Magazine Luiza prepara ‘caravana digital’ para atrair lojistas para marketplace, diz Trajano

CEO do Magazine Luiza vê melhora nas lojas neste trimestre e fala dos ajustes feitos na companhia.

Há um ambiente mais positivo se formando entre investidores estrangeiros, em relação aos ativos brasileiros em bolsa, com sinais mais claros de um momento de virada em termos de entrada de recursos externos, diz Frederico Trajano, presidente do Magazine Luiza. O executivo vem recebendo gestores com maior frequência – parte da agenda de abril está voltada para isso – e diz que, apesar do ambiente macroeconômico difícil, num ano eleitoral, há fatores que pesam favoravelmente.

“Economicamente, ainda é um cenário complexo. Inflação e juros altos, PIB com tendência à estagnação ou levemente negativo. Mas hoje este é um quadro já dado, que já se esperava para este início de ano”, diz. “As medidas que estão sendo tomadas pelo BC estão corretas e hoje a questão fiscal está mais equacionada. Aquelas discussões passadas, muito heterodoxas, baixaram de tom. É uma situação no curto prazo ainda ruim, mas com tendências de melhora.”

Trajano cita ainda a queda no dólar, que está levando as redes a fazerem pedidos de novas compras a preços menores, e o efeito da desaceleração da economia nos EUA. “Está sobrando produto no mundo, com os americanos subindo juros e a demanda parando, e a Rússia, que comprava 5 milhões de IPhones ao ano, parou de receber”.

Duas semanas atrás, após apresentar números abaixo do esperado por analistas no quarto trimestre de 2021, a ação de Magazine fechou o pregão em queda de 8,6% e acumulava recuo de 25% no ano. Relatórios de bancos revisaram o preço-alvo da ação, mas mantiveram recomendação de compra do papel – desde a publicação do balanço, a ação subiu 29% (no ano todo, cresce 2%). O recado que vem sendo dado ao mercado pelo comando do grupo é de que há uma tarefa feita dentro de casa, com congelamento de contratações e repasses de pressões em custos aos preços. E que as vendas em lojas dão sinais de recuperação, com um primeiro trimestre melhor que os três últimos meses de 2021.

“Estamos conseguindo [comprar] mais quantidade de produtos com custos menores em função do dólar em queda”

Em maio, a empresa se prepara para sair numa “caravana digital”, visitando centenas de cidades pelo país na busca por lojistas para sua plataforma on-line – com direito à presença do CEO e de Luiza Trajano, presidente do conselho de administração. A seguir, os trechos da entrevista concedida ontem, na sede do grupo:

Valor: O Sr. acha que há um movimento de inflexão em termos de percepção do Brasil pelos mercados? Porque há essa liquidez de recursos no mundo, mas também há um quadro de incerteza. Como vê o país e o Magazine Luiza inserido nisso?

Frederico Trajano: O que eu tenho sentido mais claramente é um aumento muito grande da demanda de investidores internacionais para conversar conosco. Inclusive, temos recebido vários aqui presencialmente na arena [Arena Magalu, sede da empresa]. São grupos de cinco, dez investidores vindo para o Brasil, com perguntas muito construtivas e visão de longo prazo. Em relação ao Magalu, quando o investidor vem com esse nível, ele vem com interesse em aumentar a posição no país e na companhia. São muitos fundos diferentes, muitos dos quais nunca vieram ao Brasil ou que nunca me visitaram antes. Eu me lembro que em janeiro houve um aumento de fluxo de estrangeiros na bolsa e muitos comentavam ‘ah, tomem cuidado que pode ser temporário’. Só que a quantidade de entradas continua aumentando e a sua qualidade também. Há a crise na Rússia, que antes absorvia muito desse capital, e na América Latina não temos tantos países num bom momento. E o nosso cenário eleitoral está meio já desenhado, de uma maneira que não parece que vai haver grandes surpresas. O investidor com posição fundamentalista de longo prazo está olhando o Brasil esperando pelo momento certo para montar posições grandes. Então eu vejo uma mudança de ‘mood’, e esse capital antecipa o que acontecerá à frente. E a gente tem ouvido isso também de outras empresas. Acho que estamos possivelmente no momento de virada em termos de entrada de recursos externos na bolsa.

Valor: Então, há efeitos positivos ao país nesse cenário global, mesmo num ambiente eleitoral, que sempre afeta o humor dos mercados, e os indicadores ‘macro’ ainda ruins?

Trajano: Vamos separar o cenário macroeconômico do político. Economicamente, é um quadro ainda complexo e difícil. Inflação e juros altos, PIB com tendência à estagnação ou levemente negativo. Mas hoje este é um cenário dado, que a gente já esperava para este início de ano. As medidas que estão sendo tomadas pelo Banco Central estão corretas [alta nos juros] porque não há nada pior que o câncer da inflação. A segunda questão é a fiscal, que me parece mais equacionada. Aquelas discussões do ano passado, muito heterodoxas, baixaram de tom. É uma situação no curto prazo ainda ruim, mas com tendências de melhoria no longo prazo, tanto é que esse fluxo está vindo pra cá. Do ponto de vista político, tudo indica que caminhamos para um dos polos, e acho muito difícil que algo se configure de maneira muito diferente do desenhado agora.

Valor: O Sr acha difícil uma terceira via a essa altura?

Trajano: Eu acho. Eu trabalho com internet há 22 anos, e a gente consegue entender muito bem o padrão das redes, o que viraliza, há uma relação muito simbiótica hoje das redes com a população, e a rede social tende a polarizar. Então acho muito difícil nesse momento, que haja algo vindo do centro. Vejo pouco espaço para uma terceira via, infelizmente. Mas não sou especialista em mercado, e quero frisar bem isso. O que pode atenuar um pouco essa situação é a eleição do Congresso Nacional, com novos nomes aparecendo, e acho que deveríamos fazer esforço de bons e novos nomes para Câmara e Senado.

O que essas plataformas [estrangeiras] estão fazendo é digitalizando a sonegação, o contrabandista e a pirataria”

Valor: A empresa tem um cenário de curto prazo mais difícil, e no longo prazo, o sr. vem reforçando essa questão estratégica, que não mudou após crise. Pode detalhar melhor esses cenários?

Trajano: Eu administro essa empresa com foco no longo prazo, mas a gente tem ciclos, e para chegar no longo prazo tem que passar pelo curto prazo também, pelas volatilidades. Entramos no novo ciclo em 2019, voltado para nos transformamos numa plataforma digital com pontos físicos e calor humano. Com uma estratégia muito baseada no modelo de ecossistema, diversificação de categorias, nível de serviço alto, entrega rápida, novas fontes de receita. E usar o que estamos desenvolvendo para digitalizar o negócio analógico [por meio da plataforma de marketplace]. O foco é ajudar os 6 milhões de varejistas brasileiros a se digitalizarem. Há 6 milhões de varejistas físicos no Brasil e só 160 mil vendendo on-line. Se você pegar o Magalu pós-pandemia, a gente dobrou de tamanho. A gente triplicou o nosso comércio eletrônico e quadruplicou o marketplace. Temos 160 mil “sellers” [vendedores] no marketplace, a grande maioria vem desse mundo analógico e nunca vendeu no digital antes. Saímos da pandemia com números que indicam que a gente está caminhando muito bem do ponto de vista de longo prazo.

Valor: E sobre essa questão de que vocês sentiram mais a desaceleração nas vendas no fim de 2021 e o efeito no curto prazo?

Trajano: A gente esperava um segundo semestre muito mais pujante do que efetivamente aconteceu, mas acho que ninguém esperava inflação e juros tão altos no segundo semestre.

Valor: Mas já havia uma sinalização de que venda desaceleraria e vocês sempre conseguiam antever…

Trajano: A desaceleração foi mais forte do que todo mundo esperava. Você pega o boletim da Focus e vê, ninguém conseguiu antever o cenário de inflação e juros tão altos.

Valor: Olhando 2022 e 2023, o que tem sido feito pela empresa para esse período?

Trajano: Do ponto de vista de curto prazo o que nós fizemos foi um ajuste de dimensionamento da companhia, como por exemplo, em termos de redução de estoque, porque a demanda por bens discricionários caiu [após o terceiro trimestre]. Houve uma queda de mais de 20% em lojas físicas. Em termos de estoque, de área de armazenagem, contratos publicitários, e quadro [de pessoal]. Então entregamos anexos de centros de distribuição, reduzimos ou cortamos contratos de terceiros e redimensionamos o quadro. Nós fechamos a porta da entrada.

Valor: Então congelaram vagas e também demitiram?

Trajano: Fizemos algum ajuste interno e congelamos vagas, porque o “turnover” do varejo é alto. E o problema da demanda está mais em loja, logo, você consegue ajustar basicamente fechando a porta de entrada.

Valor: Quando essas medidas darão resultado?

Trajano: Acho que a partir de março, mas com certeza já no segundo trimestre. Então já estamos agora num nível adequado para a demanda atual, e em termos de estoque também. A gente também já repassou um pouco do aumento de custo das mercadorias [efeito da inflação] para o preço, e passamos a cobrar juros no parcelado, porque praticamente toda venda era sem juros. Então há uma série de medidas aqui de impacto em aumento da margem bruta.

Valor: A empresa tem que tomar medidas para ajustar o negócio à outra realidade agora e, ao mesmo tempo, tem que manter uma estratégia em investimentos, que de certa forma também impacta nos números. Como gerir isso?

Trajano: Como a estratégia da empresa está muito baseada no marketplace, isso são outras linhas do negócio. E ele acaba ajudando no curto prazo também. O que aconteceu com o marketplace é que os investidores estão cobrando das plataformas maior rentabilidade, e todo mundo veio revisando suas condições [dos contratos comerciais com lojistas]. Fizemos isso em fevereiro e o mês foi histórico pra companhia, pois o marketplace passou a vender mais do que as lojas físicas em fevereiro.

Valor: O marketplace continuou sendo maior que as lojas em março e isso é tendência mais gradual daqui para frente?

Trajano: Sim, e não é gradualmente, não. Vai abrir mais [essa diferença]. Mas a loja também está melhor no primeiro trimestre, até pela base de 2021, do que esteve no quarto trimestre e o faturamento do varejo físico vai melhorar no segundo semestre.

Valor: Depois da publicação do balanço do quarto trimestre, os analistas citaram em relatórios alguns desafios do Magalu, como rentabilizar os investimentos, escalar e rentabilizar soluções financeiras e o ambiente mais competitivo com outras plataformas ficando mais robustas, como Americanas. Como o sr. entende essas questões?

Trajano: Eu tenho falado com inúmeros investidores do Brasil e de fora. Acho que eu tenho zero ‘push back’ na nossa estratégia, nenhum questionamento em relação a isso. E todas as questões que eu tenho tido de investidores são referentes ao curto prazo, às lojas físicas, bens discricionários. Até porque, quadruplicamos marketplace, o TPV [transações de pagamento] atingiu R$ 65 bilhões em 2021, são 7 milhões de clientes com cartão de crédito e 5 milhões de contas digitais. Todos os negócios novos estão indo bem tanto em receita como lucro. Então o único “push back” do mercado em relação ao Magalu é o curto prazo.

Valor: O mercado está mais racional, mais focado em rentabilidade, mesmo com competição forte?

Trajano: Desde que assumi como CEO, a gente deu o lucro seis anos e gerou caixa em cinco dos seis anos. O que aconteceu no ano passado foi a desaceleração, e um mercado com os juros mais altos acaba exigindo que as empresas equilibrem melhor crescimento com rentabilidade. E esse é o lugar que a gente gosta de estar. Juros altos exigem que os “players” operem com maior racionalidade, diminui a liquidez daquele que é absolutamente ineficiente e que a acaba conseguindo levantar capital só com narrativa. A gente tinha “player” no Brasil operando com zero de “take rate” (taxa de comissão no marketplaces). Eu cheguei a ouvir declarações que “take rate” é um detalhe. Há um movimento voltado a um melhor equilíbrio entre crescimento e rentabilidade.

Valor: Ao mesmo tempo que há cobrança do mercado por maiores retornos, vemos marketplaces queimando caixa e sendo acusados de operar plataformas com venda de produtos falsificados ou que sonegam impostos. Parece que temos dois “Brasis”?

Trajano: O Brasil é um dos maiores mercados do mundo, então ele naturalmente vai atrair todas as plataformas. Para ter escala, ser rentável e cumprir a legislação tem que ser muito eficiente. Existem plataformas que acabam compensando a sua ineficiência e conseguindo lucros ou receitas de movimentações que são ilegais. Vendem um celular com o preço de capinha. O ponto é que essa evasão fiscal poderia bancar um Bolsa Família de R$ 600 por um período longo. Ou poderia aumentar investimentos em educação e saúde. Mas isso está indo para plataformas que ganham em cima da venda de “sellers”, na maioria, estrangeiros, que estão ganhando e até tirando empregos das empresas brasileiras.

Valor: Mas o sr. acha que o brasileiro já entendeu isso? Parte da população compra esses produtos nessas condições.

Trajano: O cidadão, o consumidor compra o produto mais barato, mas não percebe que tem uma economia pior porque não gera arrecadação de imposto para ele mesmo. Você não tem uma boa saúde, uma boa educação porque está tendo uma evasão fiscal enorme. É fruto de uma vista grossa que nós estamos fazendo. Não podemos ser coniventes com a sonegação porque achamos que pagamos muito imposto. O que essas plataformas estão fazendo é digitalizando a sonegação, elas tão digitalizando o sonegador, estão digitalizando o contrabandista e a pirataria.

Valor: Qual o efeito da guerra no leste europeu na cadeia de suprimentos e da queda do câmbio?

Trajano: Segundo nossas conversas com fornecedores há um cenário de melhora, e eu diria significativa. Há um aumento de juros nos Estados Unidos freando a demanda americana, que antes estava consumindo todos os produtos produzidos no mundo. E alguns fornecedores que tinham um mercado grande na Rússia viram isso cair muito. A Apple chegou a vender 5 milhões de iPhones na Rússia. Sinto que vamos ter uma normalização da cadeia suprimentos após o segundo trimestre. Estamos conseguindo mais quantidade com custos menores em função do dólar em queda. Então, estamos reduzindo estoque para a chegada de novo mais barato. A pressão hoje que há é no aço, na indústria de linha branca.

Valor: O Magalu vai expandir a atuação para outras categorias no marketplace? As aquisições de negócios devem se manter?

Trajano: Vamos focar na integração dos negócios, fizemos 20 aquisições recentemente e estamos mais focados em integrar isso agora. A KaBuM, por exemplo: temos uma perspectiva excepcional pra esse universo “gamer”, e a KaBuM vai entrar em outros segmentos também, e não só a venda de hardware. Nós vamos ter os nossos próprios jogos. Na categoria de mercado [alimentos], estamos trazendo parceiros novos para o marketplaces por meio da VipCommerce. Ela ajuda esses varejos a vender diretamente a seus clientes. Estamos em fase de teste com 10 lojas em Belo Horizonte, São Paulo e Campinas. Há 300 clientes da Vip em 280 cidades e a ideia é que eles entrem em nossa plataforma.

Valor: Então vocês não pretendem comprar uma operação de alimentos grande?

Trajano: A gente acredita que negócios com tíquete baixo, como alimentos, têm que ter entrega local, têm que ser feitos pelo varejo local. Claro que eu não digo que nunca vai ocorrer [uma aquisição maior no segmento alimentar]. Mas o que quero deixar claro é que há esse esforço da empresa em trazer o varejo local para dentro da empresa. Há milhões e milhões de negócios analógicos que não vendem on-line. Para mim, isso vai ser um dos grandes motores de crescimento. Nessa linha, estamos montando um projeto que chamamos de caravana digital.

Valor: O que é a caravana?

Trajano: Nós vamos rodar centenas de cidades a partir de maio e já começamos com o piloto em março. Já fizemos esse mapeamento, que ainda vamos divulgar. Será uma caravana com a presença de minha mãe, junto com nossa equipe e todo o ecossistema de negócios do Magalu. Vamos atrás de novos “sellers” que querem vender no Magalu, no KaBum, na Netshoes, e esse vendedor vai ser avaliado e credenciado e ter acesso a nosso ecossistema. Vamos passar dias nas cidades trabalhando nisso, dentro dessa ideia de digitalizar todas as cidades por onde a gente passa. Eu vou entrar nessa, também estarei nas visitas. Nós acreditamos que nosso forte é o nosso calor humano e ficamos dois anos falando no on-line, mas nós temos isso de gastar sola de sapato e de barriga no balcão.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/03/31/ha-uma-mudanca-de-humor-favoravel-ao-brasil-diz-trajano.ghtml

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Fintech as a service: o futuro dos meios de pagamentos

Fintech as a service é uma startup de serviços financeiros que permite que outras fintechs e empresas (independentemente do segmento) possam aprimorar os produtos e os serviços financeiros que já oferecem, ou começar a entregar essas soluções aos seus clientes.

Uma das principais vantagens de firmar parceria com uma FaaS, como também pode ser chamado esse modelo de fintech, é conseguir entrar no mercado de serviços financeiros sem precisar se preocupar com questões regulatórias e, principalmente, sem ter que desviar do core business da empresa.

Basicamente, uma fintech as a service funciona da seguinte forma: por meio de APIs (Application Programing Interface), que são conjuntos de informações e padrões de programação, você adquire a solução financeira que considera mais interessante e implementa na sua plataforma.

Vamos supor que esteja planejando criar uma conta digital com a sua marca e oferecer para o seu público.

Em vez de começar esse processo do zero, ao contratar uma FaaS, é possível adquirir essa solução “pronta”, faltando apenas customizar de acordo com a identidade visual da sua empresa e com as regras do seu projeto.

Isso isenta você da parte principal do desenvolvimento, o que também contribui para reduzir o time-to-market, entregando a novidade em menos tempo para o seu público.

Mas por qual motivo contar com uma fintech as a service é interessante? Quanto isso pode contribuir para o crescimento do seu negócio?

Um dos mais significativos resultados que pode ser alcançado com essa estratégia é aumentar o poder de atração e de fidelização da companhia e, consequentemente, elevar o faturamento.

Ao começar a entregar produtos e serviços próprios, a sua empresa passa a atender de forma realmente pontual as necessidades do seu público-alvo, com soluções direcionadas para o perfil desses consumidores, oferta que nem sempre pode ser encontrada por eles em bancos tradicionais.

Com isso, além de continuar a vender os itens que comumente comercializa, você conquista um “algo a mais” para que esses clientes se mantenham interessados e conectados à sua marca.

Isso chamou a sua atenção? Então confira agora, em detalhes, o que é uma fintech as a service, como funciona, vantagens e como uma parceria desse tipo pode ajudar no crescimento do seu negócio.

O que são as fintechs?

Antes de falarmos o que é uma fintech as a service, é interessante conceituarmos esse modelo de startup e apresentar o atual cenário brasileiro.

O termo fintech é a junção das palavras em inglês financial e technology, o que leva ao conceito de “tecnologia financeira”, em português. Trata-se de empresas que desenvolvem soluções, produtos e serviços financeiros totalmente digitais.

Em uma visão geral, logo que essas empresas começaram a ganhar destaque e ocupar espaço no mercado de serviços financeiros, os bancos tiveram a percepção de que a atuação das fintechs iria gerar impacto significativo nas suas atuações.

Tanto que uma pesquisa da PwC apontou que 73% dos executivos do setor financeiro citaram essa impressão, que as instituições financeiras tradicionais sofreriam alguma interrupção nos seus processos e na oferta de soluções para o público.

A evolução das fintechs no Brasil

De acordo com dados do relatório “Distrito Fintech Mining Report 2021”, da Distrito, o Brasil já conta com 1.158 startups desse tipo, segmentadas da seguinte forma:

  • meios de pagamento: 174 (15%);
  • crédito: 157 (13,6%);
  • backoffice: 153 (13,2%);
  • insurtech: 98 (8,5%);
  • serviços digitais: 96 (8,3%);
  • criptomoedas: 87 (7,5%);
  • risco e compliance: 78 (6,7%);
  • tecnologia: 77 (6,6%);
  • investimentos: 70 (6%)
  • fidelização: 48 (4,%);
  • crowdfunding: 40 (3,5%);
  • finanças pessoais: 39 (3,4%);
  • dívidas: 22 (1,9%);
  • câmbio: 19 (1,6%).

A participação do Banco Central foi determinante para que as empresas desse segmento expandissem suas atuações por aqui.

O próprio órgão regulador, na sua página oficial sobre as startups de serviços financeiros, aponta que alguns dos principais benefícios gerados por elas são:

  • conseguir aumentar a concorrência e a eficiência do mercado de crédito;
  • gerar rapidez e celeridade nas transações;
  • diminuir a burocracia no acesso ao crédito;
  • criar condições para reduzir o custo do crédito;
  • promover inovação para o setor financeiro;
  • facilitar o acesso ao Sistema Financeiro Nacional.

A fim de fomentar o crescimento desse setor, o Banco Central lançou regulamentações direcionadas especificamente para essas empresas: resoluções 4.656 e 4.657, instituídas em 2018, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Resolução nº 4.656

A Resolução CMN n° 4.656, de 26 de abril de 2018, estabeleceu dois modelos operacionais distintos: a Sociedade de Crédito Direto (SCD) e a Sociedade de Empréstimo entre Pessoas (SEP).

Com a SCD, as fintechs têm permissão para usarem recursos próprios para ofertarem empréstimos. Na SEP, podem trabalhar como intermediadoras em operações de empréstimos e financiamentos no formato P2P, de pessoa para pessoa.

É importante destacar que, antes dessas permissões, a participação das fintechs no mercado de serviços financeiros brasileiro se limitava ao papel de correspondentes bancários, conforme estava definido na resolução nº. 3.954 de 24 de fevereiro de 2011.​​

Resolução nº 4.657

Já a Resolução CMN n° 4.657, de 26 de abril de 2018, foi a que permitiu que as fintechs pudessem realizar atividades voltadas para operações de custódia, securitização e venda de direitos creditórios.

Com isso, seu campo de atuação se tornou mais abrangente, o que também contribuiu para o crescimento desse segmento.

Outras regulamentações

Mas o Banco Central seguiu implementando medidas que facilitam a participação e a atuação das fintechs no mercado financeiro.

Uma das decisões mais recentes foi a resolução 4.792, de 26 de março de 2020, que promoveu alterações na resolução nº 4.656/2018.

Como uma forma de enfrentamento aos efeitos financeiros da pandemia, o CMN permitiu que as fintechs de crédito pudessem também emitir cartões de crédito, com o objetivo de ajudar o acesso dos consumidores a esse meio de pagamento.

Por disponibilizarem as suas soluções de modo 100% digital, o órgão regulador entende que as startups de serviços financeiros são facilitadoras de acesso a esses produtos, contribuindo para que mais pessoas usufruam desses recursos.

O que é uma fintech as a service?

Uma fintech as a service é uma empresa de tecnologia bancária que possibilita que outros negócios incluam produtos e serviços financeiros ao seu portfólio de soluções para oferecerem aos seus clientes.

Essas startups de serviços financeiros podem prestar os seus serviços e fornecer a sua tecnologia para companhias dos mais variados segmentos, sendo o setor varejista um dos que mais se destacam.

Mas, além do varejo online e presencial, entre outros mercados, até bancos e outras startups podem se beneficiar de uma parceria desse tipo, visto que ela reduz o tempo de desenvolvimento dos produtos e já resolve todas as questões regulatórias características do setor financeiro.

Como funciona uma FaaS?

Como dissemos logo no início deste artigo, uma FaaS funciona por meio da oferta de APIs, que são instruções de programação que promovem a comunicação entre diferentes pontos.

Para esse conceito ficar mais claro, imagine uma “caixa” que, dentro dela, tem todas as orientações, parâmetros e definições que você precisa para disponibilizar aos seus consumidores um produto financeiro próprio da sua empresa, com a sua marca – por exemplo, uma conta digital.

Ao adquirir essa “caixa”, será preciso apenas ajustar alguns pontos como a identidade visual da sua solução e as regras de funcionamento, tais como tarifas, limites, entre outros.

Ou seja, na prática, a sua empresa estará usufruindo da tecnologia da fintech as a service para expandir o seu portfólio de produtos e serviços – com a inclusão dos voltados para o mercado financeiro -, mas é o nome do seu negócio que estará à frente.

Aqui, vale lembrar também que toda a parte de regulamentação é de responsabilidade da FaaS, assim como testes e ajustes dos produtos antes da implementação, e adequação às normas e leis conforme elas acontecem.

Reforçando uma informação que já demos, não há necessidade de desviar do seu core business para agregar e oferecer soluções financeiras para o seu público. Isso contribui para que a sua empresa expanda o seu foco de atuação e se mantenha fazendo o que faz de melhor.

Como uma fintech as a service pode ajudar no crescimento do seu negócio?

Uma fintech as a service pode ajudar no crescimento do seu negócio ao trazê-lo de maneira facilitada para o mercado de serviços financeiros e, com isso, contribuir para que a sua empresa consiga resolver dores pontuais que o seu público tem com esse setor.

Em uma visão geral, é possível dizer também que as soluções Banking as a Service, oferecidas por fintech, ajudam a fidelizar clientes no e-commerce.

Sobre isso, vale ressaltar um ponto bem importante: cada dia mais as pessoas estão interessadas e aderindo ao que é oferecido pelas fintechs.

Uma prova dessa percepção vem de uma pesquisa da Capgemini, multinacional francesa voltada para serviços de consultoria, tecnologia e outsourcing.

De acordo com esse levantamento, 70% dos clientes bancários preferiram as fintechs aos bancos tradicionais devido às taxas menores cobradas pelas startups. Somado a esse motivo, a experiência oferecida (68%) e a velocidade dos serviços (54%) também fomentaram essa transição.

Se as pessoas que já têm algum tipo de relacionamento bancário estão migrando para as fintechs, imagine as que ainda não tem!

Segundo dados do Instituto Locomotiva, referentes a janeiro de 2021, e divulgados no site Valor Investe, 34 milhões de brasileiros seguem sem acesso a serviços bancários.

Considerando quem não tem conta em banco (16,3 milhões = 10% da população) e os que fazem pouco uso (17,7 milhões = 11%), chegamos a um total de 21%.

As pessoas que fazem parte desse grupo – mesmo que sem acesso a produtos financeiros – são as responsáveis por movimentar, aproximadamente, R$ 347 bilhões por ano, o que representa 8% da massa de renda do país.

Uma das razões citadas pelos participantes da pesquisa para se manterem desbancarizados está o fato de não terem renda e/ou estarem negativados (40%).

Condições como essa tiram desse público o acesso a serviços como poupança, obtenção de crédito, empréstimo, contratação de seguro e, especialmente, a possibilidade de usarem diversos meios de pagamentos digitais, o que tende a ser um problema para os que desejam fazer compras online.

O papel da FaaS no e-commerce

E por que dissemos que as soluções de uma fintech as a service ajudam a fidelizar clientes? Porque elas possibilitam que o varejo entregue para os consumidores o que eles realmente precisam e esperam do setor financeiro.

Uma FaaS no e-commerce, por exemplo, é um caminho para criar soluções financeiras que ajudam a diminuir a burocracia comumente encontrada nos bancos tradicionais – característica essa que, além de dificultar o acesso das pessoas aos produtos e serviços, pode deixá-las desconfortáveis.

Vale destacar também que uma loja de varejo tem muito mais capacidade e competência para identificar e entender as dores dos seus consumidores, principalmente em comparação a um banco que não tem uma relação tão direta, de confiança e estreita com esse público.

Há tempos, o varejo já contava com ofertas que traziam para si essas pessoas, como era o caso dos conhecidos crediários.

É possível dizer, portanto, que disponibilizar produtos e serviços financeiros próprios é uma evolução desse modo de se relacionar com os clientes e de buscar meios de facilitar o acesso deles aos itens que precisam.

Em suma, entrar para o mercado financeiro, com o apoio de uma fintech as a service, é uma forma de atrair novos consumidores, fidelizar os que já estão na base e, paralelo a isso, conquistar mais um diferencial competitivo para o negócio, destacando-o dos concorrentes.

Quais produtos e serviços financeiros podem ser oferecidos dessa forma?

Agora você deve estar se perguntando quais podem ser os produtos e serviços financeiros que estamos citando tantas vezes aqui, não é mesmo?

A parceria com uma fintech as a service possibilita que a sua empresa ofereça aos seus consumidores soluções tais como:

  • conta digital;
  • cartão de crédito;
  • cartão de débito;
  • empréstimos;
  • produtos de investimento;
  • seguros;
  • pagamento de contas diversas;
  • transferência e recebimento de valores via Pix, TED e DOC.

Em resumo, é possível dizer que o seu negócio passa a ter o seu próprio banco digital, o que pode ajudar também no relacionamento com fornecedores e parceiros de negócio, além de gerar uma nova fonte de receita por meio da cobrança de taxas e tarifas operacionais.

Para escolher quais dessas possibilidades vale a pena agregar ao seu portfólio, é interessante considerar o perfil do seu público-alvo e as características principais da sua empresa.

Quais são as maiores vantagens dessa parceria para um e-commerce?

Descartar preocupações com questões regulatórias e reduzir significativamente as etapas de desenvolvimento e seus custos, como já dissemos, são duas das vantagens de contar com uma fintech as a service para entrar no mercado de serviços financeiros.

A geração de uma nova fonte de renda para o negócio, que acabamos de mencionar, também é um benefício bastante significativo.

Mas além desses pontos positivos, há várias outras vantagens de fechar parceria com uma FaaS. Entre as que mais se destacam estão:

  • atender de forma pontual às necessidades do seu público;
  • aumentar o poder de atração e fidelização da empresa;
  • destacar e fortalecer a sua marca;
  • elevar o seu potencial competitivo;
  • melhorar a experiência do cliente e aumentar o volume de vendas;
  • reduzir o número de desbancarizados;
  • colaborar com o processo de digitalização do dinheiro.

Atender de forma pontual as necessidade do seu público

Assim como já falamos, oferecer as próprias soluções financeiras é uma boa maneira de atender pontualmente às necessidades e sanar as dores do seu público, visto que o relacionamento que já tem com eles permite obter insights importantes sobre o que essas pessoas precisam.

Somado a isso, os produtos e os serviços financeiros serão criados com base no perfil, expectativas e comportamento dos clientes, tornando toda a oferta muito mais precisa e com maiores chances de adesão.

Aumentar o poder de atração e fidelização da empresa

A vantagem anterior resulta nesta, que é aumentar o poder de atração e de fidelização da sua empresa.

Além de dar ao público que eles precisam, em um único lugar eles poderão encontrar tudo o que precisam. Isso abrange a oferta de itens característicos do seu e-commerce, e também contas digitais, empréstimos, seguros, entre outros, de acordo com a sua proposta.

Destacar e fortalecer a sua marca

Por sua vez, isso expande o seu campo de atuação e, com isso, torna a sua marca mais conhecida, destacando-a e fortalecendo-a no seu mercado de atuação.

Desse modo, quando os consumidores precisarem de algo que empresas como a sua oferecem, as chances de escolher a sua para fecharem negócio tendem a aumentar, considerando que você conta com um portfólio mais amplo e benéfico para eles.

Elevar o seu potencial competitivo

Seguindo essa linha de raciocínio, a sua marca tem uma oportunidade mais expressiva de se destacar dos concorrentes, especialmente se trabalhar com soluções financeiras de que eles ainda não dispõem.

Esse é um diferencial competitivo bastante significativo, que contribui para deixar a sua empresa passos à frente das demais do mesmo segmento.

Melhorar a experiência do cliente e aumentar o volume de vendas

Por exemplo, oferecer um cartão com marca própria não apenas ajuda a fidelizar clientes, como também costuma melhorar a experiência de compra deles e gerar importantes vantagens.

Uma das possibilidades dentro desse conceito é dar descontos para compras que forem pagas com o cartão private label do seu comércio. Isso tende a contribuir para que sempre escolham o seu e-commerce para comprar, o que, consequentemente, ajudará a elevar o seu volume de vendas e faturamento.

Reduzir o número de desbancarizados

E lembra que mencionamos o alto número de desbancarizados e p quanto os processos burocráticos dos bancos tradicionais podem contribuir para esse índice? Pois bem, com a ajuda de uma fintech as a service, é possível reduzir essa taxa, abrindo as portas para que mais pessoas tenham acesso a serviços financeiros digitais.

Principalmente no e-commerce, que já é um segmento nativo digital, oferecer soluções financeiras tem tudo para ser algo fácil e rápido.

De acordo com a análise de risco definida para o seu negócio, a adesão a esses serviços pode ser feita de maneira desburocratizada – lembrando, inclusive, que essa é uma das principais características das fintechs.

Colaborar com o processo de digitalização do dinheiro

Relatório de Tendências 2022, da Zoop, destacou que o futuro dos meios de pagamento é digital.

Segundo o levantamento, essa digitalização foi a responsável por tirar de circulação, aqui no Brasil, mais de R$ 40 bilhões de dinheiro em espécie.

As soluções de pagamento digital também estão se consolidando, como é o caso do Pix, que já acumula mais de 117,7 milhões de usuários, e as carteiras digitais, que tiveram um aumento de adesão de 89% entre os brasileiros.

Portanto, entrar para esse setor é uma forma de se adequar a essa nova realidade e de colaborar com o processo de digitalização do dinheiro.

Por que uma fintech as a service pode ser vista como o futuro dos meios de pagamento?

Depois de todas essas informações, é possível dizer que uma fintech as a service pode ser vista como o futuro dos meios de pagamento por facilitar a entrada de empresas de diversos segmentos no mercado de soluções financeiras.

Uma FaaS contribui para que diferentes negócios criem os seus próprios produtos e serviços financeiros digitais. Com isso, podem atender de forma mais pontual e precisa os seus clientes.

Paralelo a esse ponto, as fintechs as a service simplificam a inclusão de novos meios de pagamento às suas plataformas por um processo de implementação otimizado e livre de barreiras regulatórias.

A escolha da FaaS ideal para ser sua parceira nessa jornada deve considerar critérios como:

  • soluções e métodos de pagamento oferecidos;
  • tecnologia utilizada;
  • facilidade e prazo de implementação;
  • suporte;
  • tempo de atuação nesse mercado;
  • e até analisar quais são as outras empresas que já contratam os serviços.

Por fim, é interessante destacar que, no varejo do futuro, as soluções financeiras digitais serão umas das principais responsáveis pela evolução do setor.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/fintech-as-a-service/

Pacote de R$ 165 bilhões do governo pode ter impacto positivo para bancos e varejistas, dizem analistas

Bancos com maior exposição a crédito consignado e varejistas de itens básicos tendem a ser beneficiados,

O pacote do governo que pretende injetar até R$ 165 bilhões na economia brasileira antes das eleições promete ser positivo para bancos e varejistas, na avaliação de alguns analistas. Entre as medidas anunciadas no último dia 17, estão a antecipação de pagamento do 13º salário para aposentados e pensionistas da Previdência e a possibilidade de sacar até R$ 1 mil do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), até 15 de dezembro deste ano.

Para o UBS, os estímulos devem ajudar a diminuir o volume de empréstimos bancários não pagos (NPL, na sigla em inglês), melhorando a qualidade dos ativos das instituições financeiras. “Vemos essas medidas como positivas para a dinâmica da qualidade dos ativos dos bancos brasileiros no curto prazo, pois ajuda a postergar um esperado aumento na inadimplência”, escreveram os analistas Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Kaio Prato.

O programa do governo também contempla um aumento de margem do empréstimo consignado para beneficiários do INSS, que passa de 35% da renda para 40%. “Essa expansão do limite deve estimular o crescimento do crédito consignado, que representa 19% do total de crédito às famílias, atrás apenas do crédito imobiliário, que representa 30%”, ressalta o UBS. O novo limite também impacta beneficiários de programas sociais, como o Auxílio Brasil.

Diante dessa análise, o UBS reforça a recomendação de compra para ações de quatro bancos: Bradesco (BBDC4), com preço alvo de R$ 28 para a ação BBDC4 (potencial de valorização de 32,2%); Itaú Unibanco (ITUB4), com preço alvo de R$ 30 (potencial de valorização de 14,7%); Banco Inter (BIDI11), com preço alvo de R$ 46 (potencial de valorização de 152,2%); e Nubank (NUBR33), com preço alvo de R$ 13 (potencial de valorização de 68%).

O UBS também vê os estímulos do governo federal como “marginalmente positivos” para o varejo, levando em conta que as medidas podem aumentar a renda disponível dos brasileiros em 2022. Nesse caso, varejistas voltadas a categorias essenciais, como mantimentos, e orientadas à clientela de baixa renda, tendem a ser mais favorecidas. Os analistas Vinicius Strano, Rodrigo Alcantara e Igor Spricigo citam Assaí (ASAI3) e Carrefour Brasil (CRFB3) .

“A nosso ver, a aprovação do projeto não deve ter impacto relevante na originação sobre a folha de pagamentos, pois é voltado à população de baixa renda, que depende fortemente desses benefícios”, afirma análise do Bradesco BBI. O texto destaca os bancos com maior exposição ao crédito consignado: Banrisul, com 44,9% da carteira nessa modalidade de empréstimo; Banco Pan, com exposição de 44,5%; e Banco do Brasil, com 13,6% da carteira em crédito consignado.

Fonte : https://infocredi360.com.br/noticias/bancos-e-varejo-tambem-esperam-ganhar-com-pacote

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Parcelamento no boleto e Pix: tendência em 2022

Que o e-commerce vive um bom momento, ninguém duvida. Desde 2020, os números deixam bem claro que o comércio eletrônico vive a sua melhor fase até então. No primeiro ano de pandemia, 13 milhões de pessoas fizeram sua primeira compra online, de acordo com  a 43ª edição do  Webshoppers. Mas, em 2021, mesmo quando as medidas restritivas relacionadas ao coronavírus já haviam sido relaxadas, o hábito perdurou. Para se ter uma ideia, já no primeiro semestre, as vendas totalizaram um recorde de R$ 53,4 bilhões (44ª Webshoppers). E, para 2022, é esperado que os resultados positivos se mantenham. Especialmente com mais lojas aderindo ao parcelamento no boleto e Pix, as grandes tendências deste ano.

A busca por novas formas de pagamento vem se tornando o foco dos varejistas. E não é para menos: em um país com uma taxa de abandono de carrinho superior a 60% e mais de 61 milhões de consumidores sem acesso a serviços bancários – e, consequentemente, ao cartão de crédito -, os olhares se voltam para o checkout. Uma pesquisa realizada pela Samurai Experts em parceria com o E-Commerce Brasil mostrou que 42% dos lojistas consideram disponibilizar novos meios de pagamento ainda neste ano.

Crediário digital: por que o parcelamento no boleto e Pix são as grandes tendências para 2022

O parcelamento das compras é um velho conhecido dos brasileiros. Afinal, é por meio dele que muitos consumidores conseguem adquirir produtos de ticket médio maior, aumentar seu poder de compra e, assim, serem incluídos financeiramente no mercado. Acontece que, até pouco tempo, essa possibilidade de crédito estava restrita às lojas físicas. Na Internet, ou se pagava à vista no boleto ou no cartão, o que ainda é algo distante de muitos, como você viu na introdução deste artigo.

Foi observando esse gargalo que muitas fintechs se especializaram em encontrar soluções para saná-lo. O Crédito Direto ao Consumidor (CDC) passou, então, a ser disponibilizado no e-commerce e logo se tornou um diferencial competitivo. Por meio do parcelamento no boleto, os varejistas conseguiram levar a experiência da loja física para a virtual e dar acesso a quem quer comprar, mas se via impossibilitado pelas opções disponíveis no checkout.

O crediário digital não pôde ignorar outra forma de pagamento que, mesmo recente, já caiu no gosto do consumidor: o Pix. Criado em outubro de 2020, de acordo com o diretor de Organização do Sistema Financeiro e Resolução do Banco Central, João Manoel Pinho de Mello, possibilitou que mais de 40 milhões de pessoas fizessem sua primeira transferência bancária. Porém, no e-commerce, o Pix esbarrava no mesmo problema que já era visível no boleto: o pagamento só à vista.

Ou seja, o crediário digital consegue unir essas duas realidades, uma delas já consolidada (boleto) entre os consumidores e outra atual (Pix), mas que não pode ser ignorada. Vale lembrar que, até o final de 2021, o Banco Central já contabilizava mais de 115 milhões de usuários cadastrados nesse novo meio de pagamento.

O que o varejista tem a ganhar com o parcelamento no boleto e Pix

Como você pôde perceber, embora o e-commerce já tenha números surpreendentes, há espaço para que eles sejam ainda melhores. Ao oferecer mais uma opção de pagamento no checkout, há um estímulo natural à conversão. Afinal, até chegar ali, o consumidor já explorou a loja, escolheu os produtos e está disposto a fechar negócio. Passar por toda a jornada de compra e não poder concluí-la é frustrante para o cliente – e também, claro, para o varejista.

Por outro lado, quando é oferecido a ele um meio de pagamento que o inclua, além da conversão, as chances de recorrência de compra também aumentam. Isso porque, como esse ainda é um terreno pouco explorado no país, as lojas que disponibilizam o CDC no e-commerce se destacam.

Outro motivo para ficar de olho no parcelamento no boleto e Pix é o ticket médio. Segundo uma pesquisa realizada pela Cardify publicada na Forbes, metade dos entrevistados relataram gastar entre 10% e 40% acima do planejado quando o CDC está habilitado no checkout.

Hoje, o parcelamento no boleto e o Pix são uma tendência para o e-commerce brasileiro. Entretanto, nos Estados Unidos, onde houve um boom de opções buy now, pay later (“compre agora, pague depois”), essa já é uma opção consolidada. Tanto que 69% dos Millennials (nascidos entre 1981 e 1996) e 42% da geração Z (entre 1997 e 2010) disseram não comprar caso essa opção não esteja disponível, de acordo com levantamento realizado pela Afterpay.

Vendo o potencial que o parcelamento no boleto e o Pix têm no varejo brasileiro, é bem possível que, até o fim de 2022, o crediário digital passe a ser o queridinho dos consumidores por aqui também.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/parcelamento-no-boleto-e-pix/

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Consumidores da América Latina que priorizam dispositivos móveis atraem comerciantes para comércio eletrônico

Dado que mais de 90% dos consumidores mexicanos usam algum tipo de banco online, faz sentido que essa mudança digital se expanda para outras formas de pagamentos eletrônicos e comércio conectado. Isso, à medida que o uso crescente de sites de comércio eletrônico, mídia de streaming e os métodos de pagamento necessários para ativá-los, aumenta o uso de uma variedade de consumidores.

“No momento, vimos muita expansão ou explosão de FinTechs no México”, disse Andres Obando , vice-presidente de produtos da Kushki.

À medida que um número crescente de pessoas começou a procurar se inscrever no Netflix, Spotify, Amazon e Uber, ao mesmo tempo em que se sentia cauteloso em usar o manuseio de dinheiro durante a pandemia, eles mudaram para carteiras digitais e cartões para transações online.

América Latina adota alternativas ao dinheiro

O mesmo está acontecendo em toda a América Latina, disse Obando. Grandes jogadores estão chegando a esses países e a cultura está mudando. A Kushki viu isso nos últimos dois anos nas transações que realiza, com a quantidade de dinheiro diminuindo enquanto o uso de transferências e cartões cresceu.

“Vemos que esse fenômeno está mudando da perspectiva do dinheiro para formas mais seguras de movimentar dinheiro, que podem ser cartões ou transferências, não apenas por causa do COVID, mas por causa de como o dinheiro é movido de um lado para o outro sem nenhum risco de ser roubado”. disse Obando.

Mudança de impulsos pandêmicos

Obando disse que espera que isso continue à medida que um número crescente de comerciantes coloca seus sites de comércio eletrônico em funcionamento e os consumidores anteriormente não bancários obtêm cartões para que possam fazer compras on-line, em vez de fazê-lo em uma loja de esquina, como fizeram no passado.

“Isso explodiu por causa da covid-19, porque as pessoas estão com medo”, disse Obando. “Uma coisa boa no México é que, agora, você tem muito acesso não apenas a bancos, mas a esses neobancos ou carteiras que podem fazer você passar de um usuário de dinheiro para um usuário de banco.”

Obando disse que muitos idosos que fizeram suas primeiras transações online durante a pandemia continuam fazendo isso. Agora que esses consumidores experimentaram o comércio eletrônico, viram que é mais seguro, rápido e conveniente.

 

  • Comerciantes veem oportunidades na região

 

Os comerciantes também seguiram essa tendência entrando no comércio eletrônico e realizando transações por meio de transferências eletrônicas e cartões. Obando disse que a Kushki viu isso em toda a América Latina e, como resultado, aumentou sua equipe de integração para um tamanho cinco vezes maior do que era antes.

“Se o usuário final quisesse, o comerciante também gostaria de estar desse lado para que eles possam continuar aumentando suas vendas”, disse Obando.

Olhando para o futuro, ele disse que isso criará uma demanda contínua para Kushki e todo o mundo conectado para mover transações e obter novos produtos e serviços para a América Latina.

“A América Latina tornou-se muito atraente para [capital de risco] e para comerciantes de todo o mundo que querem começar a movimentar dinheiro e vender produtos ou serviços na América Latina porque é um mercado de alto crescimento e um mercado de crescimento muito rápido ao mesmo tempo”, disse Obando.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/consumidores-da-america-latina-que-priorizam-dispositivos-moveis-atraem-comerciantes-para-comercio-eletronico/

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De olho no Pix: como a ferramenta vem transformando os negócios B2B

Dados do BC mostram que transações entre empresas via pix aumentaram mais de 40 vezes em 12 meses.

É curioso pensar em como a tecnologia apresentou um avanço muito expressivo nos últimos cinco anos. Em 2017, por exemplo, a principal forma de pagamento era ou por dinheiro em espécie — e naquela época, mesmo que em menor frequência, as pessoas realmente iam às agências bancárias para sacar esse dinheiro — ou por cartões. As transferências bancárias de TED e DOC também eram as preferidas, ainda que suas taxas fossem bastante altas, o que também reduzia as preferências a bancos mais tradicionais. E, então, tivemos o Pix.

Com tamanha instantaneidade e rapidez nas transferências, a busca por DOC e TED caiu consideravelmente. E em um ano de existência do Pix, houveram tantas mudanças que o dinheiro acabou virando raridade hoje em dia. Além de abrir um leque muito maior para que as pessoas passassem a usar mais bancos digitais, que já vinham em uma rodada de crescimento desde pouco antes do início da pandemia.

Toda essa transformação trouxe à economia alguns números que refletem bem o futuro dos meios de pagamento daqui para frente. Afinal, vivemos a era da instantaneidade com um cliente que não tem mais paciência de esperar e precisa de soluções rápidas. E o consumidor aqui, vale destacar, é tanto pessoa física quanto jurídica.

Pix em números: ponto crucial dos negócios modernos

O Banco Central (BC) tem disparado uma série de recursos para que o Pix também se torne cada vez mais seguro por aqui, posto que há uma série de casos de golpes e fraudes que envolvem a tecnologia. No entanto, é indiscutível dizer o quanto esse novo meio de pagamento caiu no gosto dos brasileiros — e das empresas também.

Para se ter ideia, o BC anunciou recentemente que o Pix tem crescido bastante entre os meios de pagamento B2B, ou seja, entre empresas, com principal ação paga pagamento de fornecedores. Em novembro de 2020, foram apontadas 628.566 transações desse segmento, ao passo que em janeiro de 2022, o número já era mais de 40 vezes maior: 29.298.881.

“Economizar com tarifas é importante para todo mundo. Mas é ainda mais crucial para o pequeno e médio empresário, que tem margens muito apertadas e pouca disponibilidade de caixa”, diz Monisi Costa, head de produtos e pessoa jurídica do C6 Bank.

Hoje, o pagamento via Pix entre empresas é tarifado, o que ainda traz algumas barreiras para que essa tecnologia seja mais usada no mundo dos negócios B2B. As taxas podem chegar a 1,45% por transação em instituições financeiras. Contudo, há alguns bancos, que arcam com os cursos das tarifas e permitem, assim como é feito para pessoas físicas, que o valor das transações seja gratuito.

Para além de CPFs, a interação entre consumidores
e empresas via Pix

Outro ponto que cresce para o Pix é a transação decorrida de pagamentos por produtos ou serviços, posto que a ferramenta é mais rápida, tem menores taxas e gera mais vantagens tanto para os consumidores quanto para lojistas.

De acordo com o Banco Central, a participação em janeiro de 2022 de transações de CPFs para CNPJs dobrou de um ano para cá, passando de 9% para 18%. No mesmo período, vale ressaltar, o número de transações de pessoas para pessoas caiu dez pontos percentuais, saindo de 82% para 72%.

O número tende a aumentar conforme as empresas aderem a esse novo modelo de pagamento. Vale destacar, entretanto, que é necessário investir em tecnologia de atendimento para averiguar imprevistos no sistema — como demora para reconhecer o pagamento, comprovantes, entre outros.

Cibersegurança no Pix B2B

Da mesma forma como há fraudes entre transações de Pix comuns, também é preocupante o aparato de cibersegurança envolvido entre pagamentos B2B. Cada vez mais os golpes cibernéticos se modernizam e pedem diferentes formas de resgate por dados ou informações roubadas.

Assim, o Banco Central também tem investigado, em conjunto dos Procons brasileiros, maneiras de fornecer um funcionamento mais seguro.

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2022/03/02/pix-negocios-b2b/

PMEs registram 20% de alta no e-commerce; Pix já representa 14,5% dos pedidos pagos online

Mesmo com o retorno gradual das atividades comerciais em lojas físicas, as vendas online continuam quentes no início de 2022. É o que mostra o levantamento inédito da Nuvemshop, que aponta um crescimento de 20% no faturamento das PMEs em janeiro deste ano ante o mesmo mês do ano anterior. Apenas no primeiro mês de 2022, os pequenos e médios negócios já faturaram R$ 177,7 milhões. Moda é o segmento que liderou as vendas, movimentando R$ 63,7 milhões, seguido por Acessórios (R$ 16,2 milhões) e Saúde & Beleza (R$ 11,5 milhões).

Segundo o levantamento, o número de pedidos online foi de 762 mil, o que representa um aumento de 13,6% em relação a janeiro de 2021 (670,7 mil pedidos). Já o total de produtos vendidos chegou a 3,4 milhões, volume cerca de 13% maior que no primeiro mês do ano anterior. “A cada ano que se inicia, observamos que o e-commerce tem ganhado mais força. O crescimento de pessoas procurando meios de iniciar as vendas online ou até mesmo potencializar a presença digital da marca é notório. Muitas empresas já estão investindo fortemente no e-commerce há alguns anos e a tendência é termos um 2022 com números excelentes para o comércio online, especialmente quando falamos em PMEs”, afirma Luiz Natal, gerente de E-commerce e Desenvolvimento de Plataforma da Nuvemshop.

Um dos dados de destaque em janeiro de 2022 é a popularidade do Pix dentre as formas de pagamento em lojas online de PMEs. A ferramenta, que possuía baixa adesão no começo do ano passado (apenas 0,1% dos pedidos), já representa 14,5% dos pedidos pagos neste começo de ano, ultrapassando o boleto (5%). O Pix ficou atrás apenas das opções de pagamentos customizados (17,2%), que são aqueles negociados diretamente entre o empreendedor e o cliente (como depósito bancário, dinheiro e outras opções) e do cartão de crédito (54,8%). Este último continua líder dos pagamentos online, embora tenha apresentado uma queda de quase 4% em relação ao mesmo período em 2021, reflexo da popularidade do Pix.

Os estados de São Paulo (R$ 88,7 milhões) e Minas Gerais (R$ 18,3 milhões) lideram o faturamento nacional, seguindo a tendência observada no ano anterior. Já o Rio de Janeiro, ocupa o terceiro lugar com R$12,7 milhões e chama atenção pela ascensão nos últimos meses. Em relação ao mesmo período em 2021, o Rio aumentou o faturamento em 44%, o maior percentual de crescimento entre os principais estados da estatística.

O levantamento também apresenta outros dados relevantes, como:

  • Os tipos de produtos mais vendidos no primeiro mês do ano foram: máscaras utilizadas para proteção contra Covid-19 (19,4%), óculos (17%), materiais para produção de chocolate para a Páscoa (7,8%) e maquiagem (3,4%);
  • O ticket médio cresceu 6,2% em relação ao início de 2021;
  • A utilização do celular para realizar compras é um hábito potencializado nos últimos anos. Em janeiro deste ano, o “mobile” representou 75,4% dos pedidos em e-commerces de PMEs, enquanto no mesmo mês de 2020 eram 67%;
  • PMEs estão diversificando a logística para garantir competitividade no e-commerce e aderindo a aplicativos de envio para atender às expectativas de frete e prazos de envio dos consumidores. Como reflexo, houve uma queda de pedidos enviados pelos Correios: em janeiro de 2020, quase metade dos pedidos foram enviados por esse meio de logística, enquanto em janeiro de 2022 os Correios representaram apenas 28,8%.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/pmes-alta-e-commerce-pix-nuvemshop/

Casas Bahia inicia venda no crediário para 500 mil produtos do marketplace

A Casas Bahia passou a oferecer uma solução de crediário para compras feitas em seu marketplace. A facilidade é oferecida para produtos comercializados por 170 lojas parcerias. Neste caso, são mais de 500 mil itens em categorias como decoração, automotivo, alimentos e bebidas, moda e calçados, entre outros.

Com o carnê digital, o cliente poderá parcelar as compras em até 24 vezes, sem precisar de cartão de crédito. O acompanhamento do carnê pode ser feito pelo site ou pelo aplicativo da rede.

Casas Bahia
O carnê digital é mais uma ação da companhia que busca incentivar as compras de itens de maior recorrência em sua plataforma, como produtos alimentícios, de beleza, calçados, moda e decoração. (Foto: Divulgação/Casas Bahia)

Além do crediário, o marketplace passa a ofertar também serviços de crédito e soluções financeiras da Via, dona da Casas Bahia. Com isso, a expectativa é gerar maior recorrência e fidelizar clientes. A Casas Bahia já oferecia o carnê digital, mas apenas para produtos vendidos nas lojas da rede.

A Via tem investido pesado em seu marketplace e chegou à marca de 110 mil vendedores parceiros no ano passado, com mais de 34 milhões de produtos disponíveis. As vendas digitais já são responsáveis por 60% do total de vendas da marca.

O carnê digital é mais uma ação da companhia que busca incentivar as compras de itens de maior recorrência em sua plataforma, como produtos alimentícios, de beleza, calçados, moda e decoração.

Cliente recorrente

A recorrência é um ponto importantíssimo para o varejo. Afinal, um cliente que se relaciona com uma marca várias vezes — e torna-se fiel a ela — é muito valioso. Não à toa, a Via recentemente passou a usar como métrica não apenas a venda realizada, mas o quanto cada cliente que interage com a marca volta a ela depois.

Para reforçar o marketplace, a companhia comprou recentemente a logtech CNT, que oferece soluções de fulfillment — como é chamada a terceirização da logística de comércio eletrônico. Tal empresa também oferece soluções de fullcommerce, ou seja, a terceirização de todo o serviço (que inclui planejamento e organização da operação de comércio eletrônico).

Com a aquisição, a Via passou a oferecer a opção fulfilment para os lojistas que estão em seu maketplace, assim como fazem Mercado Livre e Americanas. Nos últimos anos também agregou outros serviços ao seu marketplace, como publicidade e crédito, tornando a solução mais atrativa para os sellers.

Para dar conta de entregar os produtos de forma rápida, a Via conta com suas mais de 900 lojas. Além de servirem como pontos de venda, reforçam a presença da marca e funcionam como hubs logísticos par as entregas online — hoje, a Via tem entrega rápida em 2400 cidades. Vale reforçar que a companhia abriu 110 novas lojas em 2021.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/casas-bahia-inicia-venda-no-crediario-para-500-mil-produtos-do-marketplace/

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Maior plataforma de NFT é atacada e prejuízo de usuários chega a US$1,7 mi.

Entenda como hackers conseguiram roubar colecionáveis digitais que valem milhões a partir de uma atualização no OpenSea, maior marketplace de NFTs da atualidade.

No último final de semana, a plataforma OpenSea foi vítima de hackers que deixaram prejuízo milionário para colecionadores de NFTs.

Considerando o prazo curto e a ameaça de perder seus tokens não-fungíveis inativos caso não seguissem as instruções, 17 usuários foram vítimas, segundo a própria plataforma, de ataques cibernéticos conhecidos como phishing – o que é contestado por parte das vítimas. Neste tipo de ataque, hackers fingem ser da plataforma por e-mail, solicitando senhas e dados pessoais a fim de possibilitar roubos.

marketplace de NFTs, que é o maior da atualidade, se pronunciou sobre o caso no Twitter e pediu cautela aos seus usuários antes de realizar qualquer transferência entre carteiras digitais. Todas as permissões de migração para o novo contrato inteligente também foram revogadas.

“Estamos investigando ativamente os rumores de um ataque cibernético associado aos contratos inteligentes relacionados ao OpenSea. Isso parece ter sido um ataque de phishing, de fora do website do OpenSea. Não clique em links de fora do opensea.io”, afirmou a conta oficial da plataforma no Twitter.

Uma investigação liderada pelo OpenSea já está em andamento para encontrar os criminosos responsáveis e ajudar as vítimas a recuperar seus NFTs. Além das 17 vítimas, outras 15 chegaram a interagir com os hackers, apesar de não terem perdido nenhum token.

“Diminuímos a lista de usuários impactados para 17, ao invés dos 32 mencionados anteriormente. Nossa conta original incluía qualquer pessoa que tivesse interagido com os criminosos, ao invés daqueles que foram realmente vítimas do ataque de phishing“, justificou o OpenSea.

As perdas já representam US$1,7 milhão de dólares e, segundo o CTO da plataforma, evidenciam a necessidade de educação no universo dos criptoativos, espalhando a ideia de que o cuidado é necessário dentro e fora do blockchain.

“A educação sobre não compartilhar frases semente ou enviar transações desconhecidas tornou-se mais difundida em nosso espaço. No entanto, assinar mensagens fora do blockchain requer igual consideração”, afirmou Nadav Hollander em uma publicação no Twitter. As frases semente são um conjunto de palavras utilizado para acessar uma carteira digital, como uma espécie de senha.

O executivo ainda acrescentou que o objetivo da migração entre contratos inteligentes é fortalecer a segurança dos usuários, reduzindo a possibilidade de novos ataques de qualquer gênero.

Apesar das iniciativas da empresa para resolver o problema, alguns usuários da plataforma discordam das causas do ataque. Segundo eles, não se trata de phishing, e reclamações sobre vulnerabilidades na OpenSea circulam nas redes sociais desde o último mês.

Um usuário do Twitter que se apresenta como especialista em auditorias de NFTs e que diz ser ex-funcionário da Ripple e da BitFlyer, criou e divulgou uma tese de que teria sido “uma interação direta com o sistema operacional do novo contrato inteligente”. Vários outro relatos também dão conta de que usuários afetados não clicaram em emails ou mensagens suspeitas, o que reforça a tese de uma falha de segurança.

Fonte : https://exame.com/future-of-money/maior-plataforma-de-nft-e-atacada-e-prejuizo-de-usuarios-chega-a-us17-mi/

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Quick commerce: 95% dos consumidores gostariam de reduzir os prazos de entrega

Depois de analisar o comportamento dos consumidores no mobile commerce, a segunda parte da pesquisa do Capterra, plataforma líder mundial de avaliação e seleção de software para empresas, foca nos serviços rápidos de entrega, também chamados de quick commerce.

Com prazos mais curtos, quick commerce já é realidade no Brasil

Em um país com as dimensões continentais como o Brasil, a logística pode parecer um entrave para o comércio eletrônico. Um exemplo é a Black Friday de 2021. Mal havia começado o evento e a principal reclamação na plataforma Reclame Aqui estava relacionada à entrega de produtos, já que muitas empresas passaram a oferecer prazos bastante curtos (e inalcançáveis).

O fato é que o consumidor espera seus pedidos entregues “para ontem”, conforme mostra nova pesquisa do Capterra, que entrevistou 1.063 pessoas de todo país para entender suas expectativas sobre o processo de entrega rápida de suas compras, em torno do conceito de quick commerce —confira a metodologia completa no final do texto.

Não alheias à realidade estão as grandes varejistas que já se empenham em oferecer entregas rápidas, inclusive batalhando pelo uso do slogan de “entregas mais rápidas” do Brasil.

Para ganhar mais agilidade no tema de logística e fazer entregas mais rápidas, a Amazon, por exemplo, inaugurou três centros de distribuição no país em apenas dois meses, nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará.

Além disso, o setor logístico também se mostra empenhado em atender às demandas dos consumidores. Por exemplo, o Brasil registra atualmente 19 startups consideradas unicórnios, sendo que três delas atuam na área de logística.

Apesar disso, o esforço realizado tem sido suficiente? Qual a expectativa dos consumidores acerca das entregas online? Veja os dados da pesquisa para entender o comportamento dos consumidores.

O que é o quick commerce?

Também conhecido pelo acrônimo q-commerce, o quick commerce é uma modalidade de comércio eletrônico em que o tempo de entrega é o protagonista das transações. Tratam-se de processos de entregas mais rápidos e ágeis que deixam de acontecer em dias para serem efetuados em horas, se possível.

Para essa estrutura se tornar realidade, emprega-se estruturas com foco em agilidade: entregas sob duas rodas (em bicicletas ou motos), armazéns estrategicamente organizados e posicionados, além do uso de “dark stores” —galpões destinados apenas ao armazenamento, separação e envio dos pedidos dos clientes. Outro importante fator é que as operações podem ser executadas 365 dias por ano, durante 24 horas, nos sete dias da semana, para atender os consumidores mais apressados.

Nesse sentido, empresas buscam estratégias para se tornar mais eficientes e reduzir o prazo de entregas. O Mercado Livre inaugurou um centro de distribuição na Grande São Paulo para itens de grande porte com o objetivo de reduzir para um dia o prazo de entrega na capital paulista –atualmente esse número varia entre 3 e 10 dias.

Já a Rappi lançou o serviço de entregas chamado Rappi Turbo, que promete entregas em até 10 minutos para produtos de conveniência, que ficam armazenados em suas próprias dark stores.

Consumidores querem entregas em até dois dias

Consumidores estão mais imediatistas em relação ao prazo de entrega das suas compras online. Isso porque a maior parte dos entrevistados (49%) declarou que a rapidez é o item mais importante na entrega dos seus pedidos, superando inclusive questões como preço.

Com q-commerce, rapidez é mais importante que preço

No entanto, de nove categorias de produtos analisadas pelos entrevistados, para cinco delas os respondentes disseram que a entrega demora mais de cinco dias para chegar, conforme demonstra o gráfico a seguir.

Maioria dos produtos são entregue em mais de 5 dias

Obviamente o tipo de mercadoria e sua finalidade influencia diretamente no tempo de entrega.

Enquanto os produtos de casa e decoração, que podem incluir utensílios grandes, são os que mais demoram para chegar na casa dos clientes (43% disseram que esse tipo de produto costuma ser entregue em mais de 5 dias), os medicamentos e produtos farmacêuticos são os que chegam com maior rapidez —34% dizem que eles costumam ser entregues em menos de uma hora.

Sendo assim, os resultados levantados pelo Capterra mostram que, nas compras online, expectativa e realidade parecem não caminhar juntas, e isso fica evidente especificamente por dois fatos:

  • Quase a totalidade dos entrevistados (95%) relatou que gostaria de reduzir os prazos de entrega.
  • Na análise do período de entrega aceitável para cada tipo de produto, a maioria dos entrevistados sinalizou que espera que seus pedidos sejam entregues entre um e dois dias úteis.

Em relação à última informação, as únicas exceções foram medicamentos e produtos farmacêuticos –para este tipo de produto, a maioria espera que chegue em menos de uma hora–, e produtos fitness que, na maior parte dos casos, não são comprados de forma online.

Metade quer entregas de supermercado em até uma hora

A crise de COVID-19 tirou as pessoas das prateleiras de supermercados e as levou a fazer compras em páginas web. Este hábito de consumo parece ter se consolidado porque, mesmo com a flexibilização do distanciamento social, as pessoas esperam entregas rápidas para supermercados. As compras de supermercado pela internet foram uma das categorias que mais cresceram na pandemia –o número de pessoas que fez pedido online em supermercados saltou de 9% em 2019 para 30% em 2021.

Depois de medicamentos e produtos de farmácia, a segunda categoria que as pessoas esperam entregas ultra rápidas, em menos de uma hora, são os produtos de supermercados. Um a cada dois entrevistados acham aceitável que sejam entregues em menos de uma hora. Os itens de supermercado incluem produtos de açougue, hortifrutis e empórios.

Embora os números possam parecer pouco realistas, as empresas tentam se adaptar às demandas. Grandes supermercados se organizam para acelerar entregas. Por exemplo, a plataforma de entregas Rappi, fez parceria com os supermercados para realizar suas entregas, entre eles, o Mambo em que passou a prometer entregas em até 10 minutos para uma de suas unidades na capital paulista.

Outro exemplo foi o fortalecimento de supermercados digitais, com foco em entregas rápidas. A plataforma Shopper recebeu duas rodadas de investimento em 2021 para impulsionar sua expansão. No mesmo caminho, a plataforma de supermercado online Daki, que oferece entregas em 15 minutos, tornou-se o novo unicórnio brasileiro com apenas 10 meses de existência.

Estimativa de entrega influencia nos pedidos de delivery em restaurantes

No estudo do Capterra, 85% dos entrevistados disseram que fazem pedidos online para entrega de comidas e bebidas.

De acordo com a maioria dos entrevistados (69%), o prazo aceitável para este tipo de transação é de 30 minutos a 1 hora. Em seguida, um quarto dos entrevistados defende que seus pedidos de comida deveriam ser entregues em menos de 30 minutos.

Quick commerce em restaurantes: como cada item influencia na entrega

Na avaliação do estabelecimento onde compram bebidas e comidas online, 81% dos entrevistados disseram que o tempo estimado de entrega influencia muito. Ainda sobre questões logísticas, para 63%, as informações de rastreamento possuem muita influência.

Entretanto, embora as questões logísticas tenham um peso importante, a avaliação de um restaurante é mais influenciada pela qualidade da comida e bebida, já que 87% dos entrevistados disseram que esse fator tem muita influência.

Maioria vê relevância em entregas no mesmo dia

O lançamento de serviços como Amazon Prime deu visibilidade às entregas rápidas. Também chamadas de same day delivery, no estudo do Capterra, a maior parte dos entrevistados (73%) disse acreditar que a modalidade de entrega no mesmo dia é relevante.

Para algumas pessoas, inclusive, este é um fator que as levaria a deixar de comprar em uma loja. Por exemplo, as pessoas entre 26 e 35 anos, também denominadas como geração millennial, são as que estão mais propensas a não comprar em uma loja que não oferece entregas no mesmo dia.

Millennials são os mais influenciados por quick commerce

Atualmente, 38% disseram pagar por um serviço premium que dá mais rapidez às entregas de seus pedidos. Dos que pagam, 8 em cada 10 disseram que estão satisfeitos com o serviço e pretendem continuar pagando por ele.

Já aqueles que não pagam pelo serviço, pouco mais da metade dos consumidores (51%) acham o preço muito alto desses serviços.

Clientes querem entregas rápidas, mas não pretendem pagar a mais por elas

Embora sejam entusiastas das entregas no mesmo dia, a maioria dos consumidores não está disposta a pagar a mais, em nenhum tipo de produto, para recebê-lo no mesmo dia.

No entanto, na categoria de eletrônicos, é relativamente expressiva a quantidade (50%) daqueles que topam pagar entre 5% e 10% para receber rapidamente seus produtos.

Quanto a mais as pessoas topam a pagar por produtos dentro do q-commerce

No outro extremo, os produtos que as pessoas estão menos dispostas a pagar mais para receber com rapidez são cosméticos e produtos fitness —ambos registraram uma cifra acima de 50%.

Atualmente, somente 25% dos entrevistados disseram que estão dispostos a deixar de comprar em uma loja que não oferece entrega no mesmo dia. Apesar de a maioria não deixar de comprar por esse motivo, ainda assim é importante ter em mente que as pessoas buscam agilidade na entrega de seus pedidos.

Decisão de compra também está atrelada à logística

O nível de satisfação com uma loja é muito influenciado pelo serviço de entrega, de acordo com a maior parte dos entrevistados (56%).

Na seleção de um fornecedor, quase dois terços dos entrevistados (64%) são influenciados em algum grau pelo tempo de entrega oferecido por uma loja.

Ainda assim, o principal problema com as entregas das compras são as altas taxas de frete (38%), e, em seguida, os atrasos na entrega (26%).

Com pandemia, consumidores esperam pagar menos pela entrega dos pedidos

A guinada das empresas ao oferecimento de serviço q-commerce parece ter sido impulsionada pela pandemia, que influenciou mais pessoas a comprar online. Segundo a pesquisa do Capterra, 66% compram mais em lojas online atualmente do que costumavam comprar antes da crise sanitária.

Antes do COVID-19, 72% costumavam comprar online mais de uma vez por mês. Após março de 2020, quando houve a disseminação do coronavírus, 90% passaram a fazer compras online mais de uma vez por mês.

Em relação à expectativa com logística, 41% disseram que ela mudou com a pandemia, pois passaram a esperar pagar menos pela entrega dos produtos. Em seguida, 40% passaram a esperar que os produtos cheguem no mesmo dia.

4 importantes pontos para a criação de um sistema de entregas rápidas

Não apenas grandes redes de supermercado fortaleceram sua presença online. Pequenos e médios mercados também tiveram que modificar a operação para abocanhar os clientes digitais. Pesquisa da Sincovaga mostra que, dos mercados que aumentaram as vendas na pandemia, 63% dos estabelecimentos registrou alta com venda online. Para criar uma operação online para mercado é necessário:

1. Recebimento de pedidos

Crie um canal para receber os pedidos online de seus clientes. Através de softwares para criação de sites, você poderá criar uma versão online da sua loja ou restaurante. Se quiser oferecer mais um tipo de canal para atendimento, vale a pena considerar a criação de um aplicativo próprio –plataformas low code tornam mais acessível o desenvolvimento. Contas de redes sociais também são uma opção para a criação de uma operação online.

Outra maneira de receber os pedidos de seus clientes é por meio de uma conta WhatsApp  Business, em que os pedidos podem ser feitos via chat.

2. Administração de pagamentos

Para finalizar as compras, é possível tramitar as transações por meio de sistemas de pagamentos, que ajudam a processar vendas por cartão de crédito, por exemplo. Segundo pesquisa do Capterra, o cartão de crédito ainda é o principal método escolhido pelos brasileiros para pagar suas compras, no entanto, não há como ignorar outros potenciais métodos, como PIX e cartão de débito.

Além disso, dependendo do suporte que você escolher para levar a sua operação online, será necessário pensar em outros métodos de recebimento. Por exemplo, sistema de pagamentos por celular pode ser relevante em uma operação focada em dispositivos móveis.

3. Expedição de mercadorias

Uma das partes críticas para a criação de uma logística rápida é um bom serviço de separação e expedição de mercadorias. A boa organização do estoque é o primeiro passo. É possível realizá-lo manualmente, mas ferramentas como software de gestão de estoque e sistema de controle de estoque ajudam no gerenciamento de pedidos ao permitir um rápido rastreamento de mercadorias, também emitindo relatórios que ajudam a reposição do estoque.

Software de código de barras também ajuda na eficiência do inventário e, no caso do software de impressão de etiquetas, a emissão de etiquetas dá agilidade no processo de embalagem de mercadorias.

4. Organização da entrega

Para montar um sistema de entrega a domicílio é necessário decidir entre a criação de uma frota própria ou uso de aplicativos de entrega.

No caso da frota própria, além da aquisição de veículos e contratação de funcionários, é importante usar ferramentas que tornem a entrega mais eficiente. Por exemplo, sistemas de roteirização e softwares de gestão de entregas ajudam na criação de uma rota mais inteligente, inclusive quando inclui diversas paradas. Já programas rastreadores de GPS e sistemas de gestão de frotas colaboram com a administração e manutenção dos veículos utilizados na entrega.

Para dar visibilidade aos consumidores acerca do seu pedido, vale a pena usar software de rastreamento de entregas, que ajuda a mantê-los informados.

No caso da escolha de aplicativos de entrega, além de administrar o serviço de delivery, essas plataformas administram o fluxo de usuários, a distribuição entre entregadores e o sistema de pagamento mediante a cobrança de uma taxa. Neste caso, é importante avaliar qual empresa oferece as melhores condições para o seu negócio.

Na escolha da melhor opção logística, tenha em mente que atualmente o grau de sustentabilidade de uma empresa influencia a escolha dos consumidores por uma marca. Portanto, é importante considerar o uso de entregas sustentáveis.


Metodologia

Para reunir os dados presentes neste estudo, o Capterra realizou um levantamento online entre os dias 7 e 9 de novembro de 2021. Na ocasião, foram ouvidos 1.063 consumidores que costumam comprar online, com mais de 18 anos e de todas as regiões do país (com 50% dos entrevistados do sexo feminino e 50% do sexo masculino), pertencentes a diferentes faixas de renda. Os resultados são representativos da pesquisa, mas não necessariamente da população como um todo.

Fonte : https://www.capterra.com.br/blog/2365/quick-commerce

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