BYD Dolphin Mini dos Correios marca estreia da versão de carga do carro elétrico

A BYD aproveitará a Intermodal South America, que acontece nessa semana em São Paulo, para apresentar o BYD Dolphin Mini Cargo, a versão comercial do carro elétrico mais vendido do Brasil.

O modelo oferece autonomia 280 km segundo o Inmetro; a mesma autonomia da versão de passeio. O Dolphin Mini Cargo também mantém o design externo da variante original, mas adota modificações internas para otimizar o transporte de cargas leves.

A principal delas é a remoção do banco traseiro, cujo espaço é unido ao porta-malas. Dessa forma, tem-se volume útil de 2,1 m³ (2.100 litros) e capacidade para até 289 kg de carga e dois ocupantes (incluindo o motorista).

A bateria de 38 kWh segue inalterada e alimenta o motor de 75 cv e torque de 13,8 kgfm, garantindo performance compatível com o uso em rotas de última milha.

Foco nas pequena encomendas

A ideia é que o BYD Dolphin Mini cargo sirva a empresas de delivery, e‑commerce e serviços técnicos em centros urbanos com restrições a veículos a combustão. As primeiras imagens de divulgação mostram o veículo com a identidade visual do Sedex, indicando que os Correios são um dos primeiros compradores.

No segmento de carro elétricos de carga, o Dolphin Mini Cargo passa a concorrer com o JAC e‑JS1 City Cargo, que oferece 1,2 m³ de volume e 400 kg de capacidade, ao custo de R$ 130.900. Autos Segredos apurou que o Renault Kwid E-Tech também foi adaptado para cargas, mas seu lançamento foi congelado por motivos desconhecidos.

Além deles, há o Fiat Mobi Furgão que é comercializado sob medida aos Correios. O Autos Segredos apurou que Fiat Mobi Cargo 1.0 Firefly será vendido a outros interessados ainda nesse semestre, com modificações que também incluem a remoção dos bancos traseiros. É provável que o hatch use para-choques com acabamento em preto, assim como suas maçanetas e capas de retrovisores

Caminhão elétrico da BYD

A BYD também aproveitará o Intermodal para lançar uma nova empilhadeira elétrica contrabalançada de 3.5 toneladas com bateria de fosfato de ferro-lítio.

Outra novidade prevista é o caminhão eT5, indicado para entregas urbanas de médio porte. Sua bateria de 99 kWh permite 185 km de alcance. Já o motor de 197 cv e 33,7 kgfm é, segundo a marca, suficiente para uma carga útil de até 3.900 kg. A recarga do BYD eT5 ocorre em no máximo duas horas.

Fonte: “https://www.autossegredos.com.br/lancamentos/byd-dolphin-mini-dos-correios-marca-estreia-da-versao-de-carga-do-carro-eletrico/”

 

Especialista aponta obstáculos e estratégias para aprimorar last mile

De acordo com o Head of Sales da área de equipamentos da Pitney Bowes, tecnologias impulsionam eficiência e produtividade no setor logístico, reduzindo custos e otimizando processos.

Nos últimos anos, o setor logístico ganhou relevância significativa no Brasil, impulsionado especialmente pelo crescimento do e-commerce. Estima-se que o mercado brasileiro de frete e logística, avaliado atualmente em US$ 105,5 bilhões, possa alcançar US$ 140,7 bilhões até 2030, segundo dados divulgados pela Reuters. Dentro desse cenário, a logística last mile tornou-se fundamental, impactando diretamente a percepção do cliente sobre as empresas.

“A eficiência na última milha é crucial porque define a experiência final do consumidor. Falhas nessa fase podem comprometer a reputação de toda a cadeia logística”, o Head of Sales da área de equipamentos da Pitney Bowes, comentou Murilo Namura.

Entre os desafios enfrentados pelo setor está o alto custo operacional. Um estudo recente da consultoria Last Mile Experts revelou que a logística de última milha pode representar até 65% do custo total de transporte, pressionando empresas a buscarem soluções inovadoras para reduzir despesas sem comprometer a qualidade do serviço.

Investir em centros de distribuição e mini hubs próximos aos grandes centros urbanos também é uma alternativa. “Vemos galpões logísticos sendo construídos em cidades e interiores próximos aos centros, além do investimento em portos e aeroportos, onde é possível também atender às demandas de cross border (compra e venda de produtos em diferentes países)”, complementou o executivo.

Outro problema considerável no Brasil são as dificuldades impostas pela extensão territorial e pela infraestrutura precária em diversas regiões. Rodovias mal conservadas, trânsito intenso nas grandes cidades e regiões sem endereço bem definido geram atrasos frequentes e prejudicam a eficiência operacional.

“Investir em tecnologias para otimização de rotas é uma das alternativas mais eficazes para minimizar esses desafios logísticos”, explicou Namura. Segundo ele, ferramentas avançadas conseguem não só reduzir custos, mas também garantir maior precisão e agilidade nas entregas.

A adoção de plataformas colaborativas também tem crescido como uma alternativa viável. Baseada no conceito de economia compartilhada, essa solução conecta empresas a entregadores independentes, permitindo maior flexibilidade e redução relevante de custos operacionais.

A comunicação eficaz com o consumidor final também ganha destaque como um diferencial competitivo. Tecnologias que oferecem atualizações em tempo real sobre o status das entregas têm ajudado empresas a aprimorar a satisfação dos clientes, diminuindo as reclamações relacionadas à falta de informações.

Para Namura, a integração tecnológica é inevitável. “A inovação tecnológica deixou de ser opcional na logística last mile. Quem não se adaptar rapidamente pode perder mercado para quem oferece soluções mais rápidas e eficientes”, disse.

Fonte: “Obstáculos e estratégias para aprimorar last mile

Sorters e integração de sistemas são apontados como soluções para acelerar e-commerce

Conforme dados da McKinsey, quando bem implementados, as companhias atingem resultados como um aumento de 30% na produtividade.

De acordo com o estudo produzido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o comércio eletrônico brasileiro atingiu o maior montante de sua história, registrando uma receita de R$ 205,1 bilhões em 2023. O número representa o equivalente a 6,9% de todas as vendas do setor. Há sete anos a porcentagem era de 2,4%, mostrando o crescimento exponencial que ocorre ano após ano.

Segundo o Head Of Sales da Área de Equipamentos da Pitney Bowes, Murilo Namura, multinacional orientada pela tecnologia que oferece soluções de envio em SaaS e inovação em correspondências em todo o mundo, junto a essa evolução que traz inúmeras oportunidades para o varejo, há também os desafios significativos, sobretudo, na logística.

“À medida que o volume de pedidos aumenta, as expectativas dos consumidores por entregas rápidas, precisas e com baixo custo pressionam as operações logísticas. Para atender a essa demanda, empresas têm buscado soluções tecnológicas, como sorters e equipamentos de automação, que otimizam processos e garantem eficiência”, disse Namura.

Para o especialista, há quatro principais desafios neste cenário que precisam de atenção: alta demanda em picos sazonais, como Dia das Mães, Black Friday e Natal, que podem gerar um aumento de 30% a 50% no volume de pedidos; entregas last mile, que foca no processo de transporte de mercadoria até o consumidor final e enfrenta grandes gargalos logísticos; erro e atraso no processamento, o que impacta diretamente na satisfação do cliente; e gestão de devoluções, onde, no e-commerce, as taxas chegam a ser três vezes maiores do que no varejo físico, necessitando um fluxo reverso eficiente e organizado.

“Esses fatores mostram a grandeza que o e-commerce representa e a complexidade de atender a um consumidor cada vez mais exigente. É fundamental que empresas estejam acompanhando essa evolução e adotem medidas inovadoras que vão potencializar os negócios com aumento de eficiência das operações, competitividade das companhias e, especialmente, a satisfação do cliente”, complementou Murilo.

ACELERAR PROCESSOS NO E-COMMERCE

Já para atender a este cenário, Namura destacou que a classificação ágil e precisa com sorters, e a integração com sistemas de gestão são algumas das soluções que empresas estão investindo para automatizar e garantir precisão e velocidade em seus processos.

“Ter essas inovações em mãos faz toda a diferença para um mercado mais competitivo e rápido. Com a adoção de sorters, por exemplo, as organizações conseguem automatizar a separação de pacotes em atividades de alto volume, diminuindo erros e acelerando o tempo de processamento. A integração de sistemas de gestão, por sua vez, permite um controle em tempo real e otimiza a alocação de recursos. É uma junção que se completa e torna o mercado mais eficiente e preparado para quaisquer situações”, ressalta Murilo.

Conforme dados da McKinsey, quando bem implementados, as companhias atingem resultados tangíveis, como um aumento de 30% na produtividade e uma redução de até 20% nos custos operacionais.

“Essa é a realidade. Com o avanço das tecnologias de Internet das Coisas (IoT) e Inteligência Artificial (IA), a automação continuará a evoluir, oferecendo soluções ainda mais integradas e personalizadas. Investir em automação é, certamente, um movimento estratégico para acompanhar o ritmo do setor e atender às crescentes expectativas”, ressaltou o especialista da Pitney Bowes.

Fonte: “https://mundologistica.com.br/noticias/sorters-e-integracao-de-sistemas-solucoes-para-e-commerce”

Centro de Distribuição dos Correios começa operar no RN no 1º semestre

O primeiro centro do Nordeste será um hub com 9 mil metros quadrados, localizado próximo ao Aeroporto Internacional Aluízio Alves.

O novo Centro de Distribuição Internacional no Rio Grande do Norte tem previsão para entrar em operações no primeiro semestre de 2025. Sendo o primeiro centro do Nordeste e o quarto no Brasil, o hub terá uma área de 9 mil metros quadrados e será localizado próximo ao Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante. A nova estrutura espera reduzir os prazos de entrega das cargas para os estados do Nordeste em até uma semana e tem a expectativa de, quando em pleno funcionamento, processar 40 mil encomendas por dia.

O anúncio foi feito na última quinta-feira (26) pelo presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, durante reunião com a governadora Fátima Bezerra, no Centro Administrativo, e contou com a participação de integrantes da superintendência regional dos Correios e de representantes do governo estadual.

“Hoje, os Correios estão com avanços significativos… teremos um espaço amplo para o manuseio de carga. As adequações estão em curso, e teremos um grande centro de distribuição. A previsão é que isso se concretize no primeiro semestre do próximo ano”, afirmou o presidente dos Correios.

A implantação da nova estrutura logística visa atender ao aumento no consumo de produtos importados no Nordeste, que representa 23% das encomendas internacionais do país. O centro potiguar recebeu um investimento R$ 854 milhões de recursos do Novo PAC para a construção e será o primeiro localizado no Nordeste, sendo o quarto em todo o Brasil. As outras três unidades estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste: Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba.

Com a instalação do Centro de Distribuição (CD), os Correios pretendem diminuir o tempo de entrega das cargas destinadas para os estados do Nordeste entre dois e seis dias, que resultará numa economia de R$ 24 milhões anualmente apenas com transporte. O plano é de que quando concluído o novo empreendimento seja capaz de processar aproximadamente 40 mil encomendas por dia e gere aproximadamente 200 empregos diretos e 1.250 indiretos.

A escolha do Rio Grande do Norte para receber a unidade foi baseada em critérios técnicos apontados por estudos realizados pelos Correios. Entre os pontos fortes estava o terminal de cargas do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, que possui 4 mil metros quadrados de área construída, presença de órgãos anuentes e intervenientes e recebimento de carga 24 horas.

“É uma enorme satisfação para o Rio Grande do Norte receber este centro de distribuição. É uma discussão que começou anos atrás, com o estudo de viabilidade técnica mostrando que São Gonçalo do Amarante é a área mais adequada para o serviço logístico. Queremos dar início ainda no primeiro semestre”, pontuou a governadora.

Além disso, os Correios também utilizarão um galpão da empresa estatal dentro do aeroporto Aluízio Alves, que iniciará com antecedência as atividades do centro de distribuição de encomendas para o Nordeste.

“Essa área já pode ser utilizada, necessitando apenas de algumas adaptações rápidas. Contamos com a colaboração da operadora do aeroporto [Zurich Airport] para essa sinergia”, destacou Fabiano Silva.

O CD também trará oportunidades para a criação de novos empreendimentos baseados em marketplaces e pretende atrair novas operações logísticas nacionais e internacionais. Segundo o presidente dos Correios, as negociações com operadores de cargas estrangeiros serão iniciadas em janeiro, com o objetivo de trazer encomendas para São Gonçalo do Amarante.

Ainda de acordo com Fabiano, a empresa pretende instalar galpões refrigerados para comportar a produção da fruticultura e da pesca potiguar, assim otimizando a malha aérea do estado e permitindo o envio desses produtos.

Black Friday: soluções de gerenciamento de frotas comerciais da Geotab garantem entregas rápidas e eficientes

Estudo indica que brasileiros se planejam com antecedência para comprar na data e que frete grátis ajuda na decisão de compra; análise de dados e IA otimizam a logística e tornam isso possível.

Uma das datas mais importantes do varejo mundial — e também brasileiro  —, a Black Friday deve movimentar significantemente o e-commerce, elevando a demanda por entregas no last mile, a etapa mais crítica da logística, onde a precisão e a agilidade nas entregas são essenciais para o sucesso. Uma pesquisa realizada pela LWSA, em parceria com Bling, Tray, Melhor Envio e Opinion Box, revela que 96% dos consumidores pretendem realizar compras durante a Black Friday 2024, e mais da metade planeja gastar acima de R$ 1.000.

A maioria dos consumidores (57%) se prepara com antecedência, utilizando principalmente os sites e redes sociais das marcas para pesquisar ofertas. Atrativos como frete grátis e facilitação de pagamento são fatores decisivos para concluir a compra, enquanto o valor do frete é um ponto crítico, com 60% dos consumidores afirmando que o custo de envio influencia diretamente suas decisões de compra. Em um período de alta demanda, soluções logísticas eficientes para last mile são essenciais para atender às expectativas dos consumidores, especialmente aquelas voltadas para frotas comerciais.

“A Black Friday é um dos momentos mais críticos para o setor de e-commerce, especialmente para a logística de last mile, que tem como foco as etapas finais da entrega”, explica Eduardo Canicoba, vice-presidente da Geotab no Brasil. “Para estarem prontos para esses picos de demanda, os gestores precisam de tecnologias que proporcionem dados precisos e uma gestão eficiente durante o ano todo”, diz.

A expectativa é de que a Black Friday movimente neste ano R$ 9,3 bilhões  — 9% a mais que em 2023, de acordo com a Confi.Neotrust, com consumidores já reservando orçamento para comprar na data, antecipando até mesmo as compras de Natal. Responsável pelo gerenciamento de mais de 4,3 milhões de veículos, a Geotab oferece soluções que combinam análises de dados e inteligência artificial (IA) a fim de otimizar a logística em cada etapa da entrega por meio do gerenciamento inteligente das frotas comerciais. Com as informações, é possível monitorar o desempenho da frota em tempo real, permitindo que os gestores reduzam o consumo de combustível, garantindo entregas mais eficientes, rápidas e sem falhas.

“A gestão eficiente de dados tem a capacidade de reduzir o tempo ocioso dos veículos, resolvendo um dos maiores desafios do setor e garantindo que a frota opere na sua capacidade máxima”, diz Canicoba. “A IA aplicada ao gerenciamento de frotas da Geotab permite analisar grandes volumes de dados em tempo real, ajudando as empresas a tomarem decisões mais rápidas e precisas, evitando problemas antes que eles impactem as operações.”

Além de contribuir para entregas mais rápidas, o uso das ferramentas de inteligência de dados aplicado às frotas comerciais traz mais segurança no trânsito. Ao monitorar o comportamento dos motoristas ao volante em tempo real, é possível implementar medidas de direção mais seguras, prevenir acidentes e salvar vidas. “A IA pode ser usada para identificar padrões de comportamento dos motoristas, indicando os casos com maior potencial de colisão, junto com a predição de manutenção de veículos, indicando, por exemplo, os veículos com potencial de falha mecânica ou falha de bateria, ou até mesmo oportunidades de melhoria operacional no caso de paradas e tempo ocioso da frota, permitindo que as empresas mantenham alta eficiência, minimizando atrasos, acidentes e falhas durante o período crítico das entregas​​, diz o vice-presidente da Geotab no Brasil.

Fonte: “Black Friday: soluções de gerenciamento de frotas comerciais da Geotab garantem entregas rápidas e eficientes – Estradão

 

 

DHL Aero Expreso é a mais nova companhia aérea a operar no Brasil

Empresa de transporte de cargas foi autorizada pela Anac a realizar voos regulares no país.

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou no Diário Oficial da última terça-feira, 17 de setembro , a companhia aérea estrangeira DHL Aero Expreso a iniciar operações regulares no Brasil. A empresa do Panamá pretende facilitar o transporte de cargas, especialmente de produtos de alto valor agregado, como medicamentos e eletrônicos.

A DHL Aero Expreso, subsidiária da DHL panamenha, está expandindo sua presença no mercado de carga na América Latina. A companhia possui uma frota de aeronaves cargueiras, incluindo modelos Boeing 757-200 e 767-300, que atendem a diferentes rotas internacionais. Em breve, a empresa estará apta a registrar voos no Sistema de Registro de Serviços Aéreos da Anac (Siros).

Transporte de carga aérea na América Latina

A autorização da DHL Aero Expreso é mais um passo no fortalecimento da liberalização de serviços cargueiros na América Latina. Brasil e Panamá são signatários do Memorando de Entendimento sobre Liberalização de Serviços Cargueiros da Comissão Latino-americana de Aviação Civil (CLAC), celebrado em dezembro de 2023.

Por meio do Memorando, os países membros da CLAC podem conceder mutuamente direitos de tráfego de 7ª Liberdade do Ar para serviços exclusivamente cargueiros. Na prática, isso significa que a empresa aérea de um país signatário poderá realizar transporte entre outro país signatário e um terceiro país sem que o transporte comece ou termine no território do país de bandeira da empresa operadora.

Link: https://www.gov.br/anac/pt-br/noticias/2024/dhl-aero-expreso-e-a-mais-nova-companhia-aerea-a-operar-no-brasil

A transformação da logística integrada e o impacto para a experiência do cliente

Tradicionalmente vista como uma operação de bastidores, a logística vem ganhando um papel central na experiência do cliente, impulsionada pelo avanço tecnológico e pela crescente demanda por inovação e serviços personalizados. Nesse cenário, empresas que já vêm investindo em operações multimodais estão redefinindo o conceito de atendimento ao consumidor ao resolver suas necessidades com novas soluções.

Isso porque a logística integrada não se trata apenas de conectar diferentes etapas da cadeia de suprimentos, mas sim de criar um sistema fluido, no qual a informação e os produtos são interligados com agilidade e precisão. Quando bem implementada, essa integração permite uma visão completa de todo o processo, desde a produção até a entrega final, o que facilita a gestão, reduz custos e aprimora a tomada de decisão.

A tecnologia tem um papel de destaque nessa nova era do setor logístico. Plataformas avançadas de gestão, como sistemas de ERP (Enterprise Resource Planning) e WMS (Warehouse Management System), permitem a coleta e análise de dados em tempo real, proporcionando visibilidade para tomar decisões, como a otimização de rotas ou o gerenciamento de estoques em tempo real. Além disso, a automação de processos aumenta a precisão e a velocidade do fluxo de operações, impactando diretamente na satisfação do cliente.

Entre as mais recentes inovações tecnológicas implementadas pelo setor logístico estão a Internet das Coisas (IoT) e a Inteligência Artificial (IA), que permitem previsões precisas de demanda, automação de processos e personalização da entrega. A IA, por exemplo, pode ser usada para prever demandas e otimizar rotas, enquanto a IoT permite o monitoramento contínuo das mercadorias, garantindo que possíveis problemas sejam identificados e resolvidos antes que impactem o cliente.

Integração de modais

Além das novas tecnologias, a combinação de diferentes modais de transporte, como a cabotagem e o rodoviário, também oferece uma série de benefícios estratégicos para as operações logísticas. Essa integração não só reduz custos, como também otimiza a eficiência operacional, contribuindo significativamente para a sustentabilidade das empresas.

A cabotagem, por exemplo, é uma opção econômica para o transporte de grandes volumes em longas distâncias, enquanto o modal rodoviário se destaca na distribuição final, garantindo entregas rápidas e precisas até a porta do cliente. Essa sinergia entre os modais permite uma gestão mais eficiente da cadeia de suprimentos, melhorando o tempo de trânsito e facilitando ajustes rápidos em situações emergenciais.

Outro ponto fundamental é a contribuição para a sustentabilidade. A cabotagem emite significativamente menos CO₂ em comparação ao transporte rodoviário, o que torna essa integração uma escolha estratégica para empresas que buscam reduzir sua pegada de carbono. Além disso, a diminuição do número de caminhões nas estradas contribui para a redução de congestionamentos e aumenta a segurança das mercadorias em trânsito.

A utilização de operações multimodais permite, ainda, a otimização dos recursos e a minimização do consumo de combustível. O transporte marítimo, por exemplo, é mais eficiente em termos de energia por tonelada-quilômetro do que o rodoviário. Ao reservar o transporte rodoviário apenas para os trechos finais de entrega, as empresas conseguem não só reduzir as emissões de CO₂, mas também maximizar a capacidade de transporte ao consolidar cargas em hubs logísticos estrategicamente localizados.

Desta maneira, a integração desses modais oferece uma cadeia de suprimentos mais eficiente, sustentável e capaz de responder de maneira mais eficaz às demandas do mercado e às expectativas dos clientes, tornando-se uma estratégia fundamental para empresas que buscam competitividade e responsabilidade ambiental.

Mais integração, mais qualidade

Entretanto, no mercado atual, os consumidores não mais buscam somente serviços ou produtos de qualidade, mas também uma experiência positiva de ponta a ponta. Assim, a logística integrada contribui para a satisfação do cliente ao garantir que o produto certo chegue no lugar certo por meio de processos integrados que garantem maior consistência e precisão, aumentando a confiança dos clientes na marca e na experiência de compra. E, mais do que isso, toda essa integração ainda permite que as empresas ofereçam opções de entrega flexíveis, rastreamento em tempo real e um atendimento pós-venda eficiente, o que reduz a espera e a incerteza dos clientes.

Além disso, a gestão eficiente de recursos já é uma prática comum na cadeia de suprimentos integrada, com a adoção de embalagens recicláveis e reutilizáveis, além da minimização de resíduos nos centros de distribuição. Empresas também estão incorporando tecnologias de energia renovável, como painéis solares, para alimentar armazéns e centros de distribuição, diminuindo a dependência de fontes de energia não renováveis. Em um cenário onde a responsabilidade ambiental é cada vez mais valorizada pelos consumidores, essa abordagem soma como mais um diferencial competitivo.

De modo geral, as estratégias de integração criam um serviço logístico mais eficiente, confiável e personalizado, que busca atender plenamente às expectativas dos clientes e destaca as empresas que desenvolvem essas soluções. A evolução contínua da logística integrada, portanto, aponta para um futuro em que a experiência do cliente será o centro das decisões da empresa. O estudo da jornada do cliente é impreterível para a melhor decisão logística da sua cadeia de suprimentos. À medida que as tecnologias avançam e as expectativas dos consumidores aumentam, as empresas que conseguirem integrar perfeitamente suas operações logísticas, com total visibilidade do processo do cliente, estarão mais bem posicionadas para oferecer uma experiência de compra de alto valor agregado.

A transformação da última milha: o potencial do out of home delivery no Brasil

Considerando que o faturamento do e-commerce brasileiro em 2022 alcançou R$ 262,7 bilhões, conforme dados do E-commerce Brasil, o setor enfrenta desafios na logística de última milha, especialmente com a crescente demanda por entregas rápidas e eficientes.

Os desafios da logística urbana no Brasil ficaram mais evidentes com o crescimento exponencial do e-commerce, especialmente na última etapa do processo logístico, conhecido como última milha de entrega ou last mile delivery, que compreende o trecho final da entrega, no qual o produto é transportado do centro de distribuição até o destino final, geralmente a residência do cliente. Esse estágio é amplamente reconhecido como o mais complexo e dispendioso de toda a cadeia logística, podendo representar até 65% do custo total de transporte (Last Mile Experts, 2024).

No Brasil, a última milha enfrenta adversidades únicas devido às características dos grandes centros urbanos: congestionamentos, infraestrutura urbana desigual, dificuldades de acesso a determinadas áreas por falta de endereçamento, código de endereçamento postal ou insegurança local. Essas adversidades resultam em aumento dos custos operacionais, atrasos e insatisfação dos consumidores, que exigem entregas rápidas e seguras (Guarino Neto & Vidal Vieira, 2023; Resende et al., 2023).

O que é out of home delivery?
Diante dos desafios crescentes da logística de última milha, o modelo de out of home delivery (OOHD) surge como uma solução inovadora e eficiente. OOHD envolve a entrega de pacotes em locais alternativos ao endereço residencial, como lockers, pontos de coleta (PUDOs) e estabelecimentos comerciais parceiros.

Essa abordagem não só aumenta a flexibilidade para os consumidores, permitindo que escolham pontos de retirada convenientes, mas também melhora a eficiência operacional ao reduzir a dependência das entregas domiciliares.

Ao atender à crescente demanda por conveniência e personalização no e-commerce, o OOHD se estabelece como uma estratégia crucial para otimizar a logística de última milha (Janinhoff et al., 2024).

Além disso, a experiência europeia em OOHD pode servir como um exemplo para o mercado brasileiro. Na Europa, países como Polônia, Reino Unido, França, Alemanha e Itália lideram a adoção desse modelo, com um número expressivo de lockers e PUDOs.

Por exemplo, em 2024, a Polônia contava com aproximadamente 79.590 pontos de entrega, seguida pelo Reino Unido com 66.300 e França com 63.370. Esse crescimento rápido na Europa demonstra como a expansão de uma rede robusta de pontos de entrega pode melhorar significativamente a eficiência logística e a satisfação do consumidor (Last Mile Experts, 2024).

Vantagens do out of home delivery no contexto brasileiro
Adaptabilidade às realidades urbanas: no Brasil, onde o tráfego urbano e a insegurança em certas áreas urbanas podem dificultar as entregas, o OOHD oferece uma alternativa segura, eficiente e efetiva para o transportador. Locais de coleta podem ser posicionados em áreas de fácil acesso, reduzindo a necessidade de o entregador enfrentar dificuldades em áreas menos seguras (Guarino Neto & Vidal Vieira, 2023).

Redução de custos logísticos: a centralização das entregas em pontos estratégicos, como lockers e PUDOs, ajuda a diminuir os custos operacionais tanto para as empresas de logística quanto para os comerciantes. Em cidades onde a última milha tradicional tem custo relevante, o OOHD se apresenta como uma solução para otimizar os recursos. Essa eficiência é reforçada pela efetividade da entrega, em que muitas encomendas podem ser entregues em um único ponto, diferentemente do modelo tradicional de entrega (Janinhoff et al., 2024; Last Mile Experts, 2024; Guarino Neto & Vidal Vieira, 2023).

Sustentabilidade ambiental: o modelo de out of home delivery (OOHD) desempenha um papel fundamental na promoção de práticas logísticas mais sustentáveis ao reduzir o número de entregas domiciliares individuais, o que diminui o consumo de combustível e as emissões de carbono. Além disso, a consolidação de entregas em lockers e PUDOs contribui para a eficiência no uso de veículos, minimizando as distâncias percorridas e, consequentemente, o impacto ambiental. Essas iniciativas alinham-se com as metas globais de sustentabilidade, promovendo uma logística urbana mais limpa e eficiente (Janinhoff et al., 2024; Last Mile Experts, 2024; ONU, 2015).

Melhoria na experiência do consumidor: a flexibilidade de escolher onde e quando retirar suas compras é um grande diferencial para os consumidores brasileiros, que enfrentam rotinas cada vez mais dinâmicas ou residem em locais com restrições de entrega. A facilidade de uso dos lockers e a conveniência de pontos de coleta em estabelecimentos comerciais parceiros tornam a experiência de compra mais satisfatória para o consumidor (Janinhoff et al., 2024; Last Mile Experts, 2024).

Desafios na implementação do OOHD
A implantação de redes de lockers e PUDOs pode enfrentar desafios significativos nas dimensões comportamento do consumidor, integração com marketplaces, engajamento da comunidade, infraestrutura e capacidade tecnológica.

No que diz respeito ao comportamento do consumidor, muitos mercados ainda são fortemente voltados para a entrega domiciliar. A mudança dessa mentalidade, tanto por parte dos consumidores quanto das empresas, é essencial para a popularização do OOHD.

Campanhas educativas e incentivos podem ser necessários para promover a adoção de lockers e PUDOs como alternativas convenientes e eficazes. Essa transição cultural é crucial para a implementação bem-sucedida do modelo (Janinhoff et al., 2024).

Na dimensão de integração com marketplaces, a eficiência do OOHD depende da capacidade de conectar esses pontos de entrega com as operações de marketplaces e plataformas de e-commerce. Isso exige a criação de uma infraestrutura tecnológica avançada que suporte automação de processos, sistemas de rastreamento em tempo real e comunicação eficaz entre todos os atores envolvidos na cadeia de entrega (Last Mile Experts, 2024).

Engajamento com a comunidade: outro desafio importante, principalmente em áreas urbanas de difícil acesso, como favelas e comunidades urbanas, é o engajamento das lideranças comunitárias com o OOHD. Nessas áreas, o sucesso do modelo depende não apenas da instalação de pontos de entrega em locais estratégicos, mas também da construção de parcerias com líderes comunitários e do engajamento direto com os moradores.

Conforme discutido no estudo “E-COMMERCE WILL NOT GO UP THE HILL!”, adaptar as operações logísticas às realidades locais e garantir a aceitação do modelo pela comunidade são fundamentais para superar os impedimentos logísticos e aumentar a eficiência. Além disso, iniciativas que envolvem a criação de empregos locais e o fortalecimento do relacionamento com a comunidade podem ajudar a consolidar o OOHD como uma solução viável e sustentável.

Em termos de infraestrutura, a implantação de redes de lockers e PUDOs enfrenta desafios significativos, especialmente em regiões com infraestrutura precária. Nessas áreas, a falta de recursos adequados pode dificultar a expansão dessas redes, exigindo um planejamento cuidadoso e investimentos substanciais para garantir o sucesso do modelo.

Por fim, a capacidade tecnológica é um ponto crucial. A eficiência do OOHD requer sistemas de TI que consigam integrar perfeitamente as operações logísticas com os pontos de coleta. A diversidade de provedores de serviços e a falta de padronização tecnológica em alguns mercados representam barreiras significativas para a implementação eficiente dessas soluções (Janinhoff et al., 2024; Last Mile Experts, 2024).

Enquanto muitos mercados ainda enfrentam esses desafios, o segmento de e-commerce na Europa já superou várias dessas barreiras. O alto grau de capilaridade e a densidade de pontos de entrega foram alcançados por meio de um planejamento estratégico que levou em consideração a demografia e a distribuição geográfica dos consumidores. Esse modelo pode servir de inspiração para outros mercados ao redor do mundo, como o Brasil, que devem adaptar-se às suas realidades urbanas e logísticas para alcançar resultados semelhantes.

Estudos de caso e exemplos no Brasil
No Brasil, a implementação do modelo de out of home delivery (OOHD), com foco em lockers e PUDOs, tem ganhado força, especialmente nos grandes centros urbanos, onde os desafios da última milha são mais evidentes. Um exemplo bem-sucedido é a utilização de lockers em estações de metrô e centros comerciais nas cidades do Rio de Janeiro/RJ e de São Paulo/SP.

Devido ao crescimento do comércio eletrônico e às adversidades existentes nessas localidades, esses pontos de entrega oferecem ao consumidor um endereço alternativo, proporcionando uma opção de entrega conveniente e segura. Isso é particularmente relevante para aqueles que enfrentam dificuldades com entregas domiciliares, seja por horários de trabalho inflexíveis ou por problemas de segurança em seus bairros.

Na Figura 1, os círculos vermelhos representam os terminais de lockers implantados na cidade, enquanto os círculos azuis indicam as áreas de maior concentração de usuários. Quanto maior o círculo azul, maior o número de pessoas utilizando os terminais naquela localização específica.

Esse exemplo prático não apenas destaca a eficácia do modelo OOHD em uma área densamente povoada, mas também reforça a importância da proximidade dos pontos de entrega para aumentar a conveniência e a eficiência logística. Com base nesses dados, é possível maximizar o valor percebido pelos consumidores e aprimorar ainda mais sua experiência de compra.

Figura 1 – Cidade de São Gonçalo/RJ – julho de 2024.
Outros estudos conduzidos em mercados emergentes, como o artigo An Investigation of Consumer Intention to Use Pick-up Point Services for Last-mile Distribution in a Developing Country (Guarino Neto & Vidal Vieira, 2023), mostram que o sucesso dos PUDOs em países como o Brasil está diretamente relacionado à percepção de conveniência e segurança por parte dos consumidores.

No caso brasileiro, o crescimento da adoção de PUDOs em locais estratégicos, como supermercados e estações de transporte público, tem sido uma resposta às adversidades ambientais e à necessidade da população urbana, que passa a maior parte do tempo fora de casa devido à rotina intensa.

Potenciais e desafios do out of home delivery no Brasil
O modelo de out of home delivery (OOHD) tem o potencial de transformar significativamente a logística urbana no Brasil.

Em um cenário de crescimento acelerado do e-commerce, o OOHD surge como uma solução que beneficia tanto as empresas quanto os consumidores, oferecendo maior flexibilidade e conveniência.

No entanto, ainda existem desafios a serem enfrentados: adaptar a mentalidade dos consumidores habituados a entregas domiciliares, superar as limitações de infraestrutura em algumas regiões e garantir que a tecnologia esteja preparada para atender às demandas.

Apesar desses obstáculos, as vantagens do OOHD são evidentes. Ele pode reduzir custos, emissões de gás carbônico, otimizar operações logísticas e aumentar a satisfação dos clientes.

A experiência europeia, na qual o modelo já está consolidado, serve como um exemplo de sucesso que pode ser adaptado ao Brasil. Aqui, o segredo para o sucesso está em unir esforços entre empresas, governo e consumidores para criar uma rede eficiente e acessível de lockers e pontos de coleta.

Com os investimentos adequados e a conscientização dos consumidores, o Brasil tem todas as condições de aproveitar os benefícios do OOHD, assim como já acontece em outros países. O futuro da logística urbana brasileira pode ser mais eficiente, sustentável e seguro, e o OOHD certamente desempenhará um papel fundamental nessa transformação.

Referências:

1. Bispo, A. S., Resende Jr., P. C., Fujihara, R. K., Santana, R. S., & Albuquerque, B. B. M. (2023). E-commerce will not go up the hill! Anais do Semead – Seminários em Administração, Universidade de São Paulo.

2. E-commerce Brasil. (2023, 23 de janeiro). E-commerce fatura R$ 262 bilhões em 2022. E-commerce Brasil. https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/e-commerce-fatura-r-262-bilhoes-em-2022

3. Guarino Neto, L., & Vidal Vieira, J. G. (2023). An investigation of consumer intention to use pick-up point services for last-mile distribution in a developing country. Journal of Retailing and Consumer Services, 74, 103425. https://doi.org/10.1016/j.jretconser.2023.103425

4. Janinhoff, L., Klein, R., Sailer, D., & Schoppa, J. M. (2024). Out-of-home delivery in last-mile logistics: A review. Computers & Operations Research, 168, 106686. https://doi.org/10.1016/j.cor.2024.106686

5. Last Mile Experts. (2024). Out-of-home delivery in Europe 2024: PUDOs and Automated Parcel Machines.

6. Organização das Nações Unidas (ONU). (2015). Transformando nosso mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

7. Resende, P., Silva, T., & Souza, A. (2023). Last Mile Logistical Constraints in Slums. Journal of Harbin Engineering University.

Porque a logística é o novo marketing

Dois dos maiores detratores de vendas no digital hoje são o custo e o prazo de entrega. A nível global, a taxa de abandono de carrinho chega a 71,3%. Entre os principais motivos estão os custos extras, o valor do frete e outras taxas de entrega (45%), assim como os envios mais demorados, com prazos que vão além do que o consumidor espera (22%).

Esse panorama mundial, revelado pela Statista, não é tão diferente da realidade brasileira. Por aqui, o abandono de carrinho atingiu 80% em 2023, sendo o frete caro um motivo de desistência para 65% dos clientes, e o prazo de entrega um desmotivador para 32%, segundo o levantamento da Opinion Box.

Com esses dados em mãos, quero entrar no ponto principal desse artigo: a logística é o novo marketing. Veja bem, se o mercado consumidor traz claros sinais de que o custo e o prazo de entrega são os maiores impedimentos para uma compra online, é justamente nessa veia logística que você tem que atacar para buscar eficiência e margem na sua operação de e-commerce. Com isso em mente, sua estratégia fica bem mais assertiva para sanar ou minimizar essa problemática.

Reduzindo custos de frete

Mas então, como otimizar custos da operação logística para que o valor do frete lá na ponta, para o cliente final, seja reduzido e se torne um diferencial competitivo? Um dos caminhos é apostar em centros logísticos alocados próximos dos grandes centros de consumo. Ao mesmo tempo, também é interessante ter esse ponto de distribuição em Estados ou cidades que possuem algum tipo de incentivo fiscal ou tributário.

Esses dois cenários se apresentam na cidade de Extrema, em Minas Gerais, que possui uma redução de 10% a 12% da taxa de ICMS, e que está a pouco mais de 100km de São Paulo, o que representa um trajeto de apenas duas horas. Em conjunto, esses fatores contribuem para um frete mais barato, assim como para uma logística mais estratégica e rentável.

Diminuindo prazos de entrega

O que também pode reduzir custos e, consequentemente, diminuir os prazos de entrega é o uso de tecnologias dotadas de inteligência de dados, que indicam a melhor rota de transporte e que atuam diretamente no last mile. Aliado à localização do centro de distribuição, esse recurso pode, inclusive, proporcionar a realização de entregas na modalidade same day delivery, indo de encontro com o imediatismo do consumidor moderno.

Para que tudo isso aconteça, cada processo logístico precisa estar muito bem definido e sendo operado por uma equipe que tem uma visão 360º das entregas. Essa integração, e o acompanhamento em tempo real da frota de transporte, por meio de uma torre de controle logística ou de um painel de BI, diminuem infinitamente as chances de atraso na entrega, o que impacta diretamente na experiência de compra.

Colocando foco total em logística 

Por tudo isso, é extremamente importante ter uma visão holística da jornada de digitalização, independente se ela for voltada para o B2B ou para o D2C. E mais do que isso, a etapa logística deve ser tratada realmente como o novo marketing.

Não, ela não divulga a sua marca em amplas campanhas de captação de novos clientes, mas ela tem o poder de fidelizar a base já conquistada e fazer com que esses consumidores satisfeitos, e que tiveram uma boa experiência, sejam defensores da sua loja online e tragam uma parcela ainda mais engajada e fiel. Todos esses são indicadores que colocam o seu negócio na rota do sucesso, com uma operação logística que traz mais margem e eficiência a curto, médio e longo prazo.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/porque-a-logistica-e-o-novo-marketing”

Após faturar R$2 bi com entregas para Amazon, Shein e outros, Jadlog aposta em hub de R$100 milhões

Com a nova estrutura, a transportadora planeja processar até 30.000 pacotes por hora em 2026.

Numa aposta no crescimento do e-commerce, a transportadora Jadlog anuncia nesta sexta-feira, 6, um investimento de mais de R$ 100 milhões na construção de um novo hub em São Paulo. A empresa logística vai dobrar sua capacidade operacional, processando até 30.000 pacotes por hora.

Com a segunda maior capilaridade do mercado, atrás apenas dos Correios, a transportadora faturou cerca de R$ 2 bilhões em 2023. Com clientes como Amazon, Grupo Soma, Americanas e Shein, o e-commerce é a principal vertical de negócio da Jadlog.

Embora o ritmo de crescimento tenha desacelerado no pós-pandemia, as vendas digitais continua em crescimento. No ano passado o crescimento foi de 10%, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

“Apesar do ritmo de crescimento ter diminuído, seguimos apostando no aumento de volume das vendas online”, diz Bruno Tortorello, CEO da Jadlog.

O novo hub, que já está em construção, está localizado em Perus, bairro da zona noroeste da capital paulista, a dez minutos da Marginal Tietê e próxima ao Rodoanel.

Com 20.000 metros quadrados de área construída, o terá 82 docas e sistema de classificação automática de pedidos, que distribui os itens para os destinos corretos, de 310 metros de comprimento, capaz de movimentar pacotes de até 35 quilos. Mais de 550 empregos serão criados na região. “A operação será toda automatizada. Vamos reunir o que há de mais atual no mundo em tecnologia”, diz o CEO.

A atual estrutura da transportadora

Fundada em 2006, a empresa de logística se diferencia no mercado por operar no mercado de franquias. Além de uma frota terrestre com mais de 2.300 caminhões e carretas, a companhia conta com mais de 500 franqueados responsáveis por atuar no modelo “last mile”, realizando entregas em suas cidades com veículos próprios ou agregados, além de apresentar (e vender) serviços a novos clientes.

“Com o modelo de franquia nós temos um empresário cuidando da operação na ponta, que conhecem bem o mercado e a logística da cidade em que atua”, explica Tortorello.

Desde que foi adquirida pelo grupo europeu Geopost, em 2017, a Jadlog tem investido em tecnologia e infraestrutura, ampliando sua operação em resposta ao crescimento do volume de transportes, especialmente no segmento de e-commerce, que hoje representa 80% de suas atividades.

A transportadora opera um centro de distribuição na Anhanguera, em São Paulo, desde 2015, dedicado ao processamento de cargas maiores. No entanto, com a conclusão do novo hub, cerca de 80% das operações mecanizáveis, tanto do B2B quanto do B2C, serão automatizadas e transferidas para essa nova unidade. “O centro de distribuição atual vai se dedicar a mercadorias maiores”, diz o CEO.

A empresa também conta com um segundo galpão de 20.000 metros quadrados destinado à armazenagem, além de 15 filiais regionais que concentram e redistribuem as cargas em rotas otimizadas para regiões como o Nordeste.

Fonte: “https://exame.com/negocios/apos-faturar-r-2-bilhoes-com-entregas-para-amazon-e-shein-jadlog-aposta-em-hub-de-r-100-milhoes/”