Correios inicia operação piloto de Dark Stores para melhorar logística e atender demandas do e-commerce

Em resposta às novas perspectivas das relações de compra e venda, os Correios iniciaram, na última quinta-feira (24), a operação piloto do conceito de
Dark Stores. Este modelo inovador, que consiste em microcentros de distribuição localizados em áreas centrais, visa encurtar as distâncias entre grandes estruturas de galpões e os consumidores finais, proporcionando maior eficiência e rentabilidade na última milha das operações de
e-commerce.

As Dark Stores são dedicadas ao apoio logístico das lojas
virtuais, realizando etapas de separação, embalagem, armazenamento e despacho de mercadorias. Com isso, possibilitam entregas mais ágeis ou mesmo a retirada no local, atendendo aos anseios dos consumidores por conveniência e rapidez.

A primeira agência dos Correios a ser adaptada para este modelo é a unidade AC W3 508 Norte, localizada na SE/BSB, que atenderá à demanda do cliente Kamaleão Color. A empresa, pioneira no uso do Correios Log+ desde 2017, foi selecionada para participar do piloto devido à sua constante busca por inovação e ampliação de atuação no e-commerce nacional.

Durante o período do piloto, será avaliada a operacionalização do modelo em  agências, com foco no sistema de gestão de estoques e nos aspectos tributários envolvidos. A iniciativa visa uma possível ampliação da oferta para outros clientes e praças aderentes, alinhando-se aos objetivos dos Correios de garantir a universalização do atendimento, promover a integração nacional,
crescer nos mercados concorrenciais e acelerar a transformação digital.

Em 2024, o comércio eletrônico movimentou mais de 200 bilhões de reais, segundo dados do E-commerce Brasil. A solução das Dark Stores propõe o uso de microestoques armazenados mais próximos dos consumidores, facilitando os negócios dos clientes dos Correios e impulsionando o
posicionamento da empresa como a maior de logística da América Latina.

Com vasta capilaridade, os Correios possuem um potencial significativo para utilizar as unidades de atendimento, aproveitando a capacidade instalada e as atividades já praticadas, como guarda e manuseio de objetos e realização de entrega interna.

A operação piloto das Dark Stores representa um marco para a atuação das agências dos Correios, viabilizando a disponibilização do fulfillment de forma mais célere, conveniente e pulverizada, atendendo às necessidades do mercado e promovendo a integração nacional.

Fonte: “intranet.correios.com.br

Escalabilidade em tempos de alta demanda: por que o fulfillment é a chave para o e-commerce moderno

Picos de demanda são uma realidade frequente no e-commerce brasileiro. Datas promocionais, sazonalidades e campanhas estratégicas pressionam as operações logísticas a entregar mais, em menos tempo e com a mesma qualidade. O ponto de inflexão, muitas vezes, é a escalabilidade operacional. A logística precisa crescer com o volume sem comprometer performance. Nesse contexto, o modelo de fulfillment se consolida como uma das soluções mais eficientes e sustentáveis para players que já operam no e-commerce.

Fulfillment como base da escalabilidade

fulfillment – entendido como o conjunto integrado de processos logísticos que vai do recebimento do produto à entrega ao consumidor final – ganha relevância estratégica quando se pensa em escalabilidade. Ao centralizar e automatizar etapas como armazenagem, picking, packing e expedição, o fulfillment permite que a operação acompanhe o crescimento da demanda sem exigir o mesmo crescimento proporcional em infraestrutura, mão de obra ou gestão.

Para empresas B2C e D2C que enfrentam sazonalidades marcantes, essa elasticidade é crítica. Modelos descentralizados, com fornecedores diversos para cada etapa logística, tendem a travar sob pressão. Já estruturas de fulfillment bem desenhadas absorvem picos e mantêm os indicadores de entrega dentro das metas de SLA, mesmo com grandes variações de volume.

Automatizar ou travar: a exigência de sistemas robustos

A escalabilidade só é possível com automação e integração de sistemas. O uso de WMS (Warehouse Management Systems), ERPs conectados e sistemas de picking automatizado reduz drasticamente falhas humanas e acelera os fluxos. O papel da tecnologia é permitir que o aumento de pedidos não se traduza em caos operacional.

Além disso, operações com visão orientada a dados são mais aptas a tomar decisões rápidas e inteligentes. KPIs logísticos como tempo de ciclo de pedido, acurácia de picking, taxa de extravio e lead time logístico precisam estar na mesa da gestão o tempo todo. E isso só é viável em ambientes tecnicamente estruturados para alta demanda.

Localização estratégica e inteligência na distribuição

Outro fator crítico para escalar é a posição geográfica dos centros de distribuição. Estar próximo dos grandes centros consumidores reduz prazos de entrega e custo de frete. Segundo estudo da ABComm, o tempo de entrega é um dos principais motivadores de decisão de compra no e-commerce nacional.

Para empresas que operam com SLAs agressivos, uma malha logística planejada – com centros em pontos estratégicos e infraestrutura preparada – é condição obrigatória. Centros de distribuição em polos logísticos com incentivos fiscais e bom acesso rodoviário ampliam a competitividade do e-commerce nacional.

Logística como alavanca de crescimento

Em um mercado no qual margens são pressionadas e a experiência do cliente define a marca, a logística não pode mais ser tratada como uma área de apoio. Fulfillment eficiente é diferencial competitivo. Reduz custo, melhora prazo e entrega consistência. Para gestores sêniores, a pergunta não é mais “quanto custa?”, mas sim “quanto deixa de vender sem isso?”.

A escalabilidade, nesse contexto, é resultado direto de um modelo logístico maduro, com governança, dados, automação e capacidade de absorver crescimento. O fulfillment não é apenas uma solução logística. É uma estratégia de crescimento.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/escalabilidade-em-tempos-de-alta-demanda-por-que-o-fulfillment-e-a-chave-para-o-e-commerce-moderno”

Gigantes da Logística: A operação do Mercado Livre em números

Destaque da nova reportagem da série “Gigantes da Logística”, companhia aposta em uma robusta malha operacional para manter liderança no e-commerce brasileiro.

Na nova reportagem da série “Gigantes da Logística”, o destaque é uma das líderes do e-commerce brasileiro: Mercado Livre — que, a título de informação, registrou 345,5 milhões de acessos entre maio e outubro do ano passado, segundo dados da Conversion repercutidos pelo E-Commerce Brasil. Para isso, a companhia dispõe de uma das maiores operações logísticas do Brasil, com infraestrutura tecnológica avançada e significativos investimentos para atender à demanda crescente do comércio eletrônico.

Em entrevista à MundoLogística, o diretor-sênior de Operações Logísticas do Mercado Livre, Luiz Vergueiro destacou a logística como um dos principais atributos da companhia. Hoje, mais de 90% das compras realizadas no marketplace são processadas diretamente pela rede logística própria do Mercado Livre.

Atualmente, são 14 centros de distribuição (CDs) Fulfillment espalhados por estados como Minas Gerais, São Paulo, Pernambuco, Bahia, Rio Grande do Sul e Distrito Federal, com planos de ampliar para 21 CDs até o final de 2024. “A ampliação representa mais que o dobro do que tínhamos no início de 2023”, destacou o diretor.

Essa expansão é estratégica e visa sobretudo acelerar a entrega. “Quase metade das entregas (49%) chega ao consumidor no mesmo dia ou no dia seguinte. Essa agilidade é um fator decisivo para o consumidor digital, pois ele sabe que receberá seu produto com rapidez e segurança”, afirmou Vergueiro.

PRINCIPAIS CENTROS E DESCENTRALIZAÇÃO
Entre os principais CDs está Cajamar (SP), o maior da América Latina, responsável por aproximadamente 30% das entregas realizadas no Brasil. “Cajamar é um ponto-chave, graças à sua estrutura avançada e proximidade com grandes centros urbanos”, explicou o executivo.

Outros importantes CDs estão em Louveira (SP), Pernambuco (Recife), Bahia, Rio Grande do Sul (Porto Alegre) e Distrito Federal.

O Mercado Livre também opera 23 centros cross-docking e 107 service centers, ampliando sua capacidade logística e a capilaridade das entregas. Vergueiro ressaltou que a regionalização é central, pontuando que “63% das novas operações estão fora de São Paulo, reforçando nosso compromisso com o desenvolvimento socioeconômico do país”.

TECNOLOGIA E SUSTENTABILIDADE
Um dos diferenciais do Mercado Livre é a inovação tecnológica. A empresa utiliza mais de 340 robôs autônomos em Cajamar, que movimentam diariamente cerca de 2.500 prateleiras e preparam 20 mil pedidos por dia. “A tecnologia Robotics já reduz o tempo de processamento dos pedidos em até 20%, aumentando nossa eficiência e permitindo uma maior utilização do espaço, o que otimiza a capacidade de armazenamento”, detalhou Vergueiro. O tema já foi destaque em entrevista exclusiva da MundoLogística.

Além disso, sistemas avançados de Inteligência Artificial são empregados para prever demanda, organizar estoques e assegurar que produtos de alta procura estejam disponíveis nos CDs mais próximos aos consumidores.

Outro ponto importante na operação logística é a sustentabilidade. Desde 2020, a empresa investe em veículos de combustíveis alternativos e energia renovável. “Hoje, somos a empresa com a maior frota elétrica do Brasil, com 69% das nossas operações abastecidas por fontes renováveis”, afirmou Vergueiro. Todas as embalagens utilizadas também são recicláveis ou reutilizáveis, reforçando o compromisso ambiental.

INVESTIMENTOS E SAZONALIDADE
Para 2024, o Mercado Livre prevê movimentar cerca de 1,5 bilhão de itens e planeja investir R$ 23 bilhões na expansão e melhoria de sua infraestrutura logística. A operação emprega mais de 19 mil colaboradores somente nos CDs Fulfillment e atende mais de 100 milhões de consumidores únicos.

“Esperamos alcançar receita líquida de R$ 21 bilhões em 2024, um crescimento de 38% sobre o ano anterior”, ressaltou o executivo.

Vergueiro reconheceu o desafio de lidar com períodos de alta demanda, como promoções e datas comemorativas. Na última Black Friday, por exemplo, o Mercado Livre entregou 80% dos produtos vendidos via serviço Fulfillment em até três dias.

“Nossa infraestrutura robusta e inteligência logística permitem ajustar rapidamente a operação às variações de demanda, garantindo eficiência e qualidade nas entregas mesmo em momentos de pico”, explicou.

INDICADORES E EFICIÊNCIA OPERACIONAL
O Mercado Livre mede a eficácia da sua operação por meio de indicadores como prazo de entrega, capacidade operacional dos CDs e custo de frete. “Conseguimos aumentar em 40% o número de cidades atendidas com entregas no mesmo dia, reduzindo custos operacionais e tornando o e-commerce mais acessível”, afirmou Vergueiro.

Tecnologias como a solução “Shelves to Person” trouxeram ganhos significativos, como a redução de 20% no tempo de processamento de pedidos e uma otimização de 15% no espaço operacional.

Esses resultados influenciam diretamente as estratégias adotadas pelo Mercado Livre, reforçando a posição da companhia no mercado brasileiro e possibilitando um crescimento consistente e sustentável. “Nosso objetivo é sempre aprimorar a experiência de compra do cliente, utilizando tecnologia e inovação para ampliar nossa eficiência e alcance no Brasil”, disse o executivo.

Fonte: https://mundologistica.com.br/noticias/gigantes-da-logistica-operacao-mercado-livre-em-numeros

Logística para e-commerce: um guia completo para ajudar sua operação

Quando se começa um e-commerce, é fundamental pensar em toda a jornada, desde a estratégia do negócio até a entrega e experiência de quem vai receber o seu produto.

Por isso, a logística é parte fundamental e faz a diferença para o sucesso das vendas e fidelização, influenciando custos, eficiência e a experiência do cliente.

No Brasil, segundo a Confederação Nacional de Transporte (CNT), a logística movimenta o equivalente a 12,7% do PIB, o que reflete sua relevância para a economia.

No e-commerce, um estudo da McKinsey aponta que essa estrutura pode representar até 20% da receita, tornando-se um fator estratégico para otimizar operações e impulsionar a experiência do cliente.

Ou seja, uma logística bem estruturada não é apenas um detalhe, é um fator decisivo para crescer e se destacar no mercado.

Planejamento logístico para e-commerce

O planejamento logístico é a base para um e-commerce eficiente e competitivo.

Ele permite mapear todos os fluxos de mercadorias e serviços, desde o recebimento dos fornecedores até a entrega ao cliente final.

Para isso, é essencial detalhar cada etapa da operação:

– Fluxo de mercadorias: como os produtos chegam e saem do seu estoque;
– Responsáveis por cada processo: quem gerencia cada fase da logística;
– Tempo e custos envolvidos: entenda quanto tempo e investimento cada etapa da operação exige.

Com um planejamento bem estruturado, fica mais fácil identificar pontos de atenção, reduzir desperdícios e tornar a logística mais eficiente.

Isso significa entregas mais rápidas, custos mais baixos e clientes mais satisfeitos, tornando seu negócio mais ágil, competitivo e lucrativo.

Gestão de estoque no e-commerce

Manter um estoque bem organizado faz toda a diferença no e-commerce.

Além de garantir entregas mais rápidas e reduzir custos, uma boa gestão logística evita a frustração de vender um produto que já acabou.

Com os consumidores cada vez mais exigentes e esperando prazos de entrega curtos, muitos pedidos precisam ser enviados no mesmo dia ou no dia seguinte.

Para acompanhar esse ritmo e manter a operação eficiente, algumas boas práticas são essenciais:

Organização estratégica: definir um layout otimizado para agilizar a separação e expedição dos pedidos;
– Uso de tecnologia: sistemas como WMS (Warehouse Management System) ajudam no controle de armazéns e centros de distribuição
– Automação: robôs e equipamentos eletrônicos podem acelerar o armazenamento e a separação dos produtos, reduzindo erros e tempo de processamento.

Uma logística de estoque bem planejada permite que sua operação seja mais eficiente, escalável e competitiva, resultando em um melhor atendimento ao cliente e maior rentabilidade para o seu e-commerce.

Tipos de frete no e-commerce

O frete pode ser um dos fatores que influenciam a decisão de compra no e-commerce. Custos e prazos podem levar ao abandono de carrinho e impactar diretamente as conversões.

Para evitar esse tipo de situação, é fundamental revisar regularmente sua estratégia e disponibilizar diferentes opções de tipos de frete para que o cliente possa escolher o que mais atende à sua necessidade, como:

– Frete expresso: ideal para clientes que priorizam rapidez e estão dispostos a pagar mais pela entrega;
– Frete econômico: alternativa para quem busca preços mais baixos e pode esperar um prazo maior;
– Frete grátis: pode ser usado como estratégia promocional, condicionado a valor mínimo de compra;
– Retirada na loja ou em pontos parceiros: um novo modelo em expansão no Brasil, que otimiza a operação e reduz custos logísticos, o que pode ser um diferencial competitivo.

Além disso, contar com parceiros estratégicos, como transportadoras e operadores logísticos, pode ajudar a elevar a satisfação do cliente e impulsionar as taxas de conversão do seu e-commerce.

Embalagens para e-commerce

A embalagem vai muito além de apenas proteger um produto – ela influencia diretamente a experiência do cliente e a forma como sua marca é percebida.

É só dar uma olhada nos comentários e nas avaliações online para ver como problemas com embalagens danificadas são uma das principais frustrações dos consumidores.

Investir em embalagens resistentes e adequadas traz benefícios como:

– Redução de avarias: protege os itens contra impactos e manuseio inadequado;
– Diferenciação no mercado: oferece um diferencial competitivo frente à concorrência;
– Experiência do cliente: embalagens bem pensadas tornam a entrega mais especial;
– Fortalecimento da marca: personalização e design podem agregar valor ao produto e fidelizar clientes.

Muitos e-commerces conquistaram espaço ao transformar a embalagem em parte da experiência do consumidor, tornando o “unboxing” um momento memorável.

Por isso, além da resistência, considere investir em design, identidade visual e embalagens sustentáveis para criar valor e gerar conexão com seus clientes.

Monitoramento em tempo real e transporte eficiente

Ao comprar online, os consumidores querem acompanhar suas encomendas. Informar em tempo real onde está o pedido melhora a experiência do cliente e reduz dúvidas sobre prazos.

O uso de sistemas de rastreamento eficientes traz vantagens como:

– Maior satisfação do cliente: reduz incertezas e melhora a confiança na marca;
– Menos demanda no suporte: diminui contatos sobre status de entrega;
– Agilidade na resolução de problemas: facilita a identificação de atrasos ou extravios.

Já no transporte, contar com parceiros logísticos confiáveis é essencial para equilibrar custos, prazos e qualidade das entregas.

Transportadoras bem escolhidas evitam atrasos, danos aos produtos e insatisfação do cliente, garantindo que sua operação seja mais eficiente e competitiva.

Troca e devolução sem complicações

A experiência de compra não termina na entrega: um processo eficiente de trocas e devoluções pode influenciar a satisfação do cliente.

Oferecer um atendimento ágil e transparente nesse momento é essencial para fortalecer a confiança na marca.

Para garantir um fluxo eficiente, é fundamental:

– Definir regras claras: estabeleça diretrizes para retirada e envio dos itens devolvidos.
– Comunicar com transparência: deixe a política de trocas e devoluções bem visível no site.

Além de reduzir reclamações e melhorar a experiência do consumidor, uma logística reversa bem estruturada minimiza custos operacionais e desafoga o atendimento, tornando sua operação mais eficiente.

Suporte logístico em datas comemorativas

Em especial em datas sazonais, como Black Friday, Natal e Dia das Mães, a logística se torna um super aliado para garantir entregas com qualidade.

Com altos volumes de pedidos e prazos reduzidos, os consumidores esperam qualidade, eficiência, confiança e parceria, o que exige planejamento logístico preciso.

Para garantir uma operação eficiente nessas épocas, siga algumas estratégias essenciais:

– Gestão de estoque: monitore a demanda e mantenha um estoque alinhado às promoções, evitando rupturas e atrasos. Planeje reposições com antecedência para garantir disponibilidade sem excessos;
– Prazos de entrega realistas: melhor vender menos do que frustrar clientes com atrasos. Defina prazos viáveis e alinhe expectativas para garantir uma experiência positiva;
– Múltiplas opções de frete: ofereça alternativas para atender diferentes perfis de consumidores, equilibrando custo, velocidade e conveniência;
– Equipe preparada: reforce o time de atendimento e garanta que a equipe de separação e expedição esteja bem treinada. Soluções como chatbots baseados em IA generativa tornam o atendimento mais ágil e preciso;
– Tecnologia e rastreamento: sistemas eficientes monitoram pedidos e evitam gargalos, enquanto chatbots com IA generativa permitem a consulta do status de entrega em tempo real.

Além disso, considerar estratégias de logística terceirizada, como o fulfillment, pode ser uma solução para otimizar armazenagem, separação e envio dos produtos.

Embora tenha um custo adicional, esse modelo pode fazer sentido para quem deseja escalar a operação sem sobrecarregar a infraestrutura interna.

Conclusão

Uma logística bem planejada é um diferencial competitivo para o e-commerce, principalmente em períodos de alta demanda.

Cada etapa – do estoque ao transporte – impacta diretamente a experiência do consumidor e a rentabilidade do negócio.

Ao investir em planejamento, tecnologia e parceiros logísticos estratégicos, sua empresa estará mais preparada para atender clientes com eficiência e agilidade, garantindo crescimento sustentável e maior lucratividade.

Fonte: “Logística para e-commerce: um guia completo para ajudar sua operação – E-Commerce Brasil

Por dentro da transformação do varejo da Casas Bahia

Nova megaloja da Casas Bahia na capital paulista marca transformação do varejo da marca, que amplia sua estratégia de CX, combinando experiências físicas e digitais.

A Casas Bahia passou por uma mudança em sua cultura organizacional, que se estende aos espaços físicos e à estratégia digital. A marca acelerou sua presença no e-commerce e agora celebra um novo capítulo com a inauguração de sua nova megaloja em São Paulo. O espaço de 3.300m², localizado no bairro Cidade Monções – região que concentra grandes e modernos empreendimento corporativos de alto padrão –, também abriga a sede administrativa da companhia em um prédio de cinco andares.

Diferente das flagships de Aricanduva e Tietê, a nova unidade traz experiências tecnológicas para os clientes, incluindo atendimento por robôs, hologramas que contam a história da Casas Bahia pelos olhos de seus colaboradores, espaços instagramáveis, além de um ambiente acessível e pet friendly. Além disso, um espaço kids foi criado para tornar a visita ainda mais interativa.

Renato Franklin, CEO do grupo Casas Bahia, afirma que há vantagens competitivas em reunir no mesmo endereço operação e administração. “Para o nosso setor, é fundamental que tenhamos uma vivência cada vez mais próxima do negócio, a fim de entender as expectativas do nosso cliente e o que podemos oferecer a ele”, explica o executivo.

Físico e digital

A estratégia de oferecer experiências diferenciadas tem se mostrado lucrativa para a marca. “Na loja de Aricanduva, esperávamos um crescimento de 30% na receita e de 7% no ticket médio, mas os números superaram as expectativas. Tivemos um aumento de 60% na receita e de 20% no ticket médio em 2024”, afirma o executivo. “Esse investimento em experiência do cliente traz cada vez mais retorno”.

Outro destaque é a integração entre digital e físico. Utilizando Inteligência Artificial, a empresa é capaz de identificar clientes que navegaram pelo site e demonstraram interesse em produtos, mas não finalizaram a compra. Esses consumidores são abordados por vendedores, que os convidam a conhecer os itens pessoalmente na loja, aumentando a taxa de conversão.

A nova unidade também contará com serviços como o “Personal Tech”, que auxilia clientes na escolha e configuração de eletrônicos. Além disso, um “Balcão de Assistência Técnica” está disponível para realizar a manutenção e venda de acessórios, como capas protetoras e películas.

Plano de transformação da Casas Bahia

Após enfrentar uma forte crise financeira em 2023, a Casas Bahia acelerou sua transformação digital e se reinventou para acompanhar as mudanças no comportamento do consumidor. Atualmente, a varejista celebra a expansão de seu marketplace e a fidelização de seus 108 milhões de clientes, dos quais 29 milhões realizam compras recorrentes ao longo do ano. Além disso, são 37 milhões de itens vendidos anualmente, incluindo 5 milhões de móveis, 7 milhões de eletrodomésticos e 5 milhões de celulares.

Mas o que o trouxe as Casas Bahia até aqui? Segundo o CEO da companhia, para enfrentar os desafios do varejo, a Casas Bahia apostou na mudança de cultura interna. “O maior desafio de qualquer empresa de grande porte é a cultura. No caso de uma varejista, é um desafio ainda maior. Fizemos um trabalho muito forte para recuperar uma cultura que trouxe a Casas Bahia até aqui. Cultura de varejo, cultura de simplicidade e de viver o cliente, além da dedicação total a esse cliente”, afirma Franklin.

A transformação começou em agosto de 2023, com um plano inicial de dois anos, mas que, diante das mudanças no cenário econômico, foi estendido para dois anos e meio. O foco principal dessa transformação tem sido a eficiência operacional e a rentabilidade. O plano de transformação do Grupo incluiu um follow on de aumento de capital para ganhar o fôlego, necessário para o processo. Além disso, foi realizado o alongamento das dívidas, eliminando qualquer pressão de curto prazo sobre o caixa. A empresa também intensificou a expansão do canal de lojas físicas, impulsionada pelo crediário, segmento de negócios que mais gera valor, mesmo diante de restrições econômicas.

“Vamos continuar entregando melhoria a cada trimestre, final do ano nós vamos chegar no nosso plano de ter uma companhia que consegue ser rentável mesmo com esse cenário de juros que estamos vivendo”, afirma o CEO. “Nosso fluxo de caixa livre é o melhor dos últimos cinco anos, e as projeções para 2025 são ainda melhores.”

A empresa também ampliou sua oferta de serviços financeiros, emitindo 1,4 milhão de cartões de crédito em 2023, e mantendo um ritmo de 200 mil cartões emitidos por mês. Ao todo, são mais de 6 milhões de serviços ofertados, fortalecendo o ecossistema da marca. “Os nossos parceiros de prestação de serviço nos ajudam a rentabilizar, algo que no varejo é difícil, a margem é muito baixa. Mas, com o serviço e o crediário juntos, conseguimos rentabilizar esse diferencial da companhia”, explica Franklin. “O ambiente macro está pior, mas as nossas taxas de inadimplência só melhoram.”

A força da logística

Um dos maiores diferenciais competitivos da Casas Bahia é sua logística, segundo Renato Franklin. Em 2024, a empresa unificou suas operações logísticas sob a marca CB Full, integrando fulfillment, transporte e operador logístico.

“Logística é um negócio de escala: quanto mais escala, mais competitivo você é. Estamos reinvestindo o próprio retorno dos nossos negócios e crescendo bastante. Vários negócios nossos cresceram quase 100% o ano passado”, afirma Franklin. O executivo também ressalta que, atualmente, a empresa é uma das poucas varejistas que conseguem entregar produtos em todas as cidades do Brasil, exceto Fernando de Noronha.

O futuro da Casas Bahia

Para 2025, o objetivo é crescer mais de 100% em todos os segmentos de logística e consolidar a Casas Bahia como líder na prestação de serviços logísticos no país. Olhando para o futuro, Franklin aposta na expansão das lojas físicas e na experiência do cliente.

O e-commerce também segue em crescimento, impulsionado por estratégias baseadas na tecnologia de Machine Learning, que aumentaram em 37% a produtividade das equipes de vendas desde o início do plano de transformação. A previsão é um ganho adicional de 20% em 2025. “Vendedor feliz vende mais. Cliente satisfeito volta a comprar. E quando entramos nesse ciclo, ninguém segura a Casas Bahia”, conclui Franklin.

Fonte: “A transformação do varejo das Casas Bahia

 

 

 

 

 

Mercado Livre lidera ocupação de galpões logísticos no Brasil em 2024

Segundo dados da SiiLA, outras empresas como Amazon, Magazine Luiza e RD também apareceram no ranking.

O Mercado Livre foi a empresa que mais ocupou espaço em galpões logísticos no Brasil em 2024, consolidando a posição como um dos principais players do e-commerce e da logística na América Latina. Conforme dados da SiiLA divulgados em matéria da Bloomberg Línea, a companhia tem 1,62 milhão de m² locados no país.

Ao longo do ano passado, o Mercado Livre dobrou a estrutura de centros de distribuição fulfillment no Brasil. Em comunicado, a companhia destacou que as novas unidades fulfillment permitiram ao Mercado Livre ampliar em 40% o número de cidades que irão receber entregas no mesmo dia.

As regiões com maior demanda por galpões logísticos são os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, em função da localização estratégica para distribuição nacional. Além do Mercado Livre, outras empresas como Amazon, Magazine Luiza e RD também apareceram no ranking.

Investimentos em infraestrutura logística têm sido prioridade para as empresas. Segundo dados da SiiLA publicados pelo Diário do Comércio, o estoque de espaços locados no Brasil cresceu 455% em dez anos, saltando de 4,7 milhões de m² em 2014 para 26,1 milhões de m² em 2024.

A tendência é que a demanda por galpões continue em alta nos próximos anos. Inclusive, uma análise da EREA acentuou que a taxa de vacância deve permanecer entre 8,5% e 9% em 2025, indicando um mercado aquecido para o real estate logístico.

Fonte: “Mercado Livre lidera ocupação de galpões logísticos

 

DHL Supply Chain inaugura CD com foco em e-commerce em Extrema

Novo Centro de Distribuição tem 2 mil m², mas pode chegar a 5 mil m² no futuro.

A DHL Supply Chain, líder global em armazenagem e distribuição, anuncia a inauguração de um novo Centro de Distribuição (CD) focado em e-commerce em Extrema, no Sul de Minas Gerais. Com o novo espaço, a empresa tem expectativa que haja maior sinergia para logística de mercados como tecnologia, moda, materiais esportivos e bens de consumo.

O novo Centro de Distribuição tem 2mil m², mas pode chegar a 5mil m² no futuro. É o primeiro CD da empresa na região especializado em e-commerce. A DHL Supply Chain já dispõe de três infraestruturas logísticas em Extrema, sendo que uma é um campus com mais de 120mil m² que abriga vários centros logísticos. A nova operação deverá gerar até o fim do ano 50 postos de trabalho.

Segundo o diretor de operações de retail & e-commerce da DHL Supply Chain, José Mattos Alvarado, a principal vantagem no novo CD está na questão operacional. “Vamos dispor de uma área, time, processos e tecnologia especializadas para a logística do e-commerce, o que traz benefícios como ganhos de escala, maior agilidade, compartilhamento de custos, solidez na movimentação da carga e menor investimento inicial para início da operação logística”.

Modelo de armazenagem compartilhada reduz custos

A nova estrutura faz parte do programa de expansão do DHL Fulfillment Network (DFN), solução compartilhada de armazenagem, distribuição e logística reversa para e-commerce, que já dispõe de um processo logístico dedicado na Grande São Paulo. Fulfillment é um conceito de economia compartilhada, no qual os clientes pagam apenas pelo que usam, um modelo 100% transacional.

Com esse modelo, em momentos de alta de demanda os clientes conseguem ter um custo logístico menor e, em momentos em que necessitam espaço adicional e capacidade operacional, atender essa demanda sem investimentos prévios adicionais.

De acordo com diretor de operações, José Mattos Alvarado, “os clientes conseguem também centralizar 100% do seu inventário em um único lugar e atender diferentes canais de vendas, sejam eles B2C (marketplace direto ao consumidor, armazém próprio e outros) ou B2B (abastecimento dos fulfillment dos marketplaces, abastecimento de lojas e venda para distribuidores) e tudo isso com visibilidade em tempo real do estoque e da distribuição”.

Clientes 

O novo CD tem capacidade de atender uma ampla gama de clientes na área de e-commerce. “Temos potencial de atender também marketplaces pequenos e médios e apoiar os grandes. Atualmente, o CD de e-commerce já opera com três clientes, dois deles de eletro/eletrônicos e um do setor de moda”, afirma José Mattos.

Novos investimentos

A cidade de Extrema e Minas Gerais são uma parte importante dos planos da DHL Supply Chain. De acordo com o diretor de operações, novas iniciativas na cidade estão em estudo, além de melhorias no campus atual, a fim de suportar a demanda de clientes atuais e futuros.

Atualmente a companhia conta um CD, com o modelo fulfillment, de 8mil m² em Barueri (SP). Com a consolidação da operação de Extrema, estuda novas expansões para pontos estratégicos do Norte e Nordeste em 2025.

Fonte: “https://diariodocomercio.com.br/economia/dhl-supply-chain-inaugura-cd-com-foco-em-e-commerce-em-extrema/”

O fulfillment como motor do crescimento do e-commerce

Nos últimos anos, o e-commerce brasileiro apresentou um crescimento exponencial, transformando-se em um dos segmentos mais promissores do varejo. Esse avanço se deve a diversas inovações e estratégias que impulsionam a eficiência operacional e a experiência do consumidor, com destaque para o fulfillment. Esse serviço logístico é um dos pilares fundamentais para otimizar a cadeia de suprimentos e atender às demandas de um mercado cada vez mais dinâmico.

Neste artigo, exploramos como o fulfillment está diretamente relacionado ao sucesso e à expansão do e-commerce.

Por que o e-commerce cresce tanto no Brasil?

Estima-se que o mercado de e-commerce brasileiro ultrapassará os R$ 550 bilhões até 2027 (fonte: E-Commerce Brasil). Esse crescimento acelerado reflete uma mudança significativa nos padrões de consumo e é impulsionado por fatores como:

– Transformação digital: a popularização da internet e dos smartphones tornou as compras online mais acessíveis e convenientes.

– Avanço tecnológico: plataformas modernas e ferramentas especializadas facilitaram a entrada de novos empreendedores no mercado digital.

– Pandemia de Covid-19: o isolamento social foi um catalisador para que muitos consumidores experimentassem o e-commerce pela primeira vez.

– Demanda por agilidade: os consumidores estão cada vez mais exigentes, buscando entregas rápidas, opções personalizadas e atualizações em tempo real.

Com isso, as lojas virtuais foram forçadas a elevar o nível de suas operações logísticas, e é nesse contexto que o fulfillment ganha destaque como um diferencial competitivo.

O que é fulfillment e como funciona?

O fulfillment refere-se ao conjunto de operações logísticas que garantem a gestão eficiente de pedidos, desde o armazenamento até a entrega ao cliente final. É o processo que assegura que os produtos sejam entregues corretamente, no prazo e em perfeitas condições.

Seus principais passos incluem:

– Recebimento: checagem da quantidade e qualidade dos produtos no centro de distribuição.

– Armazenagem: organização estratégica dos itens no estoque para agilizar a separação.

– Processamento de pedidos: separação, embalagem e preparo dos produtos para envio.

– Expedição e transporte: entrega ao cliente final com rastreamento em tempo real.

O fulfillment pode ser gerenciado internamente pela empresa ou terceirizado a parceiros especializados. A segunda opção é particularmente vantajosa, pois permite acesso a tecnologias avançadas e expertise logística sem necessidade de grandes investimentos em infraestrutura.

O papel do fulfillment no crescimento do e-commerce

O fulfillment vai além de organizar estoques e garantir entregas: ele é estratégico para o crescimento sustentável do e-commerce. Aqui estão os principais benefícios que ele oferece:

1. Eficiência operacional

Com sistemas automatizados e processos bem definidos, como os oferecidos por plataformas de WMS (Warehouse Management System), é possível reduzir erros, atrasos e retrabalho.

2. Redução de custos

A terceirização do fulfillment elimina a necessidade de investimentos em infraestrutura própria e equipe especializada, além de possibilitar melhores condições de frete graças a parceiros logísticos experientes.

3. Escalabilidade e flexibilidade

Em períodos de alta demanda, como Black Friday, um sistema de fulfillment bem estruturado permite que o e-commerce lide com grandes volumes de pedidos sem comprometer a qualidade.

4. Satisfação do cliente

O fulfillment é crucial para proporcionar experiências positivas ao consumidor. Desde o prazo de entrega até a precisão do pedido, ele impacta diretamente a percepção do cliente em relação à loja.

O fulfillment é o futuro do e-commerce

Para se destacar em um mercado altamente competitivo, o e-commerce precisa de operações logísticas que combinem agilidade, precisão e economia. O fulfillment não apenas atende a essas demandas como também habilita as lojas virtuais a oferecerem experiências superiores, conquistando clientes e fidelizando-os ao longo do tempo.

Seja por meio da automação, da integração de tecnologias ou de parceiros especializados, o investimento no fulfillment é, sem dúvida, um passo estratégico para sustentar o crescimento e atender aos novos padrões de consumo. Afinal, em um mercado no qual a entrega é tão importante quanto o produto, o fulfillment é a chave para o sucesso.

Fonte: “O fulfillment como motor do crescimento do e-commerce – E-Commerce Brasil

Manhattan lança tecnologia para otimizar fulfillment e reduzir custos

Segundo a companhia, recurso integrado ajuda a identificar erros e otimizar decisões de alocação e posicionamento de estoque.

A Manhattan Associates anunciou o lançamento do Postgame Spotlight, recurso integrado a um painel em tempo real que destaca decisões de alocação e posicionamento de estoque que limitam o desempenho no fulfillment de pedidos. Segundo a empresa, a solução oferece análises de cenários em tempo real e recomendações práticas que podem ser compartilhadas com planejadores de estoque para eliminar erros de implantação e reduzir os custos de fulfillment de pedidos.

Parte do Manhattan Active Order Management, o Postgame Spotlight calcula a porcentagem de pedidos atendidos a partir das melhores localizações e identifica os fatores que forçam o sistema a redirecionar pedidos para locais alternativos.

De acordo com a companhia, a solução analisa elementos que afetam negativamente a eficiência do fulfillment — incluindo a colocação e os níveis do estoque necessário, a capacidade de recursos e discrepâncias nos níveis de serviço das lojas — para identificar oportunidades de melhoria.

“O Postgame Spotlight é um ótimo complemento para a funcionalidade Fulfillment Insights que a Manhattan introduziu no ano passado. Enquanto o Fulfillment Insights ajuda os varejistas a comparar seu desempenho com o de seus pares, o Postgame Spotlight permite um olhar interno para identificar rapidamente oportunidades de melhorar o desempenho do estoque e a lucratividade”, disse a diretora sênior de Gestão de Produtos da Manhattan, Amy Tennent.

Fonte: “Manhattan lança tecnologia para otimizar fulfillment

NA SUA CESTA: Mil lives por dia e entrega mais rápida — o plano de ataque da Shopee

Plataforma já atinge um em cada três brasileiros e não vê “qualquer sinal de desaceleração”; confira no novo podcast de EXAME.

Com apenas cinco anos de operação no Brasil, a Shopee alcançou números que impressionam e desafiam outras gigantes do e-commerce, como Magazine Luiza e até mesmo o Mercado Livre, que construiu uma liderança inconteste no país (detém cerca de 40% das vendas do setor).

A varejista de Singapura tem conseguido incomodar e, ao que tudo indica, tem ocupado a posição de principal ameaça ao reinado amarelo do varejo online brasileiro. Hoje, um em cada três brasileiros acessa mensalmente a plataforma e é ela quem lidera em usuários únicos mensais, com 50 milhões registrados, de acordo com dados da SimilarWeb.

As estimativas de mercado são de que o GMV (volume bruto das vendas) da Shopee tenha chegado a R$ 60 bilhões em 2024, dobrando as cifras de 2023.

Do lado dos vendedores, superou os 3 milhões de vendedores brasileiros cadastrados. Desses, um terço nunca tinha vendido online até entra na Shopee. E, apesar da origem asiática, 90% das vendas são de vendedores nacionais.

“O ano de 2024 foi excelente. Aumentamos nosso tráfego no aplicativo em 50% e solidificamos nossa presença no Brasil como o aplicativo mais acessado. Mas achamos que tem um espaço para continuar crescendo mais”, diz Rodrigo Farah, head de live commerce e marca da Shopee, em entrevista ao Na sua cesta, novo podcast do Exame INSIGHT.

Mesmo diante de um ambiente macroeconômico marcado por inflação e juros elevados, a Shopee mantém uma visão otimista para 2025. De acordo com Farah, a empresa não vê “números que indiquem qualquer desaceleração no crescimento”.

Por trás desse crescimento exponencial, estão estratégias que vão desde a aposta em gamificação do aplicativo, crescimento das publicações de live commerce até robustos investimentos em logística.

Corrida pela entrega rápida

A empresa conta com 12 centros de distribuição – sendo 11 no modelo cross-docking e 1 fulfillment –, além de mais de 150 hubs logísticos e 2 mil agências Shopee espalhadas pelo Brasil. São centros de distribuição em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Bahia, Pernambuco, Goiás, Rio Grande do Sul e, em dezembro, abriu seu primeiro ponto em Manaus.

A abertura do primeiro centro de distribuição fulfillment na região metropolitana de São Paulo, em setembro de 2024, marcou um avanço importante na estratégia de reduzir os prazos de entrega. Nesse modelo, a Shopee armazena produtos dos vendedores, diminuindo etapas logísticas e acelerando a entrega ao consumidor final, permitindo entregar no mesmo dia ou no dia seguinte.

“Entrega rápida é sinônimo de satisfação. Quando um pedido chega antes do esperado, o cliente não só fica feliz, mas também fidelizado”, destaca Farah.

Mas ganhar mais musculatura na estrutura logística ainda é um desafio para a asiática e um fator crucial na disputa por uma fatia maior no bole do e-commerce brasileiro.

O Meli, por exemplo, têm planos agressivos de expansão logística. Neste ano a plataforma argentina deve chegar a 21 CDs no país.

Vendedor na tela do celular

Pelas estimativas da varejista, 95% das vendas acontecem no celular, via aplicativo. Por isso, uma das principais apostas da Shopee tem sido o live commerce, ferramenta que une transmissões ao vivo e compras em tempo real diretamente no aplicativo e que tem feito da varejista uma das principais referências do tema no país.

“Não fazemos live commerce porque é legal, mas porque tem impacto real nas vendas. É uma das principais apostas da Shopee em 2025”, diz.

O modelo evoluiu de 50 transmissões diárias ao fim de 2023 para mais de 1 mil lives por dia em 2025. Hoje, a plataforma já tem 1,5 milhão de vendedores e 2 milhões de afiliados habilitados para a função.

Também capacitou mais de 500 mil empreendedores por meio do Centro de Educação ao Vendedor, criado em 2020. A iniciativa oferece treinamentos para ajudar vendedores a otimizar suas operações e tirar o máximo proveito do live commerce e outras ferramentas da plataforma.

A Shopee também tem investido pesado em marketing para consolidar a marca no Brasil. A companhia faz sucesso com as campanhas das datas duplas, ao estilo do já célebre dia dos solteiros, 11/11.

Embora não revele os valores, Farah diz que a empresa aumentou seu orçamento de marketing para 2025 em relação ao ano anterior. Uma das ações de maior destaque foi o patrocínio ao Flamengo, clube com a maior torcida do país, que também conta com uma loja oficial na plataforma.

A estratégia é clara, diz Farah: alcançar consumidores de todas as idades e classes sociais.

Fonte:”Para crescer mais no Brasil em 2025, a Shopee já tem suas apostas: Live Commerce, expansão logística e… o Flamengo | Exame INSIGHT