Conheça cinco tendências de logística com foco em eficiência e sustentabilidade ainda para 2023

Tecnologia e iniciativas ESG estão no foco principal das empresas de logística no Brasil e no mundo.

“A logística é uma parte significativa de muitos dos principais negócios em evidência no momento. Mas não podemos pensar nela apenas como transporte; incorporar outras ideias que otimizem os resultados é fundamental para as empresas no cenário atual. Só assim elas podem oferecer serviços e produtos de melhor qualidade ao seu público”, comenta Kleber Fernandes, diretor de qualidade e gestão técnica da operadora logística Solistica.

A empresa, que conta com unidades de distribuição em todo o país, tem boas perspectivas para os últimos meses do ano e lista, a seguir, cinco tendências que devem estar em alta até o fim de 2023:

Geolocalização
Um dos principais benefícios da geolocalização na logística é a capacidade de controlar e rastrear a mercadoria em tempo real, proporcionando visibilidade completa da localização dos produtos, plataformas de distribuição e veículos de carga. Com ela, também é possível obter informações como o tempo de entrega e a velocidade do veículo em rota, que permitem tomar decisões mais informadas sobre pausas desnecessárias e tempos mortos. Esses dados não só melhoram a eficiência das operações, mas ainda contribuem para a elaboração de estratégias e proporcionam uma camada extra de segurança.

Tecnologia e serviços de valor agregado
Para otimizar as operações de modo que haja redução de custos, maior produtividade e uma melhor experiência do cliente, é fundamental ter um bom sistema de gestão de armazéns. A solução permite projetar e executar uma série de processos para potencializar o armazenamento, possibilitando agilizar o fluxo de mercadorias, minimizar a manipulação delas, manter inventários precisos e garantir a correta identificação dos produtos. Além disso, personalizar processos para gerar um sentimento de maior proximidade ao cliente final.

Iniciativas ecológicas
A preocupação com o meio ambiente tem levado operadores logísticos a adotarem práticas ecologicamente corretas, desde a utilização de veículos elétricos e movidos a combustíveis menos poluentes até rotas otimizadas para eficiência dos combustíveis. A indústria está avançando na direção de reduzir sua pegada de carbono e contribuir com um futuro mais verde.

Inovações de entregas de última milha
Este continua a ser um ponto focal. A última milha é a etapa final de entrega, imediatamente antes de o produto chegar às mãos do consumidor. As empresas que apostarem em soluções como microcentros de atendimento, entregas coletivas, hubs estrategicamente posicionados e gestão da informação, saem na frente. Essas inovações prometem mais rapidez e uma experiência do cliente aprimorada.

Integração de Inteligência Artificial
Os algoritmos de IA estão revolucionando as operações de depósito, gerenciamento de estoque e previsão de demanda. Ao analisar grandes quantidades de dados, a empresa de logística pode otimizar estoque e reduzir desperdícios, resultando em uma cadeia de suprimentos mais eficiente.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/24/08/2023/logistica/conheca-cinco-tendencias-de-logistica-com-foco-em-eficiencia-e-sustentabilidade-ainda-para-2023/

Amazon lança IA para resumir avaliações de produtos

Nova ferramenta de IA generativa da Amazon produz um resumo das avaliações dos consumidores sobre os produtos na plataforma de e-commerce.

A Amazon anunciou na última segunda-feira (14) o lançamento de uma IA generativa para resumir textos em avaliações de produtos. O recurso oferece um parágrafo com os pontos principais — positivos e negativos — comentados pelos usuários na plataforma de e-commerce.

Amazon lança cartão de crédito no Brasil com cashback e zero anuidade
Meta, Amazon e Microsoft se unem para criar rival para o Google Maps
O objetivo é facilitar a tomada de decisão dos consumidores sobre a compra de produtos de seu interesse através de uma visão resumida dos aspectos mais comentados por outros usuários. A IA da Amazon processa o conjunto de avaliações disponíveis realizadas na plataforma e gera uma espécie de “consenso” dos comentários.

A novidade foi disponibilizada inicialmente em uma ampla seleção de produtos para um seleto grupo de consumidores que acessam a Amazon pelo aplicativo para celular nos Estados Unidos. A empresa informou, no entanto, que a ferramenta será lançada em outras regiões nos próximos meses.

Resumo das avaliações na Amazon
A IA generativa de resumos das avaliações da Amazon destaca os recursos do produto e o sentimento geral de outros consumidores descritos nas análises escritas publicadas na plataforma.

Esses resumos são apresentados em um parágrafo curto na página de detalhes do produto no aplicativo — em uma seção “O que os consumidores dizem” — e acompanhados de tags clicáveis para ajudar os clientes a determinar se o produto atende às suas expectativas.

A partir do resumo, os usuários podem clicar nas tags compiladas para expandir e ler as avaliações completas de outros clientes sobre determinadas características. Dessa forma, os consumidores podem navegar com mais facilidade para entender o desempenho ou a qualidade de um item em um aspecto específico.

Fake reviews
Junto com o anúncio da ferramenta de IA generativa de resumo de avaliações, a Amazon informou que trabalha para garantir a veracidade das opiniões compartilhadas em sua plataforma.

A companhia afirma que investe em recursos para impedir a publicação de avaliações falsas, incluindo o uso de modelos de aprendizado de máquina. Esses modelos analisam histórico de avaliações, relações entre contas, atividade de login e outros dados que podem indicar um comportamento incomum.

Além dos algoritmos, a Amazon recorre a moderadores humanos para manter a integridade das avaliações e a segurança da comunidade. Segundo a companhia, a IA de resumo só analisa as reviews confiáveis de compras verificadas.

https://www.terra.com.br/byte/amazon-lanca-ia-para-resumir-avaliacoes-de-produtos,3f2edaf8c1c62635f304da99a6281c04e2mnax4p.html?utm_source=clipboard

Sua empresa está preparada para o Intelligent CX?

Moldar o futuro da experiência do cliente através da Inteligência Artificial é parte do que a Zendesk define como Intelligent CX. Mas esse futuro tem um diferencial importante. Confira!

Um futuro mais inteligente para a experiência do cliente está começando a ser desenhado. Com os avanços em Inteligências Artificias generativas para atendimento, novos caminhos começam a ser traçados para aquilo que o mercado condicionou chamar de Customer Experience (CX). A próxima fronteira para esse setor pode ser chamada de “Intelligent CX”. É assim que a Zendesk, uma das maiores companhias de tecnologia para a experiência do cliente, prefere descrever os próximos passos da experiência entre clientes e marcas.

Prelini Udayan-Chiechi, SVP, Global Marketing, Demand & Growth da Zendesk, diz que agora as empresas precisam intensificar investimentos tecnológicos, mas, “moldar o futuro dessa experiência de maneira que se potencialize a emoção”, algo que ela define como “o coração inteligente da experiência do cliente”.

A executiva percebe que essa atenção que líderes colocam hoje sobre vantagens no uso e adoção de IA na experiência do cliente precisa estar em sintonia com o cuidado humano e com a empatia. “A pergunta agora é: como levar esse coração para seus negócios e experiências com o auxílio da tecnologia? Como criar emoções e unir eficiência com empatia?”, provoca Prelini.

CX e EX são partes desse processo evolutivo

Para a executiva, a Zendesk está no caminho certo dessa inovação, onde suas soluções intensificam a experiência de clientes e também de colaboradores. “É o que está moldando o futuro do setor. O CX está evoluindo muito rápido e exigindo mais inteligência das empresas, clientes e, claro, de funcionários”, frisa Prelini.

Sem dúvida! A IA nos primeiros 5 meses de 2023 obteve um crescimento de 120% de investimentos no Brasil, de acordo com especialistas. Nesse processo evolutivo, não basta apenas investir pesado em novas tecnologias é preciso compreender como ser mais eficiente e empático na oferta dessas experiências para seus clientes e na capacitação de seus colaboradores.

Prelini, salienta: “Precisamos ter eficiência e empatia em CX. Eficiência para ganhar escala e otimizar processos, e empatia para fazer a diferença. Os clientes querem se sentir valorizados. Eles querem uma experiência que dure. E colaboradores precisam estar melhor preparados para isso”.

“Precisamos ter eficiência e empatia em CX. Eficiência para ganhar escala e otimizar processos,
e empatia para fazer a diferença”, Prelini Udayan-Chiechi

3 pontos importantes em Intelligent CX

De acordo com a vice-presidente senior da Zendesk, há 3 pontos importantes nessa evolução em CX a partir de IAs, e que precisam estar na mesa das lideranças. São elas:

  1. IA ajuda nas consultas complexas e otimiza tempo para humanos desempenharem papéis mais consultivos e auxiliadores;
  2. Experiências conversacionais estão trazendo mais empatia e agilidade no autoatendimento ao cliente;
  3. Dados promovem mudanças nas empresas, potencializam o conhecimento do cliente, mas precisam de muita governança e de segurança.

Prelini Udayan-Chiechi ressalta que tudo isso afeta a forma como as empresas podem criar conexões autênticas com seus clientes. Uma jornada onde a IA pode desenvolver tarefas mais simples e automatizadas, mas também trazer emoção a este modelo na qual havia muita padronização. “Dados dos clientes são um privilégio agora. A forma como podemos personalizar uma experiência com essas informações podem auxiliar na empatia, o que o Intelligent CX propõe”, pontua. Para se ter uma ideia, no último ano a Zendesk já fez mais de 100 aprimoramentos em Inteligência Artificial para suas soluções. “Isso nos coloca em constante evolução para esse novo CX”, frisa Prelini.

Eduardo Lugo, SVP, LATAM da Zendesk, afirma que existem grandes possibilidades no Brasil para um CX baseado em boas tecnologias, inteligência e emoção. “A forma que os consumidores utilizam a tecnologia com maior frequência está moldando as empresas. Essas pessoas agora possuem muito mais informações e os negócios precisam apostar em inovação”, salienta Lugo.

Essa inovação vem ao encontro de um novo público para as marcas. Por exemplo, de acordo com dados da Bain & Company, 54% dos jovens brasileiros usam um banco digital como principal serviço financeiro. O que indica como o novo consumidor quer as facilidades do ambiente digital.

Para lidar com essa crescente demanda e manter sua eficácia, Lugo destaca que líderes efetivos têm focado no ambiente do atendimento e da experiência do cliente, transformando esse colaborador em um “vendedor interno”, retendo clientes e proporcionando a melhor experiência com a marca.

“Isso é sobre Employee Experience (EX) é sobre Intelligent CX. Utilizar a tecnologia para simplificar processos, otimizar a jornada de áreas especificas e avançar no modelo. Somado a isso, a utilização de uma plataforma aberta e flexível. É o que a Zendesk propõe. Nós adotamos esse conceito de colocar o coração na tecnologia e compreender melhor nosso consumidor”, destaca Lugo.

5 pontos que demonstram a importância de um Intelligent CX

  1. 23,4% das empresas brasileiras são líderes em CX, versus 14,5%( média global);
  2. 70% dos clientes buscam atendimento automatizados, mas afirma que uma interação negativa com a empresa pode arruinar seu dia;
  3. 62% dos consumidores pensam que as empresas poderiam fazer mais sobre personalização do atendimento;
  4. 80% dos líderes desejam que seus setores de atendimento ao cliente convertam-se em propulsores de receitas;
  5. 85% dos consumidores disseram que gastam mais com empresas que fornecem uma experiência perfeita.

O novo CX e a soma de vários “es”

Evidente que hoje os clientes buscam muito mais dentro de uma experiência com uma marca. O que as empresas precisam agora é ter em mente como intensificar essa jornada de maneira atraente e, claro, como isso gera bons negócios. Uma tarefa que segundo, Jerome Cadier, CEO LATAM Airlines, é composta de vários “es”.

O executivo explica: “Hoje a empresa não pode separar mais uma qualidade da outra. Ela tem que ter eficiência e rentabilidade. Bom atendimento e melhores produtos. CX hoje é uma soma de qualidades. O cliente cria essa expectativa de vários ‘es’. Ele quer isso e mais aquilo”.

Sim, hoje, a experiência está no centro de qualquer negócio e mesmo que um cliente tenha uma expetativa de interagir com um chatbot de forma imediata e simples, ele também quer ter a opção de mudar para outro canal com a mesma facilidade. Ou seja, torna-se necessário antecipar as necessidades dos consumidores. Hoje essa transição do contato automatizado para o contato humano é essencial em CX e encontra nas novas tecnologias uma forma de realizá-la de maneira mais assertiva.

“Hoje a empresa não pode separar mais uma qualidade da outra. Ela tem que ter eficiência e rentabilidade.
Bom atendimento e melhores produtos. CX hoje é uma soma de qualidades”, Jerome Cadier

Cadier salienta que CX no setor de áreas, por exemplo, foi ampliado nos últimos anos. “A experiência entre o processo de compra e o pós-venda ganhou muita relevância. Hoje essa experiência é totalmente online. E agora você tem o desafio da boa experiência in loco, na viagem, e também projetada para essa interação digital”, pontua.

Rodrigo Vicentini, Head da NBA Brasil, afirma que quando o consumidor pensa em CX essa expectativa realmente aumentou muito. “Usabilidade, personalização isso tudo já ganhou um novo patamar na cabeça do consumidor. Hoje as estatísticas de jogo, veiculadas durante a transmissão de jogos da NBA, por exemplo, é o que coloca a experiência do cliente em outra escala. A velocidade da informação é enorme e isso encanta o cliente”, explica Viccentini.

A abordagem humana é diferencial em CX

No setor da Educação, Marcelo Bueno, CEO Ânima Educação, diz que a tecnologia auxilia muito o aluno a escolher onde quer focar os seus investimentos em educação, e o uso intensivo da tecnologia para seu conhecimento, mas, salienta; “A questão humana ainda deve ser relevante nessa jornada”. Para Bueno, o papel da tecnologia acaba sendo o “meio e não o fim”.

“Escuta ativa, mapeamento de jornadas, criar opções personalizadas. Usamos a tecnologia para ter um poder de reação melhor e valorizar a experiência dos nossos clientes com a marca”, completa Renata Lamarco, CMO Bloomin’ Brands, que afirma: “customização na ponta do atendimento será cada vez mais um diferencial em CX”. Para ela, as decisões hoje estão basicamente baseadas em dados. “Isso reorganizou empresas de todos os segmentos”, reforça.

No longo prazo, experiências imersivas, chatbots inteligentes para autoatendimento, cultura da empresa comunicada em todos os canais de contato, interações apoiadas em informações precisas de cada cliente… tudo isso a IA traz com mais flexibilidade e precisão. Como apontado pela Zendesck, nesse encontro em São Paulo chamado, “Zendesk Showcase”, a mensagem é que a Inteligência Artificial está revolucionando o Customer Experience. Agora, a humanização da experiência digital é o passo seguinte. Um CX Inteligente! Uma qualidade que desafia máquinas e humanos.

‘https://www.consumidormoderno.com.br/2023/08/16/zendesk-intelligent-cx/

IA conversacional acelera inovação em Contact Centers

Gartner aponta que os recursos de IA conversacional ajudarão a impulsionar o mercado de Contact Centers em 16% ainda este ano.

Inteligência Artificial conversacional está redefinindo o mercado de Contact Centers ao redor do mundo e, de acordo com o Gartner, os gastos mundiais da centrais de atendimento com IA conversacional para assistentes virtuais de atendimento devem totalizar US$ 18,6 bilhões em 2023, um aumento de 16,2% em relação a 2022. Segundo Megan Marek Fernandez, analista diretora da consultoria, a crescente maturidade da inteligências artificiais de conversação acelerará uma “substituição das plataformas de Contact Center”.

Para ela, os líderes de experiência do cliente (CX) estão em busca da melhorar eficiência para suas operações de atendimento, baseadas em uma “experiência geral” do cliente com as centrais. Nessa caso, as tecnologias de IA conversacional podem estabelecer essa conformidade com maior rapidez e precisão. Dados do Gartner apontam que o mercado global de IA conversacional e de assistentes virtuais representam o segmento que cresce mais rápido dentro dos Contact Centers. Um crescimento de 24% projetado para 2024. Ao que tudo indica, os recursos de inteligências artificiais de conversação estão recebendo maior investimentos do setor. Embora seja ainda presente o uso de IAs como apoio aos agentes de Contact Centers – em vez das chamadas serem totalmente transferida para um agente virtual, líderes e tomadores de decisão procuram incorporar essa tecnologia como parte de uma estratégia de longo prazo, visando reduzir a dependência de agentes de contato.

Cerca de 3% das interações serão tratadas via Contact Centers baseados em IA em 2023, crescendo para 14% das interações em 2027, segundo o Gartner

Um redesenho das centrais de atendimento

No geral, o Gartner estima que cerca de 3% das interações serão tratadas via Contact Centers baseados em IA em 2023, crescendo para 14% das interações em 2027. Nesse cenário, o Gartner avalia que incertezas econômicas e geopolíticas – em geral – podem criar algumas restrições orçamentárias no curto prazo.

Como resultando, o instituto prevê em uma desaceleração nas substituições e projetos de atualização de Contact Centers. No entanto, os projetos voltados para a experiência do cliente podem ser vistos como uma parte importante das estratégias deste setor para retenção e geração de receita, o que na análise do Gartner pode ser um impulsionador mesmo diante de incertezas econômicas.

Gartner espera que o crescimento de investimentos em CCaaS acelere à medida que as lideranças implementem recursos baseados em nuvem nas centrais de atendimento

 

Para Megan Marek Fernandez, isso significa que, embora muitas áreas de investimento em TI sejam enfraquecidas com o “aperto dos orçamentos”, as iniciativas em projetos de atendimento e suporte ao cliente, que têm o potencial de diferenciar a experiência do cliente com a marca ou simplificar as operações de atendimento, estas podem receber algum investimento com maior facilidade. “Esses fatores ajudam projetos de Contact Center as a Service (CCaaS) a receber financiamentos associados a orçamentos corporativos de transformação digital mais amplos”, explica o analista do Gartner.

Gartner espera que o crescimento de investimentos em CCaaS acelere à medida que as lideranças implementem recursos baseados em nuvem, para modernizar suas operações nas centrais de atendimento. Como parte desses projetos de modernização dos Contact Centers, soluções CCaaS serão implementadas para oferecer suporte a uma combinação mais ampla de canais de comunicação.

Segundo o Gartner, esse modelo apresenta uma “absorção mais significativa” de novos recursos, como painéis avançados de análises, roteamento, além de otimização da força de trabalho e, sobretudo, gerando conhecimento e percepção do potencial de recursos da IA conversacional para o atendimento ao cliente dentro das centrais.

‘ https://www.consumidormoderno.com.br/2023/08/11/ia-conversacional-contact-centers/?utm_campaign=cm_news_110823&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Lu, do Magalu, resolve problemas com IA generativa

“Com o uso da inteligência artificial generativa, vamos levar a experiência de atendimento a um novo patamar”. A frase de André Fatala, vice-presidente responsável pela área de tecnologia do Magalu, foi durante o segundo dia do Fórum E-Commerce Brasil 2023. No palco Tecnologia, ele apresentou de forma inédita uma versão própria de IA generativa.

Desenvolvida pelo Luizalabs, em parceria com o Google, a inovação será o cérebro da Lu, influenciadora digital da empresa. Ela será usada para fazer sugestões dos produtos mais adequados às necessidades de cada cliente e para responder às dúvidas nos canais de atendimento.

“A Lu vai recomendar produtos com base nas necessidades e preferências de cada cliente, como o melhor smartphone com base na duração da bateria, o preço ou na resistência da tela. As recomendações são geradas automaticamente, com base nas informações de catálogo, blog da Lu, reviews, SAC, logs de atendimento humano, manuais e PDF, algoritmos recomendados, entre outras inteligências”, explica Fatala. O executivo contou com apoio de Robson Santos, gerente de P&D Magalu, durante a apresentação no palco do evento.

Serviço estará disponível em breve

A plataforma que apresentou mais sinergia com as expectativas foi a do Google Cloud. A chamada Vertex IA é usada para trabalhar com a parte generativa e, aliada a ela, o Dialog Flow cria os fluxos da conversação. Em fase final de testes, a expectativa é que o serviço esteja disponível em poucos meses.

“A IA generativa da Lu também dá informações sobre status de pedidos, confirmações de entrega, disponibilidade de estoque de um produto e registra reclamações. A cada atualização e conversas realizadas, o uso da IA generativa deve deixar as conversas entre a Lu e os clientes mais descontraída, permitindo aprofundar nos assuntos”, finaliza Fatala.

Expectativa para os próximos meses

– Criação de base para fine tunning durante a Black Friday 2023;

– Utilização do modelo em tempo real para aprendizado com supervisão humanizada;

– Aplicar a experiência para todo o catálogo da plataforma;

– Aplicação do modelo para atendimento em todos os canais (Twitter, Instagram, Facebook e etc).

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/lu-do-magalu-resolve-problemas-com-ia-generativa

Pesquisa de satisfação: como inovar?

Executivas do Giraffas e da Bain & Company explicam, em teoria e na prática, a importância de mensurar a experiência do cliente.

transformação digital no mercado de franquias tem acelerado diversos processos de melhoria no setor de foodservice, dentre eles a busca por maior eficiência no serviço de ofertas e vendas. A experiência do consumidor é um dos fatores fundamentais para o sucesso de qualquer negócio. Um cliente satisfeito não só tende a voltar, como também indica o serviço ou produto para outras pessoas, o famoso boca a boca.

A maior franquia de alimentação do país, Giraffas, realiza desde 2021 uma pesquisa de satisfação com seu consumidor, a fim de conhecer, mapear e ouvir o cliente. Assim, a marca pode oferecer produtos e serviços que se adequem a jornada de consumo. Todas essas etapas são pensadas e planejadas para oferecer uma experiência memorável e fazer com que o cliente se sinta valorizado e bem atendido.

Cerca de R$ 66 mil são investidos por ano pela rede em leads digitais, que são dirigidos e realizados por uma empresa terceirizada que disponibiliza uma pesquisa interativa, prática e bem objetiva no momento da compra, no caixa da loja, nos panfletos ou fundo de bandeja.

A pesquisa de satisfação por QR code só pode ser respondida através da leitura do item presente na nota fiscal e na avaliação do aplicativo da marca, o que possibilita a identificação do restaurante e garante que seja de fato um consumidor que está respondendo ao questionário. Como recompensa àqueles que respondem a pesquisa e ajudam a marca a crescer, o Giraffas oferece cupons de desconto que podem ser usados no aplicativo próprio da marca.

Desde que implementou a pesquisa, mais de 43 mil clientes foram ouvidos e mais de 13 mil comentários foram recebidos. A análise deles rende melhorias e aprimoramentos nos processos e no atendimento.

“Com esta ferramenta conseguimos encurtar a distância entre marca e consumidor. Colhemos a opinião dos clientes sobre produtos e serviços e avaliamos minuciosamente críticas, sugestões e também elogios. As unidades franqueadas e a própria franqueadora possuem acesso em tempo real a todos os comentários e avaliações. Desta forma, conseguimos “enxergar” loja a loja e o que de fato precisa ser pensado e avaliado”, explica Luciana Morais, diretora de trade & marketing do Giraffas.

Os canais digitais têm sido fundamentais para aumentar a visibilidade da marca, gerar insights e levar a rede a alcançar os resultados almejados. Em um mercado cada vez mais competitivo, a presença no ambiente digital é fundamental para atrair novos e antigos clientes a acompanharem as novidades e melhorias pensadas exclusivamente para o público consumidor.

No caso da alimentação fora do lar, qualidade, sabor e bom atendimento são alguns dos pontos de destaque para satisfazer as necessidades dos consumidores.

“Com a avaliação do consumidor conseguimos saber qual loja necessita de reforço no treinamento da cozinha, do atendimento ou mesmo o que podemos inserir no cardápio para atender o desejo dos nossos clientes”, completa a executiva.

A importância da pesquisa de satisfação

Para Luciana Morais, a experiência do consumidor é um dos fatores fundamentais para o sucesso de qualquer negócio. Afinal, um cliente satisfeito não só tende a voltar, como também indica o serviço ou produto para outras pessoas.

De acordo com isso está Luiza Mattos, sócia da Bain & Company e líder das práticas de saúde e customer experience na América do Sul. Ela pontua que as organizações centradas no cliente precisam de instrumentos para guiar sua tomada de decisão, trazendo a voz do consumidor para dentro da companhia.

“A pesquisa é uma das maneiras pelas quais podemos identificar as necessidades e os desejos do cliente para saber o quanto ele está satisfeito com um produto ou serviço. Pense num painel de carro com todos os instrumentos que informam como o veículo está funcionando. Há diversos mostradores no painel e precisamos observar todos eles para dirigir com tranquilidade e segurança. A pesquisa de satisfação representa um desses muitos instrumentos: ela é muito importante, mas não é o único parâmetro a ser observado na jornada do cliente”, exemplifica.

Quando a Bain criou o Net Promoter Score (NPS), o objetivo era desenvolver uma pesquisa com o consumidor que fosse de simples implementação, fácil entendimento e, principalmente, que sua resposta tivesse uma correlação com comportamento observável de um cliente leal, como, por exemplo, maior número de produtos, menor churn e maior número de recomendações.

“Meu sócio Fred Reichheld e sua equipe testaram diversas perguntas até que chegaram ao que chamamos a Pergunta Definitiva, do Net Promoter Score: “Em uma escala de 0 a 10, qual a probabilidade de você recomendar esta empresa/produto para um amigo ou familiar?”. É uma pergunta simples, objetiva e que não deixa dúvidas quanto ao que é preciso responder”, revela Luiza Mattos.

KPIs e tecnologia realmente estão a favor da mensuração da experiência do cliente?

NPS é um importante instrumento para tomada de decisão, mas não é o único. Hoje as organizações olham para vários KPIs para entender a experiência do consumidor de forma detalhada. Além de um indicador como o NPS no nível empresa ou produto, é importante segmentar a informação, com indicadores granulares no nível dos episódios da jornada, que sejam comparativos (ou seja, sua empresa versus o concorrente), consistentes e confiáveis.

“A área de CX, com base nos dados a que tem acesso, pode ajudar a organizar esses KPIs. Para a Bain, o NPS é um grande farol que pode ser complementado para trazer mais insumos e agregar outros indicadores que possam ser alterados facilmente de acordo com a própria pesquisa”, coloca Luiza Mattos.

Hoje, com a tecnologia, é possível complementar as pesquisas com sinais digitais. Ela permite mensurar e correlacionar os resultados das respostas com dados da performance operacional interna.

Inteligência Artificial Generativa (GenAI), Advanced Analytics e Machine Learning ampliaram muito a capacidade das organizações para tratar um grande volume de dados sobre a experiência do cliente.

“As organizações mais avançadas em centralidade no cliente já trabalham com o NPS Preditivo, que reúne essas novas tecnologias e nos permite prever se uma interação foi boa ou ruim com base nas inúmeras experiências anteriores com aquele cliente (ou outros com perfil semelhante)”, diz.

“Com base em um pool de clientes que passa pela pesquisa, aliado às informações internas das companhias, são criadas correlações que permitem prever como foi uma experiência a partir de uma combinação de diversas variáveis com características de cada indivíduo. Há alguns anos, seria complexo reunir, organizar e trazer insights de tantas informações com escala, agilidade e precisão, algo que a GenAI traz como possibilidade em um número crescente de companhias”, salienta.

Outro avanço que a inteligência artificial proporciona são os chatbots ou linhas de frente digitais cada vez mais refinados em relação à leitura de sentimentos. Seja por meio de mensagens de voz ou texto, a inteligência artificial consegue extrair das interações sentimentos apurados dos clientes, identificando se eles estão satisfeitos ou frustrados, por exemplo.

A tecnologia permite reações preditivas, personalizadas e em tempo real – algo impensável de maneira escalada há até pouco tempo.

Prova disso é que, no caso do Giraffas, a pesquisa de satisfação atual tem por objetivo avaliar principalmente a experiência do cliente no restaurante, mais até do que uma pesquisa de marketing, pois permite corrigir a rota de forma imediata, sobretudo pela apuração ser em tempo real.

O NPS é um recurso fundamental

Segundo Luciana Morais, diretora de marketing & trade do Giraffas, a pesquisa de satisfação vigente, por ser mais operacional, está utilizando Customer Satisfaction Score (CSAT). Contudo, haverá uma segunda pesquisa, em NPS, que complementa a atual, mas com foco em percepção de marca.

Cada vez mais os clientes querem avaliar suas experiências e, principalmente, querem ser ouvidos. A pesquisa digital é prática, via smartphone, interativa e objetiva”, finaliza a profissional.

Em consonância com isso, Luiza Mattos reforça que o NPS é um recurso essencial para medir a experiência do cliente, porque o conceito de colocar o cliente no centro das ações de uma companhia permite reações mais rápidas, seja para se adaptar a mudanças de expectativa ou corrigir erros.

“Quando uma organização coloca o foco no cliente, tem um propósito bastante apurado, leva as percepções do consumidor aos colaboradores e investe na ativação de seus promotores, ela consegue reagir mais rápido ao mercado. O NPS é mais que uma métrica, é uma ferramenta de trabalho. Trata-se de um recurso muito efetivo para gerar aprendizado interno, ajudar a priorizar ações dentro da organização e realizar mudanças estruturantes”, reflete.

Logo, ao pensar em como motivar o cliente a preencher pesquisas de satisfação, o primeiro ponto a ser considerado é o consumidor que vai responder à pesquisa. A empresa precisa ser centrada no cliente também no momento de criar as questões para que sejam claras, simples e que não gerem disrupção justamente no fluxo da experiência.

Por outro lado, é preciso mostrar ao consumidor que as respostas dele serão levadas em conta, que problemas levantados em outras pesquisas foram endereçados e que a companhia tem a intenção de fechar esse ciclo de pergunta, resposta e resolução. Quando o cliente nota que a empresa se importa, quer ouvir o que ele tem a dizer e facilita a comunicação mesmo fora da pesquisa de satisfação, ele se motiva a responder.

“Em paralelo, as organizações podem hoje lançar mão da tecnologia para entender o cliente sem fazer sequer uma pergunta. Ao usar sua base de dados operacionais para identificar o que está acontecendo, é possível detectar problemas e pontos de melhoria e trazer respostas proativas, atuando na resolução antes mesmo de receber um feedback negativo”, alerta a executiva da Bain & Company.

“A criação de iniciativas, como comitês de clientes, focus groups e grupos especiais de testes (os famosos “beta testes” também fomentam um sentimento de comunidade em torno da marca e podem gerar insights muito mais impactantes do que apenas uma pesquisa – além de gerar fãs que têm orgulho de falar que contribuem para a melhoria do produto”, frisa.

Além dos clientes: os colaboradores fazem parte do processo

A opinião dos colaboradores também é essencial. Eles têm uma série de informações sobre o que os consumidores pensam e são uma engrenagem fundamental no ciclo virtuoso para gerar a centralidade no cliente e informações adicionais à pesquisa de satisfação do cliente.

Por isso, é necessário fazer os feedbacks das pesquisas chegarem às equipes, seja para promover o aprendizado diante das críticas ou como motivação frente aos elogios.

“No checklist do Net Promoter 3.0, vemos que NPS em tempo real, sinais e outros tipos de feedback do cliente devem ser integrados aos sistemas centrais para acelerar a aprendizagem, a inovação e o progresso. O mesmo serve para o NPS interno!”, acrescenta Luiza Mattos.

“Para engajar os times na tarefa de enriquecer a vida dos clientes, é preciso perguntar aos colaboradores como se sentem em relação à companhia ou o que pode ser melhorado para que eles possam encantar os consumidores ainda mais. O NPS dos clientes é imprescindível, mas o NPS dos colaboradores é igualmente importante”, finaliza.

‘ https://www.consumidormoderno.com.br/2023/08/03/pesquisa-de-satisfacao-como-inovar/?utm_campaign=cm_news_030823&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Como utilizar a Inteligência Artificial no atendimento ao cliente

Inteligência Artificial, a partir de chatbots e até do ChatGPT, é aliada das empresas na criação de experiências eficientes e personalizadas.

 Inteligência Artificial mostra cada vez mais possibilidades de uso. Como o grupo de pesquisadores que utilizaram a tecnologia para formular um antibiótico capaz de matar uma espécie mortal de superbactéria, a Acinetobacter baumannii – que gera ferimentos em pacientes e até pneumonia. Já a consultoria Gartner prevê que, até 2030, um grande sucesso do cinema terá mais de 90% de suas imagens geradas por IA. E, claro, a ferramenta pode ajudar a automatizar e aprimorar o atendimento e o relacionamento com consumidores.

Essa vastidão de aplicações pode ser fascinante e assustadora ao mesmo tempo – em especial, para os negócios que ainda não começaram suas jornadas com Inteligência Artificial.

O primeiro passo para a aplicação de IA no atendimento ao consumidor é entender como o negócio se comunica com o cliente, seja por canal de atendimento próprio, ou então utilizando o WhatsApp e as redes sociais para ajudar seus consumidores com dúvidas e demandas.

Conheça seu atendente: chatbot

Os chatbots e voice bots são ferramentas de IA responsáveis por responder consumidores de forma automatizada por meio de mensagens ou por ligação telefônica. Ou seja, sem a interação com um funcionário da empresa. Os chatbots são programados de duas formas: como uma árvore de decisão ou com Inteligência Artificial – capaz de cruzar informações de vendas com as dúvidas dos clientes.

É possível utilizar a tecnologia tanto em canais de atendimento próprio, como em sites ou aplicativos, quanto no WhatsApp e mesmo no Instagram. Há também os chamados assistentes virtuais, chatbots disponíveis para clientes fazerem pedidos ou resolverem problemas ao navegarem em sites e aplicativos. A ideia é que, em vez de interagir com outra pessoa por mensagem ou telefone, o cliente irá resolver suas dúvidas e demandas de forma mais rápida por meio de uma conversa com um robô. As empresas podem criar seus próprios chatbots ou então contratar serviços já criados e bastante utilizados no mercado. Outra vantagem é que esta forma de atendimento pode ficar disponível 24 horas por dia.

Por exemplo: ao navegar pelo aplicativo do banco, um cliente poderá pedir a ajuda do assistente virtual para consultar sua fatura do cartão de crédito, a data de vencimento e as formas de pagamento. O chatbot imediatamente fornecerá as informações, economizando tempo e evitando possíveis equívocos durante a consulta à fatura.

Os chatbots são grandes aliados do atendimento ao cliente. Segundo o Mapa do Ecossistema Brasileiro de Bots, entre 2021 e 2022, o total de bots desenvolvidos aumentou de 216 mil para 317 mil, representando um aumento de 47%. Já os bots em atividade cresceram 23% no mesmo período, de 47 mil para 58 mil.

ChatGPT

ChatGPT, ferramenta de Inteligência Artificial Generativa criado pela empresa OpenAI em 2022, vem conquistando usuários de forma crescente. A tecnologia conversacional, baseada em modelo de linguagem generativo, tem a capacidade de compreender e gerar texto de maneira natural, simulando uma conversa com um ser humano e, por isso, pode ser um grande aliado na criação de conexões mais eficientes com os consumidores.

A ferramenta pode ser integrada a um sistema de atendimento ao cliente, às redes sociais, ou a aplicativos e sites como um chatbot. Ela gera respostas confiáveis, 24 horas por dia, todos os dias da semana. Também é possível programar o ChatGPT para compreender as emoções que os consumidores estão sentindo no momento do contato e, assim, atendê-lo de forma mais empática de forma compatível com seus sentimentos, simulando uma experiência mais humana.

Além do atendimento ao cliente, o ChatGPT também pode fazer recomendações de produtos e serviços aos consumidores, baseado em seus históricos de compras. Além disso, tem a capacidade de coletar feedback dos clientes, com o objetivo melhorar sua experiência com a marca.

Outra utilidade da tecnologia é a possibilidade gerar ideias e sugestões para as comunicações e publicidade de produtos e serviços. O time de marketing, por exemplo, pode utilizar o ChatGPT para criar posts para as redes sociais da marca e fazer um brainstorming de ideias para uma nova campanha. Até 2025, 30% das mensagens de marketing de grandes organizações serão geradas de forma automatizada, segundo dados da Gartner. Em 2022, a previsão foi inferior a 2%.

As possibilidades são inúmeras, basta usar a curiosidade para experimentar.

Experiência personalizada

Tecnologias baseadas em IA, como os chatbots e o próprio ChatGPT, são também ferramentas para personalizar a experiência do consumidor. Por exemplo, o Royal Bank of Canada implementou o NOMI, um assistente virtual baseado em IA para apoiar a gestão das finanças de seus clientes. A ferramenta envia dicas de economia e orçamentos personalizados baseados no comportamento de gastos de cada cliente. Um ano depois da implementação, os clientes do NOMI realizaram 50% mais interações digitais em comparação com a base total de clientes do banco, e 93% mais tempo gasto em suas contas bancárias.

O uso da tecnologia não precisa resolver grandes desafios logo de cara. O caminho mais seguro e confortável para empresas e seus colaboradores é introduzir a ferramenta aos poucos, acompanhando sua evolução e melhorias necessárias. O ideal é combinar o atendimento automatizado com o humano. Assim, a empresa cria uma experiência personalizada e eficiente para os consumidores.

Como o próprio ChatGPT anuncia, as ferramentas de IA podem cometer erros. É importante acompanhar o trabalho dos chatbots e demais tecnologias e garantir que o serviço ao cliente está sendo realizado da melhor forma possível. A regra é clara: sem envios de conteúdos equivocados ou inadequados. Com o tempo, a IA estará mais capacitada para atender os clientes de forma mais autônoma, sem a necessidade de vigilância.

‘ https://www.consumidormoderno.com.br/2023/08/03/como-utilizar-inteligencia-artificial-atendimento-ao-cliente/?utm_campaign=cm_news_030823&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

IA Generativa traz benefícios aos serviços ao consumidor, afirma BCG

Em novo artigo, consultoria aponta vantagens de nova tecnologia para aprimorar o atendimento ao cliente.

A revolução iniciada pela Inteligência Artificial (IA) Generativa representa um marco histórico na evolução tecnológica e no entendimento da própria criatividade humana. Ao combinar algoritmos avançados de aprendizado de máquina com vastos conjuntos de dados, elas facilitaram a resolução de problemas – desde os mais complexos até outros, mais pontuais – e têm impulsionado novos paradigmas de interação homem-máquina.

De acordo com o Boston Consulting Group (BCG), essa tecnologia pode ser também uma grande aliada de empresas de serviço ao consumidor. De acordo com um novo artigo publicado pela consultoria, há uma estimativa de que a IA Generativa, quando implementada em escala, poderá aumentar a produtividade dessa atividade entre 30% e 50% — com horizonte para avançar ainda mais.

O uso da IA já está presente em algumas áreas de atendimento ao consumidor e nos últimos anos o setor viu um alto avanço com a adoção de tecnologias, como assistentes digitais, chatbots, interação de voz e processos automatizados. Agora, menos de um ano após o lançamento do ChatGPT pela OpenAI, empresas do mundo todo e de diferentes indústrias estão explorando como a mais nova face dessa tecnologia pode aprimorar, ainda mais, os serviços de atendimento, aumentando sua produtividade simultaneamente.

Modelos de linguagem em escala (LLMs, na sigla em inglês de large language models) têm o potencial de expandir a automação de processos, realizando tarefas de serviço ao consumidor que ainda eram impossíveis para ferramentas anteriores. Esses modelos são treinados com uma vasta quantidade de informação e podem reconhecer, classificar e criar textos e falas sofisticadas com rapidez e precisão.

As limitações da IA Generativa

A análise do BCG ressalta também possíveis limitações dessa tecnologia. Um exemplo é o fornecimento ocasional de informações erradas pela ferramenta, que pode representar um perigo maior no contexto de serviços ao consumidor, em que as respostas para clientes podem não transmitir a mensagem correta. Ainda há o risco de que a tecnologia revele informações proprietárias inadequadas ou dados de outros clientes, inaceitável para a confiabilidade e credibilidade do serviço.

Atualmente, a estratégia mais eficaz para minimizar os riscos de uma tecnologia tão recente é a governança: profissionais humanos acompanham o que é gerado pela IA, checando o conteúdo antes que ele chegue ao consumidor. Conforme as ferramentas voltadas para o atendimento amadurecerem, as empresas ganharão mais confiança em sua performance, reduzindo a necessidade de monitoramento humano e permitindo que os clientes interajam diretamente com elas.

Potencial depende da maturidade da IA

Segundo o BCG, há cinco níveis de maturidade da IA voltada para serviços ao consumidor (os três últimos sendo habilitados pela IA generativa):

  1. Autoatendimento para transações mais simples (como telefone, apps, portal online);
  2. Autoatendimento para jornadas simples (chatbots básicos, resposta de voz em linguagem natural, automação de processos robóticos);
  3.  Autoatendimento semelhante ao humano para jornadas mais complexas (bots de voz e chatbots versáteis, e com linguagem semelhante a humanos, agentes aprimorados com IA);
  4.  Suporte proativo habilitado para IA para a maioria das jornadas (bots idênticos aos humanos, personalizados para o perfil do cliente, contato proativo);
  5. Assistência contínua habilitada por IA para todas as jornadas (assistente totalmente centrado no cliente, prevê necessidades, resolve problemas e faz sugestões personalizadas).

Apesar dos riscos e desafios, muitas empresas já estão aplicando a IA generativa em seus centros de relacionamento com o consumidor. Uma forma de começar é reconhecer aplicações simples, mas de grande valor, em que a tecnologia pode ser testada. Isso possibilita aprender o que funciona da perspectiva técnica, funcional e de negócio.

De acordo com o BCG, conforme o sistema de IA aprende sobre a operação e produtos de uma empresa, será maior a facilidade em prever o comportamento do consumidor e antecipar suas necessidades e desejos, trazendo benefícios para além do atendimento. Esse avanço será rápido e por isso a consultoria já traz um alerta: as empresas já precisam estar preparadas para a transformação do setor.

‘ https://www.consumidormoderno.com.br/2023/07/31/ia-generativa-beneficios-servicos-ao-consumidor/

No Mercado Livre, IA faz parte dos processos há mais de 12 anos e crescerá exponencialmente

No primeiro dia do Fórum E-Commerce Brasil 2023, Sebastian Barrios, VP de Tecnologia do Mercado Livre, subiu ao palco do Auditório de Tecnologia para explicar como e por que a empresa requer muita tecnologia. “Todas as soluções precisam ser desenvolvidas para a escalabilidade, o que significa que precisam ser capazes de suportar uma grande quantidade de tráfego e de usuários”, iniciou.

Em 2010, segundo ele, a empresa tomou a decisão de quebrar sua arquitetura monolítica em microsserviços. Isso foi uma mudança significativa, uma vez que permitiu à empresa crescer sua equipe de forma exponencial. Para ter uma noção dessa mudança, hoje, o Mercado Livre tem mais de 15 mil pessoas dedicadas exclusivamente à tecnologia.

A estrutura monolítica é um tipo de arquitetura de software em que todos os componentes do sistema estão interligados. Isso pode ser vantajoso para sistemas pequenos e simples, mas pode se tornar um problema para sistemas grandes e complexos. Afinal, se um componente da arquitetura monolítica falhar, todo o sistema pode ser afetado.

Transição do Mercado Livre para os microsserviços

Os microsserviços são uma abordagem diferente para o desenvolvimento de software. Em um sistema de microsserviços, segundo o executivo, o sistema é dividido em pequenos componentes independentes. Isso torna mais fácil desenvolver, testar e escalar o sistema.

“A decisão do Mercado Livre de quebrar sua arquitetura monolítica em microsserviços foi uma decisão acertada. Isso permitiu que a empresa crescesse sua equipe de forma exponencial e se tornasse uma das empresas líderes em tecnologia na América Latina”, disse.

Um problema básico da inteligência artificial (IA) é a criação de categorias. Por exemplo, não é possível dividir pessoas por categorias, pois cada um é um indivíduo único. Uma das técnicas para resolver esse problema, de acordo com Barrios, foram as regras neurológicas e o aprendizado profundo (deep learning). O aprendizado profundo converteu as redes neurológicas em algo possível de ser processado, o que os outros sistemas não são capazes.

IA no Mercado Livre

O Mercado Livre utiliza IA há cerca de 12 anos. Hoje, a IA é usada em todos os aspectos da empresa, desde o anúncio de produtos até a otimização de estoque. A IA também é usada para analisar a reputação de vendedores e compradores, e para oferecer crédito.

Como a IA é usada no Mercado Livre

A IA é usada no Mercado Livre para:

– Classificar produtos em categorias;

– Moderar textos para impedir conteúdos ofensivos;

– Detectar produtos falsos;

– Aumentar a produtividade dos centros de distribuição;

– Gerar conteúdo personalizado para os clientes;

– Ajudar os desenvolvedores a programar mais rápido.

O futuro da IA no Mercado Livre

Para o Mercado Livre acredita, a IA terá um impacto cada vez maior na vida das pessoas. Por isso, a empresa está comprometida em usar a IA para melhorar a experiência dos clientes, assim como para aperfeiçoar a eficiência da empresa como um todo.

“Todos os desenvolvedores do mercado livre têm um assistente digital que os ajudam a programar mais rápido, aumentando a velocidade e aumentando o valor aos usuários”, garantiu Barrios. Como já mencionado, a companhia espera otimizar a efetividade com o uso da IA, assim como reduzir o trabalho repetitivo. “Não vamos contratar menos pessoas por conta disso, muito pelo contrário. Teremos cada vez mais pessoas nessa área para melhorar a vida do nosso consumidor final”, concluiu.

Quais são os diferenciais da experiência do cliente no Brasil?

Com empresas líderes em customer experience, o país tem práticas com potencial para se tornarem referências globais.

As pesquisas comprovam: o Brasil sai na frente quando o assunto é experiência do cliente. Um relatório elaborado pela Zendesk classifica 23,4% das empresas brasileiras como líderes em customer experience, acima da média global de 14,5%. Esse número torna o País o primeiro do ranking, seguido pelo Canadá e Índia.

O levantamento mostra que, no Brasil, as organizações são 83% mais propensas do que a média global a ter um tempo médio de resolução de atendimento inferior a uma hora. Elas também tendem a relatar ter um retorno de investimento positivo com seus programas de CX – isso porque 70% dos consumidores gastam mais com empresas que oferecem experiências fluidas, personalizadas e integradas.

Experiência do cliente: práticas que nos tornam líderes

Mas o que torna o Brasil um país tão avançado em experiência do cliente? “Em primeiro lugar, a cultura latina”, responde a diretora médica do Grupo Fleury, Daniela Bahia. “Lá fora, não encontramos o acolhimento, a conexão com as pessoas que temos aqui. Apesar de, em outros países, os processos serem ágeis e práticos, o que também torna a experiência boa, aqui nós temos o acolhimento de forma genuína – o sorriso, o olhar, chamar pelo nome, essa proximidade”, acrescenta.

Além do fator cultural, o CEO da ClickBus, Phillip Klein, cita outros três motivos que fazem as empresas brasileiras serem líderes em customer experience:

1-Conscientização sobre a importância da CX

As empresas brasileiras conhecem o papel da experiência do cliente na jornada dos consumidores e se conscientizaram sobre como isso afeta as métricas de mercado, como retenção e recorrência, que são elementos-chave para a sustentabilidade de alguns modelos de negócio.

“Com o aumento da competição nos mercados nacional e global, as organizações perceberam que oferecer uma experiência positiva aos consumidores é fundamental para se diferenciar e conquistar a fidelidade do cliente. Isso tem levado a um esforço maior em compreender as necessidades e expectativas dos consumidores, buscando formas de atendê-los de maneira eficiente e personalizada”, explica o CEO da ClickBus.

2-Avanço da tecnologia e inovação no país

Nos últimos cinco anos, o Brasil teve um boom de inovação e investimentos, com 53% das startups crescendo mais de 90% ao ano, sendo um ambiente fértil para empresas que desenvolvem soluções para melhorar a experiência do cliente.

“Essas empresas têm investido em inteligência artificial, chatbots, automação e outras tecnologias que auxiliam no atendimento ao cliente e proporcionam uma experiência mais eficiente e satisfatória. Essa é uma jornada que temos também na ClickBus, muito apoiada também pela cultura de dados, que nos faz entender cada vez mais nosso cliente”, destaca Phillip Klein.

3-Uso intenso das redes sociais

Segundo uma pesquisa realizada pela Rock Content, 63,2% das empresas usam as redes sociais como forma de interagir com o público. A estratégia é fundamental para se aproximar do consumidor, uma vez que o Brasil é o terceiro país que mais usa redes sociais no mundo, ficando atrás apenas da Índia e Indonésia. As redes sociais permitem um contato rápido e personalizado com o cliente, tornando a experiência fluida.

Do local para o global

Entre as diversas práticas de experiência do cliente no Brasil com potencial para se tornarem referências globais está a personalização do atendimento ao cliente. “Empresas brasileiras estão investindo em tecnologias avançadas, como inteligência artificial e análise de dados, para oferecer experiências únicas e personalizadas aos consumidores. Essa abordagem está se tornando uma referência global, pois reconhece a importância de tratar cada cliente como único e atender às suas necessidades específicas”, diz o CEO da ClickBus.

A diretora médica do Grupo Fleury também destaca a personalização como uma característica de destaque na experiência do cliente no Brasil. “Em relação ao consumidor na área da saúde também há essa personalização. O brasileiro é mais cuidadoso, dá a possibilidade de escolher médicos, personalizar o atendimento. No Grupo Fleury, temos ferramentas tecnológicas, oferecemos múltiplas soluções em um só lugar, mas unimos a digitalização e a humanização”.

O omnichannel também é uma prática que se destaca no Brasil. A integração dos canais de atendimento nas empresas proporcionam uma jornada consistente e fluida aos clientes. “Esta foi uma medida que tomamos na Clickbus e se demonstrou uma estratégia que tem o potencial de se tornar uma referência no setor, uma vez que os consumidores estão cada vez mais exigentes e esperam poder interagir com as empresas através de diversos canais de maneira integrada. Com constantes investimentos neste sentido, a taxa média de contato (contacting rating) nos nossos canais caiu de 12% para 5% nos últimos anos”, comenta Phillip Klein.

Treinamento e desenvolvimento contínuos

Para oferecer a melhor experiência ao cliente, ter uma equipe bem preparada para o atendimento é indispensável, uma vez que os colaboradores são os responsáveis por entregar uma experiência excelente, usando as ferramentas disponíveis. “Treinamentos abrangentes, focados em habilidades de comunicação, empatia e resolução de problemas, são fundamentais para garantir que os colaboradores estejam preparados para lidar com as demandas e expectativas do cliente brasileiro”, afirma o CEO da ClickBus.

Ao mesmo tempo em que as equipes são treinadas, as empresas precisam estar abertas ao feedback dos clientes, oferecendo uma melhora contínua na experiência. Ao demonstrar uma postura receptiva e proativa em relação aos comentários dos clientes, as empresas podem fortalecer a confiança e construir relacionamentos duradouros. “Aqui na ClickBus, estamos sempre muito atentos aos movimentos do nosso consumidor. Um resultado disso foi que a ClickBus, recebeu o selo RA1000 do Reclame Aqui que reconhece as empresas com a melhor reputação na plataforma. O selo reconhece a excelência da ClickBus no atendimento ao cliente, e é definido a partir de critérios importantes nos índices de reputação”.

E quais são os desafios?

Apesar de o Brasil ser líder em experiência do cliente, as empresas enfrentam diversos desafios na busca da excelência no CX em comparação com as empresas globais. Na área de saúde, Daniela Bahia comenta que ainda é preciso avançar na jornada integrada do paciente, que já está bem avançada em outros países. “Ainda há atritos em pontos de contato com o paciente. É necessário avançar em interoperabilidade de sistemas e o estímulo ao engajamento do consumidor deve partir das empresas. É uma integração que deve envolver diversos trabalhos, incluindo diretrizes governamentais”.

No geral, as empresas também enfrentam infraestrutura e tecnologia limitadas, que dificultam a implementação de soluções digitais, além da escassez de profissionais especializados para lidar com a transformação digital.

“A complexidade tributária e burocrática, além da diversidade cultural do país, também são obstáculos. A competição acirrada no mercado global exige compreensão profunda das demandas dos clientes e capacidade de inovação. Apesar disso, muitas empresas estão investindo em tecnologia, treinamento e estratégias de personalização. O governo brasileiro está simplificando a burocracia e incentivando a inovação. Com esforço e comprometimento, as empresas brasileiras podem alcançar altos padrões de CX e se destacar globalmente”, completa Phillip Klein.