Inovação imparável: o papel da IA generativa nos marketplaces

Os marketplaces se tornaram os epicentros do comércio moderno, oferecendo uma vastidão de produtos e serviços. Contudo, o desafio contínuo para os vendedores é destacar-se em meio à multidão virtual, conquistar a atenção dos consumidores e construir um relacionamento sólido com eles.

Nesse cenário, a inteligência artificial (IA) surge como a vanguarda, especialmente a IA generativa, moldando uma nova forma como os marketplaces operam e interagem com seus usuários.

Categorização automatizada

A capacidade da IA generativa de aprimorar a categorização automatizada é uma revolução palpável, já que por meio de algoritmos sofisticados ela organiza produtos em categorias e compreende nuances sutis, como preferências individuais dos consumidores, sugerindo produtos de forma personalizada. Essa abordagem dinâmica e adaptativa potencializa a experiência do usuário, simplificando a navegação pelo extenso catálogo de um marketplace.

Segundo o “2024 Consumer Trends Report”, da Qualtrics, empresa norte-americana de gestão de experiência, 48% dos consumidores já estão confortáveis em interagir com as inteligências artificiais das marcas. Mais especificamente, a Euromonitor International, empresa inglesa de pesquisa de mercado, revela que 42% do público se sentiria confortável com assistentes de voz que fornecessem informações e sugestões de produtos de maneira personalizada.

Similaridade de produtos e evolução da buy box

A similaridade de produtos é outro campo no qual essa solução tecnológica deixa a sua marca. Afinal, ela vai além das simples palavras-chave ou tags para identificar conexões profundas entre itens, considerando características visuais, funcionais e até mesmo sentimentos evocados por eles. Essa compreensão mais holística permite recomendações mais precisas, aproximando os consumidores de produtos que correspondem às suas necessidades e ressoam suas demandas e estilo de vida.

A cereja do bolo é a evolução da “buy box” – espaço para destacar ofertas e ajudar o usuário a visualizar com mais facilidade os itens que ele deseja – para uma entidade mais inteligente e responsiva. Tradicionalmente, a buy box priorizava o preço e a reputação do vendedor. Com a intervenção da IA generativa, esse espaço privilegiado torna-se um campo dinâmico, em que o recurso considera a oferta mais vantajosa, experiência do usuário, compatibilidade com interesses anteriores e confiabilidade da entrega. Isso cria uma interação mais fluida entre vendedores, compradores e o próprio marketplace, resultando em decisões de compra mais informadas e satisfatórias.

Dilema ético

No entanto, há um dilema ético a ser abordado, uma vez que a IA generativa é tão eficaz em compreender e antecipar as necessidades dos consumidores que pode gerar uma bolha de recomendações, restringindo a diversidade de opções. Trata-se de um fator que levanta questões sobre a liberdade de escolha e a exposição dos usuários a novidades fora de seus padrões habituais. Nesse cenário, a solução reside na integração de algoritmos que incentivem a descoberta de novos produtos, ampliando os horizontes sem comprometer a personalização.

Além disso, a confiança e a transparência são fundamentais. Logo, os marketplaces devem ser proativos na divulgação do uso da IA generativa, educando as pessoas sobre como essa tecnologia opera e de que maneira utiliza seus dados, oferecendo opções claras para o controle dessas interações.

Em síntese, a implementação da IA generativa nos marketplaces pode revolucionar a categorização automatizada ao analisar imagens de produtos e atribuir categorias com base nas características visuais. Ao utilizar modelos generativos para avaliar a similaridade entre produtos, os sistemas podem recomendar itens relacionados com maior precisão. Uma buy box mais inteligente pode ser construída ao empregar algoritmos generativos que consideram variáveis dinâmicas, como comportamento do consumidor e sazonalidade, para determinar o posicionamento ideal dos produtos, aumentando as chances de conversão e maximizando os resultados para os vendedores. Essas abordagens aproveitam o poder da ferramenta para aprimorar operações nos marketplaces, impulsionando as vendas e o engajamento.

À medida que nos aventuramos no caminho de um futuro no qual a IA generativa se tornará a espinha dorsal dos marketplaces, é essencial reconhecer seu potencial de evolução. Uma vez que seu papel é simplificar a jornada do consumidor e desafiar os limites do comércio online, a sinergia entre tecnologia e humanidade é o que impulsiona essa revolução.

É, portanto, o momento de dar as boas-vindas a essa jornada e descobrir como harmonizar a conveniência com a diversidade. É neste ponto que a inteligência artificial e a experiência humana se unem para forjar um ambiente de compras genuinamente inovador.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/inovacao-imparavel-o-papel-da-ia-generativa-nos-marketplaces

Comércio eletrônico: desafios e oportunidades para 2024

País deve buscar regulamentação equilibrada para uso da IA e criar plano de requalificação da mão de obra.

Apesar do crescimento do comércio eletrônico é preciso levar em conta o importante papel que o varejo físico exerce papel fundamental nas relações de consumo. Estimativas do mercado apontam que o comércio eletrônico representa menos de 10% do faturamento do varejo.

Por outro lado, a tendência é de que a fronteira entre o comércio físico e digital fique cada vez mais tênue, considerando as mudanças de hábitos dos consumidores ao longo dos últimos anos. As empresas vêm proporcionando experiências de consumo cada vez mais personalizadas, contemplando a implementação de novas tecnologias.

Os mais variados tipos de produtos são comercializados nas plataformas digitais, como eletroeletrônicos, eletrodomésticos, alimentos, medicamentos, entre outros. No cenário pós-pandemia, a integração de canais de vendas físicos e digitais se faz cada vez mais necessária para a competitividade e a sobrevivência dos negócios. Por outro lado, é preciso que o empresário esteja por dentro dos desafios e das oportunidades para o varejo de agora em diante. Confira a seguir.

Adaptação às mudanças do mercado: necessidade incontestável

pandemia de covid-19 intensificou a necessidade de as empresas abraçarem plataformas online, como marketplaces e redes sociais, para atender à crescente demanda por conveniência. A manutenção de equipes em home office ou no modelo híbrido de trabalho e a preferência por compras online tornaram essenciais os investimentos em plataformas digitais, permitindo a entrega rápida e a criação de experiências de compra cada vez mais fluidas. Muitos consumidores preferem comprar pelo site e retirar na loja física, outros compram diretamente no estabelecimento, entre outras possibilidades. Conveniência e comodidade ditam as regras de consumo. O e-commerce permite que as empresas alcancem consumidores em escala global, ampliando significativamente o potencial do mercado.

O poder da criatividade e da inovação digital

Estar no ambiente digital não requer investimentos massivos. Empreendedores de pequeno porte podem (e devem) se destacar nas redes sociais e no WhatsApp, utilizando a criatividade para atrair consumidores. Por outro lado, a presença virtual não substitui a física; ambas se complementam, oferecendo aos consumidores uma experiência de compra integrada e, assim, consolidando-se como uma tendência duradoura.

Desafios logísticos e inovações tecnológicas

sucesso do comércio eletrônico trouxe consigo desafios logísticos, especialmente em relação à entrega eficiente, ou seja, cada vez mais rápida. Empresas investem em soluções como drones e robótica, além de parcerias com operadores logísticos, para superar esse desafio. A diversificação de canais de entrega é crucial para atender às expectativas dos consumidores, que, a depender das próprias necessidades, preferem pagar um pouco mais para receber o quanto antes a mercadoria. Por outro lado, o gerenciamento de custos relacionados a frete e devoluções pode ser complexo, afetando a lucratividade do negócio. É importante que o empreendedor faça um planejamento dos custos de entrega e da logística reversa para não comprometer a sua competitividade no mercado.

Segurança cibernética e proteção da privacidade

Com o aumento das transações online, a segurança cibernética e a proteção de dados do cliente se tornaram prioridades. Empresas implementam medidas rigorosas para manter a confiança do consumidor, evitando vazamentos de dados que possam comprometer a reputação e resultar em sanções pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Disseminar a cultura da segurança de dados através de treinamentos dos colaboradores da empresa e investimentos em tecnologias são fundamentais para evitar maiores prejuízos com o vazamento de dados e outros crimes virtuais.

Inteligência Artificial e personalização no e-commerce

A Inteligência Artificial (IA), a análise de dados e a personalização desempenham papéis fundamentais nas empresas, que utilizam essas tecnologias para oferecer recomendações personalizadas, aprimorar a experiência do usuário e otimizar operações. O uso estratégico dessas ferramentas se tornou essencial para manter a competitividade.

Com a IA, o consumidor pode dispor de um atendimento 24 horas por dia durante os sete dias da semana, melhorando a experiência de compra, ou de um rápido serviço de pós-vendas. A empresa que vende nos canais físico e online pode ter uma melhor otimização do estoque, inclusive evitando que o cliente compre algum produto na plataforma digital que já não esteja mais disponível no estoque, porque foi vendido na loja física. Outro ponto importante a ser considerado é que a IA é capaz de mapear as preferências do público, tornando as experiências cada vez mais personalizadas.

Competição acentuada e estratégias diferenciadas

O crescimento do comércio eletrônico intensificou a concorrência. Estratégias de marketing, experiência do usuário e serviços pós-venda se tornaram diferenciais essenciais. Benefícios como o cashback  e cartões fidelidade contribuem para gerar recorrência de compra, enquanto profissionais de vendas e pós-vendas são importantes para atender às demandas dos clientes.

IA e desafios éticos e regulatórios

A IA é central na competitividade, acelerando processos. No entanto, o seu uso levanta preocupações éticas e regulatórias, como concentração de poder, vieses discriminatórios e impacto ao mercado de trabalho. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) defende uma abordagem flexível, adaptável às rápidas mudanças, garantindo proteção de direitos sem sufocar a inovação. A Entidade entende que eventuais problemas decorrentes do uso da IA, se surgirem, poderão ser resolvidos caso a caso, em função das leis já existentes, como o Código Civil, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), além da própria Constituição Federal.

O caminho para uma regulamentação adequada

É um contexto desafiador que se tem daqui para a frente. Refletir se, quando e em que nível regular a IA é fundamental, buscando a proteção de direitos, mas sem impedir ou burocratizar ainda mais a inovação no Brasil. A pressa no tema é sinônimo de risco de obsolescência regulatória. Enquanto o debate global sobre a regulamentação da ferramenta continua, é crucial que o Brasil evite a pressa, buscando um equilíbrio entre a proteção de direitos e a promoção da inovação. A FecomercioSP está atuando no Senado a fim de propor uma abordagem principiológica e menos prescritiva do Marco Civil da Internet (2014).

Investimento na qualificação da mão de obra e desenvolvimento sustentável

Em meio a esse cenário desafiador sobre regular ou não a IA, a Federação entende que a prioridade deve ser um plano nacional de qualificação da mão de obra voltada a essa era digital, além de fortalecer ecossistemas em torno da capacidade humana e facilitar o ingresso de pequenas e médias empresas no setor. A coexistência harmoniosa entre o intelecto humano e a IA é essencial para a participação ativa na economia digital em constante evolução. Outro ponto que deve ser levado em conta é que o consumidor brasileiro está cada vez mais preocupado com temas ligados à preservação do meio ambiente, responsabilidade social e critérios de controle das empresas (ESG – Meio ambiente, Social e Governança), podendo ser fatores determinantes do consumo.

Regulamentação contínua em um mundo em transformação

Por fim, a regulamentação do comércio eletrônico continua a evoluir para abordar questões como tributação, proteção do consumidor, concorrência e tecnologias emergentes. Por isso, as empresas devem permanecer atentas às mudanças regulatórias para garantir conformidade bem como o setor privado deve estar cada vez mais presente nas discussões com o poder púbico sobre eventual legislação que possa ter impacto para o ecossistema. O futuro do comércio eletrônico será moldado por inovações tecnológicas, aprimoramentos logísticos e um foco crescente na segurança e na personalização da experiência do cliente.

 https://www.fecomercio.com.br/noticia/comercio-eletronico-desafios-e-oportunidades-para-2024

Satisfação do cliente no centro: Como o “user thinking” vem transformando o setor logístico

A implementação desse conceito na logística representa uma mudança significativa na forma como as empresas abordam o planejamento e a execução de suas operações.

As estratégias com foco na experiência do usuário (UX) estão cada vez mais em alta entre as empresas e a personalização tem sido o foco da maior parte das ações nesse sentido. De acordo com uma pesquisa realizada pela Track.co no ano passado, mais de 60% das organizações estão investindo em áreas ou ações relacionadas à UX.

Usando tecnologias avançadas para moldar experiências únicas, esse conceito vem se estendendo também ao setor logístico. A abordagem centrada no cliente possibilita colocar as necessidades e expectativas dos usuários no centro das decisões operacionais, buscando desenvolver soluções que sejam tanto personalizadas quanto eficazes.

O conceito de “user thinking” tem tudo a ver com isso. Com raízes no campo do design, o método tem sido cada vez mais utilizado nesse processo, pois se dedica a compreender de forma mais profunda os comportamentos e desejos dos usuários. Isso permite criar serviços que vão além da resolução de problemas operacionais, buscando também aprimorar a experiência do cliente.

UMA MUDANÇA NAS ESTRATÉGIAS DE PLANEJAMENTO

A implementação do “user thinking” na logística representa uma mudança significativa na forma como as empresas abordam o planejamento e a execução de suas operações. Ao priorizar a experiência do usuário, a logística pode, ao mesmo tempo, se afastar do foco em eficiência e custos para considerar a satisfação do cliente como principal métrica a ser perseguida.

Dessa forma, para que o negócio continue sustentável, é essencial coletar e analisar feedbacks, oferecer modalidades variadas de entrega, ter dados históricos consistentes e, para isso, investir em tecnologia. A mensuração do sucesso e o acompanhamento contínuo da satisfação do cliente também exigem uma abordagem proativa, flexível e a constante capacitação de equipes.

A implementação do “user thinking” na logística não está apenas mudando a maneira como as empresas operam, mas está, também, moldando as expectativas dos consumidores. Os clientes agora esperam experiências personalizadas, envolventes e, acima de tudo, convenientes.

E as empresas que já entenderam e abraçaram essa mudança estão liderando a nova era da logística, onde a inovação contínua é o principal indicador de sucesso. Neste cenário, a próxima fronteira será a integração de tecnologias como inteligência artificial e análise preditiva para antecipar ainda mais as necessidades dos clientes.

* Por Caio Reina, CEO e fundador da RoutEasy.

‘https://mundologistica.com.br/artigos/como-o-user-thinking-vem-transformando-o-setor-logistico

Na semana do Singles Day, Gouvêa China Desk visita grandes empresas para benchmark com mercado chinês

Inovação acessível em escala massiva surpreende missão brasileira na China.

Estamos na semana do Singles Day (11.11), essa famosa data do varejo da China que acontece todo 11 de novembro e que começa a ser adotada também por outros cantos do mundo, assim como ocorreu com a Black Friday, que acontece toda última sexta do penúltimo mês do ano (só que aí a origem da data é norte-americana).

Aproveitando a proximidade com a importante data do varejo oriental, a Gouvêa China Desk retomou as missões para o outro lado do planeta e levou uma delegação brasileira até a China, com a intenção de visitar grandes empresas e entender um pouco mais do mercado chinês.

“A China é um benchmark bastante importante para o Brasil, pois mostra os benefícios tangíveis do desenvolvimento econômico e novos modelos de inovação”, revelou In Hsieh, sócio da Gouvêa China Desk, em entrevista diretamente de Shenzhen, cidade considerada o “Vale do Silício da China” e lar de grandes empresas de tecnologia como Huawei e Tencent.

Nascida focada em redes sociais, a Tencent é hoje conhecida principalmente pelo WeChat, o super app chinês, multiplataforma, que atende milhões de pessoas diariamente no mercado da China, mas também passou a dominar o mercado de games, sendo o maior faturamento do segmento do mundo.

“Na Tencent pudemos conhecer de perto um dos maiores exemplos de ecossistema de negócios do planeta. E uma coisa ficou bem clara. Com a visão de como surgiu a Tencent, com produtos de internet para usuários finais, as inovações estão mais no entendimento das oportunidades e como em crescer os negócios do que propriamente em criar coisas de alta complexidade”, afirmou Hsieh.

A delegação brasileira também visitou a sede da Huawei, empresa responsável pela infraestrutura de telecomunicação, principalmente 5G, de boa parte do mundo, que impressionou tanto pela estrutura física, quanto pela diversidade de atuação. E será que o mercado brasileiro está pronto para se inspirar em grandes exemplos de sucesso do mercado chinês? In Hsieh garante que sim.

“A relação bilateral entre Brasil e China continua crescendo, com novos tipos de oportunidades sendo geradas. Se antes era focado em venda de commodities naturais do Brasil para a China e industrial no sentido oposto, agora temos uma relação com negócios de mais valor agregado. De modo geral vimos dois dos principais exemplos do avanço do mercado chinês: inovação acessível e em escala massiva”, finalizou o sócio da Gouvêa China Desk.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/07/11/2023/inovacao/china-surpreende-missao-brasileira-com-inovacao-acessivel-em-escala-massiva/

Iniciativa conecta moradores e profissionais das favelas com grandes empresas

O potencial de consumo das favelas passa de R$ 200 bilhões anualmente. Paraisópolis, sozinha, movimenta uma economia de R$ 705 milhões.

Ignoradas por grande parte da população de classe média, as favelas fazem parte das metrópoles há décadas. Marginalizadas e sem investimento em infraestrutura, as periferias abrigam grande parte da classe trabalhadora dos setores básicos, seja do comércio ou da indústria, mas continuam segregadas do resto das cidades.

Paraisópolis, uma das maiores favelas de São Paulo, fica localizada ao lado de um dos bairros mais chiques da cidade – quem nunca viu a famosa foto do prédio com piscinas em todas as varandas ao lado das casinhas humildes amontoadas umas sobre as outras? Apesar de (ou extamente por) ser a mais famosa da capital paulista, ela sofre dos mesmos problemas – principalmente o preconceito de diversas empresas em relação aos moradores.

Com o intuito de realizar essa aproximação entre comunicadores e empregadores com profissionais e moradores, Joildo Santos idealizou o Grupo Cria, conglomerado focado em comunicação, inovação, publicidade e tecnologia, especialmente para as periferias e favelas do Brasil. A empresa tem crescido vertiginosamente e atua em mais de 350 favelas e comunidades.

“Percebemos a necessidade de levar expertise e vivência de Paraisópolis para outras favelas, e além do jornal, começamos a trabalhar com outras frentes de comunicação. Com o crescimento de demandas nos diferentes segmentos, percebemos a oportunidade de separar por negócios e criamos o Grupo Cria”, explica Joildo.

Segundo o CEO, a necessidade de fundar o Grupo Cria começou a sentir sentida para visibilizar a rica produção cultural, esportiva e empreendedora que ocorre nas favelas. “O Grupo surgiu a partir do Jornal Espaço do Povo, e ampliamos sua atuação para além do jornalismo, buscando democratizar a comunicação, inovação e tecnologia nas comunidades”, acrescenta. “Investir em Paraisópolis, em particular, provavelmente se deve ao desejo de causar um impacto positivo numa das favelas mais populosas de São Paulo, com grande potencial criativo e empreendedor”, destaca Joildo Santos.

Impactos do Grupo Cria na economia das favelas
Essa iniciativa não serve apenas para trazer inovação para dentro das comunidades, mas acaba afetando outros pontos de forma indireta. “O foco primário do Grupo Cria não é a redução de criminalidade, mas empoderar as comunidades por meio de informação, capacitação e oportunidades econômicas. Isso, de forma indireta, pode ter sim um efeito, um impacto positivo na diminuição da violência”, comenta.

Expor as experiências dos moradores e trazer essa integração entre cidade e favela é uma das mudanças que mais fazem diferença no dia a dia da comunidade. “A visibilidade oferecida pelo grupo ajuda a romper estigmas e abre novas oportunidades para os moradores, sejam elas em forma de emprego, educação ou desenvolvimento de habilidades”, fala.

As informações compartilhadas pelo Grupo Cria focam em mostrar uma perspectiva que normalmente não é vista nos veículos tradicionais de mídia, conta Joildo Santos. Até agora, 13 empresas já se tornaram parceiras do Grupo Cria, além de 20 profissionais fixos, que atendem marcas como Avon, Google, Amazon, Casas Bahia, Bradesco, TecBan, Club Social, Lojas Estrelas. As empresas realizam ativações e campanhas dentro das favelas – um enorme mercado consumidor e muitas vezes negligenciado.

“A favela é potencial, é terreno fértil para alcançarmos voos maiores e não rasantes. Somos a personificação da inovação e do empoderamento nas favelas e periferias”, conta o CEO. Ele explica que o impacto social é mensurado por meio da participação em ações educacionais e divulgações de qualificação, empoderamento e diversidade. “Toda nossa atuação é pensada para minimizar o impacto ambiental, amplificar a economia local e ser transparente em nossa forma de fazer comunicação”, completa.

Para quem acha que a economia das favelas não fazem diferença no panorama geral do país, está totalmente errado. Comunidades no Brasil movimentam algo em torno de R$ 200 bilhões anualmente, movidas pelos mais de 19 milhões de moradores. As 13 maiores favelas do Brasil têm um potencial de consumo que chega a R$ 7,9 bilhões, de acordo com estudo da Outdoor Social. Só a Comunidade de Paraisópolis movimenta R$ 705 milhões anualmente, pelos cerca de 100 mil habitantes que vivem ali.
https://consumidormoderno.com.br/2023/10/19/favelas-grupo-cria/?utm_campaign=cm_news_201023&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Inteligência Artificial a serviço das pessoas: promessa, realidade ou possibilidade?

Em visita ao Centro de Distribuição da Amazon, em Seattle, no evento “Delivering the Future”, a tônica é repercutir uma visão de negócio e de mercado orientada ao uso humanizado da tecnologia.

Há uma preocupação geral no âmbito das chamadas “Big Techs”, empresas que ganharam evidência, influência e dominância de mercado a partir de suas habilidades no manejo das ferramentas digitais. A internet, particularmente com a revolução dos smartphones, acelerou processos de mudança competitiva e criou ondas de disrupção em praticamente todo o mercado, incluindo alguns monopólios. Nada disso é novidade, a não ser a propensão das lideranças atuais perderem as referências para a tomada de decisões, bem como o aumento do ceticismo generalizado com que cidadãos e consumidores comuns recebem iniciativas com “potencial transformador”.

Ainda assim, sempre é esclarecedor é determinante ouvir o que uma gigante como a Amazon tem a dizer sobre estratégia, inovação, centralidade do cliente e Inteligência Artificial. Poucas empresas na história criaram tamanho legado de mudanças na mentalidade corporativa quanto a líder global de e-commerce. Se hoje é comum pensarmos em ferramentas de gestão que se baseiam em produtividade máxima nas reuniões, “custo do concorrente como oportunidade”, centralidade do cliente e cultura data-driven, a empresa de Seattle foi e continua sendo, indutora de mudanças.

No evento “Delivering the Future”, que ocorre no impressionante e rigorosamente controlado Centro de Distribuição original da Amazon, em Seattle, nos Estados Unidos (que acessamos usando até mesmo calçados especiais fornecidos pela empresa), foram apresentadas múltiplas ideias que procuram associar a adoção de tecnologias a benefícios tangíveis para colaboradores, consumidores e comunidades.

Por exemplo, Sarah Mathew, vice-presidente de Experiência no Delivery da Amazon, e Diya Wynn, responsável pelas práticas em IA da AWS, procuraram ilustrar como o uso de Inteligência Artificial pela Amazon tem uma face mais humana e orientada à resolução de problemas mais amplos, com ênfase em sustentabilidade.

“A IA responsável não um trabalho que deve ser feito isoladamente, e sim algo que precisa ser incorporado em cada caso. A Amazon está comprometida com a colaboração contínua com a academia, formuladores de políticas, legisladores, educadores, organizações e pesquisadores”, conta Diya Wynn. O foco é justamente garantir que o uso da IA não seja utilizado contra as pessoas, mas a favor das comunidades e do desenvolvimento pessoal.

O CD BFI1, em Seattle, traz uma réplica do “escritório improvisado” que Jeff bezos montou na garagem de sua casa, no início das operações da Amazon. Hoje, a empresa mobiliza e movimenta mais de 300 milhões de itens no mercado americano. E o CD é uma prova do engenho da companhia em utilizar tecnologia e aplicações de IA para assegurar entregas no mesmo dia ou no dia seguinte.

Velocidade é o centro do varejo

Na visão de Sarah Matthews, velocidade e rapidez são absolutamente essenciais para atender às demandas de consumidores em épocas tomadas por ansiedade e indecisão. A habilidade de levar os produtos escolhidos pelos clientes no menor tempo possível são o centro da experiência do cliente. Não há dúvida que o tempo é fator crítico de performance e sucesso em CX e a Amazon ajudou a extrapolar esses limites e a definir novos padrões de qualidade e expectativa. Efetivamente, a Amazon elevou a barra das expectativas dos clientes e obrigou o mercado em geral a pensar e atuar da mesma forma (pelo menos nas intenções).

O futuro que a Amazon procura entregar une tecnologias diversas para multiplicar as alternativas de entrega e logística em todas as etapas do processo que se inicia com o pedido do cliente. A entrega por drones já foi construída pela companhia de Seattle, com o objetivo de atingir e atender comunidades distantes ou inacessíveis pelos modais regulares.

A imagem de desenho animado de um drone parado na frente da sua janela não está nos planos da Amazon, mas entregar pedidos para um cliente que vive no meio do Rio São Francisco, no sertão da Bahia, está.

Isso quer dizer que atender a expectativa do cliente e ir ao encontro dele com todos os meios disponíveis, com segurança e confiabilidade, são princípios dos quais a Amazon não abre mão. “Entregar 500 milhões de pacotes por ano por drone até o final desta década é uma meta, atingindo um nível de segurança direcionado que é muito maior do que dirigir até uma loja”, afirma David Carbon, vice-presidente da Prime Air, divisão de drones da Amazon.

Logo, o que está na mesa para todos os competidores do varejo e de outros segmentos que competem com as múltiplas frentes da Amazon é ter uma preocupação quase obsessiva com o tempo. O tempo do negócio, do giro, da reposição, da coleta, do pagamento, da entrega e da recorrência. O varejo veloz é a realidade indissociável de quem opera uma loja, seja ela física, digital, multicanal, omnicanal ou datacanal.

Mais uma vez, estamos diante de um fenômeno muito contraintuitivo, que não ocupa as decisões dos executivos da maior parte das empresas, obviamente também no Brasil. Não estamos acostumados a pensar em metodologias que tornem nossas operações radicalmente eficientes e velozes. A velocidade é atribuída e terceirizada para o cliente, sem contrapartida das empresas. A rigor, quanto do tempo de decisão dos executivos é utilizado para melhorar a eficiência e ganhar velocidade nas operações de varejo?

Mais do que reclamar sobre benefícios fiscais e assimetrias das quais se aproveitam marketplaces do Sudeste Asiático, é fundamental repensar de que forma o varejo brasileiro pode ser mais veloz e orientado a dados.

*Jacques Meir é diretor de Conhecimento do Grupo Padrão e viajou a Seattle à convite da Amazon
‘https://consumidormoderno.com.br/2023/10/18/inteligencia-artificial/?utm_campaign=cm_news_191023&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

A visão estratégica da Amazon, uma empresa que gosta de propor o futuro

A multifacetada gigante organiza evento em sua cidade-sede, Seattle, em que apresenta seu horizonte de inovação.

Estamos em Seattle, cidade no noroeste dos Estados Unidos, famosa por seu clima inglório, úmido e sempre nublado e também por ser o berço do grunge e de Jimi Hendrix, guitarrista que, como um meteoro, reinventou a história do instrumento na segunda metade dos anos 1960.

Seattle também é conhecida por ser a sede de um punhado de empresas que escreveram histórias ambiciosas do empreendedorismo americano: UPS, de logística; Boeing, de aviação; Microsoft, que ditou as diretrizes da primeira onda de computação pessoal e hoje é uma das protagonistas nas soluções de produtividade; Starbucks, que redefiniu os princípios da interação das pessoas com o café (e aqui, sem juízo de valor); e, claro, a Amazon, a gigante de e-commerce, tecnologia e serviços, que revolucionou nossa relação com o comprar, escrevendo algumas das linhas mais inovadoras e polêmicas do e-commerce desde 1995.

E é justamente em sua sede, nos ambientes chamados “The Spheres”, que a Amazon recebe jornalistas do mundo todo em uma iniciativa denominada #DeliveringtheFuture. Um evento exclusivo, com foco na demonstração e apresentação de inovações que aterrissam a visão de futuro da própria empresa.

Sphere visão de futuro amazon seattle

The Spheres, ambiente de trabalho e reunião da Amazon em sua sede em Seattle

Amazon abraça a sustentabilidade com inovação
É sempre importante buscarmos entender as motivações e objetivos de uma empresa dominante como a Amazon, que modificou a paisagem competitiva nos mercados em que atua. Nos EUA, a Amazon é vista como temor e com admiração. Sua rede de negócios se estende do e-marketplace para exportação, saúde, tecnologia, Inteligência Artificial, Smart Home, logística, retail media e muito mais. A empresa emprega e movimenta um ecossistema trilionário e, ao mesmo tempo, desconstrói negócios tradicionais. Conhecer sua visão de futuro é necessário, urgente e uma fonte de conhecimento relevante para compor estratégias dos mais diversos tipos de negócios.

No ambiente das “Spheres”, com sua ecologia particular, que combina uma notável presença de vegetação nativa de 50 países, a abertura oficial do evento trouxe um painel com Kara Hurst, vice-presidente global de Sustentabilidade, Udit Madan, vice-presidente de Transporte, apresentado por Hope King, senior business reporter na Axios, sobre como as inovações da Amazon ajudam consumidores e comunidades, além do meio-ambiente.

Tudo indica que a Amazon quer reforçar uma imagem de preocupação com sustentabilidade. Kara Hurst é a responsável por criar as experiências mais sustentáveis para os consumidores, e o processo de descarbonização das atividades da empresa. Considerando a complexidade logística dos negócios da companhia e seu nível de interdependência, estamos diante de um conjunto de aprendizados que trará consequências para muitos negócios e empresas no mundo todo. Mas será que isso será percebido pelos consumidores? Em países de renda média como o Brasil, sustentabilidade é um valor percebido. Mas será que é tangível?

Entregas com carbono zero
Kara Hurst e Udit Madan elencaram diversas ações que evocam sustentabilidade de uma forma que realmente afeta positivamente a vida das pessoas. Basicamente, a logística orientada a carbono zero, como o uso de bicicletas elétricas com carrinhos acoplados, que permitem uma distribuição inteligente e sem emissões de poluentes, em uma escala bem apropriada para grandes cidades.

Udit Madan destacou o desenvolvimento dos veículos elétricos, incluindo uma van de entregas totalmente elétrica e repleta de sensores, para tornar o trabalho de delivery mais confortável para os colaboradores, e que inclui toda uma infraestrutura de apoio implantada, com 12 mil veículos e carregadores distribuídos em 100 postos de serviço nos Estados Unidos.

Durante a pandemia, a Amazon “plugou” mais de 450 empresas em seu ecossistema para buscar inovações. Uma das atividades das quais a empresa mais se orgulha é a Climate Pledge Arena, a primeira arena completamente sustentável do mundo. Ela coleta água da chuva para gerar o gelo da quadra de hockey onde o time do Seattle Krakens tem o mando de seus jogos na liga americana, a NHL. Todas as refeições distribuídas são entregues com materiais de apoio sem emissões e frutos de um conceito de economia. circular completo (Consumidor Moderno irá à arena para constata cada detalhe).

E quanto às inovações que vão ao encontro das expectativas dos consumidores? Kara Hurst entende que os clientes estão buscando essas opções de forma proativa. Essa postura motiva muito um trabalho coletivo com os cientistas de dados da empresa e depois em um programa analisando quais podem ser as certificações mais qualificadas e quais são os padrões mais altos em termos de produtos associados a bem-estar, saúde e sustentabilidade. A empresa inicialmente mapeou 20 produtos e agora já tem mais de 800 itens de alta qualidade e padrões que encontram afinidade com consumidores variados.

A cultura Amazon como fator de potencial competitivo
Um dos aprendizados mais valiosos da cultura da Amazon, e que realmente merece atenção de empresas que buscam criar uma cultura de inovação – e de proteção contra o poder imenso da empresa – é realmente entender o que caracteriza os pedidos dos clientes e o que funciona bem na maneira de trabalhar: estamos diante de uma companhia e de uma organização que abomina trabalhar em silos, mas prioriza o trabalho entre equipes, sejam as pessoas que gerenciam a loja aos esquemas de dados de experiência da loja.

Segundo Kara Hurst, “a equipe de operações pode fazer isso como uma espécie de programa e lançar uma inovação numa segunda-feira, após uma demanda ser detectada, e então compreender quais os prazos mais convenientes para cada tipo de consumidor: escolher um ou dois dias por semana ou o fim de semana para fazer as entregas mais rapidamente. e tudo isso levando em consideração quais comunidades desejam uma entrega em um dia específico”.

A Amazon tem condições de saber melhor e mais rapidamente do que governos quais são os gargalos logísticos, as carências e as deficiências de planejamento urbano


As Spheres reúnem mais de 40 mil plantas no QG da Amazon

Em resumo, a visão de futuro da Amazon é claramente direcionada pela massa de dados exponencial coletada dia após dia de consumidores do mundo todo. A empresa tem condições de saber melhor e mais rapidamente do que governos quais são os gargalos logísticos, as carências e as deficiências de planejamento urbano que impedem a adoção mais rápida do modal elétrico, por exemplo.

A Amazon consegue identificar e prever o que é relevante para o consumidor em termos de eficiência energética, alimentação saudável e boa qualidade de serviço de saúde. Consegue mapear movimentos de mudança de comportamento prever tendências de demanda, além de apontar qual atitude sustentável ganhará mais tração proximamente.

A vice-presidente global de Sustentabilidade destaca que a cultura da empresa é uma virtude excepcional. “Considero que o mais legal desse trabalho é também assumir um desafio de aprendizado constante, um exercício de curiosidade intelectual permanente que move as pessoas rumo à busca de soluções, e isso inclui melhorar o planeta e a novos padrões de desenvolvimento”.

A questão a ser enfrentada é: até que ponto não queremos um planeta mais limpo, que faça produtos melhores e que trabalhe de um modo mais inteligente e menos agressivo? Evidente que essas questões são importantíssimas, mas esbarram nas crenças e necessidades de mercados menos maduros. Novamente, considerando um Brasil onde há mais urgência por produtos básicos, por conforto material essencial, a ideia geral de inovação só se sustenta se atender a esses requisitos.

A Amazon mostra estar se movendo no sentido de ser uma empresa mais “limpa” e consciente, mais sintonizada com valores mais universais de qualidade e respeito ao planeta, mas enfrenta os desafios de seu próprio gigantismo e de sua penetração em mercados francamente heterogêneos e complexos.

Cabe refletir até que ponto esse investimento em sustentabilidade não se opõe, ou se complementa, com forças reguladoras que consideram a influência da empresa excessiva? Veremos muitos desdobramentos dessa visão no futuro próximo, porque a Amazon tem capacidades e habilidades únicas de movimentar um ecossistema e potencializar a atitude competitiva de concorrentes nos diferentes mercados em que atua. Novas fronteiras de negócio serão ultrapassadas na busca pelo interesse pelo engajamento do consumidor. A ele cabe o veredicto sobre o acerto das estratégias e das ações. Em última análise, ele está dando aval para que a Amazon invista nessas iniciativas.

* Jacques Meir é diretor de Conhecimento do Grupo Padrão e viajou a Seattle à convite da Amazon
‘https://consumidormoderno.com.br/2023/10/17/visao-de-futuro-amazon/?utm_campaign=cm_news_181023&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Conexão CX

O CONEXÃO CX é um evento anual de conexão e imersão em temas afetos a Customer Experience, promovido pelo Departamento de Inteligência de Mercado – DEINM e pela Diretoria de Negócios dos Correios – DINEG, que tem como objetivo fomentar uma cultura de centralidade no cliente e desenvolver competências essenciais para a inovação.

Acontecerá presencialmente na cidade de Brasília/DF na próxima terça-feira dia 03 de outubro de 2023, onde abordaremos temas importantes para a implantação de estratégias de experiência do cliente.

Caso não seja possível participar do evento no formato presencial, você não desfrutará da experiência completa que será o Conexão, mas poderá seguir a jornada on-line que estará recheada de palestras e debates com convidados incríveis.

Participe!
Inscrição do CONEXÃO CX 2023:

Público geral: https://www.sympla.com.br/conexao-cx__2151695

Brasil lidera ranking de inovação na América Latina


Com mais cinco posições no índice, país é o 49º entre 132 avaliados.

O Brasil subiu cinco posições no Índice Global de Inovação (IGI) na comparação com o ranking de 2022 e agora ocupa o 49º lugar entre 132 países. Após 12 anos fora do recorte das 50 economias mais bem classificadas no IGI, o Brasil passou a liderar o ranking dos países da América Latina e Caribe, ultrapassando pela primeira vez o Chile (52ª).
Os dados foram divulgados na última quarta-feira (27) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e serão apresentados durante o 10º Congresso Internacional de Inovação da Indústria, que está sendo realizado no São Paulo Expo.

Entre os cinco países que atualmente compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil está na terceira colocação, à frente da Rússia (51º lugar) e da África do Sul (59º). A China é a 12º colocada, e a Índia ocupa o 40º lugar.

O Brasil apresentou pontuações elevadas em indicadores como serviços governamentais online (14ª posição) e participação eletrônica (11ª). Também se destaca pelo valor de seus 16 unicórnios (nome que se dá às startups que conseguem grande valor de mercado em dólares), aparecendo na 22ª posição, e por seus ativos intangíveis (31ª), obtendo bons resultados mundiais por suas marcas registradas (13ª) e pelo valor global de suas marcas (39ª).

Os dez países mais bem colocados no índice global são: Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido, Singapura, Finlândia, Holanda, Alemanha, Dinamarca e Coreia do Sul.

A classificação é divulgada anualmente desde 2007 pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI – WIPO, na sigla em inglês), em parceria com o Instituto Portulans e o apoio de parceiros internacionais – no caso do Brasil, a CNI e a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), parceiras na produção e divulgação do IGI desde 2017.

Criado em 2007, o IGI tornou-se referência na avaliação da inovação e um pilar na formulação de políticas de ciência, tecnologia e inovação.

Potencial
Apesar dos ganhos de posição, sustentados pelo terceiro ano consecutivo, a colocação brasileira ainda é considerada aquém do potencial do país, que hoje tem a 10ª maior economia do mundo, segundo avaliação da CNI. Para o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, o Brasil tem condições de crescer a cada ano no ranking, por meio de investimentos e políticas direcionadas à ciência, tecnologia e inovação (CT&I).

“Temos um potencial muito inexplorado para melhorar o nosso ecossistema de inovação, atingir o objetivo de integrar os setores científico e empresarial e, consequentemente, promover maior inovação”, afirma.

Cálculo do IGI
A posição global dos países no índice é resultado de um cálculo complexo que divide os indicadores em “insumos de inovação” (inputs) e “resultados de inovação” (outputs), em que há pesos diferentes para cada indicador.

A primeira das categorias de indicadores (insumos) se refere às condições e elementos disponíveis para apoiar atividades de inovação, como educação, ambiente de negócios e recursos humanos especializados. A segunda categoria (resultados) indica o desempenho dos países quanto à inovação produzida, como produção científica, patentes, novos produtos, serviços e processos.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/27/09/2023/inovacao/brasil-lidera-ranking-de-inovacao-na-america-latina/

Conexão CX

O CONEXÃO CX é um evento anual de conexão e imersão em temas afetos a Customer Experience, promovido pelo Departamento de Inteligência de Mercado – DEINM e pela Diretoria de Negócios dos Correios – DINEG, que tem como objetivo fomentar uma cultura de centralidade no cliente e desenvolver competências essenciais para a inovação.

Acontecerá presencialmente na cidade de Brasília/DF no dia 03 de outubro de 2023, onde abordaremos temas importantes para a implantação de estratégias de experiência do cliente.

Caso não seja possível participar do evento no formato presencial, você não desfrutará da experiência completa que será o Conexão, mas poderá seguir a jornada on-line que estará recheada de palestras e debates com convidados incríveis.

Participe!
Inscrição do CONEXÃO CX 2023:

Público geral: https://www.sympla.com.br/conexao-cx__2151695