Mudanças a lojistas de Via e Magazine Luiza ajudam margens, mas contêm crescimento, diz Citi

As alterações promovidas por Via (VIIA3) e Magazine Luiza (MGLU3) em seus marketplaces devem ajudar a melhorar a rentabilidade das companhias no médio prazo, à medida que reduzem subsídios. Entretanto, segundo analistas do Citi, impactam o crescimento no longo prazo.

Na última sexta-feira, por volta de 14h50, as ações do Magazine Luiza caíam 3,2% e os papéis de Via cediam 2,7%.
Em relatório, ele citam aumento de 2 pontos percentuais pelo Magazine Luiza na sua comissão em vendas de lojistas que optam pelo modelo de pagamento antecipado a partir do próximo dia 15, em movimento que não contempla categorias de moda e acessórios.

No caso da Via, destacam a decisão de estabelecer que o pagamento a certos lojistas será feito em parcelas quando as respectivas compras pelos clientes forem parceladas. Além disso, oferecerá antecipação de pagamento (para quatro dias após a compra) para os lojistas que optarem pela opção ‘fulfillment’ — quando a Via opera todo o processo, da venda à entrega.

Mudanças no Magazine Luiza para lojistas terceiros
O Magazine Luiza confirmou as mudanças na sua plataforma para vendas por lojistas terceiros, enquanto a Via não comentou imediatamente o assunto.

“Enquanto nós não esperamos uma mudança material nas margens consolidadas gerais, as alterações devem gradualmente ajudar na melhora de rentabilidade no médio prazo”, escreveram analistas em relatório.

“No longo-prazo, no entanto, essas mudanças devem limitar o crescimento do marketplace para Via e Magazine Luiza. Afinal, outras empresas devem aproveitar essa oportunidade para oferecer termos mais competitivos aos lojistas”, disseram.

Rentabilidade nos marketplaces Via e Magazine Luiza
Na última sexta-feira, por volta de 14h50, as ações do Magazine Luiza caíam 3,2% e os papéis de Via cediam 2,7%. Por outro lado, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, tinha acréscimo de 0,2%. No setor, Americanas recuava 1%.

Os analistas acrescentaram que os movimentos de Via e Magazine Luiza são consistentes com as recentes estratégias das companhias de preservar rentabilidade nos marketplaces. “Ambas as empresas citaram o ambiente macroeconômico volátil e o aumento das taxas de juros como razões por trás das mudanças”.

No caso da Via, o time do Citi observou ainda que a empresa continua oferecendo pagamentos antecipados por meio da Getnet, controlada do banco espanhol Santander.

Varejo aposta corrida por título de entrega mais rápida do Brasil

Era por volta de 11h da manhã de uma quarta-feira quando a representante Letícia, 23, recebeu uma nova leva de pedidos para entrega no mesmo dia no seu aparelho portátil (handheld). Funcionária há dez meses do centro de distribuição (CD) do Mercado Livre em Cajamar, a 29 quilômetros da capital paulista, ela precisa ser rápida: todos os pedidos desta categoria devem sair do CD até as 12h59 em ponto.

Empunhando um carrinho de inox vazado, com capacidade para acomodar seis grandes caixas de plástico amarelas, ela circula com agilidade por algumas das 202 ruas do CD de 1.500 m², que abriga 800 mil itens de produtos diferentes, em pouco mais de 1 milhão de “endereços” -caixas com códigos de barras que identificam o estoque.

O sistema de gerenciamento de armazém (WMS, na sigla em inglês) do Mercado Livre indica à representante qual rota ela deve seguir para buscar todos os cerca de 30 produtos daquela leva da maneira mais eficiente possível: andando no máximo 12 ruas, em um percurso de até 30 minutos.

O fluxo nas ruas do maior CD de comércio eletrônico da América Latina é intenso: a cada “esquina”, ela bate as manoplas do carrinho para avisar aos colegas que está passando e assim evitar acidentes. São 3.000 funcionários no local que se revezam em turnos durante 24 horas, sete dias por semana.

Assim que termina de preencher as caixas com os pedidos, cada uma para localidades diferentes, ela deposita as caixas em uma esteira que segue até a seção de embalagem. Lá, outra representante tem até 18 segundos para empacotar e etiquetar cada produto, de acordo com as especificações informadas no sistema: caixa de papelão automontável para itens frágeis, saco de plástico amarelo para os demais.

O produto volta para uma esteira e segue até uma seção com tobogãs: assim que descem, os itens com entrega no mesmo dia recebem prioridade e são separados por CEP e armazenados em contêineres, alocados dentro de um caminhão baú. O pedido finalmente sai para a entrega, antes das 13h.

A rotina pode parecer banal, mas representa o novo estágio da disputa entre os grandes varejistas do comércio eletrônico no país: a entrega ultrarrápida, feita no mesmo dia, cada vez mais crucial para se definir uma venda no crescente comércio eletrônico, que faturou cerca de R$ 220 bilhões em 2021.

O Mercado Livre acaba de dobrar o número de cidades em que promove esta entrega ultrarrápida, de 50 para 100 no Brasil. O esforço consumiu parte dos investimentos de R$ 17 bilhões anunciados este ano no país, montante 70% superior ao do ano passado, que envolvem operações, tecnologia e finanças (a empresa também é dona da fintech Mercado Pago).

O novo patamar de entrega no mesmo dia também foi conquistado graças à parceria anunciada em abril com a Gol, envolvendo o fretamento de seis aviões cargueiros da GolLog, exclusivos para o Mercado Livre.

“Velocidade gera conversão em vendas”, diz o diretor de logística do Mercado Livre, Luiz Vergueiro. Os atuais 12 CDs no Brasil são “fulfillment”: estão equipados para armazenar e gerenciar o estoque dos lojistas virtuais, os “sellers”, que são desde pequenas empresas a grandes indústrias que vendem dentro da plataforma da companhia.

Americanas lidera entrega no mesmo dia, chegando a 900 cidades Com as cem cidades com entrega no mesmo dia, o Mercado Livre ultrapassa a Via, dona das varejistas Casas Bahia e Ponto, que oferece o serviço em 65 cidades do país. Mas ainda fica atrás do Magazine Luiza -onde o consumidor de 150 cidades pode receber no dia a compra feita no site- e permanece distante da Americanas, que oferece o serviço em 900 cidades do país.

As três grandes redes de varejo do país (Magalu, Via e Americanas) têm mais da metade das suas vendas hoje feitas pela internet.

A Americanas acaba de anunciar a integração de 100% da sua malha logística, depois da fusão entre Lojas Americanas e B2W (Americanas.com, Shoptime e Submarino), promovida no ano passado. “Hoje, 35% das nossas entregas são feitas em até três horas e 59% em até 24 horas”, afirma Welington Souza, diretor da plataforma de logística da Americanas. Até ano passado, a entrega em três horas representava 14% do total, diz ele.

Com 25 CDs em 11 estados, a empresa conta com a ampla rede de 3.500 lojas e franquias, que servem como pequenos centros de distribuição, armazenando parte do estoque próprio e dos 132 mil sellers.

“Estamos investindo para entregar em 100% das residências brasileiras, incluindo becos e vielas das favelas”, diz Souza, destacando que a empresa deve chegar até 53 microbases em comunidades até ano que vem, com parceiros como a startup de logística Favela Brasil Express.

Já o Magazine Luiza, dono de 24 CDs em 15 estados e no Distrito Federal, vem se dedicando à implantação da tecnologia que vai transformar todos os centros de distribuição em fulfillment, a fim de acomodar o estoque dos 180 mil sellers.

“Com isso, vamos agilizar a entrega ultrarrápida em todo o país, hoje ainda muito concentrada no Sul e no Sudeste”, diz Luciano Telesca, gerente de entrega ultrarrápida do Magalu. “O cliente é muito sensível a prazo.”

A área ganhou impulso no ano passado, após a compra da Sode, plataforma digital especializada em logística urbana para entregas ultrarrápidas. Assim que entra o pedido, o sistema dispara as ordens de trabalho para o estoquista da loja e para o entregador, um motociclista parceiro, que leva o pedido em uma hora.

Com 30 CDs em 22 estados, a Via consegue entregar em 24 horas em 2.500 cidades. Segundo Fernando Gasparini, diretor executivo de logística da empresa, a implantação da tecnologia fulfillment nos centros de distribuição está evoluindo paulatinamente: hoje já está presente nos pontos em Jundiaí (SP), Barueri (SP), Extrema (MG) e Serra (ES).

“No início deste ano, a Via comprou a logtech CNT, marcando oficialmente nossa entrada nos serviços de fullfilment e fullcommerce”, diz Fernando Gasparini, diretor de logística da Via. No modelo de negócio fullcommerce, a varejista fica responsável pela comercialização e entrega da operação online de uma fabricante.

O primeiro contrato foi assinado em abril com a Mallory, de eletroportáteis: a Via assumiu toda operação do site de e-commerce da empresa, que inclui seu planejamento, operação, atendimento, segurança digital, vendas e entregas.

Leite condensado foi o campeão de vendas no Mercado Livre em 2021 Ter CDs em pontos estratégicos garante a entrega rápida. No Mercado Livre, a entrega no mesmo dia é oferecida em cidades próximas aos atuais 12 centros de distribuição fulfillment (até o fim do ano, o 13º será inaugurado em Belo Horizonte). O cliente visualiza o produto no site e aquele que tem o selo “full” está estocado no CD, pronto para envio imediato. Se o consumidor pede até as 11h da manhã, chega no mesmo dia. Se for depois deste horário, chega até o dia seguinte.

“Hoje cerca de 40% das nossas vendas são full”, diz Julia Rueff, diretora de marketplace do Mercado Livre. O Brasil representa pouco mais da metade (54%) das vendas da multinacional argentina, presente em 18 países da América Latina e que registrou vendas brutas no ano passado de US$ 28,35 bilhões (R$ 138,8 bilhões).

No Brasil, a empresa conta com 4 milhões de sellers. A categoria mais vendida no ano passado foi eletrônicos, enquanto em produto foi leite condensado.

A companhia subsidia parte das vendas em algumas categorias escolhidas, oferecendo cupons e descontos em parcerias com os lojistas.

Hoje o Mercado Livre tem 4.000 vagas em aberto, nas áreas de tecnologia, operações e finanças, e deve somar 17 mil funcionários até o fim do ano. “Mesmo com a reabertura das lojas físicas, o consumidor pós-pandemia mudou e quer a comodidade de comprar online”, diz Julia. “É uma mudança que veio para ficar. Em 2019, o comércio eletrônico representava cerca de 6% das vendas do comércio em geral. Este ano, deve atingir 14%.”

Mercado Livre dobra número de cidades atendidas e oferece entregas no mesmo dia para 100 municípios

Em mais um passo à frente em sua operação logística, o Mercado Livre anuncia a ampliação da entrega no mesmo dia para 100 cidades brasileiras. A expansão chega para somar às modalidades de entrega em até 1 dia para 2,1 mil cidades, (corresponde a 75% das entregas) e 2 dois dias para 4,7 mil cidades do Brasil (cobrindo 90% das entregas).

A ampliação é parte do resultado do investimento de R$ 17 bilhões no país, divulgado pelo Mercado Livre no primeiro trimestre. Além disso, companhia já anunciou a inauguração de quatro novos centros de distribuição no estado de São Paulo, aumentando para mais de 2 milhões de pacotes a sua capacidade diária de transação logística e ampliando a infraestrutura logística para 1.029 km em operações de fulfillment – em que a empresa é responsável por todo o processo logístico.

“Nossa missão de democratizar o comércio eletrônico passa diretamente pela logística e por oferecer uma entrega mais rápida em todo o Brasil. No primeiro trimestre de 2022, cerca de 54% das entregas da modalidade Full foram realizadas no mesmo dia. Isso nos mostra que o consumidor confia no prazo que nos comprometemos, o que nos motiva a continuar trabalhando no desenvolvimento e inovação de nossos produtos e serviços para aprimorar desde a frota logística e armazenagem, até o maior sortimento e expansão de categorias”, destaca Gustavo Pompeo, diretor de operações Logísticas do Mercado Livre.

Atualmente, a companhia tem uma frota própria de veículos composta por 51 carros elétricos, 3 mil caminhões, 1.100 vans, 3 aviões e 26 carretas movidas a gás e mais de 13 mil veículos atuando na última milha. Além de contar com estrutura logística de 10 centros de distribuição Fulfillment, 1 receiving center, 17 cross dockings, mais de 100 services centers e 3 mil agências Mercado Livre em todo o país.

Amazon ajudará vendedores brasileiros a venderem para o exterior

Amazon anunciou que ajudará pequenos e médios lojistas do marketplace a venderem seus produtos para fora do Brasil com a nova estratégia de internacionalização de empreendedores. A campanha que possibilitará as vendas cross-border se chama “tá voando” e foi lançada nesta semana pela companhia.

Modelo de negócios

De acordo com o que foi divulgado pela Amazon, o lojista terá uma série de incentivos e não precisará se preocupar com quantidade mínima de produtos para realizar a compra nem com armazenamento de estoque dos produtos, podendo utilizar as opções fulfillment da própria Amazon — programa FBA de logística.

“Muitos empreendedores pensam que vender na Amazon é para poucos. Mas temos um programa excelente de expansão de negócios que ajuda os pequenos e médios empreendimentos a terem sucesso”, afirma Ricardo Garrido, diretor de marketplace da empresa.

Oportunidade para os pequenos e médios

Hoje, cerca de 2,9 milhão de pequenos ou médios lojistas vendem pela Amazon no mundo inteiro, o que corresponde a 56% do que é vendido pelo marketplace.

Em 2020, a Amazon investiu US$ 18 milhões para ajudar empreendedores, ao aprimorar logística, ferramentas, serviços e educação.

Mercado Livre (MELI34) reverte prejuízo e lucra US$ 65 mi; ações sobem 5% em NY

O Mercado Livre (MELI34) reportou um lucro líquido de US$ 65 milhões no primeiro trimestre de 2022, revertendo um prejuízo de US$ 34 milhões no mesmo período do ano passado. Em termos de lucro por ação, o papel saiu de um prejuízo de US$ 0,68 para um lucro de US$ 1,30 entre janeiro e março deste ano.

O resultado do 1T22 do Mercado Livre agradou os investidores. As ações da plataforma de e-commerce argentina subiram 5,48% no after market de Nova York, após uma forte sessão de queda no horário regular.

Hoje (6 de abril), a alta continua no pre-market, com subida de 4,57%, para US$ 954,99, por volta das 7h50 (horário local).

O Mercado Livre também surpreendeu com a receita líquida, que atingiu um novo recorde no primeiro trimestre de 2022, superando a performance do quarto trimestre do ano passado. A receita líquida somou US$ 2,2 bilhões, crescimento de 63,1% na comparação com o mesmo período de 2021.

Representando 55% da receita líquida total do Mercado Livre, o Brasil alcançou US$ 1,25 bilhão, com  crescimento de 62,8% na comparação anual. Outros países com destaque são Argentina, com receita de US$ 518 milhões, e México, com receita de US$ 364 milhões.

Crescimento do Mercado Livre

Previsão é de que produtos do GPA estejam disponíveis nos cinco Centros de Distribuição do Mercado Livre até o fim do ano - Foto: Divulgação Mercado Livre
Foto: Divulgação/ Mercado Livre

Segundo a empresa, o recorde foi sustentado pela alta de 26,5% no volume bruto de mercadorias (GMV), para US$ 7,66 bilhões, além de uma expansão de 72% no volume total de pagamentos (TPV), a US$ 25,3 bilhões.

Outras unidades de negócio como o Mercado Envios e o serviço de anúncios também tiveram bom desempenho. O Mercado Envios embarcou 254 milhões de itens durante o trimestre, representando um aumento de 22,1% em base anual. A penetração da rede gerenciada pelo Mercado Livre atingiu 90,5%, sendo 40% dos envios via fulfillment.

Sobre o Mercado Ads, a plataforma destaca que “a receita do negócio de publicidade digital quase dobrou no primeiro trimestre, ano contra ano, tendo investido consistentemente em tecnologia para ampliar a presença de anúncios no ecossistema”.

A base geral de usuários únicos ativos do ecossistema do Mercado Livre atingiu 80,7 milhões ao final do trimestre, alta de 15,7% em comparação com o mesmo período de 2021 — sendo 6,7 milhões de novos usuários incorporados somente no período de janeiro a março deste ano.

Os custos do Mercado Livre cresceram 49,3% em um ano, a US$ 1,17 bilhão. A companhia diz que o aumento foi impulsionado pelo crescimento nas provisões para cobrir inadimplência no seu segmento financeiro, em meio a expansão nos níveis de originação de crédito e nos cartões de crédito da empresa.

A carteira de crédito do Mercado Livre atingiu US$ 2,4 bilhões até o fim de março de 2022, enquanto era US$ 1,7 bilhão ao final de 2021. No período, o Mercado Crédito concedeu mais de US$ 1,7 bilhão em créditos, quase o triplo do valor registrado no primeiro trimestre de 2021.

Via lança aplicativo exclusivo para lojistas de seu marketplace

A Via, dona das marcas Casas Bahia, Ponto, Extra.com.br e banQi, lançou um aplicativo exclusivo para lojistas em seu marketplace, que conta com mais de 130 mil lojistas.

O novo aplicativo Via Marketplace é exclusivo para lojistas e permitirá que ele consulte toda sua operação por meio de um dispositivo móvel – desde a oferta de produtos, vendas, atendimento ao cliente e acompanhamento das entregas.

O aplicativo Via Marketplace já está disponível para ser baixado no Apple Store e Google Play. Com o app, a Via pretende melhorar ainda mais a experiência do lojista.

“O app traz as principais funcionalidades do portal. Queremos otimizar o tempo dos nossos lojistas dando um resumo das vendas e da operação da loja. Esse também é um canal de comunicação muito efetivo. Sabemos que quanto mais ágil o lojista for, melhor a conversão e a experiência dos nossos clientes. Queremos que o lojista possa operar sua loja de forma simples, descomplicada e sem pagar mais nada por isso”, afirma Fernanda Winck, diretora de Marketplace da Via.

Em janeiro, a Via adquiriu a logtech CNT e entrou definitivamente no fulfillment, que é multiplataforma, e no full-commerce, que compreende a gestão de todo o e-commerce de uma empresa – desde sua concepção a emissão de notas etc.

O aplicativo Via Marketplace já está disponível no Google Play e Apple Store.

Novo estudo da Fabric revela que envio gratuito no dia seguinte e no mesmo dia são novos padrões de consumo para compras on-line

Oito dos dez maiores varejistas oferecem frete grátis em dois dias e quatro oferecem frete grátis no dia seguinte.

NOVA YORK, 26 de abril de 2022 –( BUSINESS WIRE )– Fabric , uma plataforma de varejo sob demanda que permite que as marcas obtenham um atendimento rápido em unidades econômicas competitivas, divulgou seu mais recente relatório de pesquisa, ” Fast and Free: The One- Way Ratchet das Expectativas do Consumidor .” O relatório descobriu que o envio gratuito de dois dias é considerado uma aposta de mesa para as marcas e destacou um apetite considerável por entrega gratuita no dia seguinte e até no mesmo dia.

Dado que o envio rápido é um enorme desafio para as marcas fornecerem de uma perspectiva financeira, operacional e estratégica, as descobertas da Fabric servem como um alerta para as marcas de que as janelas de envio padrão de três a cinco dias não são mais suficientes.

Pesquisa: pelos números

Com base em 700 respostas de 500 consumidores e 200 gerentes seniores de varejo e marca, os resultados da pesquisa fornecem informações sobre o que os consumidores esperam em relação à velocidade de envio, por que eles esperam isso de graça, por que essa proposta é tão desafiadora para tantas marcas oferecerem e o que marcas podem fazer sobre isso. Alguns destaques da pesquisa incluem:

  • O envio gratuito de dois dias já é uma aposta da mesa para os consumidores: 76% dos consumidores esperam envio gratuito de dois dias com uma compra mínima de apenas US $ 40. Isso porque oito dos 10 maiores varejistas dos EUA oferecem frete grátis em dois dias, o que representa 71% das vendas no varejo dos 65 maiores varejistas (não mercearias).
  • Já existe um apetite considerável por frete grátis no dia seguinte e até mesmo frete grátis no mesmo dia: 61% dos consumidores esperam frete grátis no dia seguinte e 52% esperam frete grátis no mesmo dia com uma compra mínima de apenas $ 40. 40% dos 10 principais varejistas oferecem entrega gratuita no dia seguinte, uma proposta quase impossível para todos os outros players.
  • O frete grátis é difícil e caro para as marcas fornecerem em qualquer velocidade: o custo do frete padrão para uma marca de alto volume aumentou 71% nos últimos cinco anos. Mais de um quarto da lista dos 100 principais varejistas da National Retail Foundation nem sequer oferece frete padrão de graça, muito menos nas velocidades que os consumidores exigem agora.

Os resultados reforçam um dilema que os varejistas online enfrentam: frete grátis não é grátis – o custo recai sobre a empresa. Mas os preços de envio dispararam e entregas rápidas são complicadas de executar do ponto de vista logístico e estratégico. A solução é mover as operações de fulfillment para mais perto de onde os consumidores moram.

Para ajudar empresas de todos os tamanhos a atender à demanda por entrega super rápida sem aumentar a sobrecarga, a Fabric oferece vários centros de fulfillment (MFCs) nos Estados Unidos. Os MFCs ocupam uma fração do espaço de um armazém tradicional e podem caber em centros comerciais densos sem sacrificar a eficiência ou o volume. O mais recente MFC da Fabric inaugurado em Dallas, combina o atendimento robótico automatizado e o gerenciamento inteligente de estoque para entregar o estoque local no lugar certo na hora certa.

“O varejo está sempre mudando e não é fácil prever o que o futuro reserva, mas fica claro a partir desses resultados que as apostas nunca foram tão altas”, disse Colin Coggins, diretor comercial da Fabric. “As marcas precisam adotar uma estratégia de atendimento distribuído, combinada com automação, para atender e superar as expectativas dos consumidores hoje e amanhã, sem aumentar os custos.”

Para obter mais informações sobre a pesquisa e como o Fabric pode ajudar sua empresa a atender a essas crescentes demandas dos consumidores, visitegetfabric.com.

Sobre a Fabric

Fabric é uma empresa de tecnologia de varejo que permite experiências excepcionais aos clientes, desde o clique até a entrega. Ao combinar o atendimento robótico inteligente com operações locais de última milha, a Fabric está redefinindo como as cadeias de suprimentos funcionam.

A rede de malha proprietária da empresa e as tecnologias de fulfillment aproximam as marcas de seus clientes, desbloqueando os insights para colocar o inventário local no lugar certo, na hora certa. A Fabric está executando operações de fulfillment para marcas de supermercado e de consumo nos EUA e em Israel e se expandirá para outros grandes centros de comércio dos EUA no próximo ano.

Fundada em 2015, a Fabric é apoiada por investidores líderes, incluindo Temasek, Canada Pension Plan Investment Board (CPP Investments), Corner Ventures, Playground Ventures, Princeville Capital, Innovation Endeavors, Aleph e outros. A Fabric está sediada na cidade de Nova York com escritórios principais em Tel Aviv e Atlanta e tem mais de 300 membros de equipe em todo o mundo.

Para mais informações visitewww.getfabric.com.

Veja a versão de origem em businesswire.com:https://www.businesswire.com/news/home/20220426005074/en/

Por meio da Logtech Cnt, Via anuncia início da operação full-commerce da Mallory

A CNT, logtech da Via – dona das marcas Casas Bahia, Ponto e Extra.com.br – anunciou que assumiu toda a operação de e-commerce da Mallory, uma das maiores fabricantes de eletrodomésticos e eletroportáteis do Brasil, passando a ser responsável pelo full-commerce da empresa. O contrato também é o primeiro desse tipo, desde a aquisição da empresa de logística pela Via em janeiro deste ano.

No CD de Jundiaí (SP), a Via já realizava o serviço de fulfillment para a Mallory, que possui fábrica em Maranguape, na grande Fortaleza (CE). Agora com o full-commerce, a Via/CNT cuidará de toda operação do site de e-commerce da Mallory. O escopo de processos inclui planejamento, criação, operação, gestão, atendimento, segurança digital, análise de resultados, vendas e entregas com foco em colocar o consumidor no centro da estratégia.

“Com o full-commerce a CNT entra oficialmente no ecossistema da Via, oferecendo todo tipo de solução para a indústria nos canais digitais e associado ao omni canal, além do fulfillment para sellers. A estratégia daqui para frente é escalar ainda mais e abrir oportunidade para novos segmentos e mercados explorando a musculatura de armazéns e transportes já conhecidas da Via.” – Vinícius de Albuquerque Maranhão, diretor de Logística para mercado digital na Via/CNT.

De acordo com Vinicius Ramalho, gerente Ecommerce da Mallory, a marca tem uma grande expectativa com a Via/CNT.

“Desejamos expandir e consolidar nossas operações digitais através do impulsionamento e a malha logística oferecida por esta parceria. Somos uma marca referência nas regiões Sudeste, Norte e Nordeste, e buscamos essa capilarizarão através dos canais digitais em todo o Brasil. Acreditamos que essa parceria nos trará competitividade e melhores prazos de entrega em um mercado que é tão dinâmico e exigente como o digital.” – Vinicius Ramalho, gerente Ecommerce da Mallory.

LOGÍSTICA COMO PILAR DA OMNICANALIDADE

A aquisição da logtech CNT em janeiro deste ano colocou a Via definitivamente no fulfillment e no full-commerce. Com isso, a empresa se tornou uma plataforma aberta de logística, servindo tanto o ecossistema Via quanto o mar aberto (logística as a service).

Com a logística sendo um dos pilares da Via, o contrato com a Mallory ratifica o a aceleração da inclusão desses novos serviços logísticos pela empresa, que passa a apostar no formato multi-marketplaces para parceiros e a conquistar oportunidades para atrair novos clientes. A Via tem um ecossistema omnicanal formado por mais de 1.100 lojas e 30 centros de distribuição, de forma 100% integrada.

Em 2021, o Via Marketplace, um dos maiores do país, atingiu 130 mil lojistas na plataforma e um sortimento de 41 milhões de itens (SKU), colocando a companhia em posição de disputar a liderança no Brasil.

Além do fulfillment e do full-commerce, a empresa afirma que o marketplace será turbinado pela oferta de serviços de crédito e soluções financeiras exclusivos da Via, o que retroalimenta o ecossistema, contribui para gerar maior recorrência e fideliza clientes, além de atrair parceiros que aumentarão o life time value (LTV) dos clientes e ampliar as frentes de atuação para além do varejo.

Amazon anuncia a cobrança de taxa de 5% dos vendedores

A Amazon começará a cobrar uma taxa de 5% dos vendedores da plataforma a partir do dia 28 de abril. Por enquanto, somente os vendedores baseados nos Estados Unidos e que utilizam a plataforma Fulfillment by Amazon (FBA), conjunto de serviços de armazenamento e entrega da empresa, serão afetados.

Apesar de ser cobrada dos vendedores e não dos compradores, é esperado que a taxa leve a um aumento dos preços em geral na plataforma, à medida que a margem dos vendedores forem afetadas, e ela seja repassada para os consumidores.

O CEO e fundador da Black Label Advisor, Jon Elder, que presta consultoria para comerciantes terceirizados, afirmou que que “a grande maioria” de seus clientes “aumentará seus preços juntamente com essa sobretaxa da Amazon”.

De acordo com a empresa, a nova cobrança foi causada pelo aumento dos custos dos combustíveis e da inflação.

“Em 2022, esperávamos um retorno à normalidade à medida que as restrições do COVID-19 em todo o mundo diminuíam, mas o combustível e a inflação apresentaram mais desafios”, escreveu a equipe da FBA em uma mensagem enviada a todos clientes da plataforma.

“Ainda não está claro se esses custos inflacionários aumentarão ou diminuirão, ou por quanto tempo eles persistirão, então, em vez de uma mudança permanente na taxa, estaremos empregando uma sobretaxa de combustível e inflação pela primeira vez – um mecanismo amplamente usado em todo o mundo por fornecedores da cadeia de suprimentos.”

Atualmente as vendas de terceiros no marketplace representam uma parcela importante nos negócios da Amazon, movimentando US$ 30,3 bilhões em vendas nos últimos quatro meses de 2021. Nesse mesmo período, o lucro da empresa quase duplicou em relação ao ano passado, chegando a US$ 14,32 bilhões.

Gestão de estoques: empresas de logística se adaptam e criam tendência de mercado

Diante dos desafios, algumas companhias investiram em novos formatos intralogísticos, tecnologia de ponta, diversificação de fornecedores e parceiros para repensar o modo de gestão dos estoques.

Com a transformação digital que marca os processos – dos mais variados segmentos – nos últimos anos, é comum deparar-se com uma visão de mercado em que o digital irá substituir as operações presenciais. No caso da logística, isso fica mais evidente em um cenário: a expansão do e-commerce em relação ao varejo presencial.

Com o impacto causado pela pandemia de Covid-19, a alta do e-commerce – o relatório da Mastercard SpendingPulse apontou um crescimento de 75% em 2020, comparado ao ano anterior – poderia ser vista como uma ameaça ao varejo tradicional. No entanto, para algumas empresas, o que se viu foi uma adequação de estratégia que aponta uma nova tendência de mercado, principalmente quando se fala em gestão de estoques.

Segundo o especialista Bruno Faria Honório, muitos foram pegos de surpresa, mas algumas empresas tiveram uma grande velocidade para se adequarem. “[Algumas companhias] investiram em novos formatos intralogísticos, tecnologia de ponta, diversificação de fornecedores e parceiros e, ainda, repensaram o modo de gestão dos estoques.”

“Os mais pessimistas previram que acabariam todas – em uma clara alusão ao modelo 100% digital. Entretanto, o que vimos foi justamente o contrário. Pressionados a atenderem uma crescente onda de e-commerce, os varejistas viram da noite para o dia a possibilidade de transformarem lojas fechadas em dark stores, micro fulfillment centers urbanos – na verdade, pontos de uma rede de distribuição omnichannel. Estoques que estavam parados passaram a ser vendidos, o que possibilitou entrega mais rápida para o cliente.” – Bruno Faria Honório, sócio fundador da Delage.

No artigo publicado na edição 84 da MundoLogística, Honório citou algumas medidas que precisam estar no radar das empresas quando se trata de gestão de estoques. Uma delas é a identificação dos itens de massa crítica. “Aumento do estoque e produtos-chave: não só de itens comercializáveis, mas também itens essenciais à própria operação (produtos de limpeza e saneamento; equipamentos de proteção pessoal, tais como máscaras e luvas; principais peças de reposição e produtos de manutenção; e demais itens usados apenas em pequenas quantidades, mas que são cruciais para as operações)”, pontuou.

A gestão de estoques também precisa ser pautada no modelo de múltiplos cenários, uma vez que muitas indústrias, como processadores e distribuidores de alimentos, não puderam mais confiar em dados passados para prever o futuro.

“Pensando nos dados do primeiro trimestre do ano passado para todos os segmentos de consumo em geral, provavelmente nada terá sido útil, uma vez que a indústria viu compras em pânico, fechamento repentino de fábricas e nenhum negócio de serviço de alimentos para falar. Olhando para o futuro, todos viram a importância de planejar e prever múltiplos cenários – otimista, intermediário e crise. Ou seja, os negócios que considerarem uma gama mais ampla de possibilidades estarão mais bem posicionados.” – Bruno Faria Honório, sócio fundador da Delage.