Desafios e oportunidades do e-commerce no Brasil: uma visão do mercado atual e futuro

Mesmo com menos de três décadas no Brasil, o e-commerce já detém grande parte do mercado brasileiro.

Com fatores fundamentais para o consumidor atual, como praticidade e variedade em produtos, cada vez mais o comércio eletrônico vem conquistando o público, desde os mais novos até os mais velhos.

Claro que, com o período da Covid-19, tivemos uma crescente necessidade de realizar pedidos online, mas o movimento do setor não é tão recente e já passou por mudanças significativas durante os anos.

Com a vinda da internet discada de 14 kps na década de 90, ainda não possuíamos a cultura de comprar algo virtualmente, mas foi em 1995, a partir da livraria Booknet, que as mudanças começaram a acontecer.

Ao longo dos anos, grandes players apareceram no e-commerce, como Americanas e Mercado Livre, além de sites como Buscapé, os quais auxiliaram o consumidor a comparar preços e na descentralização do comércio eletrônico que estava nessas grandes marcas.

Nos anos 2000, o faturamento do setor já movimentava milhões de reais por ano, mas foi a partir de 2010, quando tivemos a ascensão do mobile, das redes sociais e do Google que o e-commerce tomou outros ares.

A partir disso, tivemos a necessidade da aprimoração da experiência do consumidor e do usuário, com sites cada vez mais responsivos, métodos de pagamentos mais seguros e transparentes, processos logísticos cada vez mais rápidos, entre outras demandas.

Neste artigo, iremos abordar parte desses elementos e trazer uma visão sobre o que podemos esperar do e-commerce e das áreas que o afetam para os próximos anos, tendo em mente o que já presenciamos no Brasil e no mundo.

Infraestrutura e logística no Brasil: um caminho que ainda precisa ser melhorado

De início, é preciso falar sobre a logística e os meios de transporte no Brasil, que afetam diretamente no impacto das compras online para os consumidores.

A infraestrutura logística no país ainda precisa de muitas melhorias e cuidados, já que o Brasil é um país muito extenso e, devido à sua diversidade geográfica, as necessidades de aprimoramento dos modais de transporte são grandes para que possa atender bem às demandas de cada região.

Como 60% do transporte de cargas do Brasil estão concentrados no modal rodoviário – dados da CNT, Confederação Nacional de Transportes -, ainda falta estrutura nas estradas para que esse transporte seja feito de maneira mais eficiente, ágil e seguro, sem contar com a necessidade de melhorias em ferrovias e hidrovias, que poderiam garantir maior agilidade entre os estados e municípios.

Além da qualidade das rodovias serem baixas e necessitarem de constante investimento para a manutenção e conservação, o preço dos combustíveis utilizados é caro e constantemente muda de valor, o que aumenta os custos logísticos.

De acordo também com a CNT, aproximadamente 25% dos custos operacionais poderiam ser reduzidos se o Brasil tivesse uma melhor estrutura logística, o que poderia diminuir igualmente custos e o tempo de entrega, tanto de fornecedores a empreendedores quanto para os consumidores finais.

A infraestrutura e logística do país ainda são um desafio para que todas as entregas sejam feitas de maneira eficiente, mesmo em locais mais afastados.

Isso pode igualmente significar uma oportunidade de maior crescimento do e-commerce em diferentes regiões ao longo dos anos, à medida que o investimento nos meios de transporte seja feito, o que pode ser alcançado a partir dos órgãos responsáveis ou de próprios marketplaces/grandes empresas, que investem em serviços fulfillment, por exemplo, para seus lojistas parceiros.

Regulação e legislação

Com o crescimento do e-commerce, a insegurança também permeia o ambiente digital. Afinal, tanto o consumidor quanto o empreendedor devem colocar seus dados para realizar as compras e/ou vendas, o que gera desconfiança sobre a segurança e a veracidade de produtos, dados, entre outros fatores.

No entanto, para garantir um ambiente seguro e confiável, a regulação e a legislação desempenham um papel crucial.

O cumprimento das regulamentações, como o Código de Defesa do Consumidor e o Marco Civil da Internet, é essencial para estabelecer relações comerciais transparentes e éticas. Além disso, a complexidade dos impostos incidentes em vendas interestaduais requer estratégias eficientes para garantir a conformidade fiscal sem prejudicar a competitividade das empresas.

A entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) marcou uma revolução na forma como as empresas devem lidar com informações pessoais.

No e-commerce, isso significa garantir a segurança e a privacidade dos dados dos clientes. Empresas devem adaptar suas políticas de privacidade, implementar medidas de segurança cibernética e obter consentimento explícito para o tratamento das informações pessoais, protegendo, assim, tanto os consumidores quanto a própria organização.

O uso de certificados SSL e outras tecnologias de criptografia é essencial para garantir que as informações sensíveis permaneçam confidenciais e que as transações sejam protegidas contra fraudes.

Afinal, a proteção ao consumidor não pode ser negligenciada no e-commerce, e ele precisa ter a mesma segurança e confiança ao fazer compras online que tem ao adquirir produtos em lojas físicas.

A oferta de informações claras sobre produtos, prazos de entrega, política de trocas e devoluções é fundamental para criar uma experiência positiva de compra. Além de, claro, as empresas terem que estar prontas para resolver eventuais problemas e garantir a satisfação do cliente de maneira transparente e rápida.

Porém, em épocas como a Black Friday, os casos de fraudes ainda são recorrentes, e é preciso que o consumidor fique atento às práticas e atividades suspeitas, assim como os empreendedores devem educar e comunicar seus clientes sobre as melhores medidas de segurança, proporcionando-lhe mais confiança.

Veículos como Serasa, Sebrae e mesmo a mídia em geral promovem conteúdos a esse respeito anualmente, e é interessante acompanhar as estatísticas e medidas que devem ser tomadas.

Diversidade de métodos de pagamento

Ao falar-se sobre segurança, temos que levar em conta métodos de pagamento como Pix, que foi implementado em 2020, mas continua em uma constante crescente nas vendas online – isso por conta de sua praticidade e por descontos que o deixam mais atrativo.

A tendência é de que o método continue a crescer. De acordo com estudo da Opinion Box, 77% dos entrevistados acreditam que o Pix mudou a forma de realizar pagamentos no dia a dia. Em contrapartida, daqueles que não o utilizam, 55% não o acham confiável.

O cartão de crédito ainda domina a preferência dos consumidores brasileiros – 57% utilizam tal método, de acordo com a CNDL.

Além disso, temos outras formas, como através de intermediários, boletos e depósitos bancários.

Comportamento do consumidor

O comportamento do consumidor que consome online está em constante mudança, mas o fato é que, após a pandemia, a necessidade por entregas cada vez mais rápidas é certa. Afinal, com a volta de estabelecimentos físicos, a possibilidade de retirar em loja ou simplesmente comprar fisicamente retornou.

Porém, o e-commerce ainda possui vantagens como: preço, praticidade e mais promoções.

Em uma pesquisa realizada pela Opinion Box, em 2023, sobre as tendências do e-commerce, sete em cada dez consumidores disseram que aumentaram a frequência de compras online nesse último ano e, ainda, 55% desses afirmaram que a frequência irá aumentar mais em 2023.

As categorias de produtos mais procurados nos últimos seis meses de 2022 foram roupas (60%), eletrônicos (49%) e calçados (47%). Parte disso pode explicar a ascensão de e-commerces como Shein, que tem como principal segmento o mercado de moda e que, além de possuir preços mais acessíveis, apresenta diversas promoções a seus consumidores.

Vindo com essas mudanças, não podemos ignorar também a ascensão de compra pelos dispositivos móveis: 73% das compras online são feitas a partir do mobile.

Além disso, a pesquisa realizada pela Opinion Box perguntou aos entrevistados quais são os canais de vendas pelos quais normalmente realizam suas compras, sendo os marketplaces e as lojas virtuais a preferência do público:

Fonte e reprodução: Opinion Box

Há ainda muito a se analisar sobre o comportamento do consumidor, mas, de maneira breve, podemos visualizar como canais de vendas que transparecem segurança como marketplaces são sua preferência, além da facilidade de comprar nesses ambientes a partir de seus dispositivos móveis. Assim, podemos concluir que a experiência do consumidor e do usuário antes, durante e depois da compra é essencial para garantir sua preferência.

Tais hábitos ainda podem ter alterações ao longo dos anos, à medida que as compras online penetraram em todas as regiões do Brasil, como norte e nordeste.

O papel das redes sociais e influenciadores

Diante do comportamento da sociedade perante o e-commerce, as redes sociais também são um espelho de tendências, busca por produtos, serviços e o chamariz para conferir comentários positivos ou negativos de uma empresa, trazendo entusiastas da marca ou clientes insatisfeitos.

Na mesma pesquisa que trouxemos, da Opinion Box “E-commerce Trends 2023” em parceria com a Octadesk, foi igualmente perguntado para os entrevistados se eles pesquisam produtos nas redes sociais e, se sim, quais as que utilizam:

Fonte e reprodução: Opinion Box

Além disso, os influenciadores digitais moldam a maneira como os consumidores realizam suas compras. 41% dos entrevistados informaram que já compraram algum produto indicado por influencers.

As redes sociais dão oportunidades para que muitos empreendedores, que estão iniciando suas vendas, possam fazer ações de marketing digital de maneira mais barata, assim como, à medida que crescem, é possível utilizar anúncios pagos ou fazer parcerias com nanoinfluenciadores, por exemplo.

O desafio está em criar conteúdos relevantes e constantes, sendo necessário estudar as preferências de sua persona e acompanhar as mudanças que tais plataformas realizam frequentemente.

Marketplaces, concorrência e diferenciação

Assim como visto, os marketplaces estão no topo quando o assunto diz respeito à preferência de canais de vendas.

Devido a uma série de fatores que permitem aos consumidores se sentirem mais seguros em comprar em tais plataformas, os marketplaces igualmente atraem muitos vendedores que desejam crescer seu empreendimento.

Contudo, devido a esse movimento, há também uma grande concorrência dentro de cada marketplace, com milhares de sellers vendendo determinado produto, e cada vez mais a diferenciação se torna uma obrigação, mesmo nesses canais de venda que limitam essa característica.

O ponto é que, ao longo dos anos que tivemos uma evolução do mercado de comércio eletrônico no Brasil, tivemos sim uma descentralização de lojas virtuais. Todavia, ao se falar de marketplaces, há um afunilamento dessas plataformas, e somente os grandes players que priorizarem a experiência do consumidor irão permanecer.

Assim como em outros países, como nos EUA – onde a Amazon lidera com grande parcela do mercado -, no Brasil já temos os dez maiores e-commerce tendo 48,8% de market share.

Fonte: Relatório de e-commerce de junho de 2023 da Conversion

O caso é que há um chamado Darwinismo Digital, no qual podemos esperar que empreendedores que não se adaptarem às demandas dos consumidores e não estiverem no canais de vendas corretos estarão fadados a perder faturamento e mercado. Nesse sentido, apenas os melhores continuarão, tornando a entrada de novos players cada vez mais difícil.

Tecnologia e inovação no e-commerce

Não podemos falar sobre oportunidades para o e-commerce sem falar sobre tecnologia e a inovação que ela transmite para o setor.

A cada dia, novas soluções tecnológicas surgem, transformando a forma como os empreendimentos operam e os consumidores interagem com as vendas online.

Primeiro, podemos falar das inteligências artificiais que podem auxiliar na criação de conteúdos para redes sociais, roteiros para vídeos, no atendimento ao cliente e na personalização das experiências de compra.

Os chatbots, alimentados por IA, estão se tornando cada vez mais comuns em lojas virtuais para responder a perguntas frequentes dos clientes e auxiliar em suas decisões de compra. Essa tecnologia permite um atendimento ágil e eficiente, melhorando a satisfação do consumidor e aumentando as chances de conversões.

Já a realidade aumentada (AR) e a realidade virtual (VR) têm grande potencial para revolucionar a maneira como os consumidores realizam suas compras.

Com a AR, os clientes podem visualizar produtos em seus ambientes antes de fazer uma compra, como experimentar móveis em suas casas ou testar roupas virtualmente. Já a VR oferece oportunidades de criação de lojas virtuais totalmente imersivas, permitindo aos consumidores explorar ambientes virtuais e interagir com produtos como se estivessem em uma loja física.

A Internet das Coisas também tem potencial para transformar o e-commerce ao conectar dispositivos inteligentes e permitir que os consumidores façam compras de forma mais conveniente. Por exemplo, geladeiras inteligentes podem identificar a falta de determinados produtos e enviá-los automaticamente para reposição.

Agora, no âmbito da operação de empreendedores e lojistas, como já dito anteriormente, a inovação na logística é um dos principais desafios para o e-commerce no Brasil.

É ainda preciso constante investimento para que cada vez mais a tecnologia auxilie na eficiência da gestão de estoque, distribuição de produtos etc.

automação de processos também é cada vez mais necessária para que ocorram menos erros em uma operação e para que os gestores e sua equipe possam focar em aprimorar a empresa, deixando tarefas manuais para softwares que as façam automaticamente, o que gera oportunidades de crescimento e de uma melhor gestão de seu empreendimento.

Projeções para o crescimento do setor nos próximos anos

O e-commerce é um grande propulsor para a economia nacional e mundial, e todas as informações que foram trazidas aqui comprovam que ainda há desafios e oportunidades para crescer.

Só em 2023, a projeção, feita pela ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico), é de que o setor faturará R$ 185,7 bilhões – e de que, para próximos anos, esses números só cresçam, com perspectiva de que em 2027 eles cheguem a R$ 273 bilhões.

Contudo, é preciso destacar que empreendedores que estejam em múltiplos canais de vendas ou sejam omnichannel estarão na frente dos demais.

Os consumidores querem realizar suas compras da maneira que for mais conveniente, mas que isso seja feito através de canais interligados, nos quais eles possam experimentar uma roupa pessoalmente e pedir para entregarem em casa, por exemplo, sem muitas burocracias.

Um dos maiores desafios para empreendedores e novos entrantes nesse mercado é o grande número de concorrentes, e fatores como logística e investimento em tecnologias os farão mostrar a eficiência e a diferenciação aos consumidores.

Outros fatores como sustentabilidade, empresas mais conscientes de seus impactos sociais e ambientais serão pontos a se considerar pelos consumidores, o que faz cada vez mais necessário que o empreendedorismo molde como a nossa economia e sociedade irão seguir, sendo o e-commerce uma área fundamental nessa jornada.

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Amazon Brasil abre logística própria a grandes varejistas e libera inscrição automática em SP

No Rio e Paraná, as limitações continuam, com liberação apenas aos registrados no Simples Nacional, com receita bruta anual até R$ 4,8 milhões.

A Amazon no Brasil decidiu abrir, neste mês, o seu modelo logístico a todos os vendedores do Estado de São Paulo que quiserem fazer parte de sua plataforma de vendas, na primeira abertura de seu sistema de armazenagem e entregas desde que anunciou a sua implementação no país, em 2020.

Até então, o “Fulfillment by Amazon” (FBA), o sistema de logística própria da empresa, um dos pilares do modelo de crescimento do grupo no mundo, estava disponível para vendedores com conta registrada na Amazon e optantes do Simples Nacional. Atendia, portanto, negócios de pequeno e médio portes, com endereço e Inscrição Estadual nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná.
Em maio, a companhia liberou o FBA a vendedores não só com o Simples Nacional, mas de grande porte do Estado de São Paulo, optantes dos regimes tributários de lucro real e lucro presumido.

Esses lojistas, assim como os de pequeno e médio portes, ainda poderão se inscrever por conta própria no FBA, pelo site da Amazon, algo que não era permitido até então. Anteriormente, um consultor de negócios da Amazon precisava entrar em contato com cada vendedor que tentasse se inscrever no FBA, o que tornava o processo mais lento. Ainda será preciso análise dos dados pela empresa para verificar se a loja cumpre certos critérios, mas isso pode agilizar aumento da base de parceiros.

No Rio e Paraná, as limitações continuam, com liberação apenas aos registrados no Simples Nacional (receita bruta anual até R$ 4,8 milhões).
O foco maior da Amazon ainda se mantem no grupo das empresas menores, sem sistemas de entrega mais estruturado. Mas as grandes varejistas, apesar de já terem uma logística própria robusta, atraem clientes mais assíduos. E há líderes regionais de grande porte sem um bom sistema de entrega fora da região onde atuam.

Ricardo Garrido, executivo responsável pelo marketplace da Amazon, executivo responsável pelo marketplace da Amazon, conta que, em maio, eram 50 mil vendedores na plataforma. Apesar do crescimento mais recente (eram 40 mil ao fim de 2022, alta de 25% em cinco meses) é um total menor que o de Magazine Luiza e de Americanas.
Segundo ele, lojistas que usam o FBA multiplicam as suas vendas em média, cinco vezes, frente ao período sem o FBA. O direito ao uso do selo “Prime” pelo vendedor ajuda nessa expansão.

Por meio dele, é possível oferecer frete grátis e entregas mais rápidas. O vendedor passa a armazenar seus itens em centros e “hubs” da Amazon, que fica responsável por toda a logística. A plataforma cobra deles 8% a 15% sobre o valor da venda pelos seus serviços — no Brasil, essa taxa hoje varia de 6% a 22%, a depender da empresa —, mas entrega de volta o nível de serviço da Amazon. O grupo tem 12 centros de distribuição no país, sendo que 11 foram abertos de 2020 para cá.

A companhia não abre dados de de vendas no país, e basicamente diz que cresce bem acima do mercado. Ainda afirma que não sentiu a queda no varejo on-line vista desde 2022 — de janeiro a março, o faturamento do setor caiu 14%.

Mas, como tem bem menos lojistas na plataforma que seus concorrentes, para se expandir como afirma, haveria duas formas: pela venda de itens da base de 50 mil lojistas ou venda de seus próprios produtos.

Garrido não dá pistas do desempenho por área — no Mercado Livre, por exemplo, mais de 90% da venda vem de produtos de lojistas e no Magazine Luiza, esse percentual é de 40%. Mas questionado sobre o fato de ter menos lojistas do que rivais (a Americanas, em crise, tinha 127 mil em fevereiro, e Magalu, 280 mil em março), ele diz que a companhia prefere fortalecer a venda de lojistas já parceiros, a aumentar aceleradamente a sua base de vendedores, que não trazem, necessariamente, volume de vendas.
“Temos muito a explorar com aqueles que já são nossos parceiros. Não se trata só de pôr ‘seller’ para dentro da estrutura”, diz.

Ranking de 2021 da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo estimava vendas brutas anuais da Amazon, apenas de itens próprios, em R$ 4 bilhões em 2021 (sem incluir lojistas parceiros). Em janeiro passado, relatório do BTG, com base em dados da Similarweb, mostra a Amazon com 19,5% das visitas mensais de clientes a sites de venda on-line, atrás só de Mercado Livre.

Um consultor de marketplace, que presta serviço a lojistas, inclusive que operam junto à Amazon, diz que a venda de itens próprios da Amazon ainda é muito forte no Brasil. No mundo, a empresa tem 60% de sua venda oriunda de lojistas parceiros, depois de implementar uma máquina de digitalização do pequeno varejo nos EUA.

“Eles são bem mais seletivos na hora de buscar ‘sellers’. A questão é que no Brasil, há uma maluquice tributária cara e complexa nos Estados, que limita avanço deles para todas as praças mais rapidamente. Eles estão criando essa estrutura”, disse esse consultor.

A Amazon promoveu na quarta-feira o seu evento anual com lojistas, o Amazon Conecta, e apresentou aos vendedores essa extensão do FBA no país. Cerca de 99% dos 50 mil lojistas parceiros da Amazon Brasil são pequenas e médias empresas, que vendem 9,6 milhões de produtos listados.

Além disso, 81% das lojas foram criadas entre 2020 e 2022, após a pandemia. São Paulo, Paraná e Santa Catarina são os Estados com mais vendedores listados, representando 70%, o que mostra a concentração da empresa ainda em determinadas regiões.
Perguntado sobre a discussão em torno de um novo programa de tributação de marketplaces no Brasil, Garrido diz que a empresa vai se adequar ao que for definido.

Como o Valor noticiou na terça-feira, Ministério da Fazenda e a Receita Federal devem apresentar mudanças no atual sistema de remessas internacionais, de produtos adquiridos em sites e aplicativos estrangeiros.
A ideia é antecipar a cobrança dos impostos — atualmente isso é feito apenas após a chegada da mercadorias no país. As plataformas também serão obrigadas a enviar um conjunto de dados de todas as remessas para os Correios ou operadores privados.

“Nós já temos um sistema simples e transparente de cobrança no Brasil, mas estamos abertos a nos adequar àquilo que for definido”, diz ele. A Amazon cobra os impostos do cliente no ato da compra.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/05/25/amazon-brasil-abre-logistica-propria-a-grandes-varejistas-e-libera-inscricao-automatica-em-sp.ghtml

Serviços de entrega apoiam pequenos negócios com soluções logísticas e treinamento

Correios e Mercado Livre dividem a liderança na estreia da categoria na pesquisa Datafolha.

Pela primeira vez, a pesquisa O Melhor de São Paulo avalia os serviços de entrega de encomendas. Sob o ponto de vista dos paulistanos entrevistados pelo Datafolha , os melhores desempenhos deste segmento foram obtidos pelos Correios e pelo Mercado Livre, que dividem a liderança com, respectivamente, 25% e 24% das menções.

Cada vez mais valorizada por quem compra pela internet, a entrega ágil é possível quando as empresas, no caso dos marketplaces, usam dados para entender padrões de consumo e mapear quais itens têm mais saída em determinados locais e períodos, explica Vinícius Picanço, professor de operações e sustentabilidade do Insper.

O entendimento do comportamento do consumidor permite aprimorar o planejamento e a organização da cadeia logística com o pré-posicionamento dos estoques, ou seja, com o armazenamento dos produtos nos centros de distribuição (CDs) mais próximos das regiões em que a demanda é maior.

Em cidades que não comportam grandes centros, como São Paulo, armazéns de pequeno porte ajudam a diminuir o tempo entre a finalização da compra e o recebimento do pedido, afirma o professor.

Na capital, o Mercado Livre possui CDs em formatos menores, que atuam em diferentes etapas da logística. Os maiores armazéns em São Paulo, os “fulfillments”, estão nas cidades de Cajamar, Franco da Rocha e Araçariguama, e guardam os estoques dos vendedores —inclusive de pequenos e médios— para enviá-los às cidades vizinhas com mais rapidez.

Para atender estados brasileiros onde ainda não há um CD, expande-se a frota de veículos inclusive com aviões, diz Thaís Nicolau, diretora de branding da multinacional no Brasil e na América Latina. O investimento permite que 80% dos produtos sejam entregues em até dois dias, ante 70% em 2021. folha mercado Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes.

Além de estocar mercadorias no CD para acelerar a entrega, pequenos e médios negócios que integram o marketplace têm acesso a conteúdos básicos para trabalhar melhor com a plataforma. São dadas dicas de vendas, de preenchimento da descrição do item no site e até de fotografia, por exemplo, já que as avaliações dos clientes sobre anúncio e atendimento são monitoradas pela multinacional e refletem na reputação da loja parceira no site.

“Queremos ser um local com a melhor qualidade e os melhores produtos, e isso é uma via de mão dupla com os vendedores. Ao mesmo tempo em que proporcionamos um acesso gigantesco para eles, precisamos que eles entreguem tudo que é prometido”, diz Nicolau.

Os Correios dispõem de ações semelhantes para dar suporte aos pequenos empreendedores. Como treinamento, há o programa AproxiME, que oferece consultorias às empresas que operam pela internet, afirma Fabiano Silva dos Santos, presidente da estatal.

“A transformação digital impulsiona novas necessidades de consumo da população e isso vai ao encontro da nossa estratégia de ser o principal parceiro do ecommerce nacional e internacional. Para isso, estamos investindo em infraestrutura e na modelagem de produtos e serviços para tornar os Correios cada vez mais atrativos e a principal escolha dos clientes.”

Pequenos negócios do comércio eletrônico podem contratar o serviço Correios Log+, um pacote com a tecnologia fulfillment, no qual a estatal se responsabiliza pelo armazenamento do estoque e, quando uma venda é feita, também cuida das etapas de separação do pedido, embalagem e entrega.

A estatal realiza envios mais rápidos por meio de serviços como o Sedex Hoje, que atende a capital paulista e outras 13 cidades, no qual as entregas são feitas no mesmo dia e podem ser acompanhadas em tempo real. Hoje, segundo Silva, cerca de 2 milhões de encomendas são entregues diariamente no Brasil, e para isso os Correios possuem 23 mil veículos na frota, entre furgões, caminhões e motocicletas, além de sete barcos e 12 aeronaves.

*CORREIOS*
25% das menções

Fundação
1663

Unidades
10,7 mil agências, 8,2 mil unidades operacionais e 85 lockers no país

Funcionários
87,4 mil

Faturamento
R$ 20,5 bilhões em 2022

Crescimento
Redução de R$ 1,5 bilhão em comparação com 2021

“Nossa qualidade operacional, nossa infraestrutura instalada e nossa cobertura permitem a todos os paulistanos —cidadãos, pequenos e médios empreendedores, grandes empresas e entes governamentais— o acesso a um serviço de excelência, assinado por uma marca com 360 anos de história e reputação”
Fabiano Silva dos Santos, presidente dos Correios

*MERCADO LIVRE*
24% das menções

Fundação
1999

Unidades
Presente em 18 países

Funcionários
39 mil na América Latina, sendo 15 mil no Brasil

Faturamento
US$ 10,5 bilhões de receita líquida total (no Brasil, US$ 5,6 bilhões)

Crescimento
49% na receita líquida total, e 44,6% na receita do Brasil

“Investimos muito em ampliar os centros de distribuição e a frota —temos aviões, caminhões, vans, motos, e pensamos no meio ambiente com os veículos elétricos. É muito difícil encontrar outra marca que tenha o mesmo ecossistema, ofereça a melhor experiência para o consumidor e diferentes opções para os vendedores”
Thaís Nicolau, diretora de branding do Mercado Livre no Brasil e na América Latina

Fonte : https://www1.folha.uol.com.br/o-melhor-de-sao-paulo/2023/04/servicos-de-entrega-apoiam-pequenos-negocios-com-solucoes-logisticas-e-treinamento.shtml

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Mudanças importantes da Americanas.com para sellers de seu marketplace

A Americanas continua a ser um dos maiores marketplaces do Brasil, mesmo com as turbulências dos últimos meses.

Desde janeiro, novas regras começaram a aparecer. A maioria delas favorece o seller, além de tornar a plataforma mais competitiva, como será mostrado neste artigo.

Mas o foco neste texto é exemplificar como as mudanças nas comissões, nas condições para subsídio de frete e outros podem ser aproveitados por quem vende na plataforma.

Submarino e ShopTime, integrantes do grupo Americanas, também passaram por alterações nas normas, as quais tornaram a operação mais simples para o vendedor.

Comissões variáveis por categoria
De acordo com a Americanas, as mudanças nas comissões deixaram as taxas mais compatíveis com as categorias correspondentes. Produtos abaixo de R$ 40, que antes pagavam a taxa fixa de R$ 5, também sofreram mudanças, e desde janeiro o percentual pago ao marketplace depende do grupo em que o item se encontra.

Dessa forma, houve um agrupamento de uma série de departamentos, com variação de 12% a 19%.

Categorias com 12% de comissão: uma das mais competitivas do mercado
Segundo a Universidade Marketplace, a comissão da Americanas nesses departamentos é uma das mais competitivas no mundo do e-commerce. Ou seja, quem tem produtos nesses segmentos deve aproveitar o comissionamento atrativo da Americanas.

Itens com 12% de comissionamento:

– Bomboniere
– Mercearia matinal
– Mercearia básica
– Limpeza
– Guloseimas
– Mercearia complementar
– Pet shop
– Biscoitos
– Alimentos

16% de taxa: não subiu
Ainda de acordo com a Universidade Marketplaces, para esses produtos, nada mudou. A comissão já era de 16%. São eles:

– Telefonia fixa
– Telefonia
– Eletrodomésticos
– Eletroportáteis
– Eletrônicos
– DVD e Blu-Ray
– Páscoa
– Câmeras e consoles
– Climatização
– Wearable
– Tablets
– Áudios
– PCs
– Informática e acessórios
– PC gamer

16,5% de comissão: aumento de 0,5%
O impacto para quem comercializa os produtos dos departamentos abaixo teve uma leve alteração, de apenas 0,5%.

– Lavanderia
– Forno, fogão, mesa e bar
– Importação
– Utilidades plásticas
– Papelaria
– Móveis
– Instrumentos musicais
– Casa e hobby
– Cama, mesa e banho
– Brinquedos, acessórios e brinquedos de bebê
– Conforto do bebê
– Moda/acessório do bebê
– Automotivo
– Artes e artesanato
– Artigos de festa
– Artigos de Natal

17% de comissionamento
Para esses produtos, a comissão é a segunda maior na Americanas. Por isso, o seller precisa pensar em estratégias para ter lucro real com a venda desses produtos no marketplace, além de calcular bem a precificação.

– Higiene pessoal
– Fraldas e higiene
– Beleza e perfumaria
– Suplementos e vitaminas
– Saúde e bem-estar
– Livros
– Esporte e lazer
– Construção e ferramentas
– Agro, indústria e comércio

19% de comissão: equiparação com o mercado
Os produtos de moda demandam maiores esforços devido à quantidade de devoluções. Por isso, segundo a Universidade Marketplaces, a comissão é a mais alta de todas. No entanto, os especialistas afirmam que, comparada a outros e-commerces, a porcentagem não está fora da média de mercado. Então, pode-se dizer que houve um reajuste na taxa para equiparação com outros players e maior lucratividade da Americanas.

Estão com essa comissão:
– Acessórios de moda
– Calçados
– Roupas infantis
– Relógios
– Moda íntima feminina e masculina
– Meias
– Roupas
– Malas, mochilas e acessórios
– Moda esportiva

Maiores subsídios para fretes do fulfillment
Antes, o seller podia se sentir punido injustamente, já que algumas regras para a nota do Index prejudicavam o vendedor por erro de terceiros. Se o cliente devolvesse o produto aproveitando o direito de arrependimento ou por falha operacional da Americanas Entregas, por exemplo, a pontuação caía.

Nos itens leves, quem é parceiro fulfillment agora pode ter subsídio de até 80%, 20% a mais do que anteriormente. O valor é de 55% nos itens pesados – antes da alteração, era de 35%.

Os produtos que custavam entre R$ 40 e R$ 79,90 passaram a fazer parte da política de frete subsidiado.

Nesta página da Americanas, é possível conferir as mudanças nas condições de frete para vendedores.

Novas regras positivas no Index
Como pincelado antes, os vendedores tinham prejuízos na nota do Seller Index e até financeiramente por erro que fugia do controle. Havia cobrança da comissão, mesmo que o erro não fosse de responsabilidade do seller. Mas, agora, as normas tornaram-se mais justas.

Deixaram de existir as seguintes normas no programa Americanas Entrega:

– Quando o cliente acionar o SAC para recebimento da mercadoria, mas a entrega estiver dentro do prazo, não há queda na pontuação do Index.

– Perda de pontos por devolução por arrependimento, direito previsto no Código do Consumidor.

– Prejuízos por erro da Americanas Entregas.

A cobrança da comissão continua, nos casos de entrega própria, mas não há prejuízo nas notas do Index nos seguintes casos:

– Quando o cliente acionar o SAC para recebimento da mercadoria, mas a entrega estiver dentro do prazo.

– Cancelamento por parte do cliente.

– Cancelamento devido ao arrependimento de sete dias previsto no Código do Consumidor.

Regras unificadas para Shoptime, Submarino e Americanas.com
Além do Americanas.com, Shoptime e Submarino fazem parte do grupo Americanas Marketplace. As regras simplificaram as normas e atenderam a alguns pedidos dos sellers.

Preço unificado na Americanas Marketplace
Quem vende na Americanas Marketplace, conhecida pela abreviação Acom, não poderá alterar o preço de uma plataforma para outra. Ou seja, no Submarino ou no Shoptime, o valor dos itens será o mesmo. O cálculo torna-se mais fácil e, como é válido para todos os vendedores, trará impacto igual para eles.

Produtos em todos os sites da Acom
O seller não consegue, desde 9 de março, escolher entre Americanas.com, Submarino ou Shoptime. Inserir o produto em uma plataforma implica comercializá-lo nos três sites. Como as políticas são iguais, a administração foi facilitada e o alcance da loja do seller é ampliado automaticamente, já que estará em três sites ao mesmo tempo, de forma mais simples.

Promoções
As promoções também serão de adesão unificada. Dessa forma, se o seller participar de alguma condição especial do grupo, os produtos dos três sites serão impactados.

Resposta à crise da Americanas S.A.?
As mudanças podem ser resposta à crise pela qual a Americanas S.A. passou ou mesmo por influência de outros concorrentes do mercado. Afinal, o e-commerce precisava se manter atrativo para os sellers diante do impacto que as notícias negativas sobre a marca causaram e de outros players que sucessivamente crescem.

Com uma lista grande de credores, com diversos fornecedores para as lojas físicas e comércio eletrônico incluídos, os sellers tornaram-se essenciais. A parceria com vendedores, mesmo que só no braço digital, é fundamental neste momento para o marketplace se manter em funcionamento e o grupo todo ganhar fôlego financeiro.

As alterações nos subsídios de frete e a simplificação dos processos na Acom refletem melhorias interessantes para os vendedores, que já eram pedidas por eles há tempos.

Respostas à dinâmica de mercado
Não foi apenas a Americanas que mudou as regras. O maior marketplace do Brasil, o Mercado Livre, também opera com novas normas desde 21 de março. Avaliamos as alterações como uma resposta ao contexto geral para a empresa continuar interessante frente à grande presença de players asiáticos, como Shopee, AliExpress ou mesmo Shein, que estão crescendo no mercado brasileiro.

O Meli está investindo em uma melhor experiência de compra para o shopper. Por isso, as mudanças do maior marketplace do país tornaram as regras para ranqueamento mais rígidas.

As mediações do marketplace devem se restringir a 0,5% e o seller não pode cancelar mais de 1% das vendas para manter-se bem posicionado no ranking interno de buscas. O número de vendas para o Mercado Platinum cresceram 280%. Outros detalhes dessa mudança estão neste outro texto em que explicamos tudo.

Conclusão: como o seller deve se adequar às mudanças?
Para as mudanças da Americanas, o maior cuidado deve ser com a precificação. Usar planilhas que calculam o valor automaticamente ou ferramentas que auxiliam o empreendedor, considerando as taxas personalizadas de cada plataforma, é fundamental para manter a lucratividade. A taxa de erros tende a cair e a margem aumenta.

A Americanas também flexibilizou falhas do vendedor e o impacto delas no seller index. Além disso, as novas regras evidenciam quem utiliza o seu serviço de entregas e logística com condições especiais. Por isso, o vendedor precisa analisar o custo-benefício de aderir ao programa de parceria para fretes da empresa, até mesmo porque os subsídios podem chegar a 80%.

Tanto as alterações da Americanas quanto as do Meli reforçam a importância da experiência do cliente. Assim, deve-se caprichar no atendimento, logística e outras áreas que a afetam. Usar ferramentas que diminuam erros em seus processos se torna cada vez mais fundamental, além da contínua análise do empreendimento nos mais diversos marketplaces em que o vendedor está inserido.

Da mesma forma que as duas gigantes das vendas online se movimentam para manter-se atrativas, o seller também deve pensar em atualizações, não apenas em adequações às normas dos e-commerces. Essa adaptação é obrigatória, mas o diferencial vem com o estabelecimento de padrões específicos para a própria loja.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/mudancas-importantes-da-americanas-com-para-sellers-de-seu-marketplace

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Entregas da Via chegam a todas as cidades do Brasil

A Via, dona das marcas Casas Bahia, Ponto e Extra.com.br, investiu ao longo dos anos em tecnologia e infraestrutura para ampliar a entrega de serviços e aumentar a eficiência operacional. Em 2022, a empresa só não entregou no território de Fernando de Noronha. Atualmente, a Via chega no mesmo dia em 65 municípios e em até um dia em mais de 2,5 mil cidades brasileiras.

Para auxiliar nesse processo, a companhia anunciou a implantação do novo Manhattan Active Warehouse Management (WMS) no centro de distribuição de Jundiaí. Segundo a companhia, com a novidade, a Via é a primeira da área de atuação no Brasil a converter um sistema de gerenciamento logístico para o armazenamento de dados na nuvem, permitindo mais produtividade e agilidade no coração logístico do seu negócio.

“Hoje chegamos no Brasil inteiro e de maneira muito rápida. A estratégia omnicanal da Via está cada vez mais forte e, graças a isso, pegamos os ótimos ativos e levamos para fora da Via. Nossa logística é referência e passamos isso para os nossos parceiros”, ressaltou Fernando Gasparini, diretor-executivo de Logística e Abastecimento da Via.

Para a empresa, isso quer dizer que a plataforma de logística serve tanto o ecossistema da Via como para o mar aberto (logística as a service para parceiros que não estão no seu marketplace). Inclusive, o último relatório de resultados (4T22) mostrou que a logística mar aberto da companhia cresceu +837% em receita e +320% em pedidos.

Segundo a Via, o fullfilment e fullcommerce são grandes responsáveis por esses avanços tão significativos. Por exemplo, com fullfilment, a companhia oferece toda a estrutura logística, desde o recebimento, armazenagem e entrega de produtos de terceiros – sejam eles comercializados através do marketplace ou dos concorrentes. Já no fullcommerce, a empresa oferece tudo o que o primeiro serviço tem, mas também realiza toda operação do site, incluindo emissão de notas e sistemas para o contratante. A lista de clientes dessa modalidade inclui empresas como Gradiente, Café Pilão, Café L’Or, Cimed e Lenox.

Fonte : https://mundologistica.com.br/noticias/entregas-da-via-chegam-a-todas-as-cidades-do-pais

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Mercado Livre: VP detalha a ousadia para crescer em tempos de incerteza

Em entrevista à EXAME, executivos da plataforma de marketplace dizem que ganho de participação de mercado se intensificou após a crise da Americanas estourar.

“Só os paranóicos sobrevivem”. A frase é originalmente de Andrew Grove, ex-CEO da Intel, e repetida com frequência por um dos fundadores do Mercado Livre, virando uma espécie de lema para a empresa. Em um ambiente de juros em patamares mais altos – no caso do Brasil, perto de 14% ao ano -, só mesmo a inquietação parece ajudar o varejo a driblar as adversidades: os custos estão mais altos e a demanda, pressionada.

O terreno é de terra arrasada para parte do varejo, sendo a Americanas (AMER3) o caso mais evidente, com uma recuperação judicial provocada pela descoberta de um rombo de R$ 20 bilhões no balanço. Há ainda casos como o da Marisa (AMAR3) e da CVC (CVCB3), em reestruturação, e a gigante americana Amazon, que demitiu 18 mil funcionários em todo o mundo. Mas o Mercado Livre, indicam seus números, vive outra realidade.

“A gente está contratando. Seguimos crescendo, a única coisa é que diminuiu a taxa de crescimento”, diz Fernando Yunes, vice-presidente sênior e líder do Mercado Livre no Brasil em entrevista à EXAME Invest, dada ao lado de André Chaves, que é o responsável pela estratégia e desenvolvimento corporativo da varejista na América Latina. No Brasil, a receita do quarto trimestre cresceu 28% em moeda local, com avanço de 36% no varejo e 93% nas operações da fintech Mercado Pago. A receita de toda operação brasileira tinha saltado 61% no último trimestre de 2021.

No quarto trimestre, a receita da companhia cresceu 56%, para US$ 3 bilhões. O lucro líquido de todo o grupo chegou a US$ 165 milhões, revertendo o prejuízo registrado no mesmo período de 2021, de US$ 46 milhões. No ano, a última linha do balanço de todo o negócio saltou nada menos que 480%, para US$ 482 milhões.
A receita foi a tal “paranóia” de crescer somada à sorte. Ainda em 2021, a empresa criou um programa de produtividade de custos. A visão era criar uma agenda de produtividade que permitisse investir mais para seguir crescendo. “Só que os juros subiram muito rápido. Então, todo o ‘funding’ gerado pelo programa, no final, foi usado para segurar nossas margens”, diz Yunes.
A escalada dos juros pode ter mudado o percurso do programa da empresa, mas ajudou a manter as margens quando todo o mercado perdia rentabilidade. “Essa disciplina nos colocou numa posição mais confortável do que a das outras empresas que estavam gastando e nos permitiu não fazer um ajuste duro nesse ano [2022]”, acrescenta Chaves.
Com números tão positivos, a empresa foi abocanhando mais participação na disputa do comércio online, mas a corrida por fatias desse bolo ganhou mais intensidade no começo desse ano com um dos players, a Americanas, perdendo parte do seu espaço. Até novembro de 2022, o Mercado Livre liderava o comércio online brasileiro, com 14% de audiência, segundo a Conversion, que monitora ferramentas de pesquisas.
Os ganhos de participação de mercado vêm desde o terceiro trimestre de 2020, conta Yunes, mas agora a velocidade ficou maior. “Abrimos esse ano ganhando share. Então, sim, houve uma aceleração. Viemos nessa tendência há muito tempo e isso, depois do episódio, se intensificou.”

Leia abaixo a entrevista com os executivos do Mercado Livre:

Exame Invest: Todo o setor tem sinalizado que está pressionado. O que o Mercado Livre tem de diferente?

Fernando Yunes: Os principais diferencias que o Mercado Livre tem começam pelo lado do sortimento. Temos o maior sortimento de produtos e marcas do Brasil e da América Latina. Ano passado adicionamos 513 novas marcas, como Farm, Ellus, Rayban, GoPro, Shiseido e Universal Music. Há mais de 1.600 marcas que a gente trouxe em dois anos, muitas que são as preferidas dos clientes. Ao mesmo tempo, somamos mais 170 mil vendedores de middle e long tail. Com isso, chegamos a mais de 400 milhões de produtos anunciados, que é um número superior à soma do segundo e do terceiro concorrentes.
O segundo ponto vem de uma usabilidade do aplicativo e do site muito simples e intuitiva. É muito rápido e simples de você fazer uma compra. E a velocidade de logística é a maior do mercado. A gente está entregando quase 80% em até 48 horas e, na média Brasil, 51% em até um dia. Também estamos com pós-venda muito eficiente, com um programa de devoluções que ficou muito mais simples. A gente já tem agora 7.100 ‘places’, que são locais físicos ligados na rede logística do Meli para que as pessoas possam fazer pick up ou devolução de produtos.

Chaves: O interessante é como isso se traduz depois para o acionista, né? Justamente por ter a maior variedade, significa que o consumidor vem mais naturalmente, está mais fidelizado. A gente consegue ter um orçamento de marketing muito menor do que a maioria do mercado porque a gente tem mais escala, tem mais oferta e tem mais busca natural, mas retenção de compradores. A gente presta um serviço para os nossos vendedores que a gente consegue derivar em muitos casos até 80% do volume deles. A gente cobra um take rate dele que seja um take rate sustentável para o negócio, ao mesmo tempo que ele veja muito valor. E a gente traz muito volume para ele também. Por outro lado, a gente conseguiu uma escala logística, por conta do volume, em que os custos logísticos são muito baratos. Certamente baratos comparado ao resto do mercado.

EXAME Invest: Mas o cenário é complexo do ponto de vista de custos e vemos todo o setor desafiado, não?

Chaves: A gente concorda com isso. Achamos que, ao longo dos anos, a escala que a gente construiu e os investimentos de tecnologia permitem que, de um lado a gente tenha muitas alavancas de monetizar, e do outro a gente consiga operar com o custo baixo. Então a gente conseguiu ter um negócio que, apesar de todo o desafio, ele não só foi rentável regionalmente como também foi rentável no Brasil ao longo do ano.

Exame Invest: O relatório do quarto trimestre fala em ganho de participação. É de se imaginar que isso tenha ficado ainda mais intenso no começo do ano com o cenário complexo do varejo. Especificamente o episódio com a Americanas tem garantido uma fatia maior do bolo para vocês? Vocês ganharam participação desde o começo da crise deles?

Yunes: O contexto é super desafiado, com o impacto de juros e inflação pegando o custo das empresas. E o mercado também não está voando, a demanda está impactada por inflação e juros. Mas desde o segundo trimestre de 2020 a gente vem ganhando ‘market share’ trimestre após trimestre de forma consistente. Então, já são praticamente três anos que a gente ganha share consistentemente e no ano passado isso aconteceu também. Abrimos esse ano ganhando share. Então, sim, houve uma aceleração. A gente não pode abrir o quanto e também não sabe o quanto disso se mantém. Mas viemos nessa tendência há muito tempo e isso, depois do episódio, se intensificou.

Exame Invest: E como vocês estão driblando esse momento mais complexo para o ambiente de negócios?

Yunes: É, o momento é realmente complexo. O crédito para o segmento todo começa a ficar mais caro com o receio dos bancos de exposição aos players. Custos de antecipação ficam mais caros também. Desde o ano passado acho que a gente se antecipou muito bem em criar uma agenda de produtividade de custos muito cedo na empresa. Antes dos juros subirem. A gente até teve uma certa sorte, porque a nossa visão era criar um programa de produtividade, que gerasse ‘saving’ para poder crescer. Só que os juros subiram muito rápido. Então, todo o ‘funding’ gerado pelo programa, no final, foi usado para segurar nossas margens. Mas foi ótimo que a gente começou isso com essa antecedência. Então a gente conseguiu manter margens e manter uma capacidade de investimento diferenciada. Acho que a gente está num momento de seguir muito comprometido com o Brasil. Vai ser mais um ano muito forte de investimento. A cada ano a gente investe mais do que no ano anterior e esse ano vai ser assim.

Chaves: Como cor para isso que o Yunes falou, nosso quadro de trabalhadores está muito diferente de todo o mundo de tecnologia, que está cortando vagas globalmente.

Yunes: Sim, a gente está contratando. Seguimos crescendo, a única coisa é que diminuiu a taxa de crescimento.

Chaves: Foram ganhos de eficiência ao longo de toda a cadeia. A gente revisou vários dos nossos processos, várias das nossas iniciativas para tentar ganhar alavancagem operacional. Isso quer dizer o quê? Meu custo tem que crescer menos que o crescimento da receita. E essa disciplina começou em 2021, não começou com uma reação ao mercado. Ela colocou a gente numa posição mais confortável do que a maioria das empresas, que estava gastando, e permitiu que a gente não fizesse um ajuste duro.

Exame Invest: Mas qual o diagnóstico para 2023? Vai ser de crescer com a rentabilidade avançando menos?

Yunes: A gente quer que a taxa de crescimento do negócio seja um pouco superior à do ano passado e que a margem de rentabilidade também avance um pouco. Então seria um ano de crescer mais e entregar uma rentabilidade melhor.

Exame Invest: Quando você fala em crescer mais, está falando em mais receita mesmo?

Yunes: Sim. Nossa GMV no ano passado foi de crescimento de 21%, não podemos abrir números mas queremos crescer em velocidade maior e a margem de Ebit e lucro um pouco também. Então seria um negócio crescendo um pouco mais rápido com uma margem um pouco melhor.

Chaves: Uma frase que nosso CFO repete sempre é: “ganhos modestos, mas consistentes de rentabilidade”. Quando se compõe com o crescimento de receita que segue acelerado, significa muito mais dólares sendo gerado de rentabilidade.

Exame Invest: Vocês falaram muito da frente logística, e um ponto forte do Mercado Livre é sua capacidade de fullfilment [a empresa fica responsável pela armazenagem do estoque do seller e pela entrega ao cliente após a venda], não?

Yunes: O fullfilment em Mercado Envios vemos como um pilar fundamental para seguir investindo e crescendo. Mais de 40% da nossa GMV [sigla em inglês para volume bruto de vendas] é enviado pelo fullfilment. Na hora que se soma o crossdock, que também são centros próprios do Mercado Livre, aí vai para mais de 90%. Hoje, o que é entregue fora da rede Mercado Livre é só 5% do volume, 95% passa pela rede. E o fullfilment é o modelo mais rápido que a gente tem de entrega.

Chaves: A gente encara a logística como um negócio de tecnologia porque a capacidade de botar metro quadrado de CD [centro de distribuição] não é única do Mercado Livre. Mas a gente tem mais de 2.000 engenheiros escrevendo programas, escrevendo códigos para as várias partes da logística. Então a gente tem muitas soluções que são únicas e que são proprietárias em toda a rede. Ou seja, não é não é que a gente sai na frente por ter mais metro quadrado, mas sai na frente por escrever código.

Exame Invest: Os analistas dos bancos de investimento falam muito do sucesso do ecossistema do Mercado Livre. Como essa estrutura que vocês criaram contribui para os resultados?

Yunes: Acho que aí tem dois pontos. O primeiro, que é a base de tudo, é a cultura da empresa. Numa cultura que compete e não colabora, é difícil potencializar sinergias. Cada um vai pensar no seu pedaço. Do lado da cultura, é uma cultura muito de dono. Muitos dos fundadores ainda estão na empresa, é uma cultura de visão de longo prazo, de ousar e tomar risco. Além de quebrar os silos da empresa. Então, potencializar o ecossistema é algo que as lideranças têm genuinamente como algo a construir, porque isso fortalece o negócio como um todo. Um desses elos importantes é a logística, o outro é o Mercado Pago.

Exame Invest: Que teve um resultado bastante relevante nesse último trimestre, não? No Brasil, a receita da fintech cresceu 93% (sem efeito do câmbio).
Yunes: Mercado Pago nasceu para servir o ecossistema para possibilitar que as transações acontecessem de forma segura entre compradores e vendedores. Hoje, 100% do que é transacionado no Mercado Livre vai por meio do Mercado Pago. Toda a parte de crédito para pessoas, para compradores e para vendedores Mercado Pago oferece dentro da plataforma. O comprador quando chega no check out tem várias opções de pagamento: pode pagar com dinheiro em conta do Mercado Pago ou com cartão de crédito Mercado Pago; também pode fazer um crédito do Mercado Pago ou pode pagar com cartão de outra bandeira. Então o Mercado Pago trouxe muitas soluções e a gente tá complementando elas. Você não precisa nem escolher uma ou outra, pode escolher algumas para utilizar os limites que você tem. Isso gerou muita conversão de venda e melhoria da experiência dos clientes. A gente suporta os vendedores também, que podem pegar crédito com o Mercado Pago. Com isso a gente ajuda eles a financiar fluxo de caixa, capital de giro, para investir e crescer o negócio. Também entramos em seguros, investimentos em cripto…Mercado Pago virou um banco digital completo, que serve os usuários do Mercado Livre. Mas ele vai para fora do Mercado Livre também servir clientes do mercado aberto. E aí o mercado financeiro é um mercado enorme, com potencial gigantesco.

Chaves: Uma série de coisas que aconteceram no último no último ano que foram bem relevantes para o crescimento da rentabilidade. Hoje, uma das verticais do negócio passa por processar pagamentos fora do marketplace [ ]. Você pode vender no seu site e cobrar pelo Mercado Pago ou na sua loja física e usar nossa máquina de cartão. Teve um crescimento desse negócio, que segue crescendo as taxas muito saudáveis e com ganho de eficiência grande quando a gente verticalizou quase na totalidade de operação de adquirência. A gente não era adquirente próprio e passou a ser. Isso dá melhor serviço, mais taxa de aprovação e melhora a margem também. No lado da pessoa física a gente deu bastante eficiência na conta e a gente continua tendo desempenho bastante bom da carteira de créditos.

Exame Invest: Em que sentido?

Chaves: A gente tem um modelo bastante particular de crédito em que a gente faz toda a aprovação de crédito com base em dados proprietários. Ou seja, eu sei hoje não só o que você compra, mas o que que você navegou, como você navegou, o que que você digitou, que meios de pagamento você tem, endereço, etc. Isso tudo é tem uma camada de Inteligência Artificial por cima que consome esses dados e faz o credit score. Temos um credit score bastante bom e a gente fez uma boa gestão da carteira ao longo do período de crise.

Exame Invest: Sim, vocês fizeram provisões para perda, mas houve até mesmo redução disso no quarto trimestre. Como tem sido a atuação de vocês nessa concessão? Estão mais conservadores? (A operação do Mercado Crédito terminou 2022 com US$2,8 bilhões em carteira e um spread de 48% entre as receitas de crédito e as despesas associadas com provisões para perdas).

Chaves: A gente está mais conservador, especialmente no Brasil e um pouco menos no México e na Argentina. Muito do que a gente viu de expansão de rentabilidade agora em crédito foi isso. No final do segundo trimestre, a gente tomou a decisão de limitar créditos mais arriscados. E continuar buscando crescimento nos perfis menos arriscados. Pela natureza do nosso crédito esse perfil menos arriscado é até mais rentável. O que que a gente viu agora? A gente viu a maturação dessa decisão no quarto trimestre em que eu tenho mais carteira em perfis menos arriscados, que têm menos perda. E o segundo efeito, para ser 100% transparente, é a sazonalidade. Brasil, México e Argentina são países que têm entrada de caixa para as pessoas físicas no final do ano, com pagamento do décimo terceiro salário ou equivalente.

Exame Invest: Certo. A receita do Mercado Pago cresceu bastante no quarto trimestre e foi quase metade da receita total do grupo no período, mas quanto já contribui para o lucro do negócio?

Chaves: Esse número a gente não abre para o mercado. Mas o que posso falar é que é relevante. Já não se tem margens muito diferentes entre os dois negócios.
Exame Invest: Bom, dado tudo que falamos e o fato de que os indicadores macroeconômicos não deram sinais de melhora, quais os riscos que vocês veem para 2023 e mesmo 2024?

Yunes: Sempre tem um risco, né? O contexto macroeconômico com juros muito altos, ou se a gente tiver um aumento de desemprego e se a inflação persistir é ruim do poder aquisitivo. Tudo isso torna o contexto desafiador, mas os anos também não têm sido fáceis. Então a gente continua com uma visão otimista. O nosso segmento ainda tem uma penetração que não é alta. A penetração do e-commerce está ao redor de 15% ainda no varejo brasileiro. Tem muito espaço para crescer. Nos Estados Unidos já chegou nos 25%. Na China tem indicadores que passam dos 40%. Então o contexto como um todo pode estar desafiado, mas a gente acha que a penetração, e a conveniência toda que vem com a compra online, ainda tem muito espaço para avançar. Aí tem algo para seguir focando, melhorando as experiências e trazendo mais sortimento, fortalecendo a marca para acelerar a migração do offline pro online. Acho que parte disso se vê nessa iniciativa da gente de entrar no Big Brother, que foi uma decisão de 24 horas. Abriu a possibilidade, nos procuraram e a gente tomou a decisão. É algo novo que não temos a dimensão, mas vamos medir o quanto vai gerar de awareness. Então vem uma pegada de marca bem mais próxima dos brasileiros e talvez ajude a gente a trazer mais usuários que ainda não estão no e-commerce e ganhar market share. É o momento de ser ousado. A gente está tentando ser ousado no momento de incertezas. Estamos moderadamente otimistas.

Chaves: Nunca imunes, nunca confortáveis. Eu acho que qualquer empresa de tecnologia que se sentiu confortável ficou para trás na história. A gente está em setores de alta inovação e de alta competitividade, então não pode abaixar a guarda em momento algum. O nosso fundador tem uma frase que ele repete com alguma frequência que é: “só os paranoicos sobrevivem”. Portanto, a gente segue paranóico aqui.

Fonte : https://exame.com/invest/mercados/a-ousadia-do-mercado-livre-de-querer-crescer-mais-em-tempos-de-incertezas/

Grupo Petina lança primeiro operador logístico do Brasil focado em marketplace

O Fulfillment, ou Order Fulfillment, é um termo que vem se tornando cada vez mais popular no universo dos e-commerces e marketplaces. A expressão se refere a todo o conjunto de processos operacionais e logísticos que um canal online de vendas demanda, desde o momento em que cliente realiza o pedido até o recebimento do produto em seu endereço.

Criada em dezembro de 2022, a Petinoli Fulfillment foi idealizada por Rodrigo Garcia – diretor-executivo da Petina Soluções Digitais – e Marcelo Andreoli, especialistas em operações de marketplaces. Garcia e Andreoli decidiram unir suas amplas experiências no ramo para atender às necessidades de canais de compras online de diversos segmentos -– como Amazon, Mercado Livre, Carrefour, Netshoes e Renner, entre outros.

“Visamos otimizar a questão logística para os comerciantes do varejo digital, a Petinoli promete absorver toda a demanda do empreendimento além de buscar entender a operação de cada cliente, independente do sistema utilizado, e encontrar a solução mais adequada para cada pendência. Dessa forma, os processos que englobam a comercialização de produtos online, se tornam mais ágeis e eficientes, impactando diretamente na experiência de compra dos consumidores”, declara Garcia.

O executivo ressalta ainda que a Petinoli “tem estrutura adequada para atender pequenas, médias e grandes empresas” e a agilidade na entrega é garantida”. “Trabalhamos com o Envio Flex, temos parceria com as principais empresas homologadas pelo Mercado Livre para atendimento do Flex na região de SP e Grande SP, por isso conseguimos entregar no mesmo dia para essas regiões”, diz ele.

Passo a passo de um operador logístico

A atuação de um operador logístico envolve diversas etapas e um passo a passo bem definido:

1. Recebimento e armazenagem dos produtos

Seja do fornecedor ou do próprio vendedor, não é necessário agendamento prévio para o recebimento da mercadoria. “Assim que os produtos chegam, passam por vistoria, na qual são validadas possíveis avarias, e o recebimento é sistematizado para que o cliente possa acompanhá-lo online e em tempo real. A instalação conta com seguro contra roubo e incêndio, garantindo a segurança. Assim, os itens podem ser armazenados e devidamente etiquetados para que, posteriormente, a separação e despacho ocorra de maneira mais rápida”, diz Garcia

2. Organização dos pedidos

Essa etapa pode acontecer com o recebimento através do ERP (tiny e bling) do vendedor, realizando a emissão da nota fiscal e geração da etiqueta. “Caso a operação seja feita por um sistema diferenciado, as notas fiscais são recebidas pelos vendedores através da nuvem”, afirma o executivo.

3. Picking e packing

Picking – conhecido também como o processo de separação dos pedidos-, é realizado por onda e conforme a exigência dos canais de vendas digitais. Enquanto o packing, corresponde ao empacotamento dos produtos, que são embalados conforme a necessidade e fragilidade determinada. “A conferência dos itens é realizada em dois momentos para garantir que o cliente irá receber exatamente o que pediu”, diz.

4. Expedição e entrega dos produtos

A expedição dos pedidos é um diferencial da Petinoli, pois todos os pedidos aprovados até às 14h são liberados nos pontos de envio, coleta ou para transportadoras que consigam entregar no mesmo dia.

A entrega para os pontos de coleta dos marketplaces ou correios é feita por uma frota especial que assegura o prazo e o compromisso com o cliente. “É importante destacar que a Petinoli Fullfilment também trabalha com envios full do Mercado Livre, envios flex em parceria com empresas homologadas pelo ML para a região de SP e Grande SP. Em casos de cancelamento ou devolução, a logística reversa é por conta da própria empresa, que cuida desde a geração do código até o recebimento físico do pedido”, declara Garcia.

Existem diversas vantagens em terceirizar a operação logística de um marketplace, mas proporcionar uma boa experiência de compra ao cliente com certeza é um dos pilares. “Através dela, é possível atrair o olhar positivo do consumidor em relação à marca, bem como conquistar a fidelidade com o serviço prestado”, afirma o fundador da Petinoli.

Fonte : https://exame.com/bussola/grupo-petina-lanca-primeiro-operador-logistico-do-brasil-focado-em-marketplace/

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Carrefour e Mercado Livre se unem para ganhar espaço nos mercados online

O mercado de compras online de supermercados tem ganhado força no Brasil. E para entrar de vez neste segmento o Carrefour Brasil se uniu ao Mercado Livre para criar uma série de prateleiras. A informação foi confirmada pelo portal NeoFeed, onde o grupo francês será responsável por toda a parte alimentícia. Já todo o processo – do armazenamento e separação dos itens até as entregas na última milha – estará a cargo do Mercado Livre.

“Essa é a categoria menos madura e, por consequência, a de maior potencial no e-commerce”, afirmou Kael Lourenço, diretor de marketplace do Mercado Livre, ao NeoFeed. “Com essa parceria, nós saímos na frente ao conciliar o nosso nível de serviço com o sortimento e a força da marca do Carrefour.”

Diretor sênior de serviços digitais e comerciais do Carrefour Brasil, Alexandre Gyurkovits reforçou: “Mesmo entre o cliente nativo digital, ainda não existe uma cultura tão agressiva para produtos alimentares”, disse. “O que estamos fazendo é tentar contribuir para mudar essa cultura.”

Esta será a primeira experiência do Mercado Livre de vendas por geolocalização. Haverá centros de distribuição inicialmente nas regiões sudeste, norte e centro-oeste. Um dos pontos de partida será o CD em Cajamar (SP), instalado em uma área de 110 mil metros quadrados. Ainda neste ano, as regiões Nordeste e Sul devem ser adicionadas a esse mapa da parceria.

300 produtos inicialmente
Carrefour e Mercado Livre devem trabalhar com 300 produtos inicialmente, incluindo alimentos, bebidas, cuidados pessoais, higiene, limpeza e infantil. Entretanto, ao menos nessa primeira fase, os produtos perecíveis, um dos grandes desafios para escalar esse segmento, não farão parte do pacote.

Um dos grandes destaques será a desobrigação de um valor mínimo de pedido, ao contrário dos concorrentes. Portanto, poderá adquirir um único item com valor baixo.

De olho nessa tendência, o Carrefour também está presente em parceiros como Magazine Luiza, Via, iFood e Rappi. Em outra iniciativa recente, o grupo fechou uma parceria com a Cornershop para entregas em 15 minutos, começando por São Paulo.

Mercado Livre e Carrefour podem aproveitar uma brecha que a Americanas, que está em processo de falência. Vale lembrar que eles adquiriram o supermercado Now e o hortifruti Natural da Terra.

Fonte : https://mundoconectado.com.br/noticias/v/31181/carrefour-e-mercado-livre-se-unem-para-ganhar-espaco-nos-mercados-online

Via implanta WMS para aumentar produtividade no maior CD da América Latina

Empresa é a primeira do varejo brasileiro a converter sistema de gerenciamento para o armazenamento de dados na nuvem.

A Via, dona das marcas Casas Bahia, Ponto e Extra.com.br, anunciou a implantação do Manhattan Active Warehouse Management (WMS) no centro de distribuição de Jundiaí (SP) a partir de fevereiro. A companhia é a primeira empresa de varejo no Brasil a converter um sistema de gerenciamento logístico para o armazenamento de dados na nuvem.

As empresas são parceiras desde 2018. Recentemente, a Via adotou uma nova versão do sofrware da Manhattan para obter melhoria na gestão dos processos logísticos e ganhos de produtividade e eficiência no CD de Jundiaí. De acordo com a companhia, o empreendimento é considerado o coração logístico da rede e o maior do setor varejista na América Latina, com 306 mil m² de área para estocar e distribuir os produtos que são comercializados pelas marcas do grupo e por vendedores parceiros.

Com a implantação em Jundiaí, nove CDs localizados nos estados de Paraná, Pará, Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Manaus, passam a fazer uso do novo sistema Manhattan. A expectativa é que quase 90% da malha logística da Via seja atualizada ainda em 2023.

A tecnologia também irá possibilitar a ampliação das operações 3P (comercializados por parceiros do marketplace), o pilar da estratégia omnichannel da Via. Consequentemente, irá fortalecer o “as a service” da companhia, como o fulfillment e o fullcommerce para outros negócios.

O diretor de Logística da Via, Fernando Gasparini, destacou que a nova ferramenta trará ganhos significativos ao negócio como um todo. “Essa solução facilita a estratégia de omnicanalidade da Via, que é a integração das vendas no físico e nas plataformas online, como site e aplicativo. Com o novo WMS da Manhattan, a divisão do estoque passa a ser mais eficaz entre todos os nossos canais de comercialização e isso conversa com a missão da empresa que é vender onde, como e quando o cliente quiser.”

De acordo com Gasparini, outra grande vantagem é a otimização e ganho de tempo com os processos internos graças ao que o setor chama de “convocação ativa” dos operadores, além da atualização automática e constante do software a cada 90 dias.

FULFILLMENT E FULLCOMMERCE
Nos últimos três anos, a Via investiu em tecnologia e infraestrutura para atender clientes e parceiros no comércio eletrônico. Por meio do fulfillment, a companhia oferta toda a estrutura logística, desde o recebimento, armazenagem e entrega de produtos de terceiros – sejam eles comercializados por meio do marketplace ou dos concorrentes.

Atualmente, o fulfillment corresponde a mais de 16% do Envvias, serviço exclusivo de postagem e entrega de produtos do marketplace e o volume de entregas próprias pelo sistema da Via já alcança 64% do total.

No fullcommerce, a empresa oferece tudo o que o fulfillment tem, mas também realiza toda operação do site, incluindo emissão de notas e sistemas para o contratante. São clientes desta modalidade, empresas como Gradiente, Café Pilão, Café L’Or, Cimed, Lenox, entre outras.

Atualmente, as marcas da Via estão presentes em mais de 450 cidades o que viabiliza a descentralização do estoque e, consequentemente, redução do tempo de entrega do produto. São 30 CDs e mais de 1.100 lojas que funcionam como mini-hubs para entrega e recebimento das mercadorias.

Fonte : https://mundologistica.com.br/noticias/via-implanta-wms-para-aumentar-produtividade-no-maior-cd-da-america-latina

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Correios buscam expandir serviço de entregas voltado ao e-commerce em Feira de Santana e região

De acordo com a superintendente dos Correios no estado da Bahia, a empresa possui atualmente muitos clientes cadastrados no Log + e explicou como funciona esse serviço.

Feira de Santana é um grande polo comercial de entrega de encomendas. E com a proximidade de datas importantes como a Black Friday e os festejos de final de ano, aumenta ainda a circulação de mercadorias.

No município, é cada vez maior também a procura pelo serviço de e-commerce por empresas que desejam ampliar as suas vendas e dar maior comodidade aos consumidores. Atento a este movimento, os Correios têm buscado aumentar sua cartela de clientes cadastrados no serviço de entregas Log +.
O serviço Log + dos Correios visa dar todo o apoio operacional e logístico aos estabelecimentos que comercializam seus produtos por meio da internet, atendendo tanto ao mercado local quanto empresas que realizam entregas a nível nacional e internacional.

De acordo com a superintendente dos Correios no estado da Bahia, Simone Barreto, a empresa possui atualmente muitos clientes cadastrados no Log + e explicou como funciona esse serviço.

“Quem tem uma loja e tem esse desejo, pode entrar em contato com a superintendência, e a nossa gerência de vendas, e nós vamos encaminhar um assistente comercial para fazer essa venda e informar o trâmite. Porque hoje a gente tem um serviço que a gente cuida do armazém do cliente. Ele só cuida da página dele na internet, e a gente faz esse armazém pra ele. A gente coloca a etiqueta e encaminha para o cliente dele. Eles passam o arquivo pra gente, informando para quem vendeu, dão o endereço, e a encomenda já está em nossa posse e fazemos a entrega”, informou Simone Barreto.

Ela destacou que Feira de Santana é um grande polo de entrega de encomendas dos Correios, como também de empresas concorrentes.

“A gente não sabe dizer exatamente o que é do e-commerce e o que não é, porque dentro do fluxo operacional as encomendas têm o mesmo tratamento, elas não recebem tratamento diferenciado, a não ser deste tipo de cliente do Log + dos Correios, que a gente consegue identificar, insere no fluxo e eles saltam algumas etapas do processo de postagem e encaminhamento da carga. Quem tiver em Feira de Santana o interesse de conhecer melhor esse serviço, a gente vai ter um Fórum para divulgar. É só entrar em contato com a gerente de vendas ou assistente comercial dos Correios”, explicou.

A superintendente destacou que durante os períodos festivos, quando há maior fluxo de entregas de encomendas, os Correios precisam contratar mais colaboradores para conseguir dar conta do serviço, além de estender o horário de funcionamento.

Ela ressaltou ainda o papel social que os Correios possui em relação às localidades mais distantes, cidades pequenas, onde outras empresas não têm o interesse de realizar entregas por não ser algo tão rentável.

“Os Correios é o maior operador logístico do Brasil, e também faz um papel social, porque os Correios vão em localidades onde outras empresas não têm interesse de ir, devido ao custo para entrega de encomendas. Então os Correios fazem esse papel social. As empresas privadas têm interesse em uma cidade como Feira de Santana, porque é um polo grande, e fácil de entregar. Mas em áreas periféricas em cidades próximas a Feira, que são menores, esses operadores não vão. O operador que vai é os Correios, porque não é rentável para eles entregar nestes locais”, observou.

Fonte : https://www.acordacidade.com.br/noticias/feira-de-santana/correios-buscam-expandir-servico-de-entregas-voltado-ao-e-commerce-em-feira-de-santana-e-regiao/