Como a IA está transformando o trabalho e a vida das pessoas?

Veja como a IA está redefinindo setores, melhorando a eficiência no trabalho e enriquecendo experiências no dia a dia.

A inteligência artificial (IA) refere-se a sistemas ou máquinas que simulam a inteligência humana para realizar tarefas e podem iterativamente aprimorar-se com base nas informações que coletam. A IA manifesta-se em várias formas, algumas das quais você pode reconhecer em aplicações cotidianas, como:

Aprendizado de Máquina (Machine Learning): É o núcleo da IA permitindo que softwares melhorem suas previsões ou decisões com base no histórico de dados sem serem explicitamente programados para isso.

 Processamento de Linguagem Natural (PLN): Capacidade de um computador entender, interpretar e responder à linguagem humana de forma significativa.

Visão Computacional: Habilidade de extrair informações de imagens, vídeos ou qualquer outra entrada visual para tomar ações ou fazer recomendações.

Robótica: Máquinas controladas por IA capazes de realizar uma série de tarefas complexas.

Sistemas Autônomos: Como carros autônomos, que utilizam IA para navegar e operar sem a intervenção humana direta.

IA é uma ciência multidisciplinar com múltiplas teorias, métodos e tecnologias, e seu objetivo é reproduzir ou superar as capacidades cognitivas humanas em aplicações específicas.

Definição da Inteligência artificial

inteligência artificial é um campo da ciência preocupado com a criação de computadores e máquinas que podem raciocinar, aprender e atuar de maneira que normalmente exigiria inteligência humana ou que envolvia dados com escala maior que as pessoas podem analisar.

IA é um campo amplo que abrange muitas disciplinas diferentes, incluindo ciência da computação, análise e estatística de dados, engenharia de hardware e software, linguística, neurociência e até mesmo filosofia e psicologia.

Em um nível operacional para uso comercial, a IA é um conjunto de tecnologias baseadas principalmente em machine learning e aprendizado profundo, usada para análise de dados, previsões e previsão, categorização de objetos, processamento de linguagem natural, recomendações, recuperação inteligente de dados e muito mais.

Quais são os tipos de inteligência artificial?

A IA possui 7 classificações que são determinadas por dois pontos: sua capacidade e a sua classificação técnica.

Em relação à sua capacidade, isso está relacionado ao nível de inteligência da IA, ou seja, a sua habilidade em executar funções semelhantes às humanas. E essas habilidades são divididas em quatro:

  1. Máquinas reativas: são as formas mais antigas de inteligência artificial, que não possuem funcionalidade baseada em memória;
  2. Memória limitada: conseguem aprender com base em dados históricos;
  3. Teoria da mente: esse é o próximo nível de sistemas de IA que se encontra em andamento;
  4. “Autoconsciente”: a IA autoconsciente é uma formulação hipotética, que conseguirá compreender e evocar emoções, necessidades, crenças e, potencialmente, desejos próprios.

Agora, quando o assunto é a classificação técnica da inteligência artificial, devemos nos concentrar em três:

  1. Inteligência artificial estreita (ANI): representa toda a IA existente, em que só pode realizar uma tarefa específica;
  2. Inteligência geral artificial (AGI): se refere à capacidade da inteligência artificial geral aprender, perceber, compreender e funcionar completamente da mesma forma que um ser humano;
  3. Superinteligência artificial (ASI): pode replicar a inteligência multifacetada dos seres humanos, possui uma memória maior, analisa dados rapidamente e possui capacidades de tomada de decisão.

Onde podemos encontrar inteligência artificial?

Inteligência artificial (IA) é uma tecnologia onipresente, já profundamente integrada em diversas facetas do nosso cotidiano e dos mais variados segmentos da economia. É difícil não se deparar com a IA em nossa rotina: desde as recomendações personalizadas de produtos até a assistência que recebemos de chatbots.

Empresas como Google, Uber e Tesla estão na vanguarda desse movimento, adotando uma abordagem AI-first e desenvolvendo produtos inovadores que vão desde carros autônomos até assistentes virtuais inteligentes como Alexa, Siri e Google Assistant.

A indústria há muito tempo já reconhece a automação como um diferencial competitivo, e com a IA, essa automação alcançou um patamar superior. Máquinas agora não apenas fabricam produtos independentemente, mas também são capazes de criar e executar novos projetos, exibindo até mesmo traços de criatividade.

Essa inovação transborda para o setor agrícola com tratores autônomos e drones monitorados por IA, que estão transformando a agricultura com eficiência e precisão.

No varejo, a inteligência artificial tem permitido não só um atendimento ao consumidor mais eficiente, mas também experiências de compra personalizadas. A Amazon Go é um exemplo pioneiro de loja sem estoquistas ou caixas, otimizada pela IA. No campo do entretenimento, serviços de streaming utilizam algoritmos para recomendar conteúdo de acordo com as preferências do usuário, e a realidade virtual está criando experiências imersivas no gaming e esportes eletrônicos.

Os impactos da IA também são significativos na área de transportes, com o Waze usando dados de tráfego em tempo real para otimizar rotas, enquanto a indústria automobilística avança nos desenvolvimentos de carros que não necessitam de motoristas. No jornalismo, a inteligência artificial já é capaz de redigir matérias informativas, e no setor bancário, algoritmos ajudam na análise de dados de mercado e no gerenciamento de finanças.

Na saúde, a IA foi fundamental no combate à pandemia da Covid-19, auxiliando na identificação de focos de contaminação e na gestão de informações. Também tem desempenhado um papel crucial no diagnóstico precoce de doenças e na análise de imagens médicas, como tomografias computadorizadas. As redes sociais e outros aplicativos tiram proveito da IA para o reconhecimento de fotos, identificação de objetos, tradução simultânea e até na moderação de conteúdo.

Por fim, a manutenção preditiva, outra aplicação prática da IA, tem ajudado empresas a antecipar falhas em maquinários, evitando reparos desnecessários e interrupções operacionais. Assim, a inteligência artificial não é apenas uma realidade em diversos campos, mas também um motor de inovação constante, transformando a maneira como vivemos e trabalhamos.

Entendendo a Inteligência Artificial

Provavelmente, você já se deparou várias vezes com os termos hardware e software. Mas, você entende realmente o que eles significam? O hardware refere-se aos componentes físicos de um dispositivo, enquanto o software atua como o “cérebro”, gerenciando a parte lógica das operações.

Agora, se perguntarmos onde se encontra a inteligência artificial (IA), a resposta é simples: no software. Isso é fundamental para compreender, por exemplo, como um carro autônomo é capaz de navegar sem intervenção humana. O essencial não está no hardware, mas sim no software que dita como o carro deve se comportar.

Para aprofundar no funcionamento da IA, não se pode ignorar a ciência da computação, que investiga técnicas para processamento de informações e criação de algoritmos, componentes críticos nessa área. Algoritmos são conjuntos de instruções que direcionam a operação do software, o qual, em interação com o hardware, executa tarefas específicas.

A inteligência artificial entra em cena para elevar o nível de complexidade dos algoritmos. Antigamente, um algoritmo poderia ser tão simples quanto uma receita de bolo, mas hoje eles são elaborados para tomar decisões autônomas, mesmo diante de múltiplas opções em uma dada situação.

Isso exige a integração entre algoritmos e grandes volumes de dados. Para ilustrar, pense na tarefa de assar um bolo. Uma pessoa pode verificar se o bolo está pronto pelo visual ou usando o teste do palito. Uma máquina de assar bolos equipada com IA talvez conte com sensores para avaliar a textura do bolo, com algoritmos que tomam decisões baseadas em duas premissas simples: se o bolo não está no ponto, continua assando; se estiver pronto, é removido do forno, que é então desligado.

Esse é um exemplo simplificado, pois as máquinas de hoje lidam com tarefas imensamente mais intrincadas, analisando e resolvendo problemas com inúmeras variáveis. Contudo, a lógica é a mesma: a máquina opera com base em um código programado previamente, que leva em conta todas essas variáveis, processa as informações recebidas e define a ação apropriada para cada situação enfrentada.

O que significa ter máquinas inteligentes
entre nós?

A Inteligência Artificial é a tecnologia que capacita sistemas a fazer escolhas de maneira autônoma, com exatidão e baseados em informações digitais. Isso pode ser visto de maneira positiva como uma extensão da habilidade humana de enfrentar desafios, modelar cenários, formular respostas e, em um sentido mais amplo, aprimorar o que significa ser inteligente.

Este avanço é referido pelos especialistas em economia como a quarta revolução industrial. Ela se caracteriza pela fusão de tecnologias nos domínios digital, físico e biológico, misturando os limites entre essas esferas. A Inteligência Artificial é uma peça-chave nesta nova era de inovação, promovendo transformações substanciais na forma como indivíduos e organizações interagem com a tecnologia, gerenciam informações e executam suas escolhas.

A inteligência artificial será a causadora do desemprego?

O avanço da IA sugere um movimento em direção a uma tecnologia mais aberta e eticamente responsável. Esta tecnologia se integra ao nosso dia a dia, tanto profissional quanto pessoal, aprimorando nossas habilidades de pensamento e análise. A IA tem o potencial de elevar a produtividade humana, afastando-nos de atividades monótonas e permitindo que nos concentremos em usar nossa criatividade e inovação em outras áreas.

Estamos presenciando uma transformação no mercado de trabalho que inevitavelmente eliminará alguns empregos no futuro. Contudo, é possível adotar uma perspectiva positiva diante dessa mudança. Alessandro Jannuzzi, um executivo da Microsoft Brasil, expressa o compromisso da empresa em tornar a IA mais acessível. “Estamos buscando na IA os recursos necessários para ajudar a resolver os problemas mais urgentes da nossa sociedade”, afirma ele.

Jannuzzi explica a abordagem da Microsoft: “Nossa estratégia é dividida em três pilares: liderar inovações que ampliam a capacidade humana; construir poderosas plataformas que tornam a inovação mais rápida e acessível; e desenvolver uma abordagem confiável que coloque o cliente no controle e proteja seus dados”. Isso destaca a importância de uma IA responsável e centrada no usuário.

Finalmente, é crucial reconhecer que no ambiente corporativo, a inovação é essencial. Caso contrário, outros tomarão a liderança. A IA é uma ferramenta poderosa para ajudar as empresas na transformação digital que tanto procuram. Aliada às competências humanas, ela pode nos encorajar a realizar feitos notáveis, redefinindo o que é possível no mundo dos negócios e além.

Os benefícios da inteligência artificial

são variados e podem ser observados em diversos setores, incluindo negócios, saúde e na vida cotidiana. Alguns dos principais benefícios incluem:

Melhoria na Experiência do Cliente: A IA pode inovar e melhorar significativamente a experiência do cliente, permitindo que as empresas ofereçam serviços de maneiras inovadoras, como personalização e respostas automáticas eficientes​​.

Impacto em Todos os Setores da Indústria: A previsão é que a IA afete todos os setores, promovendo o surgimento de negócios mais competitivos e inovadores​​.

Serviços Complexos Realizados com Praticidade e Precisão: A IA torna serviços que antes eram complexos e demorados em tarefas práticas e precisas​​.

Ampliação das Conexões com Clientes e Antecipação de Tendências: A tecnologia de IA ajuda as empresas a multiplicarem suas conexões com os clientes e antecipar tendências futuras​​.

Eficiência Operacional nas Empresas: Com a IA, há uma variedade de possibilidades como automação de conversas via chatbots e alocação eficiente de recursos​​.

Solução de Problemas e Inovação: A IA contribui para a solução de problemas, inovação e permite que máquinas trabalhem por longas horas sem necessidade de pausas​​.

Redução de Falhas e Retrabalho: Os erros humanos são reduzidos através de sistemas de IA, que não são impactados pela exaustão ou pelo excesso de informação​​.

Praticidade no Dia a Dia: Assistentes virtuais, como Siri e Google Now, tornam o cotidiano mais prático, ajudando em tarefas diárias como gerenciamento de calendário e lembretes​​.

Processos Automatizados e Precisos na Saúde: Na saúde, a IA contribui para a evolução de máquinas e softwares que tornam processos automatizados mais precisos, melhorando a prestação de serviços de saúde​​.

inteligência artificial já está transformando o trabalho e a vida das pessoas de maneiras concretas e tangíveis, como demonstrado em vários exemplos ao longo deste artigo. Desde os chatbots que aprimoram o atendimento ao cliente até os carros autônomos da Tesla que representam um avanço significativo em transporte, a IA está remodelando nossas experiências diárias.

Empresas como a Amazon com suas lojas Go e serviços de streaming que utilizam algoritmos para recomendar conteúdos personalizados exemplificam a integração da IA no varejo e no entretenimento.

Na agricultura, tratores autônomos e drones monitorados por IA estão aumentando a eficiência e precisão nas práticas agrícolas. No setor de saúde, a IA tem sido fundamental, desde o diagnóstico precoce de doenças até a assistência na pandemia da Covid-19. Além disso, a manutenção preditiva em empresas demonstra como a IA pode prevenir falhas e otimizar operações.

Parceria estratégica entre Amazon e Sebrae impulsiona o empreendedorismo digital

Com mais de 200 mil visualizações em 2023, a Academia Amazon Sebrae apoia pequenos negócios a impulsionar suas vendas e ingressar no mundo do e-commerce.

Segundo a pesquisa global Entrepreneurship Monitor (GEM) 2022, realizada pelo Sebrae e pela Associação Nacional de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (Anegepe), 67% da população brasileira adulta está envolvida com empreendedorismo, ou porque já tem um negócio, está fazendo algo para ter ou deseja começar a empreender nos próximos três anos.

Se for colocada em números absolutos, essa porcentagem representa um universo de 93 milhões de brasileiros entre 18 e 64 anos. E para potencializar a qualidade desses empreendimentos e reduzir a mortalidade dessas empresas, a Amazon Brasil e o Sebrae Nacional desenvolveram a Academia Amazon Sebrae, uma iniciativa projetada para apoiar pequenos negócios a impulsionarem suas vendas, ingressarem e serem bem-sucedidos no mundo do comércio eletrônico.

“Nosso maior objetivo com essa parceria é fomentar o empreendedorismo digital, oferecer recursos valiosos, treinamento especializado e suporte individualizado para capacitar empreendedores a expandirem seus negócios de maneira eficiente e sustentável”, explica Ricardo Garrido, diretor de Marketplace da Amazon Brasil.

Em 2023, até o momento, a Academia Amazon Sebrae atingiu a marca de mais de 200 mil visualizações nos vídeos de treinamentos disponibilizados no Youtube. O volume ultrapassa o dobro contabilizado entre março e dezembro do ano passado, quando teve 72,4 mil visualizações.  Este ano, 13 eventos online foram realizados e mais de 1,3 mil pessoas foram treinadas em workshops.

“Esta parceria entre o Sebrae e a Amazon tem possibilitado a inserção de diversos empreendedores no mundo digital.  Por meio da Academia, os vendedores expandiram suas áreas de vendas ampliando sua competitividade”, afirma Flávio Petry, analista de Competitividade do Sebrae.

Recursos e benefícios disponíveis na Academia Amazon Sebrae

Ao se juntar à Academia, pequenas empresas têm acesso a conteúdos gratuitos, treinamentos ao vivo e suporte individual, adaptados ao seu nível de experiência. O currículo é disponibilizado online e inclui módulos sobre vendas no ambiente digital, marketing, finanças, vendas na Amazon.com.br, logística e identificação de oportunidades de crescimento.

Recursos e benefícios:

  • E-learning: conteúdos gratuitos sobre empreendedorismo, finanças, marketing, como começar a vender online, como impulsionar seu negócio e como vender na loja de vendedores parceiros da Amazon.com.br.
  • Workshops: treinamentos ao vivo, intensivos e práticos de acordo com sua categoria de produto, com profissionais da Amazon Brasil e do Sebrae.
  • Mentorias personalizadas: os participantes podem se tornar elegíveis ao aconselhamento individual com Gerentes de Conta da Amazon Brasil e consultores do Sebrae.

Com Academia Amazon Sebrae, a Karppovet impulsionou a transformação digital no mercado pet

A Karppovet – empresa dedicada à pesquisa, desenvolvimento e inovação de produtos para animais de estimação – é uma das organizações que se beneficiam do programa Academia Amazon Sebrae.

“Desde que iniciamos a participação na Academia Amazon Sebrae nossas vendas pelo site cresceram mais de 100%”, explica Valmir Luiz, proprietário da Karppovet.

Além do aumento no faturamento, o acesso aos conteúdos disponibilizados proporcionou a melhoria da produtividade a partir do aperfeiçoamento profissional, de uma melhor visão gerencial e também do estoque da empresa. “Como nossa marca e produção são próprias, estamos investindo no registro da empresa, patentes e também no desenho industrial dos produtos”, conta o empresário.

Disponibilidade e inscrições 

A Academia Amazon Sebrae é um programa gratuito para pequenas empresas brasileiras que buscam expandir seus negócios online. Todos os vendedores parceiros interessados estão qualificados para participar e as inscrições estão abertas até o preenchimento das vagas disponíveis.

https://exame.com/bussola/parceria-estrategica-entre-amazon-e-sebrae-impulsiona-o-empreendedorismo-digital/

Inovação imparável: o papel da IA generativa nos marketplaces

Os marketplaces se tornaram os epicentros do comércio moderno, oferecendo uma vastidão de produtos e serviços. Contudo, o desafio contínuo para os vendedores é destacar-se em meio à multidão virtual, conquistar a atenção dos consumidores e construir um relacionamento sólido com eles.

Nesse cenário, a inteligência artificial (IA) surge como a vanguarda, especialmente a IA generativa, moldando uma nova forma como os marketplaces operam e interagem com seus usuários.

Categorização automatizada

A capacidade da IA generativa de aprimorar a categorização automatizada é uma revolução palpável, já que por meio de algoritmos sofisticados ela organiza produtos em categorias e compreende nuances sutis, como preferências individuais dos consumidores, sugerindo produtos de forma personalizada. Essa abordagem dinâmica e adaptativa potencializa a experiência do usuário, simplificando a navegação pelo extenso catálogo de um marketplace.

Segundo o “2024 Consumer Trends Report”, da Qualtrics, empresa norte-americana de gestão de experiência, 48% dos consumidores já estão confortáveis em interagir com as inteligências artificiais das marcas. Mais especificamente, a Euromonitor International, empresa inglesa de pesquisa de mercado, revela que 42% do público se sentiria confortável com assistentes de voz que fornecessem informações e sugestões de produtos de maneira personalizada.

Similaridade de produtos e evolução da buy box

A similaridade de produtos é outro campo no qual essa solução tecnológica deixa a sua marca. Afinal, ela vai além das simples palavras-chave ou tags para identificar conexões profundas entre itens, considerando características visuais, funcionais e até mesmo sentimentos evocados por eles. Essa compreensão mais holística permite recomendações mais precisas, aproximando os consumidores de produtos que correspondem às suas necessidades e ressoam suas demandas e estilo de vida.

A cereja do bolo é a evolução da “buy box” – espaço para destacar ofertas e ajudar o usuário a visualizar com mais facilidade os itens que ele deseja – para uma entidade mais inteligente e responsiva. Tradicionalmente, a buy box priorizava o preço e a reputação do vendedor. Com a intervenção da IA generativa, esse espaço privilegiado torna-se um campo dinâmico, em que o recurso considera a oferta mais vantajosa, experiência do usuário, compatibilidade com interesses anteriores e confiabilidade da entrega. Isso cria uma interação mais fluida entre vendedores, compradores e o próprio marketplace, resultando em decisões de compra mais informadas e satisfatórias.

Dilema ético

No entanto, há um dilema ético a ser abordado, uma vez que a IA generativa é tão eficaz em compreender e antecipar as necessidades dos consumidores que pode gerar uma bolha de recomendações, restringindo a diversidade de opções. Trata-se de um fator que levanta questões sobre a liberdade de escolha e a exposição dos usuários a novidades fora de seus padrões habituais. Nesse cenário, a solução reside na integração de algoritmos que incentivem a descoberta de novos produtos, ampliando os horizontes sem comprometer a personalização.

Além disso, a confiança e a transparência são fundamentais. Logo, os marketplaces devem ser proativos na divulgação do uso da IA generativa, educando as pessoas sobre como essa tecnologia opera e de que maneira utiliza seus dados, oferecendo opções claras para o controle dessas interações.

Em síntese, a implementação da IA generativa nos marketplaces pode revolucionar a categorização automatizada ao analisar imagens de produtos e atribuir categorias com base nas características visuais. Ao utilizar modelos generativos para avaliar a similaridade entre produtos, os sistemas podem recomendar itens relacionados com maior precisão. Uma buy box mais inteligente pode ser construída ao empregar algoritmos generativos que consideram variáveis dinâmicas, como comportamento do consumidor e sazonalidade, para determinar o posicionamento ideal dos produtos, aumentando as chances de conversão e maximizando os resultados para os vendedores. Essas abordagens aproveitam o poder da ferramenta para aprimorar operações nos marketplaces, impulsionando as vendas e o engajamento.

À medida que nos aventuramos no caminho de um futuro no qual a IA generativa se tornará a espinha dorsal dos marketplaces, é essencial reconhecer seu potencial de evolução. Uma vez que seu papel é simplificar a jornada do consumidor e desafiar os limites do comércio online, a sinergia entre tecnologia e humanidade é o que impulsiona essa revolução.

É, portanto, o momento de dar as boas-vindas a essa jornada e descobrir como harmonizar a conveniência com a diversidade. É neste ponto que a inteligência artificial e a experiência humana se unem para forjar um ambiente de compras genuinamente inovador.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/inovacao-imparavel-o-papel-da-ia-generativa-nos-marketplaces

Comércio eletrônico: desafios e oportunidades para 2024

País deve buscar regulamentação equilibrada para uso da IA e criar plano de requalificação da mão de obra.

Apesar do crescimento do comércio eletrônico é preciso levar em conta o importante papel que o varejo físico exerce papel fundamental nas relações de consumo. Estimativas do mercado apontam que o comércio eletrônico representa menos de 10% do faturamento do varejo.

Por outro lado, a tendência é de que a fronteira entre o comércio físico e digital fique cada vez mais tênue, considerando as mudanças de hábitos dos consumidores ao longo dos últimos anos. As empresas vêm proporcionando experiências de consumo cada vez mais personalizadas, contemplando a implementação de novas tecnologias.

Os mais variados tipos de produtos são comercializados nas plataformas digitais, como eletroeletrônicos, eletrodomésticos, alimentos, medicamentos, entre outros. No cenário pós-pandemia, a integração de canais de vendas físicos e digitais se faz cada vez mais necessária para a competitividade e a sobrevivência dos negócios. Por outro lado, é preciso que o empresário esteja por dentro dos desafios e das oportunidades para o varejo de agora em diante. Confira a seguir.

Adaptação às mudanças do mercado: necessidade incontestável

pandemia de covid-19 intensificou a necessidade de as empresas abraçarem plataformas online, como marketplaces e redes sociais, para atender à crescente demanda por conveniência. A manutenção de equipes em home office ou no modelo híbrido de trabalho e a preferência por compras online tornaram essenciais os investimentos em plataformas digitais, permitindo a entrega rápida e a criação de experiências de compra cada vez mais fluidas. Muitos consumidores preferem comprar pelo site e retirar na loja física, outros compram diretamente no estabelecimento, entre outras possibilidades. Conveniência e comodidade ditam as regras de consumo. O e-commerce permite que as empresas alcancem consumidores em escala global, ampliando significativamente o potencial do mercado.

O poder da criatividade e da inovação digital

Estar no ambiente digital não requer investimentos massivos. Empreendedores de pequeno porte podem (e devem) se destacar nas redes sociais e no WhatsApp, utilizando a criatividade para atrair consumidores. Por outro lado, a presença virtual não substitui a física; ambas se complementam, oferecendo aos consumidores uma experiência de compra integrada e, assim, consolidando-se como uma tendência duradoura.

Desafios logísticos e inovações tecnológicas

sucesso do comércio eletrônico trouxe consigo desafios logísticos, especialmente em relação à entrega eficiente, ou seja, cada vez mais rápida. Empresas investem em soluções como drones e robótica, além de parcerias com operadores logísticos, para superar esse desafio. A diversificação de canais de entrega é crucial para atender às expectativas dos consumidores, que, a depender das próprias necessidades, preferem pagar um pouco mais para receber o quanto antes a mercadoria. Por outro lado, o gerenciamento de custos relacionados a frete e devoluções pode ser complexo, afetando a lucratividade do negócio. É importante que o empreendedor faça um planejamento dos custos de entrega e da logística reversa para não comprometer a sua competitividade no mercado.

Segurança cibernética e proteção da privacidade

Com o aumento das transações online, a segurança cibernética e a proteção de dados do cliente se tornaram prioridades. Empresas implementam medidas rigorosas para manter a confiança do consumidor, evitando vazamentos de dados que possam comprometer a reputação e resultar em sanções pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Disseminar a cultura da segurança de dados através de treinamentos dos colaboradores da empresa e investimentos em tecnologias são fundamentais para evitar maiores prejuízos com o vazamento de dados e outros crimes virtuais.

Inteligência Artificial e personalização no e-commerce

A Inteligência Artificial (IA), a análise de dados e a personalização desempenham papéis fundamentais nas empresas, que utilizam essas tecnologias para oferecer recomendações personalizadas, aprimorar a experiência do usuário e otimizar operações. O uso estratégico dessas ferramentas se tornou essencial para manter a competitividade.

Com a IA, o consumidor pode dispor de um atendimento 24 horas por dia durante os sete dias da semana, melhorando a experiência de compra, ou de um rápido serviço de pós-vendas. A empresa que vende nos canais físico e online pode ter uma melhor otimização do estoque, inclusive evitando que o cliente compre algum produto na plataforma digital que já não esteja mais disponível no estoque, porque foi vendido na loja física. Outro ponto importante a ser considerado é que a IA é capaz de mapear as preferências do público, tornando as experiências cada vez mais personalizadas.

Competição acentuada e estratégias diferenciadas

O crescimento do comércio eletrônico intensificou a concorrência. Estratégias de marketing, experiência do usuário e serviços pós-venda se tornaram diferenciais essenciais. Benefícios como o cashback  e cartões fidelidade contribuem para gerar recorrência de compra, enquanto profissionais de vendas e pós-vendas são importantes para atender às demandas dos clientes.

IA e desafios éticos e regulatórios

A IA é central na competitividade, acelerando processos. No entanto, o seu uso levanta preocupações éticas e regulatórias, como concentração de poder, vieses discriminatórios e impacto ao mercado de trabalho. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) defende uma abordagem flexível, adaptável às rápidas mudanças, garantindo proteção de direitos sem sufocar a inovação. A Entidade entende que eventuais problemas decorrentes do uso da IA, se surgirem, poderão ser resolvidos caso a caso, em função das leis já existentes, como o Código Civil, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), além da própria Constituição Federal.

O caminho para uma regulamentação adequada

É um contexto desafiador que se tem daqui para a frente. Refletir se, quando e em que nível regular a IA é fundamental, buscando a proteção de direitos, mas sem impedir ou burocratizar ainda mais a inovação no Brasil. A pressa no tema é sinônimo de risco de obsolescência regulatória. Enquanto o debate global sobre a regulamentação da ferramenta continua, é crucial que o Brasil evite a pressa, buscando um equilíbrio entre a proteção de direitos e a promoção da inovação. A FecomercioSP está atuando no Senado a fim de propor uma abordagem principiológica e menos prescritiva do Marco Civil da Internet (2014).

Investimento na qualificação da mão de obra e desenvolvimento sustentável

Em meio a esse cenário desafiador sobre regular ou não a IA, a Federação entende que a prioridade deve ser um plano nacional de qualificação da mão de obra voltada a essa era digital, além de fortalecer ecossistemas em torno da capacidade humana e facilitar o ingresso de pequenas e médias empresas no setor. A coexistência harmoniosa entre o intelecto humano e a IA é essencial para a participação ativa na economia digital em constante evolução. Outro ponto que deve ser levado em conta é que o consumidor brasileiro está cada vez mais preocupado com temas ligados à preservação do meio ambiente, responsabilidade social e critérios de controle das empresas (ESG – Meio ambiente, Social e Governança), podendo ser fatores determinantes do consumo.

Regulamentação contínua em um mundo em transformação

Por fim, a regulamentação do comércio eletrônico continua a evoluir para abordar questões como tributação, proteção do consumidor, concorrência e tecnologias emergentes. Por isso, as empresas devem permanecer atentas às mudanças regulatórias para garantir conformidade bem como o setor privado deve estar cada vez mais presente nas discussões com o poder púbico sobre eventual legislação que possa ter impacto para o ecossistema. O futuro do comércio eletrônico será moldado por inovações tecnológicas, aprimoramentos logísticos e um foco crescente na segurança e na personalização da experiência do cliente.

 https://www.fecomercio.com.br/noticia/comercio-eletronico-desafios-e-oportunidades-para-2024

Satisfação do cliente no centro: Como o “user thinking” vem transformando o setor logístico

A implementação desse conceito na logística representa uma mudança significativa na forma como as empresas abordam o planejamento e a execução de suas operações.

As estratégias com foco na experiência do usuário (UX) estão cada vez mais em alta entre as empresas e a personalização tem sido o foco da maior parte das ações nesse sentido. De acordo com uma pesquisa realizada pela Track.co no ano passado, mais de 60% das organizações estão investindo em áreas ou ações relacionadas à UX.

Usando tecnologias avançadas para moldar experiências únicas, esse conceito vem se estendendo também ao setor logístico. A abordagem centrada no cliente possibilita colocar as necessidades e expectativas dos usuários no centro das decisões operacionais, buscando desenvolver soluções que sejam tanto personalizadas quanto eficazes.

O conceito de “user thinking” tem tudo a ver com isso. Com raízes no campo do design, o método tem sido cada vez mais utilizado nesse processo, pois se dedica a compreender de forma mais profunda os comportamentos e desejos dos usuários. Isso permite criar serviços que vão além da resolução de problemas operacionais, buscando também aprimorar a experiência do cliente.

UMA MUDANÇA NAS ESTRATÉGIAS DE PLANEJAMENTO

A implementação do “user thinking” na logística representa uma mudança significativa na forma como as empresas abordam o planejamento e a execução de suas operações. Ao priorizar a experiência do usuário, a logística pode, ao mesmo tempo, se afastar do foco em eficiência e custos para considerar a satisfação do cliente como principal métrica a ser perseguida.

Dessa forma, para que o negócio continue sustentável, é essencial coletar e analisar feedbacks, oferecer modalidades variadas de entrega, ter dados históricos consistentes e, para isso, investir em tecnologia. A mensuração do sucesso e o acompanhamento contínuo da satisfação do cliente também exigem uma abordagem proativa, flexível e a constante capacitação de equipes.

A implementação do “user thinking” na logística não está apenas mudando a maneira como as empresas operam, mas está, também, moldando as expectativas dos consumidores. Os clientes agora esperam experiências personalizadas, envolventes e, acima de tudo, convenientes.

E as empresas que já entenderam e abraçaram essa mudança estão liderando a nova era da logística, onde a inovação contínua é o principal indicador de sucesso. Neste cenário, a próxima fronteira será a integração de tecnologias como inteligência artificial e análise preditiva para antecipar ainda mais as necessidades dos clientes.

* Por Caio Reina, CEO e fundador da RoutEasy.

‘https://mundologistica.com.br/artigos/como-o-user-thinking-vem-transformando-o-setor-logistico

Na semana do Singles Day, Gouvêa China Desk visita grandes empresas para benchmark com mercado chinês

Inovação acessível em escala massiva surpreende missão brasileira na China.

Estamos na semana do Singles Day (11.11), essa famosa data do varejo da China que acontece todo 11 de novembro e que começa a ser adotada também por outros cantos do mundo, assim como ocorreu com a Black Friday, que acontece toda última sexta do penúltimo mês do ano (só que aí a origem da data é norte-americana).

Aproveitando a proximidade com a importante data do varejo oriental, a Gouvêa China Desk retomou as missões para o outro lado do planeta e levou uma delegação brasileira até a China, com a intenção de visitar grandes empresas e entender um pouco mais do mercado chinês.

“A China é um benchmark bastante importante para o Brasil, pois mostra os benefícios tangíveis do desenvolvimento econômico e novos modelos de inovação”, revelou In Hsieh, sócio da Gouvêa China Desk, em entrevista diretamente de Shenzhen, cidade considerada o “Vale do Silício da China” e lar de grandes empresas de tecnologia como Huawei e Tencent.

Nascida focada em redes sociais, a Tencent é hoje conhecida principalmente pelo WeChat, o super app chinês, multiplataforma, que atende milhões de pessoas diariamente no mercado da China, mas também passou a dominar o mercado de games, sendo o maior faturamento do segmento do mundo.

“Na Tencent pudemos conhecer de perto um dos maiores exemplos de ecossistema de negócios do planeta. E uma coisa ficou bem clara. Com a visão de como surgiu a Tencent, com produtos de internet para usuários finais, as inovações estão mais no entendimento das oportunidades e como em crescer os negócios do que propriamente em criar coisas de alta complexidade”, afirmou Hsieh.

A delegação brasileira também visitou a sede da Huawei, empresa responsável pela infraestrutura de telecomunicação, principalmente 5G, de boa parte do mundo, que impressionou tanto pela estrutura física, quanto pela diversidade de atuação. E será que o mercado brasileiro está pronto para se inspirar em grandes exemplos de sucesso do mercado chinês? In Hsieh garante que sim.

“A relação bilateral entre Brasil e China continua crescendo, com novos tipos de oportunidades sendo geradas. Se antes era focado em venda de commodities naturais do Brasil para a China e industrial no sentido oposto, agora temos uma relação com negócios de mais valor agregado. De modo geral vimos dois dos principais exemplos do avanço do mercado chinês: inovação acessível e em escala massiva”, finalizou o sócio da Gouvêa China Desk.

‘https://mercadoeconsumo.com.br/07/11/2023/inovacao/china-surpreende-missao-brasileira-com-inovacao-acessivel-em-escala-massiva/

Iniciativa conecta moradores e profissionais das favelas com grandes empresas

O potencial de consumo das favelas passa de R$ 200 bilhões anualmente. Paraisópolis, sozinha, movimenta uma economia de R$ 705 milhões.

Ignoradas por grande parte da população de classe média, as favelas fazem parte das metrópoles há décadas. Marginalizadas e sem investimento em infraestrutura, as periferias abrigam grande parte da classe trabalhadora dos setores básicos, seja do comércio ou da indústria, mas continuam segregadas do resto das cidades.

Paraisópolis, uma das maiores favelas de São Paulo, fica localizada ao lado de um dos bairros mais chiques da cidade – quem nunca viu a famosa foto do prédio com piscinas em todas as varandas ao lado das casinhas humildes amontoadas umas sobre as outras? Apesar de (ou extamente por) ser a mais famosa da capital paulista, ela sofre dos mesmos problemas – principalmente o preconceito de diversas empresas em relação aos moradores.

Com o intuito de realizar essa aproximação entre comunicadores e empregadores com profissionais e moradores, Joildo Santos idealizou o Grupo Cria, conglomerado focado em comunicação, inovação, publicidade e tecnologia, especialmente para as periferias e favelas do Brasil. A empresa tem crescido vertiginosamente e atua em mais de 350 favelas e comunidades.

“Percebemos a necessidade de levar expertise e vivência de Paraisópolis para outras favelas, e além do jornal, começamos a trabalhar com outras frentes de comunicação. Com o crescimento de demandas nos diferentes segmentos, percebemos a oportunidade de separar por negócios e criamos o Grupo Cria”, explica Joildo.

Segundo o CEO, a necessidade de fundar o Grupo Cria começou a sentir sentida para visibilizar a rica produção cultural, esportiva e empreendedora que ocorre nas favelas. “O Grupo surgiu a partir do Jornal Espaço do Povo, e ampliamos sua atuação para além do jornalismo, buscando democratizar a comunicação, inovação e tecnologia nas comunidades”, acrescenta. “Investir em Paraisópolis, em particular, provavelmente se deve ao desejo de causar um impacto positivo numa das favelas mais populosas de São Paulo, com grande potencial criativo e empreendedor”, destaca Joildo Santos.

Impactos do Grupo Cria na economia das favelas
Essa iniciativa não serve apenas para trazer inovação para dentro das comunidades, mas acaba afetando outros pontos de forma indireta. “O foco primário do Grupo Cria não é a redução de criminalidade, mas empoderar as comunidades por meio de informação, capacitação e oportunidades econômicas. Isso, de forma indireta, pode ter sim um efeito, um impacto positivo na diminuição da violência”, comenta.

Expor as experiências dos moradores e trazer essa integração entre cidade e favela é uma das mudanças que mais fazem diferença no dia a dia da comunidade. “A visibilidade oferecida pelo grupo ajuda a romper estigmas e abre novas oportunidades para os moradores, sejam elas em forma de emprego, educação ou desenvolvimento de habilidades”, fala.

As informações compartilhadas pelo Grupo Cria focam em mostrar uma perspectiva que normalmente não é vista nos veículos tradicionais de mídia, conta Joildo Santos. Até agora, 13 empresas já se tornaram parceiras do Grupo Cria, além de 20 profissionais fixos, que atendem marcas como Avon, Google, Amazon, Casas Bahia, Bradesco, TecBan, Club Social, Lojas Estrelas. As empresas realizam ativações e campanhas dentro das favelas – um enorme mercado consumidor e muitas vezes negligenciado.

“A favela é potencial, é terreno fértil para alcançarmos voos maiores e não rasantes. Somos a personificação da inovação e do empoderamento nas favelas e periferias”, conta o CEO. Ele explica que o impacto social é mensurado por meio da participação em ações educacionais e divulgações de qualificação, empoderamento e diversidade. “Toda nossa atuação é pensada para minimizar o impacto ambiental, amplificar a economia local e ser transparente em nossa forma de fazer comunicação”, completa.

Para quem acha que a economia das favelas não fazem diferença no panorama geral do país, está totalmente errado. Comunidades no Brasil movimentam algo em torno de R$ 200 bilhões anualmente, movidas pelos mais de 19 milhões de moradores. As 13 maiores favelas do Brasil têm um potencial de consumo que chega a R$ 7,9 bilhões, de acordo com estudo da Outdoor Social. Só a Comunidade de Paraisópolis movimenta R$ 705 milhões anualmente, pelos cerca de 100 mil habitantes que vivem ali.
https://consumidormoderno.com.br/2023/10/19/favelas-grupo-cria/?utm_campaign=cm_news_201023&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Inteligência Artificial a serviço das pessoas: promessa, realidade ou possibilidade?

Em visita ao Centro de Distribuição da Amazon, em Seattle, no evento “Delivering the Future”, a tônica é repercutir uma visão de negócio e de mercado orientada ao uso humanizado da tecnologia.

Há uma preocupação geral no âmbito das chamadas “Big Techs”, empresas que ganharam evidência, influência e dominância de mercado a partir de suas habilidades no manejo das ferramentas digitais. A internet, particularmente com a revolução dos smartphones, acelerou processos de mudança competitiva e criou ondas de disrupção em praticamente todo o mercado, incluindo alguns monopólios. Nada disso é novidade, a não ser a propensão das lideranças atuais perderem as referências para a tomada de decisões, bem como o aumento do ceticismo generalizado com que cidadãos e consumidores comuns recebem iniciativas com “potencial transformador”.

Ainda assim, sempre é esclarecedor é determinante ouvir o que uma gigante como a Amazon tem a dizer sobre estratégia, inovação, centralidade do cliente e Inteligência Artificial. Poucas empresas na história criaram tamanho legado de mudanças na mentalidade corporativa quanto a líder global de e-commerce. Se hoje é comum pensarmos em ferramentas de gestão que se baseiam em produtividade máxima nas reuniões, “custo do concorrente como oportunidade”, centralidade do cliente e cultura data-driven, a empresa de Seattle foi e continua sendo, indutora de mudanças.

No evento “Delivering the Future”, que ocorre no impressionante e rigorosamente controlado Centro de Distribuição original da Amazon, em Seattle, nos Estados Unidos (que acessamos usando até mesmo calçados especiais fornecidos pela empresa), foram apresentadas múltiplas ideias que procuram associar a adoção de tecnologias a benefícios tangíveis para colaboradores, consumidores e comunidades.

Por exemplo, Sarah Mathew, vice-presidente de Experiência no Delivery da Amazon, e Diya Wynn, responsável pelas práticas em IA da AWS, procuraram ilustrar como o uso de Inteligência Artificial pela Amazon tem uma face mais humana e orientada à resolução de problemas mais amplos, com ênfase em sustentabilidade.

“A IA responsável não um trabalho que deve ser feito isoladamente, e sim algo que precisa ser incorporado em cada caso. A Amazon está comprometida com a colaboração contínua com a academia, formuladores de políticas, legisladores, educadores, organizações e pesquisadores”, conta Diya Wynn. O foco é justamente garantir que o uso da IA não seja utilizado contra as pessoas, mas a favor das comunidades e do desenvolvimento pessoal.

O CD BFI1, em Seattle, traz uma réplica do “escritório improvisado” que Jeff bezos montou na garagem de sua casa, no início das operações da Amazon. Hoje, a empresa mobiliza e movimenta mais de 300 milhões de itens no mercado americano. E o CD é uma prova do engenho da companhia em utilizar tecnologia e aplicações de IA para assegurar entregas no mesmo dia ou no dia seguinte.

Velocidade é o centro do varejo

Na visão de Sarah Matthews, velocidade e rapidez são absolutamente essenciais para atender às demandas de consumidores em épocas tomadas por ansiedade e indecisão. A habilidade de levar os produtos escolhidos pelos clientes no menor tempo possível são o centro da experiência do cliente. Não há dúvida que o tempo é fator crítico de performance e sucesso em CX e a Amazon ajudou a extrapolar esses limites e a definir novos padrões de qualidade e expectativa. Efetivamente, a Amazon elevou a barra das expectativas dos clientes e obrigou o mercado em geral a pensar e atuar da mesma forma (pelo menos nas intenções).

O futuro que a Amazon procura entregar une tecnologias diversas para multiplicar as alternativas de entrega e logística em todas as etapas do processo que se inicia com o pedido do cliente. A entrega por drones já foi construída pela companhia de Seattle, com o objetivo de atingir e atender comunidades distantes ou inacessíveis pelos modais regulares.

A imagem de desenho animado de um drone parado na frente da sua janela não está nos planos da Amazon, mas entregar pedidos para um cliente que vive no meio do Rio São Francisco, no sertão da Bahia, está.

Isso quer dizer que atender a expectativa do cliente e ir ao encontro dele com todos os meios disponíveis, com segurança e confiabilidade, são princípios dos quais a Amazon não abre mão. “Entregar 500 milhões de pacotes por ano por drone até o final desta década é uma meta, atingindo um nível de segurança direcionado que é muito maior do que dirigir até uma loja”, afirma David Carbon, vice-presidente da Prime Air, divisão de drones da Amazon.

Logo, o que está na mesa para todos os competidores do varejo e de outros segmentos que competem com as múltiplas frentes da Amazon é ter uma preocupação quase obsessiva com o tempo. O tempo do negócio, do giro, da reposição, da coleta, do pagamento, da entrega e da recorrência. O varejo veloz é a realidade indissociável de quem opera uma loja, seja ela física, digital, multicanal, omnicanal ou datacanal.

Mais uma vez, estamos diante de um fenômeno muito contraintuitivo, que não ocupa as decisões dos executivos da maior parte das empresas, obviamente também no Brasil. Não estamos acostumados a pensar em metodologias que tornem nossas operações radicalmente eficientes e velozes. A velocidade é atribuída e terceirizada para o cliente, sem contrapartida das empresas. A rigor, quanto do tempo de decisão dos executivos é utilizado para melhorar a eficiência e ganhar velocidade nas operações de varejo?

Mais do que reclamar sobre benefícios fiscais e assimetrias das quais se aproveitam marketplaces do Sudeste Asiático, é fundamental repensar de que forma o varejo brasileiro pode ser mais veloz e orientado a dados.

*Jacques Meir é diretor de Conhecimento do Grupo Padrão e viajou a Seattle à convite da Amazon
‘https://consumidormoderno.com.br/2023/10/18/inteligencia-artificial/?utm_campaign=cm_news_191023&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

A visão estratégica da Amazon, uma empresa que gosta de propor o futuro

A multifacetada gigante organiza evento em sua cidade-sede, Seattle, em que apresenta seu horizonte de inovação.

Estamos em Seattle, cidade no noroeste dos Estados Unidos, famosa por seu clima inglório, úmido e sempre nublado e também por ser o berço do grunge e de Jimi Hendrix, guitarrista que, como um meteoro, reinventou a história do instrumento na segunda metade dos anos 1960.

Seattle também é conhecida por ser a sede de um punhado de empresas que escreveram histórias ambiciosas do empreendedorismo americano: UPS, de logística; Boeing, de aviação; Microsoft, que ditou as diretrizes da primeira onda de computação pessoal e hoje é uma das protagonistas nas soluções de produtividade; Starbucks, que redefiniu os princípios da interação das pessoas com o café (e aqui, sem juízo de valor); e, claro, a Amazon, a gigante de e-commerce, tecnologia e serviços, que revolucionou nossa relação com o comprar, escrevendo algumas das linhas mais inovadoras e polêmicas do e-commerce desde 1995.

E é justamente em sua sede, nos ambientes chamados “The Spheres”, que a Amazon recebe jornalistas do mundo todo em uma iniciativa denominada #DeliveringtheFuture. Um evento exclusivo, com foco na demonstração e apresentação de inovações que aterrissam a visão de futuro da própria empresa.

Sphere visão de futuro amazon seattle

The Spheres, ambiente de trabalho e reunião da Amazon em sua sede em Seattle

Amazon abraça a sustentabilidade com inovação
É sempre importante buscarmos entender as motivações e objetivos de uma empresa dominante como a Amazon, que modificou a paisagem competitiva nos mercados em que atua. Nos EUA, a Amazon é vista como temor e com admiração. Sua rede de negócios se estende do e-marketplace para exportação, saúde, tecnologia, Inteligência Artificial, Smart Home, logística, retail media e muito mais. A empresa emprega e movimenta um ecossistema trilionário e, ao mesmo tempo, desconstrói negócios tradicionais. Conhecer sua visão de futuro é necessário, urgente e uma fonte de conhecimento relevante para compor estratégias dos mais diversos tipos de negócios.

No ambiente das “Spheres”, com sua ecologia particular, que combina uma notável presença de vegetação nativa de 50 países, a abertura oficial do evento trouxe um painel com Kara Hurst, vice-presidente global de Sustentabilidade, Udit Madan, vice-presidente de Transporte, apresentado por Hope King, senior business reporter na Axios, sobre como as inovações da Amazon ajudam consumidores e comunidades, além do meio-ambiente.

Tudo indica que a Amazon quer reforçar uma imagem de preocupação com sustentabilidade. Kara Hurst é a responsável por criar as experiências mais sustentáveis para os consumidores, e o processo de descarbonização das atividades da empresa. Considerando a complexidade logística dos negócios da companhia e seu nível de interdependência, estamos diante de um conjunto de aprendizados que trará consequências para muitos negócios e empresas no mundo todo. Mas será que isso será percebido pelos consumidores? Em países de renda média como o Brasil, sustentabilidade é um valor percebido. Mas será que é tangível?

Entregas com carbono zero
Kara Hurst e Udit Madan elencaram diversas ações que evocam sustentabilidade de uma forma que realmente afeta positivamente a vida das pessoas. Basicamente, a logística orientada a carbono zero, como o uso de bicicletas elétricas com carrinhos acoplados, que permitem uma distribuição inteligente e sem emissões de poluentes, em uma escala bem apropriada para grandes cidades.

Udit Madan destacou o desenvolvimento dos veículos elétricos, incluindo uma van de entregas totalmente elétrica e repleta de sensores, para tornar o trabalho de delivery mais confortável para os colaboradores, e que inclui toda uma infraestrutura de apoio implantada, com 12 mil veículos e carregadores distribuídos em 100 postos de serviço nos Estados Unidos.

Durante a pandemia, a Amazon “plugou” mais de 450 empresas em seu ecossistema para buscar inovações. Uma das atividades das quais a empresa mais se orgulha é a Climate Pledge Arena, a primeira arena completamente sustentável do mundo. Ela coleta água da chuva para gerar o gelo da quadra de hockey onde o time do Seattle Krakens tem o mando de seus jogos na liga americana, a NHL. Todas as refeições distribuídas são entregues com materiais de apoio sem emissões e frutos de um conceito de economia. circular completo (Consumidor Moderno irá à arena para constata cada detalhe).

E quanto às inovações que vão ao encontro das expectativas dos consumidores? Kara Hurst entende que os clientes estão buscando essas opções de forma proativa. Essa postura motiva muito um trabalho coletivo com os cientistas de dados da empresa e depois em um programa analisando quais podem ser as certificações mais qualificadas e quais são os padrões mais altos em termos de produtos associados a bem-estar, saúde e sustentabilidade. A empresa inicialmente mapeou 20 produtos e agora já tem mais de 800 itens de alta qualidade e padrões que encontram afinidade com consumidores variados.

A cultura Amazon como fator de potencial competitivo
Um dos aprendizados mais valiosos da cultura da Amazon, e que realmente merece atenção de empresas que buscam criar uma cultura de inovação – e de proteção contra o poder imenso da empresa – é realmente entender o que caracteriza os pedidos dos clientes e o que funciona bem na maneira de trabalhar: estamos diante de uma companhia e de uma organização que abomina trabalhar em silos, mas prioriza o trabalho entre equipes, sejam as pessoas que gerenciam a loja aos esquemas de dados de experiência da loja.

Segundo Kara Hurst, “a equipe de operações pode fazer isso como uma espécie de programa e lançar uma inovação numa segunda-feira, após uma demanda ser detectada, e então compreender quais os prazos mais convenientes para cada tipo de consumidor: escolher um ou dois dias por semana ou o fim de semana para fazer as entregas mais rapidamente. e tudo isso levando em consideração quais comunidades desejam uma entrega em um dia específico”.

A Amazon tem condições de saber melhor e mais rapidamente do que governos quais são os gargalos logísticos, as carências e as deficiências de planejamento urbano


As Spheres reúnem mais de 40 mil plantas no QG da Amazon

Em resumo, a visão de futuro da Amazon é claramente direcionada pela massa de dados exponencial coletada dia após dia de consumidores do mundo todo. A empresa tem condições de saber melhor e mais rapidamente do que governos quais são os gargalos logísticos, as carências e as deficiências de planejamento urbano que impedem a adoção mais rápida do modal elétrico, por exemplo.

A Amazon consegue identificar e prever o que é relevante para o consumidor em termos de eficiência energética, alimentação saudável e boa qualidade de serviço de saúde. Consegue mapear movimentos de mudança de comportamento prever tendências de demanda, além de apontar qual atitude sustentável ganhará mais tração proximamente.

A vice-presidente global de Sustentabilidade destaca que a cultura da empresa é uma virtude excepcional. “Considero que o mais legal desse trabalho é também assumir um desafio de aprendizado constante, um exercício de curiosidade intelectual permanente que move as pessoas rumo à busca de soluções, e isso inclui melhorar o planeta e a novos padrões de desenvolvimento”.

A questão a ser enfrentada é: até que ponto não queremos um planeta mais limpo, que faça produtos melhores e que trabalhe de um modo mais inteligente e menos agressivo? Evidente que essas questões são importantíssimas, mas esbarram nas crenças e necessidades de mercados menos maduros. Novamente, considerando um Brasil onde há mais urgência por produtos básicos, por conforto material essencial, a ideia geral de inovação só se sustenta se atender a esses requisitos.

A Amazon mostra estar se movendo no sentido de ser uma empresa mais “limpa” e consciente, mais sintonizada com valores mais universais de qualidade e respeito ao planeta, mas enfrenta os desafios de seu próprio gigantismo e de sua penetração em mercados francamente heterogêneos e complexos.

Cabe refletir até que ponto esse investimento em sustentabilidade não se opõe, ou se complementa, com forças reguladoras que consideram a influência da empresa excessiva? Veremos muitos desdobramentos dessa visão no futuro próximo, porque a Amazon tem capacidades e habilidades únicas de movimentar um ecossistema e potencializar a atitude competitiva de concorrentes nos diferentes mercados em que atua. Novas fronteiras de negócio serão ultrapassadas na busca pelo interesse pelo engajamento do consumidor. A ele cabe o veredicto sobre o acerto das estratégias e das ações. Em última análise, ele está dando aval para que a Amazon invista nessas iniciativas.

* Jacques Meir é diretor de Conhecimento do Grupo Padrão e viajou a Seattle à convite da Amazon
‘https://consumidormoderno.com.br/2023/10/17/visao-de-futuro-amazon/?utm_campaign=cm_news_181023&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Conexão CX

O CONEXÃO CX é um evento anual de conexão e imersão em temas afetos a Customer Experience, promovido pelo Departamento de Inteligência de Mercado – DEINM e pela Diretoria de Negócios dos Correios – DINEG, que tem como objetivo fomentar uma cultura de centralidade no cliente e desenvolver competências essenciais para a inovação.

Acontecerá presencialmente na cidade de Brasília/DF na próxima terça-feira dia 03 de outubro de 2023, onde abordaremos temas importantes para a implantação de estratégias de experiência do cliente.

Caso não seja possível participar do evento no formato presencial, você não desfrutará da experiência completa que será o Conexão, mas poderá seguir a jornada on-line que estará recheada de palestras e debates com convidados incríveis.

Participe!
Inscrição do CONEXÃO CX 2023:

Público geral: https://www.sympla.com.br/conexao-cx__2151695