Lives da Shopee fazem tráfego em lojas crescerem até 70%

Varejista online fez mais de 750 transmissões, que tiveram 10 milhões de visualizações, em 2022.

A plataforma de comércio eletrônico Shopee promoveu, em 2022, mais de 750 transmissões ao vivo por meio da ferramenta Shopee Lives, que começou a ser usada em março do ano passado. Segundo a empresa, alguns lojistas que tiveram produtos exibidos nas sessões chegaram a ter 70% de aumento no tráfego na comparação com um dia normal. As vendas chegaram a representar 30% do total de um dia.

“Começamos a testar a ferramenta, que já era utilizada em outros países em que a Shopee opera, no início do ano passado e fomos aprimorando a tecnologia que é nossa para a realidade local. O resultado vem nos surpreendendo e é mais um recurso que oferecemos para consumidores terem mais benefícios para economizar e para nossos vendedores alavancarem suas vendas e ganharem visibilidade em nosso app”, conta Felipe Piringer, responsável pelo Marketing da Shopee no Brasil.

São Paulo, 24 de janeiro de 2023 – A Shopee, plataforma de comércio eletrônico que conecta vendedores, marcas e consumidores, tem inovado na forma como engaja seus usuários e uma das estratégias é o uso de transmissões ao vivo para venda e entretenimento direto do app do marketplace.

Desde março de 2022, quando teve início o uso da ferramenta, as Shopee Lives têm agradado tanto consumidores como vendedores que além de ganharem mais visibilidade para suas lojas viram suas vendas aumentarem durante as sessões. Alguns lojistas que tiveram produtos exibidos nas sessões chegaram a ter 70% de aumento no tráfego em sua loja comparado a um dia normal e as vendas chegaram a representar 30% do total de um dia.

A maior audiência foi entre as Shopee Lives foi da Festa Junina, com mais de 22 mil pessoas assistindo simultaneamente. As lives com mais vendas foram a Super Shopee Live em 9.9, apresentada pelo Lusca Vivot e um adm da Shopee. Além disso, os itens mais vendidos em 2022 por meio das lives foram fritadeira elétrica, consoles PlayStation 5 e XBOX S 2020, itens de decoração e casa, como jogo de lençol de cama de casal, e de moda, como bota galocha feminina.

Como as lives funcionam
As Shopee Lives são executadas por um time interno da plataforma e, em grandes campanhas, com o suporte de uma produtora parceira. Elas permitem que os consumidores façam compras enquanto assistem às transmissões e se divertem com enquetes de engajamento em tempo real.

Os produtos exibidos e com ofertas exclusivas podem ser colocados no carrinho sem que o consumidor precise sair da sessão. A Shopee afirma que o sistema é fácil de ser gerenciado pelos vendedores, que também podem fazer o acompanhamento do desempenho da ação.

A Shopee destaca que, com as lives, o empreendedor ganha exposição, constrói uma comunidade com troca de mensagens ao vivo, mostra mais detalhes e funcionalidade do seu produto, aumenta o tráfego de sua loja e, consequentemente, alavanca vendas. O time da Shopee oferece treinamentos, divide as melhores práticas e assiste às lives para ajudar os vendedores a entregarem sempre a melhor qualidade aos consumidores.

“As transmissões trouxeram novos seguidores para a loja, proporcionando uma grande oportunidade de interação direta. Também tivemos uma boa conversão de vendas. Além disso, consideramos ser uma excelente forma de trabalharmos mais a credibilidade da marca Personale Magazine no marketplace”, afirma Anselmo Mansur, da Loja Personale Magazine.

Três tipos de lives
Atualmente, a Shopee promove três tipos diferentes de lives. As Shopee Lives são realizadas geralmente duas vezes por semana e são apresentadas por influenciadores fixos e convidados ou colaboradores do marketplace. As apresentações são dos produtos mais pedidos na plataforma e são oferecidos cupons adicionais de desconto e de frete grátis, além de ofertas exclusivas.

As lives do Esquadrão Shopee são realizadas diariamente por uma equipe de influenciadores contratados pela empresa. Eles fazem as transmissões direto do perfil pessoal de cada um no app da Shopee e são especialistas em assuntos específicos como cuidados com a pele, maquiagem, moda, lifestyle ou eletrônicos.

Existem, ainda, as lives conduzidas pelos vendedores. O recurso está em fase piloto para teste e liberado apenas para alguns empreendedores gerenciados e lojas de grandes marcas da seção Shopee Oficial. Em breve, a ferramenta estará disponível para mais lojistas.

Black Friday Shopee terá R$ 11 milhões em cupons e frete grátis

A Shopee anunciou que terá, no total, R$ 11 milhões em cupons durante os períodos de venda em novembro. Na Black Friday Antecipada, serão R$ 6 milhões em vouchers de desconto a partir da próxima sexta-feira (11), enquanto no próprio dia da Black Friday, 25 de novembro, serão mais R$ 5 milhões. A empresa também promete cupons de frete grátis.

Os cupons oferecidos poderão ser utilizados tanto para lojistas nacionais quanto para compras internacionais. Vale considerar que os cupons de frete grátis são válidos apenas no aplicativo para pedidos acima de R$ 29 e com fretes de até R$ 20. No dia 11/11, clientes poderão encontrar produtos com até 50% de desconto.

Felipe Piringer, responsável pelo Marketing na Shopee, ressalta que nas duas datas a empresa vai “concentrar muitos benefícios para que os nossos consumidores possam economizar e adiantar suas compras de fim de ano com o máximo de economia e conveniência”.

Shopee grátis por um ano
Além de ações com influenciadores, como as lives, e de comerciais na TV, a Shopee também sorteará três clientes para ganharem um ano grátis dentro do comércio eletrônico. Cada sorteado terá R$ 500 em compras por semana durante o período de 12 meses, totalizando R$ 6 mil individualmente.

Para participar do sorteio, o consumidor precisa adquirir os bilhetes da sorte. Cada bilhete, diz a empresa, vale cinco “Moedas Shopee” e pode ser adquirido até 12/11. O primeiro sorteio será nesse mesmo dia, enquanto os outros dois prêmios serão sorteados no dia 19/11. A Shopee ressalta que cada bilhete adquirido será válido para todos os sorteios.

Black Friday, Dia do Solteiro e dos Supermercados: novembro será mês das promoções

Num cenário de poder de compra reduzido e produtos mais caros, três datas prometem mobilizar os consumidores em novembro em busca de preços mais atrativos: além da já tradicional Black Friday, este ano realizada no dia 25, o Dia do Solteiro, no dia 11, e o Dia dos Supermercados, no dia 12, devem impulsionar as vendas. O mês das promoções terá ainda descontos para quem está negativado regularizar as dívidas.

– Ter três datas num único mês é interessante, mesmo que uma delas ainda não tenha uma cultura consolidada, mas que pode ganhar força ao longo dos anos. Sem dúvida pode levar a um aumento substancial de vendas e boas oportunidades para o consumidor – avalia Marcos Caiado, da Escola de Negócios da PUC-RJ.

Um levantamento encomendado pelo Google ao Instituto Ipsos, divulgado em setembro, apontou que depois de dois anos com medidas de distanciamento social, a expectativa é que sete em cada dez brasileiros irão às compras na Black Friday de 2022, principal evento de preços reduzidos do ano no Brasil.

Roupas e acessórios aparecem em primeiro lugar (47%), seguidos por livros e itens de papelaria (43%), antecipando compras de material escolar. Calçados (38%) e celulares (36%) seguem a lista, além de eletroportáteis (33%), o que sinaliza que os entrevistados querem equipar a casa para a Copa do Mundo e Natal.

Coordenador do Núcleo de Varejo da FGV Rio, Ulysses Reis analisa que as três datas devem mobilizar as varejistas, aumentando as vendas. Segundo ele, quem puder deve antecipar as compras de fim de ano, já que no período natalino os preços tendem a subir.

– A partir de 15 de novembro temos o pagamento da primeira parcela do 13º e em dezembro, lojistas de shopping pagam um aluguel dobrado. Com mais custos, não tem jeito, o lojista sobe os preços – explica.

Reis também orienta que consumidores que preferirem as lojas físicas devem ficar atento a chamada “desova“ dos estoques, quando os lojistas reduzem os preços de produtos parados antes da Black Friday – e que podem ter preços mais vantajosos.

Mas é preciso cuidado: com quase 40% da população adulta negativada, como mostrou pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), antes de ir às compras e acabar cedendo aos impulsos de descontos atrativos, consumidores precisam se planejar e avaliar bem o que é ou não necessário para evitar ainda mais endividamento.

Dia do Solteiro

A data que estimula pessoas solteiras a comprar presentes é uma oportunidade para comprar roupas, calçados, acessórios e pequenos objetos de decoração, por exemplo, mas também smartphones e até drones.

O dia é uma tradição na China há quase três décadas, mas foi a partir de 2009 que se tornou o maior evento de compras do mundo, com o impulso do conglomerado Alibaba. Dados do setor apontam que, em 2021, o Dia do Solteiro chinês teve um faturamento 2,8 vezes maior que a Black Friday dos Estados Unidos.

Um das marcas do grupo Alibaba, a gigante do e-commerce AliExpress trouxe a data para o Brasil no ano passado. Nesta segunda edição, a empresa promete descontos de até 90%, além de iniciativas para impulsionar ainda mais as vendas, como live-ecommerces (vendas ao vivo) em português, descontos progressivos, cashback e frete grátis.

Mas a AliExpress não está sozinha. O dia 11 vai coincidir com o Dia Shopee de novembro, dia que concentra, uma vez ao mês, as maiores promoções da plataforma de vendas. A Black Friday antecipada do marketplace terá descontos de até 50% e cupons de frete grátis.

Já a Shein também vai celebrar a data dupla, que acontece nos mesmos moldes da Shopee, até o dia 14, antecipando ofertas da Black Friday. Os descontos começaram em 22 de outubro, e até o fim da campanha, chegam a 90% em peças selecionadas. Além disso, a empresa vai distribuir cupons de frete grátis, cartões presente de R$ 800 e sortear 99 clientes para um pedido totalmente gratuito.

Black Friday dos mercados

Apesar da deflação de setembro, terceira queda consecutiva do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo IBGE, a inflação dos alimentos continua pesando no bolso das famílias, com a alimentação em casa acumulando alta de 13,28% nos últimos 12 meses.

Neste cenário, a “Black Friday dos Supermercados” pode ser uma boa oportunidade para encher o carrinho e se preparar para as festas de fim de ano.

A data, criada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) para aquecer o consumo em meio a alta dos preços, acontece pela primeira vez em 2022 e será celebrada anualmente no segundo sábado de novembro.

Segundo a entidade, segmentos da indústria, como de bebidas, carnes e laticínios, estão antecipando ofertas do fim do dia 25 para impulsionar os descontos no dia 12. Ainda segundo a Abras, redes como a catarinense Top, o grupo Muffato, do Paraná, e a Nordestão, do Rio Grande do Norte, aderiram à data.

No Rio, no entanto, o movimento ainda é tímido. O Intercontinental, com 20 unidades na Região Metropolitana, planeja promoções em diversos segmentos de produtos no dia 12, mas os percentuais de desconto ainda não foram definidos.

Já outras redes vão focar em descontos apenas na Black Friday tradicional. É o caso das redes Mundial, Pão de Açúcar e Mercado Extra, que planejam promoções no fim de semana da Black Friday.

Black Friday

A já tradicional Black Friday encerra o mês com os descontos focados em eletrônicos e eletrodomésticos, principalmente nas vendas online. Mas ainda faltando quase duas semanas para o dia 25, grandes varejistas como Magalu, Americanas e Via Varejo, dona das Casas Bahia e Ponto Frio, já estão em ritmo de esquenta, com promoções antecipando a data.

Historicamente como produto mais procurado pelos consumidores, segundo o setor as televisões devem bater recorde de vendas este ano por conta de uma coincidência inédita: a Copa do Mundo começa no dia 20, cinco dias antes da Black Friday.

Representante do Comitê de Métricas da Câmara Brasileira de Economia Digital (camara-e.net), Gerson Rolim explica que o setor está aquecido, com um crescimento de 4,3% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.

– O segundo semestre costuma ser maior em vendas do que o primeiro por conta das sazonalidades do Dia das Crianças, Black Friday e Natal, mas esse ano é mega atípico com a Copa. As pessoas querem ver os jogos numa tela maior, de melhor resolução e com um bom sistema de som. Estamos muito otimistas. A expectativa é de descontos de pelo menos 20% a 50% – afirma.

Além das TVs, as vendas de celulares também devem aumentar por conta do torneio – com consumidores investindo em celulares turbinados para assistir os jogos mesmo quando estiverem distantes de uma televisão – assim como o segmento de vestuário e acessórios esportivos, como camisas da Seleção Brasileira, chuteiras e bolas de futebol.

Promoção para limpar o nome

Os descontos não ficarão restritos a hora de comprar roupas, calçados, eletrodomésticos e eletrônicos: quem está com o nome sujo também terá neste mês oportunidades de renegociar débitos e se preparar para começar 2023 com mais tranquilidade.

A Serasa já iniciou o Feirão Limpa Nome, que reúne 260 empresas dos segmentos de telefonia, bancos, varejo e universidades, entre outros. Os descontos podem chegar a 99% da dívida, com negociação em até três minutos e baixa da negativação em até 24 horas.

O Feirão vai até o dia 5 de dezembro. A negociação pode ser feita no site da iniciativa (serasalimpanome.com.br), no aplicativo da Serasa (disponível no Google Play e App Store), por telefone (no 0800 591 1222), pelo WhatsApp (11 99575-2096) ou presencialmente em qualquer agência dos Correios.

Dívidas com bancos também podem ser renegociadas no Mutirão Nacional de Negociação de Dívidas e Orientação Financeira, que reúne instituições bancárias e financeiras de todo o país. A iniciativa é uma ação conjunta da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), do Banco Central do Brasil (BCB), da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e dos Procons de todo o país.

Podem participar pessoas físicas com dívidas sem bens dados como garantia e com parcelas de empréstimos e financiamentos em atraso. A negociação pode ser feita através dos canais oficiais dos bancos (meubolsoemdia.com.br/Materias/mutirao-da-negociacao) ou no site da Senacon (consumidor.gov.br).

Cuidado para não se endividar

Antes de ir às compras, o consumidor deve avaliar o que realmente é uma prioridade, fugindo de ofertas tentadoras, mas desnecessárias. Além disso, é importante analisar o orçamento e entender se aquela compra cabe nas finanças da família, para evitar não se endividar e acabar nos cadastros de devedores.

Assessor jurídico da Área de Relacionamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), David Douglas Guedes defende que o planejamento deve estar aliado à pesquisa de preços: ganha mais quem se organiza para as datas promocionais.

– A Black Friday, por exemplo, nos dá muitas opções de consumo e é muito esperada por aqueles que se planejam para comprar itens mais caros. É um período bacana nesse aspecto – avalia.

Uma pesquisa feita pelo Mercado Livre, com base nos 10,5 mil usuários do banco digital da plataforma, o Mercado Pago, mostrou que 80% dos brasileiros pretende gastar até R$ 2 mil na Balck Friday. Com o ticket médio elevado, 85% pretendem parcelar as compras.

Para Guedes, pagar a vista é a melhor opção para não precisar comprometer o orçamento por mais tempo. E mesmo quem se planejou deve reavaliar o gasto na hora da compra:

– O planejamento é importante porque a pessoa já quer e precisa daquele item, consegue avaliar durante um tempo essa necessidade. Mas ainda assim precisa fazer aquele julgamento: Eu preciso disso? É importante? Vai comprometer meu orçamento nos próximos meses, caso o pagamento seja parcelado?

Como não cair em armadilhas

Seja no mercado, nas lojas de roupas e calçados ou na hora de comprar uma nova TV na black friday das grandes varejistas, quem quiser garantir bons descontos precisa, antes de tudo, pesquisar os preços dos produtos desejados para não cair em nenhuma oferta “pela metade do dobro”.

Sites como Zoom, Buscapé e BondFaro, que comparam preços, são boas ferramentas para o acompanhamento das preços, além dos Procons e o site Reclame Aqui, onde é possível consultar a reputação da empresa, se ela cumpre suas obrigações e como lida com problemas com o consumidor.

Outro cuidado deve ser com a segurança nas compras online: detalhes como a presença do “https” no início do endereço do site, o cadeado no canto direito da barra de navegação e selos de segurança indicam que o portal é confiável.

– Temos muitas fraudes nesse período. Muitas pessoas mal intencionadas usam nomes muitos parecidos aos de grandes varejistas para cometer fraudes. É preciso estar atento – orienta David Douglas Guedes, do Idec. A entidade reúne em seu site (idec.org.br/blackfriday) uma página com dicas e recomendações para que o consumidor não caia em pegadinhas.

Quem encontrar alguma oferta falsa, deve prestar queixa ao Procon. Já se for vítima de fraude, o consumidor precisa registrar um boletim de ocorrência numa delegacia.

Vai adiantar as compras do Natal? Atenção

Antes de ir às compras, o consumidor deve avaliar o que realmente é uma prioridade, fugindo de ofertas tentadoras, mas desnecessárias. Além disso, é importante analisar o orçamento e entender se aquela compra cabe nas finanças da família, para evitar não se endividar e acabar nos cadastros de devedores.

Assessor jurídico da Área de Relacionamento do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), David Douglas Guedes defende que o planejamento deve estar aliado à pesquisa de preços: ganha mais quem se organiza para as datas promocionais.

– A Black Friday, por exemplo, nos dá muitas opções de consumo e é muito esperada por aqueles que se planejam para comprar itens mais caros. É um período bacana nesse aspecto – avalia.

Uma pesquisa feita pelo Mercado Livre, com base nos 10,5 mil usuários do banco digital da plataforma, o Mercado Pago, mostrou que 80% dos brasileiros pretende gastar até R$ 2 mil na Black Friday. Com o ticket médio elevado, 85% pretendem parcelar as compras.

Para Guedes, pagar a vista é a melhor opção para não precisar comprometer o orçamento por mais tempo. E mesmo quem se planejou deve reavaliar o gasto na hora da compra:

– O planejamento é importante porque a pessoa já quer e precisa daquele item, consegue avaliar durante um tempo essa necessidade. Mas ainda assim precisa fazer aquele julgamento: Eu preciso disso? É importante? Vai comprometer meu orçamento nos próximos meses, caso o pagamento seja parcelado?

Shopee muda regras e dará frete grátis apenas a poucos lojistas; entenda

Redução da entrega gratuita acontece depois de a empresa asiática encerrar operações no Chile e na Colômbia; Mercado Livre, o Magazine Luiza, a Americanas e Via também limitaram benefício.

A Shopee anunciou uma mudança em sua política de frete grátis nesta sexta-feira, 23. A partir do dia 1º de outubro, os dois cupons de frete grátis mensais por cliente ficarão disponíveis apenas para os lojistas virtuais que fazem parte do “Programa Frete Grátis” da plataforma. Nesse programa, os lojistas pagam um porcentual a mais sobre as vendas para ter acesso a mais benefícios.

Enquanto a taxa cobrada dos lojistas comuns está em 14%, os que aderem ao programa pagam 20% do valor de suas vendas para a Shopee. No entanto, a plataforma ainda vai oferecer 3 cupons de 50% de desconto no frete mensais por cliente para todos os lojistas.

O valor mínimo de compra para que os clientes possam usar os cupons também sofreu alterações. Ele passou de R$ 29 para R$ 39 nas lojas virtuais que participam do programa de benefícios e de R$ 59 para R$ 69 para os que não aderiram a essa opção.

A plataforma tem 2 milhões de lojistas registrados no Brasil, número que, em geral, não corresponde, aos lojistas ativos da plataforma, que realmente vendem por ali.

A asiática Shopee não informa quantos desses vendedores fazem parte do programa que dá acesso a mais cupons de frete grátis. Vale lembrar que a empresa tem outros cupons de frete grátis disponibilizados aos consumidores independentemente das taxas pagas pelos lojistas.

Promoções agressivas
Conhecida por uma estratégia promocional agressiva, a Shopee vem, aos poucos, buscando mais racionalidade na gestão de seus custos. Outras plataformas, como o Mercado Livre, Magazine Luiza, a Americanas e a Via (dona da Casas Bahia e do Ponto) fizeram movimentos de limitação do subsídio a frete e maiores tarifas cobradas dos vendedores.

A tendência faz parte de uma adaptação a um cenário de juros altos e maior racionalidade do mercado, no qual queimar caixa para crescer já não parece uma boa ideia.

Dificuldades
Recentemente, a Shopee revisou seu plano de expansão pela America Latina. A companhia informou em seu site argentino o fim de suas operações no país a partir do dia 8 de setembro.

No México, a companhia também comunicou o fim das atividades locais, mas os clientes poderão continuar a comprar produtos de vendedores internacionais, o chamado “cross border”. As operações da Colômbia e do mercado devem seguir o mesmo processo. No anúncio, a empresa deixou claro que a mudança de foco na expansão não dizia respeito à operação brasileira.

Segundo a líder do time de análises da XP, Danniela Eiger, o fato da companhia ter resolvido focar seus esforços no Brasil, era uma notícia de impacto “neutro ou marginalmente negativo” para as concorrentes brasileiras. Isso porque a concorrência da gigante de Cingapura incomoda as brasileiras e a gestão aparentava ver no Brasil condições mais rentáveis de operar do que nos países vizinhos.

O que diz a Shopee
Em nota, a Shoppe afirmou que “está construindo um ecossistema inclusivo que torna a compra e a venda acessíveis a todos. Além de apoiar os empreendedores brasileiros a se beneficiarem do crescimento da economia digital, oferecemos diversos benefícios para que os consumidores economizem nas compras online. Além das ofertas e cupons sempre disponíveis, temos campanhas especiais todos os meses com os Dias Shopee do mês, geralmente datas duplas, quando oferecemos vantagens adicionais para os usuários. A próxima ação (10.10) começa na segunda-feira”.

França cria taxa de entrega sobre vendas online de livros para ajudar lojas contra Amazon

Governo anunciou taxa mínima de entrega de 3 euros para encomendas online de livros que custem menos de 35 euros.

A França planeja impor uma taxa mínima de entrega de 3 euros para encomendas online de livros que custem menos de 35 euros para nivelar a concorrência de livrarias independentes contra gigantes do comércio eletrônico, disse o governo na sexta-feira (24).

Uma lei francesa de 2014 já proíbe entregas gratuitas de livros, mas a Amazon e outras grandes vendedoras como Fnac contornaram isso cobrando 1 centavo por entrega. As livrarias locais normalmente cobram até 7 euros pelo envio de um livro.

A lei foi aprovada em dezembro de 2021 para fechar a brecha de um centavo por meio de uma taxa mínima de envio, mas a lei não poderá entrar em vigor até que o governo decida o tamanho dessa taxa. A França notificará a Comissão Europeia de seu plano e a taxa mínima de entrega entrará em vigor seis meses após a aprovação da União Europeia.

O Ministério da Cultura disse que a taxa de três euros – que inclui impostos – não pode ser contornada por meio de programas de fidelidade de clientes ou compras conjuntas de livros com outros itens. A pasta acrescentou que, para pedidos de valor superior a 35 euros, os fornecedores online ainda podem propor uma taxa de entrega de um centavo.

A associação francesa de livrarias SLF disse em comunicado na sexta-feira que a taxa de três euros é insuficiente, pois significa que as livrarias ainda venderão com prejuízo ao enviar livros aos clientes. A entidade apelou ao governo para reduzir as taxas dos correios franceses para o envio de livros pelas livrarias.

Shopee aumenta novamente valor mínimo de frete grátis para R$ 39

Os reajustes serão aplicados a partir de 1º de outubro.

A Shopee confirmou oficialmente o novo valor para que o frete grátis esteja disponível para os seus consumidores. A partir de outubro, com o selo, será necessário adquirir um item de pelo menos R$ 39 para estar apto para recebe-lo gratuitamente na sua residência. Anteriormente, o valor era de R$ 29. Este não foi o primeiro aumento neste ano. Para aquisições sem o selo, o frete grátis estará acessível a partir de R$ 69. Para ler as diretrizes atuais do chamado “Programa de Frete Grátis”, acesse o site oficial.

Apesar das más notícias, com um aumento inesperado depois de já ter sido reajustado há poucos meses, a companhia afirmou que permanecerá com três cupons mensais, com direito a 50% do desconto no frete — para vendedores que fazem parte do Programa de Frete Grátis ou não.

Sobre os cupons de frete grátis, serão dois por mês, exclusivos para pedidos em lojas dos vendedores que fazem parte do programa. Não será possível usar esses recursos em lojas que não estejam na parceria.

A COMPANHIA AFIRMOU QUE PERMANECERÁ COM TRÊS CUPONS MENSAIS, COM DIREITO A 50% DO DESCONTO NO FRETE — PARA VENDEDORES QUE FAZEM PARTE DO PROGRAMA DE FRETE GRÁTIS OU NÃO.

Reajuste dos valores na Shopee causa irritação em usuários do Twitter
Como é esperado, indivíduos insatisfeitos com a conduta usaram o Twitter para expressar o aborrecimento, como pode ser observado nos comentários da publicação do @BestPromosBr. O clima não estava dos melhores desde o aumento similar no primeiro semestre deste ano.

Contudo, para justificar o posicionamento, a Shopee afirmou que está desenvolvendo um “ecossistema inclusivo”, para que os procedimentos de compras e vendas sejam acessíveis para todos os interessados.

A SHOPEE ESTÁ DESENVOLVENDO UM “ECOSSISTEMA INCLUSIVO”, PARA QUE OS PROCEDIMENTOS DE COMPRAS E VENDAS SEJAM ACESSÍVEIS PARA TODOS OS INTERESSADOS.

São também oferecidos benefícios para consumidores economizarem de outras maneiras em aquisições virtuais — com oportunidades por tempo limitado. Foi informado pela companhia que, além de cupons e ofertas sempre atualizados, campanhas especiais continuarão acontecendo mensalmente, como os “Dias Shopee”.

Um evento similar está agendado para o dia 10 de outubro, e todos os interessados devem ficar de olho nas novidades que serão ofertadas na ocasião.

E-commerce no Rio de Janeiro cresce acima da da média da região sudeste, segundo NielsenIQ ebit

Uma das propostas do E-Commerce Brasil é fomentar conhecimento de alto nível técnico focado em comércio eletrônico para os lojistas brasileiros. Pensando em disseminar esse conhecimento, surgiram os eventos regionais, com conteúdos focados nas particularidades de alguns estados brasileiros.

Durante a Conferência E-Commerce Brasil Rio de Janeiro – Encontro de Líderes, Marcelo Osanai, Head de E-Commerce da NielsenIQ EBIT, falou sobre as principais tendências e oportunidades de vendas online para o Rio de Janeiro em comparação ao cenário do país.

Experiência própria
“Desde o começo da pandemia, adotei um estilo mais minimalista de consumir menos”, explicou o executivo, que optou por reduzir as compras às necessidades em 2020 e 2021.

Porém, com a retomada do convívio social em 2022, surgiu a vontade de dar uma repaginada no estilo e no guarda-roupa que fizeram tanto o palestrante quanto muitos brasileiros de volta às lojas. Apesar de trabalhar com o universo de e-commerce, Osanai ficou receoso de comprar roupas online, justamente pelo estigma de não ter elas a disposição para experimentá-las. No fim das contas, as compras foram feitas online mesmo, pois, de 2020 para cá, muitas marcas aprimoraram suas estratégias para entregar propostas diferenciadas e com uma experiência digital mais fluida.

Lojas de nicho, lojas de departamento e até marketplaces entraram nas listas de preferência de Osanai, o que mostra que tanto grandes quanto pequenos varejistas da moda conseguiram abraçar a experiência positiva ao eliminar barreiras, entre elas, a distância. Isso porque cada uma das lojas que Osanai consumiu entrega de um ponto diferente do Brasil, com estruturas logísticas específicas: “o e-commerce elimina barreiras geográficas”, defende o executivo.

Dados do e-commerce no Brasil
De acordo com dados do 46º Webshopper, o e-commerce no Brasil atingiu a marca de 118,6 bilhões de vendas no primeiro semestre de 2022, crescimento de 6% em relação ao semestre anterior.

Segundo Osanai, o crescimento menos expressivo do semestre não quer dizer uma redução ou uma retração do e-commerce, mas sim uma estabilidade maior do setor depois de um crescimento muito grande, além de estarmos em um momento de consolidação de canais, com maior maturidade do setor.

“Além disso, precisamos considerar o cenário econômico e social do Brasil”, completa o executivo.

Neste primeiro semestre, o destaque do setor vai para os meses de janeiro a março, que apresentaram crescimento acentuado, seguidos de uma leve retração entre abril e maio.

Já com relação ao número de consumidores, de 2021 para cá o e-commerce conquistou 48,8 milhões de novos consumidores, um amento de 18%.

Osanai comemora o crescimento, mas frisa que é importante trazer mais consumidores para dentro do universo digital: “o propósito do e-commerce não é fazer as pessoas comprarem mais, mas também alcançar o maior número possível de pessoas”.

Nova realidade de vendas
Com as constantes mudanças, o e-commerce vê também uma mudança gradativas do comportamentos de compra. O levantamento realizado pela Nielsen mostra que a maior parte das vendas online são realizadas durante os dias da semana (com destaque de terça-feira a sábado).

Depois da pandemia, inclusive, muitos consumidores passaram a mesclar as compras físicas com as digitais: “hoje o consumidor é bombardeado de opções, o e-commerce é apenas uma delas, então a execução do e-commerce precisa ser rigorosa”.

Outro fator de destaque para o primeiro semestre de 2022 é que o consumidor está mais consciente com os gastos e segurando mais o dinheiro que sai do bolso, o que levou a uma redução do ticket médio. A diversificação do catálogo de produtos disponíveis online também explica porque a média das compras está mais barata, já que muitas categorias apresentam produtos também mais baratos.

Evolução do ticket médio em 2022
Categorias
Um dos destaques para os dados observados foi a categoria de Alimentos e Bebidas, que cresceu significativamente durante a pandemia e continua apresentando relevância para o digital. Além do investimento, a categoria tem um giro grande e uma demanda constante.

Importância da categoria de acordo com a variação no número de pedidos – Dados de GMV 1º semestre 2022/ NielsenIQ Ebit
Relação das vendas por categoria no 1º semestre de 2022, de acordo com a variação no número de pedidos
Enquanto isso, as categorias mais tradicionais, como Eletrônicos e Eletrodomésticos, tiveram crescimento mais modesto, considerando que o ticket médio delas é mais alto e que já são mercados que vendem bem, com menor espaço para crescimento em um momento de inflação. Apesar disso, Eletrodomésticos e Telefonia são as duas categorias que mais concentram vendas no e-commerce.

Dados de GMV 1º semestre 2022/NielsenIQ Ebit
Relevância da categoria de acordo com o GMV do 1º semestre de 2022
Os dados do Webshoppers mostram que as categorias de alto giro, nem sempre as tradicionais, tem apresentado crescimento das vendas.

Frete grátis
Para Osanai, o frete grátis é um grande divisor de águas no e-commerce, com a função de possibilitar o consumo para muitas pessoas e incentivar o consumidor que precisa de um incentivo para fechar a compra.

Novamente, o destaque é para Alimentos e Bebidas, que teve o maior crescimento de ofertas de entregas gratuitas em comparação ao ano passado. No primeiro semestre de 2022, as vendas do setor com frete grátis no e-commerce chegaram a 72%.

Relação de frete grátis por categoria
Nem sempre é possível oferecer o frete grátis, mas os dados mostram que há uma retração no valor dos que são pagos com relação ao mesmo período de 2021, o que pode significar maior maturidade dos lojistas e melhora das estruturas logísticas.

Redução do valor do frete/NielsenIQ Ebit
Relação de redução do valor do frete por categoria
Mobile
Por mais incrível que pareça, houve retração pelas vendas do mobile, mas é importante olhar para cada categoria de maneira específica, pois pode haver divergências de acordo com os consumidores de cada segmento ou da usabilidade dos sites e aplicativos.

Perfil dos novos consumidores
“O e-commerce não é um canal só para a classe média e classe alta, ele alcança cada vez mais públicos e de diferentes idades”, defende Osanai. Entre os fatores que influenciam na amplitude dos perfis consumidores no e-commerce está a disseminação de formas de comprar mais acessíveis mas também na maior quantidade de produtos disponíveis.

Outro ponto importante de se destacar é que há um aumento das vendas para pessoas mais velhas, antes segregadas das vendas online.

Share de vendas por idade e faixa salarial
Região Sudeste e o destaque do Rio de Janeiro
Ao analisar as regiões de acordo com o número de vendas, a Sudeste continua como mais importante, mas ao mesmo tempo a que menos cresce, pois concentra 61% do consumo do e-commerce brasileiro.

Porém, o executivo explica que “não existe uma fotografia única no e-commerce” e que mesmo dentro da região existem diversas particularidades que diferenciam um estado do outro.

Pois por mais que o crescimento da região tenha sido de apenas 1% no semestre, diversas categorias apresentaram crescimento expressivo que segmentam esse aumento de maneira bastante expressiva para os lojistas. Além disso, o estado Rio de Janeiro cresceu 7% (R$ 15,3 bilhões em vendas) em comparação ao 1% da região Sudeste.

Representatividade das vendas do estado do Rio de Janeiro 1º semestre de 2022
O aumento do número de vendas veio acompanhado também do aumento do número de pedidos: 26,1 milhões de pedidos, crescimento de 13%.

Diferente do que foi observado como um todo no Brasil, o estado apresentou uma retomada interessante das vendas online a partir de junho, com crescimento de vendas e valores.

Mesmo no Rio, as categorias mais importantes continuam sendo Eletrodomésticos e Telefonia, mas Perfumaria foi a que apresentou maior crescimento no período. Osanai justifica com o valor e giro dos produtos.

Copa do Mundo e Black Friday
Por fim, o palestrante foi questionado sobre quais conselhos poderia dar para os lojistas da região com relação a aproximação da Copa do Mundo, que coincidirá com as vendas da Black Friday. Para ele, por maior que seja o desafio, a junção dos eventos apresenta uma oportunidade única de vendas para o digital, justamente por gerar uma ocasião de consumo bastante específica.

“Exige uma execução específica e estratégica, mas pode gerar resultados expressivos para o e-commerce”, ele finaliza.

Amazon acelera plano e abre 11 centros de distribuição em 2 anos

Menor do que as rivais no Brasil, companhia planeja seguir ampliando a estrutura de logística.

Gigante do comércio mundial, perde apenas para Walmart, a maior varejista do mundo, a Amazon investiu nos últimos dois anos no Brasil para ampliar sua participação no mercado brasileiro. A companhia passou, desde 2020, de um para 12 o número de centros de distribuição no país, com tamanhos entre 30 mil e 50 mil metros quadrados. A logística, apontam especialistas, ganha mais importância na atuação do varejo, diante de um consumidor que quer receber suas compras em prazos cada vez menores.

Mesmo com a expansão, o número de unidades da Amazon é menor que o de concorrentes, que chegam a ter 30 centros, como é o caso da Via (dona de Casas Bahia e Ponto). A Americanas S.A. (Lojas Americanas e B2W Digital) tem 25 de centros de distribuição, enquanto o total da Magazine Luiza é de 24. Mercado Livre tem 10.
Muitos varejistas também apostam no modelo “cross-docking” – um galpão menor para redirecionamento de entregas dentro da própria rede, como um entreposto. Ou ainda no uso de lojas físicas como “mini-hubs” de distribuição, não apenas de produtos próprios (1P, no jargão do setor), mas também de terceiros (conhecidos como “sellers”, no chamado 3P) – caso do Magazine Luiza.

Ao contrário do mercado mundial, onde é vice-líder, a Amazon ainda tem desempenho no Brasil muito aquém dos rivais, segundo estimativas de mercado. Ranking da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) dos maiores “marketplaces”, plataformas on-line que comercializam produtos próprios e de terceiros, aponta a Amazon como sexta colocada, com R$ 3,832 bilhões de mercadorias vendidas em 2021. O valor não inclui as vendas de terceiros. Se consideradas essas outras vendas, o número estimado sobe para R$ 10 bilhões, de acordo com a consultoria Varese Retail.

Ainda assim, são cifras menores do que as das primeiras do ranking: Mercado Livre (R$ 68 bilhões), Americanas S.A. (R$ 42,195 bilhões), Magazine Luiza (R$ 39,751 bilhões) e Via (R$ 26,423 bilhões).
Sem revelar valores de investimentos nem de receita, Ricardo Pagani, líder de Operações da Amazon no Brasil, diz que foram feitos “investimentos importantes” e que a empresa está apenas no início de sua atuação no Brasil. Embora tenha chegado em 2012, inicialmente vendendo apenas livros digitais e o Kindle (leitor), a ampliação da oferta de produtos e categorias foi gradual. Os livros físicos começaram a ser vendidos em 2014, depois vieram os itens em parceria com terceiros (“sellers”) e só em 2019 passou a adquirir produtos para revenda e vender dispositivos como a assistente virtual Alexa.
Atualmente, a Amazon tem uma variedade de 50 milhões de produtos à disposição dos clientes, em 30 categorias.

“Assim como em outros mercados, a Amazon está no Brasil com uma visão de longo prazo. Estamos construindo uma operação de forma sustentada. São investimentos importantes feitos agora, inicialmente com um horizonte de retorno de cinco a dez anos”, afirma. Pagani minimizou a disputa por uma posição de liderança no Brasil e reforçou que é possível avaliar a posição de cada concorrente em diferentes categorias. No caso de livros vendidos pelo canal on-line, por exemplo, a Amazon está na dianteira.
Os investimentos em centros de distribuição, segundo o executivo, estavam previstos antes da covid-19 chegar ao país, mas foram acelerados durante a pandemia.

Cinco dos 12 centros estão na cidade de Cajamar (SP), dois em Cabo de Santo Agostinho (PE), um em Nova Santa Rita (RS), um em São João de Meriti (RJ), um em Santa Maria (DF), um em Betim (MG) e o outro em Itaitinga (CE). Cada um deles leva o nome do aeroporto mais próximo. Os de Cajamar, por exemplo, são GRU5 ou GRU8, em referência ao aeroporto de Guarulhos.

A Amazon pretende continuar a investir em novos centros de distribuição. A ideia é também ampliar o número de estações de entrega, que hoje são cinco: (três em São Paulo, além de Rio de Janeiro e Minas Gerais). As unidades respondem pela “última milha” da operação, que é a etapa final até o consumidor, e funcionam em determinadas situações.

A logística, diz o fundador e diretor da 360Varejo, Luiz Claudio Dias de Melo, é a bola da vez do varejo, e exige investimentos elevados. Um sinal da preocupação da Amazon com as entregas, segundo ele, é a compra recente de 10% da Total Express, empresa de logística e distribuição.

Só que a Amazon chegou depois nessa ofensiva do varejo em ampliar centros de distribuição no Brasil, observa Melo, que diz que a companhia enfrenta “um campo minado”. Enquanto domina o mercado americano, no Brasil enfrenta concorrentes maiores e à frente em termos de estrutura logística: “Esse movimento que a Amazon faz é tardio. O mercado é bastante ocupado e ‘minado’. Os investimentos dos grandes operadores vêm ocorrendo há anos”, diz ele.

A avaliação da chegada tardia é compartilhada pelo sócio e fundador da consultoria Varese Retail, Alberto Serrentino, que aponta uma escalada agressiva da varejista fundada por Jeff Bezos. “A Amazon começou depois, está se estruturando, mas vem escalando muito agressivamente, com investimentos pesados, com muitos ‘fulfillment centers’ “, diz Serrentino.

O especialista em varejo faz referência a centros que recebem os itens, estocam, embalam e despacham o produto, além de atender o cliente quando há alguma reclamação depois de ter recebido a encomenda. No caso do centro de Cajamar (GRU8), onde há operações de marketplace, também oferecem este tipo de serviço a terceiros que usam a plataforma. Os centros de distribuição que a Amazon está montando no país “vão dar a infraestrutura e a musculatura para melhorar o nível de serviço e a capacidade de prestar serviços de logística para os ‘sellers’, que é a fortaleza deles nos Estados Unidos”.

Um dos caminhos para a empresa ampliar a base de clientes no Brasil, diz Serrentino, é o programa Prime, que prevê entrega grátis para uma gama de produtos, independente do valor, e o Prime Video, que é o serviço de “streaming”.

Procuradas para comentar sobre o avanço da Amazon no Brasil, Mercado Livre, Americanas S.A., Magazine Luiz e Via preferiram não responder, mas deram indicadores sobre os prazos de entregas, um dos parâmetros nessa disputa pelo consumidor.

Segundo o diretor executivo de Logística da dona de Casas Bahia e Ponto, Fernando Gasparini, mais de 15% das entregas da empresa são feitas atualmente no mesmo dia da compra e mais de 40% dos produtos chegam no prazo de 24 horas. Na Americanas S.A., 61,2% das entregas são feitas em 24 horas, sendo 40% realizadas em apenas três horas, segundo dados do segundo trimestre do ano.
No Magazine Luiza, 80% dos pedidos de produtos próprios (ou seja, sem considerar os “sellers”) são entregues em até 48 horas, sendo uma parcela “importante” em até 24h, de acordo com a empresa.

A própria Amazon não divulga esses números, mas revela que, pelo Amazon Prime, o frete grátis em até um dia está em 100 cidades e o de dois dias, para mais de 1 mil municípios.

Entrega rápida ou preço baixo? O que os consumidores preferem nas compras online?

Atualmente muito se fala sobre o desejo crescente dos brasileiros de receberem suas compras feitas pelos canais digitais cada vez mais rápido e com frete grátis. Estatísticas mostram que metade dos consumidores tendem a fechar uma compra se a entrega for realizada no mesmo dia. Mas o que é o same day delivery e como funciona? Quem já pratica essa modalidade de entregas?

Vejamos a seguir como a velocidade das entregas tem avançado e se tornado um diferencial importante, ou não.

Entendendo o Same Day Delivery
Embora seja o sonho de todo consumidor, essa estratégia tem diversas limitações para acontecer, que vão desde o tipo e tamanho físico do produto, até a região onde o serviço pode ser realizado.

Para que a entrega no mesmo dia aconteça, o consumidor deve realizar a compra em até determinado horário do dia, liberando a operação logística para separações, embalagem e expedições dos produtos.

Depois, a entrega pode ser realizada por entregadores expressos (bicicleta, moto) ou por uma transportadora em veículos leves com acesso liberado nas zonas de tráfego restritas das grandes cidades.

Em todos os casos, o Centro de Distribuição Central precisa estar num raio máximo de 50 Km dos destinos alcançados. Neste ponto observamos uma solução interessante que foi criada e está se expandindo rapidamente nas grandes cidades: as dark stores.

Dark Stores como solução para entregas no mesmo dia
Essas unidades são exclusivas para armazenamento, separação e envio de produtos comercializados online, ou seja, são fechadas ao público. Diferentemente dos centros de distribuição tradicionais, elas têm tamanho reduzido e estão localizadas em centros urbanos, muito próximas dos consumidores finais.

Rappi, Lojas Marisa e Drogaria São Paulo são algumas das empresas no Brasil que já incorporaram as dark stores em sua rede. Apesar do alto nível de planejamento logístico, montar uma dark store exige menos investimentos do que uma loja tradicional, principalmente no que se refere à infraestrutura.

A startup paulistana Daki, fundada em janeiro de 2021 e focada em produtos de supermercados, decidiu oferecer a entrega ultrarrápida: a empresa promete chegar com as compras em até 15 minutos. Para isso, o cliente precisa morar na zona de atendimento de um dos cerca de 50 bairros de atuação em São Paulo, ABC, Campinas, Rio de Janeiro e Niterói.

Mas neste tema não podemos esquecer o bom e velho Sedex dos Correios, que tem o serviço na modalidade Sedex Hoje, entrega no mesmo dia, porém, restrito a algumas capitais do País. Mesmo nas modalidades de entregas em D+1 até às 10 ou 12h do dia seguinte, é uma opção confiável, de custo competitivo e com uma maior capilaridade de destinos neste tipo de serviço de entrega expressa.

Cross Border Trade – A onda crescente de sites importadores do e-commerce
No extremo oposto à entrega no mesmo dia que estamos falando, assistimos ao crescimento de uma outra modalidade de canal digital relacionada aos sites internacionais de vendas que operam no Brasil.

Segundo a NielsenIQ Ebit, em 2021, a compra online em sites importadores de produtos, conhecidos como cross border traders, cresceu 60% em faturamento sobre o ano de 2020, apontando para uma alternativa importante para os consumidores brasileiros.

Considerando bases de distribuição fora do país, sites como Shein, Aliexpress, Alibaba oferecem produtos importados com preços muito competitivos que virão diretamente para a casa do consumidor, sem utilizar armazenagem em solo brasileiro. Os prazos de entrega variam de 30 a 45 dias.

Então, vem a pergunta: como podemos explicar o comportamento dos consumidores que querem ao mesmo tempo entregas no mesmo dia e, por um preço mais competitivo de produtos, aceitam esperar até 45 dias para receber mercadorias?

A resposta vem por dois motivos básicos: o primeiro é que o poder aquisitivo do brasileiro vem caindo no pós-pandemia dado que a alta da inflação gera uma procura maior por preço, em vez de nível de serviço de entrega.

O segundo motivo é que o Brasil é um ótimo mercado para expansão das vendas online e ainda tem muito a percorrer. Enquanto 75% de consumidores de países desenvolvidos como EUA, Inglaterra e Alemanha apontam para, no mínimo, uma compra nos últimos 12 meses, aqui no Brasil este índice de penetração não passa de 49%.

Naturalmente, existem oportunidades de negócios para todos os tipos de players digitais, com toda a gama de preços e níveis de serviço. Isto passa também pelas oportunidades exploradas pelos sites importados.

Concluindo, vale a pena repensar como atender o novo consumidor dos canais digitais e desenvolver estratégias que contemplem todos níveis de serviço quando o assunto for prazo de entrega.

Fim do frete grátis? Aumento dos custos logísticos colocam em risco benefícios aos consumidores

A política dos e-commerces de oferecer fretes grátis para compras acima de determinados valores pode estar com os dias contados graças ao custo das operações logísticas, que não param de aumentar.

De acordo com um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o custo médio do transporte marítimo de um contêiner permaneceu próximo a US$ 10 mil nos últimos meses. O valor é sete vezes maior do que o registrado antes da pandemia.

Os preços chegaram a US$ 13 mil no final do ano passado e deram uma aliviada nos primeiros meses de 2022, especialmente o custo médio de importação com origem na Ásia para o Brasil. A queda indica uma acomodação entre a demanda e a oferta de capacidade de transporte na rota.

O problema é que a China voltou a aplicar medidas restritivas para controlar o avanço do coronavírus. Os efeitos do lockdown em portos chineses, especialmente o de Xangai, e a piora nas condições do mercado de navegação global reverteram esse movimento de queda nos custos.

E não é apenas a rota Brasil-China que está mais cara. O custo de transporte de um contêiner de 40 pés do Brasil para portos dos Estados Unidos, por exemplo, está próximo a US $10 mil – valor oito vezes superior ao de antes da pandemia.

Além disso, as empresas viram o preço do óleo diesel disparar e, por consequência, encarecer o frete.

Dados da plataforma de transporte de cargas Fretebras mostram que o custo do transporte por eixo do quilômetro rodado subiu 3,79% entre maio deste ano e maio de 2021. Essa variação nem considera o reajuste de preços anunciado pela Petrobras (PETR3; PETR4) em junho, quando o litro do diesel avançou 14,26% nas refinarias da estatal.

Por mais que a tendência, a médio prazo, seja de uma estabilização dos preços, alguns varejistas já estão limitando o benefício. No mês passado, a Shoppe eliminou a opção de frete grátis sem valor mínimo – o consumidor agora precisa consumir, no mínimo, R$ 29. Outra que está seguindo na mesma linha é o Mercado Livre (MELI34). A varejista aumentou o valor mínimo necessário para o frete grátis de R$ 79 para R$ 199.