Amazon lança novo serviço de análise de lojas físicas de varejo

Tecnologia dará informações sobre como os produtos são descobertos, considerados e comprados nas lojas.
A Amazon lançou um novo serviço de análise de lojas físicas de varejo que oferece às marcas insights sobre o desempenho de seus produtos, promoções e campanhas de anúncios.

Através de dados agregados e anonimizados, o Store Analytics dará às marcas acesso a informações sobre como seus produtos são descobertos, considerados e comprados nas lojas Amazon Go e Amazon Fresh, nos Estados Unidos, que usam Just Walk Out e Dash Cart – tecnologia que permite que os clientes comprem, depois deixem a loja sem esperar na fila para pagar.

As empresas também terão acesso a dados sobre como seus produtos se classificam e se comportam, além de métricas de desempenho para campanhas na loja, como sinalização digital.

Esses insights ajudarão as lojas a tomarem decisões informadas sobre promoções e campanhas de anúncios e a melhorarem a experiência dos clientes, tornando o layout da loja mais fácil, melhorando a seleção e a disponibilidade de produtos e entregando valor através de promoções e publicidade relevantes.

“Sabemos que os compradores se preocupam com a forma como suas informações são usadas e compartilhadas, por isso pensamos muito em como podemos tornar esse serviço útil para as marcas, enquanto continuamos a proteger a privacidade dos compradores”, informou a Amazon.

Nenhum dado que possa ser vinculado a um comprador individual será compartilhado. Serão fornecidas informações como a porcentagem de quantas vezes seu produto foi retirado da prateleira e depois comprado durante essa visita à loja ou mais tarde em Amazon.com.

Os compradores que não quiserem os dados usados para o Store Analytics podem optar pelo site da empresa Store Analytics.

Mercado Livre e Shopee são as principais plataformas de compras nas favelas do Brasil

Entrega é uma das principais barreiras para a expansão desse mercado nas comunidades.

Mercado Livre e Shopee são as principais plataformas de compras nas 15 maiores favelas do Brasil. Com um potencial de compra de R$ 9,9 bilhões, os moradores das 15 maiores comunidades do Brasil aderiram as compras online e 38% fazem compras por este canal. Desenvolvida pelo Outdoor Social Inteligência, a Pesquisa Persona Favela mapeou os itens mais comprados entre eletroeletrônicos e carros e motocicletas, as plataformas de compras e a forma de entrega mais utilizada nas favelas.

Foram entrevistados 462 moradores das 15 maiores comunidades dos municípios de Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza, São Luís e Belém.

Segundo a pesquisa, as plataformas mais utilizadas para fazer compras são Mercado Livre (49%), Shopee (37%), Ifood (31%), Americanas (25%) e Magazine Luiza (20%).

“Mercado Livre e Shopee se destacam pela cultura de startup, visão global, e por enxergarem a favela sem preconceito. O modelo de marketplace que vende de tudo, desde um sapato a um eletroeletrônico, também reafirma esse olhar para a favela como potência e que lá a audiência para ser alcançada”, afirma Emilia Rabello, CEO da holding Outdoor Social.

Apesar de 82% dos entrevistados que realizam compras pela internet receberem o produto na porta de casa, Emília destaca que essa é ainda é uma barreira muito grande para a expansão das compras online.

Para viabilizar a entrega porta a porta, as empresas devem olhar para dentro das favelas, gerar empregabilidade e renda para os moradores, para que eles realizem as entregas. Como exemplo, Emília cita os projetos Favela Brasil Xpress e o NaPorta, que viabilizam as entregas dentro das comunidades cadastradas, empregando os entregadores locais.

“O consumo online está em expansão, mas ainda existe um oceano azul muito grande para ser navegado. A expansão desse mercado depende dos investimentos da indústria e dos grandes varejistas. É preciso um olhar especial para esse público. Falar diretamente com os moradores dessas comunidades”, diz.

Renner amplia seu marketplace, que já conta com 240 sellers e 70 mil produtos

Canal é responsável por 5% das vendas realizadas no e-commerce da varejista.

A Renner lançou uma campanha com a nova identidade visual de seu marketplace que foi ampliado e já conta com mais de 70 mil produtos. Lançado em maio de 2021, o canal é responsável por 5% das vendas realizadas no e-commerce da varejista e conta com mais de 240 sellers de diferentes marcas e categorias, como calçados, acessórios, lingeries, moda esportiva, beleza, perfumaria, bem-estar e casa e decoração.

Chamado de Alameda Renner, o marketplace finalizou o 1º trimestre de 2022 com um aumento de 37% no sortimento em relação ao último trimestre do ano passado.

“Atualmente, temos mais de 18 milhões de consumidores ativos no nosso ecossistema, que transitam entre os nossos diferentes negócios. A existência de um marketplace especialista em moda e estilo de vida potencializa este movimento”, afirma a diretora de Operações da Lojas Renner, Fabiana Taccola.

Para  apresentar o marketplace para o público, a Renner colocou no ar uma campanha que lança a identidade visual da plataforma com o conceito “Alameda Renner. Tem estilo, tá aqui” e acionou um time de influenciadores parceiros nas redes sociais, além de sua persona digital, Rennata, para conversar com o público sobre o assunto.

“O marketplace vem reforçar a cumplicidade da marca com nossos clientes. A campanha mostra que, com o Alameda Renner, os consumidores têm ainda mais opções de produtos e inspiração de moda e lifestyle para diferentes ocasiões em um único lugar”, diz a diretora de Marketing Corporativo da Lojas Renner, Maria Cristina Merçon.

Força do ecossistema 

Ao ampliar o mix de produtos relacionados à moda e lifestyle no ambiente digital da varejista, o Alameda Renner beneficia todo o ecossistema da Renner e reforça a sinergia entre os negócios da companhia, aumentando assim o ticket médio, a frequência e a base de clientes.

Tanto é que a Camicado, empresa do grupo que atua no segmento de casa e decoração, é o seller com maior representatividade no marketplace da Renner, enquanto a Youcom, player especializado em moda jovem, está entre os cinco maiores.

Logtech mexicana Nowports capta US$ 150 milhões e vira unicórnio

A Nowports, logtech mexicana que busca facilitar o dia a dia de empresas que exportam ou importam produtos na América Latina, acaba de anunciar um investimento de US$ 150 milhões que a torna no mais novo unicórnio da região e também na primeira empresa do setor a alcançar o feito no México.

A rodada série C foi liderada pelo fundo SoftBank e com participação de Tiger Global, Foundation Capital, Monashees, Soma Capital, Broadhaven Ventures, Mouro Capital, Tencent e Base10 Partners. Investidores como Daniel Voguel, da Bitso; Ricardo Amper, da Incode; Alex Bouaziz, da Deel e Roger Laughlin, da também mexicana Kavak, também participaram da rodada.

Segundo a empresa, os recursos vêm para expandir a atuação da Nowports em terras brasileiras. A startup chegou ao Brasil em outubro de 2021, após uma captação de US$ 60 milhões que teve, em essência, o propósito de levar a empresa para fora dos mercados onde já atuava. Hoje, a Nowports está também na Colômbia e no Chile. No Brasil, já são mais de 50 funcionários.

Fundada em 2018 pelos empreendedores Alfonso de los Ríos e Maximiliano Casal, a Nowports procura digitalizar toda a cadeia logística para empresas da América Latina, especialmente dos setores de manufatura e varejo, que transportam seus produtos por navios ou aviões. Ela faz isso a partir de um software de gerenciamento que cria, entre outras coisas, rotas inteligentes, gestão de tarifas de importação e exportação e desenvolve relatórios em tempo real para controle das operações.

“Estamos empolgados em ganhar a confiança de grandes fundos de investimento e nos tornarmos o novo unicórnio na América Latina. Isso reforça nosso compromisso de transformar as cadeias produtivas da região com tecnologia e acesso ágil ao financiamento para empresas que importam ou exportam mercadorias. Faremos da Nowports um dos principais impulsionadores de todas as economias emergentes do mundo, não apenas da América Latina”, comenta, em nota, Alfonso de los Ríos, cofundador e CEO da Nowports.

Segundo los Ríos, o investimento será usado para expandir a presença da Nowports nos mercados onde já atua e também para abrir escritório em novas cidades. Uma das primeiras deve ser a cidade de Itajaí, em Santa Catarina.

Os recursos também servirão para acelerar o lançamento de outros produtos, dessa vez financeiros. A Nowports quer expandir ferramentas de financiamento e seguros para seus clientes.

 

Americanas S.A. registra crescimento de 22% no primeiro trimestre de 2022

Na comparação com os 3 primeiros meses de 2021, a Americanas S.A. registrou crescimento de 22%. A expansão é reflexo da boa performance em todas as plataformas de negócios. Afinal, o físico cresceu 27%, enquanto o digital 20%, ainda que diante de uma base forte de comparação (+89% no 1T21). A rentabilidade também foi destaque no período: o Ebitda subiu 58%, atingindo R$ 660 milhões, maior valor da história para o período.

O sucesso da estratégia da Americanas S.A. fica evidente com a adição de 4 milhões de clientes no período de 12 meses, com a base ativa de clientes totalizando 52 milhões no 1T22. O mesmo vale para o crescimento de 20% do número de itens vendidos e de 17% das transações no período. Vale lembrar que a companhia ampliou seu sortimento em 37% nos últimos doze meses, totalizando 136 milhões de ofertas disponíveis.

Outros pontos ajudam a explicar a boa performance da empresa. Entre eles, a baixa dependência de algumas categorias de tíquete médio alto, somada à alta recorrência de compras e à credibilidade conquistada junto aos clientes. Hoje, a Americanas é uma das cinco marcas mais influentes do Brasil, segundo pesquisa divulgada em abril pelo Ipsos (Instituto de Pesquisa de Mercado e Opinião Pública) — é a primeira marca brasileira no ranking.

Americanas S.A. e a multicanalidade

Com a criação da Americanas S.A., a multicanalidade já é uma realidade da operação. Neste caso, as lojas físicas se tornaram um importante hub de relacionamento e distribuição. Somente em 2022, a companhia inaugurou 28 novas lojas, totalizando 3.581 estabelecimentos. Como resultado, no primeiro trimestre de 2022, quase 35% das entregas foram realizadas em até 3 horas. Um ano atrás, esse percentual era de 14%. Além da infraestrutura das lojas para reduzir tempo e custo de entrega, há ainda o investimento em inteligência artificial e análise de dados para otimizar fluxos e processos.

A AME, fintech da Americanas S.A., também se destacou no primeiro trimestre. Afinal, atingiu a marca de 32 milhões de downloads, com um TPV (volume total de pagamentos) de R$ 7,8 bilhões. Como comparativo, o crescimento foi de 53% em relação ao mesmo período do ano anterior. A operação se mostra cada vez mais relevante e estratégica, gerando o aumento da frequência e do gasto médio e a aquisição de novos clientes.

Os resultados de AME estimulam ainda mais a IF (motor de inovação da Americanas e responsável por liderar 10 fusões e aquisições entre 2020 e 2021) a seguir com o objetivo de incentivar o uso de novas tecnologias e buscar oportunidade para entrada em novos negócios. Por este motivo, a Americanas anunciou em abril a estruturação da vertical de corporate venture capital (CVC). A intenção, neste caso, é investir em até 20 startups neste ano em setores que tenham conexão com as estratégias de negócio da companhia — como tecnologia, cyber, fintech, logística e advertising.

Estratégia ESG reconhecida internacionalmente

Em janeiro, a Americanas S.A. entrou pela primeira vez no The Sustainability Yearbook 2022. Trata-se do anuário que reúne as empresas com melhores performances em sustentabilidade do mundo. Para tanto, a companhia foi destaque na seleção feita pela S&P Global em critérios como: transparência de informações; ética e conduta; compromissos ambientais e de impacto social. Além disso, foi listada no ranking das companhias abertas com as melhores notas no Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da bolsa brasileira, a B3.

Preço do Amazon Prime vai subir 50,5% a partir de 20 de maio

Assinatura do serviço de benefícios vai custar R$ 14,90 no plano mensal; empresa alega alta nos custos.

A partir de 20 de maio, o Amazon Prime, programa de benefícios da gigante do varejo, passará de R$ 9,90 para R$ 14,90, uma alta de 50,5%. Já a anuidade irá de R$ 89 para R$ 119, aumento de 33,7%. Para os membros que já assinam o Prime, o reajuste será aplicado a partir de 24 de junho de 2022, na data da próxima renovação de assinatura mensal ou anual.

A Amazon argumenta que o programa tem o mesmo preço desde que foi lançado em 2019 mesmo com todos os investimentos no Brasil, e que o anúncio vem com a “expansão dos benefícios e aumento de custos operacionais gerais”. “Até 19 de maio, todos os novos clientes que assinarem o plano Anual ou membros mensais que converterem sua assinatura para a Anual poderão aproveitar o preço atual de R$ 89/ano pelos próximos 12 meses”, complementa.

A companhia diz ainda que continua a investir no Amazon Prime e que, nos últimos anos, adicionou milhões de produtos disponíveis ao programa com frete grátis, além de ofertas e descontos. “O frete grátis em dois dias foi expandido de 90 para mais de mil cidades e, em 2021, lançamos a entrega Prime grátis em um dia, agora disponível em mais de 100 cidades”, afirma a companhia, em nota. A empresa lembra também que, em setembro, será lançada a série ‘O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder’, aguardada pelo público da triologia do cinema.

Dificuldades da Amazon

O aumento foi anunciado depois que a Amazon perdeu US$ 210 bilhões em valor de mercado após o pior dia da empresa no mercado financeiro desde 2006. A queda de 14,05% da companhia ocorreu após a fraca estimativa de crescimento para o próximo trimestre.

No último trimestre, a Amazon registrou prejuízo de US$3,8 bilhões – no mesmo período do ano passado, o lucro foi de US$ 8 bilhões. A perspectiva para a divisão de varejo da gigante é negativa por várias razões. Uma delas é a reabertura de lojas físicas, o que devolveu à gigante concorrentes que antes estavam adormecidos pela pandemia. A companhia também enfrenta alta nos custos. Um desses elementos é a inflação no preço dos combustíveis, o que influenciou em toda a cadeia de entregas e serviços. Pressões inflacionárias também devem reduzir o consumo em diferentes países.

“Hoje, como não estamos mais buscando capacidade física ou de pessoal, nossas equipes estão totalmente focadas em melhorar a produtividade e a eficiência de custos em toda a nossa rede de atendimento. Isso pode levar algum tempo, principalmente porque trabalhamos com pressões inflacionárias e da cadeia de suprimentos em andamento, mas vemos um progresso encorajador em várias dimensões da experiência do cliente”, explicou Andy Jassy, presidente da Amazon, no relatório enviado a investidores.

Streaming em xeque

O Amazon Prime oferece uma série de benefícios aos seus assinantes, entre eles acesso ao serviço de streaming. A categoria também passa por aumento de custos, alta competitividade e dificuldade na retenção de assinantes.

Os serviços de streaming gastaram US$ 50 bilhões em novos conteúdos no ano passado, em uma tentativa de atrair ou reter assinantes, segundo a pesquisadora Ampere Analysis. Isso representa um aumento de 50% em relação a 2019, quando muitos dos serviços de streaming mais recentes foram lançados, sinalizando a rápida escalada das chamadas “guerras de streaming”.

A Netflix conseguiu aumentar os preços das assinaturas nos Estados Unidos, Reino Unido e Irlanda, para financiar a produção de conteúdo e o crescimento em outras partes do mundo, como a Ásia, observou Michael Pachter, analista da Wedbush.

 

 

O gigantismo do Mercado Livre

O segmento dos marketplaces no Brasil e no mundo sofreu grandes mudanças com a chegada da pandemia e do isolamento social, fatos estes que resultaram em um crescimento sem precedentes para a categoria.

O Mercado Livre em especial teve crescimento além do esperado segundo o próprio cofundador da companhia, Stelleo Tolda. O período de confinamento e a forte digitalização fizeram com que adiantassem em dois anos as estimativas traçadas para a empresa.

No período entre janeiro e setembro de 2020, o número total de usuários únicos ativos era de 56 milhões aproximadamente, e em 2021 esse número dobrou, chegando a 112,5 milhões.

O volume de vendas nesse mesmo período foi de US$ 14,36 bilhões, que corresponde a um aumento de 42%.

O valor das ações também acompanhou esse crescimento em 2019. No início da pandemia, possuíam o valor de R$ 249,00 aumentando 80% no ano de 2020, quando chegaram a R$ 449,00, e em 2021 alcançaram seu pico, no valor de R$ 1.700,00.

E o crescimento não parou no ano de 2022, assim como os planos da companhia para os anos subsequentes. Acompanhe a leitura.

Linha de crescimento do Mercado Livre

O Mercado Livre, durante o período de 2020 e 2021, se tornou a empresa mais valiosa da América Latina, ultrapassando a Vale e a Petrobras, e para explicar esse gigantismo, nada melhor do que dados.

Valor de mercado

O valor de mercado da empresa atingiu números recordes, fazendo um paralelo de 2018 até 2021. Esses dados são disponibilizados a cada fechamento de trimestre e anualmente pelo site oficial.

Linha de crescimento do valor de mercado do Mercado Livre.

Em 2018, o Mercado Livre possuía um valor de mercado avaliado em US$ 15 bilhões de dólares, além de atingir importantes marcas como um milhão de itens vendidos em apenas um dia e um milhão de transações no Mercado Pago em 24 horas.

Já em 2019 a empresa teve seu primeiro salto, com muita relação com a pandemia e a mudança de comportamento de seus consumidores. Alcançou o valor de US$ 28,4 bilhões, um aumento de mais de 89% em relação ao ano anterior.

No ano seguinte, mais um aumento. Segundo dados da consultoria Economatica, o marketplace ultrapassou a mineradora Vale (US$ 59,3 bilhões) e se tornou a empresa mais valiosa da América Latina com a marca de US$ 60,6 bilhões.

Com capital aberto na bolsa americana Nasdaq, a empresa argentina foi uma das grandes vencedoras do segundo trimestre, com suas ações valorizando 101,8% entre abril e junho.

Em 2021, segundo dados também fornecidos pela consultoria do Economatica, em 20 de setembro, o Mercado Livre chegou a US$ 90,51 bilhões. Algum tempo depois, a Vale subiu novamente para o primeiro lugar com a alta do minério de ferro.

Além de se destacar em valor de mercado, o Mercado Livre se destaca no meio de outros concorrentes no segmento de marketplaces, chegando à marca de dez produtos vendidos a cada segundo.

Comparação de valor de mercado entre os maiores marketplaces do Brasil

Por estar em constante expansão, o Mercado Livre, segundo dados da pesquisa do Economatica, em 2020, permanece destoando de seus concorrentes diretos.

Segundo o levantamento feito no ano, o Mercado Livre chegou a valer o dobro do valor de mercado do Magalu Marketplace e quase cinco vezes mais do que o Americanas Marketplace, como mostra o gráfico abaixo.

Valor de mercado em 2022 dos maiores marketplaces do Brasil.

Além disso, pesquisas apontam que o varejista se mantém na primeira posição em número de acessos mensais dentre todos os outros marketplaces, como Amazon Brasil, Magazine Luiza, Shoppe e Aliexpress.

A empresa possui um volume mensal de 1,75 bilhões de acessos, com 44% das buscas diretas pelo endereço eletrônico do site e 26,6% de pesquisa orgânica feita a procura de um produto específico no Google.

Receita líquida do Mercado Livre em 2021

A cada trimestre concluído, todos os marketplaces lançam os seus resultados dentro de suas plataformas para passar informações de forma mais transparente para investidores e também sócios.

Esses resultados também podem ser importantes para vendedores e interessados em entrar, se manter ou sair de cada um desses canais de venda. Dessa forma, eles podem acompanhar de perto se a empresa está gerando resultados positivos.

Esse é o caso do Mercado Livre, que divulgou os resultados do primeirosegundoterceiro e quarto trimestres em seu site oficial e disponibilizou muitas informações que, analisadas da forma correta, podem servir de grande ajuda para quem tem interesse em aderir ao marketplace.

Como mostra o gráfico abaixo, a receita líquida do Mercado Livre cresceu constantemente, atingindo no final do ano de 2021, último relatório divulgado pelo site, um crescimento de 66,7% do primeiro trimestre para o último.

Assim como já citado anteriormente, o Mercado Livre teve um grande salto de crescimento desde o início da pandemia.

No quarto trimestre de 2021, o Mercado Livre chegou a US$ 2,1 bilhões de renda líquida. Já em 2019, no mesmo período, obteve um resultado de US$ 674,3 milhões, o que corresponde a um aumento de mais de 200%.

Volume de vendas

Uma vez que estamos falando sobre oportunidades de maior visibilidade do vendedor dentro do Mercado Livre, é necessário trazer dados sobre o volume de vendas da plataforma.

A base de usuários ativos em janeiro de 2021 era de 69,8 milhões e, no fim do mesmo ano, conquistou a marca de 82,2 milhões.

Isso significa que o mercado está ficando cada vez mais competitivo, porém grandes oportunidades surgem dentro disso, fazendo com que o vendedor pense em diferentes formas de se destacar, seja melhorando a qualidade de seu produto ou serviço, sua abordagem ou também sua reputação, assunto este que será tratado de forma detalhada ao longo deste texto.

O volume de vendas (GMV – Gross Merchandise Volume) foi de US$ 6,1 bilhões em janeiro para US$ 8 bilhões em dezembro de 2021, um aumento de 21,2% em relação ao ano anterior.

Segundo dados fornecidos pelo próprio varejista, foram vendidos 222 milhões de itens apenas no primeiro trimestre do ano passado, o que significou um aumento de 110,2%.

Resultados do Mercado Envios

O fulfillment do Mercado Livre também passou a ser mais utilizado dentro do Brasil. No fim do ano de 2021, a rede do Mercado Envios chegou a 40% de penetração da rede logística dentro dos seus centros de distribuição, versus 25% do período de 2020. O serviço possui uma frota de mais de mil vans por todo país.

No encerramento do quarto trimestre, o Mercado Envios chegou a enviar 276 milhões de itens, aumentando em mais de 32% ao longo do ano seu volume de entregas.

Como se destacar entre tantos vendedores do Mercado Livre?

Depois de analisar inúmeros dados e acompanhar o crescimento desse marketplace, é preciso saber como fazer para se destacar na gama de vendedores do Mercado Livre.

Sendo assim, apresento cinco hacks de como vender mais dentro do Mercado Livre de forma inteligente e estratégica.

Como funciona a escala de cores e a reputação dentro do Mercado Livre

O sistema de reputação do Mercado Livre funciona dentro de uma escala de cores que vai do vermelho ao verde, sendo o vermelho o pior e o verde, o melhor.

E uma última categoria que possui três níveis, sendo a primeira Mercado Líder, a segunda Mercado Líder Gold e a última Mercado Líder Platium. Elas possuem regras mais rígidas a serem seguidas pelo vendedor.

Escala de cores de reputação do Mercado Livre.

Segundo a empresa, o ranqueamento começa a valer a partir das dez primeiras vendas realizadas e levam em consideração os seguintes pontos:

Reclamações do comprador

  • Vendedor que possui a cor verde: as reclamações não podem passar de 3% do total de vendas;
  • Vendedor que possui a cor amarela: as reclamações não podem passar de 7% do total de vendas;
  • Vendedor que possui a cor vermelha: as reclamações não podem passar de 12% do total de vendas.

Atraso na postagem do produto

  • Vendedor que possui a cor verde: o tempo de envio não pode passar de 15% do total de vendas;
  • Vendedor que possui a cor amarela: o tempo de envio não pode passar de 20% do total de vendas;
  • Vendedor que possui a cor vermelha: esse tempo não pode passar de 30% do total de vendas.

Vendas canceladas pelo vendedor

  • Vendedor que é Mercado Líder: as vendas canceladas por ele mesmo não podem ser maiores do que 2% do total de vendas;
  • Vendedor que possui a cor verde: esse valor é de 3%;
  • Vendedor que possui a cor amarela: esse valor é de 7%;
  • Vendedor que possui a cor vermelha: esse valor não pode ser mais de 10%.

O prazo de referência para calcular a reputação é o das vendas concretizadas nos últimos 60 dias. Se esse valor não atingir o número mínimo de 60 vendas, o cálculo base é feito com o total de vendas nos últimos 365 dias.

Seguir as diretrizes que a plataforma impõe é sempre a melhor forma de alcançar uma boa reputação dentro do Mercado Livre. Contudo, existem mais formas de evitar possíveis complicações. Por exemplo, postar um produto simples, com preço baixo e muita saída, vai aumentar as vendas e dificilmente terá reclamações. Outra saída é sempre dar atenção a respostas de dúvidas rapidamente e de forma educada.

Crie diferentes combinações de títulos

É importante lembrar que o alcance do Mercado Livre preenche cada canto do Brasil, ou seja, a regionalidade deve sempre ser considerada, uma vez que um determinado produto pode ter nomes diferentes em cada estado.

Para não ter problemas com isso, é possível utilizar uma das ferramentas do marketplace, o Mercado Livre Tendências, para fazer pesquisas de mercado. Ele entrega os 40 itens mais pesquisados e facilita a busca por suas variações.

É preciso ser capaz de se comunicar com todos os públicos, entregando o nome do produto tanto para profissionais quanto para leigos.

Como “Barraca 4 pessoas Camping”, “Barraca para acampamento” ou “Barraca de trilha 4 pessoas” – nem todos sabem as especificações do produto, mas esperam e precisam obter o resultado da pesquisa da mesma forma.

Publicar anúncios em categorias diferentes

Alguns produtos podem ser encaixados coerentemente em diferentes categorias. Essa ação garante que o produto seja visto mais vezes dentro da plataforma por mais consumidores.

Por exemplo, uma creatina monohidratada que pode ser encaixada em duas categorias:

  • Esportes e Fitness > Suplementos e Shakers > Suplementos
  • Saúde > Suplementos alimentares

Outra dica é evitar ao máximo encaixar qualquer produto como “outros”. Isso dificulta o ranqueamento do item, além de não entrar para as categorias entregues pelo Mercado Envios, fulfillment da plataforma.

Enviar cards ou flyers sobre a loja junto ao produto

O envio de cards ou flyers é uma boa oportunidade para disseminar informações privilegiadas sobre conteúdos da própria loja.

Eles podem servir para aumentar a reputação. Com o intuito de diminuir as reclamações, eles podem conter instruções de como contactar o suporte do próprio lojista e solucionar as questões.

Dessa forma, essa reclamação não contabiliza dentro da plataforma do Mercado Livre e, com isso, não afeta a reputação do vendedor.

Além disso, eles podem exercer a função de incentivar a recompra, tanto de produtos similares quanto de novos que podem ser usados como complemento, ou também contendo cupons de desconto.

Tirar boas fotos

O Mercado Livre possui exigências de boas práticas para o bom ranqueamento do produto dentro da plataforma. O ideal é que a primeira foto respeite exatamente as exigências solicitadas pela empresa. São elas:

  • Utilizar fundo totalmente branco;
  • Não adicionar itens extras às fotos, como marcas d’água ou adesivos;
  • Não incluir as condições de vendas;
  • Garantir que elas estejam nítidas;
  • Mostrar um modelo por foto;
  • Usar fotos originais, com direito de uso.

Investimentos para o ano de 2022

As expectativas para os próximos anos são altas, uma vez que a companhia argentina pretende investir R$ 17 bilhões no Brasil em 2022. O montante representa um aumento de 70% referente ao valor injetado no país em 2021.

Esse investimento faz parte da estratégia de crescimento e consolidação do Mercado Livre no país de forma definitiva. Além disso, uma boa parte do valor vai ser direcionado a melhorias e atualizações da fintech Mercado Pago.

A plataforma já conta com mais de 34 milhões de usuários ativos e pretende oferecer novos produtos, serviços e experiências, e tornar a conta digital mais completa, podendo, assim, competir com os grandes bancos digitais do mercado.

Além disso, parte do investimento terá como foco a inauguração de quatro novos centros de distribuição no estado de São Paulo, permitindo dobrar a capacidade de entrega de encomendas no território nacional.

Depois de tudo pronto, o Mercado Livre, com as novas estruturas, passará a contar com 12 centros de distribuição fulfillment e, assim, conseguir acelerar o processo de entregas, com a gestão do estoque feita de forma interna.

O grupo já realiza entregas no mesmo dia em 50 cidades, e mais de 2,1 mil localidades estão aptas a receber encomendas em até um dia. E o número de envios em até dois dias equivale a mais do dobro, chegando a 4,7 municípios.

De acordo com dados divulgados pelo banco BTG Pactual, as vendas do Mercado Livre podem chegar a R$ 500 bilhões em 2025. O varejista passará de 7% de penetração dentro dos e-commerces em 2019 para 21,8% nos próximos três anos.

Essa presença se tornará cada vez mais competitiva se levarmos em conta que a China possui 25% das vendas online no país, segundo a plataforma Statista.

De acordo com o Goldman Sachs, a tendência dos próximos anos é de uma concentração crescente nas mãos dos líderes Mercado Livre, Magazine Luiza e Americanas, que chegarão a dominar 77% do mercado em 2024.

Meta, dona do Facebook, abrirá primeira loja física em aposta do metaverso

A Meta, empresa dona do Facebook, está pronta para abrir sua primeira loja física. Nela, será possível experimentar e comprar óculos de realidade virtual e outros dispositivos, enquanto a empresa traça um curso para levar seu altamente elogiado metaverso ao mercado de tendências.

Com 144 metros quadrados e localizada no campus Burlingame da empresa, na Califórnia, a Meta Store será inaugurada em 9 de maio. Entre as apresentações, destaque para: demonstrações para o óculos Quest 2 VR e dispositivo de videochamada Portal, bem como óculos de realidade aumentada (RA) da Ray-Ban.

Os aparelhos, com exceção dos óculos Ray-Ban, estarão disponíveis para compra na loja. Além disso, os produtos também podem ser adquiridos de forma online, através de uma nova aba de compras no meta.com, complementou a empresa.

Alto investimento no metaverso

A Meta está investindo pesado no metaverso, espaço virtual onde as pessoas interagem, trabalham e se divertem. Nesse caso, a intenção é adicionar novos recursos aos dispositivos que servem como pontos de acesso a este “mundo online”.

No início deste mês, o proprietária do Facebook disse que começaria a testar ferramentas para vender ativos e experiências digitais na Horizon Worlds, sua plataforma de realidade virtual lançada no final do ano passado.

Além disso, será cobrada uma taxa de 47,5% dos criadores de experiências e ativos digitais, uma medida que desencadeou críticas de alguns desenvolvedores de aplicativos.

Os compradores aguardam a próxima versão do óculos Quest 2 VR. Neste caso, é provável que seja lançado no segundo trimestre, uma vez que é amplamente entendido pelos analistas como crucial para os planos de metaverso da empresa.

Por meio da Logtech Cnt, Via anuncia início da operação full-commerce da Mallory

A CNT, logtech da Via – dona das marcas Casas Bahia, Ponto e Extra.com.br – anunciou que assumiu toda a operação de e-commerce da Mallory, uma das maiores fabricantes de eletrodomésticos e eletroportáteis do Brasil, passando a ser responsável pelo full-commerce da empresa. O contrato também é o primeiro desse tipo, desde a aquisição da empresa de logística pela Via em janeiro deste ano.

No CD de Jundiaí (SP), a Via já realizava o serviço de fulfillment para a Mallory, que possui fábrica em Maranguape, na grande Fortaleza (CE). Agora com o full-commerce, a Via/CNT cuidará de toda operação do site de e-commerce da Mallory. O escopo de processos inclui planejamento, criação, operação, gestão, atendimento, segurança digital, análise de resultados, vendas e entregas com foco em colocar o consumidor no centro da estratégia.

“Com o full-commerce a CNT entra oficialmente no ecossistema da Via, oferecendo todo tipo de solução para a indústria nos canais digitais e associado ao omni canal, além do fulfillment para sellers. A estratégia daqui para frente é escalar ainda mais e abrir oportunidade para novos segmentos e mercados explorando a musculatura de armazéns e transportes já conhecidas da Via.” – Vinícius de Albuquerque Maranhão, diretor de Logística para mercado digital na Via/CNT.

De acordo com Vinicius Ramalho, gerente Ecommerce da Mallory, a marca tem uma grande expectativa com a Via/CNT.

“Desejamos expandir e consolidar nossas operações digitais através do impulsionamento e a malha logística oferecida por esta parceria. Somos uma marca referência nas regiões Sudeste, Norte e Nordeste, e buscamos essa capilarizarão através dos canais digitais em todo o Brasil. Acreditamos que essa parceria nos trará competitividade e melhores prazos de entrega em um mercado que é tão dinâmico e exigente como o digital.” – Vinicius Ramalho, gerente Ecommerce da Mallory.

LOGÍSTICA COMO PILAR DA OMNICANALIDADE

A aquisição da logtech CNT em janeiro deste ano colocou a Via definitivamente no fulfillment e no full-commerce. Com isso, a empresa se tornou uma plataforma aberta de logística, servindo tanto o ecossistema Via quanto o mar aberto (logística as a service).

Com a logística sendo um dos pilares da Via, o contrato com a Mallory ratifica o a aceleração da inclusão desses novos serviços logísticos pela empresa, que passa a apostar no formato multi-marketplaces para parceiros e a conquistar oportunidades para atrair novos clientes. A Via tem um ecossistema omnicanal formado por mais de 1.100 lojas e 30 centros de distribuição, de forma 100% integrada.

Em 2021, o Via Marketplace, um dos maiores do país, atingiu 130 mil lojistas na plataforma e um sortimento de 41 milhões de itens (SKU), colocando a companhia em posição de disputar a liderança no Brasil.

Além do fulfillment e do full-commerce, a empresa afirma que o marketplace será turbinado pela oferta de serviços de crédito e soluções financeiras exclusivos da Via, o que retroalimenta o ecossistema, contribui para gerar maior recorrência e fideliza clientes, além de atrair parceiros que aumentarão o life time value (LTV) dos clientes e ampliar as frentes de atuação para além do varejo.

Empresas investem em tecnologia para melhorar capacidade logística

A tecnologia e a inteligência artificial têm mudado a cara da logística brasileira, acompanhando uma tendência mundial. Se no passado o diferencial estava no tamanho da frota de caminhões e na área atendida, hoje as empresas precisam apostar em sistemas sofisticados e automação para dar conta de uma demanda crescente e, ao mesmo tempo, garantir maior eficiência para os clientes. Isso porque o setor virou peça-chave dentro do planejamento estratégico das companhias na redução de custos – os custos logísticos representam 12% do faturamento bruto das empresas.
Além disso, com as transformações digitais e o avanço do e-commerce, a velocidade na entrega virou disputa no mercado para ver quem consegue chegar primeiro ao consumidor final. Para isso, é preciso muita tecnologia no rastreamento do produto e na separação dos pacotes, dando maior agilidade ao processo.
“Até certo volume é possível fazer na mão. Mas, quando a demanda aumenta, a tecnologia entra para resolver o problema e melhorar a operação”, diz Caio Reina, presidente e fundador da RoutEasy, uma startup que usa inteligência artificial em soluções de otimização e gestão de entregas. Ele diz que nos últimos tempos, sobretudo após a pandemia, a demanda mudou por causa da importância do comércio eletrônico.
O nível de exigência aumentou. O prazo de três a cinco dias, que antes era bom, está ultrapassado. Hoje, o consumidor quer receber o produto no dia seguinte ou no mesmo dia. Isso tem exigido novas fórmulas das empresas para atender aos novos requisitos. A Loggi, empresa que nasceu em 2013 e tem a tecnologia no DNA, já consegue fazer essas entregas no mesmo dia dependendo da região.
Mais da metade das empresas de logística acredita que a tecnologia é a chave para reduzir custos, oferecer novos serviços aos clientes e atender às exigências do mercado. Para alcançar esses objetivos, elas apostam na inovação de uma serie de processos, como o rastreamento de cargas, na tecnologia de processamento de pedidos e de planejamento de demanda e na automação dos meios de distribuição, mostra um levantamento feito pela Fundação Dom Cabral com 275 empresas do setor.
O professor Paulo Resende, responsável pela pesquisa, diz que a tecnologia ganhou maior importância dentro das empresas depois que as cadeias produtivas começaram a trabalhar com menos estoques. Com o avanço da internet e o barateamento do acesso a informações e dados, as companhias começaram a questionar se deveriam estocar produtos ou apostar num sistema de fluidez e de informação.
“A partir do momento em que não há mais um colchão entre oferta e demanda, elas precisam da tecnologia da informação, de inovação nos equipamentos, veículos modernos e inteligência artificial”, diz o Resende. Além disso, completa ele, houve o empoderamento do consumidor final sobre a demanda. “Hoje, eles têm centenas de milhões de aplicativos à disposição para decidir sobre as compras.”
Nesse cenário, a Loggi já nasceu com o objetivo de usar a tecnologia para melhorar a logística. A empresa tem 10 centros de distribuição no País. O vice-presidente de Vendas, Comunicação e Marketing da companhia, Ariel Herszenhorn, afirma que há três anos a empresa atendia a 50 municípios no País. Hoje são 4.200.
Algoritmos
Para manter esse crescimento, a saída foi apostar em sistemas automatizados e algoritmos que ajudam na operação. No centro de distribuição em Cajamar, em São Paulo, a empresa tem capacidade para processar 1,2 milhão de pacotes por dia.
Numa esteira gigante, os pacotes são separados automaticamente – por meio do código de barras – por regiões e algumas cidades maiores, como São Paulo. A partir daí, os pacotes são transportados em caminhões de acordo com as rotas definidas.
As soluções tecnológicas da empresa são criadas por equipes dedicadas ao assunto no Brasil e em Portugal. No hub de tecnologia de Lisboa, cerca de 70 profissionais buscam aperfeiçoar as ferramentas e criar novas saídas para dar mais eficiência ao processo. Em 2020, a Loggi investiu R$150 milhões em automação e tecnologia. No ano passado, esse valor superou R$ 250 milhões.
Na JSL, uma das mais tradicionais empresas da área, com mais de 1,3 mil clientes , a tecnologia e a inteligência artificial viraram estratégia indispensável para manter o negócio, diz o presidente da empresa, Ramon Alcaraz. “Estamos investindo muito dinheiro nisso. Ainda estamos longe dos objetivos, mas estamos no caminho.”, disse Alcaraz. Em uma das áreas de atuação, que é a cadeia de matéria-prima, o uso de algoritmos para o uso de carros tem sido muito importante para reduzir custos.