Inteligência artificial caminha para regulamentação em todo o mundo

A inteligência artificial (IA) está sendo alvo de várias iniciativas de regulamentação em todo o mundo. As principais economias globais preparam legislações que buscam colocar regras para o desenvolvimento, implantação e utilização da tecnologia, coibindo abusos e garantindo os direitos dos usuários.

No final de março, uma carta aberta assinada por Elon Musk, ex-investidor da OpenAI, e mais de dois mil pessoas e organizações ligadas ao setor tecnológico, alertou sobre os riscos da ferramenta e propôs a suspensão das pesquisas sobre IA por seis meses. No entanto, as novas iniciativas e os relatos de mau uso continuam aparecendo a topo vapor.

Os problemas são variados e envolvem vazamento de dados de usuários, violação de direitos autorais e manipulação social e política, bem como a responsabilização das empresas sobre os atos realizados pela tecnologia. Além disso, em abril, uma IA chamada ChaosGPT ficou famosa por seus planos de controlar o humano e tentar destruir a humanidade.

Por isso, conheça os planos de cada governo para controlar a inteligência artificial:

União Europeia
A Lei de Inteligência Artificial da União Europeia, apresentada em 2021, proíbe o uso da IA em serviços críticos que possam ameaçar os meios de subsistência ou encorajar comportamentos destrutivos. Todavia, permite que a tecnologia seja usada em outros setores sensíveis – como a saúde – com segurança máxima.

Estados Unidos
A administração de Biden publicou orientações amplas para o uso seguro da IA. Além de que governos estaduais e municipais estão desenvolvendo suas próprias regulamentações. A Declaração de Direitos da IA fornece recomendações para o uso seguro de ferramentas nos setores público e privado. Embora não seja juridicamente vinculativa, serve como um guia para os legisladores.

Canadá
Um projeto de lei apresentado pelo Parlamento canadense em junho de 2022 inclui a Lei de Inteligência Artificial e Dados (AIDA). Vale ressaltar que ela não proíbe o uso de ferramentas automatizadas de tomada de decisão, mesmo em áreas críticas. Contudo, os desenvolvedores devem criar um plano de mitigação para reduzir os riscos e aumentar a transparência ao usar IA.

China
Recentemente, a China introduziu uma lei que regula o uso de algoritmos online para fins de marketing de consumo pelas empresas privadas. Essa lei exige que as empresas informem os usuários sobre o uso de IA para marketing e proíbe o uso de dados financeiros do cliente para anunciar o mesmo produto a preços diferentes.Lei chinesa não trata de IA usada pelo governo.

Reino Unido
O regulador de concorrência do Reino Unido, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA), anunciou que iniciará uma análise sobre o impacto da inteligência artificial nos consumidores, empresas e economia do país, considerando se novos controles são necessários em tecnologias como o ChatGPT da OpenAI.

Brasil
No Brasil, um projeto de Lei (PL 2338/23) propõe a criação de um órgão responsável por implementar as regras sobre a IA em todo o território nacional, com foco em fiscalização e incentivo à inovação. O texto proíbe o uso de sistemas de IA que possam acarretar discriminação direta, indireta, ilegal ou abusiva, além de regular a utilização de dados sensíveis biométricos.

Fonte : https://www.tecmundo.com.br/software/263725-inteligencia-artificial-caminha-regulamentacao-mundo.htm

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Brasil recebe pela primeira vez a Web Summit, a maior feira de tecnologia e inovação do mundo

Pela primeira vez fora da Europa, o evento reúne pequenos e grandes desenvolvedores de tecnologia para debater temas como meio ambiente, educação, inteligência artificial e ciência de dados.

Começou na última segunda-feira (1º), no Rio de Janeiro, a Web Summit, a maior feira de tecnologia e inovação do mundo.

Apresentação de aplicativo e QR Code logo na entrada, para não fugir do tema. O mundo aterrissou no Rio para acompanhar o que acontece de novidade na tecnologia. Uma ucraniana de uma pequena empresa de start up se interessa pelo desenvolvimento de drones, tão necessários para o seu país, neste momento de guerra contra a Rússia.

Pequenos e grandes desenvolvedores de tecnologia estão reunidos no Rio Centro, na Zona Oeste da cidade. Todos os 17 mil ingressos da Web Summit foram vendidos. Essa multidão veio em busca de conhecimento, mas, principalmente, de trocas e de parcerias.

“Aqui, a gente consegue, não só conectar com investidores, mas com outras pessoas da nossa área e pessoas de impacto, especificamente”, disse uma das participantes.

É a primeira vez que a Web Summit, a maior feira de tecnologia e inovação do mundo, acontece fora da Europa. Muda o endereço, mas mantém o interesse universal em temas atuais discutidos e apresentados aqui: meio ambiente, educação, inteligência artificial, ciência de dados. É o presente e o futuro de olho na tecnologia e tudo o que ela promove.

A fila era para garantir vaga na abertura do evento. Vão ser 300 palestrantes em quatro dias. No palco principal, plateia lotada para um dos debates sociais mais importantes do momento: a jornalista Maju Coutinho e Ayo Tometi, uma das fundadoras do movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam).

“Eu acredito que um movimento que está celebrando 10 anos este ano, é para ser celebrado, debatido, servir como exemplo, e a gente também fazer uma troca entre o movimento que vem de fora com os movimentos importantes, movimentos negros importantes que existem no Brasil”, declarou a apresentadora Maju Coutinho.

Ayo Tometi disse que nenhum de nós está livre de sofrer racismo, por isso, é tão importante falar sobre isso em um evento como esse. É impressionante como o Vidas Negras Importam se espalha pelo mundo, e em todos os países a tecnologia é uma “aliada para que a nossa luta consiga seguir em frente”.

E a noite se encerrou com Luciano Huck e Txai Suruí – como conectar a Amazônia.

“O Brasil cresceu dando as costas para a Amazônia. Então a gente colocar a Amazônia como protagonista e entender que é um ativo fundamental para o equilíbrio do planeta, e poder discutir isso abertamente em um evento – que eu acho que é um dos eventos mais importantes do mundo sobre inovação, sobre tecnologia – acho fundamental”, disse o apresentador.

“No meu povo a gente faz um trabalho de biomonitoramento do nosso território, onde a gente usa drones, GPS, celulares, mostrando como é possível a Amazônia de pé, viva e trazendo conhecimento dos povos originários… A nossa luta, e mostrando que isso é uma luta de todos”, declarou Txai Suruí, que é porta-voz internacional dos povos indígenas brasileiros.

E o Cristo Redentor ganhou as cores rosa, laranja e amarela, para dar as boas-vindas do Rio à Web Summit.

Fonte : https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2023/05/01/brasil-recebe-pela-primeira-vez-a-web-summit-a-maior-feira-de-tecnologia-do-mundo.ghtml

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Um ano de Sextou com CX

A edição comemorativa será realizada no auditório do Edifício Sede dos Correios em Brasília com transmissão simultânea para todo o Brasil. Teremos uma conversa com um de nossos maiores clientes no e-commerce, William Tang do Grupo Alibaba e uma palestra sobre “Inovação da Experiência do Cliente”, com a especialista em CX e Cultura Centrada no Cliente Claudia Vale.

Se inscreva antecipadamente e garanta a sua participação no evento e no sorteio de prêmios personalizados. Então se prepare, será no próximo dia 28, às 10h.

Reserve sua agenda, avise seus colegas e faça já sua inscrição para essa grande comemoração.

Fonte : https://intranet.correios.com.br/banner-principal/sextou-com-cx-28-04-23

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Operadores logísticos apostam em geolocalização das encomendas

Aquisições para expandir atuação e tecnologia para agilizar tempo de resposta ao cliente sustentam estratégias para superar incertezas da economia.

Altamente fragmentado, o que favorece um intenso movimento de fusões e aquisições e a abertura de novas frentes de negócios, o mercado brasileiro de operadores logísticos mantém bom ritmo de crescimento neste ano, mesmo num cenário de economia ainda instável.

A preocupação de algumas empresas é ampliar o controle da geolocalização das encomendas que estão com seus entregadores. A Temp Log, que atua com armazenamento, fracionamento e transporte de produtos para a indústria farmacêutica (movimenta 40% da toxina botulínica que circula no país), tem entre suas prioridades a gestão do atendimento no pós-venda.

“O objetivo é agilizar o tempo de resposta ao cliente, com a revisão dos aplicativos móveis de rastreabilidade das entregas”, explica Ricardo Canteras, diretor comercial da Temp Log. “Em cinco anos”, diz ele, “não será mais possível fazer logística sem data e hora das entregas.”
No caso da JSL, uma das maiores empresas de logística do país, controlada pelo grupo Simpar, a base de crescimento nos próximos meses vem dos contratos fechados nos segmentos de papel e celulose, mineração, automotivo, alimentos e bebidas, aponta Ramon Alcaraz, CEO da companhia.

No front interno, a estratégia consiste em buscar sinergias com os atuais clientes para ampliar a participação nas operações de cada um. “No ano de 2022, celebramos R$ 6 bilhões em novos contratos com prazo médio de 50 meses, sendo 93% em clientes já existentes”, informa. A frente internacional é outro ponto de destaque. O plano de expandir no exterior começou com a operação na África do Sul, na qual já foram destinados investimentos de cerca de R$ 140 milhões.

Para complementar a atuação nessas duas frentes, a JSL busca aumentar a competitividade com a diversificação de seu mix de serviços. No início de março, a empresa anunciou a aquisição da IC Transportes. A operação, no valor total de R$ 587 milhões, abre a possibilidade de atuar nos mercados de grãos, fertilizantes e combustíveis.

Com 370 clientes, a IC Transportes é uma das maiores empresas do setor, com uma receita líquida de R$ 1,4 bilhão em 2022. “A IC Transportes se torna a segunda maior empresa do grupo Simpar, e vai melhorar nosso portfólio em segmentos em que não estávamos presentes”, diz Alcaraz.
Também empenhada em fortalecer suas operações, a Multilog aposta no crescimento orgânico e em novas aquisições, segundo seu presidente, Djalma Vilela. Fundada em Santa Catarina, a empresa tem unidades distribuídas no Nordeste, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Em 2022, a Multilog foi às compras. Adquiriu a Martins Medeiros, na região Nordeste, e a Apoio Logística, aquisições que permitiram ampliar a estrutura comercial em São Paulo e Santa Catarina. “Com isso, encerramos 2022 com a marca de R$ 1 bilhão em faturamento, alcançando a meta prevista para 2025”, conta Vilela.

A Multilog opera todos os serviços de logística para diversos segmentos (alimentos, bens de consumo, saúde, químico, automotivo e agronegócio), com 38 unidades em pontos de fronteiras secas no Mercosul, 2,2 milhões de metros quadrados em áreas de armazenagem, incluindo 13 unidades alfandegadas e 15 centros de distribuição.

“Em 2023, devemos seguir expandindo nossa atuação com investimentos na estrutura de operações e em tecnologia e olhando o mercado sob perspectiva de novas aquisições”, diz Vilela. “A previsão é alcançar R$ 1,4 bilhão em faturamento, dos quais 50% provenientes da operação de transportes e centros de distribuição”, assinala.

Com as dificuldades da economia brasileira, os operadores logísticos estão adotando medidas ao longo deste ano que visam flexibilizar contratos, revisar as cadeias de suprimentos, fazer uso mais intensivo de dados, executar o compartilhamento de capacidade e, também, fomentar a multimodalidade, como explica Marcella Cunha, diretora-executiva da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol).

As expectativas para 2023 são positivas e se baseiam na tendência de crescimento registrado em anos anteriores, comenta. Em 2021, por exemplo, de acordo com pesquisa realizada pela Abol e pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), a receita operacional bruta das empresas brasileiras de logística atingiu R$ 166 bilhões, desempenho que garantiu dois milhões de empregos, entre diretos e indiretos, o equivalente a 2% do total de pessoas ocupadas no país, assinala a diretora.

“Mas a inflação de insumos, especialmente de combustíveis, segue como uma preocupação das empresas para este ano”, afirma. “As altas de preço do diesel devem seguir ao menos até o primeiro trimestre deste ano. Não sabemos qual será o impacto no médio e longo prazos. Por isso, todo esforço deve ser feito para mitigar a alta de custos”, diz.
Para a Abol, o fundamental é priorizar os colaboradores e clientes, investir em tecnologias estratégicas para alavancar o negócio – como o data analytics –, ter persistência, fortalecer o networking e melhorar os controles e a gestão interna.

Segundo Marcella Cunha, o segmento alimentício é o que tem apresentado maior estabilidade em momentos de crise, mas setores como o agronegócio, autopeças e varejo devem puxar o crescimento. “O ganho de competitividade está atrelado à melhoria de processo aplicando engenharia, eficiência interna na cadeia de custos e produtividade”, acentua.

A DHL Supply Chain, que faz parte do grupo alemão Deutsche Post DHL, concentra seus esforços em melhorar a flexibilidade e agilidade dos processos logísticos, destaca Solon Barrios, vice-presidente de transportes da subsidiária brasileira. Em fevereiro, a empresa anunciou investimentos de R$ 800 milhões no Brasil até 2025, destinados a impulsionar novas oportunidades nos mercados de transporte, e-commerce e saúde.

Parte dos investimentos visa apoiar a modernização e expansão de áreas de armazenagem em cinco Estados (São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás), com destaque para sua operação de Extrema, no sul de Minas. “Em transporte, nosso plano inclui a expansão da rede nacional de hubs de transbordo e consolidação de carga, o investimento em sistemas de gestão de frota e análise de dados e ampliação da frota elétrica, que já supera atualmente 80 veículos”, conta Barrios.

A tecnologia tem sido ponto forte das alternativas adotadas pelos operadores logísticos. A norte-americana Penske, que neste ano completa 25 anos de operação no país, conseguiu consolidar-se em um mercado extremamente desafiador e competitivo, afirma Paulo Sarti, diretor-presidente da filial brasileira. A empresa foi bem-sucedida graças à estratégia de asset light (sem muitos ativos, como imóveis), de modo a destinar a maior parte dos investimentos a soluções tecnológicas.

“Com essa abordagem, podemos oferecer customização para cada cliente, com benefícios tangíveis, como corte de custos, melhorias significativas na gestão do estoque e aumento da competitividade em relação aos concorrentes”, afirma. Está nos planos da Penske implantar ainda neste ano um novo WMS (sistema de armazenagem) e inaugurar um novo hub para a consolidação de cargas.

A Sequoia Logística e Transportes, cuja atuação engloba operações logísticas de e-commerce e tecnologia, investe forte em automação, “o que é cada vez mais crucial para a produtividade, especialmente para uma empresa que atua com hubs logísticos”, diz Bruno Henrique Souza, vice-presidente de operações.

“Além disso, investimos nos processos de comunicação, tanto com os embarcadores quanto com os destinatários”, diz ele. A Sequoia atua tanto no segmento de serviços para consumidores (B2C) como no de venda para empresas. “Nosso diferencial é ser uma empresa one stop shop, com soluções desde coleta, armazenagem, separação, transporte e logística reversa até conserto de aparelhos para alguns segmentos”, indica.

A empresa francesa FM Logistic também utiliza a tecnologia como grande aliada para minimizar os impactos nos custos dos preços dos fretes, além de manter o padrão dos serviços e a competividade no mercado, segundo Ronaldo Fernandes da Silva, presidente da filial brasileira. Uma das soluções é o uso de software de gestão de transporte, que permite a otimização das rotas, a gestão das entregas, o controle do estoque e a redução de erros”, diz. Além disso, as tecnologias de automação de processos e de inteligência artificial ajudam a aumentar a eficiência do transporte e reduzir custos”, afirma.

O Brasil segue sendo um mercado-chave para os negócios da FM Logistic. A expectativa é dobrar o faturamento regional em três anos, diz Silva. A empresa opera com uma área total de armazenagem de 80 mil metros quadrados, em três centros de distribuição multiclientes localizados em São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Movimenta mais de 105 milhões de toneladas de produtos diversos, especialmente para clientes do e-commerce empresarial. “A perspectiva é seguir no ritmo de crescimento acima de 20% ao ano”, diz.

A preocupação em ganhar mais competitividade nas operações logísticas não mobiliza apenas os responsáveis diretamente pelo armazenamento e entrega das mercadorias aos clientes finais, mas também a outros integrantes da cadeia de suprimentos.

Cinco das principais tradings agrícolas que operam no país – Archer Daniels Midland (ADM), Amaggi, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus Company (LDC) – entraram com pedido de aprovação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para criação de uma joint venture no setor de transporte rodoviário.

O objetivo é ganhar mais agilidade e eficiência no escoamento da produção agrícola. Em especial, nos picos de safra, quando os gargalos logísticos ficam mais evidentes em toda a cadeia. “Não existe a pretensão de resolver todos os problemas do setor, até porque eles passam pelas estradas, portos e capacidade de armazenagem. Mas a intenção é minimizar alguns deles para os sócios”, diz Elvio Moro, responsável pelo projeto. A expectativa é que a nova empresa atenda somente 3% do volume total de cargas das cinco tradings. Os outros 97% dos grãos continuarão sob responsabilidade de transportadoras parceiras e motoristas autônomos.

Fonte : https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/03/30/operadores-logisticos-apostam-em-geolocalizacao-das-encomendas.ghtml

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Metaverso na Logística: sonho ou realidade?

Inovação, tecnologia e digitalização foram destaque no último dia da Intermodal 2023.

A 27ª Intermodal South America, o maior e mais completo evento das Américas de transporte de cargas, logística, intralogística e comércio exterior, teve destaque em seu último dia para como o setor tem encarado e evoluído em tecnologia, inovação e digitalização, já que o mundo todo passa por um grande crescimento em tais áreas.

Em uma das palestras da Arena Intermodal, local aberto ao público para painéis entre os estandes da feira, Rodrigo Vieira dos Santos, coordenador de atividades técnicas do Senai-SP, discutiu o metaverso e sua aplicabilidade na área de logística.

Diferentemente do que muitos pensam, ele lembrou que o metaverso não só pode ser utilizado na logística das empresas, como já está sendo utilizado. “Algumas empresas já saíram na frente e já estão fazendo uso do metaverso em algumas áreas, inclusive na logística. Muitas conseguem ter pelo metaverso um controle total da cadeia de suprimentos, com precisão, digitalização e rastreabilidade”, exemplificou Rodrigo.

Um dos grandes trunfos da utilização do metaverso na logística é conseguir gerenciar o estoque com eficiência mesmo de longe. “Imagina conseguir visitar seus 15 centros de distribuição sentado na sua própria sala, sem precisar perder tempo com deslocamento? É isso que vai acontecer. E com a precisão de centímetros das tags 5G que podem ser colocadas nos produtos para rastreamento e a atualização em tempo real, será exatamente como estar lá fisicamente”, comentou.

Para isso as empresas precisarão dos chamados Gêmeos Digitais, que nada mais são do que cópias da realidade virtualmente aplicadas. “Você pode construir dois tipos de mundos no metaverso. Aqueles que são diferentes da realidade, com cores e formatos próprios, ou aqueles que são réplicas do mundo real. Salas, galpões, prédios. Replicados da realidade para o mundo virtual, tornando a experiência de gerenciamento igual ao do mundo real”, finalizou Rodrigo.

Digitalização e tecnologia
No último painel da XXVI Conferência Nacional de Logística da Intermodal, evento de palestras realizado no mezanino da feira, Pedro Moreira, presidente da Abralog (Associação Brasileiro de Logística), recebeu alguns convidados para debater as macrotendências logísticas, com destaque para digitalização e tecnologia.

A pandemia acelerou muito a utilização de tecnologia, principalmente digital, em inúmeras áreas das empresas. Mas Kelly Carvalho, economista e assessora técnica do Comitê Logística da FecomercioSP, fez questão de lembrar que isso já vinha sendo observado como uma tendência.

“Antes mesmo da pandemia o e-commerce já vinha subindo. Mas realmente com a pandemia potencializou. Muitas empresas partiram marketplace e vendas por redes sociais também.
Dados da Fecomercio mostram que o faturamento real dessas empresas fechou em alta de 36% em 2022, com expectativa de seguir crescendo em 2023. Entendo que é uma grande oportunidade para a maturidade desse processo de e-commerce”, revelou Kelly.

E esse aumento do comércio online acabou ajudando a evolução tecnológica de outros setores nas companhias. “O e-commerce acabou pressionando todos os seguimentos. Todas as empresas precisaram rever a transformação digital. Fizemos uma grande pesquisa com os clientes para entender em que momento estamos. De zero a um. A média de logística ficou em 0,38. Então já sabemos que é um campo onde precisamos crescer”, revelou Angela Ghiller, diretora de produtos de logística da Totvs.

Mas Angela fez questão de alertar que não adianta tentar evoluir na digitalização das áreas, se os dados não estiverem interconectados. “As empresas sabem que precisam ter todos os sistemas conectados. Esse é o básico. Todos os dados digitalizados em tempo real. Percebemos que as empresas têm buscado e estão se preparando. Estão aprendendo a entregar”, comentou.

“A NRF (feira de varejo) falou muito esse ano do básico bem feito. Não adianta querer dar passos largos sem se estruturar para o crescimento. Mundo físico vai se reestruturar, mas não acabar”, garantiu Fernando Gasparini, diretor executivo de Supply Chain da Via. “Partimos para um modelo phygital, onde as experiências se integram. O consumidor vai na loja pra conhecer o produto, mas finaliza a compra no e-commerce. São canais complementares”, completou Kelly.

Expectativas para o futuro
O momento é de transformação no varejo e a pandemia ajudou a acelerar o processo. O digital chegou para ficar e complementar o físico, que está longe de desaparecer. Mas qual é a expectativa para as diversas áreas das companhias neste sentido?

“Chegamos em um novo patamar no e-commerce. Passamos um 2022 com muitas empresas se readaptando com o volume. E agora acabamos atingindo um platô. Um crescimento baixo. O phygital é realidade e vai continuar crescendo. Mais ainda estamos muito atrás em tecnologia, volumes, logística… É um desafio que temos. Aprender e desenvolver. Temos muito o que aprender. E um ótimo jeito é olhar para fora e entender os mercados que estão mais evoluídos nessas áreas”, garantiu Leandro Bassoi, COO Conselheiro da Madeira Madeira.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/03/03/2023/logistica/metaverso-na-logistica-sonho-ou-realidade/

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Amazon amplia parceria com rival do ChatGPT na corrida pela inteligência artificial

Hugging Face, que desenvolve modelo de linguagem para rivalizar com robô virtual da OpenAI, associada à Microsoft, terá maior suporte da divisão de nuvem da empresa de Bezos.

Amazon entra na disputa pelo mercado de inteligência artificial com seu serviço de computação em nuvem AWS Bloomberg.

A Amazon Web Services, divisão de serviço de armazenamento em nuvem da Amazon. está ampliando sua parceria com a startup de inteligência artificial Hugging Face, que está desenvolvendo um sistema rival do ChatGPT. A ideia é oferecer produtos da Hugging Face aos clientes da nuvem, incluindo uma ferramenta de geração de linguagem que compete com a tecnologia por trás do robô virtual da OpenAI.

Deverão ter acesso os clientes que utilizam o serviço de nuvem e que tenham interesse em usar esses recursos para construção de seus próprios aplicativos. A Hugging Face criará também no serviço de nuvem da Amazon a próxima versão de um modelo de linguagem chamado Bloom.

A informação foi dada pelo vice-presidente de banco de dados, análise e aprendizado de máquina da unidade de nuvem da Amazon, Swami Sivasubramanian. A Hugging Face, que cria e hospeda produtos de inteligência artificial desenvolvidos por outras empresas, também está trabalhando com rivais de código aberto do ChatGPT e também usará a AWS para isso, disse o presidente-executivo da startup, Clement Delangue, em entrevista. As duas empresas têm uma relação próxima e já têm mil clientes em comum. Ainda assim, o acordo de nuvem não é exclusivo, pois dá ao Hugging Face a capacidade de trabalhar com outros provedores.

Na corrida pela IA

A AWS já tem mais de 100 mil clientes executando aplicativos de IA em sua nuvem, disse Sivasubramanian. Esses clientes agora poderão acessar as ferramentas Hugging Face AI por meio do programa SageMaker da Amazon.

Além disso, os desenvolvedores de software Hugging Face podem usar o poder de computação em nuvem da Amazon e seus chips projetados para tarefas de inteligência artificial. As empresas não divulgaram detalhes financeiros da parceria, mas a Amazon afirmou que não investiu na startup.

A parceria ocorre em meio a uma série de negócios e investimentos que vinculam os maiores provedores de nuvem a empresas que trabalham com IA generativa. No mês passado, a Microsoft Corp. fechou um acordo para investir na OpenAI, fabricante do ChatGPT, avaliada em US$ 10 bilhões, e usa a tecnologia da startup para seu mecanismo de busca Bing.

O que está em jogo é a capacidade de vender serviços de computação em nuvem para aproveitar o boom do interesse por programas generativos de IA, capazes de criar textos, fotos e gráficos.
Como os programas classificam um grande volume de conteúdo existente para gerar algo novo, eles exigem um poder de computação considerável fornecido pela nuvem e representam negócios lucrativos para Amazon, Microsoft e Google.

Fonte : https://oglobo.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2023/02/amazon-amplia-parceria-com-rival-do-chatgpt-na-corrida-pela-inteligencia-artificial.ghtml

GS1 Brasil incentiva entrada das MEIs nos marketplaces

Os mais de 14,8 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) espalhados pelo Brasil — dados do governo federal de 11 de fevereiro de 2023 — contam com o apoio cada vez maior da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, que a partir de agora oferece duas novas categorias exclusivas para que essas empresas tenham acesso aos códigos de barras padronizados (EAN Registrado). A entidade oferece aos MEIs condições técnicas, para que consiga ter todos os requisitos necessários para vender seus produtos nos principais marketplaces no Brasil e no Mundo.

“Estamos sempre atentos às tendências de mercado e às novas necessidades, por isso criamos novas categorias de associação voltadas aos milhões de empreendedores individuais que atuam no País”, destaca João Carlos de Oliveira, presidente da GS1 Brasil, ao explicar que, para vender nos grandes marketplaces, é preciso ter o GTIN (Código EAN) padrão de identificação gerenciado e atribuído pela GS1 Brasil.

As novas categorias exclusivas para MEI permitem ao empreendedor cadastrar 10 ou 110 produtos, já que o código de barras é único para cada item, como se fosse o CPF do item comercial.

O uso do GTIN (Código EAN) para a identificação dos itens comerciais aumenta a relevância nos resultados de busca nas plataformas de marketplace e nos buscadores na Web, além de facilitar a pesquisa de preços. Isso faz com que a experiência do cliente e a qualidade e eficiência do catálogo de produtos sejam aperfeiçoadas.

Além dos códigos de barras, os associados nessas categorias terão acesso ao Cadastro Nacional de Produtos plataforma que faz a gestão dos dados de produtos de forma rápida e simples. Os microempreendedores individuais associados também poderão realizar a sincronização de seus produtos da base de dados global e no Cadastro Centralizado de GTIN (CCG), que é o banco de dados das Secretarias de Fazenda, para emissão de notas fiscais eletrônicas de acordo com a legislação vigente.

Fonte : https://tiinside.com.br/16/02/2023/gs1-brasil-incentiva-entrada-das-meis-nos-marketplaces/

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Tendências tecnológicas que impactarão o mercado de logística brasileiro

No final do ano passado, aconteceu a Missão Internacional do Transporte à Alemanha, promovida pelo Sistema CNT. Tivemos a oportunidade de participar de uma imersão com foco em inovações tecnológicas na área do transporte. Visitamos as principais feiras da área, fizemos visitas técnicas em fábricas de grandes marcas e networking com os empresários brasileiros que participaram da missão e também com outros líderes e empreendedores alemães.

O objetivo dessa empreitada foi mergulhar no que existe de mais recente e tecnológico no setor de transporte para conseguir antecipar tendências automotivas aqui no Brasil, que podem impactar o nível de serviço, custos e, inclusive, redução de emissão de poluentes.

Um dos maiores destaques foi a questão ambiental. Vimos como as principais marcas estão inovando para, cada vez mais, diminuir o impacto negativo causado ao meio ambiente. Isso pode ser visto através das tendências no uso de carros elétricos e movidos a hidrogênio, além das diversas formas de se economizar energia e facilitar o carregamento desses veículos. Outra grande tendência foi o uso de veículos autônomos.

Energias renováveis

Esse é o futuro para o mercado de transporte mundial, pois cada vez mais as empresas estão focadas em reduzir os danos em um curto prazo. Além disso, a crise energética na Europa acelera esse movimento de redução do uso de combustíveis fósseis. Para atingir esse objetivo, o investimento está sendo direcionado para tecnologias que visam à redução de gases para outras alternativas de geração de energia, entre outros.

Uma dessas tecnologias é o uso de motores movidos a hidrogênio, que prometem uma autonomia que pode ser comparada a veículos a diesel. Já os modelos movidos por baterias recarregáveis, apesar de mais baratos do que as soluções de hidrogênio, têm uma autonomia menor e uma necessidade de locais de abastecimento em seus trajetos. Ainda, temos soluções híbridas combinando tecnologias, como: diesel + elétrico, hidrogênio + elétrico, elétrico + solar, elétrico convencional + elétrico via coletor aéreo (como nos bondes elétricos), entre outros.

Aqui no Brasil, devemos ver essas tendências em menor escala, pois o biodiesel é uma fonte de energia economicamente mais viável (chegando a ser três vezes mais barato do que caminhão elétrico), e com pouca diferença em termos de emissão de carbono quando comparado com toda a cadeia de produção de hidrogênio ou do sistema de locomoção elétrico.

Veículos autônomos

A falta de mão de obra, assim como a busca por uma maior segurança de motoristas e transeuntes, impulsiona a tendência de soluções tecnológicas de veículos autônomos.

Caminhões autônomos são veículos que circulam sem motorista, seguindo uma série de comandos previamente programados para rodar na estrada. Neste momento, a maioria das soluções são L3, ou seja, veículos em que o motorista precisa estar disponível para tomar a direção. As soluções L4, tecnologia em que em certas rotas e aplicações o motorista não é mais necessário, ainda estão em testes. E soluções L5, de autonomia completa, ainda não estão disponíveis no mercado.

Apesar de a tecnologia ainda estar em desenvolvimento e o custo ainda ser impeditivo para a aplicação em massa no transporte de cargas no Brasil, a mesma tendência de falta de motoristas vista na Europa começa a ser vista aqui no mercado brasileiro e pode acelerar a adoção dessas soluções.

Benefícios para o mercado logístico brasileiro

Acredito que, além do benefício ambiental, o mercado poderá contar com uma grande redução de custos a longo prazo, com a utilização de técnicas e recursos renováveis que poderão custar cada vez menos com o passar dos anos.

Outro ponto que vimos durante nossa visita às feiras foram as propostas relacionadas a tecnologias de last mile, como roteirização, visibilidade de entrega em tempo real e cerca eletrônica.

Em um mundo cada vez mais conectado e veloz, as coletas e as entregas se tornam mais frequentes e em menores quantidades. Isso torna cada vez mais essencial uma boa gestão do first e do last mile de maneira a otimizar o processo logístico, reduzindo prazos e melhorando a visibilidade das encomendas.

É muito importante que estejamos sempre acompanhando os desenvolvimentos relacionados à mobilidade e a toda a demanda por uma cadeia de logística mais moderna e eficiente, objetivando a melhoria contínua em termos de segurança, eficiência nos processos e no uso consciente dos recursos.

Fonte : https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/tendencias-tecnologicas-que-impactarao-o-mercado-de-logistica-brasileiro

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Corrida da inovação: Alibaba testa ferramenta de IA no estilo ChatGPT

A gigante chinesa é a mais recente empresa de tecnologia a anunciar sua entrada na corrida da inteligência artificial.

O Alibaba disse na quarta-feira (8) que está desenvolvendo uma ferramenta no estilo ChatGPT, a ferramenta que pode gerar artigos, ensaios e até piadas em resposta a solicitações e foi classificado como o aplicativo de consumo de crescimento mais rápido em história.

A versão da ferramenta chinesa está, atualmente, em testes internos e ainda não tem data oficial de lançamento.

A empresa também informou que se concentrou em grandes modelos de linguagem e inteligência generativa por vários anos. Estes modelos de linguagem ampla são sistemas de processamento de linguagem natural que são treinados em grandes volumes de texto e são capazes de responder e compreender perguntas, bem como gerar novos textos.

A empresa chinesa é a mais recente concorrente na corrida pela inovação que começou no fim do ano passado, quando a OpenAI lançou o ChatGPT. Na segunda-feira (6), Sundar Pichai, CEO do Google e da Alphabet apresentou o Bard, um chatbot inteligente para chamar de seu, e procurou acabar com as impressões de que a gigante de tecnologia estaria chegando com algum atraso ao debate de inteligência artificial.

A gigante de buscas Baidu também anunciou que planejava concluir o teste de seu “Ernie bot” em março e a Microsoft, uma das investidoras da OpenAI vinculou o ChatGPT ao seu mecanismo de busca Bing.

Fonte : https://www.infomoney.com.br/negocios/corrida-da-inovacao-alibaba-baba34-testa-ferramenta-de-ia-no-estilo-chatgpt/

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Google anuncia Bard, ferramenta rival do ChatGPT

CEO da empresa diz que implementação ao motor de buscas será nas próximas semanas.

Sundar Pichai, CEO do Google e da Alphabet, anunciou no último dia 6 de fevereiro um novo serviço que será incorporado ao mecanismo de busca. Trata-se do Bard, ferramenta de inteligência artificial conversacional que está em período de testes antes de ser lançada ao público.

A novidade foi transmitida por meio do Google Blog, em um post intitulado “Um próximo passo importante em nossa jornada pela inteligência artificial”. De acordo com o executivo, a novidade deve chegar aos usuários nas semanas seguintes.

Mas, afinal, o que é o Bard?
Assim como o ChatGPT, o Bard é um modelo de linguagem, tecnologia que avalia parâmetros de probabilidade de sequência de palavras e frases para entregar uma resposta em linguagem natural e compreensível ao ser humano.

Esse tipo de inteligência se baseia em um banco de dados. No caso do ChatGPT, por exemplo, a checagem toma como base toda a internet, muito embora ainda existam limitações, como o fato de que a varredura é realizada apenas em páginas publicadas até 2021. Esse tipo de problema pode levar a informações desatualizadas.

Contudo, é preciso ter em mente que a tecnologia avança em uma velocidade jamais imaginada. A famigerada “Lei de Moore” previu que os avanços tecnológicos dobrariam a cada dois anos. No atual estágio, isso acontece a cada 6 meses (Cornell University, 2022).

O Bard será alimentado pela LaMDA (Language Model for Dialogue Applications), ferramenta de IA que ganhou capas de sites e jornais em 2022, quando um de seus engenheiros se demitiu por concluir que a máquina tornou-se consciente (The Washington Post, 2022).

Não há como saber qual é o real potencial desse modelo de linguagem até o seu lançamento. Mas, de acordo com Sundar Pichai, “o Bard combina a amplitude do conhecimento do mundo com o poder, a inteligência e a criatividade de nossos modelos linguísticos. Baseia-se nas informações disponíveis na web para fornecer respostas atualizadas e de alta qualidade”.

O Google tem um longo histórico de inovações tecnológicas na área de inteligência artificial. De fato, o “T” do ChatGPT significa “Transformer”, tecnologia generativa criada pelo próprio Google.

Em seu anúncio, Pichai cita que a companhia continuará a incentivar os avanços no segmento, oferecendo a possibilidade de utilização da linguagem da LaMDA como um API para desenvolvedores. Ele também reitera a responsabilidade ao lidar com tecnologias tão avançadas, citando um documento chamado “Princípios da AI”, desenvolvido pelo Google em 2018.

O fim do monopólio do Google?
O anúncio vem como forma de rebater opiniões de que o maior buscador do mundo poderia estar diante de ameaças.

Em setembro de 2022, Prabhakar Raghavan, vice-presidente da companhia, assumia a preocupação em relação à crescente tendência de buscas fora do Google pela geração Z.

De acordo com ele, “40% dos mais jovens utilizam o TikTok ou o Instagram para encontrar um lugar para comer”, citando, inclusive, novos modelos de perguntas utilizados nessas plataformas (Forbes, 2022).

Como consequência, o Google realizou uma série de mudanças em sua ferramenta de buscas, tornando-a mais visual e lançando opções que interpretam tanto texto quanto imagens.

Porém, o maior baque ocorreria dois meses depois, com a chegada do ChatGPT ao alcance do público. A ferramenta de inteligência artificial generativa alcançou 100 milhões de usuários apenas dois meses após o lançamento (The Guardian, 2023).

À época, grandes veículos de imprensa como The New York Times (2022) e Bloomberg (2022) destacaram manchetes que previam indícios de forte concorrência ao líder em market share há anos.

Isso porque a ferramenta da OpenAI oferece uma nova experiência de busca, na qual não é necessário clicar em links para obter as respostas desejadas em um formato que estimula a conversação e a continuidade da busca.

O assunto ganhou ainda mais destaque quando a Microsoft, dona do buscador rival Bing, anunciou investimento de 10 bilhões de dólares na companhia (Forbes, 2023). A nova versão de seu mecanismo de busca será alimentado por um modelo atualizado do GPT-3.5 (The Verge, 2023), ainda mais poderoso que o anterior e chamado de “Prometheus”.

A CEO da empresa, Satya Nadella, decretou: “a corrida começa hoje e vamos nos mover depressa. Esperamos nos divertir muito inovando novamente nas buscas, pois já estava na hora”.

A Microsoft não é a única a que deseja emergir diante desse novo cenário. O Baidu, buscador chinês, anunciou que pretende implementar o seu próprio chat à busca (CNN, 2023).

O Yahoo Search reativou sua conta no Twitter e dá claros indícios de que voltará a investir nas buscas (Search Engine Land, 2023). E rumores dizem que a Apple pode lançar o seu próprio motor de pesquisa (Macworld, 2022). Sem contar novas ferramentas que surgiram recentemente, como o You.com.

Um movimento desesperado?
A revelação do Bard pode aparentar uma atitude desesperada do Google diante da ascensão do ChatGPT e sua inclusão no Bing, especialmente após o acionamento interno do “código vermelho” e a convocação dos antigos executivos Larry Page e Sergey Brin para a “guerra fria” da inteligência artificial (The New York Times, 2023).

Não é de hoje que a empresa realiza esforços focados nesse tipo de tecnologia. “[…] (a inteligência artificial) abre novas oportunidades que podem melhorar significativamente bilhões de vidas. É por isso que reorientamos a companhia em torno da IA há cerca de 6 anos”, disse Pichai em seu comunicado.

Para ele, é a forma mais importante de entregar a missão da empresa: “organizar as informações do mundo e torná-las acessíveis e úteis”.

Em outro post recente do Google Blog, James Manyika, Vice-Presidente Sênior de Tecnologia e Sociedade, comentou sobre as preocupações da companhia para garantir que as ferramentas de IA cheguem ao público de maneira consciente.

“Compreendemos que a IA, enquanto tecnologia emergente, apresenta complexidades e riscos. Nossa utilização de IA deve considerá-los. É por isso que, como empresa, avaliamos como essencial utilizá-la de maneira responsável”, relatou.

Em uma era em que as fake news ganham a atenção da sociedade, a credibilidade da informação é uma preocupação latente para respostas concedidas por meio da inteligência artificial.

Fonte : https://www.conversion.com.br/blog/google-bard/?utm_campaign=google_anuncia_bard_ferramenta_rival_do_chatgpt&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

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