Entrega rápida ou preço baixo? O que os consumidores preferem nas compras online?

Atualmente muito se fala sobre o desejo crescente dos brasileiros de receberem suas compras feitas pelos canais digitais cada vez mais rápido e com frete grátis. Estatísticas mostram que metade dos consumidores tendem a fechar uma compra se a entrega for realizada no mesmo dia. Mas o que é o same day delivery e como funciona? Quem já pratica essa modalidade de entregas?

Vejamos a seguir como a velocidade das entregas tem avançado e se tornado um diferencial importante, ou não.

Entendendo o Same Day Delivery
Embora seja o sonho de todo consumidor, essa estratégia tem diversas limitações para acontecer, que vão desde o tipo e tamanho físico do produto, até a região onde o serviço pode ser realizado.

Para que a entrega no mesmo dia aconteça, o consumidor deve realizar a compra em até determinado horário do dia, liberando a operação logística para separações, embalagem e expedições dos produtos.

Depois, a entrega pode ser realizada por entregadores expressos (bicicleta, moto) ou por uma transportadora em veículos leves com acesso liberado nas zonas de tráfego restritas das grandes cidades.

Em todos os casos, o Centro de Distribuição Central precisa estar num raio máximo de 50 Km dos destinos alcançados. Neste ponto observamos uma solução interessante que foi criada e está se expandindo rapidamente nas grandes cidades: as dark stores.

Dark Stores como solução para entregas no mesmo dia
Essas unidades são exclusivas para armazenamento, separação e envio de produtos comercializados online, ou seja, são fechadas ao público. Diferentemente dos centros de distribuição tradicionais, elas têm tamanho reduzido e estão localizadas em centros urbanos, muito próximas dos consumidores finais.

Rappi, Lojas Marisa e Drogaria São Paulo são algumas das empresas no Brasil que já incorporaram as dark stores em sua rede. Apesar do alto nível de planejamento logístico, montar uma dark store exige menos investimentos do que uma loja tradicional, principalmente no que se refere à infraestrutura.

A startup paulistana Daki, fundada em janeiro de 2021 e focada em produtos de supermercados, decidiu oferecer a entrega ultrarrápida: a empresa promete chegar com as compras em até 15 minutos. Para isso, o cliente precisa morar na zona de atendimento de um dos cerca de 50 bairros de atuação em São Paulo, ABC, Campinas, Rio de Janeiro e Niterói.

Mas neste tema não podemos esquecer o bom e velho Sedex dos Correios, que tem o serviço na modalidade Sedex Hoje, entrega no mesmo dia, porém, restrito a algumas capitais do País. Mesmo nas modalidades de entregas em D+1 até às 10 ou 12h do dia seguinte, é uma opção confiável, de custo competitivo e com uma maior capilaridade de destinos neste tipo de serviço de entrega expressa.

Cross Border Trade – A onda crescente de sites importadores do e-commerce
No extremo oposto à entrega no mesmo dia que estamos falando, assistimos ao crescimento de uma outra modalidade de canal digital relacionada aos sites internacionais de vendas que operam no Brasil.

Segundo a NielsenIQ Ebit, em 2021, a compra online em sites importadores de produtos, conhecidos como cross border traders, cresceu 60% em faturamento sobre o ano de 2020, apontando para uma alternativa importante para os consumidores brasileiros.

Considerando bases de distribuição fora do país, sites como Shein, Aliexpress, Alibaba oferecem produtos importados com preços muito competitivos que virão diretamente para a casa do consumidor, sem utilizar armazenagem em solo brasileiro. Os prazos de entrega variam de 30 a 45 dias.

Então, vem a pergunta: como podemos explicar o comportamento dos consumidores que querem ao mesmo tempo entregas no mesmo dia e, por um preço mais competitivo de produtos, aceitam esperar até 45 dias para receber mercadorias?

A resposta vem por dois motivos básicos: o primeiro é que o poder aquisitivo do brasileiro vem caindo no pós-pandemia dado que a alta da inflação gera uma procura maior por preço, em vez de nível de serviço de entrega.

O segundo motivo é que o Brasil é um ótimo mercado para expansão das vendas online e ainda tem muito a percorrer. Enquanto 75% de consumidores de países desenvolvidos como EUA, Inglaterra e Alemanha apontam para, no mínimo, uma compra nos últimos 12 meses, aqui no Brasil este índice de penetração não passa de 49%.

Naturalmente, existem oportunidades de negócios para todos os tipos de players digitais, com toda a gama de preços e níveis de serviço. Isto passa também pelas oportunidades exploradas pelos sites importados.

Concluindo, vale a pena repensar como atender o novo consumidor dos canais digitais e desenvolver estratégias que contemplem todos níveis de serviço quando o assunto for prazo de entrega.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/09/08/2022/artigos/entrega-rapida-ou-preco-baixo-o-que-os-consumidores-preferem-nas-compras-online/

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Fim do frete grátis? Aumento dos custos logísticos colocam em risco benefícios aos consumidores

A política dos e-commerces de oferecer fretes grátis para compras acima de determinados valores pode estar com os dias contados graças ao custo das operações logísticas, que não param de aumentar.

De acordo com um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o custo médio do transporte marítimo de um contêiner permaneceu próximo a US$ 10 mil nos últimos meses. O valor é sete vezes maior do que o registrado antes da pandemia.

Os preços chegaram a US$ 13 mil no final do ano passado e deram uma aliviada nos primeiros meses de 2022, especialmente o custo médio de importação com origem na Ásia para o Brasil. A queda indica uma acomodação entre a demanda e a oferta de capacidade de transporte na rota.

O problema é que a China voltou a aplicar medidas restritivas para controlar o avanço do coronavírus. Os efeitos do lockdown em portos chineses, especialmente o de Xangai, e a piora nas condições do mercado de navegação global reverteram esse movimento de queda nos custos.

E não é apenas a rota Brasil-China que está mais cara. O custo de transporte de um contêiner de 40 pés do Brasil para portos dos Estados Unidos, por exemplo, está próximo a US $10 mil – valor oito vezes superior ao de antes da pandemia.

Além disso, as empresas viram o preço do óleo diesel disparar e, por consequência, encarecer o frete.

Dados da plataforma de transporte de cargas Fretebras mostram que o custo do transporte por eixo do quilômetro rodado subiu 3,79% entre maio deste ano e maio de 2021. Essa variação nem considera o reajuste de preços anunciado pela Petrobras (PETR3; PETR4) em junho, quando o litro do diesel avançou 14,26% nas refinarias da estatal.

Por mais que a tendência, a médio prazo, seja de uma estabilização dos preços, alguns varejistas já estão limitando o benefício. No mês passado, a Shoppe eliminou a opção de frete grátis sem valor mínimo – o consumidor agora precisa consumir, no mínimo, R$ 29. Outra que está seguindo na mesma linha é o Mercado Livre (MELI34). A varejista aumentou o valor mínimo necessário para o frete grátis de R$ 79 para R$ 199.

Fonte : https://www.moneytimes.com.br/fim-do-frete-gratis-aumento-dos-custos-logisticos-colocam-em-risco-beneficios-aos-consumidores/

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Saiba tudo sobre a nova rodada de reajustes dos marketplaces

Mercado Livre, Magazine Luiza, Americanas e Via anunciaram mudanças nas tarifas e vamos te atualizar sobre todas elas por aqui.

Alguns dos principais marketplaces do país anunciaram mudanças nas tarifas e, neste artigo, você pode se atualizar sobre todas elas.
Mercado Livre
Começando pelo Mercado Livre, que anunciou um novo aumento nas tarifas de frete grátis de aproximadamente 3%. O acumulado nos últimos doze meses ronda a casa dos 20%, como podemos ver no gráfico acima, que mostra as tarifas de frete grátis cobradas em vendas a partir de R$ 79 pelo Mercado Envios Full.

Vale lembrar que o Mercado Livre também implantou neste ano a cobrança por armazenagem em todos os produtos do fulfillment e reajustou a comissão de algumas subcategorias, chegando ao teto de 13% na modalidade Clássico (onde o comprador paga juros em caso de parcelamento no cartão) e a 18% na modalidade Premium (onde não há juros no parcelamento).

Os compradores também sentiram mudanças na quantidade de parcelas oferecidas pelo site. Se antes um produto de R$ 200 anunciado na modalidade Premium podia ser parcelado em até 12x sem juros, agora esse parcelamento não passa de 6x.

O Mercado Livre também retirou o subsídio integral de embalagens para vendedores que estavam dentro de sua rede logística, utilizando o serviço Mercado Envios. Agora, o desconto na compra de suprimentos é de apenas 50%, inferior ao Magazine Luiza, que banca 70% dos custos das embalagens, mas superior aos demais concorrentes que não oferecem tal benefício.

Por fim, houve uma alteração na categoria Supermercado, que passou a oferecer frete grátis somente nos itens acima de R$ 199. Se por um lado os itens com valor inferior a estes ficam bem mais competitivos, já que o vendedor não precisa embutir a tarifa de frete grátis, por outro, o ticket médio necessário para atingir o frete grátis aumentou em mais de 250%. Vale lembrar que também não existem mais as campanhas de incentivo da categoria Supermercado que ofereciam 10% ou 15% de desconto caso o comprador adquirisse uma quantidade determinada de itens dentro da categoria.

Magazine Luiza
O Magazine Luiza implantou sua política de frete grátis no começo do ano. No entanto, mesmo deixando de bancar integralmente o frete grátis, passando a cobrar uma tarifa de frete grátis dos vendedores de seu marketplace, foi necessário um reajuste na comissão dos vendedores que estão no modelo antecipado (aquele onde todo o valor é pago integralmente ao lojista no fluxo de pagamento vigente, mesmo que o comprador tenha optado pelo parcelamento) de 16% para 18%. Isso representa uma alta de 12,5%, número pouco acima da inflação acumulada nos últimos 12 meses (11,89% – IPCA jul/22).

Quem está no modelo “fluxo”, onde o pagamento é feito conforme a quantidade de parcelas escolhida pelo comprador, continua com comissão padrão de 12,8%.

A comissão do Magazine Luiza passa a ser maior do que a da Americanas, que alterou suas taxas no começo do ano e até o fechamento deste artigo ainda não havia anunciado novos reajustes. Por lá,% a comissão varia de 12 a 19%, com a grande maioria das categorias concentrada entre 16% e 16,5%, bem abaixo dos 18% cobrados atualmente pelo Magalu.

Americanas
O único reajuste da Americanas foi bem silencioso, diga-se de passagem. Entre abril e junho, a companhia ajustou a comissão apenas de vendedores que possuem uma tabela de comissionamento diferenciada, menor do que a tabela padrão. A base de sellers atingidas com esse reajuste é numericamente pequena, mas, por se tratar dos maiores vendedores do marketplace, pode representar uma parte significativa do GMV gerado pelo 3P. Na minha loja, por exemplo, o reajuste foi de 1,25%. Minha menor comissão no ano passado era na Via, mas, após todos os reajustes deste ano, agora é na Americanas que eu pago menos.

Via
A Via enviou e-mails para alguns vendedores informando sobre a criação de um novo fluxo de pagamento, onde deixa de existir o pagamento antecipado e o repasse de pagamentos de cartão de crédito passa a ser feito no fluxo, na quantidade de parcelas escolhida pelo comprador. A empresa não divulgou a porcentagem da sua base de vendedores atingida com essa decisão, e o print com o e-mail de reajuste viralizou em grupos de vendedores, chegando a gerar matérias jornalísticas em jornais de grande circulação. A falta de informações gerou um clima de incerteza no mercado sobre a capacidade de pagamento e fluxo de caixa da empresa. A repercussão não poderia ser mais danosa.

Vale lembrar que a Via reajustou a comissão cobrada no marketplace em janeiro deste ano para aproximadamente 21% na maioria das categorias de produtos. Comissão essa que é, em média, 32% maior do que a dos concorrentes (considerando uma comissão média de 16% cobrada pelos concorrentes).

Consegui confirmar com a empresa que os sellers que estão com o comissionamento padrão – de 21%, em média – não pagarão por custos de antecipação e continuarão recebendo todo o valor devido no fluxo de pagamento vigente, independentemente da quantidade de parcelas escolhida pelo comprador.

A Via também informou que, independentemente do tamanho do seller, caso ele contrate a recém-lançada solução de fulfillment da companhia, ele poderá receber os pagamentos em D+4, um dos melhores ciclos de pagamento disponíveis entre os grandes marketplaces, ficando atrás apenas da Shopee, que, por meio do programa Shopee Antecipa repassa os valores para os sellers em 24 horas após a postagem, e fica à frente de todos os demais concorrentes, que possuem prazo médio de pagamento variando entre oito e 21 dias.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/reajustes-dos-marketplaces/

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Venda digital perde fôlego e varejistas seguram despesas

Projeção de expandir 8% cai para 5% no ano; plataformas cortam custos e tiram benefícios do cliente.

“O Mercado Livre entregava com frete grátis se a compra [de supermercado] chegasse a R$ 79 ou mais. Agora [o valor] é R$ 199”, desabafava no Twitter, dias atrás, um dos clientes da plataforma, Gabriel Belusio. “Finalmente um cupom de frete grátis na Shopee sem preço mínimo”, comentava na sequência a consumidora sob o pseudônimo “Ash”, na última quinta-feira, data de um evento da Shopee no Brasil. O que se vê nas últimas semanas nas redes sociais, em centenas de mensagens sobre as ações das plataformas, é só um dos reflexos da mudança no ambiente do mercado digital no país.

O “boom” do comércio eletrônico após a pandemia perdeu força rapidamente neste ano, os custos logísticos e de mídia têm subido, e esse ciclo negativo já atingiu o consumidor que se acostumou, após a euforia nas vendas de 2020, a benefícios e vantagens na hora da compra. Esses ganhos vêm sendo revistos na busca dos grupos por maior eficiência.

Essa pressão cresce mais com a inesperada queda nas vendas no comércio eletrônico neste ano, com os primeiros recuos em abril (-6,4%) e maio (-1%), segundo dados de vendas mensais da empresa de pesquisas MCC/Neotrust. Era projetado desaquecimento, dizem analistas, mas não recuos seguidos. E isso ocorre não só pela base de comparação forte de 2021 e a volta do comércio nas lojas, mas há efeito da perda de renda e alta inflação nos preços. Americanas, Mercado Livre, Magazine Luiza e Via vêm crescendo em ritmo menor neste ano frente a 2021. A Shopee estaria mantendo ritmo pela base de vendas menos madura.
Nos últimos dias, o Valor reuniu junto a executivos e especialistas exemplos de alterações em políticas nas empresas, que podem afetar projetos e investimentos no ano. Por exemplo, aumentaram os valores mínimos de gastos em compras, definidos para obter entrega gratuita ou descontos. E parou de subir o peso da venda com frete grátis dentro do bolo total.

“Pelas nossas pesquisas, esse frete gratuito já se estabilizou no ano e não duvido que caia dentro do total no segundo semestre”, diz Fabrício Dantas, CEO da Neotrust. “É outro cenário hoje frente a 2020 e 2021. Está difícil estimar para frente, mas decidimos rever nossas projeções com a queda recente nas vendas”.
A estimativa no começo do ano era de uma alta no faturamento on-line de 8%, diz Dantas, e se espera agora crescer 5%, para R$ 169 bilhões. São R$ 8 bilhões a mais em vendas (mas quase R$ 5 bilhões a menos do projetado antes). Em valor, é a menor adição à base total desde 2019.

“Esperamos uma reaceleração do GMV [vendas pelas plataformas] no terceiro trimestre, porém mais lento. A expansão de 20% ao ano até 2025 caiu para 16%”, disse, dias atrás, em relatório, Daniel Federle, analista do Credit Suisse.
Esse cenário leva a revisões de prioridades nos grupos e afeta a relação com o cliente, apesar de eventual esforço para não cair o nível do serviço.

Desde o início do ano, grandes “marketplaces” como Renner, GPA, Magazine Luiza e Via falam em ser mais “racionais” na estratégia, com atenção maior à rentabilidade. “Temos sido muito acionados para ajudar a rever alguns processos. Não faz mais sentido ficar ‘comprando’ cliente digital a qualquer CAC [sigla de custo de aquisição de cliente], e sem conseguir diluir isso, pelos níveis baixos de venda”, diz Luciana Batista, sócia da consultoria Bain & Company.
“ Há análises sendo refeitas em investimentos, por exemplo, em ‘dark- stores’ [lojas que estocam produtos para entrega on-line] e sobre a real eficiência dos mini-hubs no país [pontos com ampla área de estoque]”, diz. “Será que vale mesmo abrir três ‘dark-stores’ no ano, com custo por metro quadrado alto, para a entrega a clientes num prazo mais curto, se o cliente da região aceita receber em prazo maior? Outro ponto tenho lojas com estoque que cobrem as entregas on-line em 75% da área, por que investir em mais mini hubs? Há projetos que estão ficando em stand-by ”, afirmou.
O comando da Petz disse, a analistas em maio, que fez “ajustes táticos”. “Havia alguns incentivos que a gente dava em programa de fidelidade, ou de descontos para ‘ship from store’ [venda on-line de estoque da loja], que não necessariamente traziam todo o benefício versus, eventualmente, a gente fazer um investimento maior no ‘Minhas Ofertas’ [no app próprio da rede ]”, disse a vice-presidente financeira, Aline Penna. “Estamos focando mais os investimentos em ‘pricing’, naqueles programas que nos trazem mais retorno”.
Em relatório na semana passada, analistas do Credit Suisse citam que a Vtex, fornecedora de tecnologia a empresas on-line, adotou uma postura mais conservadora neste ano depois que “começou a notar um crescimento mais fraco na sua base de clientes, em adição a uma implementação mais lenta de projetos em andamento”, diz o informe. Sobre a questão, a Vtex diz que cresce acima da média e vem gerando valor a seus clientes.

Fornecedora de serviços ao comércio eletrônico, a Infracommerce diz que “há clientes falando em segurar um pouco mais novos projetos”, segundo o vice-presidente de finanças Fabio Bortolloti.
Outra iniciativa envolve um aumento de investimento nas ações de marketing nos apps e sites das plataformas, e uma racionalização maior dos incentivos em buscadores, após a alta na inflação dos “cliques” entre 2020 e 2021. Empresas pagam se a venda é oriunda dos buscadores, como Google. “Essa é uma das maiores despesas dessas empresas digitais e a mais fácil de ser mexida. Como se trata de uma compra de mídia de performance, ela é fundamental hoje, mas há maior flexibilidade em ajustá-la”, diz Marcelo Tripoli, fundador da agência digital Zmes.

Ainda aumentaram as ações para incentivar a venda pelo sistema de retirada da compra on-line na loja. “Com o combustível caro, tem rede dando um agrado para fazer o cliente pegar o item na loja. A cada retirada, posso diminuir a minha rota de entrega. Além disso, o subsídio ao frete vem caindo, a depender do perfil do comprador”, diz um executivo da área de moda.

Nas últimas semanas, algumas medidas que afetam o consumidor vêm se tornando públicas, como a decisão do Mercado Livre de subir, a partir do dia 7 de junho, de R$ 79 para R$ 199, o valor mínimo para obter frete grátis na compra de itens de supermercado. Isso tende a diminuir o subsídio da empresa ou dos lojistas aos clientes.

Aos lojistas, a empresa disse em comunicado que está “reduzindo custos para que [o vendedor] possa baixar seus preços na seção”. Em receita, o Mercado Livre cresceu 63% no Brasil de janeiro a março, abaixo do ritmo dos trimestres anteriores, mesmo cenário visto no Magazine, Via e Americanas – efeito da base de comparação e da menor demanda, dizem analistas.
Na Shopee, consumidores já vêm mencionando em redes sociais há meses a política mais restritiva na concessão de benefícios. Em maio, ela aumentou, de R$ 20 para R$ 29, o preço mínimo para o cliente ter acesso ao frete grátis. A empresa cita, em balanços trimestrais globais, perda menor nas entregas no Brasil. “O dinheiro ‘enxugou’, e mesmo plataformas estrangeiras vêm adotando uma racionalização maior” diz Gabriel Lima, CEO da consultoria Enext.

Também existe hoje no mercado uma nova onda de repasses de custos aos lojistas, iniciada no fim de 2021. São medidas para absorver custos financeiros e operacionais maiores no ano. O Mercado Livre aumentou de até cinco dias para oito dias o prazo de pagamento a lojistas nas vendas feitas pelo Mercado Envios (para itens novos e vendedores com boa nota na plataforma). Ou seja, o valor ficará mais tempo com a companhia. Para itens usados e lojistas sem reputação, serão 12 dias.

A mudança vale a partir do dia 20. O parcelamento de vendas acima de R$ 500 também caiu de 12 vezes sem juros para 10, desde o dia 30 de junho, na categoria “premium”. Isso reduz custos de financiamento da empresa, em tempos de juros altos. Procurada, a companhia diz que são “ajustes em sua política de custos em função do cenário econômico” e isso afeta serviços como frete e formas de pagamento. Afirma que são atualizações necessárias para seguir com o objetivo de oferecer um melhor ecossistema de negócios.

O Valor já antecipou na semana passada que, desde a sexta-feira, a Via parou de antecipar o pagamento a lojistas de maior porte em seu “marketplace”. E após o dia 13, o Magazine Luiza passa de 16% para 18% a taxa cobrada do lojista que quiser receber o valor de sua venda à vista, na maioria das categorias de sua plataforma.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/07/11/venda-digital-perde-folego-e-varejistas-seguram-despesas.ghtml

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Mercado Livre (MELI34) faz ‘corte’ no frete grátis em meio a alta de custo

Em meio a um cenário de inflação de dois dígitos, ciclo altista de juros e projeções de recessão econômica, varejistas como o Mercado Livre (MELI34) estão ‘colocando o pé no freio’ nas despesas operacionais.

Recentemente a varejista optou por aumentar o ‘preço piso’ do frete grátis. Antes, toda compra de itens de supermercado acima de R$ 79 não vinha com cobrança de frete. Agora, o frete grátis do Mercado Livre só fica disponível para compras de supermercado acima de R$ 199.

“O que acontece é que, quando você entra na página de detalhe do produto, nós calculamos suas possibilidades de envio. Nesse momento, analisamos o endereço que você tem salvo em Meus dados e, se a distância do seu vendedor for muito grande e/ou o produto for muito pesado, em vez de frete grátis, você tem descontos tanto no frete normal como no expresso”, consta no site do Mercado Livre.

O movimento vem pouco tempo após a companhia comunicar que expandirá a entrega no mesmo dia para 100 cidades. Esse modelo de frete havia sido adotado somente em poucas capitais por alguns players, a fim de ganhar competitividade com uma entrega dinâmica.

Por conta de ter mais centros de distribuição (CDs) do que os concorrentes e visar mais serviços de logística – como entregas de avião, fruto de uma parceria com a Gol (GOLL4) – o Mercado Livre firmou essa meta ambiciosa, mesmo em meio a um ano dificultoso para o segmento de varejo.

No comunicado, do mês passado, a empresa cita que 2 mil cidades que já estão aptas a receber as compras em até um dia.

“Nossa missão de democratizar o comércio eletrônico passa diretamente pela logística e por oferecer uma entrega mais rápida em todo o Brasil. No primeiro trimestre de 2022, cerca de 54% das entregas da modalidade Full foram realizadas no mesmo dia”.

Para Luiz Adriano Martinez, portfólio manager da Kilima Asset, o mais importante a ser analisado nesse aspecto é o fator macroeconômico que atinge as varejistas e o segmento de e-commerce. Para o gestor, a precificação atual é fruto, em grande parte, da questão macro atual, com juros mais altos e mudanças nos hábitos de consumo.

“Essas empresas de e-commerce cresceram muito suas receitas há pouco, e muita gente entendeu esse crescimento como algo duradouro, já se tinha uma projeção desse crescimento. Antecipamos um crescimento na pandemia, em pouco tempo, e por conta disso muita gente achou que esse comportamento iria seguir, mas o que vimos foi algo totalmente diferente,; até temos uma certa ‘volta’ para o varejo tradicional”, afirma.

“Além disso você tem maior dificuldade de acesso a capital. As empresas que estão no ‘ciclo do negócio’ e dependem de caixa, de acesso a dinheiro para financiar um crescimento de receita, precisam fazer cortes no momento atual. Qualquer coisa que reduza custos, para poupar mais o caixa. Mas, isso tudo acontece em função da conjuntura macroeconômica”, segue.

Para o especialista, empresas como a Amazon (AMZO34) – que são diversificadas e não dependem somente do varejo – acabam sendo mais resilientes no cenário atual.

“Mesmo que em um determinado segmento como o varejo , ela sofra, a empresa terá outra fonte de recursos e acaba saindo beneficiada em uma situação como essa que vemos atualmente”, segue.

Com custos em elevação, Magalu e Via também fazem cortes
Com os custos operacionais em alta, o Mercado Livre acabou decidindo elevar o preço mínimo do frete grátis.

Contudo, a decisão pela redução de custos operacionais está sendo feita por boa parte das empresas do segmento e tem sido mais ‘intensa’ com players nacionais, como Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3).

A Via, por exemplo, está fazendo uma mudança no seu método de pagamento aos lojistas. Desde segunda (8), a empresa deixou de antecipar o pagamento, a fim de usar menos o seu fluxo de caixa

Junto com esse ‘corte’ da antecipação, a Via pagará com maior velocidade os lojistas que usam seus serviços de logística (fulfillment).

Vale lembrar que além do cenário altamente competitivo, com cada vez mais empresas disputando pelo mesmo consumidor, há uma retração nas vendas que também penaliza as empresas.

Os dados mostram um avanço de vendas no varejo de um modo geral, mas uma retração no segmento de e-commerce. Na última leitura do Índice Cielo do Varejo Ampliado (ICVA), de maio, foram 6,9% de alta nas vendas, descontada a inflação. Em termos nominais, a alta foi de 23,9%.

Contudo, dados da MCC/Neotrust mostram uma queda de 6,4% em abril e 1% em maio nas vendas do e-commerce, meio que representa uma parte relevante do faturamento das varejistas, especialmente as que apostaram mais na digitalização. O Magazine Luiza, por exemplo, já somou mais de 60% do seu faturamento com vendas digitais.

Desempenho das ações do Mercado Livre
Com o cenário atual, as ações do Mercado Livre caem 46% na Nasdaq desde o início do ano, ante 53% de baixa na janela de 12 meses. A cotação atual é de US$ 708.

Já os BDRs do Mercado Livre caem 50% no acumulado de 2022 e 52% nos últimos 12 meses, acompanhando o pessimismo com o varejo e o cenário global.

Fonte : https://www.suno.com.br/noticias/mercado-livre-meli34-frete-gratis-corte/

Shopee aposta em aparição na TV para atingir mais consumidores

Para consolidar o sucesso da plataforma no Brasil, a Shopee aposta agora em uma estratégia transmídia para divulgar a plataforma e atingir consumidores de diferentes gerações. Como mais uma estratégia de marketing, o marketplace terá sua estreia na teledramaturgia brasileira e fará aparições na série “Todas as Garotas em Mim”, da Record TV. Serão cinco inserções que vão ao ar de 4 a 11 de julho, a partir da personagem principal Mirela (interpretada pela atriz Mharessa). Durante as entradas, os telespectadores poderão acompanhar como é fácil navegar pelo app, conhecer as principais categorias, fazer compras e economizar.

Na trama, a personagem Mirela, que também é digital influencer, é uma “ShopeeLover” apaixonada por comprar no app da Shopee e costuma interagir com os seus seguidores, mostrando os produtos. Com a chegada do Dia Shopee de julho (7.7 Aniversário Shopee) – data que a Shopee concentra ainda mais benefícios aos usuários, oferecendo de frete grátis sem mínimo de compras e R$ 6 milhões em vouchers de desconto –, a jovem é convidada para divulgar a campanha. A partir dali, Mirela também tem interações com Josefa (interpretada por Aline Fanju) que conhece o app da Shopee após indicação e se apaixona.

“Inserir uma campanha da Shopee nesse espaço é especial por participar de um hábito cultural popularizado entre diferentes gerações de brasileiros. Conseguimos atingir públicos de idades variadas e explicar, de uma forma simples, como é fácil, segura e divertida a experiência de compras no ambiente digital. Além disso, reforçaremos a principal data da campanha”, explica Felipe Piringer, responsável pelo marketing da Shopee.

No dia 07 de julho (7.7), a influenciadora vai liberar um cupom exclusivo durante a série para os telespectadores. Para essa interação, ela vai “quebrar a quarta parede”, ou seja, olhar direto para a câmera e falar direto com os telespectadores.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/shopee-aparicao-tv/

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Segundo relatório, Shopee lidera ranking dos aplicativos de e-commerces mais acessados

O mercado online ganhou fôlego no Brasil após leve queda em abril. De acordo com a última edição do Relatório Setores do E-commerce no Brasil, produzido pela agência Conversion, o comércio eletrônico cresceu 4,2% e registrou 2,14 bilhões de acessos, no último mês de maio. O levantamento ainda apontou que, entre os 10 maiores players do mercado, cinco são do setor de importados ou marketplaces estrangeiros. Três são asiáticos: Shopee, AliExpress e Shein. A última edição do relatório conta ainda com a inclusão inédita dos dados de acessos via aplicativos, informação que deixou ainda mais claro o boom dos e-commerces asiáticos no Brasil.

Ao considerar apenas os acessos por apps, a Shopee fica em primeiro lugar, com mais de 125 milhões de acessos em maio. Ou seja, 40,8% a mais que sua concorrente Mercado Livre, que teve pouco mais de 74 milhões de visitantes no mesmo mês. A loja singapurense é conhecida pelas suas promoções, cupons e gamificação da experiência do usuário dentro do app e site.

Brasil é promissor para a Shopee
“O Shopee conseguiu identificar uma grande lacuna no e-commerce global, que é o ticket baixo, criou muito senso de urgência com suas promoções e construiu uma verdadeira experiência de busca de achados, que faz com que as pessoas queiram passar cada vez mais tempo dentro do site e do app”, avalia Diego Ivo, fundador da Conversion.

O mundo assiste ao crescimento meteórico das plataformas asiáticas a cada ano. Só nos últimos 12 meses, os e-commerces de países como China e Singapura cresceram vertiginosamente, registrando um aumento de 61,4% de tráfego no Brasil. A Shopee, que no último ano cresceu 74,2% em número de acessos, está apostando pesado no mercado brasileiro.

Em plena pandemia, a plataforma aterrissou no país, ousando com frete grátis e 0% de taxa de comissão para o seller a fim de ganhar penetração no mercado. Segundo projeções da empresa de investimento Bernstein, o Brasil tem tudo para ser o maior mercado da empresa singapurense em número de usuários ativos mensais, podendo, inclusive, ultrapassar o mercado da Indonésia.

Apps entram em jogo
Com a inclusão inédita dos dados de apps, o Relatório dos Setores do E-commerce pode medir com uma precisão ainda maior o comportamento de consumo dos brasileiros. Entre os 18 setores analisados, Comidas & Bebidas foi o que registrou o maior número de acessos de apps, totalizando 58% das visitas totais vindas de aplicativos. Esse crescimento foi liderado pelo iFood, que aparece em primeiro lugar entre os aplicativos de delivery de refeições. Em segundo lugar, aparece o setor de marketplace, que concentra 29% dos seus acessos nos apps é puxado pela Shopee. Para fechar o TOP 3, o mercado de produtos importados recebeu 28% dos seus usuários de maio através dos apps, liderado pelo Mercado Livre.

Mobile é o meio
O celular, inclusive, é o canal mais utilizado pelos usuários para acessarem seus e-commerces preferidos. Em Maio, 74% dos acessos a e-commerce foram feitos a partir de um mobile. Trata-se de uma tendência cada vez mais forte, especialmente com a expansão da internet rápida e móvel para todos os brasileiros. Por outro lado, ¼ dos acessos a sites de e-commerce continuam sendo feitos por desktops. Tablets têm baixa participação e são agrupados nos dados de celular/mobile. Os acessos de aplicativo contabilizam somente aparelhos com sistema operacional Android.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/relatorio-shopee-aplicativos-de-e-commerces-mais-acessados/

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Após rever frete grátis no Brasil, Shopee dispensa 50 funcionários

Após os primeiros anos de atuação no Brasil tendo o frete grátis como um dos atrativos, a plataforma de marketplace Shopee, de Cingapura, dá os primeiros sinais de desgaste no país. Nesta semana, demitiu cerca de 50 dos cerca de 1,5 mil funcionários que a companhia, com dois escritórios na capital paulista, afirma ter por aqui.

As demissões foram atribuídas à rotatividade, e não à recente mudança na política de frete. “A Shopee continua crescendo no Brasil”, declarou em nota, acrescentando ter mais de 100 postos em aberto.

Conforme apurou o Estadão, a Shopee também dispensou cerca de 100 prestadores de serviço temporários em um centro de distribuição de Barueri, na Grande São Paulo. O frete grátis já vinha sendo tratado por especialistas como uma cartada para ampliar a base de clientes insustentável a longo prazo.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/shopee-dispensa-funcionarios-brasil/

“Minas Gerais é o estado do Sudeste que o e-commerce mais cresceu em 2021”, diz Marcelo Osanai da NielsenIQ EBIT

O comportamento de consumo acelerado devido ao isolamento social e fechamento das lojas físicas nos últimos anos impulsionou o e-commerce em todo o Brasil. Para os profissionais do setor, essa informação não é exatamente uma novidade, mas o relatório Webshoppers 45 elaborado pela NielsenIQ|Ebit, comprova: as vendas no digital cresceram 27%, com faturamento de R$ 182,7 bilhões na comparação com 2020.

A pesquisa também aponta que entre as regiões que mais contribuíram para o GMV no País, o Sudeste é a que se destaca, pois representa 58% do crescimento do e-commerce. Até aí, nada de novo também. No entanto, talvez o mercado não saiba que, quando se observa a variação do faturamento, Minas Gerais foi o estado de maior importância.

“Minas Gerais é o estado do sudeste que o e-commerce mais cresceu em 2021. Cresceu acima da média do Sudeste, aumentando 27% na variação nominal de GMV, com um faturamento de 17,8 bilhões”, afirma Marcelo Osanai, Gerente Comercial da NielsenIQ EBIT, durante a Conferência E-Commerce Brasil – Encontro de Líderes, realizada nesta quarta-feira, 9, em Belo Horizonte.

Em sua palestra, Osanai mostrou que os outros estados tiveram uma variação nominal menor: São Paulo com 21% de aumento no faturamento e Rio de Janeiro e Espírito Santo com 15%.

A variação mais significativa no faturamento de Minas Gerais em 2021 ante 2020 pode ser explicada pelo número de pedidos (38,8 milhões), que também subiu  22% em relação a 2020. São Paulo vem em seguida, com crescimento de 15%, logo depois está o Rio de Janeiro, 9%, e Espírito Santo, sem variação.

Categorias

Em um olhar mais atento, Osanai também mostrou que 19% do crescimento de Minas Gerais vem da categoria de Eletrodomésticos, acompanhando a estimativa nacional. No entanto, ele chama atenção para categorias menos populares.

“Destaquei os crescimento de GMV em altos níveis nominais as categorias de Alimentos e Bebidas (63%), Construção e Ferramentas (48%) e Automóveis (45%). Isso mostra que temos oportunidade de crescimento através das principais categorias de consumo, entretanto, o que está impulsionando o crescimento de Minas são categorias nem tão tradicionais assim”.

Frete grátis e forma de pagamento

Muito parecido com a tendência nacional, o frete grátis é bastante relevante para os mineiros, com crescimento de 14 pontos percentuais versus 2020, com representatividade de 47%.

O cartão de crédito continua sendo o meio de pagamento mais utilizado no estado, sendo 67% das transações no último ano. Em segundo lugar vem o boleto bancário (23%) e a curiosidade é que, diferente da adesão vista em outros lugares do Brasil, o Pix não é tão forte em Minas (3%). “Um fato curioso é que o Pix no e-commerce não foi usado muito por aqui, enquanto nacionalmente essa ferramenta tem crescido nos últimos tempos”, finaliza.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/minas-gerais-cresce-e-commerce/

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