Inteligência Artificial a serviço das pessoas: promessa, realidade ou possibilidade?

Em visita ao Centro de Distribuição da Amazon, em Seattle, no evento “Delivering the Future”, a tônica é repercutir uma visão de negócio e de mercado orientada ao uso humanizado da tecnologia.

Há uma preocupação geral no âmbito das chamadas “Big Techs”, empresas que ganharam evidência, influência e dominância de mercado a partir de suas habilidades no manejo das ferramentas digitais. A internet, particularmente com a revolução dos smartphones, acelerou processos de mudança competitiva e criou ondas de disrupção em praticamente todo o mercado, incluindo alguns monopólios. Nada disso é novidade, a não ser a propensão das lideranças atuais perderem as referências para a tomada de decisões, bem como o aumento do ceticismo generalizado com que cidadãos e consumidores comuns recebem iniciativas com “potencial transformador”.

Ainda assim, sempre é esclarecedor é determinante ouvir o que uma gigante como a Amazon tem a dizer sobre estratégia, inovação, centralidade do cliente e Inteligência Artificial. Poucas empresas na história criaram tamanho legado de mudanças na mentalidade corporativa quanto a líder global de e-commerce. Se hoje é comum pensarmos em ferramentas de gestão que se baseiam em produtividade máxima nas reuniões, “custo do concorrente como oportunidade”, centralidade do cliente e cultura data-driven, a empresa de Seattle foi e continua sendo, indutora de mudanças.

No evento “Delivering the Future”, que ocorre no impressionante e rigorosamente controlado Centro de Distribuição original da Amazon, em Seattle, nos Estados Unidos (que acessamos usando até mesmo calçados especiais fornecidos pela empresa), foram apresentadas múltiplas ideias que procuram associar a adoção de tecnologias a benefícios tangíveis para colaboradores, consumidores e comunidades.

Por exemplo, Sarah Mathew, vice-presidente de Experiência no Delivery da Amazon, e Diya Wynn, responsável pelas práticas em IA da AWS, procuraram ilustrar como o uso de Inteligência Artificial pela Amazon tem uma face mais humana e orientada à resolução de problemas mais amplos, com ênfase em sustentabilidade.

“A IA responsável não um trabalho que deve ser feito isoladamente, e sim algo que precisa ser incorporado em cada caso. A Amazon está comprometida com a colaboração contínua com a academia, formuladores de políticas, legisladores, educadores, organizações e pesquisadores”, conta Diya Wynn. O foco é justamente garantir que o uso da IA não seja utilizado contra as pessoas, mas a favor das comunidades e do desenvolvimento pessoal.

O CD BFI1, em Seattle, traz uma réplica do “escritório improvisado” que Jeff bezos montou na garagem de sua casa, no início das operações da Amazon. Hoje, a empresa mobiliza e movimenta mais de 300 milhões de itens no mercado americano. E o CD é uma prova do engenho da companhia em utilizar tecnologia e aplicações de IA para assegurar entregas no mesmo dia ou no dia seguinte.

Velocidade é o centro do varejo

Na visão de Sarah Matthews, velocidade e rapidez são absolutamente essenciais para atender às demandas de consumidores em épocas tomadas por ansiedade e indecisão. A habilidade de levar os produtos escolhidos pelos clientes no menor tempo possível são o centro da experiência do cliente. Não há dúvida que o tempo é fator crítico de performance e sucesso em CX e a Amazon ajudou a extrapolar esses limites e a definir novos padrões de qualidade e expectativa. Efetivamente, a Amazon elevou a barra das expectativas dos clientes e obrigou o mercado em geral a pensar e atuar da mesma forma (pelo menos nas intenções).

O futuro que a Amazon procura entregar une tecnologias diversas para multiplicar as alternativas de entrega e logística em todas as etapas do processo que se inicia com o pedido do cliente. A entrega por drones já foi construída pela companhia de Seattle, com o objetivo de atingir e atender comunidades distantes ou inacessíveis pelos modais regulares.

A imagem de desenho animado de um drone parado na frente da sua janela não está nos planos da Amazon, mas entregar pedidos para um cliente que vive no meio do Rio São Francisco, no sertão da Bahia, está.

Isso quer dizer que atender a expectativa do cliente e ir ao encontro dele com todos os meios disponíveis, com segurança e confiabilidade, são princípios dos quais a Amazon não abre mão. “Entregar 500 milhões de pacotes por ano por drone até o final desta década é uma meta, atingindo um nível de segurança direcionado que é muito maior do que dirigir até uma loja”, afirma David Carbon, vice-presidente da Prime Air, divisão de drones da Amazon.

Logo, o que está na mesa para todos os competidores do varejo e de outros segmentos que competem com as múltiplas frentes da Amazon é ter uma preocupação quase obsessiva com o tempo. O tempo do negócio, do giro, da reposição, da coleta, do pagamento, da entrega e da recorrência. O varejo veloz é a realidade indissociável de quem opera uma loja, seja ela física, digital, multicanal, omnicanal ou datacanal.

Mais uma vez, estamos diante de um fenômeno muito contraintuitivo, que não ocupa as decisões dos executivos da maior parte das empresas, obviamente também no Brasil. Não estamos acostumados a pensar em metodologias que tornem nossas operações radicalmente eficientes e velozes. A velocidade é atribuída e terceirizada para o cliente, sem contrapartida das empresas. A rigor, quanto do tempo de decisão dos executivos é utilizado para melhorar a eficiência e ganhar velocidade nas operações de varejo?

Mais do que reclamar sobre benefícios fiscais e assimetrias das quais se aproveitam marketplaces do Sudeste Asiático, é fundamental repensar de que forma o varejo brasileiro pode ser mais veloz e orientado a dados.

*Jacques Meir é diretor de Conhecimento do Grupo Padrão e viajou a Seattle à convite da Amazon
‘https://consumidormoderno.com.br/2023/10/18/inteligencia-artificial/?utm_campaign=cm_news_191023&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

A revolução da experiência do cliente: como a Inteligência Artificial está moldando o futuro

Definitivamente hoje não existe outro tema mais plural, mais amplo e de maior impacto na vida das pessoas e, por consequência, nos negócios do que a Inteligência Artificial (IA). Recentemente, estive fazendo um trabalho voluntário para adolescentes na faixa de 16 anos em uma Etec de São Paulo e perguntei aos alunos “qual o aplicativo de celular te define?”

Um dos alunos, com um tom bem gaiato, de bate pronto respondeu: ChatGPT. O motivo é claro: a facilidade que a IA ajuda nas demandas escolares e nas provas. A velocidade de uso do ChatGPT é impressionante. Em apenas 5 dias alcançou a marca de 1 milhão de usuários.

De maneira mais lenta, as instituições educacionais também estão evoluindo por meio da Inteligência Artificial generativa. E claro, vai mudar a forma como alunos, como esse exemplo da Etec, serão avaliados. As provas irão testar como os estudantes aprendem, e não apenas o que eles sabem usando a tecnologia.

“Em tempos de ChatGPT, não se trata de repetir respostas, mas de aprender a fazer as perguntas corretas. Não se trata apenas de medir o que você sabe sobre biologia e física e, sim, se você consegue pensar como um cientista. Na História, não se tratar de lembrar nomes de lugares, mas se você entende a sociedade que surgiu a partir de determinado desenvolvimento”, disse o diretor de Educação e Habilidades da OCDE, Andreas Schleicher em reportagem publicada no Estado de S. Paulo.

Muda o aluno, muda a escola. Assim como mudam os clientes e, na sequência, as empresas. O mundo dos negócios e a forma como as empresas interagem com seus clientes são um dos tópicos de inovação mais empolgante e está influenciando na experiência do cliente (CX).

Em uma pesquisa recente da Gartner Inc., com mais de 2.500 líderes executivos, 45% relataram que a popularidade do ChatGPT os motivou a aumentar os investimentos em IA. Setenta por cento dos executivos afirmaram que suas organizações estão em modo de investigação e exploração com IA generativa, enquanto 19% estão em fase de teste ou produção. Esses números refletem o crescente interesse e adoção da IA em diversos setores.

É fascinante observar como a inovação tecnológica, como a IA, está moldando as estratégias empresariais em todo o mundo. A pesquisa ainda divulgou qual o foco que as empresas estão aplicando a IA. Não por acaso, a resposta de 38% dos entrevistados foi na melhoria da experiência do cliente e na retenção dos mesmos.

IA e CX: uma combinação transformadora

Toda empresa deve buscar ter mais valor na relação com seus clientes por meio de uma melhor experiência do cliente. Isso é o que diferencia uma empresa das outras e cria laços duradouros com os consumidores

A Inteligência Artificial está impulsionando uma revolução na experiência do cliente, com sua habilidade de analisar dados em tempo real, aprender com eles e automatizar tarefas de forma avançada, tornando-a mais personalizada, eficiente e eficaz.

Hiperpersonalização impulsionada por IA

A personalização sempre foi crucial para uma ótima experiência do cliente, mas a IA está levando isso a novos patamares. Empresas como a Amazon e a Netflix estão usando a IA para analisar os padrões de comportamento do cliente e fornecer recomendações altamente personalizadas.

Por exemplo, a Amazon sugere produtos com base nas compras anteriores e nas preferências de navegação, retornando ao cliente rapidamente de maneira mais assertiva. Dar ao cliente uma informação customizada e com baixo esforço aumenta não só as vendas, melhora a eficiência operacional, como também melhora a satisfação do cliente, pois eles se sentem compreendidos e valorizados.

A Disney, que é uma das empresas referência quando o assunto é experiência do cliente, utiliza IA para personalizar a experiência dos visitantes em seus parques temáticos. As pulseiras inteligentes (MagicBands) coletam dados sobre as atividades dos visitantes e, com base nisso, a IA adapta a experiência, como por exemplo, os personagens da Disney podem reconhecer as crianças pelo nome e interagir com elas de maneira especial e ainda atuar em uma das maiores dores dos visitantes: as pulseiras podem ajustar o tempo de espera em filas para atrações populares.

As MagicBands, da Disney, são uma parte essencial da estratégia de experiência do cliente da Disney. Elas simplificam muitos aspectos da visita, tornando-a mais personalizada e agradável. Os dados coletados através das MagicBands também ajudam a Disney a entender melhor o comportamento dos hóspedes e aprimorar continuamente suas ofertas para proporcionar experiências memoráveis.

Assistentes virtuais inteligentes

Chatbots e assistentes virtuais estão se tornando cada vez mais comuns na área de atendimento ao cliente, sites e aplicativos de empresas. Eles usam IA para entender as consultas dos clientes e responder de maneira eficaz.

A capacidade de processar grandes volumes de dados, possibilitando respostas instantâneas e precisas às consultas dos clientes qualquer hora do dia. Uma solução de IA avançada compreende a linguagem natural, personaliza interações e fornece análises valiosas, melhorando a eficiência do atendimento ao cliente e impulsionando a satisfação do cliente. Porém, não é somente plugar um robô no front. O que acontece por trás, nos sistemas existentes na empresa, podem viabilizar ou travar o que acontece no relacionamento com o cliente.

A Inteligência Artificial está apenas começando a mostrar seu potencial na transformação da experiência do cliente. Ouvi esses dias em uma palestra uma citação de Edward Murphy, aquele pensador que batizou a lei com seu sobrenome, que “se você não está confuso então não está prestando atenção”.

Isso se aplica diretamente ao momento que estamos vivendo hoje. Muita novidade, muita inovação, alta velocidade de adaptação por meio dos clientes e ciclos mais curtos de desenvolvimento e implementação das empresas na busca daquilo que pode impactar positivamente seus negócios e clientes.

A área de experiência do cliente serve de porta de entrada de inovações, digitalização e uso prático e tangível de IA.

Empresas que abraçam a IA estão se destacando, proporcionando experiências memoráveis e alcançando um sucesso duradouro.

Alexandre van Beeck é gerente-executivo de Experiência do Cliente e Parceiro Ultragaz.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/11/10/2023/artigos/a-revolucao-da-experiencia-do-cliente-como-a-inteligencia-artificial-esta-moldando-o-futuro/

“A Inteligência Artificial está pronta para transformar o cenário do varejo”

Para Michelle Grant, da Salesforce, tecnologia deixou de ser apenas mais um ‘gasto necessário’

Num momento de desafios econômicos como o atual, em que consumidores convivem com orçamento apertado e a concorrência é acirrada no varejo, ferramentas que coletam insights para melhorar a qualidade do serviço e antecipam as necessidades dos clientes podem fazer toda a diferença. A Inteligência Artificial (IA) pode ser usada para criar experiências de compra personalizadas, otimizar a gestão de estoque e ajudar os clientes por meio de assistentes de compras digitais conversacionais.

“A Inteligência Artificial (IA) está pronta para transformar o cenário do varejo”, sentencia Michelle Grant, diretora de Insights de Indústria da Salesforce, em entrevista à Mercado&Consumo. “Insights orientados por IA podem melhorar a tomada de decisões, permitindo que os varejistas ofereçam produtos e serviços adaptados às preferências individuais, aumentando, assim, a satisfação e a fidelidade do cliente.”

Pesquisa da própria Salesforce mostra que os compradores brasileiros são mais adeptos do digital do que os do resto do mundo. Sites e aplicativos de e-commerce são os canais mais populares para compras online no Brasil: 71% dos compradores do País relatam ter feito uma compra nas mídias sociais – acima da média global de 59% e dos 36% que o país registrou na última edição da pesquisa, em 2021.

Segundo o estudo, feito com 2.400 compradores e 1.125 tomadores de decisão no mundo todo, os brasileiros também usam mais aplicativos de mensagens para consumir produtos (60% no País versus 36% no mundo). A discrepância é ainda maior quando se fala de serviços: 37% dos brasileiros adquirem serviços nas redes sociais versus 18% no mundo, enquanto 53% adquirem serviços em aplicativos de mensagens contra 18% no mundo.

A Inteligência Artificial generativa, aponta a pesquisa, já foi usada por 31% dos compradores brasileiros para inspiração (no mundo, a média foi de 17%). Além disso, 69% estão interessados em usar a tecnologia para inspiração de pesquisas para comprar roupas e 77% para adquirir eletrodomésticos e eletrônicos. Ao mesmo tempo, 96% dos varejistas brasileiros dizem que estão investindo mais do que nunca em IA.

A IA tem sido usada por 30% dos varejistas para criar pacotes de produtos personalizados. Além disso, 50% já usam a tecnologia para criar um assistente de compras digital conversacional para ajudar os compradores a encontrar o produto ou serviço certo e 52% para recomendar produtos para os associados da loja usarem. No mundo, as taxas são de respectivamente 51%, 52% e 59%.
Desafios e oportunidades

A inflação é uma das principais preocupações dos varejistas brasileiros. Isso porque ela pode impactar o poder de compra e a confiança dos consumidores, levando a condições de negócios incertas. O segundo maior motivo de preocupação é a mudança de hábitos de consumo. Ela pode exigir ajustes nas ofertas de produtos e estratégias de marketing. Mas também representa, em si, uma oportunidade.

“Os brasileiros estão muito familiarizados com tecnologia e social selling, e esse é um ponto de atenção para os varejistas que devem buscar boas experiências de consumo abordando esses fatores”, diz Kishan Chetan, vice-presidente sênior e gerente-geral de Varejo & Bens de Consumo da Salesforce.

Para o executivo, o foco no e-commerce, a melhoria do atendimento ao cliente, a personalização e o aumento da produtividade são oportunidades para o crescimento dos negócios. “As empresas de serviços podem ajudar os varejistas a capitalizar essas oportunidades, fornecendo soluções de tecnologia que dimensionam plataformas de comércio eletrônico, otimizam os serviços de entrega e permitem experiências personalizadas para os clientes”, complementa.
Mais do que apenas um ‘gasto necessário’

A Salesforce diz que está integrando a tecnologia de Inteligência Artificial generativa em várias de suas soluções voltadas para os setores de varejo e comércio eletrônico. Com a Commerce AI, os clientes da empresa podem gerar e traduzir descrições e promoções de produtos de forma dinâmica, definir metas e receber orientações geradas de forma individual para alcançá-las, além de entregar resultados de pesquisas na web mais personalizados e mais rapidamente para os compradores das lojas.

“No cenário atual do varejo, a tecnologia não é mais vista apenas como um gasto necessário, mas sim como um investimento estratégico. A tecnologia toca todos os aspectos de negócio do varejo, e o que a alimenta são os dados”, diz Michelle Grant.

A Inteligência Artificial pode, por exemplo, automatizar processos como gestão de estoque e previsão de demanda, levando à redução de custos e de desperdício. Ela também pode alimentar chatbots e assistentes virtuais que fornecem suporte ao cliente em tempo real, melhorando o engajamento e a satisfação. Além disso, os varejistas podem aproveitar a análise de dados para obter insights sobre as preferências dos consumidores, permitindo a personalização de estratégias de marketing e de ofertas de produtos.

“Ao adotar a tecnologia como um investimento, os varejistas se mantêm competitivos em um setor que está mudando rapidamente. A capacidade de aproveitar insights orientados por dados e fornecer experiências perfeitas e personalizadas pode representar um diferencial e gerar mais fidelidade nos clientes.”

Muitos desses insights podem vir das redes sociais, que têm o potencial de engajar consumidores e impulsionar vendas – gerando, consequentemente, fidelização. Algumas estratégias sugeridas são uso de chatbots para suporte fora do horário de expediente, anúncios direcionados, colaborações de influenciadores e conteúdo gerado pelo usuário. Tudo com consistência e monitoramento.

“Os varejistas devem escolher qual vai ser a sua plataforma ao identificar quais são as mais populares entre seu público-alvo e estabelecer uma forte presença nessas redes. Em seguida, eles devem executar ativamente estratégias para se envolverem com os seguidores, respondendo comentários, mensagens e feedbacks e usando ferramentas de social listening para monitorar as menções à marca. Para isso, é fundamental ter uma estratégia de conteúdo consistente. A personalização também é imprescindível nas redes sociais e na estratégia de conteúdo. Ser capaz de adaptar o conteúdo e as ofertas para corresponder às preferências e comportamentos do público das mídias sociais é uma grande vantagem competitiva”, finaliza Michelle Grant.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/04/10/2023/tecnologia/a-inteligencia-artificial-esta-pronta-para-transformar-o-cenario-do-varejo/

Black Friday: Google apresenta pesquisa de intenção de compra e anuncia lançamento

Na quinta-feira (28), o Google anunciou novidades para a Black Friday de 2023. Há uma retomada da confiança dos consumidores pós-pandemia, e a empresa destacou que as buscas pela data já são 24% maiores do que no ano passado, indicando que o brasileiro tem mostrado mais interesse em fazer compras no período, e por isso, é preciso diversificar as campanhas para aumentar a conversão das vendas.


Diante de um cenário competitivo, os varejistas devem sair da lógica de massa de oferta e de pessoas para chegar nas pessoas certas com as melhores ofertas, apontou Gleidys Salvanha, Diretora de Negócios para o Varejo do Google Brasil. Ela também acrescentou que as jornadas de compra não são mais lineares, mas sim alvos em movimento com vários pontos de contato.

O full journey, como é conhecida essa nova proposta de múltiplas jornadas, deve ser considerada durante a Black Friday, pois a nova pesquisa do Google identificou que existem cerca de 180 mil possibilidades de jornadas para cada consumidor, criando oportunidades de se conectar com o seu público durante ela. A dica para o período é se atentar aos sinais dos clientes e suas novas práticas para investir de forma inteligente.

A divisão por categorias

Este ano, dois em cada três brasileiros pretendem comprar na Black Friday, a informação também foi dada pelo estudo do Google que ouviu cerca de 1.800 brasileiros das classes A, B e C de todo o país em julho de 2023. Entre as categorias mais procuradas, estão: moda, beleza, eletrodomésticos e celulares.

Para cada categoria, há um comportamento de compra diferente. Por exemplo, quanto maior o preço e a complexidade de cada produto, maior é a antecipação da pesquisa:

• Alta antecipação (1 mês e meio antes): eletrodomésticos, móveis, computadores, TVs e celulares;

• Média antecipação (1 a 3 semanas antes): calçados, livros e papelaria, beleza e perfumaria, perfumes e brinquedos;

• Baixa antecipação (3 dias ou no mesmo dia): alimentos, artigos para pets, bebidas e itens de bebê.

É importante os varejistas também saberem que 91% dos consumidores pesquisam online antes de comprar na Black Friday. Alguns produtos têm maior e menor definição de compra, como no caso das roupas e acessórios, que são 43% nada definidas antes da compra; enquanto os celulares são apenas 21% nada definidos, transformando-se em produtos com maior intenção de compra. Com base nas buscas, os consumidores já sabem a marca e o local que vão comprar. Entender esse comportamento de navegação online é o que possibilita um investimento inteligente em campanhas de anúncios.

Além disso, o preço baixo é um fator determinante para decidir a compra na data, é o que disseram 1 em cada 4 brasileiros. Em segundo lugar, estavam a qualidade dos produtos, seguido pela confiabilidade da loja, site, app e o tempo de entrega e custo do frete. Fábio Garcia, Líder do Segmento de Varejo do Google Brasil, afirmou que “não é mais sobre comprar barato, é sobre comprar com qualidade e confiança”.

Inteligência Artificial

A IA é a bola da vez na data de novembro, parece que em 2023, inclusive, poderá ser a Black Friday da Inteligência Artificial, pois muitos varejistas estão recorrendo a soluções por meio dessa ferramenta. Rodrigo Paoletti, Líder de Produtos de Performance do Google Brasil, destacou que diante dessas jornadas de compras complexas, a Inteligência Artificial se transforma em uma grande aliada para sugerir conteúdo, aprimorar algoritmo de buscas e entregar resultados de pesquisas. Como o uso de campanhas PMax, a Performance Max, que tem ajudado os clientes usuários das plataformas do Google (Youtube, Display, Busca, Gmail etc.) a aumentarem, em média, 18% suas conversões de vendas. Existe também o incremento de palavras-chave específicas para cada tipo de negócio, como na ferramenta search booster.

Novidades no Google Shopping

A partir de outubro, um novo recurso permitirá aos consumidores a identificação de produtos com frete grátis, entrega mais rápida e devolução gratuita. O recurso chamado Anotações de Frete, estará disponível no Google Shopping para os lojistas que quiserem sinalizar suas promoções ao gerenciar produtos por meio do Google Merchant Center. Para utilizar, o lojista precisa se cadastrar na plataforma e inserir os dados sobre os produtos disponíveis no seu e-commerce.

Será como se o lojista colocasse uma etiqueta abaixo da imagem do produto anunciando, assim o consumidor pode identificar que aquele produto tem uma condição de entrega diferenciada dos outros.

O levantamento do Google também identificou que o valor do frete está entre os cinco aspectos mais relevantes para o consumidor definir onde vai comprar o produto. Em outros países, o uso das Anotações de Frete mostrou que o aumento de consumidores interessados nas ofertas pode aumentar em até 10% com a ativação do recurso.

“Para o consumidor, as informações de frete são exibidas de maneira mais visual e simplificada, o que permite tomar a decisão certa na hora de escolher entre os produtos na vitrine do Google Shopping.” comentou Paoletti.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/black-friday-google-apresenta-pesquisa-de-intencao-de-compra-e-anuncia-lancamento

Inteligência artificial: entenda como transformar as vendas do e-commerce

Com o crescimento dos e-commerces, as marcas estão cada vez mais buscando alternativas para se destacar em um mercado competitivo. Uma das maneiras que os lojistas têm encontrado para se diferenciar entre os concorrentes é aplicação de tecnologias, como inteligência artificial (IA). Além de proporcionar uma transformação na experiência da jornada de compra do cliente, ela aumenta as vendas da loja virtual.

Para te ajudar entender onde pode ser aplicada a inteligência artificial dentro de um e-commerce, separamos algumas formas como ela pode ser utilizada.

De acordo com a pesquisa da Fortune Business Insights, os serviços de IA no setor do varejo tendem a aumentar de US$ 5 bilhões para mais de US$ 31 bilhões até 2028. O relatório ainda mostrou que a transformação digital vem impulsionando o uso da inteligência artificial para otimizar e automatizar os processos dentro de um e-commerce.

Apesar desse grande avanço tecnológico, muitos trabalhadores do setor varejista têm o receio de perder seus empregos por causa da inteligência artificial. Mas, na verdade, ela permite que esses colaboradores se concentrem em tarefas mais complexas que exigem de fato a interação humana.

Para te ajudar entender onde pode ser aplicada a inteligência artificial dentro de um e-commerce, separamos algumas formas como ela pode ser utilizada. Confira!

Carrinhos inteligentes

O uso de carrinhos inteligentes permite atualizar o inventário em tempo real e ainda fazer recomendações personalizadas. Com o uso da IA, as automações de uma atividade permitem uma melhora na experiência de compra do cliente e da loja que está aproveitando essa tecnologia.

Etiquetagem e sensores inteligentes

O uso da IA nos sensores e na etiquetagem individual do produto proporciona em tempo real as atualizações sobre os dados de armazenagem, informações do cliente e visibilidade da cadeia de suprimentos. Esse processo informa aos fornecedores e clientes os prazos de entrega e confirma a quantidade de produtos no estoque.
Chatbots na satisfação do cliente

O uso de chatbots permite mais agilidade nas respostas quando o cliente faz alguma pergunta ou busca uma recomendação em tempo real. Isso surpreende o cliente, pois ele não precisará aguardar horário comercial nem ficar aguardando atendimento via ligações telefônicas. Além disso, o uso da IA no chatbot permite entender o comportamento de compra dos clientes, e com isso fazer recomendações personalizadas para as pessoas que estão comprando. Isso gera satisfação para o consumidor e aumenta vendas da loja virtual.

Vitrines de recomendação

O uso de vitrines de recomendação com inteligência artificial oferece sugestões mais personalizadas de produtos para o cliente. Isso acontece porque a IA faz análises do comportamento do usuário dentro do site de compras, e com isso consegue identificar e posicionar os produtos nos quais o cliente pode ter interesse de forma mais destacada na página.

Busca inteligente

A busca inteligente também é um recurso importante para um e-commerce de qualquer tamanho. Com o uso da inteligência artificial, o campo de busca dentro do site apresenta os resultados de forma mais rápida, mostra os resultados certos, mesmo que a escrita esteja errada, consegue identificar a cor que o cliente deseja, prioriza itens mais relevantes para cada usuário de acordo com análise de navegação, e muito mais.

A inteligência artificial vem para impulsionar as vendas e automatizar processos que eram demorados. Além de trazer benefícios para o lojista, são várias as vantagens para os clientes, como uma experiência completa na jornada de compra. Investir em inteligência artificial se tornou um diferencial para aqueles varejistas que buscam se destacar entre seus concorrentes. Se você tem um e-commerce, conheça mais sobre o assunto e entenda como transformar o seu negócio e os processos internos de forma mais ágil e segura.

Amazon vai investir até US$ 4 bilhões em startup de inteligência artificial

Companhia irá incorporar o software da Anthropic em seus negócios. Há pouco, as ações da Amazon subiam 1,47% na Nasdaq, em Nova York.

A Amazon (AMZN) anunciou um investimento de até US$ 4 bilhões na Anthropic. A empresa se comprometeu a investir US$ 1,25 bilhão em dois anos na startup de inteligência artificial, e poderá elevá-lo até chegar à cifra a partir do cumprimento de algumas metas, segundo o “The Wall Street Journal.

A Anthropic se comprometeu a investir no negócio de infraestrutura de computação em nuvem da Amazon Web Services (AWS). A Amazon, por sua vez, vai incorporar o software da startup de inteligência artificial em seus negócios informa a agência Dow Jones.

Fundada em 2021, a Anthropic desenvolveu um assistente virtual baseado em inteligência artificial chamado Claude, que compete com o ChatGPT, da OpenAI.

O investimento anunciado pela Amazon dará à varejista uma participação minoritária na startup. A companhia de inteligência artificial pretende iniciar uma rodada de investimentos com o aporte, segundo fontes ouvidas pelo jornal americano.

A transação é um esforço da Amazon em se igualar ao avanço das concorrentes Microsoft e Google no segmento de IA. Enquanto desde 2019 a Microsoft investe bilhões em uma parceria com a OpenAI, o Google investiu em maio na arrecadação de fundos da ordem de US$ 450 milhões da Anthropic. Segundo a agência Reuters, a startup aponta que irá manter a parceria com o Google.

‘https://valorinveste.globo.com/produtos/investimento-no-exterior/noticia/2023/09/25/amazon-vai-investir-ate-us-4-bilhoes-em-startup-de-inteligencia-artificial.ghtml

Conheça a próxima geração: Beta

Indivíduos nascidos entre 2020 e 2040 terão suas vidas moldadas pela Inteligência Artificial, responsável por gerar 90% do conteúdo online até 2026.

Nem todas as pessoas da próxima geração nasceram, e por mais que boa parte ainda não tem CPF, já têm nome: Beta. Nascidos a partir de meados de 2020 e 2040, e ainda em desenvolvimento, esses indivíduos são filhos dos Zennials e da Geração Z. Têm o potencial de ocuparem a posição de menor grupo populacional. A Geração Beta é a primeira nascida em um mundo onde a Inteligência Artificial (IA) estará totalmente consolidada.

Segundo a consultoria global WGSN, tradicionalmente o conceito de grupo demográfico compreende pessoas que nasceram em um período de 15 anos, com hábitos e comportamentos semelhantes. No entanto, com uma aceleração tecnológica nunca antes vista, esse período pode ser excessivamente longo para identificar as próximas gerações.

Durante o período de desenvolvimento da Geração Beta, o uso de IA será cada vez mais ampliado e disseminado mundialmente. Segundo o relatório “Facing reality? Law enforcement and the challenge of deepfakes”, do grupo europeu Europol, 90% do conteúdo disponível online poderá ser gerado sinteticamente – ou seja, por meio de Inteligência Artificial – até 2026. Não coincidentemente, essa tecnologia será responsável por moldar conceitos de verdade e realidade.

As gerações e suas relações com a tecnologia

A Geração Beta carrega algumas diferenças de suas antecessoras. Os Xennials, geração entre a X e os Millenials (entre 1972 e 1983, segundo a WGSN), nasceram em um mundo analógico. A vida online e com ferramentas digitais só surgem a partir da infância e da adolescência. São as gerações que tem lembranças de como era a vida antes da internet, mas são fluentes na comunicação pré e pós-digital. Os Millenials (nascidos entre 1981 e 1995) também cresceram em um mundo analógico e sabem fazer essa tradução para o mundo digital. Além disso, foram a primeira geração a crescer com as redes sociais.

Os Zennials (nascidos na transição de gerações, entre 1992 e 1998) e a Geração Z (1996 e 2010), por exemplo, são os primeiros nativos digitais e muitos acessaram os canais online antes mesmo de seus antecessores, os Millenials. Segundo a WGSN, são também as gerações movidas por valores, que se expressam por meio do ativismo e do autoaprendizado, tornando-os mais empreendedores do que seus anteriores.

Já os Zalfas (nascidos entre 2008 e 2014) e os Alfas (entre 2011 e 2020) foram as primeiras gerações phygital, que transitam entre o mundo físico e digital. Foram os primeiros indivíduos a terem suas vidas documentadas desde o nascimento por meio de ferramentas digitais. Enquanto os Millenials cresceram com a internet, a expectativa é que os Zalfas e Alfas cresçam com o metaverso.

A geração da IA

Se o surgimento da internet e do smartphone impactaram as gerações anteriores, na vez dos Betas a influência será da Inteligência Artificial. A tecnologia será responsável por mudar e moldar suas vidas pessoais e profissionais nas décadas seguintes. Por isso e pela aceleração tecnológica, terão profissões que ainda nem sequer existem. Também terão estilos de vida tecnológicos fluidos.

Os primeiros indivíduos da Geração Beta ainda estão completando engatinhando. Mas já é possível analisar as condições nas quais essas pessoas irão crescer e prosperar. Estar atento às possíveis expectativas e demandas desses consumidores do futuro pode ser também uma forma de aprender a navegar em um mundo extremamente tecnológico e dominado pela Inteligência Artificial.

‘https://www.consumidormoderno.com.br/2023/09/21/conheca-a-proxima-geracao-beta/


A revolução da inteligência artificial no funil de vendas do e-commerce

A inteligência artificial não apenas simplifica processos, mas também traz um novo nível de personalização e eficiência ao seu funil de vendas.

No mundo do e-commerce, em que a concorrência é acirrada e as expectativas dos consumidores estão cada vez maiores, o empreendedor precisa adotar abordagens inovadoras para se manter relevante no mercado.

E é aí que entra a inteligência artificial (IA), ferramenta que não apenas simplifica processos, mas também traz um novo nível de personalização e eficiência ao seu funil de vendas. Então, vou explorar o maravilhoso mundo da IA e como ela pode revolucionar o funil de vendas da sua loja online, proporcionando uma nova experiência de compras.

Uma das principais características da inteligência artificial é sua capacidade de entender e se adaptar ao comportamento do consumidor de maneira quase intuitiva. Se você já experimentou o ChatGPT, sabe do que estou falando, pois é como se você estivesse conversando com uma pessoa de verdade. E é exatamente isso que torna seu uso no e-commerce muito atrativo.

Além disso, por meio da análise de dados, a IA pode criar perfis detalhados dos clientes, permitindo que os vendedores entendam suas preferências, o histórico de compras e até mesmo antecipem suas necessidades. Tudo isso é feito em questão de segundos, em um processo que levaria muito mais tempo se fosse realizado por um humano.

É dessa forma que sua loja vai entregar experiências mais personalizadas e marcantes, com recomendações de produtos certeiros e ofertas exclusivas.

Imagine um cliente navegando pelo seu site em busca de roupas de verão. Com a IA em jogo, você pode oferecer recomendações inteligentes baseadas nas escolhas anteriores desse usuário e nas tendências atuais da moda. Isso não apenas facilita a jornada do comprador, mas também aumenta as chances de conversão.

A IA também pode desempenhar um papel vital no atendimento ao consumidor, com chatbots e assistentes virtuais se tornando presenças comuns nas plataformas de e-commerce. Esses assistentes podem responder a perguntas frequentes, auxiliar na navegação do site e até mesmo resolver problemas de maneira rápida e eficiente, melhorando a experiência do cliente e liberando a equipe de suporte para tarefas mais complexas.

Lembrando que o atendimento humanizado ainda é muito recomendado em atividades mais delicadas, como devolução de pedidos, trocas, reclamações e outros processos que estão ligados diretamente à experiência do cliente.

Agora, aqui vai uma sugestão do que pode te auxiliar no seu negócio: otimização de funil. Caso você nunca tenha visto esse termo, aqui vai uma explicação simples: o funil de vendas de um e-commerce é uma série de etapas que um cliente percorre, desde a descoberta de um produto até a finalização da compra em seu site. E, utilizando a IA, é possível otimizar cada passo dessa jornada.

Por exemplo, na fase de conscientização, a IA pode ajudar você a identificar seu público-alvo, permitindo que você direcione anúncios relevantes a essas pessoas. Na etapa de consideração, ela pode enviar lembretes personalizados, incentivando os clientes a finalizarem a compra e aumentando sua conversão.

O lado bom é que a IA não só impacta os clientes, mas também ajuda você nos bastidores do e-commerce. Ao analisar dados de vendas, tendências e até fatores externos como eventos culturais, ela pode fazer previsões de demanda e ajudar a ajustar os níveis de estoque ou até mesmo fazer sugestões de produtos novos para sua loja. Isso evita a falta de produtos populares e o excesso de estoque de itens que não têm tanta saída.

Além de suas contribuições em várias fases do funil de vendas, a inteligência artificial também está se destacando na criação de conteúdo e copywriting. Imagine ter a capacidade de gerar textos persuasivos e envolventes em um piscar de olhos. É o sonho de qualquer empreendedor digital que está começando agora, não é mesmo?

Fazer textos para anúncios e descrições dos produtos é uma das coisas que mais assustam os iniciantes no mercado. O medo de não saber o que escrever ou até mesmo escrever a coisa errada deixa muita gente paralisada.

Por sorte, a IA tem uma excelente capacidade de criar textos persuasivos para sua loja online. Com base nas informações armazenadas em seu banco de dados, ela pode gerar textos sobre os mais variados assuntos e produtos que funcionam bem com diferentes públicos.

Apesar das capacidades crescentes da ferramenta no campo da criação de conteúdo, é importante lembrar que o toque humano e a criatividade não podem ser totalmente substituídos. A IA pode oferecer um ponto de partida eficiente, mas a revisão, a adaptação e a inserção da perspectiva humana continuam sendo elementos vitais para garantir que o conteúdo não seja genérico.

A essa altura espero que você já esteja convencido que a inteligência artificial pode ser um catalisador fundamental para aprimorar o desempenho do funil de vendas da sua loja online.

Portanto, na próxima vez que estiver analisando as métricas e a performance do seu funil, considere implementar a IA como uma aliada. Da personalização das ofertas à otimização das operações internas e simplificação de processos, a inteligência artificial está preparada para elevar seu e-commerce a novos patamares de sucesso.

‘https://www.suno.com.br/noticias/colunas/lucas/revolucao-inteligencia-artificial-funil-vendas-e-commerce/

Nuvemshop explica: como criar loja virtual com auxílio de inteligência artificial

O crescimento contínuo do varejo online no país representa uma oportunidade para quem deseja empreender. Somente no primeiro semestre de 2023, os pequenos e médios empreendedores online faturaram R$1,5 bilhão, 25% a mais do que em 2022, de acordo com levantamento da Nuvemshop, plataforma para criação de lojas virtuais que é líder na América Latina.

Para quem tem esse sonho, mas não sabe por onde começar, a especialista Babi Tonhela, gerente sênior do Ecommerce na Prática – escola de empreendedorismo online da Nuvemshop –, preparou dicas de recursos tecnológicos para criação de um negócio digital do zero. “As ferramentas de inteligência artificial disponíveis hoje facilitam muitas etapas na criação de um negócio online e os empreendedores podem iniciar suas vendas em poucas horas”, explica.

A primeira recomendação da especialista é encontrar o propósito de sua loja. Para isso, ela recomenda a utilização da ferramenta Ikigai, na qual é possível encontrar ideias de negócios de acordo com a personalidade e intenções de cada um. “Somente olhar listas de ideias de negócios não é suficiente para empreender. É preciso encontrar um nicho que encante e que esteja alinhado aos nossos objetivos de vida. Ao responder as perguntas do Ikigai é possível encontrar esse direcionamento”, detalha.

Com o direcionamento de negócios alinhados ao propósito, o empreendedor pode utilizar outras ferramentas de inteligência artificial para diversas etapas do desenvolvimento da loja online. Confira as recomendações da especialista:

– AgentGPT: ferramenta que auxilia na busca de melhores fornecedores de produtos para cada negócio. Basta digitar na busca de forma detalhada, por exemplo, “quais os melhores fornecedores de cosméticos naturais no Brasil, que vendem online, e tenham pedido mínimo de até R$ 500”.

– Ecommerce na Prática Canvas: o Business Model Canvas ou “Quadro de modelo de negócios” é uma ferramenta de gerenciamento estratégico, que permite desenvolver um modelo de negócio em uma única página. O Ecommerce na Prática disponibiliza o quadro para download gratuito.

– Canva: ferramenta de design gráfico gratuita na qual é possível preencher o quadro de modelo de negócios, bem como desenvolver outros materiais gráficos para a loja virtual.

– ChatGPT: ferramenta de inteligência artificial que pode auxiliar em ideias para o modelo de negócios, como missão, valores, objetivos e até slogan. É preciso apenas escrever o que se busca detalhadamente, por exemplo, “quais são os principais objetivos de uma loja virtual do segmento de cosméticos?”.

– Nuvemshop: plataforma para criação de lojas virtuais na qual é possível criar uma loja completa, com todas as ferramentas e integrações necessárias para começar a vender. A Nuvemshop oferece diversos planos, incluindo um gratuito.

– Flair.ai: ferramenta para edição de fotos de produtos, como remover fundo ou inserir cenário.

“Inteligência artificial é uma ferramenta poderosa, que requer conhecimento, organização e objetivos bem definidos para conduzir nossos negócios ao sucesso. As ferramentas não farão todo o trabalho sozinhas, mas são uma ajuda preciosa quando sabemos como usá-las”, finaliza Tonhela.
‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/nuvemshop-loja-virtual-com-inteligencia-artificial

Mercado Livre avalia venda de produtos importados no Brasil se sites estrangeiros ‘continuarem tendo vantagem’

E-commerce abre centro de distribuição no Rio e passa a entregar no mesmo dia na cidade.

Diante da competição com asiáticas como Shopee e Shein e daquilo que chama de ausência de isonomia tributária, o Mercado Livre avalia estimular no Brasil as vendas “cross-border” — isto é, enviadas por vendedores estrangeiros. Hoje, esse volume é desprezível na operação do e-commerce por aqui, mas representa 15% do volume das vendas da companhia no México, observou Fernando Yunes, que comanda o Mercado Livre no Brasil.

— A gente defende a isonomia entre internacionais e nacionais. A isenção do imposto de 60% para zero (para compras até US$ 50), nas nossas contas, gera um benefício para as internacionais. A gente acredita que o imposto de importação deve mudar e buscar uma isonomia, embora não volte para 60%. Se não, os estrangeiros terão vantagem diante dos locais — afirmou o executivo, em conversas com jornalistas em São Paulo nesta quarta-feira.

Desde o início do mês, o programa Remessa Conforme permite que produtos de até US$ 50 importados via marketplaces como Shein, Shopee e AliExpress fiquem isentos do imposto de importação, cuja alíquota é de 60%. Incide sobre eles apenas o ICMS de 17%. Mas o governo federal já sinalizou que estuda voltar a cobrar imposto de importação desse tipo de produto, embora não tenha mencionado alíquotas. O movimento é uma aparente reação às críticas de varejistas locais, que vêm reclamando da isenção proporcionada pela Fazenda aos sites estrangeiros.

— A gente gosta de trabalhar com os vendedores locais, eles são o nosso foco. Por isso a gente nunca incentivou isso (a venda cross-border) no Brasil. Hoje o volume é desprezível. Mas, a partir do momento em que players estrangeiros tem vantagem, inevitavelmente vai haver um crescimento das vendas de fora. Seria uma alternativa a desenvolver. No México, elas já são 15% do volume total, com times inteiros dedicados a esse modelo — observou Yunes, que participa de evento do Mercado Livre para 15 mil vendedores brasileiros da plataforma.

Novos centros de distribuição

Enquanto compete com rivais internacionais, o Mercado Livre está expandindo sua infraestrutura logística no Brasil. A companhia anunciou, nesta quarta-feira, a abertura de dois novos centros de distribuição (CDs), elevando para dez o total. Um deles acaba de ser aberto no Rio, no bairro de Cordovil, Zona Norte da capital; o outro será aberto no ano que vem no Recife. Além disso, a empresa diz ter acrescentado uma aeronave à sua frota própria, chegando a nove aviões.

— Esses CDs vão permitir a entrega no mesmo dia para os consumidores do Grande Rio e do Grande Recife — explicou Yunes, acrescentando que a companhia negocia a abertura de um CD no Ceará. — Estamos esperando um decreto ser publicado autorizando o modelo com que operamos, pelo qual a empresa não precisa abrir um CNPJ no estado onde o CD está.

Hoje, 80% das entregas no país são feitas em até 48 horas, e 50%, até o dia seguinte. (No pré-pandemia, a taxa era de 13%).

A empresa diz que os novos CDs criarão 1 mil empregos diretos, mas não precisa o valor do investimento. No total, o Mercado Livre prevê investir R$ 19 bilhões este ano no Brasil.

Fidelidade

A companhia também anunciou a criação de um novo programa de fidelidade, batizado de Meli+, que embute assinaturas dos serviços de streaming Disney+, Star+ e Deezer, compras com frete grátis para valores a partir de R$ 29 e possibilidade de entregas agendadas. O Meli+ vai custar R$ 17,99 por mês — um subsídio agressivo para atrair clientes interessados em serviços de streaming que custam mais caro individualmente.

Este mês, o Mercado Livre já havia lançado seu próprio serviço de streaming, o Mercado Play, que é gratuito e exibe conteúdo selecionado de parceiros, como Disney+, Star+, HBO Max e Paramount+. O serviço exibirá anúncios.

— O Meli+ pode ser subsidiado, mas o streaming tem publicidade que gera mais receita. Fazemos isso com disciplina, não existe a possibilidade de gente fazer um grande investimento e depois dar prejuízo, como muitos concorrentes fazem — justificou o CEO do Mercado Livre, o argentino Marcos Galperin, ao ser questionado sobre o retorno financeiro do programa de fidelidade.

Apesar da desaceleração do e-commerce na ressaca do pós-pandemia, os executivos dizem que o Mercado Livre está aumentando vendas e crescendo participação de mercado. De acordo com Yunes, este mês de agosto foi o maior em vendas já registrado pela plataforma, com crescimento da ordem de 30% na comparação com o ano anterior.

Inteligência artificial

Galperin contou que uma das ferramentas que a companhia está estudando é a inteligência artificial generativa, sobretudo os chamados LLM (Large Language Models), como o ChatGPT. A companhia fez um hackaton interno com 1,5 mil desenvolvedores em busca de soluções baseadas na tecnologia.

— A IA generativa terá um impacto importante na plataforma e vai ajudar os vendedores, por exemplo, a responder perguntas e preparar os produtos que exibe na plataforma. Ela vai mudar muito nosso produto e nossa plataforma nos próximos cinco anos — explicou.

‘https://oglobo.globo.com/blogs/capital/post/2023/08/mercado-livre-avalia-venda-de-produtos-importados-no-brasil-se-sites-estrangeiros-continuarem-tendo-vantagem.ghtml