Por meio da Logtech Cnt, Via anuncia início da operação full-commerce da Mallory

A CNT, logtech da Via – dona das marcas Casas Bahia, Ponto e Extra.com.br – anunciou que assumiu toda a operação de e-commerce da Mallory, uma das maiores fabricantes de eletrodomésticos e eletroportáteis do Brasil, passando a ser responsável pelo full-commerce da empresa. O contrato também é o primeiro desse tipo, desde a aquisição da empresa de logística pela Via em janeiro deste ano.

No CD de Jundiaí (SP), a Via já realizava o serviço de fulfillment para a Mallory, que possui fábrica em Maranguape, na grande Fortaleza (CE). Agora com o full-commerce, a Via/CNT cuidará de toda operação do site de e-commerce da Mallory. O escopo de processos inclui planejamento, criação, operação, gestão, atendimento, segurança digital, análise de resultados, vendas e entregas com foco em colocar o consumidor no centro da estratégia.

“Com o full-commerce a CNT entra oficialmente no ecossistema da Via, oferecendo todo tipo de solução para a indústria nos canais digitais e associado ao omni canal, além do fulfillment para sellers. A estratégia daqui para frente é escalar ainda mais e abrir oportunidade para novos segmentos e mercados explorando a musculatura de armazéns e transportes já conhecidas da Via.” – Vinícius de Albuquerque Maranhão, diretor de Logística para mercado digital na Via/CNT.

De acordo com Vinicius Ramalho, gerente Ecommerce da Mallory, a marca tem uma grande expectativa com a Via/CNT.

“Desejamos expandir e consolidar nossas operações digitais através do impulsionamento e a malha logística oferecida por esta parceria. Somos uma marca referência nas regiões Sudeste, Norte e Nordeste, e buscamos essa capilarizarão através dos canais digitais em todo o Brasil. Acreditamos que essa parceria nos trará competitividade e melhores prazos de entrega em um mercado que é tão dinâmico e exigente como o digital.” – Vinicius Ramalho, gerente Ecommerce da Mallory.

LOGÍSTICA COMO PILAR DA OMNICANALIDADE

A aquisição da logtech CNT em janeiro deste ano colocou a Via definitivamente no fulfillment e no full-commerce. Com isso, a empresa se tornou uma plataforma aberta de logística, servindo tanto o ecossistema Via quanto o mar aberto (logística as a service).

Com a logística sendo um dos pilares da Via, o contrato com a Mallory ratifica o a aceleração da inclusão desses novos serviços logísticos pela empresa, que passa a apostar no formato multi-marketplaces para parceiros e a conquistar oportunidades para atrair novos clientes. A Via tem um ecossistema omnicanal formado por mais de 1.100 lojas e 30 centros de distribuição, de forma 100% integrada.

Em 2021, o Via Marketplace, um dos maiores do país, atingiu 130 mil lojistas na plataforma e um sortimento de 41 milhões de itens (SKU), colocando a companhia em posição de disputar a liderança no Brasil.

Além do fulfillment e do full-commerce, a empresa afirma que o marketplace será turbinado pela oferta de serviços de crédito e soluções financeiras exclusivos da Via, o que retroalimenta o ecossistema, contribui para gerar maior recorrência e fideliza clientes, além de atrair parceiros que aumentarão o life time value (LTV) dos clientes e ampliar as frentes de atuação para além do varejo.

Fonte : https://revistamundologistica.com.br/noticias/por-meio-da-logtech-cnt-via-anuncia-inicio-da-operacao-full-commerce-da-mallory

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Amazon anuncia a cobrança de taxa de 5% dos vendedores

A Amazon começará a cobrar uma taxa de 5% dos vendedores da plataforma a partir do dia 28 de abril. Por enquanto, somente os vendedores baseados nos Estados Unidos e que utilizam a plataforma Fulfillment by Amazon (FBA), conjunto de serviços de armazenamento e entrega da empresa, serão afetados.

Apesar de ser cobrada dos vendedores e não dos compradores, é esperado que a taxa leve a um aumento dos preços em geral na plataforma, à medida que a margem dos vendedores forem afetadas, e ela seja repassada para os consumidores.

O CEO e fundador da Black Label Advisor, Jon Elder, que presta consultoria para comerciantes terceirizados, afirmou que que “a grande maioria” de seus clientes “aumentará seus preços juntamente com essa sobretaxa da Amazon”.

De acordo com a empresa, a nova cobrança foi causada pelo aumento dos custos dos combustíveis e da inflação.

“Em 2022, esperávamos um retorno à normalidade à medida que as restrições do COVID-19 em todo o mundo diminuíam, mas o combustível e a inflação apresentaram mais desafios”, escreveu a equipe da FBA em uma mensagem enviada a todos clientes da plataforma.

“Ainda não está claro se esses custos inflacionários aumentarão ou diminuirão, ou por quanto tempo eles persistirão, então, em vez de uma mudança permanente na taxa, estaremos empregando uma sobretaxa de combustível e inflação pela primeira vez – um mecanismo amplamente usado em todo o mundo por fornecedores da cadeia de suprimentos.”

Atualmente as vendas de terceiros no marketplace representam uma parcela importante nos negócios da Amazon, movimentando US$ 30,3 bilhões em vendas nos últimos quatro meses de 2021. Nesse mesmo período, o lucro da empresa quase duplicou em relação ao ano passado, chegando a US$ 14,32 bilhões.

Fonte : https://br.financas.yahoo.com/noticias/amazon-anuncia-a-cobranca-de-taxa-de-5-dos-vendedores-090050292.html

Gestão de estoques: empresas de logística se adaptam e criam tendência de mercado

Diante dos desafios, algumas companhias investiram em novos formatos intralogísticos, tecnologia de ponta, diversificação de fornecedores e parceiros para repensar o modo de gestão dos estoques.

Com a transformação digital que marca os processos – dos mais variados segmentos – nos últimos anos, é comum deparar-se com uma visão de mercado em que o digital irá substituir as operações presenciais. No caso da logística, isso fica mais evidente em um cenário: a expansão do e-commerce em relação ao varejo presencial.

Com o impacto causado pela pandemia de Covid-19, a alta do e-commerce – o relatório da Mastercard SpendingPulse apontou um crescimento de 75% em 2020, comparado ao ano anterior – poderia ser vista como uma ameaça ao varejo tradicional. No entanto, para algumas empresas, o que se viu foi uma adequação de estratégia que aponta uma nova tendência de mercado, principalmente quando se fala em gestão de estoques.

Segundo o especialista Bruno Faria Honório, muitos foram pegos de surpresa, mas algumas empresas tiveram uma grande velocidade para se adequarem. “[Algumas companhias] investiram em novos formatos intralogísticos, tecnologia de ponta, diversificação de fornecedores e parceiros e, ainda, repensaram o modo de gestão dos estoques.”

“Os mais pessimistas previram que acabariam todas – em uma clara alusão ao modelo 100% digital. Entretanto, o que vimos foi justamente o contrário. Pressionados a atenderem uma crescente onda de e-commerce, os varejistas viram da noite para o dia a possibilidade de transformarem lojas fechadas em dark stores, micro fulfillment centers urbanos – na verdade, pontos de uma rede de distribuição omnichannel. Estoques que estavam parados passaram a ser vendidos, o que possibilitou entrega mais rápida para o cliente.” – Bruno Faria Honório, sócio fundador da Delage.

No artigo publicado na edição 84 da MundoLogística, Honório citou algumas medidas que precisam estar no radar das empresas quando se trata de gestão de estoques. Uma delas é a identificação dos itens de massa crítica. “Aumento do estoque e produtos-chave: não só de itens comercializáveis, mas também itens essenciais à própria operação (produtos de limpeza e saneamento; equipamentos de proteção pessoal, tais como máscaras e luvas; principais peças de reposição e produtos de manutenção; e demais itens usados apenas em pequenas quantidades, mas que são cruciais para as operações)”, pontuou.

A gestão de estoques também precisa ser pautada no modelo de múltiplos cenários, uma vez que muitas indústrias, como processadores e distribuidores de alimentos, não puderam mais confiar em dados passados para prever o futuro.

“Pensando nos dados do primeiro trimestre do ano passado para todos os segmentos de consumo em geral, provavelmente nada terá sido útil, uma vez que a indústria viu compras em pânico, fechamento repentino de fábricas e nenhum negócio de serviço de alimentos para falar. Olhando para o futuro, todos viram a importância de planejar e prever múltiplos cenários – otimista, intermediário e crise. Ou seja, os negócios que considerarem uma gama mais ampla de possibilidades estarão mais bem posicionados.” – Bruno Faria Honório, sócio fundador da Delage.

Fonte : https://revistamundologistica.com.br/noticias/gestao-de-estoques-empresas-de-logistica-se-adaptam-e-criam-tendencia-de-mercado

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Mudanças de comissionamento nos marketplaces em 2022

Mercado Livre

O primeiro comunicado de mudança foi emitido pelo Mercado Livre, que acabou com os descontos na tarifa de frete grátis para quem utilizava o fulfillment – os valores passaram a ser os mesmos para os demais serviços de entrega do Mercado Envios – e instaurou a cobrança de armazenagem e de coleta para envios de itens ao armazém, para todos os produtos do full (exceto a categoria Supermercado), ambas até então isentas desde a criação do serviço, em 2017.

O comunicado para vendedores anunciou também um reajuste médio de aproximadamente 3% nos valores das tarifas de frete e mudou o prazo de repasse dos valores para os sellers – de dois dias após a entrega do produto para até nove dias.

Por fim, houve uma mudança significativa no subsídio do Mercado Livre para suportar o serviço de entregas no mesmo dia, o Mercado Envios Flex. Nesse serviço, o próprio seller é responsável pela entrega no mesmo dia e recebia um subsídio de 40% do valor do frete cobrado do cliente para os itens acima de R$ 79. Esse benefício foi reduzido para 10%, ficando em torno de R$ 1,30.

Em itens abaixo de R$ 79, continua sendo repassado 100% do valor do frete pago pelo comprador para o vendedor. A redução do subsídio vai na contramão dos frequentes reajustes de combustíveis e da inflação, deixando o seller em situação complicada, principalmente os menores, que negociam taxas de entrega mais altas com as transportadoras.

As mudanças também atingiram os compradores, com a redução da quantidade de parcelas para compras com cartão de crédito na modalidade de anúncio PREMIUM, aqueles que já oferecem parcelamento sem juros aos compradores.

Se antes era possível parcelar em até 12 vezes sem juros, respeitando apenas a parcela mínima de R$ 5, a situação agora é assim:

  • Em vendas até R$ 299, haverá parcelamento de até nove vezes sem juros, dependendo do valor do produto;
  • Em vendas entre R$ 300 e R$ 1.499, haverá parcelamento em dez vezes sem juros;
  • Em vendas acima de R$ 1.500, foi mantida a condição de parcelamento em 12 vezes sem juros.

Via

A Via varejo seguiu os passos do Mercado Livre e, menos de 15 dias após o anúncio de reajuste do concorrente, promoveu um forte reajuste em sua tabela de comissionamento.

Vale ressaltar que a Via é a única empresa deste artigo que ainda não possui um programa de frete grátis para os compradores, tornando o reajuste ainda mais desproporcional aos demais canais.

Se antes todas as categorias possuíam comissão de 16%, agora os valores variam de 18,5% a 21%, sendo que a grande maioria dos produtos se encaixa na comissão mais alta.

A Via também implantou uma mudança que, até então, somente a Americanas adotava e que, como vocês verão a seguir, foi abolida por eles. É a cobrança de comissão quando um pedido é cancelado pelo comprador. A partir de agora, 50% do valor da comissão ficam retidos pela Via, mesmo que o comprador cancele o produto, o que é um direito dele, e a empresa joga por terra a estratégia comercial do “ganha-ganha”, comumente utilizada pelos marketplaces para explicarem o seu negócio: como pode haver ganha-ganha se o pedido foi cancelado e mesmo assim o seller precisa pagar comissão?

A Via justificou todas essas mudanças alegando que se estruturou e agora é um dos maiores marketplaces do país, o que sustentaria esse reajuste. É literalmente pagar para ver…

Americanas

Na contramão de todas as expectativas, a Americanas anunciou no começo do ano o que muitos consideram uma redução de tarifas.

Primeiramente, houve a extinção da taxa de R$ 5, que antes era cobrada em itens comercializados abaixo de R$ 39,99. Também, conforme já comentei, aboliu a cobrança de comissão quando o pedido é cancelado pelo comprador, desde que o seller utilize o seu serviço de entregas, o Americanas Entrega, que é usado por praticamente todo mundo…

Houve também a definição da política de frete para o fulfillment, que deixou os valores de frete para itens de até 5Kg como os mais baratos do mercado, como podemos ver nesta tabela comparativa montada especialmente para você, leitor dos meus artigos.

A comissão teve um pequeno reajuste porque passou a ser cobrada por categoria, prática adotada por todos os grandes marketplaces a partir de agora. Mas esse reajuste foi pequeno ao compararmos com os demais e pode ser compensado com as reduções na tarifa de frete grátis. Vendedores das categorias Pet Shops e Mercado ainda viram a comissão cair de 16% para 12%.

A tabela de comissionamento da Americanas ficou da seguinte forma:

Magazine Luiza

O último grande canal a noticiar mudanças foi o Magazine Luiza. Por muito tempo, a empresa subsidiou integralmente os custos de frete em compras realizadas via aplicativo da marca (certamente, algo em torno de dois terços de todas as vendas…) para os vendedores de marketplace, mas infelizmente esse benefício chegou ao fim.

A empresa já dava sinais desde o ano passado de que implantaria um modelo de rateio do frete similar ao já existente em outros canais. E assim, neste março de 2022, passa a vigorar a política de frete grátis para os vendedores de marketplace do Magazine Luiza para todos os itens a partir de R$ 79 de preço de venda, independentemente do canal de vendas.

Como mostramos no quadro comparativo logo acima, os valores cobrados pelo frete grátis no Magalu são os menores do mercado, principalmente se considerarmos que o serviço de fulfillment da Americanas é bem restrito aos sellers, necessitando de aprovação de sortimento pela própria Americanas.com, que pode simplesmente barrar a entrada. E, a partir de 5kg, a tarifa do Magalu já é a melhor em qualquer cenário avaliado.

O Magazine Luiza também implantou uma taxa extra de R$ 3 em todos os pedidos com valor de venda a partir de R$ 10. Essa taxa será cobrada mesmo em pedidos acima de R$ 79 (quando também é cobrada a tarifa de frete grátis), fato que não ocorre nos outros canais (que cobram ou uma ou outra taxa). Por esse motivo, incluímos os R$ 3 na tarifa de frete grátis do Magazine Luiza para termos uma comparação em condições iguais entre todos os canais.

Sendo assim, o modelo de comissionamento do Magazine Luiza agora é:

  • Produtos até R$ 9,99:
    Comissão (média de 16%)
  • Produtos de R$ 10 até R$ 78,99:
    Comissão (média de 16%) + taxa fixa de R$ 3
  • Produtos acima de R$ 79:
    Comissão (média de 16%) + taxa fixa de R$ 3 + tarifa de frete grátis (varia de acordo com o peso do item)

Shopee, AliExpress, Amazon e demais canais não anunciaram mudanças para este ano de 2022. Seguimos na expectativa pelo avanço dos serviços logísticos dos canais, principalmente o lançamento do fulfillment de Via e Magalu, o que deve mexer mais uma vez com as comissões e as tarifas cobradas pelos marketplaces.

As perguntas que ficam são: será que todas essas mudanças serão suficientes para os marketplaces se tornarem rentáveis? E o seller pode esperar novos reajustes num futuro próximo? E você… como sua empresa tem lidado com todas essas mudanças?

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/mudancas-comissionamento-marketplaces/

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Correios vão ter seu ‘marketplace’ em 2022

Os Correios realizaram um lucro recorde em 2021, resultado que será apresentado nesta quinta-feira na reunião do conselho de administração da empresa. O balanço ao qual o Valor teve acesso com exclusividade revela um lucro líquido de R$ 2,3 bilhões, e um lucro recorrente de R$ 3,7 bilhões.

Esse resultado permitirá que a empresa retome o pagamento dos dividendos, uma ação interrompida há dez anos. O valor projetado para esse acerto é de R$ 251 milhões, mas que ainda depende de aprovação da assembleia geral, convocada para abril.

O presidente dos Correios, Floriano Peixoto, também antecipou, com exclusividade ao Valor, o próximo salto de sua gestão: transformar a empresa de operador logístico em um “marketplace”, lançando até o fim do ano o “Correios Shopping”.

“Vamos mudar o nosso perfil. Somos um dos maiores operadores logísticos do Hemisfério Sul, mas isso já não nos basta. Os Correios vão competir junto às demais empresas do setor porque com a nossa capilaridade, expertise, recursos humanos, materiais e financeiros, podemos galgar, com mais e melhores condições, outras opções para a empresa”, afirmou o general da reserva, que assumiu a presidência da empresa em junho de 2019.

“É a atividade que chamam de fulfillment”, acrescentou. “Os Correios vendem a mercadoria, embalam, entregam, fazem tudo. Já temos um projeto piloto em São Paulo, em Cajamar [próximo a Osasco]. A ideia é expandir para o Brasil. Isso é uma tendência mundial. Nos Estados Unidos você encomenda um produto e pode receber no mesmo dia, ou no dia seguinte”, completou.

Para viabilizar a transformação, a empresa vai inaugurar também neste ano mais dois centros internacionais de operação. Ele preferiu não antecipar onde serão instalados. As atuais unidades em funcionamento operam em São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba. “Isso é trabalho permanente de adaptação da empresa à realidade do mercado e às necessidades do setor”, argumentou.

O balanço traz o melhor resultado da empresa em 22 anos, e o maior num período de dez anos. A contabilidade registra que no período entre 2010 e 2019, o lucro líquido foi de R$ 873 milhões, enquanto nos últimos dois anos da gestão de Peixoto, o lucro líquido somado totalizou R$ 4 bilhões.

Peixoto atribui esse resultado a um conjunto de medidas estruturantes adotadas para evitar que a empresa se tornasse dependente do Tesouro Nacional. Em 2019, havia um risco de liquidez, envolvendo um passivo de R$ 18 bilhões. “Revisamos valores dos contratos, retiramos benefícios, fizemos um acordo coletivo de trabalho em 2020, estabelecemos medidas de saneamento, firmamos parcerias com a Controladoria Geral da União, agimos com estrita obediência ao Tribunal de Contas da União e às normas de compliance”, enumerou.

Peixoto ressalta, ainda, a mudança de imagem da empresa, que atribui à ausência de interferência política. “Os Correios sumiram das páginas policiais”, registrou, em alusão indireta ao esquema de corrupção denunciado em 2005.

Ele rechaça qualquer tentativa de intervenção, e afirma que o presidente Jair Bolsonaro lhe delegou “total independência” para conduzir a empresa. “Tive plena autoridade para administrar, eu e minha diretoria, todos gestores muito competentes”.

Alguns números do balanço são expressivos: o saldo de caixa foi de R$ 3,6 bilhões. Em 2020, foram R$ 569 milhões. O Ebtida (lucro antes de impostos, jutos, depreciação e amortização) foi R$ 3,1 bilhões. No ano anterior, havia sido R$ 1,5 bilhão. Técnicos da empresa chamam a atenção para a margem do Ebtida que alcançou dois dígitos em 2021, com o percentual de 14,6%. A meta é sustentar o índice em dois dígitos pelos próximos cinco anos.

Também houve uma redução de R$ 9,5 bilhões das despesas com pessoal (PDI/PDV, e o acordo coletivo de trabalho celebrado em 2020 rendeu economia de R$ 800 milhões.

O plano de saúde foi saneado (dívida de R$ 600 milhões em 2019 foi zerada). O Postalis, fundo de previdência, também foi saneado (devia R$ 3,6 bilhões em 2019 e hoje o saldo é de R$ 7,2 bilhões).

A pandemia foi um dos fatores que viabilizaram a expansão da receita de vendas em 23% em relação a 2020. No auge da crise sanitária, os Correios redobraram ações para assegurar qualidade, regularidade e tempestividade às operações. Por exemplo, a digitalização de pequenos vendedores em todo o território nacional. Foram feitos investimentos em tecnologia e automação, o que possibilitou o aumento da capacidade de processamento de carga e permitiu a redução dos prazos de entrega.

O custo do objeto transportado caiu de R$ 4,87 em 2020 para R$ 4,24 em 2021. O prazo médio de entrega do Sedex – que estava em descrédito no começo da pandemia – caiu de 5 dias para somente um dia.

A empresa também expandiu as vendas internacionais, cujo resultado foi de R$ 2,7 bilhões no ano passado. Em 2020, o valor alcançado pelo setor foi de R$ 1,2 bilhões.

As principais plataformas de “marketplace”, inclusive as estrangeiras, são clientes dos Correios, mesmo as que possuem frota própria. Com a expansão das vendas, o setor varejista nacional intensificou a pressão sobre as plataformas estrangeiras, que não sofrem com a alta carga tributária brasileira.

Nesse ponto, a posição dos Correios é de que no caso das encomendas internacionais de importação, a documentação é a “declaração para aduana”, onde constam os dados de remetente, destinatário e conteúdo, conforme exige a legislação em vigor.

Os Correios exigem que seus remetentes apresentem as respectivas notas fiscais e/ou Declarações de Conteúdo afixadas às encomendas. O argumento é de que no momento do desembaraço aduaneiro, os Correios já enviaram todos os dados das encomendas para a Receita Federal e cumpriram as exigências previstas.

Mesmo com a saúde financeira positiva e as metas ousadas para os próximos meses, o processo de privatização da empresa segue em estudo.

Peixoto diz que a privatização é “uma questão muito sensível”, e que os Correios entraram como objeto de estudo.

“A missão que recebemos foi de fortalecer a empresa financeiramente e nós trabalhamos nisso alcançamos esse objetivo, sem preocupação com a privatização, porque isso cabe ao Ministério da Economia e ao BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]”.

Peixoto não citou o nome do colega de caserna que administra outra estatal no governo Bolsonaro, mas mandou um recado velado no contexto da escalada inflacionária que pressiona os brasileiros. O presidente dos Correios observa que, mesmo com todas as dificuldades, com o aumento dos combustíveis, com os insumos de transportes, a empresa não aumentou as tarifas das encomendas por dois anos, “em respeito ao momento em que o país esta vivendo”.

Peixoto afirma que a empresa poderia ter apresentado um resultado ainda maior, mas que sua percepção é de que era preciso entrar no “contexto da realidade nacional, e maneirar os resultados, para compensar esse esforço com benefícios para a população”. Ele diz que a empresa pública “não pode se afastar da realidade social”.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2022/03/17/correios-vao-ter-seu-marketplace-em-2022.ghtml

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Marketplaces: oportunidades e desafios em um mercado competitivo

Carnê digital, sortimento de produtos e outras vantagens; o poder dos marketplaces não dá sinais de cansaço, mas, enfrenta desafios também

Melhores e maiores ofertas você certamente encontrará em um marketplace. No mundo do comercio eletrônico, o marketplace leva grande vantagem na maioria dos casos pelo seu poder de investimento. Vantagem que, atualmente, acirra a concorrência com outros players deste modelo de negócio.

Veja o exemplo recente das Casas Bahia. A marca começou a oferecer o carnê digital para compras de produtos em marketplaces. A novidade passa a ser comercializada por mais de 170 lojas parceiras com mais de 500 mil produtos em diversas categorias.

O carnê digital dá ao cliente poder de parcelar suas compras em até 24 vezes, sem a necessidade de cartão de crédito, basta apenas ter o crediário aprovado na Casas Bahia. O processo de controle e acompanhamento do carnê digital pode ser feito de modo 100% online, pelo site e aplicativo da rede. Uma alternativa às formas mais comuns praticadas pelo e-commerce (compra com cartão de crédito, boleto e pix).

Compre agora, pague depois

A Casas Bahia então aposta no chamado BNPL (“Buy Now, Pay Later” ou compre agora e pague depois). Com uma base sólida de clientes do sistema de crediário tradicional praticado há décadas pela rede, a novidade do carnê digital atualiza esse modelo por meio de alta tecnologia.

Isso porque a Via, dona da marca, tem feito investimentos robustos no marketplace. Como resultado, saiu de uma carteira de 10 mil sellers para 110 mil no ano passado e um sortimento de mais de 34 milhões de produtos. Em janeiro, a empresa também adquiriu a logtech CNT com a qual começou a implantar os serviços de fulfillment, além de entrar no segmento de fullcommerce e, com isso, avança em seu plano de disputar a liderança do segmento de marketplace no Brasil.

Tendência

Os motivos são diversos para varejistas apostarem no marketplace. Um deles é que os brasileiros preferem marketplaces ao invés do comércio eletrônico tradicional. Além do maior número de avaliações de outros usuários, a pesquisa, a comparação de preços e as ofertas são os principais atrativos para os consumidores.

Um estudo global realizado pela Mirakl, plataforma SaaS de marketplace corporativo, revelou que nove a cada 10 entrevistados brasileiros preferem e-commerces que tenham marketplaces. Um grande reflexo de um mercado gigante no Brasil. Veja o exemplo de outro poderoso player do marketplace, a Magazine Luiza, que somente no terceiro trimestre de 2021, conquistou um lucro de R$ 22,6 milhões, com compras no e-commerce.

A Riachuelo, por sua vez, trouxe para seu marketplace vinhos, brinquedos e itens para pets. Cerca de 100 novas marcas que vão de Ri Happy a Cobasi, TodoVino e Levi´s, além de categorias com opções de compra em eletrônicos e eletrodomésticos, paisagismo etc. Apostando alto na diversidade de produtos para seu ambiente digital.

Nadando com tubarões

Se por um lado vemos crescer o oligopólio em marketplaces, existe hoje diversos exemplos de e-commerces em segmentos muito específicos que seguem vivos. Com qualidade, personalização e ofertas que vão além de sortimento e preço, essas marcas apostam na relação direta com seus clientes e suas necessidades específicas. Colhendo resultados, o maior desafio para este grupo é ter condições de obter maior penetração e construir um bom relacionamento com sua audiência.

Exemplos como a Vibbra! (Florianópolis – SC), que conecta empresas com profissionais de TI para facilitar a contratação de suporte técnico é um deles e a Reduza (Campo Grande – MS), que criou uma plataforma especializada em cupons de desconto e comparação de preços (tremenda sinergia com os anseios dos consumidores online), denotam expertise na corrida contra o poder dos marketplaces. Setores de logística e em serviços de TI estão vivenciando esse interesse do consumidor online à margem de marketplaces.

Conflitos na terra de gigantes

No entanto, a competitividade também faz parte de gigantes do marketplace. A pedra no sapato dos grandes markteplaces brasileiros é justamente outros marketplaces. Grupos estrangeiros, como AliExpress (China), a Shopee, (Singapura), a Wish e Shein (EUA), Mercado Livre (Argentina) e até OLX Brasil (50% sul-africana) são competitivos por aqui.

As brasileiras também comercializam produtos importados de lojistas internacionais, até aí tudo bem. Mas o argumento das brasileiras em relação às estrangeiras é a comercialização de produtos falsificados e sonegação de impostos. Em reportagem recente da Valor Econômico, as empresas estrangeiras alegam que o problema não é tributário ou pirataria, como reclamam as brasileiras, mas comercial. Um representante do mercado de um site chinês explicou que as brasileiras estão atacando as estrangeiras porque estão perdendo venda e não conseguem ser competitivas o bastante.

Disputas de gigantes à parte, o que temos é um momento de forte onda digital que evidencia as oportunidades e concorrência no âmbito do comércio eletrônico. No meio desse fogo cruzado, está um consumidor atento não só aos preços, mas à postura das marcas e, claro, a qualidade de seus serviços e produtos. Tudo dependerá de sinergia entre bons negócios, transparência, qualidade e fôlego para atender uma audiência mais exigente a cada dia.

 

Fonte : https://www.consumidormoderno.com.br/2022/02/28/marketplaces-oportunidades-e-desafios/

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O que os marketplaces e os superapps têm a oferecer ao seu e-commerce em 2022?

O ano de 2022 já começou carregado de novidades e oportunidades para que os sellers façam do seu e-commerce um negócio de sucesso, conforme as tendências do mercado.

Segundo dados da Juniper Research, centro de pesquisa britânico especializado em mercado digital, o crescimento do ramo de marketplaces deve dobrar até o ano de 2022, passando de US$ 19 bilhões a US $40 bilhões de faturamento.

Isso significa que estar dentro desse modelo de negócio trará muitos benefícios e, consequentemente, terá um grande impacto não só nas vendas online, mas também na forma como o lojista se posiciona no mercado.

Inclusive, um canal de tração que é tendência este ano são os superapps dos marketplaces, que reúnem múltiplas soluções dentro de um mesmo aplicativo mobile e fornecem um ambiente mais atrativo e imersivo ao consumidor.

Vale ressaltar ainda que, em 2022, mesmo o cenário da pandemia voltando à sua normalidade, a forma como as pessoas passaram a consumir produtos e serviços mudou, e a tendência é se manter no digital.

Isso não significa que o mercado físico morreu, mas que o comportamento do consumidor, em um cenário pós-pandêmico, demanda uma atenção equivalente à sua extensão digital.

Nesse contexto, o vendedor deve se atentar à multicanalidade, já que a convergência entre canais, online e offline, vai prover um melhor desempenho do negócio e uma ampliação do impacto para com o público-alvo.

Dada a introdução, neste artigo, vamos listar os principais benefícios que os marketplaces e os superapss podem trazer para o lojista em 2022, para impulsionar o seu negócio.

O que é e como funciona um marketplace?

Os marketplaces são um “shopping virtual” que abrigam em um mesmo lugar uma variedade de marcas e lojistas para uma gama de consumidores, conectando oferta e demanda de produtos e/ou serviços.

Alguns exemplos dos maiores marketplaces do Brasil são Magazine Luiza, Americanas, Amazon, Shoppe e Aliexpress. Somente no primeiro semestre de 2020, eles acumularam mais de R$ 30 bilhões de reais em vendas no país.

Um dos grandes benefícios para os vendedores que optam por entrar para os marketplaces é a oportunidade do aumento da visibilidade.

Apenas a Americanas Marketplace, o segundo maior canal de venda em volume de usuários ativos, possui uma recorrência de mais de 170 milhões de acessos que entram na plataforma mensalmente.

Como demonstrado na imagem abaixo, o número de pesquisas orgânicas pelos principais marketplaces comprova seus verdadeiros potenciais como vitrines virtuais.

Gráfico de volume de pesquisas orgânicas dos grandes marketplaces do Brasil

Como pode-se perceber no gráfico acima, com dados retirados do Ubersuggest, o Mercado Livre é, ainda, o marketplace com maior relevância nacional, sendo, inclusive, a empresa mais valiosa da América Latina.

No entanto, marketplaces como Shopee e AliExpress são grandes apostas dos últimos dois anos no país. O AliExpress, aliás, abriu o cadastro para vendedores brasileiros em 2021, e já apresenta uma curva acentuada no número de lojas cadastradas.

O maior marketplace cross-border do mundo ainda investiu em funcionalidades tecnológicas que auxiliam na estratégia do lojista, como a possibilidade de agendar e realizar live commerce dentro de sua própria plataforma.

O Magazine Luiza, por sua vez, tem investido na expansão de seu portfólio. A marca vem ampliando seu market share nos últimos anos, com a compra da Netshoes em 2019, a criação de uma marca própria de moda em 2021, e da aquisição de um dos principais marketplaces de jogos e eletrônicos do Brasil, também em 2021: a Kabum!, por R$3,5 bilhões.

Os marketplaces de nicho, como Elo7 e Centauro, não aparecem entre os maiores canais de venda, conforme volume bruto de usuários, mas merecem atenção dos lojistas por possuírem um público mais segmentado.

O que são os marketplaces de nicho?

Existem várias categorias de nichos dentro de cada segmento do mercado. Isso não seria diferente quando falamos sobre marketplaces.

Um exemplo disso são os marketplaces de prestações de serviços. Eles conectam prestadores de serviços com aqueles que o buscam. O GetNinjas ilustra esse segmento, em que é possível fazer a contratação de trabalhadores autônomos para um trabalho pontual.

Outros exemplos são:

  • Airbnb: locações de casas e apartamentos de temporada;
  • Centauro: venda de artigos esportivos;
  • Elo7: venda de produtos confeccionados e artesanato;
  • Amazon Brasil: apesar de o vendedor poder vender múltiplas categorias, a Amazon Brasil possui uma enorme relevância na venda de livros e e-books;
  • Enjoei: revenda de roupas de segunda mão;
  • Dafiti: venda de produtos de moda e lifestyle;
  • Madeira Madeira: venda de móveis e decoração.

Lista com os marketplaces de nicho com operação no Brasil

Apesar de esses canais de venda terem um número reduzido de usuários mensais, o público é segmentado e as chances de conversão são maiores.

Ou seja, um consumidor que acessa a Centauro está interessado, unicamente, em consumir produtos como tênis, mochilas e mercadorias de ginástica. Enquanto outro que acessa o Madeira Madeira está à procura de algo para sua casa.

Isso não significa que a postagem de anúncios em marketplaces generalizados, como Mercado Livre e Shopee, deve ser descartada por alguém que venda algum produto específico que se encaixe com o portfólio de um marketplace específico. Ambos devem ser complementares para aumentar as chances de exposição do lojista.

Vantagens de estar presente nos marketplaces

Como já citado anteriormente, os marketplaces são uma excelente oportunidade para o vendedor conquistar visibilidade para seu negócio.

No entanto, para ter bons desempenhos, o lojista precisa estar apto a se dedicar e oferecer uma boa experiência para o usuário. Dessa forma, ele adquire algo extremamente valioso dentro desse canal de tração: a reputação.

Reputação nos marketplaces

Os marketplaces possuem indicadores para mensurar o potencial de sua base de vendedores e destinar benefícios para incentivar o investimento na qualidade de serviço ao cliente. A variável que categoriza esses lojistas é a reputação.

Com uma boa reputação, o vendedor pode ser designado a usar as soluções logísticas do marketplace para ter uma expedição mais veloz e prática.

Logicamente, também, um negócio que possui uma maior reputação tem seus anúncios melhor ranqueados, aumentando a chance de eles aparecerem para os usuários. Dessa forma, as chances de conversão e aumento de faturamento são ainda maiores.

Existem várias práticas que influenciam no cálculo da reputação dentro do marketplaces. Abaixo, estão citadas as três principais.

Atendimento de qualidade

Assim como em qualquer outro negócio, um bom atendimento ao consumidor reflete diretamente na reputação da loja.

Manter uma conversa ativa e um tempo médio baixo para as dúvidas dos usuários é fundamental para manter o indicador favorável ao seu negócio.

Alguns marketplaces permitem a criação de respostas automáticas, como o Mercado Livre. Dessa forma, o vendedor pode catalogar um padrão com as perguntas frequentes e cadastrar as respostas para tornar o atendimento mais rápido.

A educação também auxilia na manutenção da reputação. Caso o cliente emita uma reclamação, o vendedor é muito prejudicado, já que contabiliza no cálculo desse indicador.

Frete competitivo e veloz

A pontualidade é essencial para o comprador, uma vez que aproximadamente 16% dos compradores abandonam suas compras por causa do prazo muito longo de entrega, segundo o Mercado Pago.

Por isso, é muito importante que você, como vendedor, procure ser muito transparente e ofereça um prazo de entrega realista ao seu comprador.

Soluções logísticas, como fulfillments, ou ferramentas para e-commerce que automatizam a expedição, como hubs de integração, agilizam o processo de envio e evitam erros.

Ofereça produtos de excelência

Não se pode entregar para o consumidor produtos de qualidade duvidosa ou até mesmo que sejam diferentes do que foi anunciado. Além de isso gerar uma enorme frustração ao seu cliente, contribui para que ele avalie negativamente o seu negócio.

Sendo assim, o foco do seu negócio deve sempre girar em torno do bem estar e da satisfação do seu cliente, e você atinge isso entregando bons produtos a ele.

Como já foi citado anteriormente, caso o consumidor emita reclamações sobre o serviço de atendimento ou produto, ou ainda cancele o pedido, o vendedor tem sua reputação prejudicada.

Por isso, é interessante que, junto com a mercadoria, o lojista envie flyers com opções alternativas de contato, como WhatsApp ou demais redes sociais, e um “passo a passo” para efetuar a troca do produto sem precisar abrir uma reclamação no marketplace.

O que são fulfillments e como o vendedor consegue adotá-los em sua operação?

Uma das maiores vantagens de fazer parte de um marketplace é também estar inserido nas soluções logísticas que os eles oferecem, os chamados fulfillments.

Esse benefício dos marketplaces oferecido a vendedores com alta reputação promete uma expedição ágil e de responsabilidade do canal de venda.

O vendedor que adota essa funcionalidade precisa apenas embalar, etiquetar e entregar as mercadorias nos centros de distribuição dos marketplaces.

Usar essa funcionalidade evita atrasos na entrega e agiliza os processos de envio, tornando o vendedor mais competitivo, tendo em vista que a agilidade da expedição é uma das tendências do e-commerce em 2022.

Alguns exemplos de fulfillment são:

  • Mercado Envios Full, do Mercado Livre;
  • B2W Entregas, da B2W;
  • Magalu Entregas, do Magazine Luiza;
  • Shopee Envios, da Shopee;
  • Cainiao, do AliExpress;
  • Envvias, do Via Varejo.

Esse método, inclusive, auxilia em manter a reputação do vendedor, já que a experiência do usuário se manterá estável com prazos de entrega competitivos.

A metodologia de envios flex, disponíveis para vendedores do Mercado Livre que residem na região metropolitana de São Paulo e zona central do Rio de Janeiro, cumpre prazos ainda menores, podendo finalizar pedidos em até um dia útil.

Esse serviço subdivide essas zonas de abrangência em microrregiões e calcula o frete conforme a distância entre cada uma delas. O valor, por sua vez, pode variar entre R$8,90 e R$15,90.

Mas afinal, o que esperar dos marketplaces em 2022?

A competitividade entre os canais está cada vez maior, principalmente com a chegada de players asiáticos com alto valor agregado e a melhoria na qualidade dos benefícios logísticos.

Aumento de benefícios para atrair vendedores de alta performance

O Magazine Luiza, além de investir no aumento do seu portfólio, continua oferecendo condições favoráveis a lojistas de alta performance a venderem em sua plataforma. Dessa forma, o marketplace mantém um padrão alto de qualidade de serviço.

O principal benefício que impacta na estratégia do vendedor, que vende nesse canal, é a possibilidade de ter até 75% do valor do frete subsidiado pelo Magalu em pedidos com frete grátis. Para que isso aconteça, o lojista precisa investir em seu sistema logístico e entregar mais de 97% dos pedidos sem quaisquer atrasos.

Anteriormente, esses vendedores conseguiam ter 100% do valor do frete subsidiado pelo Magazine Luiza, mas, com o aumento do preço dos combustíveis fósseis, será comum a reanálise dessas políticas de frete grátis em todos os marketplaces.

Outro marketplace que tem investido na qualificação da sua base de vendedores e no aumento do ticket médio é a Shopee.

O marketplace, reconhecido por seus preços baixos, começou a adotar uma estratégia para aumentar seu GMV (Gross Merchandise Volume), atraindo a atenção de lojistas que vendem produtos com preços mais elevados.

Para atingir esse objetivo, a empresa estabeleceu um limite para a cobrança da comissão de R$100,00 sob o produto. Ou seja, se o usuário compra uma mercadoria que custa R$1.500, sob uma comissão de 12%, a Shopee não cobrará R$180 do vendedor pela venda, mas apenas R$100.

Devido à alta concorrência e à necessidade de melhorar a qualidade da experiência de compra na plataforma, os marketplaces tendem a melhorar as condições oferecidas aos vendedores com potencial.

Expansão dos centros de distribuição dos marketplaces

Como a velocidade na entrega é uma das principais tendências do e-commerce para 2022, é comum que os marketplaces invistam em seu aparato logístico.

O ponto a se prestar atenção, no entanto, é a criação de novos centros de distribuição no Norte e Nordeste do país, frente à crescente demanda dessas regiões.

A Amazon e o Via Varejo chegaram a abrir suas unidades em Cabo do Santo Agostinho, na região metropolitana de Recife (PE), e em Marituba, na região metropolitana de Belém (PA), respectivamente, no segundo semestre de 2021.

A abrangência nacional, facilitada pelo mercado digital, está cada vez mais fomentada pelos players, a fim de aproveitar todo o potencial do consumidor brasileiro.

Chegada do AliExpress no Brasil

A chegada do AliExpress no Brasil fez com que os marketplaces prestassem atenção ao investimento em tecnologia e novos serviços.

O marketplace chinês oferece, hoje, ao vendedor brasileiro a oportunidade de integrar várias das principais tendências digitais do varejo dos últimos anos de forma simples e prática.

A possibilidade de agendar e realizar transmissões ao vivo dentro da plataforma, e de personalizar a página do vendedor com banners e logos da loja virtual, permite que o lojista trabalhe branding ainda dentro do marketplace.

Além disso, a plataforma possui um alinhamento muito claro com as redes sociais. Com a prática do social commerce, o marketplace fornece descontos agressivos aos usuários que compartilharem os anúncios com amigos em outros canais de mídia.

Esse investimento em novas funcionalidades tecnológicas e a integração com as redes sociais acabaram se tornando importantes hotspots para o segmento em 2022.

Superapps: o que são e o que eles trazem de novo para o mercado digital em 2022?

Por fim, os superapps vão bem mais além da proposta do marketplace, apesar de estar bastante vinculada à proposta de vendas.

Eles funcionam como um verdadeiro ecossistema completo dentro de aplicativos mobile, apresentando uma cartela múltipla de serviços e que não necessariamente se limita ao core business da empresa.

Ou seja, um aplicativo de banco pode criar seu próprio marketplace e faturar milhões de reais, como é o caso do Banco Inter, assim como um aplicativo de delivery de comida pode começar a comercializar pacotes com viagens aéreas, como faz a Rappi.

Somente no último trimestre de 2021, o Inter Shop – extensão de um marketplace dentro do superapp do Banco Inter – movimentou aproximadamente R$946 milhões.

O superapp veio com a função de unir múltiplos serviços em uma única plataforma, tirando a necessidade de um usuário baixar muitos aplicativos que vão comprometer a memória do aparelho. Pensando na melhoria na experiência, esse é um grande avanço para a sociedade contemporânea que vive plugada em celulares.

Um exemplo internacional latente é o WeChat, da China, que, além de ser o aplicativo mais baixado do país, possui um volume diário de mais de um bilhão de usuários.

O WeChat, além de ter funções semelhantes às do WhatsApp, tem dentre suas funcionalidades:

  • Delivery de comidas (Food delivery);
  • Transferências bancárias (WeChat Pay);
  • Agenda consultas médicas (Health);
  • Faz reserva de quartos de hotéis (Hotel);
  • E muito mais!

No Brasil, um exemplo é o Superapp Magalu que, em 2020, estava entre os três aplicativos mais baixados do país, que é a quarta nação que mais consome aplicativos no mundo, segundo a consultoria americana App Annie.

Como qualquer negócio, os superapps possuem quatro pilares que são mais trabalhados pelos players que usam esse tipo de serviço. São eles: social, pagamentos, produtos e serviços.

  • Social: são as mídias e as redes sociais, que trabalham visando a trazer engajamento e envolvimento com os clientes;
  • Pagamentos: aqueles que desejam concentrar as transações financeiras dos clientes e sua carteira digital;
  • Produtos: pilar em que os e-commerces se encontram, que oferecem produtos de diversos tipos para o cliente comprar;
  • Serviços: abre oportunidades para fornecedores e prestadores de serviços oferecerem seu trabalho para aquele público mais segmentado.

Um fato curioso sobre os superapps é que, segundo uma pesquisa feita pelo Google, 81% dos brasileiros não sabem o que são, mas que, após entender os conceitos desses aplicativos, 45,8% dos entrevistados disseram que utilizariam ou já utilizam.

O Prêmio iBest em 2021 divulgou a lista dos dez superapps mais bem avaliados dentro da Internet, são eles:

  • PicPay
  • Inter
  • iFood
  • Mercado Pago Brasil
  • Magalu
  • C6
  • Pagseguro Pagbank
  • Ame Digital
  • RecargaPay
  • Rappi

Todos eles têm algo em comum: criaram um ecossistema próprio com o objetivo de facilitar a jornada de seus clientes e consumidores a realizarem de forma prática atividades do dia a dia.

Os superspps com operação no Brasil

Mas quais são as vantagens para o lojista participar de um superapp?

Já ficou mais do que claro que o comportamento do consumidor mudou completamente após a pandemia e que a presença online se mantém forte, mesmo após a flexibilização das lojas físicas.

Procurar e comprar serviços/produtos e resolver problemas, agora, ficou muito mais digital.

Sendo assim, a demanda de aplicativos que atendam a essa necessidade aumentou exponencialmente, e isso é mais do que uma grande oportunidade para o vendedor e seu e-commerce: é a chance de trazer ainda mais visibilidade para o negócio.

Com os superapps, a experiência do usuário também é uma prioridade, o que acaba ajudando na aceitação de várias ofertas de produtos e serviços ao mesmo tempo, porque acontece de forma natural e economiza tempo do cliente.

Aliás, muitos marketplaces, a fim de aumentar o tráfego nessas plataformas, oferecem benefícios exclusivos para os consumidores que baixarem os superapps, como a concessão de frete grátis.

Portanto, uma coisa é certa: se o seu planejamento para seu e-commerce em 2022 está concentrado no crescimento e no desenvolvimento, com certeza os marketplaces e os superapps são uma excelente estratégia de negócio.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/marketplaces-e-superapps/

O algoritmo e o fulfillment dos marketplaces

De três anos para cá, houve uma aceleração considerável – acentuada com a chegada da pandemia – do modelo de marketplace. Uma quantidade significativa de pessoas, até meados de 2019, não tinha ideia do que se tratava. Muitos consumidores compravam nos portais, como Americanas e Magazine Luiza, sem saber, na verdade, que as vendas eram realizadas por terceiros.

Vamos acelerar para 2022. A guerra entre as plataformas está mais acirrada do que nunca. Ao contrário do que se vê nos Estados Unidos, por exemplo, aqui temos cinco grandes players operando e disputando território cabeça a cabeça – sem contar com os portais menores em números macros mas super-relevantes quando se trata de nicho. A constatação do momento, fundamentalmente, a essa altura, é de que se trata de uma guerra logística.

Fulfillment

O modelo é positivo em vários aspectos. Do faturamento automático, que desafoga a necessidade de uma rotina diária pontual por venda, ao atendimento ao consumidor final através de SAC próprio do portal, passando por questões sensíveis como notas baixas de reputação e relevância do anúncio (há uma provocação minha mais adiante no artigo a respeito desse ponto), o modelo parece cair como uma luva para o mercado. Estamos falando das vantagens periféricas, mas, por óbvio, a grande vedete são as entregas super-rápidas e sem dor de cabeça – por dor de cabeça, leia-se tanto para o consumidor final quanto para o operador das vendas.

O cenário e os jogadores

Portais como Americanas e Mercado Livre induzem seus clientes a utilizarem seus modelos logísticos de envio por etiqueta, e agora, com o advento do fulfillment, passam a encaminhar esses mesmos clientes (os elegíveis) para seus galpões.

A Amazon, com seu fulfillment intitulado de FBA (sucesso absoluto nos Estados Unidos), tem serviço semelhante, com alguns diferenciais importantes, tais como tarifa única de entrega, custos mais baratos de cobrança de transporte, além de participação vantajosa em ações como o Prime Day, que é um evento ultra-agressivo promovido pelo portal anualmente.

A Via Varejo comprou recentemente uma operação pronta de fulfillment de terceiros e agora está se organizando para ofertar aos seus sellers essa opção. Magazine Luiza deverá ser a próxima do mercado a anunciar seu próprio modelo.

Relevância do modelo fulfillment dos portais x vendas tradicionais

É vendida a ideia de que os anúncios que contêm produtos dentro dos centros de distribuição próprios dos portais têm maior relevância no algoritmo de venda em relação aos que utilizam apenas as etiquetas dos portais e que são responsáveis pela própria expedição.

Em sequência, os produtos que utilizam etiqueta têm maior relevância em relação aos que não a utilizam e, portanto, são responsáveis, além da própria expedição, pelo transporte e tracking.

Minha provocação se dá pela seguinte razão: se a relevância hierárquica imposta pelo algoritmo é verdadeira, aqueles que forem integralmente responsáveis pelas suas logísticas terão um problema na guerra de relevância e busca de buy box no Google e sites afins.

Diante de uma guerra tão acirrada, com milhares de produtos iguais lado a lado e altas cobranças de comissão feitas pelos marketplaces, como se dará na prática as vendas daqueles que estão por último na cadeia alimentar, ou seja, aqueles que não estão nem no modelo de fulfillment e nem no modelo de etiquetas?

Apesar de os portais tenderem a levar cada vez mais lojistas para dentro do modelo, como se dará a relação de vendas com aqueles que tiverem a entrada barrada, os não elegíveis? Uma vez não estando dentro, por qualquer que seja a razão, qual o grau de competitividade deles? Possivelmente, muitos acabem ficando muito atrás no jogo ao ponto de não se tornarem viáveis na guerra dos marketplaces.

Muitas empresas estão cada vez mais de olho atento na rentabilidade. A barreira de entrada nos portais, mais recentemente no fulfillment desses portais, é muito baixa. Mas engana-se quem acha que é um jogo simples. A batalha de margem e aceleração de vendas é uma etapa à parte – e é onde acontece a distinção daqueles que veem o modelo com bons olhos daqueles que estão começando a torcer o nariz.

Dito isso, olho atento nas condições de relevância dos seus produtos. Pode acontecer de você ter feito todos os seus deveres de casa, ter um ótimo produto, com ótima margem, mas, se não tiver aderido ao jogo logístico correto, pode ficar para trás na visibilidade dos seus consumidores.

De toda forma, o fulfillment veio pra ficar. Apesar de me colocar como advogado do diabo nas provocações, sou um fã do modelo, e acho que o mercado vai crescer muito nessa direção. Mas olho atento não faz mal a ninguém

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/fulfillment-dos-marketplaces/

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Casas Bahia inicia venda no crediário para 500 mil produtos do marketplace

A Casas Bahia passou a oferecer uma solução de crediário para compras feitas em seu marketplace. A facilidade é oferecida para produtos comercializados por 170 lojas parcerias. Neste caso, são mais de 500 mil itens em categorias como decoração, automotivo, alimentos e bebidas, moda e calçados, entre outros.

Com o carnê digital, o cliente poderá parcelar as compras em até 24 vezes, sem precisar de cartão de crédito. O acompanhamento do carnê pode ser feito pelo site ou pelo aplicativo da rede.

Casas Bahia
O carnê digital é mais uma ação da companhia que busca incentivar as compras de itens de maior recorrência em sua plataforma, como produtos alimentícios, de beleza, calçados, moda e decoração. (Foto: Divulgação/Casas Bahia)

Além do crediário, o marketplace passa a ofertar também serviços de crédito e soluções financeiras da Via, dona da Casas Bahia. Com isso, a expectativa é gerar maior recorrência e fidelizar clientes. A Casas Bahia já oferecia o carnê digital, mas apenas para produtos vendidos nas lojas da rede.

A Via tem investido pesado em seu marketplace e chegou à marca de 110 mil vendedores parceiros no ano passado, com mais de 34 milhões de produtos disponíveis. As vendas digitais já são responsáveis por 60% do total de vendas da marca.

O carnê digital é mais uma ação da companhia que busca incentivar as compras de itens de maior recorrência em sua plataforma, como produtos alimentícios, de beleza, calçados, moda e decoração.

Cliente recorrente

A recorrência é um ponto importantíssimo para o varejo. Afinal, um cliente que se relaciona com uma marca várias vezes — e torna-se fiel a ela — é muito valioso. Não à toa, a Via recentemente passou a usar como métrica não apenas a venda realizada, mas o quanto cada cliente que interage com a marca volta a ela depois.

Para reforçar o marketplace, a companhia comprou recentemente a logtech CNT, que oferece soluções de fulfillment — como é chamada a terceirização da logística de comércio eletrônico. Tal empresa também oferece soluções de fullcommerce, ou seja, a terceirização de todo o serviço (que inclui planejamento e organização da operação de comércio eletrônico).

Com a aquisição, a Via passou a oferecer a opção fulfilment para os lojistas que estão em seu maketplace, assim como fazem Mercado Livre e Americanas. Nos últimos anos também agregou outros serviços ao seu marketplace, como publicidade e crédito, tornando a solução mais atrativa para os sellers.

Para dar conta de entregar os produtos de forma rápida, a Via conta com suas mais de 900 lojas. Além de servirem como pontos de venda, reforçam a presença da marca e funcionam como hubs logísticos par as entregas online — hoje, a Via tem entrega rápida em 2400 cidades. Vale reforçar que a companhia abriu 110 novas lojas em 2021.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/casas-bahia-inicia-venda-no-crediario-para-500-mil-produtos-do-marketplace/

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Via passará a oferecer Fulfillment e Fullcommerce para os seus lojistas

A Via iniciou o ano de 2022 com uma ótima notícia: a ampliação dos serviços da sua plataforma de soluções logísticas. Ela passará agora a oferecer além das modalidades “Postagem e Coleta”, o Via Fulfillment.

Com essa novidade, a Via passa a cuidar de toda a operação dos lojistas, desde o armazenamento do estoque dos lojistas do seu Marketplace até o pós-venda do cliente final. “A partir de agora, nossos sellers cuidam das vendas e a gente cuida do resto”, afirma Rodrigo Bulhões Bogmann, trainee na Via.

Para a realização desse serviço, a empresa anunciou ao mercado a aquisição da logtech “CNT Log e-Commerce Logistics”, que vai ajudar a evoluir o projeto de implantação do fulfillment e entrar no segmento de fullcommerce.

A Via é o primeiro Marketplace a lançar um fulfillment Mar Aberto/Agnóstico do Brasil, podendo atender pedidos de vários canais e sendo uma verdadeira parceira dos lojistas.

Essa operação acelera a inclusão de novos serviços logísticos, garantindo uma experiência de compra ainda melhor para os clientes, com maior engajamento do marketplace e mais velocidade nas entregas.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/via-fulfillment-fullcommerce/

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