A evolução do Gestor de Tráfego

Quando comecei a trabalhar com tráfego online em 2010, tudo era muito diferente. Como no caso da atuação dos profissionais de tráfego, na época nomeados táticos ou mídia on-line, todo o processo era manual. As plataformas de anúncio têm como modelo de negócio, em sua grande maioria, a cobrança por clique, o que é chamado de CPC (Custo por clique). Há pouco tempo, dois a três anos atrás, o CPC era controlado manualmente por um humano, executando trabalho sub-humano. Por quê?

Imagina você precisar entender qual palavra-chave, anúncio, idade, sexo, região, horário e inúmeros comportamentos são ideais para gerar fluxo, conversão e vendas para um negócio? Eu diria que é humanamente impossível. Pois é, mas é o que nós gestores de tráfego tentávamos fazer e, muitas vezes, até conseguíamos alcançar um ótimo resultado.

Criávamos campanhas ultracomplexas. No Google, por exemplo, quanto mais segmentada – a nível de campanhas, grupos de anúncios e palavras-chave – melhor o desempenho, se conseguíssemos fazer uma gestão eficaz. Eram horas e horas do dia, analisando qual o CPC ideal para uma palavra, o que mudava todos os dias. O processo de otimização de conta era diário e exaustivo.

Porém, nos últimos anos, as ferramentas de anúncio vêm desenvolvendo inteligências de otimizações automáticas. No início funcionava muito mal, fazendo apenas as campanhas consumirem mais verba sem grandes resultados. Acredito que isso tenha deixado um trauma em muitos gestores de tráfego que até hoje têm uma certa resistência em utilizar a inteligência artificial das plataformas de anúncio.

Eu mesmo fui um deles. Demorei algum tempo para começar a testar os Lances Automáticos tanto no Google quanto nas mídias sociais. Porém, acabei me rendendo aos poucos e hoje sou apaixonado pelo uso da IA na mídia paga.

Então, o que mudou?

Basicamente, grande parte do trabalho manual anterior que nos tomava muito tempo, agora podemos deixar a cargo da inteligência artificial – deixar o robô fazer trabalho de robô, enquanto nós fazemos o trabalho humano. As plataformas ainda não têm a inteligência de entender o serviço, de produtificar, planejar páginas de entrada atraentes, pensar quais termos de buscas ou sementes podemos plantar para atrair o público. Tudo isso é o novo trabalho do gestor de tráfego – muito mais de planejamento do que de otimização diária.

Já determinar quais segmentações, horários, regiões, sexos, CPC dentre inúmeros comportamentos geram as melhores conversões, isso sim, a inteligência artificial das plataformas já está fazendo muito bem. Até podemos acompanhar, mas vale mais a pena deixarmos que a IA trabalhe do que ficar toda hora mexendo nas campanhas. Hoje, muitas vezes, não fazer nada gera mais resultado do que tentar otimizar manualmente o tempo todo.

Outro aspecto é que as campanhas podem ser mais simples, mais abertas, pois a própria inteligência artificial consegue ir segmentando. Hoje, se nós fecharmos muito as campanhas em segmentações e restrições de palavras, não deixamos campo para a IA atuar. Claro que também não podemos abrir demais porque senão demora mais. Essa sensibilidade é crucial para um bom planejamento de marketing online atualmente.

Por exemplo, se você tem um produto que atende somente ao público feminino ou vice-versa, não tem por que começar campanhas abertas para todos os sexos. Já pode segmentar, pois você tem a certeza que aquele é o público que compra seu produto. Só tome cuidado com as verdades absolutas. Já tivemos alguns casos na Proteína em que os públicos nos surpreenderam; nos quais o cliente tinha a certeza que o consumidor dele era um, e, após testarmos, acabou se revelando outro.

Alguns cuidados que precisam ser tomados
Agora que já sabemos que otimizar campanhas automaticamente utilizando a inteligência artificial das plataformas de anúncio comprovadamente funciona, não é só mudar a configuração e pronto. Precisamos tomar alguns cuidados.

O primeiro deles é que toda essa otimização automática funciona com insumos que entregamos para as plataformas. Então, as conversões precisam estar muito bem configuradas. No caso de sua venda ser através de um CRM, toda esteira comercial e os passos da venda precisam estar integrados corretamente. No caso de ser venda online, todas as transações precisam estar integradas.

As plataformas não têm como adivinhar se uma venda foi feita. Temos que informar se um lead é qualificado, se uma venda é realizada, o valor dela etc. Isso de forma ágil, automaticamente para que, assim, os resultados sejam também muito mais rápidos.

Também sempre recomendo nunca começar do zero uma campanha sem histórico, já com lances automáticos. Nesse caso, comece manualmente por pelo menos 1 mês, gere conversões e depois vá, aos poucos, migrando para lances automáticos.

Os algoritmos para aprenderem sem histórico, geralmente consomem muito e demoram mais. Portanto, iniciar de modo manual, gerar esse histórico de forma controlada e ir trocando percentualmente para o automático é a maneira que conseguimos atualmente gerar resultados mais rapidamente e com menos investimento.

Checklist:

Nunca esqueça de metrificar corretamente, algoritmos precisam ser alimentados;
Comece manual, gere histórico e migre para lances automáticos gradativamente;
Campanhas com estruturas mais simples, geram mais resultados. Não precisamos mais fazer o trabalho de robô

AliExpress terá entregas em 24 horas e descontos de 90% na Black Friday

Entrega rápida foi testada no Dia dos Solteiros, com mais de 50 marcas que aderiram à solução de full commerce.

A AliExpress faz uma campanha especial para essa Black Friday 2022, com descontos de até 90%, ações nas redes sociais, live commerce e social commerce. Nessa sexta (25), os usuários terão descontos progressivos de R$ 15 a cada R$ 150 em compras. As compras darão direito ainda ao acúmulo de cashback, que pode chegar 5% do valor total gasto, e os lojistas lojistas oferecerão cupons especiais, com reduções ainda maiores de preço. Além disso, milhões de itens serão incluídos temporariamente na categoria de frete gratuito.

Uma das apostas para conquistar o consumidor é fazer as entregas em 24 horas. A novidade foi testada durante o último 11.11, quando foi realizada a campanha do Dia dos Solteiros, com mais de 50 marcas que aderiram à solução de full commerce, desenvolvida em parceria entre a empresa de logística Cainiao, Infracommerce e o marketplace AliExpress.

As compras dos itens são empacotadas e etiquetadas com o endereço do comprador minutos após o pedido ser efetuado e, logo depois, retirado pelos parceiros logísticos da Cainiao, que asseguram a entrega no mesmo dia.

“Essa é uma novidade que foi testada e aprovada durante o nosso último festival 11.11 e agora seguirá sendo utilizada graças ao investimento do AliExpress no Brasil e todo o seu potencial para o comercio eletrônico, afirma Yusuf Ibili, diretor de operações do AliExpress no Brasil.

Outro destaque para a data são as dezenas de transmissões ao vivo, em português, feitas por vendedores brasileiros e por lojas internacionais em sessões de live commerce.

A ferramenta Combinou, Ganhou!, novo jogo de social commerce, que possui a mecânica de combinação, também poderá ser usada para reduzir preços. Na prática, o game permite, por exemplo, que um produto de alto valor possa ser vendido por apenas R$ 5, se o consumidor conseguir bons resultados e engajamento ao divulgar uma oferta.

“A Black Friday é uma data muito aguardada pelos brasileiros e por isso fizemos questão de trazer condições e serviços tão bons quanto os oferecidos no 11.11, além de uma campanha especial, bastante brasileira”, afirma Briza Bueno, diretora do AliExpress no Brasil.

Fedex abre dois novos centros logísticos em Serra (ES) e Conde (PB)

Empresa tem como objetivo juntar operações logísticas dos estados em que cada nova filial foi instalada; juntas, as unidades possuem mais de 50 mil m² oferecendo serviços dentro e fora do país
Por Aclizio Valério, com informações de Assessoria de Imprensa

A FedEx Express, subsidiária da FedEx Corp, anunciou a abertura de duas novas instalações no Brasil, uma em Serra (ES) e outra em Conde (PB). Juntas, as unidades possuem mais de 50 mil m² e oferecem serviços logísticos e de transportes para dentro e fora do país.

O centro logístico de Serra (ES) foi projetado para incorporar operações de duas unidades no estado e suportar a expansão dos negócios. Para isso, a FedEx aumentou a área de armazenamento em cerca de 170% em relação à metragem anterior, totalizando 46 mil m².

O espaço foi desenvolvido com conceito Triple A e apresenta foco em sustentabilidade, com sistema de captação de água da chuva para reuso, cobertura que melhora a climatização do ambiente, iluminação em LED e estrutura para a instalação de placas fotovoltaicas para geração de energia. O centro também tem 60 docas com eclusas (área segregada e gradeada para manter os processos de carga e descarga mais seguros) e 40 mil posições de paletes, atendendo operações de e-commerce e com licença para receber clientes da indústria farmacêutica.

Já a nova filial da Paraíba reúne as operações da FedEx das cidades João Pessoa e Conde. A unidade tem mais de 7 mil m² – 20% maior que a área dos outros dois centros de distribuição juntos –, e com sistemas de segurança e automação avançados.

A infraestrutura do local suporta o potencial de coleta e distribuição da capital do estado para os serviços de logística e de transportes dentro e fora do País. Em junho deste ano, a FedEx inaugurou uma unidade em Campina Grande (PB) com mais de 5 mil m² para oferecer os mesmos serviços.

“Estamos investindo em nossas operações brasileiras para empregar modelos semelhantes aos usados nos Estados Unidos e melhor atender aos nossos clientes”, afirmou Guilherme Gatti, vice-presidente de operações da FedEx no Brasil.

Vendedores brasileiros terão pavilhão made in Brazil no marketplace Alibaba

Ideia é incentivar 100 empresas brasileiras com experiência em e-commerce a montarem sua vitrine na plataforma chinesa.

A partir de novembro, vendedores brasileiros vão contar com um pavilhão de vendas exclusivo chamado Made in Brazil no site do Alibaba, empresa que controla o AliExpress. A ideia é incentivar 100 empresas brasileiras com experiência em e-commerce a montarem sua vitrine na plataforma chinesa para encontrar potenciais importadores. Atualmente, 26 milhões de empresas internacionais ativas usam as plataformas do grupo.

A inauguração do espaço virtual brasileiro é parte de uma parceria entre o Alibaba e a ApexBrasil, visando expandir os canais de exportação de produtos brasileiros para os mercados asiáticos e globais por meio das plataformas de comércio eletrônico do grupo.

O acordo prevê que as organizações vão apoiar as empresas brasileiras em seu processo de transformação digital por meio de programas, cursos e treinamentos.

“O Alibaba se compromete a fornecer serviços exclusivos para estas 100 empresas, o que inclui montar lojas online, listar produtos, fazer design de sites e fornecer relatórios trimestrais de operação”, diz Wang Xia, diretor de negócios do Alibaba International Station.

Em junho de 2022, o Alibaba um projeto de importação comercial chamado Alibaba Fulfillment Service, com a intenção fornecer suporte às vendas de empresas nacionais para o mercado global.

Momento do comércio chinês
O comércio eletrônico na China é o maior do mundo em termos de volume e vendas. Dos mais de 1 bilhão de chineses com acesso à internet, dos quais 800 milhões compram online. Para se ter uma ideia do volume, o total de vendas digitais chinesas excede o volume combinado de transações online nos EUA, Reino Unido e Alemanha.

Além disso, o Brasil também é um dos mercados mais dinâmicos no comércio eletrônico, com expressivo crescimento nos últimos dois anos. Em 2021, as vendas cresceram 35%.

Correios se preparam para a Black Friday; veja o que vai mudar para você

*Estatal planeja implementar diversas inovações que vão modernizar as entregas;
*Correios irá dar mais autonomia para o consumidor;
*Black Friday de 2022 terá um aumento de 30% no volume de entregas em comparação ao ano passado.

A Black Friday só irá acontecer em aproximadamente dois meses, mas o Correios já está se preparando para lidar com o período intenso de compras online. Na última quarta-feira (05) a estatal lançou em sua sede em São Paulo a Black de Milhões, campanha deste ano que irá trazer inovações nas entregas para os brasileiros.

Segundo a empresa, no último ano o fluxo de encomendas na época da Black Friday atingiu um recorde de 19 milhões de remessas recebidas, sendo 3,4 milhões em um único dia de vendas promocionais. O número é 40% maior do que o volume visto normalmente pelos Correios.

Para este ano, segundo Diego Smorigo, Consultor de Negócios Sênior do Sebrae, o volume de entregas da estatal deverá ser 30% maior do que no ano passado. Para o consultor, a pandemia forçou muitos consumidores a experimentarem pela primeira vez as compras online, fazendo com que boa parte da população perdesse o medo do e-commerce.

Para se destacar ainda mais no período, os Correios planejam implementar diversas inovações no período. Confira:

Entrega Interativa
A Entrega Interativa vem para aplacar as dores de todos aqueles cansados de não estarem em casa quando o carteiro passa com as encomendas. Com ela será possível criar uma comunicação entre o destinatário e o trabalhador, possibilitando agendar o horário da entrega, ou autorizar a entrega a um vizinho.

Clique e Retire
Com o Clique e Retire os consumidores brasileiros poderão utilizar o CEP de uma agência dos Correios como destinatário de uma encomenda e fazer a retirada no local.

Logística Reversa
A Logística Reversa traz para os Correios uma prática presente em apenas algumas empresas, facilitando a vida do consumidor brasileiro. Com ela será possível devolver encomendas diretamente nas agência dos Correios ou nas residências

Lockers
Também presente como método de retirada de algumas empresas, os Correios irão implementar armários inteligentes de autoatendimento em diferentes pontos de cidades brasileiras, de modo a facilitar o recebimento de uma encomenda por um cliente que, por exemplo, poderá pegar seu pacote durante a volta do trabalho.

Web Service
Web Service é a integração de todos esses serviços na plataforma online dos Correios, como o aplicativo, permitindo ao usuário fazer escolhas e ter autonomia no processo de entrega de seus pacotes.

Amazon anuncia investimento de US$ 970 milhões em elétricos para frota europeia

Varejista também disse que espera entregar mais pacotes por meio de bicicletas de carga elétrica e a pé.
Plano faz parte da varejista de atingir emissões de carbono zero até 2040.

A Amazon disse na última segunda-feira (10), que planeja gastar 1 bilhão de euros, ou US$ 972 milhões, em veículos elétricos para sua frota na Europa.

O investimento aumentaria a frota da empresa para pelo menos 10.000 vans elétricas de entrega até 2025, acima das 3.000 que já opera e mais de 1.500 caminhões elétricos de longo curso. Faz parte da meta da Amazon produzir emissões líquidas de carbono zero até 2040.

A Amazon disse que também espera entregar mais pacotes por meio de bicicletas de carga elétrica e a pé, usando estações de entrega localizadas centralmente, que está chamando de “centros de micromobilidade”. A empresa disse que já opera esses centros em 20 grandes cidades europeias, incluindo Londres, Munique e Paris.

“Nas cidades tradicionalmente densas da Europa, os hubs permitem que a Amazon opere novos métodos de entrega … para levar pacotes aos clientes de forma mais sustentável”, disse o comunicado da empresa. A Amazon espera dobrar o número desses hubs até o final de 2025.

A Amazon disse que o investimento ajudará a impulsionar a inovação em todo o setor e incentivará mais infraestrutura de cobrança pública, o que permitirá que o setor de transporte mais amplo reduza mais rapidamente as emissões.

“Nossa rede de transporte é uma das áreas mais desafiadoras do nosso negócio para descarbonizar, e para alcançar carbono líquido zero exigirá um investimento substancial e sustentado”, disse Andy Jassy, ​​CEO da Amazon.

“A implantação de milhares de vans elétricas, caminhões e bicicletas de longo curso nos ajudará a nos afastar ainda mais dos combustíveis fósseis tradicionais.”

Várias montadoras estão aumentando os planos de produção para veículos elétricos de entrega. Uma delas é a Rivian, uma novata de caminhões elétricos, na qual a Amazon foi um dos principais investidores iniciais.

A Rivian anunciou no mês passado que assinou um “memorando de entendimento” com a Mercedes para trabalhar em conjunto na produção de vans elétricas na Europa.

Os veículos de entrega, que percorrem rotas curtas em horários regulares, são relativamente fáceis de recarregar totalmente todas as noites no armazém ou depósito de uma empresa.

Mas os semi-caminhões elétricos são mais desafiadores, pois tendem a estar em rotas de longa distância que dificultam a recarga eficiente. A Tesla, que planeja lançar um semi-elétrico há anos, deve entregar seu primeiro para a Pepsi em dezembro, disse o CEO Elon Musk na semana passada.

Empresas de guarda-móveis agora priorizam o e-commerce

Com a falta de galpões nas grandes cidades, empresas passaram a aproveitar lojas desativadas a estacionamentos como espaço de armazenamento.

A falta de galpões perto da casa do consumidor para agilizar as entregas do e-commerce está mudando a paisagem da cidade de São Paulo e abrindo novas frentes para as empresas de armazenagem. A GoodStorage, por exemplo, que começou em 2013 como um guarda-móveis, hoje se posiciona como uma empresa de logística urbana, oferecendo armazenagem para pessoas físicas e empresas.

Um exemplo dessa transformação foi a compra da fábrica de trens da Alstom, na Lapa, na zona oeste da cidade. Com a ida da indústria para Taubaté (SP), ficou vago um terreno de 80 mil metros quadrados, com 65 mil m² de galpões.

“Estamos reformando esses galpões, que vão dar origem a um parque logístico no coração da Lapa”, conta Thiago Cordeiro CEO da GoodStorage. O Lcomeça a funcionar em fevereiro e já tem uma parte pré-locada.

A fábrica da Alstom foi adquirida antes da pandemia, assim como outros imóveis, vários deles ocupados por indústrias.

Todos estão para dentro das Marginais e com localização estratégica, a fim de serem transformados em galpões de armazenagem voltados para entregas rápidas.

Hoje a companhia tem sete parques logísticos urbanos, que somam uma área de 150 mil m² e investimentos de US$ 150 milhões. Quatro já estão em operação, com 90% de ocupação.

Em cinco anos, o plano é ter 500 mil m² de galpões logísticos na cidade de São Paulo, com investimentos adicionais de US$ 250 milhões. “A despeito do juro alto não ser favorável ao investimento imobiliário, continuaremos investindo e bastante, porque falta infraestrutura.”

Pandemia
Outra empresa que mudou o posicionamento foi a Unlog. Começou há dois anos como uma plataforma de locação de vagas de estacionamento, mas não deu certo.

Michele D’Ippolito, sócio diretor da companhia, diz que a saída foi virar a empresa para a logística urbana, no qual o aluguel é mais valorizado. Foram então abertos pequenos galpões, com tamanhos que variam entre 200 e 1.000 m², que estão espalhados por bairros dentro de grandes cidades.

“Miramos numa formiguinha e acertamos num elefante”, afirma D’Ippolito. Com a mudança, imediatamente ele conseguiu conquistar clientes como Ambev, Mercado Livre, Americanas e outras gigantes.

O empresário explica que “granularização” da armazenagem dentro dos grandes centros é a nova tendência. Com isso, passaram a ser aproveitados os espaços mais variados: de lojas desativadas a galpões e também parte de estacionamentos ociosos. “Somos bem ecléticos, e o nosso modelo é bem híbrido.”

Na Rua 25 de Março, polo de comércio popular do centro da capital, a empresa ocupa parte de um estacionamento. A área alugada foi transformada em ponto de armazenagem em contêineres e também é aproveitada para o transbordo e retirada de itens.

Na Vila Olímpia, zona sul da cidade, a companhia tem uma área de armazenagem de 400 m², dividida em pequenos hubs logísticos. Eles são alugados pelo varejo online, como Amaro, Riachuelo e empresas como a Infracommerce, voltada à parte de implementação de e-commerce para as indústrias.

Aliás, indústrias de bens de consumo, como Philip Morris e Canon, que estão nessa unidade, são os principais clientes da companhia.

Pré-sal
“Para a gente, a pandemia foi mágica”, diz o empresário, que no meio da crise sanitária da covid-19 viu seu negócio dar um salto. “Em 2021, crescemos o faturamento em 1.600%.”

O negócio deu tão certo que foi criada uma divisão específica de armazéns, a Undock. Hoje são 28 unidades que somam cerca de 20 mil m² de área de armazenagem em mais de 20 cidades.

A meta é ter 700 hubs de armazenagem em seis anos. E a próxima fronteira a ser explorada será o “pré-sal”, brinca o empresário.

Ele se refere às áreas subterrâneas das grandes cidades que estão ociosas e necessitam de muita tecnologia para serem exploradas. “Esse é o próximo passo que a gente enxerga como sendo o metro quadrado com grande potencial de ser ressignificado para a logística.”

Magalu inaugura Centro de Distribuição sustentável no Estado do Pará

Espaço conta com sistema de reuso de água e placas solares; opera, ainda, com energia 100% renovável

O Magalu inaugura nesta sexta-feira (7) um Centro de Distribuição em Benevides, na região metropolitana de Belém, no Pará. O novo CD, com 53 mil m² de área total, dobra a capacidade de armazenamento da empresa no Estado, segue os mais avançados padrões de sustentabilidade ambiental e ocupa uma localização estratégica para a logística e distribuição de produtos, com acesso fácil à capital e interior.

A inauguração conta com a presença de Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magalu, da prefeita de Benevides, Luziane Solon, e do governador do Pará, Helder Barbalho.

“O Pará tem um enorme potencial de vendas e demanda um serviço de qualidade”, diz Décio Sonohara, diretor-executivo de Logística do Magalu. “Esse investimento é estratégico para a companhia porque é também uma porta de saída para todos os estados da região norte do País.”

O novo CD, que atende 36 municípios e garante o abastecimento de 59 lojas físicas instaladas no Pará e de outras 26 no Maranhão, permitirá que o Magalu melhore ainda mais a qualidade da entrega no Estado.

Entrega no mesmo dia
Atualmente, mais de 60% dos pedidos feitos no Pará são entregues no dia seguinte à compra, e quase 80% num prazo de 48 horas. Mais de 230 colaboradores do Magalu e 125 profissionais terceirizados trabalham no local.

Além da área de armazenagem, o CD do Magalu em Benevides conta com auditório e áreas de alimentação, lazer e descanso para os colaboradores. “Fizemos questão de criar uma área de descompressão, com um ambiente agradável para todos os que trabalham no local”, diz Sonohara.

As instalações do novo CD do Magalu também foram pensadas e construídas para garantir uma operação sustentável. A irrigação da grama e dos jardins é feita com uso de água de chuva. O aquecimento da água dos vestiários e do restaurante é realizado a partir de energia solar. Todo o restante da operação é alimentado por energia gerada de fonte 100% renovável, adquirida no mercado livre. O tratamento do esgoto é feito por meio de um jardim filtrante, sem uso de qualquer produto químico.

O e-commerce cresce de forma acelerada nos mercados do Norte do País. Para acompanhar essa expansão, até 2023, em todo o Brasil, o Magalu contará com 2 milhões de m² de áreas de armazenagem, formadas por 450 hubs logísticos e centros de distribuição e por 1.680 lojas físicas, usadas como pontos de coleta e entrega de produtos do Magalu e de seus mais de 200 mil sellers. Isso significa triplicar a estrutura logística no período de quatro anos.

Correios melhoram serviços de entregas de olho na Black Friday

Os Correios lançaram na última quarta-feira, 5, a campanha Black de Milhões, com a implantação de melhorias no segmento de encomendas para trazer mais rentabilidade aos vendedores e uma melhor experiência aos consumidores durante as compras de Black Friday e do final de ano. Com investimentos no portfólio e na capacidade logística, a empresa avançou em projetos digitais, inovações nos serviços, produtos e nas operações para acompanhar a curva de crescimento do comércio eletrônico.

Uma das medidas tomadas é a entrega mais rápida das encomendas expressas e em mais localidades. Segundo os Correios, a linha Premium (Sedex 10, Sedex 12) expandiu sua cobertura, disponibilizando os serviços em mais de 717 trechos, tendo ainda o sábado contabilizado como dia útil de entrega em cidades de Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro. O Sedex Hoje, que já atendia a capital paulista, agora atende também Curitiba e Belo Horizonte. Até o final do ano, a modalidade chegará a mais 12 cidades.

“Em mais de 17 mil trechos, o prazo de entrega foi reduzido de 5 para um 1 dia e, nas principais praças, houve redução de preços, favorecendo os vendedores na oferta de fretes mais atrativos. No fluxo de encomendas vindas do exterior, a estatal otimizou os prazos de entrega, reduzido para aproximadamente 8 dias após a liberação do produto pelos órgãos fiscalizadores de importação. Durante a Black Friday 2022, todos esses prazos de entregas serão mantidos”, informou os Correios.

Segundo os Correios, também houve ampliação do suporte ao empreendedor com a criação do Correios Empresas (CEM), uma solução física e digital de atendimento a empresários de todo o país com 31 unidades inauguradas. Também foi expandido o Correios Log+, que é uma solução completa de logística para e-commerce.

“Essa modalidade permite lojistas usufruírem de toda a expertise da estatal nas etapas do processo logístico: armazenagem, gestão do estoque, separação do pedido e entrega ao cliente final”, explicou os Correios.

Investimentos

De acordo com os Correios, a empresa investiu cerca de R$ 320 milhões na renovação da frota, o que representa mais de 4,8 mil novos veículos na rua. A estatal também instalou 13 centros operacionais, que receberam novos equipamentos para tratamento de encomendas. Houve ainda redução da capacidade de transporte, que também foi ampliada com a contratação de 16 novos trechos de porão de aeronaves para o tráfego de carga, com o objetivo de ofertar menores prazos para encomendas expressas.

Os clientes poderão também optar pela solução Clique e Retire, e de Lockers instalados nos principais centros urbanos do país para receber suas encomendas com mais conveniência e segurança. Mais funcionalidades do App Correios também permitem aos clientes agilizar serviços, como pré-postagem, e fazer consulta de preços, prazos e rastreamento.

Segundo o presidente dos Correios, Floriano Peixoto, em 2021 houve recorde de vendas pelo comércio eletrônico de R$ 5,4 bilhões, um crescimento de 6% na comparação com 2020. Os negócios cresceram 27% com 13 milhões de consumidores que compraram pela primeira vez na internet, totalizando 88 milhões de compradores. Ele disse ainda que a Operação Black Friday de 2021 gerou 19 milhões de encomendas postadas, 3,5 milhões de objetos nacionais postados em 29 de novembro e mais de 1 milhão e encomendas internacionais em um único dia.

Peixoto disse ainda que na última Black Friday, em 2021, a empresa contabilizou recordes no fluxo de encomendas. Foram 19 milhões de remessas recebidas, sendo 3,4 milhões somente em 1 dia. Com investimento e melhorias no portfólio de soluções e na capacidade logística, a empresa conseguiu absorver com êxito o crescimento superior a 40% no volume de encomendas recebidas do comércio eletrônico nacional e internacional.

“Em 2022 estamos preparados para milhões de encomendas, possibilidades, negócios e conexões que os Correios subsidiarão com foco em garantir a logística e a comunicação para que os clientes das empresas tenham melhor experiência possível de compra. Este ano será a maior Black Friday de todos os tempos. A acessibilidade, a agilidade e a comodidade das compras virtuais trazem na bagagem e-consumidores cada vez mais familiarizados com esse mercado. Trazemos soluções que atendem desde o pequeno empreendedor até as grandes instituições do ecossistema do e-commerce”, disse o executivo. As informações são da Agência Brasil.

Startups criam logística para entrega de varejistas em favelas

Mercado de pessoas que não têm acesso a entregas a domicílio é estimado em 36 milhões.

De olho em um mercado de 36 milhões de pessoas que não têm acesso a entregas a domicílio, startups estão desenvolvendo rotas para inserir essa população ao mercado de delivery e de compras online. Muitas vezes esses consumidores nem têm CEP para serem localizados, o que impõe grandes desafios para a chamada last mile, entregas da última milha até a porta do cliente.

Um levantamento feito pelo Data Favela em parceria com o Instituto Locomotiva revelou que as favelas brasileiras, se formassem um Estado, estariam em quarto lugar entre os maiores do País. São 7 mil favelas, com um total de 17,1 milhões de moradores, que movimentam mais de R$ 180 bilhões por ano. Somando a outros moradores de regiões periféricas, o número de habitantes sobe para 36,2 milhões.

Quase 90% dessas pessoas são bancarizadas e conectadas à internet, mas 67% já deixaram de comprar online por não ter entrega disponível em seu endereço. É para ocupar esse vácuo no mercado que algumas startups estão apostando no last mile, como a naPorta, que cuida de toda a logística de entrega até a casa dos moradores de comunidades no Rio de Janeiro e em São Paulo. O sócio-fundador da empresa, Leo Medeiros, conta que era gerente de contas da Amazon quando começou a debater a sementinha da ideia com o cliente Sanderson Pajeú, hoje seu sócio na empreitada.

Operação
No modelo criado, cada região atendida conta com um ponto de apoio para processamento e roteirização das encomendas, que chegam de grandes empresas, como Renner, Riachuelo, Americanas, Mercado Livre e iFood. Já o caminho do posto até o consumidor final é feito pelos entregadores da startup, que são recrutados na própria comunidade.

“O ponto fica perto das áreas das comunidades, mas fora das zonas de risco, para que as transportadoras consigam chegar até nós ou para que possamos recolher nas lojas”, diz Medeiros, contando que quem organiza a logística entre o posto e o destino final é um líder operacional também da comunidade, responsável pela conexão da startup com moradores.

Outra que aposta nesse segmento é a Favela Llog, uma parceria da gigante de logística Luft Solutions e a Favela Holding, grupo de 24 empresas de diversos segmentos, que movimentam cerca de R$ 63 bilhões por ano. A startup usa a capilaridade da Central Única das Favelas (Cufa) e o know-how de mercado da Luft para destravar endereços, fazendo a última milha para as principais empresas do e-commerce nacional.

De acordo com o CEO Thales Athayde, a empresa já existia desde 2014, sob o nome de Favela Log, mas não tinha expertise e sistema de logística para expandir. Foi depois da covid-19 que o empresário Luciano Luft entrou com o segundo “L” – e como principal acionista – para resolver o problema. “Quando veio a pandemia, a Cufa tinha de fazer muitas entregas de doações. Luciano é um antigo amigo nosso e veio somar para fazer o transporte das doações em todo o País”, diz Athayde.

Fundada em Bogotá em 2020, a plataforma de social commerce Muni também nasceu com o propósito de dar acesso ao comércio digital às classes C, D e E.

Segundo Thomas Endler, diretor comercial da empresa, os dois diferenciais do modelo estão no fato de a própria Muni ser um varejo online que compra mercadorias da indústria, o que encurta a cadeia e possibilita praticar preços até 40% mais baixos para o cliente final, sem taxa de entrega.