ecossistema Magalu.

Resultado de integrações

A Fintech Magalu é resultado da integração da Bit55, Stoq e Hub Fintech, adquirida no final de 2020, além de agregar a operação da Luizacred. Os cerca de 16 milhões de clientes detêm 9 milhões de contas digitais e 7 milhões de cartões de crédito.

Em 2021, o volume total de transações (TPV) processados pela Fintech Magalu somou R$ 65 bilhões – valor que considera a operação de cartão de crédito pessoa física na parceria com a Luizacred, a sub-adquirência do marketplace e outros serviços financeiros (Banking as a Service) prestados para diversas companhias.

Na frente de produtos voltados a empresas, a Fintech Magalu é responsável, por exemplo, pela operação de pagamento a caminhoneiros e transportadores da CargoX. “A Fintech Magalu não trabalha exclusivamente para o nosso ecossistema”, afirma Dantas. “Já somos uma referência na prestação de serviços financeiros para mais de 50 companhias de todos os tamanhos.”

A nova empresa conta com o suporte de quase 1.500 lojas físicas do Magalu espalhadas pelo Brasil. Nesses pontos, é possível fazer saques ou tirar dúvidas sobre os produtos financeiros oferecidos.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/05/13/magalu-lanca-fintech-com-servicos-para-consumidores-e-vendedores-do-marketplace/

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Americanas S.A. registra crescimento de 22% no primeiro trimestre de 2022

Na comparação com os 3 primeiros meses de 2021, a Americanas S.A. registrou crescimento de 22%. A expansão é reflexo da boa performance em todas as plataformas de negócios. Afinal, o físico cresceu 27%, enquanto o digital 20%, ainda que diante de uma base forte de comparação (+89% no 1T21). A rentabilidade também foi destaque no período: o Ebitda subiu 58%, atingindo R$ 660 milhões, maior valor da história para o período.

O sucesso da estratégia da Americanas S.A. fica evidente com a adição de 4 milhões de clientes no período de 12 meses, com a base ativa de clientes totalizando 52 milhões no 1T22. O mesmo vale para o crescimento de 20% do número de itens vendidos e de 17% das transações no período. Vale lembrar que a companhia ampliou seu sortimento em 37% nos últimos doze meses, totalizando 136 milhões de ofertas disponíveis.

Outros pontos ajudam a explicar a boa performance da empresa. Entre eles, a baixa dependência de algumas categorias de tíquete médio alto, somada à alta recorrência de compras e à credibilidade conquistada junto aos clientes. Hoje, a Americanas é uma das cinco marcas mais influentes do Brasil, segundo pesquisa divulgada em abril pelo Ipsos (Instituto de Pesquisa de Mercado e Opinião Pública) — é a primeira marca brasileira no ranking.

Americanas S.A. e a multicanalidade

Com a criação da Americanas S.A., a multicanalidade já é uma realidade da operação. Neste caso, as lojas físicas se tornaram um importante hub de relacionamento e distribuição. Somente em 2022, a companhia inaugurou 28 novas lojas, totalizando 3.581 estabelecimentos. Como resultado, no primeiro trimestre de 2022, quase 35% das entregas foram realizadas em até 3 horas. Um ano atrás, esse percentual era de 14%. Além da infraestrutura das lojas para reduzir tempo e custo de entrega, há ainda o investimento em inteligência artificial e análise de dados para otimizar fluxos e processos.

A AME, fintech da Americanas S.A., também se destacou no primeiro trimestre. Afinal, atingiu a marca de 32 milhões de downloads, com um TPV (volume total de pagamentos) de R$ 7,8 bilhões. Como comparativo, o crescimento foi de 53% em relação ao mesmo período do ano anterior. A operação se mostra cada vez mais relevante e estratégica, gerando o aumento da frequência e do gasto médio e a aquisição de novos clientes.

Os resultados de AME estimulam ainda mais a IF (motor de inovação da Americanas e responsável por liderar 10 fusões e aquisições entre 2020 e 2021) a seguir com o objetivo de incentivar o uso de novas tecnologias e buscar oportunidade para entrada em novos negócios. Por este motivo, a Americanas anunciou em abril a estruturação da vertical de corporate venture capital (CVC). A intenção, neste caso, é investir em até 20 startups neste ano em setores que tenham conexão com as estratégias de negócio da companhia — como tecnologia, cyber, fintech, logística e advertising.

Estratégia ESG reconhecida internacionalmente

Em janeiro, a Americanas S.A. entrou pela primeira vez no The Sustainability Yearbook 2022. Trata-se do anuário que reúne as empresas com melhores performances em sustentabilidade do mundo. Para tanto, a companhia foi destaque na seleção feita pela S&P Global em critérios como: transparência de informações; ética e conduta; compromissos ambientais e de impacto social. Além disso, foi listada no ranking das companhias abertas com as melhores notas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da bolsa brasileira, a B3.

Fonte : https://www.suno.com.br/noticias/locaweb-lwsa3-reverte-prejuizo-lucro-1t22/

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Shopee e AliExpress disputam pequenos lojistas com Magalu, Mercado Livre e Americanas

Diante da disparidade de taxas cobradas, há vendedores que estão presentes no Mercado Livre, mas pedem para clientes comprarem na Shopee; varejistas nacionais contra-atacam com financiamentos a pequenos negócios.

Tanto é assim que já há lojistas que passaram a enviar a clientes bilhetes junto com suas entregas, convidando o comprador a mudar o marketplace escolhido na próxima compra, em troca de descontos. A postura dos gigantes asiáticos, cada vez mais agressiva, tem gerado reações. Varejistas nacionais, por exemplo, entraram nessa corrida pela preferência dos vendedores com logística mais rápida e até empréstimos para financiar as empresas parceiras.

No momento, a ordem é proteger mercado. Levantamento recente da NielsenQ Ebit mostra uma disparada do comércio “cross border”, de produtos importados, que cresceu 60% no ano passado no Brasil e somou vendas de R$ 218,9 bilhões – movimento puxado pela popularização dos marketplaces estrangeiros.

A expansão de nomes como Shopee e Shein levou gigantes brasileiras, como Americanas, Via e Magazine Luiza, a montarem uma ofensiva contra os rivais asiáticos, pedindo para o governo barrar esse crescimento, por meio de uma medida provisória que visa a ampliar os impostos incidentes sobre os produtos vindos de fora. A justificativa é de concorrência desleal.

Lojista busca opção mais vantajosa

Se antes a reclamação das gigantes nacionais estava somente na vantagem de trazer produtos “baratinhos” da China, agora o mercado se movimenta para proteger sua base de parceiros. Isso porque muitos vendedores utilizam mais de um marketplace. O comerciante Pedro Niglio, que vende roupas, concentra 70% das suas operações na Shopee, com os 30% restantes divididos entre Magazine Luiza e Mercado Livre.

Segundo ele, oferecendo a menor taxa de operação, além de outros benefícios, a Shopee consegue ser mais atrativa para os comerciantes locais. “É muito vantajoso para o meu tipo de negócio. Por isso, fechei a loja física e aluguei um galpão para ser meu centro de distribuição para as vendas no site”, conta.

Presente no Brasil desde 2019, a Shopee tem sido agressiva em sua estratégia para ganhar mercado e já atraiu 2 milhões de vendedores locais. A empresa hoje cobraria taxas equivalentes à metade dos valores cobrados pelo Mercado Livre, que hoje variam de 12% a 18% do valor do item, além de R$ 5 por cada anúncio no site, conforme lojistas consultados.

A reportagem do Estadão recebeu, em uma compra feita no Mercado Livre, um bilhete de um lojista avisando que oferece um desconto de 50% no item adquirido na plataforma asiática. Procurada, a Shopee disse, em nota, que “entre outros diferenciais da nossa plataforma estão as opções facilitadas de pagamento, visibilidade em campanhas de marketing, cupons de frete grátis e desconto”.

Mas nem sempre a escolha é pautada apenas pela menor taxa. “Às vezes acabamos preferindo o Mercado Livre, pois, mesmo com o custo bem mais alto, eles ainda têm  uma entrega melhor e um atendimento mais eficiente”, relata um comerciante, que preferiu não se identificar.  Hoje, a Shopee faz suas entregas pelos Correios e via a parceria com dez empresas de logística

Força na logística

Maior marketplace do País, o Mercado Livre tem investido em logística. Segundo a diretora sênior de marketplace da empresa, Júlia Rueff, uma das formas de ajudar os vendedores tem sido no apoio à formalização de seus negócios. Sobre as taxas cobradas, a executiva diz somente que elas são “coerentes aos serviços prestados”. Ela lembra que o Mercado Livre anunciou investimentos de R$ 17 bilhões no País só para 2022.

Para o Magalu, as lojas físicas são a aposta para disputar mercado com as asiáticas. A empresa vai lançar uma “carreata nacional”, com participação da fundadora Luiza Trajano, para digitalizar comerciantes e expandir o número de vendedores no seu e-commerce, que hoje tem 160 mil cadastrados. A companhia também decidiu ofertar empréstimos aos pequenos comerciantes que escolhem sua plataforma.

Em relação às acusações de competição desleal com os sites estrangeiros, o Magalu defende que os concorrentes passem a respeitar a legislação local e barrem produtos falsificados e vendidos sem nota fiscal. “Nós não estamos falando de competição desleal, nós estamos falando de competição ilegal”, afirma o diretor executivo de vendas online do Magalu, Leandro Soares.

Procurados, AliExpress e Via não quiseram comentar.

Fonte : https://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,shopee-aliexpress-magalu-mercado-livre-americanas-pequenos-lojistas,70004064670

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Mercado Livre (MELI34) reverte prejuízo e lucra US$ 65 mi; ações sobem 5% em NY

O Mercado Livre (MELI34) reportou um lucro líquido de US$ 65 milhões no primeiro trimestre de 2022, revertendo um prejuízo de US$ 34 milhões no mesmo período do ano passado. Em termos de lucro por ação, o papel saiu de um prejuízo de US$ 0,68 para um lucro de US$ 1,30 entre janeiro e março deste ano.

O resultado do 1T22 do Mercado Livre agradou os investidores. As ações da plataforma de e-commerce argentina subiram 5,48% no after market de Nova York, após uma forte sessão de queda no horário regular.

Hoje (6 de abril), a alta continua no pre-market, com subida de 4,57%, para US$ 954,99, por volta das 7h50 (horário local).

O Mercado Livre também surpreendeu com a receita líquida, que atingiu um novo recorde no primeiro trimestre de 2022, superando a performance do quarto trimestre do ano passado. A receita líquida somou US$ 2,2 bilhões, crescimento de 63,1% na comparação com o mesmo período de 2021.

Representando 55% da receita líquida total do Mercado Livre, o Brasil alcançou US$ 1,25 bilhão, com  crescimento de 62,8% na comparação anual. Outros países com destaque são Argentina, com receita de US$ 518 milhões, e México, com receita de US$ 364 milhões.

Crescimento do Mercado Livre

Previsão é de que produtos do GPA estejam disponíveis nos cinco Centros de Distribuição do Mercado Livre até o fim do ano - Foto: Divulgação Mercado Livre
Foto: Divulgação/ Mercado Livre

Segundo a empresa, o recorde foi sustentado pela alta de 26,5% no volume bruto de mercadorias (GMV), para US$ 7,66 bilhões, além de uma expansão de 72% no volume total de pagamentos (TPV), a US$ 25,3 bilhões.

Outras unidades de negócio como o Mercado Envios e o serviço de anúncios também tiveram bom desempenho. O Mercado Envios embarcou 254 milhões de itens durante o trimestre, representando um aumento de 22,1% em base anual. A penetração da rede gerenciada pelo Mercado Livre atingiu 90,5%, sendo 40% dos envios via fulfillment.

Sobre o Mercado Ads, a plataforma destaca que “a receita do negócio de publicidade digital quase dobrou no primeiro trimestre, ano contra ano, tendo investido consistentemente em tecnologia para ampliar a presença de anúncios no ecossistema”.

A base geral de usuários únicos ativos do ecossistema do Mercado Livre atingiu 80,7 milhões ao final do trimestre, alta de 15,7% em comparação com o mesmo período de 2021 — sendo 6,7 milhões de novos usuários incorporados somente no período de janeiro a março deste ano.

Os custos do Mercado Livre cresceram 49,3% em um ano, a US$ 1,17 bilhão. A companhia diz que o aumento foi impulsionado pelo crescimento nas provisões para cobrir inadimplência no seu segmento financeiro, em meio a expansão nos níveis de originação de crédito e nos cartões de crédito da empresa.

A carteira de crédito do Mercado Livre atingiu US$ 2,4 bilhões até o fim de março de 2022, enquanto era US$ 1,7 bilhão ao final de 2021. No período, o Mercado Crédito concedeu mais de US$ 1,7 bilhão em créditos, quase o triplo do valor registrado no primeiro trimestre de 2021.

Fonte : https://www.suno.com.br/noticias/mercado-livre-meli34-lucro-1t22-acoes-ny/

BC concede autorização para Shopee funcionar como instituição de pagamento

A sede da nova unidade fica em São Paulo e o capital inicial é de R$ 4 milhões.

O Banco Central concedeu autorização de funcionamento para a SHPP Brasil, da gigante cingapuriana de comércio eletrônico Shopee, funcionar como instituição de pagamento, na modalidade de emissor de moeda eletrônica. A sede da nova unidade fica em São Paulo e o capital inicial é de R$ 4 milhões. O controlador é o fundador da Shopee, Forrest Xiaodong Li.

A Shopee é controlada pela holding Sea, que tem uma unidade só de serviços financeiros digitais, a SeaMoney. A companhia já tem mais de 45,8 milhões de usuários ativos, especialmente no sudeste asiático, em países como Cingapura, Malásia, Tailândia e Indonésia.

 

Fonte : https://valor.globo.com/financas/noticia/2022/05/02/bc-concede-autorizao-para-shopee-funcionar-como-instituio-de-pagamento.ghtml

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Gol e Mercado Livre fecham parceria logística que deve quadruplicar entregas aéreas da varejista

O Mercado Livre (MELI34) e a Gol Linhas Aéreas (GOLL4) anunciaram nesta terça-feira (19) um acordo de longo prazo focado em logística: a companhia aérea vai fornecer seis aeronaves exclusivas (com cores e logomarca do Mercado Livre) à varejista.

Serão três aeronaves entregues em junho e mais três em 2023. Há a opção no acordo de adicionar mais seis aeronaves até 2025.

“É um modelo de negócio que a Gol está inaugurando no mercado varejista. Hoje o Mercado Livre tem três aeronaves que atendem regiões distantes dos nossos centro de distribuição. Com o acordo passaremos a ter nove aeronaves, triplicando nossa capacidade de voos ao redor do Brasil”, afirma Fernando Yunes, vice-presidente do Mercado Livre no Brasil.

O acordo fará com que o Mercado Livre quadruplique a capacidade de entrega de pacotes por via aérea, passando de 10 milhões para 40 milhões de pacotes por ano.

“Vamos reduzir em 70% a 80% o tempo de entrega para os consumidores no Norte, Nordeste, e em algumas cidades do Sul e Sudeste. Vamos sair de sete a oito dias de entrega nessas regiões para 2 dias de prazo de entrega”, afirma Yunes.

O prazo de entrega para Manaus será de apenas um dia, em comparação com os atuais nove dias, enquanto para destinos no Nordeste esse prazo diminuirá de quatro para um dia. Outras capitais, como Goiânia e Cuiabá, passarão a receber suas encomendas no dia seguinte.

Segundo Yunes, o foco será nas regiões Norte e Nordeste, com 70% da operação focada nas entregas dessas regiões, mas cerca de 30% da operação irá auxiliar entregas em outras regiões do país como Sul e Sudeste.

O Mercado Livre não informou qual o valor do investimento nesta parceria.

“A expansão da frota é vital para avançarmos com a missão do Mercado Livre de democratizar o comércio eletrônico, o que é ainda mais importante em um país de dimensões continentais como o Brasil. Estamos muito otimistas em relação ao nosso acordo com a Gol, e vemos isso como fundamental no fortalecimento de nossa rota de crescimento no e-commerce e na nossa estratégia de expansão regional”, disse Yunes.

Hoje as três aeronaves do Mercado Livre são da Azul (AZUL4) e isso se mantém. Segundo Pablo Navarrette, diretor sênior do Mercado Livre, o acordo com a Gol será o principal feito com companhias aéreas nos próximos anos, mas não impede novos acordos com outras empresas.

Operação da GolLog

O braço de negócio de logística da Gol, a GolLog, que opera serviços de carga para 52 aeroportos e mais de 3.900 destinos no Brasil, é quem fica responsável pela operação do acordo. Por ora, o negócio é focado especialmente no Brasil.

O contrato entre as empresas tem duração de 10 anos, prevê uma frota dedicada de cargueiros composta por seis Boeing 737-800 BCF.

De acordo com Julio Perroti, diretor da GolLog, a empresa planeja expandir sua gama de serviços e aumentar em 80% a sua capacidade disponível em toneladas durante 2023 para gerar receita incremental adicional de aproximadamente R$100 milhões em 2022, e mais de R$1,0 bilhão nos próximos cinco anos – considerando apenas a parceria com a varejista.

“O plano de frota da GOL é encerrar esse ano com 136 aeronaves, sendo 44 Boeing 737-MAX 8 e 92 Boeing 737-NG. A introdução das seis aeronaves de carga deverá proporcionar economias no processo de transformação da frota em aproximadamente R$25 milhões em 2022 e outros R$ 75 milhões em 2023. A transformação em curso da Companhia para o 737 MAX também permitirá maior diluição dos custos fixos e gerará novas oportunidades de receitas auxiliares”, afirmou o executivo.

Ele detalhou que as economias milionárias vem da extensão do contrato de uso das aeronaves.

Fonte : https://www.infomoney.com.br/minhas-financas/gol-e-mercado-livre-fecham-parceria-logistica-que-deve-quadruplicar-entregas-da-varejista-por-via-aerea/

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Mercado responde às tendências de pagamentos invisíveis, checkout e outras tecnologias

Não é de hoje que o e-commerce brasileiro investe em pagamentos invisíveis – aqueles que não requerem nenhuma interferência do consumidor para serem realizados – para transformar e otimizar a experiência de compra. Ainda que já bastante utilizada, essa forma de pagamento segue como uma tendência, com novas opções tecnológicas em constante aparição e renovação no mercado. Por isso, manter seu negócio atualizado quanto às oportunidades de meios de cobrança disponíveis é imprescindível e está diretamente ligado à taxa de conversão.

Dados globais apontam que o nível médio de abandono de carrinho é de 69%, sendo que entre os motivos para esse comportamento estão longos formulários de preenchimento / processos de checkout (28%), site não confiável para informações de cartão de crédito (19%), métodos de pagamento limitados (8%), entre outros.

Dessa forma, pode-se afirmar que o setor de pagamentos é intrínseco ao e-commerce, conforme defende Joaquim Vilela, Conselheiro do E-Commerce Brasil e membro do Comitê de Meios de Pagamento ao lado de representantes das empresas Adiq, Adyen, Appmax, BoletoFlex, ClearSale, Elo, Fiserv, iugu, Koin, Loja Integrada, Magazine Luiza, Mercado Pago, Nuvemshop, Oto, PagBrasil, PagaLeve, Pagar.me, Spin Pay, Vindi e Worldpay.

“Quando a gente fala de tendência, independente de modelo, de uma nova estrutura de pagamento, como foi o Pix recentemente no Brasil, o objetivo é sempre o mesmo: remover o atrito. É diminuir ao máximo possível as ações e movimentos que desestimulam as compras. A saída para isso é sempre a mesma: automatizar cada vez mais os métodos de pagamentos”, afirmou ele durante o encontro online do Comitê de Meios de Pagamento, que ocorreu em março de 2022 e resultou neste relatório.

Vilela cita exemplos como pagamentos por um clique, modelos de alto comércio, como o da Amazon Go, pagamentos transparentes através de assinatura, além do embedded finance, que já se inicia no Brasil e “deve vir com força no próximo semestre, adentrando 2023 com o varejo não apenas fornecendo carteiras digitais, mas servindo também a estrutura crédito para seus clientes finais”, aponta ele.

Para Pedro Balsemão, Diretor de Produtos do Oto, o contexto de pagamentos invisíveis e redução de atritos está cada vez mais em evidência, principalmente porque a forma de compra mudou. “Hoje, o produto chega mais rápido, em horas ou minutos. Por isso, é preciso fazer com que essa transação ocorra [de forma] mais próxima do cliente”. Para Balsemão, existe a possibilidade de utilizar parcerias, inclusive com lojas físicas, para contribuir com o relacionamento com os clientes. “O digital é uma grande loja dentro das lojas de varejo. Por isso é preciso ter essa parceria para evoluir como um todo”.

Renato Lahud, Diretor de Pagamentos da Loja Integrada, destaca a importância do setor em educar o mercado para proporcionar um pagamento cada vez mais fluido no digital. “Nossa função é dar suporte
aos lojistas, principalmente aos mais novos. É preciso democratizar o sistema financeiro para que ele seja mais simples e transparente. E, consequentemente, que ele converse com o comprador da forma menos impactante possível”. Para o sistema de checkout, a Loja Integrada possui diversos players plugados, assim como desenvolveu um meio de pagamento próprio aos lojistas (que pretende desplugar e disponibilizar para todo o mercado). Segundo Lahud, a empresa acredita nas novas soluções disponíveis, assim como percebe o Pix como um meio muito importante no pagamento do e-commerce. “Algumas pessoas já querem o buy now, pay later, linha de crédito, carteira digital… são pontos que nós vemos com grande potencial”.

Seguindo a mesma linha de raciocínio da Loja Integrada, Leandro Hespanhol, Diretor Comercial & Novos Negócios no Magalu, diz que é preciso tratar o seller como um cliente — em especial os pequenos, que digitalizaram seus negócios recentemente. “Investimos pesado para a redução das fricções nos pagamentos. Afinal, além da visão seller e cliente, temos uma obsessão em reduzir a fricção no checkout”. Para tanto, Hespanhol acredita nas inovações no setor de pagamento, elogiando inclusive o Banco Central como tendo um papel de protagonista na modernização e regulamentação do setor nos últimos anos. “O Open Banking tem a chance de transformar os pagamentos mais do que o Pix fez até hoje. O brasileiro é dependente de crédito, e o Pix Garantido não deixa de ser isso. Agora resta saber qual será a estratégia a partir dessa novidade”.

A revolução do Pix

Com pouco mais de um ano de operações, o Pix conta com mais de 110 milhões de usuários cadastrados. Dessa forma, a previsão é que a ferramenta suba de 10,9% de pagamentos no e-commerce para 18% até 2025.

A forma de pagamento é vista como revolucionária pelo setor, que admira sua aceitação cada vez mais massiva. Eric Felice, Sales Supervisor no Mercado Pago, destaca o Pix como um participante ativo da plataforma. “São mais de 70% dos sellers já aceitando o Pix. Além disso, mais de 20% do volume total de vendas online é transacionado por essa forma de pagamento”.

Hoje, Felice participa de forma ativa junto ao Banco Central em relação ao Pix Crédito. “Essa opção terá liquidez de financiamento aos consumidores, principalmente aos de tíquetes mais altos. Acredito ainda que os vendedores também venderão mais, com maior tíquete médio”. A partir da expertise que o Mercado Pago atingiu com o QR Code, a empresa apresentará uma solução de parcelamento com o Pix (com instituição própria). Há também um avanço em relação à aceitação de QR Code via Pix, a fim de oferecer uma experiência mais fluida nos pontos de venda. “Olhando as soluções do Pix e cruzando com os pagamentos invisíveis e tendências, não acredito que ele promoveu uma canibalização, mas sim um incremento”.

Apesar de concordarem que o Pix não chegou como “concorrente” e sim como “aliado” às inovações financeiras, o comitê discutiu a relação do Pix com o tradicional e já consolidado boleto.

A persistência do boleto

Um dos pontos levantados foi sobre um possível fim do boleto e o CEO e Cofundador da PagBrasil, Ralf Germer, informou que a empresa se dedicou a fazer várias pesquisas para entender o motivo pelo qual as
pessoas continuam usando essa opção mesmo com a facilidade do Pix. Entre as conclusões, Germer destaca o hábito. “Muitas pessoas, as mais simples, não confiam e não entendem o Pix, o acham complicado e preferem usar o que eles querem e conhecem [boleto].”

Um fato interessante sobre o boleto é que ele permite à pessoa gerar um documento que pode ser pago mais tarde. “Há famílias que a avó gera um boleto e depois pede à neta para pagar porque ela não sabe. Então, há vários cenários que fazem com que o boleto continue vivo”, explica Germer. Ele ainda dá outro exemplo, voltado para o segmento de empresas, B2B. “O boleto se adapta ao processo da empresa. Uma pessoa, por exemplo, do departamento de TI, gera um boleto para comprar um software, leva esse documento para o gerente assinar e depois leva para a contabilidade para fazer o pagamento. O boleto se adapta muito bem a esse processo”, pontua.

Complementando as informações da PagBrasil, Pedro Noll, CMO e Fundador da BoletoFlex, confirma que o Pix só acrescentou ao setor, já que “acaba sendo uma forma de liquidação das parcelas que a pessoa tem a vencer”, não o vê como uma ameaça ao boleto. “Não pensamos em retirar o boleto como opção de pagamento. Acho que existe uma certa miopia do mercado em achar que o Pix vai tomar conta de tudo, de forma muito rápida”.

Noll chama a atenção para a questão da bancarização do brasileiro, que aumentou muito, principalmente em 2020 devido à adesão ao auxílio emergencial – com 40 milhões de brasileiros abrindo contas digitais para poder receber o benefício -, mas destaca a desbancarização funcional no País, que ainda é representada por uma parcela considerável da população. “O desbancarizado funcional é aquela pessoa que é bancarizada, muitas vezes tem sua conta no banco só para receber o auxílio emergencial, mas tira o dinheiro de lá porque não está familiarizado com as operações e com o Pix”. Noll admite que o boleto tende a perder, com o tempo, espaço para o Pix, mas essa ainda é uma forma com grande adesão por parte dos brasileiros que, em muitos casos, optam pelo tradicional por questões culturais.

Buy Now Pay Later é o “novo” crediário digital

Outra tendência que vem chamando a atenção do mercado é o conceito de Buy Now Pay Later (BNPL). Apesar de ser um termo relativamente novo no mercado, o Brasil não é exatamente um iniciante nesse processo. Marcelo Queiroz, Head de Estratégia de Mercado da ClearSale, aponta o crediário, o pagamento com cartão de crédito em várias vezes sem juros, como os princípios básicos do BNPL, que proporciona essa facilidade, sem a necessidade de um cartão. “Tanto é que só tem pagamento parcelado sem juros no Brasil”, acrescenta ele.

“Houve um movimento global da digitalização de crédito que traz isso para o contexto internacional e depois desse desdobramento se fala hoje de BNPL, que nada mais é do que uma rapidez, uma análise super rápida, para proporcionar crédito no momento de instantaneidade do pagamento da transação”.

A BoletoFlex percebe uma adesão muito grande de jovens nesse modelo de pagamento, com a maioria de consumidores entre 18 e 35 anos, o que significa que essa é uma tendência no País. “Diferente do consumidor de crediário de loja física, podemos ver o comportamento dessa nova geração em relação aos novos meios de pagamento, essa facilidade que eles têm de estar conseguindo operacionalizar suas compras sem cartão de crédito”, afirma Noll, que considera a ideia de “democratizar” a opção do crediário, BNPL, que era limitada a grandes players também para o varejo como um todo. Um dos desafios para seguir por esse caminho são os juros. “A gente sabe que os juros vêm subindo bastante, e no fim do dia o que a gente faz é crédito para o consumidor comprar naquela loja. Quando a gente começou a gente tinha uma taxa de juros Selic significativamente menor, e agora a gente não consegue passar esse valor integralmente para o consumidor. Então, equilibrar o que a gente oferece para o consumidor e nossa inadimplência é o core do nosso negócio”, completa.

Outras tendências

Em um resumo feito por Queiroz, ele pontua a necessidade de um tripé para ter como norte quando o assunto é pagamentos invisíveis e checkout. Primeiro ele cita agilidade na jornada do cliente, para que ela seja experimentada de forma fluida. Outro ponto é a fricção. “Quero ter agilidade e entregar o processo com a menor fricção possível para facilitar essa jornada do cliente”, exemplifica. E, por último, está a segurança, análise de risco. Ele explica que há um conflito entre esses conceitos, e que cabe às empresas fazerem um trade-off. “Você tem que fazer um tradeoff e pensar: como eu entrego uma experiência de pagamento invisível de forma segura, fluida, que consiga incorporar de forma suave, um serviço que pode ser um crédito naquele processo de compra, mas que seja transparente e fácil de o cliente entender. É por isso que têm tantas inovações acontecendo agora.”

Ainda pensando no futuro, Renato Burin, Head do Nuvem Pago (Nuvemshop), traz como uma tendência a desintermediação de pagamentos. “À medida que as vendas online ganham maior participação no varejo, isso será cada vez mais comum”. Além disso, Burin também acredita no modelo de plataforma aberta, com diversos processadores de pagamento que podem processar as transações dos vendedores — como já ocorre na Nuvemshop. Outro apontamento do especialista durante o comitê foi em relação aos departamentos de Logística e Pagamentos. “Esses setores são as duas fricções importantes do e- commerce. Por isso, não vejo por que não ter soluções proprietárias para esses pontos”.

Germer também falou sobre suas expectativas para o setor e afirma que espera uma solução para micro-pagamentos, que ainda não existe. “Eu não consigo adquirir somente um artigo para ler online por R$
0,20, R$ 0,40, por exemplo, pois não há uma solução de pagamentos para isso”. Além disso, ele lembra que já existem muitas formas simples de otimizar a jornada do consumidor, como a de by now pay later
ou simplesmente ao melhorar a experiência em partes básicas da transação.

Seguindo um outro viés, Thiago Guerra, Diretor Comercial do Pagar. me, destaca como uma tendência a ser considerada pelos players de pagamento o social commerce. “As redes sociais já fazem parte da jornada de compra do cliente, antes, na busca por reviews de produtos e, agora, para facilitar o processo de compra. Em linha com a tendência de pagamentos invisíveis e redução de atrito no processo de compra, é papel dos meios de pagamento desenvolver soluções cada vez mais completas para o social commerce. Podemos dizer que esse futuro já está começando: a solução de link de pagamento, por exemplo, pode ser facilmente integrada às redes sociais, trazendo um checkout seguro e diversificados métodos de pagamento para esse espaço, facilitando estratégias com influenciadores.”

Por fim, Guerra levanta uma provocação: “Como podemos gerar e prover produtos para atender os lojistas nas redes sociais, levando segurança e fluidez que o cliente final tanto busca para esses ambientes?”, questiona.

Daniel Silvestre, Diretor de Marketing e Analytics da Vindi, relata que ao mesmo passo que grandes players já nascem com meios de pagamento, as lojas começam a criar os meios delas. Entretanto, faz o alerta de que, se o MDR (Merchant Discount Rate) acabar, o varejo terá que evitar se tornar uma Kodak. Assim como os demais, ele vem estudando muito o impacto do Pix nos pagamentos e ressalta que o boleto e cartões estão sofrendo por isso, mas processos de inovação dificilmente matam algo por completo. “Iremos conviver por muitos anos com esse processo de inovação. Precisamos ficar olhando no dia a dia, pois do contrário seremos pegos desprevenidos. Prever as tendências e se preparar o quanto antes é urgente, inclusive no setor de pagamentos”.

*As informações foram retiradas do Relatório do Comitê de Meios de Pagamentos – E-Commerce Brasil, realizado no primeiro semestre de 2022.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/tendencias-pagamentos-invisiveis/

Banco Central anuncia data para chegada de versão piloto do Real Digital

Ainda no ano passado mostramos uma rodada de debates sobre a criação de uma moeda digital oficialmente brasileira pelo Banco central. Agora, tudo indica que o Real Digital deve ter um piloto no segundo semestre desse ano e já tem uma estrutura de como será montado. A versão brasileira da CBDC (“central bank digital currency”, na expressão em inglês) será feita a partir uma stablecoin e com base no STR (Sistema de Transferência de Reservas). Trata-se do meio no qual são feitas as transferências de recursos entre instituições financeiras.

O STR é o sistema central do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), responsável pela transferência de fundos com liquidação bruta em tempo real (LBTR).

“A gente tem o STR, um sistema que liquida todos os ativos e tem como garantia o Real. Então a gente vai ter como se fosse um sistema em cima desse, um STR digital, onde vai ser garantido pela moeda digital, o Real Digital, e os bancos vão conseguir emitir stablecoins em cima dos seus depósitos”, explicou Campos Neto.

Coordenação entre os agentes públicos

Conforme o presidente do BC disse, isso é uma “forma de criar a digitalização da moeda sem criar uma ruptura no balanço dos bancos. Esse projeto deve ter algum tipo de piloto no segundo semestre”, disse.

Campos Neto garante que “não tem nenhum Banco Central no mundo que não está nesse processo de estudo”, mas que será necessário uma maior coordenação entre os diversos agentes públicos e do mercado.

“Vejo alguns lugares falando ‘vou fazer uma plataforma centralizada’, o outro ‘vou fazer uma blockchain’ … E na verdade se essas moedas digitais não tiverem esse fator de pagamento transfronteiriço com eficiência, obviamente que a criptomoeda vai ser sempre mais eficiente do que qualquer tipo de moeda digital”, aponta.

“Houve entendimento que é segura”

Campos Neto se aprofundou no tema das critpomoedas. Ressaltou que o brasileiro ainda vê muito mais essa classe de ativos como meios de investimento do que meio de pagamento, mas que quando a curva de adoção aumentar, a tendência é que o uso para pagamento aumente também.

“O que a gente pensa é que existe uma curva na qual você começa como veículo de investimento e em algum momento aquilo passa a ser um meio de pagamento porque tem um processo dos agentes financeiros se acostumarem e aceitarem isso em pagamentos”.

O executivo ressaltou que houve um entendimento entre governos de que a criptomoeda é segura, que tem “um lastro de quantidade máxima a ser emitida” (provavelmente falando do Bitcoin).

Porém, o presidente do BC entende que a digitalização que está em curso é irreversível, mas que a discussão está muito focada em criptomoedas.

“Olhando pra frente um processo onde você tem 5G, internet das coisas, uma série de protocolos que facilitam esse processo. Acho que existe uma concentração injusta do debate entorno de cripto em si e uma falta de diagnóstico no que é o networking. Mais do que a criptomoeda, o importante é olhar o network que ela trafega. Acho que ai temos grandes avanços. Temos networks que são construídos de tal forma que aonde quanto mais você aumenta o trafego, melhor o network fica”, exemplifica.

Regulamentação difícil, mas necessária

Sobre a corrida para regulamentar as criptomoedas, Campos Neto disse que a regulamentação é necessária, mas que o crescimento exponencial da tecnologia dificulta esse processo.

“O tema de regulamentação é super complexo, porque quando eu regulamento um processo físico e linear, eu regulamento hoje conseguindo mais ou menos ver o que vai ocorrer em dois ou três anos. Quando esse processo é não linear, é exponencial, é muito mais difícil ter essa visibilidade. Então os BCs estão nesse processo de entender como eu faço uma regulação hoje em um ambiente que deve mudar completamente em dois anos”.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/banco-central-anuncia-data-para-chegada-de-versao-piloto-do-real-digital/

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Pagamentos: velocidade é o principal atributo para versões digitais

Não seria exagero dizer que a pandemia foi uma espécie de “experiência forçada” sobre como continuaremos a adotar a tecnologia em uma variedade de serviços financeiros, tanto para indivíduos quanto para empresas. E isso, é claro, inclui o universo dos pagamentos.

O chefe de estratégia de produtos da FISPAN, Matt Naish, afirmou que, com a era digital firmemente sobre nós e as preocupações com a pandemia diminuindo um pouco, entramos em uma fase em que os credores podem ver quais comportamentos serão mais firmemente arraigados – e quais exigirão pensamento adicional de instituições finaceiras em termos de como essas mudanças vão se encaixar com as estratégias bancárias comerciais e voltadas para o consumidor existentes.

Segundo o executivo, é necessário que alguns tipos de pagamentos sejam imediatos, diferente de alguns que não precisam de tanta velocidade assim.

Naish disse que, para chegar lá e atender às mudanças nos bancos de consumidores e empresas, as interfaces de programação de aplicativos (APIs) oferecem uma maneira de as FIs adotarem qualquer número de estratégias, “não importa se essa estratégia é aceitar, estender ou competir”.

Nesses respectivos casos, as empresas podem observar como as novas tendências se desenvolvem. Uma extensão inclui FIs em parceria com líderes do setor para fornecer as melhores soluções, e o impulso para competir é aquele em que os FIs podem se esforçar para criar novas opções internamente e depois ir ao mercado.

“Não importa se a FI está escolhendo estender ou competir, o bloco de construção fundamental será a API”, disse ele.

Construir uma base sólida de APIs agora permite que os FIs atendam às necessidades dos clientes aqui e agora, ao mesmo tempo em que estabelece as bases para atender às demandas e oportunidades que ainda estão por vir.

APIs e tecnologias avançadas também permitem a digitalização e simplificação de funções de front-end e back-end, permitindo que os humanos façam mais do que fazem bem, disse ele. Nas atividades voltadas para o consumidor, isso pode significar eliminar a necessidade de assinaturas pessoais, já que os documentos podem ser assinados digitalmente. No back-end, isso pode significar automatizar processos regulatórios e de conformidade.

“No geral, os humanos podem ser deixados para lidar com as atividades de valor agregado, como construir relacionamentos e fornecer conselhos, não processar documentos que devem ser facilmente manipulados pela digitalização”, disse Naish.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/pagamentos-velocidade-e-o-principal-atributo-para-versoes-digitais/

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