O serviço Correios Packet, dos Correios, venceu o 8º Prêmio BBM Projeto de Logística 2021. O prêmio, realizado pela revista Mundo Logística, valoriza os projetos de logística e supply chain (cadeia logística) que se destacaram pela inovação e pelos resultados que são obtidos.
O Correios Packet foi lançado em 2019 para dar celeridade na entrega de importações no Brasil em função da integração tecnológica entre o serviço postal, as autoridades aduaneiras, operadores logísticos internacionais e marketplaces. O objetivo é melhorar a experiência de compra no e-commerce internacional para os brasileiros.
O serviço utiliza a troca digital de informações, para que o processo de desembaraço aduaneiro ocorra de forma mais rápida e todos os dados sobre os pacotes sejam transmitidos diretamente aos órgãos fiscalizadores, tornando o processo menos burocrático, desde o envio da carga no país de origem até a entrega ao importador brasileiro.
Neste sistema, os custos do suporte ao desembaraço aduaneiro estão inclusos no preço do frete, sem necessidade do pagamento do Despacho Postal pelo destinatário no Brasil, o que acelera o prazo de entrega. Mais de 39 milhões de encomendas já foram enviadas pelo Correios Packet.
Entenda como a logística poderá definir o vencedor do e-commerce no Brasil
Se formos listar os hábitos adquiridos pela população no período de pandemia, com certeza colocaremos a prática de fazer compras online. No ano de 2020, as vendas do e-commerce no Brasil bateram a marca dos R$ 87,4 bilhões, alta de 41% em relação a 2019 e um recorde para o segmento, segundo levantamento da Ebit Nielsen. Para as grandes varejistas, o novo costume adquirido foi uma oportunidade de expandir a participação no mercado. Não apenas porque estavam bem posicionadas digitalmente, mas porque conseguiram preparar sua logística.
Esperar mais de uma semana para receber uma encomenda feita pela internet muitas vezes já não é um prazo aceitável. As grandes varejistas do país iniciaram uma verdadeira guerra pela entrega ultra rápida e chegam a estabelecer prazos de até uma hora em grandes centros. É o caso do Magazine Luiza (MGLU3), que estabeleceu esse tempo de entrega em 11 cidades do país – São Paulo, Belém, Salvador, Recife, Fortaleza, Maceió, Aracaju, João Pessoa e Teresina – para produtos de até 6kg.
Para alcançar prazos de entrega cada vez menores, as grandes companhias precisaram investir em centros de distribuição (CDs). Nesta terça-feira (16), o Mercado Livre (MELI34) inaugurou o seu sétimo CD no Brasil, este último – localizado em Franco Rocha/SP – será focado em produtos de linha branca (geladeira, fogão, máquina de lavar) e televisores acima de 50 polegadas, já pensando na estratégia de Black Friday que ocorre no final do mês.
Outro método para facilitar a logística é o uso de lojas físicas como minicentros de distribuição, vantagens do Magazine Luiza, Americanas e Via (VIIA3). O Magalu, por exemplo, inaugurou apenas em julho deste ano os seus primeiros pontos físicos na cidade do Rio de Janeiro. Após anos de ausência na capital fluminense justificando a falta de segurança, a companhia mudou de ideia para poder ampliar o atendimento ao e-commerce.
A ideia destes centros de distribuição é prestar também o serviço completo de logística, chamado de fullfillment – muito utilizado nos Estados Unidos pela Amazon (AMZO34) e importado para o Brasil. Basicamente, são operações exclusivas para o atendimento de pedidos de e-commerce e suas respectivas devoluções e que possuem níveis de estoques de curto prazo. Além disso, são armazenados os produtos vendidos pelos sellers das varejistas, aqueles vendedores independentes que utilizam das suas plataformas de marketplace.
Em 2017, entrevistei o Stelleo Tolda, presidente e um dos co-fundadores do Mercado Livre. Na época, a companhia já tinha o foco de vender a logística e armazenamento para seus sellers. Desde então, a estratégia se refinou e o Meli está bem à frente dos concorrentes nesse quesito.
A evolução do varejo brasileiro só tem a acrescentar a nossa economia, tanto para os consumidores, quanto para quem está neste mercado. Em um ano, o segmento de serviços de entrega e logística criou mais de 88 mil postos de trabalho no Brasil. Quem vai ser o grande vencedor do e-commerce brasileiro ainda não se sabe, mas certamente uma boa logística é fundamental para a empresa que tiver esse objetivo.
Gian Kojikovski é diretor e sócio da Suno e escreve sobre negócios, marketing, política e finanças. Tem passagem pelas redações de Veja e Exame e é vencedor do Prêmio CNI de Jornalismo de 2016 na categoria especial de Inovação e finalista do Citi Journalistic Excellence Award de 2018.
Empresa acaba de receber um aporte multifundos da ordem de R$ 1,5 milhão
A Everlog, empresa de gestão logística que atua junto a clientes da indústria, varejo e e-commerce, conquistou pelo segundo ano seguido sua presença no ranking 100 Open Startups, plataforma internacional que destaca as empresas novatas que melhor atuam com acordos corporativos. A companhia ocupou a quinta posição no TOP 10 Ranking Logtechs.
Para o CEO da Everlog, Rodrigo Fávero, o reconhecimento é fruto da velocidade das mudanças tecnológicas, que levou a companhia a acelerar acordos e fazer investimentos imediatos em busca de inovação e tecnologia. “Nosso objetivo sempre foi resolver questões relacionadas ao aumento de eficiência operacional e que possibilitam o desenvolvimento de novos produtos e serviços.”
Recentemente, a empresa recebeu um aporte multifundos da ordem de R$ 1,5 milhão, liderado pela Cedro Capital e com a participação da Angels e da Artesian. Os recursos já começaram a ser aplicados na criação de uma plataforma de compra de fretes que disponibiliza, aos embarcadores, acesso direto aos transportadores e aos principais aplicativos de carga do mercado, sempre com foco no desenvolvimento de soluções inovadoras e projetando o olhar para a logística 4.0, tais como blockchain e inteligência artificial.
Agora, devido à sua rápida expansão, a Everlog informa que viu seu faturamento aumentar 30% ano passado, em relação a 2019 e está contratando profissionais de tecnologia da informação (TI) e tem a expectativa de dobrar de tamanho nos próximos meses, alcançando R$ 1,2 milhão.
AliExpress, um mercado de varejo online global do Grupo Alibaba, deu início oficial ao 2021 11.11 Global Shopping Festival com o tema “Máximo de negócios, diversão máxima”, apresentando uma experiência de compra que promove o desenvolvimento sustentável para consumidores, comerciantes e parceiros em todo o seu ecossistema. Este ano, uma série de atividades emocionantes de shoppertainment acontecerá na França, Espanha, Brasil, Rússia, Polônia e Coréia do Sul, incluindo a primeira edição off-line de Gala 11.11 na França.
“O 11,11 é um dos maiores festivais de compras globais no setor de varejo que ultrapassa as fronteiras do comércio eletrônico internacional”, disse Wang Mingqiang, gerente geral do AliExpress. “O festival deste ano se concentra em encorajar a sustentabilidade e promover produtos com eficiência energética. Também estamos continuando a inovar o espaço de shoppertainment com ativações locais criativas em nossos principais mercados ao redor do mundo, incluindo o evento off-line 11.11 Gala da China à França pela primeira vez momento na história do AliExpress. Com nosso compromisso de inovar continuamente a experiência de compra e contribuir para uma vida melhor para todos, este é um marco importante para o AliExpress e levará 11,11 para o próximo nível. “
Uma experiência 11.11 mais sustentável
O AliExpress promoverá estilos de vida sustentáveis apresentando uma vertical dedicada a exibir produtos de baixo impacto e com baixo consumo de energia, que vão desde eletrônicos que economizam energia, ferramentas que economizam água e eletrodomésticos, que contribuem para um estilo de vida mais ecologicamente correto.
Uma experiência 11,11 mais sustentável (PRNewsfoto / AliExpress)
Ao promover mais uso de tecnologia e soluções verdes, o AliExpress espera reduzir ainda mais a emissão de carbono por pedido durante o festival 11,11 deste ano. Por meio de sua parceria com a Cainiao, o braço de logística do Alibaba Group, o AliExpress oferecerá remessa combinada para clientes que fizerem mais de um pedido elegível. Outra iniciativa verde que ocorreu este ano é a recém-criada rede de armários de auto-coleta na Espanha , França , Polônia e Rússia. Além de ajudar a reduzir a pegada de carbono, esses armários oferecem uma experiência de compra conveniente para os consumidores, permitindo que eles retirem facilmente seus pedidos do AliExpress em armários automatizados. Esta é uma solução prática que oferece maior flexibilidade e segurança aos compradores.
Comemorando 11.11 com ativações de entretenimento de compras em mercados locais
Personalizar um fenômeno global com contexto localizado sempre foi uma missão fundamental para o AliExpress. Este ano, o AliExpress celebrará o maior festival de compras global com campanhas localizadas de entretenimento para compras na França, Espanha, Brasil, Rússia, Polônia e Coréia do Sul para se conectar ainda mais com os clientes locais.
Na França, o AliExpress sediará sua primeira Gala offline 11.11 que acontecerá na noite desta quinta 11.11 e contará com celebridades francesas conhecidas como Bob Sinclar, Mara, Soso Maness e Vladimir Cauchemar. Com quatro estúdios pop-up no site apresentando diferentes categorias do AliExpress e jogos interativos, os compradores franceses poderão participar da Gala e ter a chance de ganhar prêmios emocionantes, como carros elétricos, vales-presente e passeios pela cidade.
No Brasil, o AliExpress irá colaborar com influenciadores locais para apresentar uma campanha criativa, “The Ordinary Day vs. 11.11”, apresentando histórias de como 11.11 transforma a vida cotidiana dos clientes locais. Haverá um desafio TikTok correspondente para incentivar a participação do usuário. O AliExpress também apresentará promoções especiais do 11.11 por meio de recursos sociais no aplicativo, permitindo aos usuários compartilhar ofertas com amigos e familiares para as melhores ofertas.
Na Espanha, AliExpress vai comemorar o lançamento de uma loja física totalmente nova em Sevilla em 11.11, a 6 ª loja fora de linha de marca-AliExpress na Espanha. Atualmente, existem duas lojas offline em Madrid e três em Barcelona. Todos os seis locais terão promoções especiais 11.11. O AliExpress também terá uma campanha abrangente de canal 11.11, apresentando celebridades locais e influenciadores populares promovendo o evento com exposição nos principais programas de TV nacionais e publicidade offline em locais icônicos em Madrid, Barcelona e várias outras cidades da Espanha.
Desfrutando de frete grátis e entrega mais rápida
No mês passado, o AliExpress anunciou uma série de atualizações logísticas inovadoras. Ele agora oferece uma entrega mais eficiente com um ecossistema de comércio eletrônico transfronteiriço robusto, envolvendo mais armazéns de seleção doméstica na China, centros de triagem automatizados (na China e na Europa ), armazéns no exterior e voos fretados. Essas novas ofertas aceleraram significativamente o tempo de despacho necessário para remessas da China para clientes no exterior, permitindo que os clientes desfrutem de uma entrega mais rápida.
Em parceria com a Cainiao, o AliExpress oferece atualmente entrega em 10 dias úteis para pedidos internacionais selecionados feitos na Espanha e França, 12 dias úteis para o Brasil e cinco dias úteis para a Coreia do Sul.
Para pedidos feitos na Espanha, França, Rússia, Polônia e Reino Unido, o AliExpress oferecerá frete grátis para todos os produtos elegíveis participantes do 11.11. Além disso, o AliExpress apresentará “Garantia de pontualidade” na Espanha e na França antes do 11.11 Global Shopping Festival. Este serviço será aplicável a todos os pedidos enviados dos armazéns de seleção doméstica da China, bem como dos armazéns Cainiao no exterior, sob os quais o AliExpress reembolsará automaticamente um cupom de $1 USD por pedido se os pacotes chegarem atrasados.
Conquistas de quebra de recordes de 2020 11.11
Os consumidores em todo o mundo mergulharam e quebraram 11,11 recordes de vendas em 2020 em comparação com os anos anteriores. Em 2020, o número de comerciantes internacionais fora da China participando do festival no AliExpress aumentou mais de três vezes. O número de listagens de produtos de vendedores estrangeiros aumentou 600%.
Na Espanha e na França , dentro de 30 minutos do início de 2020 11.11, o valor total da transação registrada excedeu o da primeira hora em 2019. O valor total da transação registrada na marca de 12 horas em 2020, ultrapassou o de 48 horas marca em 2019. No Brasil, o AliExpress registrou um aumento excepcional com relação ao ano anterior de mais de 100% no valor da transação.
Sobre AliExpress
Lançado em 2010, o AliExpress (www.aliexpress.com) é um mercado de varejo global que permite que consumidores de todo o mundo comprem diretamente de fabricantes e distribuidores e se dedica a se tornar uma plataforma para comerciantes mundiais venderem localmente e globalmente. O AliExpress opera em vários idiomas, incluindo inglês, russo, espanhol, francês, polonês, coreano, português e italiano.
A empresa que une CargoX, Fretebras e FretePago passa a valer mais de US$ 1 bilhão com o novo investimento, liderado por SoftBank e Tencent.
Fundada em 2013 pelo empreendedor argentino Federico Vega, a CargoX se une com a Fretebras e a FretePago para formar o Grupo Frete.com. O movimento acontece em conjunto com o recebimento de um aporte de R$ 1,14 bilhão (US$ 220 milhões), liderado pelo fundo japonês SoftBank Latin Fund e pela empresa chinesa de tecnologia Tencent. Com o novo investimento, o Grupo Frete.com rompe a marca de US$ 1 bilhão de avaliação ou R$ 5,7 bilhões, e passa a integrar o seleto grupo de unicórnios brasileiros.
O novo aporte será usado para ampliar a presença da companhia no mercado brasileiro e para expandir a equipe, que deve passar de 1.300 funcionários hoje para 3.500 no ano que vem. Também participam do investimento na empresa o banco BTG Pactual (do mesmo grupo que controla a EXAME), o conglomerado Pattac, as empresas OIKOS e PIPO, o Banco Inter-Americano de Desenvolvimento (BID Invest), Jeb Bush (ex-governador da Flórida e irmão do ex-presidente americano George W. Bush) e os empreendedores americanos do setor financeiro Henry Kravis e Reid Hoffman.
Segundo dados da própria empresa, o valor transacionado por ano em frete rodoviário é de R$ 100 bilhões. Com a nova organização, a companhia visa eficiência operacional, de acordo com Vega, que agora é CEO do Grupo Frete.com.
“Com frentes para intermediação financeira (FretePago), para encontrar cargas (Fretebras) e para digitalizar as operações (CargoX), seremos mais eficientes. Desde 2019, nosso foco está nas transportadoras. Se elas estiverem mais digitalizadas, haverá um impacto positivo para esse mercado”, diz o Vega, em entrevista para EXAME IN. “Com a pandemia, o caminhoneiro precisou de uma parada digital única onde ele possa não só encontrar cargas para não viajar de caçamba vazia, mas também para encontrar tudo que precisa para operar, como produtos financeiros. Foi isso que construímos.”
Por vezes, a CargoX foi chamada de Uber dos caminhões, uma vez que surgiu com a missão de conectar motoristas a cargas e havia um sistema de avaliação de caminhoneiros e transportadoras. Na nova organização da empresa, a lógica se mantém, mas fica na unidade da Fretebras. Mais de 80 mil empresas anunciam cargas na plataforma digital da startup.
Para lidar com a alta no preço dos combustíveis, a estratégia da startup é continuar a melhorar sua tecnologia de conexão de cargas com caminhoneiros, algo que tirou 20 milhões de toneladas de emissões de poluentes, segundo estimativa da própria companhia.
Novas estradas
A expansão internacional, a partir do segundo semestre, já está nos planos da empresa, que mira em países da América Latina para manter um ritmo forte de crescimento.
Ainda assim, o mercado nacional será prioritário para a empresa, que é o Grupo Frete.com vai expandir seu quadro de funcionários.
“O Brasil é o terceiro maior mercado de transportes do mundo. Sempre acreditei que seria possível criar uma empresa de 100 bilhões de dólares, e é por isso que estou aqui”, diz Vega.
Futuro dos transportes
Para o Grupo Frete.com, novas tecnologias para o futuro do segmento de logística, para além do uso de plataformas digitais que conectam motoristas e empresas, estão ligadas com veículos elétricos e condução autônoma. Mas essas revoluções ainda devem levar alguns anos para acontecer.
“A tecnologia semi-assistida, que ajuda a reduzir a acidentes, já começou a chegar — apesar de que pode demorar um pouco mais para chegar ao Brasil. A tecnologia que existe hoje nos carros da Tesla é um exemplo disso. Em estradas, ela já funciona muito bem, e pode se aplicar aos caminhões, que pegam muitas rodovias”, diz Vega.
Já sobre veículos elétricos, o executivo vê que a tendência está mais ligada a questões de infraestrutura do que de maturidade da tecnologia. “Na medida em que conseguirmos desenvolver postos de recarga, teremos caminhões elétricos. Esse tipo de mudança deve levar ainda cerca de dez anos para começar a ocorrer”, afirma Vega.
Pesquisa da Opinion Box e bornlogic aponta pontos de atenção para o varejo eletrônico no próximo ano com exclusividade à Consumidor Moderno.
Se os dois anos de pandemia indicaram alguma coisa para o varejo foi que o futuro está, definitivamente, no e-commerce. Somente em 2020, o varejo eletrônico gerou 87 bilhões de reais, conforme mostram os dados da Ebit/Nielsen em conjunto com a Bexs Banco. Esse faturamento foi responsável por um intenso aumento do modelo no ano passado, que elevou o Brasil à quarta posição no ranking eMarketer de crescimento do e-commerce, atrás somente da Espanha, Tailândia e Reino Unido.
Em 2021, os números do varejo eletrônico têm sido promissores. Somente no primeiro semestre, a modalidade apresentou crescimento de 57,4% em relação ao mesmo período no ano anterior, de acordo com os dados da Neotrust. A tendência, nota-se, é que essa progressão continue nos próximos anos e revolucione o mercado digital para o varejo.
O que até então não se sabia e que, em 2022, essa curva de crescimento tende a ficar ainda mais acentuada. O estudo Market Review: Tendências do E-commerce para 2022, resultado da parceria entre a bornlogic e a Opinion Box, ofertado com exclusividade à Consumidor Moderno, mostra que ao menos 49% dos brasileiros pretendem comprar mais pela internet no ano que vem.
2022 promete crescimento e experiência phygital
Que o crescimento é iminente, é certeza. O que surpreende, entretanto, é a forma de acesso a esse varejo eletrônico: a pesquisa aponta que 65% das pessoas têm o hábito de pesquisar produtos nas redes sociais e 69% já compraram um produto após verem seu anúncio em alguma plataforma do gênero.
Outro ponto de destaque do estudo é a aproximação do vendedor, ainda que em ambiente online. 46% dos consumidores brasileiros destacaram na pesquisa que já compraram pelo atendimento via WhatsApp, Facebook ou outras redes.
Para André Fonseca, CEO da bornlogic, o resultado mostra que o atendimento pode ser um tanto quanto decisivo na hora de fechar a compra, especialmente pela maneira como o consumidor é conduzido dentro da plataforma digital usada para comunicação. “O comércio online, que foi ainda mais impulsionado durante a pandemia, vive seu auge e os números comprovam isso. Mas nos chama atenção o protagonismo que o vendedor vem tendo, mesmo no ambiente virtual”, argumenta o executivo. “A tecnologia, sem dúvida alguma, pode encurtar distâncias e agilizar alguns processos, mas os resultados apontam para uma valorização do calor humano, mesmo quando o canal é digital”.
Vale ressaltar que outro destaque para o varejo eletrônico em 2022 — mas que já está bem claro e aparente no segundo semestre de 2021 — é a valorização da experiência phygital. O estudo evidencia que 74% dos entrevistados já pesquisaram um produto desejado na internet, mas efetuaram a compra final na loja física. O inverso também ocorre, até com maior frequência: 84% dos consumidores afirmam ter experimentado um produto na loja física, mas efetuaram a compra em ambiente digital.
Planejamento para o próximo ano e categorias em destaque
Diante do cenário apresentado, nota-se que cada vez mais as empresas precisam estar preparadas para atender a demanda — e também a expectativa — do consumidor, que tem sede por uma experiência híbrida, integrada e transparente. Para isso, afirma Dani Schermann, Head de Marketing do Opinion Box, é necessário trabalhar em cima de um bom planejamento.
“2020 foi um ano em que se tornou muito difícil prever até o futuro mais próximo. Nenhum de nós sabia o que aconteceria na próxima semana ou no próximo mês – imagine então no próximo ano. Mais do que nunca, olhar para frente, encontrar tendências e se preparar para o futuro se tornou muito importante para as empresas”, completa a executiva.
Assim, visando o planejamento, a pesquisa aponta algumas das categorias mais populares no varejo eletrônico, que devem obter bastante destaque para o próximo ano, assim como algumas mudanças e surpresas. Para essa segunda opção, o destaque vai para Alimentos e Bebidas, que antes eram majoritariamente comprados no supermercado e agora já conquistam 38% dos consumidores no e-commerce. Seguido dele, Moda e Assessórios também se ressalta, posto que já é adquirida online por 55% dos brasileiros.
Os setores já tradicionais, como Eletrônicos (59%), Telefonia (57%) e Eletrodomésticos (56%) devem continuar sua curva acentuada de crescimento no e-commerce.
Motivos de desistência do e-commerce
É claro que nem tudo são flores, como já diz o ditado. Ainda que o e-commerce esteja em um expressivo crescimento nos últimos anos, ele ainda tem um longo caminho a percorrer para cativar todos os consumidores e ainda está em uma fase embrionária no Brasil, posto que representa apenas 4% do total de vendas realizadas no País, conforme aponta estudo da PayPal Brasil e BigDataCorp.
A pesquisa da Opinion Box e bornlogic elenca alguns dos motivos para que o varejo eletrônico encontre fricções na hora da venda. A mais evidente está na entrega: 94% dos entrevistados já desistiram da compra pelo valor do frete. Ao mesmo tempo, o fator confiança também se destaca, visto que 89% deixaram de comprar por causa das avaliações negativas de outros clientes.
Um outro foco de atenção é a logística, uma vez que o estudo destaca que 82% dos entrevistados deixaram seus produtos no carrinho por medo do tamanho incorreto do produto e 78% deles fizeram o mesmo quando viram um longo prazo de entrega.
Por fim, mais do que nunca, o e-commerce precisa trabalhar a segurança de seus processos: 84% dos consumidores evitam compras online por medo do anúncio ser uma fraude e portanto, temem ter seus dados e dinheiro roubados.
O Mercado Livre (MELI34) obteve um resultado considerado como sólido e em linha ou acima dos números da concorrência, avaliam os analistas da XP Investimentos em um relatório divulgado após a apresentação dos resultados da empresa.
O maior portal de comércio eletrônico da América Latina reportou na última quinta-feira (4), que seu volume de vendas (GMV) chegou a US$ 7,3 bilhões de julho a setembro, avanço de 29,7% em moeda constante sobre mesma etapa de 2020.
“Vimos sinais de aumento de competição com a companhia investindo na ampliação do seu sortimento em produtos frescos, moda, beleza, CPG (bens de consumo) e eletrônicos tanto no estoque próprio (1P) como no marketplace (3P), enquanto eles indicaram uma pressão nas margens de curto prazo por conta do ganho de tração do 1P no 4º trimestre combinado a maiores investimentos em marketing e aquisição de clientes”, diz a corretora.
Por fim, a XP ressalta a penetração de frete grátis no volume vendido, que atingiu uma máxima histórica (em 70%).
“Dessa forma, nós seguimos com uma visão cautelosa no setor de e-commerce por acreditarmos que a competição seguirá acirrada”, aponta a XP.
Empresa anunciou o lançamento de três novos serviços para vendedores brasileiros.
A Amazon Brasil quer impulsionar as vendas das pequenas empresas em sua plataforma. A companhia anunciou na última quarta-feira (6), o lançamento de três programas para os pequenos vendedores parceiros que comercializam produtos em seu marketplace. Um desses programas está ligados à logística e outros dois a vendas internacionais e fidelidade.
Uma das iniciativas é o Programa de Recompensas do Vendedor, que irá remunerar lojistas que adotarem boas práticas no marketplace da Amazon.
Segundo Ricardo Garrido, Diretor da Loja de Vendedores Parceiros da Amazon Brasil, a ação visa educar os vendedores sobre a melhor maneira de terem sucesso na plataforma. Sendo assim, a Amazon pretende remunerar e premiar os vendedores a cada boa ação adotada, como adicionar produtos de alta procura em sua estante virtual, reduzir o tempo de manuseio dos produtos (tempo entre a venda e o momento que o produto está pronto para sair para entrega), ou a entrada nos programas de logística da própria Amazon.
As recompensas por produto, segundo Garrido, variam de R$ 6 a R$ 300 e podem ser resgatadas pelo vendedor nas contas digitais da Amazon a qualquer momento.
A partir da última quarta, a empresa também passou a oferecer outros dois programas aos lojistas parceiros: o Delivery by Amazon (DBA), serviço de entregas e logística da Amazon e o programa de vendas internacionais, que facilita a entrada de vendedores brasileiros no varejo norte-americano.
Com o DBA, os vendedores parceiros passam a contar com a rede logística da Amazon, o que pode facilitar e agilizar as entregas.
Em essência, o programa permite que a Amazon calcule o frete automaticamente a cada venda feita pelos vendedores, imprime a etiqueta e coloque no produto. Na sequência, uma transportadora conveniada à Amazon retira os produtos nos centros de distribuição dos lojistas e realiza as entregas aos clientes. Ou seja, todos os trâmites da entrega ficam à cargo da varejista.
Nas primeiras semanas, o serviço estará disponível apenas em São Paulo, mas a intenção é expandir para todo o país até o final do ano.
Já o programa de vendas internacionais é uma oportunidade para que vendedores possam chegar ao mercado americano apenas pela plataforma da Amazon no Brasil. Com esse programa, disponível apenas para vendedores selecionados em um primeiro momento, uma PME pode aproveitar toda a cadeia logística da Amazon nos EUA, dos estoques de produtos nos armazéns do exterior ao serviço de entregas. “A intenção é reduzir as barreiras para que empresas do Brasil acessem outros mercados e fazer com que o cadastro para vender no exterior seja tão simples como vender no Brasil”, diz.
Segundo a empresa, os lançamentos representam a continuação de uma ofensiva para auxiliar as pequenas e médias empresas, um público que tem se tornado um grande alvo para a gigante do e-commerce. Os investimentos da Amazon para melhorar o desempenho destas empresas começaram ainda em 2020, quando investiu 18 bilhões de dólares globalmente em logística, ferramentas, serviços, programas e pessoas para ajudar os vendedores de PMEs.
Parte dessa missão também se dá na educação dos empreendedores. No ano passado, a unidade brasileira da Amazon treinou mais de 100.000 PMEs por meio de aulas on-line oferecidas em parceria com o Sebrae. “São estes investimentos, apoiados por iniciativas como o Amazon Conecta, evento que promovemos neste mês, e os lançamentos anunciados hoje, que reforçam o nosso compromisso a longo prazo com o crescimento e consolidação de vendedores parceiros brasileiros”, diz.
O momento em que acontecem esses lançamentos coincide com a expansão logística da Amazon no Brasil, segundo Garrido. “É um momento em que somamos todos os investimentos, da abertura de novos centros logísticos à uma maior presença digital. Esse agora é um próximo passo importante”, diz.
Os novos serviços também foram anunciados junto da notícia da expansão do programa de logística da Amazon no Brasil, no qual a Amazon faz desde o armazenamento e empacotamento do produto, até o envio e o atendimento ao cliente.
Neste programa, o estoque de um revendedor fica em um centro de distribuição da Amazon, que se encarrega de todas as etapas de venda desde que a compra é concluída no site. Na prática, a empresa passa a ser responsável pelo manuseio e empacotamento dos produtos até o transporte e, no final do caminho, pela logística reversa dos itens.
Lançado em dezembro do ano passado apenas para apenas empresas selecionadas pela Amazon e registradas sob o regime de tributação do Simples Nacional e no estado de São Paulo, o programa será agora aberto para todos os vendedores do estado. “Esse é o nosso programa mais refinado”, diz.
13 milhões de pessoas em 2020 fizeram sua primeira compra on-line, fazendo com que o número de e-consumidores desse um salto de 29% em relação a 2019.
Para o consumidor, a expectativa sobre uma nova experiência de compra é igual a última e melhor experiência de compra que ele já fez no passado. E graças a pandemia, essa barra ficou ainda mais alta. Para conter a disseminação do coronavírus, governos estaduais e municipais decretaram quarentena, fazendo com que o varejo físico fosse fechado. Sem opções, quem antes só consumia off-line, foi obrigado a migrar para outros meios, se transformando em um consumidor multicanal.
Para se ter uma ideia, 13 milhões de pessoas em 2020 fizeram sua primeira compra on-line, fazendo com que o número de e-consumidores desse um salto de 29% em relação a 2019, segundo a pesquisa Webshoppers 43, feita pela consultoria Ebit/Nielsen em parceria com o Bexs Banco. No total, o e-commerce brasileiro teve um crescimento de 41% no ano passado. Ainda assim, alguns empreendedores relutam em aceitar que o cenário mudou. Porém, estejam prontos ou não, o fato é: o consumidor mudou e ele não voltará a ser o que era antes.
Enquanto pequenos empreendedores correm para tentar manter vantagem na maratona do comércio digital, grandes varejistas, como a Magazine Luiza, Americanas e Mercado Livre lutam pelo posto de frete mais rápido do Brasil ao mesmo tempo em que determinam altos padrões logísticos para o mercado. Os consumidores estão cobrando de comércios menores a qualidade do serviço oferecido pelas grandes redes varejistas. O que estamos constatando agora é que a eficiência na entrega é essencial para garantir a melhor experiência de compra.
Conforme o relatório divulgado pela Cuponomia, 90% dos e-consumidores já desistiram de alguma compra por causa do valor do frete. Ou seja, não faz sentido investir todos os recursos para fazer com que a pessoa chegue até o carrinho de compras de sua loja on-line, se ela for desistir quando ver o frete caro e demorado.
A solução é estar preparado para atender qualquer necessidade do cliente. Para isso, o primeiro passo é expandir o sistema logístico da companhia. Atualmente, os centros de distribuição (grandes galpões que armazenam o estoque) são os mais usados – e é um setor que se mantém em crescimento. Todavia, nem sempre os CDs estão perto do consumidor. Isso prejudica o delivery. Uma boa alternativa é o ship from store, um modelo de logística descentralizado bastante vantajoso, porque entrega o produto localizado na loja mais próxima do cliente, diminuindo o valor e o tempo da entrega.
Entregas feitas na mesma hora e no mesmo dia da compra, respectivamente – também devem estar no radar. É o que chamamos de Same day e same hour delivery. Uma pesquisa realizada pela McKinsey mostrou que 50% dos compradores on-line estão dispostos a pagar mais para receber seu produto rapidamente. Ou seja, quem não tiver entrega expressa, poderá perder metade das vendas para o concorrente que oferecer esse serviço.
E se para 50% dos consumidores vale a pena pagar mais, para a outra metade é exatamente o oposto. O que fazer nesse caso? Para alguns empreendedores a solução foi escolher um em detrimento do outro, mas há outras possibilidades, como o “clique e retire”, modalidade cada vez mais utilizada por ser vantajosa tanto para o dono, quanto para o consumidor. Esse tipo de entrega oferece rapidez e preço baixo para aquele cliente que não está disposto a pagar caro no frete e está disposto a se deslocar até a loja para buscar a sua compra – além de permitir a geração de vendas adicionais por trazer o cliente até a loja.
O que costuma deixar o empreendedor inseguro é o custo para implementação de tudo isso. Até pouco tempo atrás só tinham duas opções: ter frota própria ou contratar uma transportadora. Ambos são serviços engessados e, normalmente, custosos. Entretanto, com o nascimento das logtech’s o cenário mudou.
Essas novas empresas têm oferecido uma solução flexível a partir da demanda do lojista: se precisar de mais entregas – é só pedir e caso não precise, não há custo adicional. Semelhante ao modelo de chamar um carro pelo aplicativo, as logtech de crowdshipping como Loggi e Eu Entrego tem se popularizado ao conectar motoristas a lojistas com encomendas a serem entregues.
Como se vê, são muitas as possibilidades logísticas à disposição no mundo on-line e físico. O que mais conta para o sucesso é a variedade, ou seja, atender o cliente da maneira que ele considerar mais conveniente. É assim que a empresa garante a melhor experiência e – se conseguir encantar – conquistará também a sua fidelidade.
As ações da FedEx (NYSE:FDX) (SA:FDXB34) caíam 8,3% às 13h45 (horário de Brasília) de quarta-feira (22), com questões relacionadas à cadeia de fornecimento e uma crise de mão de obra forçando os resultados e vendas da empresa para abaixo das estimativas.
A decisão da empresa de reduzir suas previsões contribuiu para a decepção, enquanto a confirmação do aumento das taxas de envio a partir de 3 de janeiro não foi capaz de equilibrar isso.
O Presidente e CEO da FedEx, Frederick W. Smith, disse que as limitações no mercado de trabalho reduziram a disponibilidade de pessoal, resultando em ineficiências de rede. Isto levou a salários mais altos e despesas de transporte mais elevadas. Tudo isto fez os custos aumentarem em US$ 450 milhões, corroendo os lucros.
O aumento das entradas com pacotes e fretes compensou um pouco a inflação dos custos. As exportações também subiram.
O resultado do ano anterior incluía um benefício antes de impostos de cerca de US$ 65 milhões, o que não se repetiu este ano.
Empresas de todo o mundo vêm enfrentando a escassez de mão de obra, ao mesmo tempo em que a demanda tem se expandido e as cadeias de fornecimento permanecem interrompidas devido às restrições da Covid-19 e à falta de insumos para matérias-primas.
A FedEx disse que irá aumentar as taxas de envio entre 5,9% e 7,9%. A partir de 1º de novembro, a empresa também irá aumentar sua sobretaxa de combustível.
A receita do primeiro trimestre da empresa atingiu US$ 19,3 bilhões, valor cerca de 12% inferior ao registado no ano passado. Os resultados diluídos por ação foram de US$ 4,37, em comparação com os US$ 4,87 anteriores.
A FedEx vê o atual lucro por ação ao redor de US$ 18,87 no ponto médio da sua faixa de orientação, comparados com um ponto médio anterior de US$ 19,40.