Correios inaugura centro de tratamento de encomendas em Guarulhos, SP

Na manhã de segunda-feira (24/04), os Correios inauguraram o Centro de Tratamento de Encomendas (CTE) na cidade de Guarulhos/SP. O investimento total na unidade no período 2023-2024 será de R$ 212 milhões. De acordo com a estatal, o terreno mede 24 mil m2, com mais de 19 mil m2 de área construída. A região atendida será a zona leste da capital, Guarulhos, Alto Tietê e São José dos Campos — ou seja, 15 municípios do estado de São Paulo.

O CTE Guarulhos ampliará a capacidade operacional e a qualidade dos serviços prestados aos clientes da estatal. Com potencial de tratamento de 700 mil encomendas/dia, o novo centro está inserido no projeto de expansão da malha de tratamento de encomendas dos Correios. Neste caso, tem previsão de recebimento da maior máquina de automação de triagem da empresa.

Fortalecimento dos Correios nacionalmente
Em seu discurso na solenidade de inauguração, o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, destacou que os Correios foram retirados da lista de privatizações pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “Hoje damos um passo importante em direção ao cumprimento da missão que o presidente Lula confiou a todos nós: fortalecer os Correios em seu papel de integrador nacional”.

Além disso, o executivo ressaltou que os investimentos nesse sentido estão sendo realizados e que a inauguração da nova unidade é um exemplo. “Sabemos que a economia brasileira será fortalecida nos próximos anos, que o poder de compra das pessoas será recuperado, que a indústria voltará a crescer — e temos que estar preparados para esse crescimento”.

Participaram do evento: Juscelino Filho, ministro das Comunicações; Fabiano Silva dos Santos, presidente dos Correios; Alencar Santana, deputado federal; José Rorício Aguiar de Vasconcelos, diretor de Administração dos Correios; Temístocles Rodrigues de Azevedo Júnior, diretor de Operações da estatal; José Marcos Gomes, superintendente estadual dos Correios em São Paulo Metropolitana; Rogério Bueno da Silva, vice-presidente do Sintect-SP, além de autoridades, convidados, gestores e empregados da empresa.

Qual o futuro dos marketplaces no Brasil?

Com o passar dos anos e o avanço da tecnologia, os marketplaces se tornaram um dos principais canais de comércio no Brasil, permitindo que empresas de diferentes tamanhos e setores possam oferecer seus produtos e serviços online para um público muito maior. Mas qual será o futuro dos marketplaces no país?

De acordo com o “Cenário da Adoção do Marketplace Online” – pesquisa realizada pela Mirakl, em 2021 – 86% da população brasileira reconhece as compras online como a forma mais favorável para consumir produtos. No ano seguinte, a pesquisa feita pela Retail X, mostrou que o varejo digital brasileiro registrou o maior crescimento durante o ano, registrando um total de US$ 8,1 bilhões (R$ 39,2 bilhões), e a estimativa é que, em 2023, tenha um crescimento estimado em R$ 185,7 bilhões segundo levantamento recente da ABCOMM (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).

Os marketplaces no Brasil têm um futuro promissor, pois têm sido uma opção cada vez mais popular para compras online. Essa popularidade é impulsionada pelo fato de que os marketplaces oferecem uma ampla variedade de produtos de diferentes fornecedores, permitindo aos consumidores encontrar o que precisam em um só lugar, com entrega do pedido até no mesmo dia.

Pensando nisso, listo abaixo 3 tendências para os marketplaces nos próximos anos:

Mudança no comportamento dos consumidores

Após a mudança repentina por conta da crise sanitária da Covid-19 e o avanço da tecnologia, muitos consumidores adotaram a prática de comprar seus produtos através da internet e se tornaram mais exigentes em relação a alguns processos, como a entrega, que deve ser sempre rápida e a troca ou devolução de um produto sem maiores transtornos. Por mais que as compras sejam realizadas à distância, os clientes continuam com altas expectativas para receber seus produtos em ótimo estado e com um atendimento eficiente.

Com o passar dos anos, muitas coisas mudaram, mas, o desejo de ser bem atendido e ter sucesso em uma negociação, continua o mesmo. Com a diferença na rotina do consumidor, é necessário que os marketplaces tenham um planejamento para atingir todas as expectativas e necessidades dos clientes, gerando valor aos mesmos.

Hoje, os marketplaces contribuem com a confiança do cliente no momento da compra online. Ter uma grande empresa por trás da venda faz com que eles percam o “medo” de estar se envolvendo em uma fraude ou golpe, além disso, traz a garantia de que caso aconteça qualquer problema, terão o suporte necessário para que seja resolvido.

Concorrência no mercado brasileiro

O mercado brasileiro é altamente competitivo, e isso acontece pois diversas empresas disputam a preferência dos consumidores a todo tempo, fazendo com que o setor se expanda e tenha mais opções de mercadorias e serviços. Mas o que observamos com muita clareza, é que os comércios digitais brasileiros são obrigados a pensarem fora da caixa para conseguirem se equiparar aos players internacionais, como a Amazon que está presente no mercado há alguns anos e a SHEIN e a Shopee, que se consolidaram aqui mais recentemente. O motivo de eles ‘roubarem’ os holofotes do mercado nacional, se deve as opções de entrega e aos produtos com custo benefício que enchem os olhos do consumidor, e que não são encontrados com essas opções facilmente aqui.

Essa competição que acontece entre os marketplaces é normal, é uma forma de estratégia que muitos estabelecimentos utilizam para se sobressaírem. Se realizarmos uma pesquisa, é possível ver que existe uma variedade de valores em cima do mesmo produto, fazendo com que os consumidores tenham uma preferência pelas lojas que estão mais em conta. Um diferencial que as empresas adotam para gerar uma experiência melhor para os consumidores, é a utilização de cupons de descontos e frete com um valor mais acessível.

Consolidação dos big players

A consolidação dos “big players” está cada vez mais presente no comércio online. Esse processo ocorre quando uma grande empresa se funde ou adquire empresas menores, para ganhar mais escala e aumentar sua participação no mercado, diminuindo a concorrência.

Enquanto nos EUA existem três a quatro marketplaces consolidados, como Amazon, eBay, Walmart e Aliexpress, no Brasil este número é de duas casas decimais. A tendência é que as pequenas sejam absorvidas ou dizimadas pelas grandes, e isso não é necessariamente ruim, pois mantém o mercado mais focado.

Entregas expressas procuram ir além do B2B

Empresas especializadas no transporte de encomendas preveem grandes desafios a enfrentar neste ano.

A percepção entre as empresas especializadas no transporte de encomendas é a de que enfrentarão um grande desafio em 2023. Com expectativa de crescimento abaixo do Produto Interno Bruto (PIB), as companhias estão empenhadas em ampliar sua participação no mercado e investem para ganhar eficiência nas operações.
No caso da Jadlog, por exemplo, o objetivo é buscar uma integração muito rápida com o cliente, diz o CEO Bruno Tortorello. “Também investimos em segurança da informação contra invasões para roubo de dados. Com essa estratégia, crescemos 20% no ano passado em faturamento e vamos repetir esse crescimento neste ano”, afirma.

Tortorello acredita que 2023 será um ano difícil, de baixo crescimento econômico e alto endividamento, o que afeta o consumo. “Mas seguiremos com os cuidados que toda empresa precisa ter em anos assim, que é racionalizar investimentos e buscar mais eficiência nas operações”, explica.

Ele destaca que o segmento de e-commerce cresceu de forma expressiva durante a pandemia e vem se ajustando com o fim do distanciamento social. No B2B, negócios entre empresas, houve avanço e as vendas retomaram o patamar pré-pandemia. No ano passado, o segmento cresceu 20% e tem mantido esse ritmo. Avança menos do que o B2C – voltado ao consumidor final –, que cresceu 50%.

“A Jadlog nasceu com o B2B, mas tem crescido bastante alavancada pelo B2C”, afirma o executivo. Para entender cada vez mais o consumidor final, a empresa conta com a experiência e os investimentos da GeoPost, holding controlada pelo grupo La Poste (correios franceses), que desde 2020 detém 98% do capital da Jadlog.

De acordo com Tortorello, o B2C representava 20% dos negócios da Jadlog em 2016 e hoje já chega a 70%, com potencial de avançar mais. Por isso, a empresa tem investido mais no segmento, buscando viabilizar o e-commerce como um todo. Uma das iniciativas nesse sentido foi criar uma rede de três mil pontos locais, onde o consumidor pode retirar sua encomenda no dia e horário que escolher. Segundo ele, hoje a empresa tem a maior abrangência no país depois dos Correios e alcança 5.300 municípios.

Também especializada em soluções logísticas para transporte de mercadorias, a Jamef segue a mesma estratégia. De acordo com o CEO da empresa, Ricardo Botelho, com o fortalecimento do e-commerce durante a pandemia, a companhia, que atua principalmente na cadeia B2B, ampliou o atendimento ao consumidor final.

“Na pandemia, o B2C chegou a representar 45% de toda a carga que a empresa transporta. Com o fim do distanciamento social, esse segmento voltou aos patamares anteriores e hoje representa 30% do que é transportado, ficando os 70% restantes com o B2B”, informa. Com o aumento da demanda pelo comércio eletrônico, cresceu também a necessidade de maior controle da operação e de ganho de eficiência no manuseio da carga, o que impulsionou o desenvolvimento tecnológico.

Para enfrentar esse cenário, a Jamef investiu R$ 30 milhões num grande centro operacional em Osasco, na Grande São Paulo, que terá software de separação automática de pacotes cuja capacidade é duas vezes superior à do centro de Barueri. A expectativa é de movimentar em média 60 mil volumes diariamente nesse centro, podendo chegar a 102 mil volumes/dia, em datas estratégicas, como Natal e Black Friday. A empresa também procurou aumentar a proximidade com o consumidor final e implantou uma rede de postos avançados, para dar agilidade ao processo de entregas B2C.

Especializada no transporte de carga tradicional, com maior valor agregado, a empresa utiliza protocolos de segurança e gerenciamento de risco, com escolta quando necessário. “Neste ano, devemos manter dois dígitos de crescimento, com o aumento de nossa participação dentro do segmento de entregas expressas”, diz Botelho. A Jamef vai investir R$ 12 milhões em tecnologia, com foco em ampliar a integração com o cliente, para que ele tenha em tempo real o posicionamento da carga. “Dentro do B2B, queremos dar a máxima eficiência e capilaridade: nosso papel é tirar o produto da fábrica e entregar diretamente aos pontos de venda, sem necessidade de distribuidores”, diz.

Glaucia Megna, diretora de vendas da FedEx no Brasil, também destaca a importância do e-commerce para o segmento. Ela acredita que o desempenho do mercado de entrega expressa está mais condicionado ao vigor da economia do que os demais tipos de serviço, mas afirma que a popularização do comércio eletrônico, muito por conta dos novos hábitos de compra adquiridos durante a pandemia, é um fator positivo para o segmento expresso.

“As empresas precisam estar preparadas para atender seus clientes na velocidade que eles precisam. Mesmo com o fim da pandemia e o menor crescimento do comércio eletrônico, esse é um tipo de serviço que continuará em evidência e com muitas oportunidades de avançar, o que também beneficiará o segmento expresso”, afirma.

De acordo com ela, na FedEx, o e-commerce é um dos pilares de crescimento em todo o mundo e, no Brasil, é uma das prioridades operacionais. Por isso, a empresa procura sempre melhorar a sua estrutura e o portfólio de produtos. Um dos investimentos mais recentes foi a modernização das infraestruturas do centro logístico em Cajamar (SP) e a abertura de dois novos centros logísticos: um em Serra (ES) e outro em Conde (PB). Outros investimentos foram feitos na automatização das suas instalações, para padronizá-las em termos de tecnologia e segurança, tendo como referência as instalações da empresa nos Estados Unidos.

Apesar do cenário positivo, a empresa anunciou cortes em suas equipes, com o desligamento de mais de 10% de seus executivos em nível mundial, incluindo o Brasil. “É sempre uma decisão difícil, mas temos a obrigação de ajustar nossas estruturas para nos alinharmos às novas demandas dos clientes e realidades do mercado”, diz Megna.

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Centros de distribuição investem em novas unidades

Otimização da cadeia de suprimentos demanda maior atenção à tecnologia, produtividade e processos.

Em um ambiente de incerteza na economia, os centros de distribuição (CDs) mantiveram investimentos em tecnologia, inovação, produtividade e processos, em busca de otimização na cadeia de suprimentos. A DHL Supply Chain, uma das líderes em contratos logísticos no país, é uma das que devem liderar o processo nos próximos anos.

A empresa, braço de armazenagem e distribuição da alemã DPDHL, vai desembolsar R$ 800 milhões até 2025 na construção de CDs sustentáveis, na modernização de sua frota de transporte (eletrificação) e na automação e robotização de suas operações. Neste ano, a DHL Supply Chain já colocou em operação um CD em Aparecida de Goiânia (GO), outro em Viana (ES) e mais um em Itapoá (SC), totalizando uma área de 31 mil metros quadrados (m²).

Até dezembro, a empresa vai erguer outros 120 mil m² em Extrema (MG), distribuídos em mais de um armazém. Em 2024, de acordo com Marcos Cerqueira, vice-presidente de saúde da DHL Supply Chain, Minas Gerais deve ganhar outro CD de 100 mil m² e, para 2025, a empresa adquiriu um terreno de 300 mil m² em Jundiaí (SP), onde construirá um armazém de 138 mil m².

Com essas novas unidades, o estoque da empresa deve se aproximar de 1,5 milhão de m² no país, a maior parte concentrada na região Sudeste. Cerqueira ressalta que, em 2022, a DHL inaugurou uma área de armazenagem de 45 mil m² em sua filial de transportes em Jandira/Barueri (SP).
“Nosso objetivo é continuar a atender setores com perspectivas de crescimento, onde ainda há espaço para maior penetração, como é o caso do e-commerce, e onde há demanda reprimida, como o setor de tecnologia. Nosso negócio é resiliente”, diz Cerqueira. Outros segmentos que têm animado a DHL são: varejo, saúde, consumo e automotivo. A companhia atende 200 empresas no país.

A ID Logistics Brasil, que tem 55 operações espalhadas entre São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Espírito Santo, também acaba de colocar em operação o primeiro CD no Brasil em parceria com a Diageo, líder mundial no segmento de bebidas alcoólicas premium. De acordo com Gilberto Lima, CEO da empresa, a operação amplia a parceria internacional entre ambas as companhias. A Diageo é hoje dona das marcas Johnnie Walker, Tanqueray, Smirnoff, Ypióca, Baileys, Don Julio e Guinness, entre outras.

O novo CD da ID Logistics Brasil, subsidiária da multinacional ID Logistics, presente em 18 países, se soma a outros seis que a empresa loca em Extrema (sul de Minas Gerais), cidade considerada estratégica devido à facilidade de acesso às principais regiões do país e aos benefícios fiscais concedidos pelo município, onde a empresa conta com 130 mil m² de armazéns.
Lima informa ainda que, até o fim do ano, a empresa vai iniciar operações em outros quatro CDs que se encontram em construção na mesma cidade mineira. Embora a ID Logistics Brasil não conte com CDs próprios no país, Lima diz que está em estudo a construção de um que será destinado a um cliente que a companhia tem no Brasil e no exterior.

“O estudo de viabilização que vai definir o tamanho e o montante de investimento necessário deve ser concluído até o fim de março”, afirma Lima. Se o projeto vingar, o armazém será construído em Minas. “A decisão para erguer um CD passa por um contrato de pelo menos dez anos com o cliente.”
O grupo ID Logistics, que em 2022 faturou 2,5 bilhões de euros, opera mais de 355 CDs (8 milhões de m²) em 18 países da Europa, América, Ásia e África. A sua subsidiária no Brasil administra quase 900 mil m² de armazenagem, destinados a players de grande porte nos segmentos de varejo, industrial, FMCG (fast moving consumer goods), cosméticos e e-commerce. Entre seus principais clientes estão a Danone, Unilever, Privalia, Carrefour, Nívea, Heineken, Ambev e, agora, a Diageo.

A RaiaDrogasil (RD) é outra que acabou de iniciar operações de um novo centro de distribuição de 17 mil m² em Cuiabá (MT). Trata-se do décimo segundo CD da rede, que, além de atender Mato Grosso, suprirá o Mato Grosso do Sul, Rondônia e Acre. “É um investimento que possibilitará o abastecimento das farmácias dessas regiões com maior agilidade e entregas mais rápidas para os clientes de 200 farmácias da rede”, diz Erivelton Marcos Oliveira, diretor-executivo de supply chain da RD. Segundo ele, o investimento no novo armazém foi de R$ 56 milhões.

Ainda neste ano, a RaiaDrogasil vai abrir mais dois CDs, um no Pará e outro no Amazonas, com os quais serão 14 CDs em todo o Brasil. “O de Manaus (AM) será um modelo novo de tudo o que temos atualmente. Será menor, de 3,5 mil m², mas vai atender cerca de 50 farmácias”, diz Oliveira. Segundo ele, a logística para o Amazonas tem desafios que precisam ser vencidos, como a ausência de rotas rápidas via malha rodoviária, o que obriga o uso de transporte aéreo, que é mais caro. “A instalação dessa nova operação funcionará como um hub para abastecer de forma mais rápida as nossas farmácias do Amazonas.”

Oliveira diz que o vetor de inauguração de novos CDs está diretamente ligado à expansão das farmácias da companhia. Desde a fusão da Raia e da Drogasil, em 2011, foi triplicado o número de farmácias da rede no país. E, desde 2018, a empresa vem investindo na transformação digital, inserindo milhões de consumidores aos canais de e-commerce. “Tudo isso mexeu com a estrutura logística da RD e foi preciso investir em reformas, ampliação e inauguração de novos CDs. A logística é uma peça-chave na estratégia 2025 de ser a empresa que mais promove saúde e bem-estar para a sociedade.” Para Oliveira, a logística está agora em um patamar de destaque na RD.

Operadores logísticos apostam em geolocalização das encomendas

Aquisições para expandir atuação e tecnologia para agilizar tempo de resposta ao cliente sustentam estratégias para superar incertezas da economia.

Altamente fragmentado, o que favorece um intenso movimento de fusões e aquisições e a abertura de novas frentes de negócios, o mercado brasileiro de operadores logísticos mantém bom ritmo de crescimento neste ano, mesmo num cenário de economia ainda instável.

A preocupação de algumas empresas é ampliar o controle da geolocalização das encomendas que estão com seus entregadores. A Temp Log, que atua com armazenamento, fracionamento e transporte de produtos para a indústria farmacêutica (movimenta 40% da toxina botulínica que circula no país), tem entre suas prioridades a gestão do atendimento no pós-venda.

“O objetivo é agilizar o tempo de resposta ao cliente, com a revisão dos aplicativos móveis de rastreabilidade das entregas”, explica Ricardo Canteras, diretor comercial da Temp Log. “Em cinco anos”, diz ele, “não será mais possível fazer logística sem data e hora das entregas.”
No caso da JSL, uma das maiores empresas de logística do país, controlada pelo grupo Simpar, a base de crescimento nos próximos meses vem dos contratos fechados nos segmentos de papel e celulose, mineração, automotivo, alimentos e bebidas, aponta Ramon Alcaraz, CEO da companhia.

No front interno, a estratégia consiste em buscar sinergias com os atuais clientes para ampliar a participação nas operações de cada um. “No ano de 2022, celebramos R$ 6 bilhões em novos contratos com prazo médio de 50 meses, sendo 93% em clientes já existentes”, informa. A frente internacional é outro ponto de destaque. O plano de expandir no exterior começou com a operação na África do Sul, na qual já foram destinados investimentos de cerca de R$ 140 milhões.

Para complementar a atuação nessas duas frentes, a JSL busca aumentar a competitividade com a diversificação de seu mix de serviços. No início de março, a empresa anunciou a aquisição da IC Transportes. A operação, no valor total de R$ 587 milhões, abre a possibilidade de atuar nos mercados de grãos, fertilizantes e combustíveis.

Com 370 clientes, a IC Transportes é uma das maiores empresas do setor, com uma receita líquida de R$ 1,4 bilhão em 2022. “A IC Transportes se torna a segunda maior empresa do grupo Simpar, e vai melhorar nosso portfólio em segmentos em que não estávamos presentes”, diz Alcaraz.
Também empenhada em fortalecer suas operações, a Multilog aposta no crescimento orgânico e em novas aquisições, segundo seu presidente, Djalma Vilela. Fundada em Santa Catarina, a empresa tem unidades distribuídas no Nordeste, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Em 2022, a Multilog foi às compras. Adquiriu a Martins Medeiros, na região Nordeste, e a Apoio Logística, aquisições que permitiram ampliar a estrutura comercial em São Paulo e Santa Catarina. “Com isso, encerramos 2022 com a marca de R$ 1 bilhão em faturamento, alcançando a meta prevista para 2025”, conta Vilela.

A Multilog opera todos os serviços de logística para diversos segmentos (alimentos, bens de consumo, saúde, químico, automotivo e agronegócio), com 38 unidades em pontos de fronteiras secas no Mercosul, 2,2 milhões de metros quadrados em áreas de armazenagem, incluindo 13 unidades alfandegadas e 15 centros de distribuição.

“Em 2023, devemos seguir expandindo nossa atuação com investimentos na estrutura de operações e em tecnologia e olhando o mercado sob perspectiva de novas aquisições”, diz Vilela. “A previsão é alcançar R$ 1,4 bilhão em faturamento, dos quais 50% provenientes da operação de transportes e centros de distribuição”, assinala.

Com as dificuldades da economia brasileira, os operadores logísticos estão adotando medidas ao longo deste ano que visam flexibilizar contratos, revisar as cadeias de suprimentos, fazer uso mais intensivo de dados, executar o compartilhamento de capacidade e, também, fomentar a multimodalidade, como explica Marcella Cunha, diretora-executiva da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (Abol).

As expectativas para 2023 são positivas e se baseiam na tendência de crescimento registrado em anos anteriores, comenta. Em 2021, por exemplo, de acordo com pesquisa realizada pela Abol e pelo Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), a receita operacional bruta das empresas brasileiras de logística atingiu R$ 166 bilhões, desempenho que garantiu dois milhões de empregos, entre diretos e indiretos, o equivalente a 2% do total de pessoas ocupadas no país, assinala a diretora.

“Mas a inflação de insumos, especialmente de combustíveis, segue como uma preocupação das empresas para este ano”, afirma. “As altas de preço do diesel devem seguir ao menos até o primeiro trimestre deste ano. Não sabemos qual será o impacto no médio e longo prazos. Por isso, todo esforço deve ser feito para mitigar a alta de custos”, diz.
Para a Abol, o fundamental é priorizar os colaboradores e clientes, investir em tecnologias estratégicas para alavancar o negócio – como o data analytics –, ter persistência, fortalecer o networking e melhorar os controles e a gestão interna.

Segundo Marcella Cunha, o segmento alimentício é o que tem apresentado maior estabilidade em momentos de crise, mas setores como o agronegócio, autopeças e varejo devem puxar o crescimento. “O ganho de competitividade está atrelado à melhoria de processo aplicando engenharia, eficiência interna na cadeia de custos e produtividade”, acentua.

A DHL Supply Chain, que faz parte do grupo alemão Deutsche Post DHL, concentra seus esforços em melhorar a flexibilidade e agilidade dos processos logísticos, destaca Solon Barrios, vice-presidente de transportes da subsidiária brasileira. Em fevereiro, a empresa anunciou investimentos de R$ 800 milhões no Brasil até 2025, destinados a impulsionar novas oportunidades nos mercados de transporte, e-commerce e saúde.

Parte dos investimentos visa apoiar a modernização e expansão de áreas de armazenagem em cinco Estados (São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás), com destaque para sua operação de Extrema, no sul de Minas. “Em transporte, nosso plano inclui a expansão da rede nacional de hubs de transbordo e consolidação de carga, o investimento em sistemas de gestão de frota e análise de dados e ampliação da frota elétrica, que já supera atualmente 80 veículos”, conta Barrios.

A tecnologia tem sido ponto forte das alternativas adotadas pelos operadores logísticos. A norte-americana Penske, que neste ano completa 25 anos de operação no país, conseguiu consolidar-se em um mercado extremamente desafiador e competitivo, afirma Paulo Sarti, diretor-presidente da filial brasileira. A empresa foi bem-sucedida graças à estratégia de asset light (sem muitos ativos, como imóveis), de modo a destinar a maior parte dos investimentos a soluções tecnológicas.

“Com essa abordagem, podemos oferecer customização para cada cliente, com benefícios tangíveis, como corte de custos, melhorias significativas na gestão do estoque e aumento da competitividade em relação aos concorrentes”, afirma. Está nos planos da Penske implantar ainda neste ano um novo WMS (sistema de armazenagem) e inaugurar um novo hub para a consolidação de cargas.

A Sequoia Logística e Transportes, cuja atuação engloba operações logísticas de e-commerce e tecnologia, investe forte em automação, “o que é cada vez mais crucial para a produtividade, especialmente para uma empresa que atua com hubs logísticos”, diz Bruno Henrique Souza, vice-presidente de operações.

“Além disso, investimos nos processos de comunicação, tanto com os embarcadores quanto com os destinatários”, diz ele. A Sequoia atua tanto no segmento de serviços para consumidores (B2C) como no de venda para empresas. “Nosso diferencial é ser uma empresa one stop shop, com soluções desde coleta, armazenagem, separação, transporte e logística reversa até conserto de aparelhos para alguns segmentos”, indica.

A empresa francesa FM Logistic também utiliza a tecnologia como grande aliada para minimizar os impactos nos custos dos preços dos fretes, além de manter o padrão dos serviços e a competividade no mercado, segundo Ronaldo Fernandes da Silva, presidente da filial brasileira. Uma das soluções é o uso de software de gestão de transporte, que permite a otimização das rotas, a gestão das entregas, o controle do estoque e a redução de erros”, diz. Além disso, as tecnologias de automação de processos e de inteligência artificial ajudam a aumentar a eficiência do transporte e reduzir custos”, afirma.

O Brasil segue sendo um mercado-chave para os negócios da FM Logistic. A expectativa é dobrar o faturamento regional em três anos, diz Silva. A empresa opera com uma área total de armazenagem de 80 mil metros quadrados, em três centros de distribuição multiclientes localizados em São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Movimenta mais de 105 milhões de toneladas de produtos diversos, especialmente para clientes do e-commerce empresarial. “A perspectiva é seguir no ritmo de crescimento acima de 20% ao ano”, diz.

A preocupação em ganhar mais competitividade nas operações logísticas não mobiliza apenas os responsáveis diretamente pelo armazenamento e entrega das mercadorias aos clientes finais, mas também a outros integrantes da cadeia de suprimentos.

Cinco das principais tradings agrícolas que operam no país – Archer Daniels Midland (ADM), Amaggi, Bunge, Cargill e Louis Dreyfus Company (LDC) – entraram com pedido de aprovação no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para criação de uma joint venture no setor de transporte rodoviário.

O objetivo é ganhar mais agilidade e eficiência no escoamento da produção agrícola. Em especial, nos picos de safra, quando os gargalos logísticos ficam mais evidentes em toda a cadeia. “Não existe a pretensão de resolver todos os problemas do setor, até porque eles passam pelas estradas, portos e capacidade de armazenagem. Mas a intenção é minimizar alguns deles para os sócios”, diz Elvio Moro, responsável pelo projeto. A expectativa é que a nova empresa atenda somente 3% do volume total de cargas das cinco tradings. Os outros 97% dos grãos continuarão sob responsabilidade de transportadoras parceiras e motoristas autônomos.

Sequoia busca alternativa de capital

Empresa de logística focada no varejo busca capitalização de no mínimo R$ 100 milhões.

A empresa de logística Sequoia busca alternativas para uma capitalização de, no mínimo, R$ 100 milhões, em um momento em que o varejo, seu principal cliente, enfrenta fraca atividade econômica, juros altos e dificuldade de acessar crédito. Itaú BBA e Santander assessoram a companhia nesse processo.

Em paralelo, a empresa tem recebido propostas para compra do controle, disseram fontes. Desde que abriu o capital, em 2020, as ações acumulam queda de 81%, segundo Valor Data. Ontem, fecharam a R$ 2,37, recuo de 2,07%. O balanço de 2022, que seria divulgado ontem, foi adiado para dia 29.

A Sequoia não tem a Americanas como cliente e nem está entre seus credores. Mas não está imune aos efeitos da crise desencadeada pela varejista, que está em recuperação judicial após informar um rombo contábil de R$ 20 bilhões em janeiro. Os bancos, então, enxugaram a oferta de crédito ao varejo e isso tem acertado em cheio a Sequoia.

Nos últimos meses, a Sequoia bateu à porta de alguns fundos especializados em crédito, segundo fontes, buscando um cheque mínimo de R$ 100 milhões. “Não é que a estrutura financeira da companhia esteja ruim, mas ela precisa de capital de giro e tem encontrado mais dificuldade tendo em vista o preço das ações”, diz uma fonte.

Essa busca de alternativas ocorre depois de bancos terem tentado intermediar conversas para costurar uma fusão com a Total Express, empresa do grupo Abril e que recentemente recebeu aporte da Amazon, que agora é minoritário da empresa. Mas as negociações não avançaram, disseram fontes.

No fim de setembro do ano passado, conforme o último resultado divulgado, a dívida líquida da Sequoia estava em R$ 507 milhões, com uma alavancagem de 1,7 vez. De janeiro a setembro, a geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), foi a R$ 181 milhões, alta de 45% na relação anual.

A companhia abriu capital em 2020, aproveitando uma farta onda de liquidez nos mercados em todo o mundo, com os bancos centrais injetando dinheiro nas economias, como uma forma imediata de mitigar potenciais efeitos econômicos da pandemia. Na sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), que movimentou cerca de R$ 2 bilhões, a promessa da companhia era ao menos uma dezena de aquisições para ganhar mercado. Desde então, seis já foram feitas, movimento pausado no ano passado.

A Sequoia foi uma das empresas que conseguiram ganhar tração de crescimento ao longo da pandemia. As vendas on-line no país cresceram de forma expressiva, levando todo o varejo, em massa, a buscar uma logística capaz de fazer entregas cada vez mais rápidas.

A empresa nasceu focada em atender grandes clientes, como os maiores marketplaces (shopping centers on-line) instalados no país – Amazon, Mercado Livre e Magazine Luiza, entre eles. A Sequoia recebeu recursos do fundo Warburg Pincus, que já zerou sua posição na empresa. Fundada em 2010 pelos empresários Armando Marchesan e Décio Honorato Alves, a companhia foi ganhando espaço nos últimos anos e avançou mais durante a pandemia.

Procurada, a Sequoia informou, por meio de um comunicado, que mantém contratos com Santander e Itaú BBA para atuarem como seus assessores, visando análises de potenciais alternativas estratégicas de negócios. A companhia afirma que não há nenhuma capitalização de recursos em processo formal neste momento. “Mesmo a empresa sendo, com alguma frequência, abordada por interessados de atividades distintas e similares para avaliar possíveis oportunidades de negócios.”

Mercado Livre vai aportar R$ 19 bilhões em sua operação no Brasil em 2023

O Mercado Livre acaba de anunciar o aporte de R$ 19 bilhões no Brasil em 2023, valor 11,5% maior na comparação com o último ano. Depois de encerrar 2022, a empresa segue aumentando a alocação de recursos em seu ecossistema, viabilizando o crescimento dos seus negócios nos principais mercados onde opera. Dentre as frentes que serão impulsionadas estão as áreas de tecnologia e logística, além dos seus negócios de publicidade e banco digital no país.

Alocados ao longo de 2023, os recursos irão aprimorar a infraestrutura, equipe e base operacional da logística do Mercado Livre, permitindo aumentar o número de cidades com entregas rápidas, no mesmo dia e no dia seguinte. Além disso, o novo aporte irá ampliar a presença de marca do Mercado Pago, principalmente junto a usuários pessoa física, dando maior visibilidade à proposta de valor do banco digital, que já opera conectado com o ecossistema de negócios da companhia.

De acordo com a empresa, aprimorar as alavancas de marketing, que geram recorrência de compra e fidelização no marketplace, também está dentre as prioridades, assim como acelerar o desenvolvimento do Mercado Ads. Os recursos serão ainda direcionados para reforçar as equipes dedicadas às frentes de tecnologia, produtos e logística no Brasil.

“Após o bom desempenho do último ano, quando também elevamos nosso aporte no Brasil, seguimos confiantes com a qualidade da oferta do nosso ecossistema, que nos permite aproveitar as oportunidades de desenvolvimento para continuar sendo a principal escolha de milhões de pessoas”, afirma Fernando Yunes, vice-presidente sênior de Commerce e líder do Mercado Livre no Brasil.

“O Brasil é nosso principal mercado, representando cerca de 54% da receita líquida total do negócio na América Latina. Temos aqui um dos ambientes mais competitivos do mundo, o que nos motiva ainda mais a seguir nosso compromisso com o desenvolvimento sustentável e rentável da nossa operação, sempre com o objetivo de contribuir com a democratização do acesso ao comércio e ao dinheiro, gerando impacto positivo e desenvolvimento compartilhado”, completa Yunes.

O executivo explica que o aporte de R$ 19 bilhões inclui alocação em bens de capital e uma parcela de suas despesas operacionais associadas ao desenvolvimento das prioridades de negócios da companhia para os próximos anos. “Acreditamos muito no potencial do Brasil e, como líderes de mercado, assumimos a missão de alavancar o desenvolvimento do setor e apoiar nossos milhões de usuários que geram renda e desenvolvimento a partir do nosso ecossistema”, conclui.

Segundo a companhia, em 2022, o Mercado Livre recebeu mais de 170 mil novos vendedores na sua plataforma de marketplace no Brasil. Outros 220 mil vendedores foram formalizados desde o início da pandemia. Em relação à base de compradores, o crescimento foi de 15% ao final do ano passado na comparação com 2021.

Ao mesmo tempo em que cresce o volume aportado no país, ano após ano, acompanham esse movimento o aumento do quadro de colaboradores e a geração de impostos arrecadados diretamente pela companhia, tendo superado a marca de R$ 3,5 bilhões pagos em impostos federais, estaduais e municipais em 2022. O número é 31% superior ao volume pago em 2021.

Mercado Ads
O negócio de publicidade digital do Mercado Livre tem respondido aos investimentos em tecnologia, que melhoram a performance dos anúncios no ecossistema. Ao final de 2022, a receita do Mercado Ads registrou novo crescimento no quarto trimestre, correspondendo a 1,4% do volume bruto de mercadorias vendidas pela operação de marketplace na América Latina.

Mercado Pago
A fim de reforçar sua proposta para concentrar tudo em um único lugar, de cartões e pagamentos até seguros e investimentos, o Mercado Pago será um dos principais destinos do aporte que vai ampliar as sinergias com o Mercado Livre.

“Em um mercado extremamente competitivo e que tem liderado as inovações e o futuro dos serviços financeiros, temos apoiado usuários e impulsionado empreendedores em suas jornadas. Ainda há muito espaço e oportunidades para fazer mais, indo além de soluções de pagamento, crédito, investimentos, seguros e gestão de benefícios. Mais do que ajudar micro e pequenos negócios a acessar financiamento e serviços que permitam crescer de maneira mais justa, queremos ampliar a oferta e desenvolvimento de serviços que ajudem qualquer pessoa a ter acesso a dinheiro de maneira responsável, prática e segura”, ressalta Tulio Oliveira, vice-presidente sênior e líder do Mercado Pago no Brasil.

“Como banco digital do Grupo Mercado Livre, vamos ampliar a conexão e os benefícios do nosso ecossistema, permitindo ser cada vez mais a opção dos usuários que buscam o melhor do e-commerce e dos serviços financeiros em um só lugar”, completa Oliveira.

DHL inicia operações em Aparecida de Goiânia(GO)

Aparecida de Goiânia dá as boas-vindas a maior operadora logística do Mundo. A Alemã DHL inicia oficialmente suas operações na cidade no dia 1ª de março. Com apoio da administração municipal e atraída pelas potencialidades e localização privilegiada da cidade, a transportadora está instalada no Parque Industrial Vice-Presidente José Alencar, na Região Leste.

Para atender grandes clientes do segmento farmacêutico, a DHL montou uma estrutura de seis mil metros quadrados. A multinacional já vislumbra dobrar o espaço físico de suas instalações físicas na cidade, aumentando posteriormente a capacitação de atendimento e também as oportunidades de trabalho para população local.

Na manhã desta quinta-feira,16, a gerente geral de operações da transportadora, Fernanda Noleto, convidou o prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano, para participar da inauguração oficial.

“Nos sentimos muito honrados em receber uma empresa deste porte em nossa cidade e comemoramos a geração de empregos e o incremento na arrecadação, que será convertida em benefícios para nossa população. Nos empenhamos muito pela instalação ainda na gestão do ex-prefeito Gustavo Mendanha e, agora, celebramos o início efetivo das atividades da DHL em nossa cidade”, destaca o prefeito.

Fernanda Noleto enfatiza os motivos pelos quais a cidade foi escolhida para abrigar mais uma base da empresa. “Nossos clientes estão no estado de Goiás e nós viemos [para Aparecida] após avaliarmos o local, infraestrutura, mão de obra e saída para o aeroporto”, enfatiza.

Aparecida se destaca no cenário nacional como centro logístico. Cortada pela BR-153, que interliga as regiões Sul e Norte do Brasil, a cidade é base para diversas outras transportadoras que conseguem escoar a produção de milhares de empresas de médio e grande porte.

A expectativa da empresa é investir R$ 800 milhões no Brasil até 2025.

O empresário Osvaldo Zilli, que também atua no segmento logístico acompanhou a representante da HDL durante entrega do convite ao prefeito Vilmar Mariano na Cidade Administrativa Maguito Vilela.

PIB

Com a estimativa de faturamento entre seis e sete bilhões de reais ao ano, a DHL vai potencializar o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, de Aparecida de Goiânia. Hoje, o registro, em média, é de R$ 14 bilhões e a expectativa é de que a cidade alcance R$ 20 bilhões.

Correios investe em veículo compacto para otimizar entregas

Versátil e econômico, o carro possui capacidade volumétrica de 1m³ e custou 63% do valor de um furgão de 600 kg, também utilizado pela empresa.

Em continuidade à política de modernização e ampliação da frota dos Correios, a estatal entra em 2023 com um novo modelo de veículo nas ruas. Mais de 1.170 furgões de 400kg (Fiat Mobi), projetados exclusivamente para os Correios, foram entregues prioritariamente em municípios que não possuem veículos próprios ou onde a motocicleta não comporta o volume de objetos a serem distribuídos.

O espaço interno do veículo foi totalmente adaptado para armazenar encomendas e correspondências, com divisórias adequadas para a separação da carga. Versátil e econômico, o carro possui capacidade volumétrica de 1m³ e custou 63% do valor de um furgão de 600 kg (Fiorino), também utilizado pela empresa.

“Por seu tamanho compacto, o novo furgão é ideal para entregas em locais de difícil acesso, como vielas e becos, contribuindo assim para a universalização dos serviços postais, um dos fundamentos mais importantes dos Correios”, destaca o diretor de Operações da empresa, Carlos Henrique de Luca Ribeiro. A nova aquisição trouxe, ainda, mais comodidade para a população, pois reduz a necessidade de deslocamento do cliente até uma agência dos Correios para a retirada de objetos volumosos.

Os veículos estão sendo entregues, prioritariamente, em distritos (regiões de entrega de um carteiro) que fazem mais de uma saída e distribuem pelo menos 70 pacotes por dia. Para o carteiro Antônio Sousa Figueiredo, lotado há 44 anos na Superintendência Estadual dos Correios no Maranhão (SE/MA) e atualmente lotado no Centro de Distribuição Domiciliar de Caxias, o furgão facilitará o estacionamento nas áreas centrais da cidade. “Por ocupar menos espaço, com o Mobi será possível realizar todas as entregas do dia tranquilamente, abastecendo a carga uma vez a cada turno de distribuição”, pontuou.

Só no último ano, a estatal investiu cerca de R$ 350 milhões na ampliação e renovação da frota de veículos da empresa, totalizando 5.092 veículos e 1.753 bicicletas cargo com baú adquiridos. As primeiras unidades dos furgões de 400kg foram incorporadas à frota da empresa em agosto de 2022 e, atualmente, todos os Estados do país já foram contemplados com os novos veículos.

DHL Supply Chain anuncia novo presidente e investimento de R$ 800 milhões no Brasil

A DHL Supply Chain, líder global em armazenagem e distribuição, anuncia sua nova liderança no Brasil, o executivo Plínio Pereira (40 anos). Ele sucede a Maurício Barros, que segue para uma posição global do Grupo. Com quase 15 anos de casa e tendo ingressado pelo Programa de Trainee, Plínio Pereira ocupava a posição de Vice-Presidente de Operações do Setor de Consumo, já tendo passado também por outros cargos de liderança (mini-cv abaixo). O executivo assume com a missão de manter a trajetória de crescimento sustentável da DHL Supply Chain no Brasil nos últimos anos, com foco nas áreas de Transportes, E-commerce, Digitalização e Real Estate. O plano da companhia prevê investimentos de cerca de R$ 800 milhões até 2025.

“Estamos vivendo um momento único no mercado logístico. De um lado, temos a reconfiguração das cadeias de suprimentos, com as empresas buscando ganhar eficiência e flexibilidade frente as frequentes flutuações de mercado. De outro lado, temos uma agenda de inovação e ESG que ainda tem muito a ser percorrida. Nos posicionamos, justamente, como um parceiro que pode integrar e potencializar esses movimentos, ao mesmo tempo que dá acesso ao compartilhamento de custos e capacidades, abrindo assim espaço para nosso crescimento sustentável nos próximos anos”, afirma o novo presidente da DHL Supply Chain no Brasil.

Na área de Transportes, o plano da DHL Supply Chain inclui a expansão da rede nacional de hubs de transbordo e consolidação de carga, o investimento em sistemas de gestão de frota e análise de dados e a ampliação da frota elétrica (que atualmente já supera os 80 veículos). Destaque também para os serviços de transporte aéreo – a companhia dispõe de um hub exclusivo com acesso a pista em Guarulhos – que irá receber mais investimentos e opções ao longo do ano.

Em inovação, além de manter o bem-sucedido programa de parcerias com startups, a companhia irá aplicar cada vez mais tecnologias como Inteligência Artificial, RPA e desenvolver ainda mais seu data lake. “Já estamos utilizando mais de 300 robôs RPA para automatizar atividades repetitivas de back office como geração de notas. Inclusive, agora dispomos de uma célula interna para a aplicação desta tecnologia”, explica Plínio Pereira.

Real Estate é outra área importante do plano. No segundo semestre de 2022, a companhia anunciou a aquisição de um terreno de mais de 300 mil m² em Jundiaí (interior de São Paulo) no qual construirá seu primeiro Centro de Distribuição do zero. Este movimento marca também a ampliação da área de soluções de real estate. Com isso, além de serviços para as fases de planejamento e gestão, a DHL Supply Chain passou a oferecer as operações de built-to-suit (construção sob medida), purchase/lease (aquisição associado ao modelo de leasing) e leasing de instalações já existentes. Em paralelo, a companhia investiu na modernização ou expansão de áreas de armazenagem em cinco Estados (SP, MG, ES, SC e GO), com destaque para sua operação de Extrema, sul de Minas que continuará a receber investimentos.

Para E-commerce, os planos da DHL trazem, além do aumento de capacidades (infraestrutura dedicada e equipe) o lançamento no primeiro semestre de uma solução que visa a execução da logística de vendas online de ponta a ponta de forma colaborativa. “Nos últimos três anos, acompanhamos uma grande migração de uma logística B2B para uma B2C. Esse movimento desacelerou, mas permanece em níveis elevados. Muitos nichos ainda apresentam grandes possibilidades, sem contar o potencial sinérgico de consolidação nas entregas e pontos avançados de armazenagem”, diz o executivo.

Mini-cv Plínio Pereira

Casado, natural de São Paulo, Plínio Pereira (40 anos) é formado em Engenharia Civil, com pós-graduação em Economia Financeira pela Unicamp. Começou sua carreira na DHL Supply Chain em 2007 como trainee de Finanças, e após uma trajetória de desenvolvimento em áreas essenciais para a empresa, desempenhou papel fundamental na criação da Estratégia de Transportes no Brasil, liderando projetos transformacionais como a aquisição da Polar Truck e Rio Lopes. Plínio liderou ainda a área de Desenvolvimento de Negócios entre 2017 e 2020, quando assumiu a responsabilidade pelo setor de Consumo no Brasil, composto por mais de 4.000 pessoas, e obteve resultados sólidos nos pilares Clientes, Colaboradores e Acionistas.