Governo lançará linha de crédito de R$ 100 bi para micro e pequenas empresas

Limite para enquadramento no programa será um faturamento de R$ 300 milhões por ano.

O governo deve lançar um programa de crédito de R$ 100 bilhões, na próxima semana, destinado a pequenas e médias empresas. De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, a informação foi repassada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, em almoço nesta quarta-feira, 16, com representantes da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (UNECS).

A ideia é que sejam beneficiadas de microempreendedores individuais (MEIs) a empresas de médio porte. O limite para enquadramento no programa será um faturamento de R$ 300 milhões por ano.

“Gostamos muito da notícia, especialmente por ter data definida. Vai ampliar o crédito total e também tratar as questões da inadimplência”, afirmou.

Segundo Solmucci, o ministro pediu à equipe que busque uma solução para a questão da inadimplência do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que aumentou com a alta de juros.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/02/17/governo-lancara-linha-de-credito-de-r-100-bi-para-micro-e-pequenas-empresas/

Amazon ultrapassa P&G e se torna a maior anunciante da história

Empresa gastou US$ 16,9 bilhões em publicidade e promoções em 2021, um aumento de 55% em relação a 2020.

O investimento publicitário da empresa cresceu 55% em 2021 em relação ao ano anterior, o que representa um aumento de US$ 6 bilhões e o aumento mais rápido em dez anos. O índice é maior do que o nível geral de crescimento da publicidade no ano passado, que aumentou 23,8%, e mais que o dobro do crescimento observado na categoria de varejo mais ampla, de 20,6%.

A Procter & Gamble, principal concorrente ao título de maior anunciante, fica para trás. Embora os números não sejam diretamente comparáveis, os custos de publicidade da P&G aumentaram 12%, para US$ 8,2 bilhões nos 12 meses até o final de junho de 2021.

Segundo a Warc, isso ocorre à medida que a Amazon se expande para novas áreas e vê um forte crescimento de receita em seus segmentos de negócios – a receita total da empresa aumentou 21,7% em 2021, para US$ 470 bilhões.

Amazon ultrapassa P&G e se torna a maior anunciante da história

Lucro acima do esperado

A Amazon registrou lucro líquido de US$ 14,3 bilhões no quarto trimestre de 2021, o equivalente a US$ 27,75 em lucro por ação, superando muito o lucro por ação de US$ 3,63 esperado por analistas consultados pela FactSet. A empresa quase dobrou os US$ 7,2 bilhões que registrou de lucro líquido no mesmo período do ano anterior.

No ano, lucro líquido aumentou para US$ 33,4 bilhões, ou US$ 64,81 por ação diluída, comparado ao lucro líquido de US$ 21,3 bilhões, em 2020.

A companhia revelou ainda que as vendas líquidas aumentaram 9% para US$ 137,4 bilhões no quarto trimestre, em comparação com US$ 125,6 bilhões no mesmo período de 2020.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/02/11/amazon-ultrapassa-pg-e-se-torna-a-maior-anunciante-da-historia/

O aumento da representatividade do varejo no Brasil

É matemático. Em 2004, o varejo e o comércio representavam 19% do PIB do País. Após o período de maior crescimento desses setores, em 2012, chegavam a 25%. Em 2020, apesar do quadro atípico daquele ano, representou 28%. Foram 9 pontos percentuais de crescimento em um período de 16 anos. E em 2018 e 2019, pré-pandemia, já havia sido de 27%.

Para efeito de comparação, nos Estados Unidos, o varejo representava 25% do PIB do país em 2004. Em 2012, coincidentemente, permaneciam os mesmos 25%, igual ao Brasil. Já em 2020, a participação do varejo norte-americano havia crescido para 27%.

O crescimento da participação do varejo no PIB registrado em 2020 no Brasil deverá se repetir em 2021 e foi influenciado pela retração do setor industrial, que tem perdido representatividade na economia brasileira por questões estruturais e, naquele ano, pelos efeitos perversos gerados pela pandemia. Mas, ao mesmo tempo, é importante lembrar o crescimento também estrutural da participação dos setores de serviços e, em especial, do agro.

Esses números foram lembrados na abertura do evento Retail Trends – Pós NRF para justificar a nossa proposta de olharmos com muita atenção, como temos feito nos últimos 28 anos, a realidade do setor nos Estados Unidos, ainda o maior varejo do mundo.

Mas, ao mesmo tempo, mostrarmos o que de melhor temos feito no Brasil com exemplos importantes de resiliência, inovação, transformação digital, profissionalização, formalização, internacionalização e desenvolvimento estratégico e que, como mostra a evolução de participação no PIB, tem avançado de forma surpreendente, apesar de todas as dificuldades existentes no lado econômico, tributário e burocrático.

Uma parte dessa evolução deve-se exatamente à atitude de seus líderes, de buscar a inspiração do que se faz de melhor no mundo, seja nos Estados Unidos, na Europa e Ásia, com ênfase na China, e, rapidamente, ajustar e adaptar para a realidade local, como aconteceu recentemente com os Ecossistemas de Negócios Made in Brazil.

O Retail Trends Interativo – Pós NRF, na semana passada, realizado em formato inovador em rede nacional fígital, foi exatamente uma celebração dessa evolução da representatividade, olhando e atualizando conceitos a partir do que é visto, discutido e debatido durante a NRF 2022.

Mas também – e principalmente – mostrando que alguns dos conceitos tidos como mais inovadores, como é o caso do metaverso, ecossistemas de negócios, preocupações com ESG, entre outros estão já implantados e operacionais no Brasil, gerando resultados que podem ser também considerados benchmarks para outros mercados.

Perto de 3.000 líderes desses setores de varejo e consumo no Brasil, presencial ou virtualmente, acompanharam o evento e passaram um dia discutindo novos conceitos, sua aplicabilidade e os resultados do que tem sido feito e, pasmem, muito pouco foi discutido sobre os entraves, os problemas, as dificuldades e as complexidades que envolvem as atividades empresariais no Brasil, em especial, nesses setores.

Essas dificuldades estão sempre presentes até porque não é possível esquecê-las nunca. A atitude de debater e discutir o presente e o futuro do setor de varejo foi um exercício quase catártico, comemorando e valorizando as conquistas dos líderes do setor e valorizando e compartilhando a experiência e os ensinamentos que são desenvolvidos em benefício do crescimento do próprio setor e do País.

E, sem dúvida, a participação de Luiza Helena Trajano, do Abilio Diniz, do ministro Fábio Faria e de Paulo Camargo, ao lado dos líderes de negócios da Gouvêa e especialistas convidados especiais, deu uma dimensão, realidade, atualidade e profundidade ao evento que permitiram essa visão comparativa.

Sem esquecer um segundo do compromisso com a evolução da sociedade, da economia, do emprego, da renda e da sustentabilidade no Brasil, foi gratificante e inspirador perceber como os líderes do varejo, reunidos nessa cadeia nacional fígital, se abriram para continuar atuando de forma integrada pela continuidade da evolução da representatividade do setor no País.

Para quem pôde participar, o evento renovou energias e positividade, elementos importantes neste momento de cenários tão desafiadores e decisivos à frente.

Nota: O Interactive Retail Trends – Pós NRF com uma análise completa do que foi visto, analisado e discutido durante a NRF 2022 e seus impactos no mercado brasileiro. Se quiser conhecer o que foi apresentado e discutido, poderá acessar pela plataforma GoGOU e adquirir pelo link.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/02/07/o-aumento-da-representatividade-do-varejo-no-brasil/

Marisa comemora resultado de marketplace criado há 2 meses e prevê expansão

Expectativa é que a ferramenta seja responsável por 20% de toda a venda dos canais digitais da varejista em 2022.

Lançado em novembro de 2021, o marketplace da rede varejista Marisa já conta com mais de 7 mil produtos à venda e ticket médio superior a R$ 120. Os resultados são considerados “excelentes” pela empresa, que espera que a ferramenta se torne responsável por 20% de toda a venda dos canais digitais em 2022.

O portfólio do site conta com itens de beleza, cuidados pessoais, casa, decoração e serviços. Desde o lançamento, os consumidores podem encontrar produtos de marcas como Mormaii, Beleza Natural, Forever Liss, Kyly, Passarela e Honey Be. Além disso, nos últimos meses, novas marcas se juntaram à solução, como Babado Outlet, Rovitex, Concept Lingerie e Salvatore Fashion, entre outras.

Segundo a Marisa, ainda no primeiro trimestre deste ano, 15 empresas dentro dos segmentos de decoração, autocuidado, família, bebê, além de produtos para smartphones, chegarão ao e-commerce. Em nota, a empresa destaca que “os avanços reforçam a importância do Marketplace Marisa como peça-chave na estratégia da companhia, a fim de se consolidar como a plataforma da mulher”.

Além do guarda-roupa

Com o lançamento do marketplace, a Marisa passou a oferecer aos clientes serviços prestados não somente pela marca, mas também pelos seus parceiros. “Fizemos um trabalho minucioso de seleção dos sellers prezando por marcas reconhecidas pelo mercado, que oferecem serviços e comercializam produtos de qualidade. Além disso, a prerrogativa é que todas estejam conectadas com o perfil da nossa cliente Marisa para que, dessa forma, a variedade seja o principal atrativo das buscas dentro do nosso portal”, declarou à época Marcelo Pimentel, CEO da Marisa.

Dentro do marketplace, as clientes Marisa podem contar ainda com benefícios como maior facilidade de pagamento com o Mbank, o cartão Marisa, além da possibilidade de adquirir os produtos disponíveis em uma única transação. A plataforma digital de serviços financeiros Mbank foi lançada sem setembro do ano passado. Em parceria com o Itaú Unibanco, o Mbank conta com cartões de crédito Itaucard Mastercard e private label digital, dedicados às compras realizadas nas lojas da marca. A plataforma também oferece seguros, assistências, empréstimo pessoal, opção de saque e cashback.

A ideia é que a plataforma passe, neste ano, a atuar com serviços como conta digital, pagamentos e recarga de celular.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/02/03/marisa-comemora-resultado-de-martketplace-criado-ha-2-meses-e-preve-expansao/

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Americanas Marketplace lança programa gratuito de capacitação de consultores

AAmericanas Marketplace recebe até este sábado, dia 22, inscrições para o Programa de Consultores Americanas Marketplace, uma iniciativa para capacitar interessados em impulsionar seu faturamento sendo especialistas sobre a plataforma. O  curso 100% gratuito e online será realizado juntamente com a escola Ecommerce na Prática e tem como objetivo formar mil pessoas já na primeira turma.

O valor será totalmente custeado pela Americanas Marketplace, sem desconto algum sobre a comissão do lojista. “Qualquer um que se interessar em aprender mais sobre como funciona o universo das vendas online e dos marketplaces pode se inscrever nesse curso. O objetivo é recrutar e capacitar o maior número possível de pessoas, para que, ao mesmo tempo em que trazemos mais empreendedores para nossa plataforma, possamos ajudar essas pessoas a se desenvolverem e ainda conseguirem uma renda extra”, explica Valmir Andrade, diretor executivo da Americanas S.A.

Todos que participarem do curso, que conta com quatro módulos com carga horária de 8 horas, serão elegíveis ao certificado, desde que sejam aprovados na avaliação final do programa.

Os participantes irão aprender sobre varejo e transformação digital, criação de conteúdo e audiência, marketing, finanças, gestão de um negócio online, além de aprender tudo o que um lojista precisa saber para começar a vender na Americanas Marketplace, sobre os diferenciais e o ecossistema de soluções da plataforma. Na etapa final da capacitação, os alunos terão um módulo sobre consultoria na prática.

O programa Consultores Americanas Marketplace acontece durante todo o ano de 2022, com diversas turmas ao longo do ano. No dia 20 de janeiro, a embaixadora do projeto, Babi Tonhela, ministrou aula explicando todo o projeto e recepcionando os participantes da primeira turma.

“Hoje o profissional consultor de ecommerce é cada vez mais demandado pelas empresas que desejam entrar e expandir seus negócios pela internet. Um Consultor consegue identificar o cenário atual do lojista e traçar ações efetivas para que ele possa desenvolver a presença digital e colher excelentes resultados com vendas online”, explica Babi Tonhela.

 

Fonte : https://www.opovo.com.br/noticias/economia/2022/01/21/americanas-marketplace-lanca-programa-gratuito-de-capacitacao-de-consultores.html

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Shopee ultrapassa 100 grandes marcas parceiras e lança campanha com ofertas e frete grátis

Além de cupons de desconto, usuários terão prazo estendido de 30 dias para a devolução da compra.

Para celebrar, até o dia 16 de janeiro, os usuários contarão com uma semana especial com vantagens adicionais para compras nessas lojas, com ofertas por categorias e cupom de frete grátis sem valor mínimo de compra e prazo estendido de 30 dias para a devolução da compra.

Serão oferecidos cupons de R$ 5, R$ 15 e R$ 20 de desconto, voucher extra de frete grátis sem valor mínimo de compra (exclusivamente para produtos de grandes marcas na seção), além de ofertas-relâmpago. Durante este período, os consumidores também terão ofertas para cada uma das categorias disponíveis na Shopee Oficial.

Confira o calendário de promoções:
  • 11/01 – Shopee Oficial: Bens de consumo
  • 12/01 – Shopee Oficial: Casa e decoração
  • 13/01 – Shopee Oficial: Eletrônicos e acessórios
  • 14/01 – Shopee Oficial: Moda
  • 15/01 – Shopee Oficial: Vendedores internacionais
  • 16/01 – Shopee Oficial de forma geral

“Em comemoração a esse momento da Shopee Oficial, preparamos uma semana com mais benefícios ainda para todos”, afirma Felipe Piringer, responsável por Marketing e Estratégia na Shopee.

Os consumidores também podem visualizar as marcas em destaque, as favoritas, todas juntas ou selecionar por categorias: bens de consumo, moda, lar e decoração, eletrônicos e automotivo.

Para impulsionar o tráfego de consumidores, a Shopee vai divulgar as campanhas nas redes sociais, filme online com a participação do casal Medrado, Franklin e Suelen, além de contar com a participação de  mais 10 influenciadores, como Karen Bachini, Joyce Kitamura, Edson Castro e Camilota XP.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/01/11/shopee-ultrapassa-100-grandes-marcas-parceiras-e-lanca-campanha-com-ofertas-e-frete-gratis/

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Marco Legal das Startups: avanços e retrocessos

Retrocessos residem em sua maioria nos vetos do governo sobre o projeto de lei.
A Lei Complementar 182/21, sancionada em 1º de junho de 2021, cria o Marco Legal das Startups. Classificam-se como startups empresas que tenham auferido receita bruta de até R$ 16 milhões no ano anterior e que tenham, no máximo, 10 (dez) anos no CNPJ. Já não era sem tempo que o legislador se atentou para o atraso regulatório e limbo legislativo que o tema se encontrava. O Brasil não dispunha de incentivos legislativos específicos ao setor. Fomentar startups é insuflar o desenvolvimentismo nacional e, ao mesmo tempo, acenar ao exterior para a atratividade de acreditar-se no Brasil como ambiente saudável de negócios de inovação.

A principal oportunidade da lei é a criação de sandbox regulatório: propicia-se ao empreendedor ambiente de testes controlados de produtos e serviços ainda em desenvolvimento, com maior flexibilidade de órgãos regulatórios, estimulando-se a inovação e concorrência sem que os usuários fiquem à mercê de proteções regulatórias mínimas. Nisso avançou a lei.

Outro significativo avanço foi permitir que investidores possam aportar capital nas startups sem necessariamente comporem o capital social, serem sócios das empresas. A medida assemelha-se à phantom stock já amplamente praticada no exterior em startups: permite-se o investimento e o levantamento de dividendos pelo investidor sem que esse assuma os riscos inerentes a integrar o quadro de sócios de um negócio ainda instável e em desenvolvimento. A medida reduz riscos aos investidores e eleva significativamente a atratividade das empresas. Nisso também avançou a lei.

Outra forma assemelhada de aplicação de recursos trazida pela lei são os investidores-anjo: investe-se sem participar das decisões de comando dos negócios mas, ao mesmo tempo, garantem-se mecanismos de fiscalização pelo investidor, como vistas de contas, livros sociais, balanços e até mesmo opinar consultivamente nas deliberações da companhia. Uma startup, muitas vezes, precisa mais de bons conselhos de quem já esteve naquele estágio que só investimentos. Com o novo marco legal, permite-se a injeção de recursos por fundos de investimento em micro e pequenas empresas (faturamento até R$ 4,8 M). Eis, portanto, outro avanço da lei.

Os retrocessos, entretanto, residem em sua maioria nos vetos do governo sobre o projeto de lei. Onde se poderia avançar ainda mais – e de forma mais concreta e menos programática e principiológica – se retrocedeu. O art. 7º permitia que o investidor compensasse os prejuízos na fase de investimento com o lucro da venda de ações futuras. O ganho de capital a ser tributado do investidor, portanto, incidiria tão e somente sobre o lucro líquido. Se ao investir R$ 100,00 em uma empresa A o investidor teve prejuízo e, ao investir em uma empresa B, teve R$ 100 de lucro, compensaria-se elas por elas. Com o veto, o investidor não pode compensar os prejuízos da startup na tributação de seu ganho de capital aferido na venda das ações.

A medida era muito bem-vinda na medida em que o governo incentivaria o aporte privado de capital ao pequeno e médio empreendedor, que geraria inovação, tributos sobre serviços, circulação e renda. Seria uma justa contrapartida a quem se dispôs a investir em negócios ainda arriscados e a acreditar no progresso desenvolvimentista nacional. Sem apresentar estudos concretos da extensão da renúncia fiscal, o governo inibe o investimento em prol da arrecadação – uma contradição candente. Nisso retrocedeu a lei.

Outra grande fonte de receita das startups seria o acesso ao mercado de capitais, permitindo que pequenos e médios negócios pudessem aumentar substancialmente sua capilaridade de captar investimentos. A medida seria alternativa à captação de investimentos para além das tradicionais incubadoras de startups, ampliando o horizonte de captações para o farto campo do mercado de capitais.

Ao vetar o inciso V do caput do art. 264-A da Lei 6.404, que determinava a competência da CVM para regulamentar o acesso das startups ao mercado de capitais, justificou o governo que “a propositura legislativa contraria o interesse público, tendo em vista que o dispositivo nada acrescenta ao arcabouço atualmente vigente, quanto à apuração do preço justo em ofertas públicas de aquisição de ações para cancelamento de registro e por aumento de participação.” O que a lei fazia, entretanto, era justamente delegar ao órgão regulatório – a CVM – a competência de tecnicamente aliar a necessidade de fixação de critérios imparciais para avaliação do valor justo de mercado da startup com a especialidade do sandbox regulatório que se cogitaria para as startups. Não competiria ao legislador definir, de antemão, tais critérios, sendo aconselhável, inclusive, que delegasse ao órgão técnico a competência para tanto.

Entre avanços e retrocessos, pode-se dizer que os avanços sobrepuseram-se, sem antes observar a necessidade premente de eliminar-se os retrocessos para que o Brasil esteja, definitivamente, no radar de investidores mundiais da inovação.

JOÃO QUINELATO – Professor de Direito Civil do IBMEC. Mestre e Doutorando em Direito Civil pela UERJ. Secretário Geral da Comissão de Direito Civil da OAB-RJ. Membro da Comissão de Direito Civil do Conselho Federal da OAB. Diretor Financeiro do IBDCivil. Advogado.

Fonte : https://www.jota.info/coberturas-especiais/inova-e-acao/marco-legal-das-startups-avancos-e-retrocessos-17082021

O mercado (superaquecido) das startups brasileiras

Investimentos em startups batem recorde histórico em 2021. Fintechs, retail techs e healthtechs são apontadas como as com maior previsão de crescimento nos próximos anos.
Enquanto muitos setores ainda tentam se recuperar da crise, em sua grande parte relacionada aos reflexos da pandemia sobre a economia, as startups no Brasil vão muito bem, obrigada.

Com recorde histórico de investimentos apenas no 1º semestre de 2021, atingindo a cifra de US$ 5,2 bilhões, o volume aportado em startups nos primeiros seis meses do ano já ultrapassou em 45% o total investido em todo o ano de 2020.

Os dados são do mais recente estudo Inside Venture Capital, do Distrito, que também revelou que foram realizados 339 aportes de janeiro a junho de 2021 – número aproximadamente 35% superior ao ano passado.

Setores mais aquecidos para entrada de startups
Segundo Gustavo Araujo, CEO do Distrito, os setores que mais tiveram entradas de startups na última década foram os de fintech, que desenvolvem produtos financeiros digitais, e retail techs, ou seja, as startups que atuam no varejo.

“As fintechs vieram como soluções de inovação financeira das mais diversas para o público geral, oferecendo carteiras digitais, pagamentos P2P, empréstimos, financiamentos para ensino continuado, etc, atacando tanto dores das quais bancos tradicionais prestam serviços, mas também novos desafios gerados pelo avanço tecnológico e as mudanças culturais no mundo”, exemplifica Gustavo Araujo.

Mas, as fintechs também apresentam soluções B2B, ou seja, para as empresas, na forma de controle financeiro, crédito bancário, formas de pagamento, entre outras soluções que dão suporte nas operações das empresas.

“Já em retail, notamos o crescente número de startups voltadas para soluções de e-commerce e logística. Tanto pelo avanço tecnológico, como pela mudança cultural proporcionada pela pandemia, o setor vem acompanhando os novos hábitos de consumo dos brasileiros”, explica o CEO do Distrito.

As marcas estão se digitalizando, buscando alcançar públicos antes intangíveis. E esse movimento faz com que o setor tenha que se adaptar, necessitando de novas estruturas para suportar esse novo modelo de negócio, e, para Araujo, isso explica tanto o crescimento de soluções para o e-commerce como o de logística, ampliando o escopo das marcas.

Sendo assim, em um mercado cada vez mais competitivo, a tendência é que se crie cada vez mais produtos e serviços personalizados, atendendo todos os tipos de consumidores.

Além disso, a maior competição obriga as startups a focarem mais nos clientes e buscarem sempre uma maior eficiência, que é sentida pelo consumidor através da velocidade de entrega das soluções e do barateamento dos preços para o consumidor final.

“Com o crescente número de startups também é esperado que ineficiências das indústrias, além de problemas estruturais das empresas, sejam cada vez menos presentes. Trazendo isso para os mercados em crescimento, esperamos que problemas como a alta taxa de desbancarizados, assim como o alto spread bancário sejam, por exemplo, problemas no qual veremos soluções através das startups nos próximos anos”, prevê Gustavo Araujo.

Tendências para novos segmentos de mercado
Só no primeiro semestre deste ano, foram realizadas 113 fusões e aquisições relacionadas às startups, ainda segundo o relatório Inside Venture Capital, do Distrito. Esse número é 121% superior ao mesmo período do ano passado, quando 51 M&As – termo em inglês para Mergers and Acquisitions, em português, fusões e aquisições – movimentaram o mercado. Isso reforça a solidificação do mercado de M&As no Brasil, especialmente quando há startups envolvidas.

“Nós acreditamos que o mercado está superaquecido e que todos os segmentos são passíveis de crescimento. Dos 335 aportes em startups realizados em 2021, 69% foram em startups early stage, que é o estágio inicial de uma startup, indicando que o mercado ainda deve amadurecer e manter oportunidades para diversos setores”, pontua Gustavo Araujo.

Sendo o Brasil um país de dimensão continental, diversas oportunidades se abrem, nas quais startups dos mais diferentes tipos têm a oportunidade de resolver. Entretanto, o CEO do Distrito acredita que dois setores em especial devem se expandir mais nos próximos anos. São eles os de fintech e healthtech.

“O setor de fintech é historicamente superaquecido e esperamos cada vez mais a penetração de novas tecnologias como open banking, inteligência artificial, validação de identidade, entre outras soluções que irão renovar o setor”, esclarece Gustavo Araujo.

De fato, as fintechs brasileiras foram as que mais receberam investimento de janeiro a julho neste ano. Foram levantados mais de US$ 2 bilhões no semestre pelo setor, que também foi o que mais concentrou mega-rounds: foram 5 rodadas com montante superior a US$ 100 milhões.

As fintechs também lideram em número de incentivos recebidos, com 72 aportes, seguida de RetailTech e HealthTech com 36 e 29 aportes, respectivamente. “Já em relação às healthtechs, espera-se um crescente número de soluções voltadas para a saúde e bem-estar visto que a indústria está enfrentando uma série de dificuldades que foram escancaradas pela pandemia da COVID-19, abrindo portas para problemas que antes não eram tão emergenciais”, conclui o Gustavo Araujo.

Fonte: https://www.consumidormoderno.com.br/2021/07/19/mercado-superaquecido-startups/

Fonte : consumidormoderno.com.br

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