Com invasão do e-commerce da Ásia, gigantes do varejo no país contra-atacam

O comércio eletrônico está bombando no Brasil. Impulsionadas pela pandemia, as vendas pela internet atingiram cifras recordes em 2021 e fortaleceram empresas nacionais como Magazine Luiza, que registrou crescimento médio anual de 61% nos últimos três anos.

Fundado na Argentina, mas operando no Brasil desde 1999, o Mercado Livre também cresceu demais no período. Só no ano passado, mais de 1 bilhão de itens com a etiqueta da empresa foram entregues nas portas dos clientes brasileiros.

O que não passou despercebido dos entregadores, porteiros de prédio e obviamente dos próprios clientes que compraram mais na pandemia, no entanto, foi o volume cada vez maior de pacotinhos com remetentes vindos do outro lado do mundo. São as encomendas de AliExpress, Shopee e Shein, que caíram tanto nas graças dos consumidores e que fizeram gigantes do varejo digital por aqui declarar guerra aos pacotes estrangeiros.

Bom e muito barato: Esses são os principais motivos que têm levado brasileiros a preferir as asiáticas na hora da compra online. “As roupas que eu compro no AliExpress são peças que não encontramos em lojas mais acessíveis. Se existe um modelo semelhante, tem uma variação de valor muito grande”, explica o arquiteto Matheus Freitas, 26, que compra em e-commerces asiáticos há pelo menos cinco anos.

Os prazos de entrega, que até pouco tempo atrás eram o principal empecilho para a compra de produtos de fora, vêm caindo drasticamente, com itens de Shein e AliExpress chegando em prazos de até 10 ou 15 dias —houve um tempo em que as entregas levavam literalmente meses para chegar.

Isso acontece porque as asiáticas já entendem o Brasil como um de seus principais mercados internacionais e passaram a investir pesado em vendedores locais, centros de distribuição e parceiros de entrega. Mesmo tendo chegado só em 2019 por aqui, a Shopee já montou centro de distribuição próprio no final do ano passado. Com altos investimentos em marketing, a empresa de Singapura contratou ninguém menos que Xuxa como sua garota-propaganda na TV e, meses atrás, ultrapassou o Mercado Livre no ranking de aplicativos mais acessados pelos brasileiros, segundo relatório da agência Conversion.

Referência quando se fala em importados chineses no Brasil, a AliExpress trocou os navios que a AliExpress trocou os navios que antes traziam as mercadorias por aviões. A meta é ousada: reduzir o tempo de entrega para apenas 7 dias.

Concorrência desleal, sonegação fiscal e venda de produtos falsificados: As companhias de varejo digital brasileiras têm um discurso afinado —e afiado— para revidar a invasão das asiáticas ao país. O Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), que reúne grupos como Magazine Luiza, Americanas e Via (Casas Bahia e Ponto Frio), pediu formalmente a congressistas medidas para combater o que considera mercado ilegal online.
A principal acusação é de que as asiáticas estariam se aproveitando de brechas que lhes permitem vender aqui sem pagar impostos e mesmo comercializar produtos ilegais, diz Maurício Morgado, professor e coordenador do Centro de Excelência em Varejo da FGV/EAESP. “Nosso marketplace é 100% legal e formal. Alguns concorrentes de fora não estão jogando de maneira formal e correta”, afirma Eduardo Galanternick, vice-presidente de negócios do Magazine Luiza.

Alberto Serrentino, consultor da Varese Consultoria de Varejo, diz que existe um “limbo regulatório” no Brasil que permite que encomendas de até US$ 50 entrem no país sem cobrança de impostos. A regra vale para encomendas de uma pessoa física para outra, mas Serrentino diz que isso foi “extrapolado” para a relação entre empresas e consumidores. A compra e a venda de produtos de outros países está crescendo em todo mundo, mas ainda é uma novidade, segundo Serrentino. Para ele, essa situação é reflexo da complexidade desse novo sistema que, por ser desconhecido, ainda não é bem regulamentado.

O UOL apurou que a Receita Federal estuda medidas para impedir que empresas de comércio eletrônico estrangeiras vendam mercadorias para brasileiros sem pagar os devidos impostos. A Receita não quis comentar essa iniciativa. Shopee, AliExpress e Shein negam as irregularidades: As empresas dizem que estão mais interessadas em se tornarem plataformas que vendem produtos de vendedores brasileiros ou marcas reconhecidas do que importadoras. Filipe Piringer, responsável pelo marketing da Shopee no Brasil, destaca as parcerias da empresa com marcas como Heineken, Nivea, L’Oréal, Motorola e Philips.

Briza Rocha Bueno, diretora da operação brasileira do AliExpress, rebate as acusações de falsificações e sonegação de impostos. “Essa acusação não faz sentido porque a AliExpress só vende produtos de sellers com CNPJ brasileiro e depois de um processo de validação desses CNPJs”, afirma. A Shein, que, além de vender, também cria suas próprias coleções apostando em preços baixos, tem tentado conquistar a confiança dos brasileiros por meio de parcerias com influenciadores digitais e mesmo celebridades como Anitta e Khloe Kardashian.

Entregas mais rápidas e mais baratas: As gigantes do setor de e-commerce no Brasil sabem que não vencerão essa guerra de braços cruzados e também investido em suas cadeias de logística. O Magazine Luiza, por exemplo, resolveu contra-atacar usando suas quase 1.500 lojas espalhadas pelo país como pontos de entrega para quem compra online de seus mais de 180 mil sellers. “Com as lojas físicas, vamos fazer a melhor conexão entre vendedores e clientes, no menor prazo e com o custo mais baixo”, diz Eduardo Galanternick, vice-presidente de negócios do Magazine Luiza.

O Mercado Livre afirmou estar investindo R$ 17 bilhões neste ano na abertura de quatro novos centros de distribuição, somando 12 no total, e na ampliação de sua frota de quatro para dez aviões. O objetivo é reduzir em 80% o tempo de entrega em mercados mais afastados, de estados no Norte e Nordeste. Até a norte-americana Amazon, que atua no Brasil desde 2012, reconhece que precisa se fortalecer nessa briga. Sua aposta é nas entregas rápidas e gratuitas, que pretende estender para mais cidades no Brasil, e no aumento de vendedores brasileiros em sua plataforma de marketplace. “Elas estão fazendo o que tem que ser feito, que é investir forte em infraestrutura logística e em tecnologia”, afirma o consultor Alberto Serrentino, sobre a reação do mercado local à invasão das asiáticas.

Para Eduardo Yamashita, diretor de Operações da Gouvêa Ecosystem, empresa focada em soluções para o varejo, o maior vencedor dessa guerra certamente é o consumidor. “Ele tem mais opções, e os preços tendem a diminuir. Isso é bom, desde que todos paguem os mesmos impostos”, conclui.

Via avança em logística fulfillment, fullcommerce e entregas próprias

Apostando na oferta de logística no mar aberto (fora de sua carteira de clientes), a Via, dona das marcas Casas Bahia, Ponto e Extra.com.br, avançou na entrega de fulfillment (quando a empresa é responsável por todo o processo logístico) e chegou a 16% das entregas dos itens comercializados por lojistas parceiros.

O avanço foi de 14 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre de 2022, quando o serviço foi lançado juntamente com a oferta do fullcommerce (além do processo logístico, a empresa é responsável pela operação do site, incluindo emissão de notas e sistemas).

A entradada rede nesse nicho ocorreu após a aquisição da logtech CNT, em janeiro deste ano, que é especializada em ofertas completas para operações de e-commerce, multimarketplace e plataformas no modelo plug & play (ecossistema com interação entre produtos e serviços).

A CNT conta com dois centros de distribuição localizados em Barueri (SP) e Serra (ES) e uma carteira de clientes com um portfólio diversificado de marcas, como Café L’Or, Café Pilão, Cimed, Lenox, Gradiente, dentre outras tantas indústrias.

Atualmente, o fulfillment atende a 188 lojistas do marketplace da Via e o fullcommerce chega a 13 lojistas.

Nos últimos três anos, a Via investiu em tecnologia e infraestrutura para ter a logística como um dos seus principais pilares de diversificação de fontes de renda do negócio. “Além de toda essa estrutura logística, temos uma proposta de valor única no mercado com nosso fulfillment multiplataforma”, afirma Fernando Gasparini, diretor-executivo de Logística da Via.

Via reduz terceiros e entrega 64% das mercadorias com malha própria
As entregas com malha própria também aumentaram em quatro vezes, nos últimos três anos, atingindo 64% tudo o que comercializado no ecossistema Via, incluindo os produtos que saem de centros logísticos e são retirados pelos clientes em lojas da rede – Casas Bahia e Ponto.

A companhia conta com 30 Centros de Distribuição e mais de 1.100 lojas que funcionam como mini-hubs para entrega e recebimento de produtos.

Além da CNT, nos últimos anos, a companhia adquiriu a logtech ASAPLog, que fez a empresa atingir um total de 300 mil entregadores para a entrega de última milha.

“Assumirmos cada vez mais a entrega das nossas mercadorias e dos parceiros nos permite ter mais eficiência de custo e logística. É um ganha-ganha que beneficia a todos – na Via, os lojistas parceiros e os clientes que recebem a mercadoria mais rápido e com maior segurança”, destaca Gasparini. No segundo semestre deste ano, o marketplace da Via atingiu a marca de 143 mil lojistas parceiros e um sortimento de 53 milhões de produtos.

Mercado Livre e GOL apresentam 1ª aeronave cargueira que entra em operação em setembro

O Mercado Livre e a GOL Linhas Aéreas anunciaram na última terça-feira (23), a chegada da primeira das seis aeronaves modelo Boeing 737-800 BCF, que fazem parte do contrato de longo prazo, firmado em abril deste ano. A iniciativa visa democratizar o comércio para todas as regiões do país, com ênfase no Norte, Nordeste e Centro-Oeste e faz parte do pacote de investimentos de R$ 17 bilhões que o Mercado Livre anunciou para este ano no Brasil.

O Mercado Livre e a Gol Linhas Aéreas anunciaram parceria em abril de 2022. Imagem: Divulgação
“Os primeiros voos terão como destino as cidades de Fortaleza (CE), São Luís (MA) e Teresina (PI), onde o prazo atual de 4 dias cairá para apenas 1, considerando cargas armazenadas em fulfillment. Vamos reduzir o tempo de entrega em até 80%. Esta é a concretização de nosso propósito de entrega rápida e democratização do comércio para todo o país,” comemora Fernando Yunes, vice-presidente Sênior e líder do Mercado Livre no Brasil.

Esses Fullfilment Centers são os centros de distribuição de armazenamento de mercadorias do Mercado Livre, explica a companhia. Neles, os itens ficam estocados até que algum consumidor realize a compra. Após a compra, os produtos saem do CD de fullfilment e se dirigem ao cross dockings, que são galpões menores, mais próximos das regiões de entrega, onde eles serão redirecionados e sairão para a entrega final.

Evolução do tempo de entrega
Somando-se a esta primeira aeronave da GOL, outras duas entrarão em operação ainda neste segundo semestre e as demais serão integradas à frota até o terceiro trimestre de 2023. O acordo considera também a opção de adicionar outras seis aeronaves de carga até 2025.

“Esta aeronave simboliza o início de uma nova fase para a GOL e para a GOLLOG. Este modelo de negócio, inédito para a Companhia, não poderia ter um parceiro melhor, líder do mercado de e-commerce na América Latina. Fazer parte disso e contribuir para democratizar este serviço para milhões de brasileiros, de forma estruturada e sustentável, nos orgulha e nos motiva a seguir crescendo”, diz Celso Ferrer, presidente da GOL Linhas Aéreas.

Os aviões destinados à operação fazem parte da frota atual da GOL e passam por um processo de conversão para cargueiros, sendo designados como 737-800 BCF (Boeing Converted Freighter). Estas são as aeronaves de carga mais eficientes operando no mercado aéreo brasileiro, com capacidade de 24 toneladas.

“Estimamos que a GOLLOG registre um aumento de aproximadamente 80% na capacidade de oferta em toneladas”, calcula Julio Perotti, diretor executivo da GOLLOG. “Este é um grande movimento que amplia nossas operações no Brasil, aumentando a gama de serviços oferecidos, o que deve representar uma receita incremental de R$ 100 milhões ainda em 2022 e de mais R$ 1 bilhão nos próximos 5 anos”, completa Perotti.

Todas as aeronaves terão a identidade visual do Mercado Livre, que foi aplicada pela GOL Aerotech, unidade de negócios da Companhia especializada em manutenção, reparos e revisões de aeronaves e componentes, a maior da América Latina, sediada em Confins-MG. A unidade está em processo de certificação para executar integralmente as conversões dos próximos aviões desta parceria.

Shopee x Mercado Livre: análise dos maiores marketplaces do Brasil

Em apenas três anos no mercado nacional, a Shopee chegou à vice-liderança dos e-commerces brasileiros. Mesmo na segunda posição, o site de vendas de Singapura tem prejuízo de US$ 1,52 por compra no país em 2022, mas indica uma melhoria de 45% em um ano.

A perda tem um bom motivo: ganhar uma boa fatia do segmento em um primeiro momento. Tanto que, no início de 2022, a nova queridinha das compras online diminuiu o número de cupons para minimizar as perdas e houve alterações nas taxas para vendedores que utilizam CPF em vez de CNPJ.

No entanto, o Mercado Livre (ML) ainda lidera os rankings dos marketplaces. Mas será que o Meli já está consolidado no país, por isso os dados se estabilizaram, ou será que a Shopee vai ameaçá-lo?

Neste artigo, aprofundaremos esses dados e, o mais importante, saberemos quais são as diferenças e as semelhanças entre os dois marketplaces. O foco é como as políticas e as características desses sites podem afetar o seller.

Afinal, qual o maior marketplace atualmente?
Quem é maior: Shopee ou Mercado Livre?

Somados os acessos de aplicativos e desktops, o Mercado Livre, até julho de 2022, liderava o ranking do e-commerce no Brasil. Mas a tendência de crescimento é maior para o marketplace Shopee.

Como os dados da Conversion mostram, o Mercado Livre apresenta oscilações de visitas desde janeiro. O número no início do ano era maior do que em julho.

Já a Shopee vive um momento de crescimento. Os acessos são menores que os do maior concorrente, mas, em relação ao início de 2022, as visitas estão crescendo.

Acesso por aplicativos nos marketplaces
Nos aplicativos próprios, a Shopee lidera os acessos com larga vantagem. Os dois e-commerces estão crescendo nos apps de marketplace, mas a empresa singapuriana supera os acessos do Meli em mais de 40 mil acessos.

Líder em satisfação do cliente
Dados do Bank of America Merrill Lynch (BofA) mostram que a Shopee está se tornando a favorita dos brasileiros. A empresa é líder em satisfação do cliente, com três pontos de vantagem sobre o Mercado Livre. O Net Promoter Score (NPS) da singapurense é 64, enquanto o do Mercado Livre é 61.

Preços
A mesma pesquisa mostrou liderança de preços baixos da Shopee, o que confirma a impressão de que o marketplace asiático é um site para quem procura por produtos com baixo valor.

Porém, a própria Shopee divulgou que investirá em eventos do setor de luxo. Assim, mercadorias com ticket médio maior podem ter mais relevância no marketplace daqui a um tempo.

Tendência de crescimento
Os dados indicam uma forte tendência de crescimento da Shopee e consolidação do Mercado Livre. O Brasil é o grande objetivo da empresa asiática, e a estimativa é de que a performance do país supere até mesmo os resultados na terra de origem da plataforma.

Outra característica relevante é a preocupação da Shopee em entender a cultura local para se adaptar. Em todos os mercados em que o e-commerce entra, há bastante investimento para criar estratégias compatíveis com a região em que está inserido.

Como o player asiático está mudando algumas políticas, o indicado é que o seller continue a analisar os dados, pois pode haver uma estabilização, e até mesmo queda, a depender da resposta do consumidor às alterações. A tendência é uma diminuição das políticas agressivas à medida que o público brasileiro se habitua a comprar na Shopee.

É fundamental acompanhar as estatísticas dos marketplaces. Os dados vão mostrar as expectativas de crescimento e, principalmente, as preferências dos consumidores. Porém, tão importante quanto isso é entender qual a política com os vendedores e o perfil dos e-commerces para traçar estratégias de negócios.

A seguir serão mostrados dados que interferem diretamente na margem de lucro do seller e estratégias para vender nos dois maiores marketplaces do momento.

Perfil de compra
É preciso entender o perfil de compra dos consumidores de cada marketplace.
O perfil de compra para cada marketplace difere. Cada consumidor possui objetivos e comportamentos diferentes, e por conta desses fatores, é essencial entender como atuar em cada um, se compensa empreender sua loja na plataforma e aplicar diferentes estratégias.

Shopee
Como a pesquisa do BofA mostrou, os clientes percebem a asiática como uma plataforma de compras mais baratas. Dessa forma, eles buscam menor preço e ofertas no marketplace. Um estudo interno da Shopee reforça esse dado. O perfil predominante de compradores é o que eles chamam de antenado em ofertas e representa 57%.

Esse é o motivo pelo qual há uma grande variedade de produtos de baixo ticket médio no marketplace que ficam em destaque na aba de “ofertas relâmpagos” como: utensílios de casa e cozinha, maquiagens, acessórios etc.

A precificação na Shopee é um fator decisivo para os consumidores, e eles buscam melhores preços que sejam possíveis utilizar cupons, promoções e frete gratuito.

Porém, é questão de sobrevivência para um negócio calcular o impacto de todos esses descontos na sua margem de lucro, entender como a comissão de vendas da Shopee funciona e aplicar preços que não atinjam seu faturamento.

Mercado Livre
O ainda maior marketplace do Brasil se assemelha a um catálogo no qual os consumidores não avaliam apenas preço. Um estudo do próprio Mercado Livre Ads, área dedicada à publicidade da empresa, mostra o quanto o cliente do e-commerce é analítico. Os visitantes passam 17% a mais de tempo no marketplace antes de realizar uma compra.

É comum a análise do custo-benefício, ao ver comentários, reputação do vendedor, características mais específicas de uma determinada mercadoria etc.

A plataforma também não consegue acompanhar a cultura de preços baixos da Shopee, que utiliza da estratégia que foi citado no início deste artigo, mas possui grande reputação no Brasil por sua qualidade de atendimento.

Podemos utilizar o comparativo de que, atualmente, a Shopee funcionaria como um ambiente comercial semelhante a pequenos shoppings com baixos preços e até poder de barganha por parte do consumidor, que tem à sua disposição muitos cupons, enquanto o Mercado Livre se torna um grande shopping com entregas de pedidos rápidos através de seu Mercado Envios Full que garante entregas até no mesmo dia a seu consumidor.

Comissão nos marketplaces
Quem não analisa bem as taxas avalia a Shopee como melhor no quesito comissão. O desconto será de no máximo 18%, caso o vendedor opte por oferecer frete grátis extra e trabalhe com CNPJ.

No Mercado Livre, a taxa varia de acordo com a categoria do produto e ainda há o desconto pela entrega gratuita. Dessa forma, é preciso uma análise mais aprofundada para entender o impacto no seu faturamento e estratégias.

Existe a vantagem, por parte do Meli, de descontar apenas R$5 em produtos de até R$79. Para quem vende produtos de baixo ticket, é uma vantagem. Ao mesmo tempo, a Shopee tem sido vista como o lugar para itens de menor valor.

Assim, é preciso analisar para entender qual é mais vantajoso para o negócio. Um produto muito barato pode ter um desconto maior na Shopee do que no Mercado Livre.

Um item de R$80, por exemplo, tem taxa de R$5 no líder dos e-commerces hoje. Na Shopee, R$9,60 ficam para o marketplace asiático. Porém, nesse exemplo, não foi considerado o frete grátis e nem anúncios diferenciados.

O Mercado Livre tem uma página com as comissões para todas as categorias de produtos para o seller consultar quando for necessário.

Já a Shopee, na data de fechamento deste texto, possui uma política de comissão mais enxuta, como você pode ver na ilustração abaixo, que considera o seu programa de frete grátis e a quantidade mensal de cupons pagos pela plataforma.

Taxas de comissão da Shopee.

Contudo, há ferramentas no mercado, como hubs de integração, que fazem o cálculo automático para o seller e ainda mostram qual a precificação ideal para preservar a margem de acordo com as taxas da Shopee e Mercado Livre, por exemplo.

Como funciona o frete grátis na Shopee?

Programa de frete grátis da Shopee e exemplos.
A Shopee possui muitos materiais visuais para simplificar o entendimento de seu programa de frete grátis a seus lojistas, como o gráfico acima, que exemplifica o limite máximo de comissão de R$100 da plataforma.

O seu programa de frete grátis se baseia em compras acima de R$29,90; ao utilizar o aplicativo, recebem o benefício. Para os vendedores, significa que será cobrado 6% a mais na comissão, mas respeitando a cobrança máxima de R$100.

Dessa maneira, produtos com ticket médio mais altos garantem mais faturamento ao lojista, que pode utilizar estratégias para atrair mais clientes.

Como funciona o custeio do frete grátis no Mercado Livre?
A contribuição do Mercado Livre com o custeio do frete está totalmente relacionada à reputação do vendedor. Assim, quanto melhor for o desempenho do seller, maiores serão as vantagens para ele. Além da contribuição do marketplace no frete, opções como utilizar seu programa de fulfilment atrairão mais compradores a sua loja.

Reputação verde
A melhor reputação no ML é conquistada para quem cumpre os seguintes requisitos:

Reclamações de até 4% do total de vendas.
Tempo de envio igual ou inferior a 15% do total de vendas.
Taxa de cancelamento inferior ou igual a 2%.
Reputação amarela
Vendedores na reputação amarela, têm três pré-requisitos. São eles:

Reclamações de até 7% do total de vendas.
Envio limitado a 20% do total de vendas.
Taxa de cancelamento em até 7% das vendas.
Reputação laranja
Se enquadram na reputação laranja:

Vendedores com até 12% de reclamações do total de vendas.
Tempo de envio que não ultrapassa 30% do total de vendas.
Taxa de cancelamento em até 10% das suas vendas.
Vendas por CPF
Muitos lojistas começam o processo de vendas no marketplaces através do CPF.
As vendas por CPF são como muitos lojistas iniciam seus negócios online com o objetivo de evitar, de início, encargos e burocracias ao criar um CNPJ.

O Mercado Livre e a Shopee são dois marketplaces que permitem as vendas por pessoa física, principalmente para aqueles que querem simplesmente vender itens usados, veículos etc. Porém, não é indicado para o seller permanecer com seu negócio online com CPF. Afinal, há muitas limitações, e as plataformas estão cada vez mais priorizando vendedores com CNPJ.

O empreendedor pode até iniciar como pessoa física, mas à medida que cresce é preciso se formalizar. Afinal, ao ultrapassar o limite imposto, são solicitados dados fiscais e ele poderá ter problemas com a Receita Federal.

O vendedor pode começar como Microempreendedor Individual (MEI), que permite venda e geração de nota fiscal para quem tem um faturamento de até R$80 mil anuais e, ao crescer mais, torna-se uma empresa de pequeno porte com até R$4,8 milhões anuais e continuar a utilizar o Simples Nacional.

Taxas para vender com CPF na Shopee

No início de junho de 2022, a Shopee realizou uma revisão nas políticas para vendedores que utilizam CPF no marketplace. Além da taxa padrão de 12%, é cobrado um acréscimo de R$5 por item vendido e, para itens com valores abaixo de R$10, será cobrado metade do valor do item.

Um dos objetivos do e-commerce com essas novas políticas foi motivar a formalização dos sellers. Confira abaixo na tabela:

Gráfico de comissão por CPF da Shopee.
Vender com o CNPJ, além de ter uma menor cobrança em sua comissão, oferece mais benefícios na plataforma como:

Equipe da Shopee com maior suporte ao seller;
Acesso ao Programa Vendedores Indicados da Shopee, que dá mais destaque ao seller;
Selo exclusivo do seu programa de frete grátis;
Oferecer mais cupons de desconto a seu cliente.
Venda com CPF no Mercado Livre
O Mercado Livre, assim como a Shopee, está cada vez migrando para que seus vendedores se formalizam através de políticas que favorecem pessoas jurídicas, para que, dessa maneira, pessoas físicas utilizem sua plataforma apenas para vendas casuais, como produtos que não utilizam mais.

As vendas no Meli com CPF têm restrições, como o limite de R$12 mil por vendedor, e também não é possível usufruir dos programas de entrega, como Mercado Coletas, já que as transportadoras exigem nota fiscal.

Emissão de nota fiscal no Mercado Livre e na Shopee
Os dois e-commerces têm sistema de emissão de nota fiscal integrado às plataformas. Nos dois, o seller precisa de um certificado digital do tipo A1 para gerar a NF. Dessa forma, mesmo sem um hub de integração ou ERP, o empreendedor pode gerar o documento, que é pré-requisito para ser um vendedor com grandes volumes de venda na Shopee ou no Mercado Livre.

Afinal, devo vender no Mercado Livre ou na Shopee?
Os dois canais de venda são portas de entrada para vendedores que estão iniciando seu negócio online, e se limitar a somente um deles pode fazê-lo perder potenciais vendas.

Então, estar presente nos dois marketplaces pode lhe garantir mais alcance. Afinal, um é líder em acessos e o outro possui um crescimento acelerado e promete ser promissor no território brasileiro, mesmo não sendo uma empresa nacional.

Não somente nos dois, mas o lojista deve analisar seu negócio e buscar se expandir em marketplaces que façam sentido para seu e-commerce através de estratégias assertivas e que o façam escalar, sempre pensando em fatores internos e externos, e preparando-se para períodos com muita demanda, como Dia das Mães, Black Friday, entre outros.

Shopee vs Mercado Livre: análise dos maiores marketplaces do Brasil.

Em apenas três anos no mercado nacional, a Shopee chegou à vice-liderança dos e-commerces brasileiros. Mesmo na segunda posição, o site de vendas de Singapura tem prejuízo de US$ 1,52 por compra no país em 2022, mas indica uma melhoria de 45% em um ano.

A perda tem um bom motivo: ganhar uma boa fatia do segmento em um primeiro momento. Tanto que, no início de 2022, a nova queridinha das compras online diminuiu o número de cupons para minimizar as perdas e houve alterações nas taxas para vendedores que utilizam CPF em vez de CNPJ.

No entanto, o Mercado Livre (ML) ainda lidera os rankings dos marketplaces. Mas será que o Meli já está consolidado no país, por isso os dados se estabilizaram, ou será que a Shopee vai ameaçá-lo?

Neste artigo, aprofundaremos esses dados e, o mais importante, saberemos quais são as diferenças e as semelhanças entre os dois marketplaces. O foco é como as políticas e as características desses sites podem afetar o seller.

Afinal, qual o maior marketplace atualmente?
Quem é maior: Shopee ou Mercado Livre?

Somados os acessos de aplicativos e desktops, o Mercado Livre, até julho de 2022, liderava o ranking do e-commerce no Brasil. Mas a tendência de crescimento é maior para o marketplace Shopee.

Como os dados da Conversion mostram, o Mercado Livre apresenta oscilações de visitas desde janeiro. O número no início do ano era maior do que em julho.

Já a Shopee vive um momento de crescimento. Os acessos são menores que os do maior concorrente, mas, em relação ao início de 2022, as visitas estão crescendo.

Acesso por aplicativos nos marketplaces
Nos aplicativos próprios, a Shopee lidera os acessos com larga vantagem. Os dois e-commerces estão crescendo nos apps de marketplace, mas a empresa singapuriana supera os acessos do Meli em mais de 40 mil acessos.

Líder em satisfação do cliente
Dados do Bank of America Merrill Lynch (BofA) mostram que a Shopee está se tornando a favorita dos brasileiros. A empresa é líder em satisfação do cliente, com três pontos de vantagem sobre o Mercado Livre. O Net Promoter Score (NPS) da singapurense é 64, enquanto o do Mercado Livre é 61.

Preços
A mesma pesquisa mostrou liderança de preços baixos da Shopee, o que confirma a impressão de que o marketplace asiático é um site para quem procura por produtos com baixo valor.

Porém, a própria Shopee divulgou que investirá em eventos do setor de luxo. Assim, mercadorias com ticket médio maior podem ter mais relevância no marketplace daqui a um tempo.

Tendência de crescimento
Os dados indicam uma forte tendência de crescimento da Shopee e consolidação do Mercado Livre. O Brasil é o grande objetivo da empresa asiática, e a estimativa é de que a performance do país supere até mesmo os resultados na terra de origem da plataforma.

Outra característica relevante é a preocupação da Shopee em entender a cultura local para se adaptar. Em todos os mercados em que o e-commerce entra, há bastante investimento para criar estratégias compatíveis com a região em que está inserido.

Como o player asiático está mudando algumas políticas, o indicado é que o seller continue a analisar os dados, pois pode haver uma estabilização, e até mesmo queda, a depender da resposta do consumidor às alterações. A tendência é uma diminuição das políticas agressivas à medida que o público brasileiro se habitua a comprar na Shopee.

É fundamental acompanhar as estatísticas dos marketplaces. Os dados vão mostrar as expectativas de crescimento e, principalmente, as preferências dos consumidores. Porém, tão importante quanto isso é entender qual a política com os vendedores e o perfil dos e-commerces para traçar estratégias de negócios.

A seguir serão mostrados dados que interferem diretamente na margem de lucro do seller e estratégias para vender nos dois maiores marketplaces do momento.

Perfil de compra
É preciso entender o perfil de compra dos consumidores de cada marketplace.
O perfil de compra para cada marketplace difere. Cada consumidor possui objetivos e comportamentos diferentes, e por conta desses fatores, é essencial entender como atuar em cada um, se compensa empreender sua loja na plataforma e aplicar diferentes estratégias.

Shopee
Como a pesquisa do BofA mostrou, os clientes percebem a asiática como uma plataforma de compras mais baratas. Dessa forma, eles buscam menor preço e ofertas no marketplace. Um estudo interno da Shopee reforça esse dado. O perfil predominante de compradores é o que eles chamam de antenado em ofertas e representa 57%.

Esse é o motivo pelo qual há uma grande variedade de produtos de baixo ticket médio no marketplace que ficam em destaque na aba de “ofertas relâmpagos” como: utensílios de casa e cozinha, maquiagens, acessórios etc.

A precificação na Shopee é um fator decisivo para os consumidores, e eles buscam melhores preços que sejam possíveis utilizar cupons, promoções e frete gratuito.

Porém, é questão de sobrevivência para um negócio calcular o impacto de todos esses descontos na sua margem de lucro, entender como a comissão de vendas da Shopee funciona e aplicar preços que não atinjam seu faturamento.

Mercado Livre
O ainda maior marketplace do Brasil se assemelha a um catálogo no qual os consumidores não avaliam apenas preço. Um estudo do próprio Mercado Livre Ads, área dedicada à publicidade da empresa, mostra o quanto o cliente do e-commerce é analítico. Os visitantes passam 17% a mais de tempo no marketplace antes de realizar uma compra.

É comum a análise do custo-benefício, ao ver comentários, reputação do vendedor, características mais específicas de uma determinada mercadoria etc.

A plataforma também não consegue acompanhar a cultura de preços baixos da Shopee, que utiliza da estratégia que foi citado no início deste artigo, mas possui grande reputação no Brasil por sua qualidade de atendimento.

Podemos utilizar o comparativo de que, atualmente, a Shopee funcionaria como um ambiente comercial semelhante a pequenos shoppings com baixos preços e até poder de barganha por parte do consumidor, que tem à sua disposição muitos cupons, enquanto o Mercado Livre se torna um grande shopping com entregas de pedidos rápidos através de seu Mercado Envios Full que garante entregas até no mesmo dia a seu consumidor.

Comissão nos marketplaces
Quem não analisa bem as taxas avalia a Shopee como melhor no quesito comissão. O desconto será de no máximo 18%, caso o vendedor opte por oferecer frete grátis extra e trabalhe com CNPJ.

No Mercado Livre, a taxa varia de acordo com a categoria do produto e ainda há o desconto pela entrega gratuita. Dessa forma, é preciso uma análise mais aprofundada para entender o impacto no seu faturamento e estratégias.

Existe a vantagem, por parte do Meli, de descontar apenas R$5 em produtos de até R$79. Para quem vende produtos de baixo ticket, é uma vantagem. Ao mesmo tempo, a Shopee tem sido vista como o lugar para itens de menor valor.

Assim, é preciso analisar para entender qual é mais vantajoso para o negócio. Um produto muito barato pode ter um desconto maior na Shopee do que no Mercado Livre.

Um item de R$80, por exemplo, tem taxa de R$5 no líder dos e-commerces hoje. Na Shopee, R$9,60 ficam para o marketplace asiático. Porém, nesse exemplo, não foi considerado o frete grátis e nem anúncios diferenciados.

O Mercado Livre tem uma página com as comissões para todas as categorias de produtos para o seller consultar quando for necessário.

Já a Shopee, na data de fechamento deste texto, possui uma política de comissão mais enxuta, como você pode ver na ilustração abaixo, que considera o seu programa de frete grátis e a quantidade mensal de cupons pagos pela plataforma.

Taxas de comissão da Shopee.

Contudo, há ferramentas no mercado, como hubs de integração, que fazem o cálculo automático para o seller e ainda mostram qual a precificação ideal para preservar a margem de acordo com as taxas da Shopee e Mercado Livre, por exemplo.

Como funciona o frete grátis na Shopee?

Programa de frete grátis da Shopee e exemplos.
A Shopee possui muitos materiais visuais para simplificar o entendimento de seu programa de frete grátis a seus lojistas, como o gráfico acima, que exemplifica o limite máximo de comissão de R$100 da plataforma.

O seu programa de frete grátis se baseia em compras acima de R$29,90; ao utilizar o aplicativo, recebem o benefício. Para os vendedores, significa que será cobrado 6% a mais na comissão, mas respeitando a cobrança máxima de R$100.

Dessa maneira, produtos com ticket médio mais altos garantem mais faturamento ao lojista, que pode utilizar estratégias para atrair mais clientes.

Como funciona o custeio do frete grátis no Mercado Livre?
A contribuição do Mercado Livre com o custeio do frete está totalmente relacionada à reputação do vendedor. Assim, quanto melhor for o desempenho do seller, maiores serão as vantagens para ele. Além da contribuição do marketplace no frete, opções como utilizar seu programa de fulfilment atrairão mais compradores a sua loja.

Reputação verde
A melhor reputação no ML é conquistada para quem cumpre os seguintes requisitos:

Reclamações de até 4% do total de vendas.
Tempo de envio igual ou inferior a 15% do total de vendas.
Taxa de cancelamento inferior ou igual a 2%.
Reputação amarela
Vendedores na reputação amarela, têm três pré-requisitos. São eles:

Reclamações de até 7% do total de vendas.
Envio limitado a 20% do total de vendas.
Taxa de cancelamento em até 7% das vendas.
Reputação laranja
Se enquadram na reputação laranja:

Vendedores com até 12% de reclamações do total de vendas.
Tempo de envio que não ultrapassa 30% do total de vendas.
Taxa de cancelamento em até 10% das suas vendas.
Vendas por CPF
Muitos lojistas começam o processo de vendas no marketplaces através do CPF.
As vendas por CPF são como muitos lojistas iniciam seus negócios online com o objetivo de evitar, de início, encargos e burocracias ao criar um CNPJ.

O Mercado Livre e a Shopee são dois marketplaces que permitem as vendas por pessoa física, principalmente para aqueles que querem simplesmente vender itens usados, veículos etc. Porém, não é indicado para o seller permanecer com seu negócio online com CPF. Afinal, há muitas limitações, e as plataformas estão cada vez mais priorizando vendedores com CNPJ.

O empreendedor pode até iniciar como pessoa física, mas à medida que cresce é preciso se formalizar. Afinal, ao ultrapassar o limite imposto, são solicitados dados fiscais e ele poderá ter problemas com a Receita Federal.

O vendedor pode começar como Microempreendedor Individual (MEI), que permite venda e geração de nota fiscal para quem tem um faturamento de até R$80 mil anuais e, ao crescer mais, torna-se uma empresa de pequeno porte com até R$4,8 milhões anuais e continuar a utilizar o Simples Nacional.

Taxas para vender com CPF na Shopee

No início de junho de 2022, a Shopee realizou uma revisão nas políticas para vendedores que utilizam CPF no marketplace. Além da taxa padrão de 12%, é cobrado um acréscimo de R$5 por item vendido e, para itens com valores abaixo de R$10, será cobrado metade do valor do item.

Um dos objetivos do e-commerce com essas novas políticas foi motivar a formalização dos sellers. Confira abaixo na tabela:

Gráfico de comissão por CPF da Shopee.
Vender com o CNPJ, além de ter uma menor cobrança em sua comissão, oferece mais benefícios na plataforma como:

Equipe da Shopee com maior suporte ao seller;
Acesso ao Programa Vendedores Indicados da Shopee, que dá mais destaque ao seller;
Selo exclusivo do seu programa de frete grátis;
Oferecer mais cupons de desconto a seu cliente.
Venda com CPF no Mercado Livre
O Mercado Livre, assim como a Shopee, está cada vez migrando para que seus vendedores se formalizam através de políticas que favorecem pessoas jurídicas, para que, dessa maneira, pessoas físicas utilizem sua plataforma apenas para vendas casuais, como produtos que não utilizam mais.

As vendas no Meli com CPF têm restrições, como o limite de R$12 mil por vendedor, e também não é possível usufruir dos programas de entrega, como Mercado Coletas, já que as transportadoras exigem nota fiscal.

Emissão de nota fiscal no Mercado Livre e na Shopee
Os dois e-commerces têm sistema de emissão de nota fiscal integrado às plataformas. Nos dois, o seller precisa de um certificado digital do tipo A1 para gerar a NF. Dessa forma, mesmo sem um hub de integração ou ERP, o empreendedor pode gerar o documento, que é pré-requisito para ser um vendedor com grandes volumes de venda na Shopee ou no Mercado Livre.

Afinal, devo vender no Mercado Livre ou na Shopee?
Os dois canais de venda são portas de entrada para vendedores que estão iniciando seu negócio online, e se limitar a somente um deles pode fazê-lo perder potenciais vendas.

Então, estar presente nos dois marketplaces pode lhe garantir mais alcance. Afinal, um é líder em acessos e o outro possui um crescimento acelerado e promete ser promissor no território brasileiro, mesmo não sendo uma empresa nacional.

Não somente nos dois, mas o lojista deve analisar seu negócio e buscar se expandir em marketplaces que façam sentido para seu e-commerce através de estratégias assertivas e que o façam escalar, sempre pensando em fatores internos e externos, e preparando-se para períodos com muita demanda, como Dia das Mães, Black Friday, entre outros.

Deutsche Post DHL confirma metas para 2022 após 2º trimestre superar expectativas

Companhia alemã do setor de frete e logística informou que seu lucro subiu de 1,29 bilhão de euros para 1,46 bilhão de euros no período, e as receitas avançaram 23%, a 24,03 bilhões de euros.

O Deutsche Post DHL divulgou no último dia 5, que seus lucros cresceram no segundo trimestre, superando expectativas, e reiterou as metas para o ano.

A companhia alemã do setor de frete e logística disse que seu lucro subiu de 1,29 bilhão de euros para 1,46 bilhão de euros no período. Analistas tinham projeção de 1,23 bilhão de euros, de acordo com consenso do mercado.
As receitas subiram 23%, a 24,03 bilhões de euros, enquanto o lucro antes de juros e impostos (Ebit) subiu 12%, a 2,34 bilhões de euros. Analistas esperavam receitas de 21,7 bilhões de euros e Ebit de 2,01 bilhões de euros.
A superação das expectativas foi sustentada pelos negócios entre empresas nas unidade de frete, logística, entrega expressa e entregas globais, disse a companhia.
Para o ano, o Deutsche Post DHL confirmou sua meta de Ebit em 8 bilhões de euros, com margem de erro de 5% para mais ou para menos. Em uma situação de rápida desaceleração econômica mundial, o Ebit ficaria na parte de baixo da meta.
“Sem mudanças radicais no sentimento da economia global, o grupo considera um Ebit de mais de 8,4 bilhões de euro como alcançável”, afirma a empresa.

DHL fala dos desafios da logística para e-commerce

Head do setor mostrou como a empresa se prepara para a crescente demanda no fluxo de pedidos e entregas

A entrega é parte essencial do serviço de e-commerce. Afinal, de nada adianta uma compra bem-sucedida no ambiente online se o produto tem problemas quando chega. A DHL sabe dessa realidade e apresentou no Palco de Soluções de que maneira a empresa tem se planejado para ser um importante elo da cadeia do varejo online.

Letícia Maturana, Head de E-Commerce na DHL Supply Chain Brasil DHL, conta que esse aumento nas vendas se deve ao volume de compras processadas via redes sociais, o que antes era algo menos comum. Isso complicou o processo de entregas e fez com que muitos empresários assumissem, eles mesmos, o papel de entregador de itens adquiridos online. Outro ponto de destaque foram os novos hábitos de consumo. Letícia destacou o crescente interesse da atual geração por fontes de energias renováveis para serviços de entrega, algo que faz parte das soluções da HDL. Grupo Deutsche Post DHL estima alcançar uma logística zero emissões até 2050.

Alcance em todo o território
A representante da líder global em armazenagem e distribuição também falou da importância da logística se adequar à experiência do consumidor, com parceiros flexíveis e confiáveis que alcancem os principais mercados brasileiros para entregas no mesmo dia ou no próximo, mesmo quando o inesperado acontece. Por isso, Letícia reforçou que é essencial de ter uma operação planejada e preparada com cinco fulfillment centers, área de armazenagem de, em média, 300 mil m² além de 6,5 mil colaboradores dedicados, 55 hubs de transporte e 800 veículos, números que colocam a HDL como a maior infraestrutura especializada de um operador logístico no Brasil.

Novidades no estande
Na 13ª.a edição do Fórum E-Commerce Brasil, a empresa lançou o DHL Fulfillment Network, uma rede fulfillment multiclientes que auxilia na execução de toda a logística de e-commerce. O novo serviço atende as indústrias e os varejistas de médio e grande porte, com foco em atividades de transporte na primeira milha, centros de atendimento multiusuário em áreas metropolitanas, processos de transporte middle mile, manuseio e triagem altamente eficientes com operações próprias, integração pré-definida com plataformas líderes de mercado, visibilidade total em tempo real dos pedidos por processo, entrega na última milha operada pela DHL nas principais áreas metropolitanas e em parceria com players estratégicos em locais selecionados.

“Mercado Livre aposta em tecnologia na logística para otimizar processos”, revela executivo

A logística figura entre as áreas mais importantes do e-commerce, especialmente em tempos de entrega mais rápida, em que a distância entre o clique da compra e o aviso de recebimento está cada vez mais curta. Porém, não é possível apresentar uma logística eficiente sem uma infraestrutura que comporte os desafios de demanda. E, se a infraestrutura presente não é suficiente, a tecnologia pode preencher essa lacuna. Esta é a receita do Mercado Livre apresentada por Luiz Augusto Vergueiro, diretor de Operações Logísticas do Mercado Livre, durante o Fórum E-Commerce Brasil 2022.

Para otimizar os processos, o marketplace criou uma rede de logística própria, com diversos setores integrados, como o de Automação e Sorter, que distribuem produtos e pacotes para os destinos dentro do CD (centros de distribuição) ou destinos de entrega do Mercado Livre, em Cajamar, na região metropolitana de São Paulo.

“A logística precisa investir em infraestrutura, que é centro de distribuição, caminhão, tecnologia, processos e pessoas, principalmente. Hoje, o Mercado Livre é a maior rede de logística da América Latina”, conta o executivo.

Entre os processos da empresas, destacam-se o cross docking e o fulfillment. Vergueiro explica que, no cross docking, são coletados os pacotes e os produtos separados para seus destinos. Hoje, existem 13 operações de cross docking operando no Mercado Livre. Já na operação de fulfillment, a empresa armazena os produtos e, quando a venda acontece, os mesmos são coletados e entregues. O marketplace conta com 12 operações de fulfillment nos estados de Minas Gerais, Bahia, Santa Catarina e São Paulo.

“As operações precisam ser dedicadas para serem eficientes. O vendedor vende de tudo, mas as operações são separadas. Criamos um centro onde comunicação com usuário é única, mas fazemos a distribuição em CDs específicos, Deixamos de usar o fulfillment tradicional para virar um ponto de separação dos produtos que serão enviados para localidades mais distantes. O Meli é uma empresa de tecnologia que faz logística”, detalha Vergueiro.

Fonte: Mercado Livre
Capacidade de envios do Mercado Livre
Atualmente o marketplace entrega no mesmo dia para 100 cidades brasileiras. Veja os demais números da empresa:

254 milhões de itens foram enviados no trimestre (+22,2%);
2,8 milhões de produtos enviados por dia;
54% foi entregue no mesmo dia ou no dia seguinte à compra;
80% foi entregue em até 48 horas;
81% foram entregas gratuitas;
90,5% enviado via MeliNet – rede gerenciado do Mercado Livre.

Sequoia apresentará os serviços de fulfillment no Fórum E-Commerce Brasil 2022

A Sequoia, líder no país em operações logísticas de e-commerce, estará na 13ª edição do Fórum E-Commerce Brasil 2022, que acontecerá nos dias 26 e 27 de julho, no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

A Sequoia apresentará no evento sua expertise em soluções logísticas para o setor de e-commerce, por meio do modelo fulfillment que integra setores, processos e operações logísticas para oferecer diferenciadas soluções para os clientes, desde pequenos e médios até os maiores players do varejo online.

Um dos destaques é a plataforma Shipping From Anywhere (SFx) voltada para o e-commerce de pequenos e médios sellers e grandes varejistas, que tem ganhado escala rapidamente. As soluções tecnológicas da companhia, como a Lincros, que desenvolve soluções de roteirização, mais a armazenagem e transporte integrados, permite que as entregas sejam feitas no mesmo dia, dependendo da origem e destino.

“Nos últimos dois anos investimos muito em tecnologia e aquisição de logtechs para ampliar o ecossistema digital da Companhia. Como líder do segmento devemos estar atentos a todas as possibilidades para oferecermos aos clientes. O e-commerce cresceu muito, principalmente no auge da pandemia, e manteve a tendência de expansão nos principais segmentos do mercado”, explica Armando Marchesan Neto, Ceo.

Sobre a Sequoia

A empresa atua de ponta-a-ponta nos serviços do setor de transporte e logística, com foco em soluções para o e-commerce. Com uma plataforma tecnológica proprietária e escalável, oferece soluções altamente customizadas para cada tipo de negócio e cliente, com eficiência operacional e altos níveis de serviço em cada etapa da cadeia de entrega.

Desde a sua fundação, a Companhia já realizou a aquisição e/ou criação de 12 empresas, de forma a ampliar sua atuação em todas as regiões do país e se consolidar como um dos principais players do país. Em outubro de 2020, a Sequoia realizou sua abertura de capital na Bolsa de Valores brasileira (B3), no Novo Mercado, segmento com o maior nível de governança corporativa, sob o ticker SEQL3.

Saiba tudo sobre a nova rodada de reajustes dos marketplaces

Mercado Livre, Magazine Luiza, Americanas e Via anunciaram mudanças nas tarifas e vamos te atualizar sobre todas elas por aqui.

Alguns dos principais marketplaces do país anunciaram mudanças nas tarifas e, neste artigo, você pode se atualizar sobre todas elas.
Mercado Livre
Começando pelo Mercado Livre, que anunciou um novo aumento nas tarifas de frete grátis de aproximadamente 3%. O acumulado nos últimos doze meses ronda a casa dos 20%, como podemos ver no gráfico acima, que mostra as tarifas de frete grátis cobradas em vendas a partir de R$ 79 pelo Mercado Envios Full.

Vale lembrar que o Mercado Livre também implantou neste ano a cobrança por armazenagem em todos os produtos do fulfillment e reajustou a comissão de algumas subcategorias, chegando ao teto de 13% na modalidade Clássico (onde o comprador paga juros em caso de parcelamento no cartão) e a 18% na modalidade Premium (onde não há juros no parcelamento).

Os compradores também sentiram mudanças na quantidade de parcelas oferecidas pelo site. Se antes um produto de R$ 200 anunciado na modalidade Premium podia ser parcelado em até 12x sem juros, agora esse parcelamento não passa de 6x.

O Mercado Livre também retirou o subsídio integral de embalagens para vendedores que estavam dentro de sua rede logística, utilizando o serviço Mercado Envios. Agora, o desconto na compra de suprimentos é de apenas 50%, inferior ao Magazine Luiza, que banca 70% dos custos das embalagens, mas superior aos demais concorrentes que não oferecem tal benefício.

Por fim, houve uma alteração na categoria Supermercado, que passou a oferecer frete grátis somente nos itens acima de R$ 199. Se por um lado os itens com valor inferior a estes ficam bem mais competitivos, já que o vendedor não precisa embutir a tarifa de frete grátis, por outro, o ticket médio necessário para atingir o frete grátis aumentou em mais de 250%. Vale lembrar que também não existem mais as campanhas de incentivo da categoria Supermercado que ofereciam 10% ou 15% de desconto caso o comprador adquirisse uma quantidade determinada de itens dentro da categoria.

Magazine Luiza
O Magazine Luiza implantou sua política de frete grátis no começo do ano. No entanto, mesmo deixando de bancar integralmente o frete grátis, passando a cobrar uma tarifa de frete grátis dos vendedores de seu marketplace, foi necessário um reajuste na comissão dos vendedores que estão no modelo antecipado (aquele onde todo o valor é pago integralmente ao lojista no fluxo de pagamento vigente, mesmo que o comprador tenha optado pelo parcelamento) de 16% para 18%. Isso representa uma alta de 12,5%, número pouco acima da inflação acumulada nos últimos 12 meses (11,89% – IPCA jul/22).

Quem está no modelo “fluxo”, onde o pagamento é feito conforme a quantidade de parcelas escolhida pelo comprador, continua com comissão padrão de 12,8%.

A comissão do Magazine Luiza passa a ser maior do que a da Americanas, que alterou suas taxas no começo do ano e até o fechamento deste artigo ainda não havia anunciado novos reajustes. Por lá,% a comissão varia de 12 a 19%, com a grande maioria das categorias concentrada entre 16% e 16,5%, bem abaixo dos 18% cobrados atualmente pelo Magalu.

Americanas
O único reajuste da Americanas foi bem silencioso, diga-se de passagem. Entre abril e junho, a companhia ajustou a comissão apenas de vendedores que possuem uma tabela de comissionamento diferenciada, menor do que a tabela padrão. A base de sellers atingidas com esse reajuste é numericamente pequena, mas, por se tratar dos maiores vendedores do marketplace, pode representar uma parte significativa do GMV gerado pelo 3P. Na minha loja, por exemplo, o reajuste foi de 1,25%. Minha menor comissão no ano passado era na Via, mas, após todos os reajustes deste ano, agora é na Americanas que eu pago menos.

Via
A Via enviou e-mails para alguns vendedores informando sobre a criação de um novo fluxo de pagamento, onde deixa de existir o pagamento antecipado e o repasse de pagamentos de cartão de crédito passa a ser feito no fluxo, na quantidade de parcelas escolhida pelo comprador. A empresa não divulgou a porcentagem da sua base de vendedores atingida com essa decisão, e o print com o e-mail de reajuste viralizou em grupos de vendedores, chegando a gerar matérias jornalísticas em jornais de grande circulação. A falta de informações gerou um clima de incerteza no mercado sobre a capacidade de pagamento e fluxo de caixa da empresa. A repercussão não poderia ser mais danosa.

Vale lembrar que a Via reajustou a comissão cobrada no marketplace em janeiro deste ano para aproximadamente 21% na maioria das categorias de produtos. Comissão essa que é, em média, 32% maior do que a dos concorrentes (considerando uma comissão média de 16% cobrada pelos concorrentes).

Consegui confirmar com a empresa que os sellers que estão com o comissionamento padrão – de 21%, em média – não pagarão por custos de antecipação e continuarão recebendo todo o valor devido no fluxo de pagamento vigente, independentemente da quantidade de parcelas escolhida pelo comprador.

A Via também informou que, independentemente do tamanho do seller, caso ele contrate a recém-lançada solução de fulfillment da companhia, ele poderá receber os pagamentos em D+4, um dos melhores ciclos de pagamento disponíveis entre os grandes marketplaces, ficando atrás apenas da Shopee, que, por meio do programa Shopee Antecipa repassa os valores para os sellers em 24 horas após a postagem, e fica à frente de todos os demais concorrentes, que possuem prazo médio de pagamento variando entre oito e 21 dias.