Em um ano, Ls Translog registrou 9 milhões de entregas no App Umov.Me

Solução está em uso por mais de 1,6 mil agentes de entrega, entre motoboys e motoristas; só em junho de 2022, a transportadora chegou a 808 mil entregas.

A LS Translog realizou 9 milhões de entregas nos entre junho de 2021 e junho de 2022. O resultado foi alcançado por meio do uso do aplicativo de logística da uMov.me, solução desenvolvida por especialistas em tecnologia e negócio.

Só em junho deste ano, a LS Translog realizou 808 mil entregas, totalizando uma média de 202 mil entregas por semana e 40 mil por dia. A solução está em uso por mais de 1,6 mil agentes de entrega, entre motoboys e motoristas da LS Translog.

Atualmente, a transportadora tem operações nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal com grandes marcas como Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo, Centauro, Lojas Renner, Cobasi, Marisa, C&A, Mandaê, Polishop, Infracommerce, Centauro, Nike, entre outras. A uMov.me já desenvolveu mais de 30 mil aplicativos customizados para mais de 10 mil empresas.

Para o CEO da companhia, Alexandre Trevisan, a solução contribui tanto com a operação das empresas quanto com a experiência dos clientes finais. “Com o nosso aplicativo, os negócios ganham mais agilidade, segurança, economia e informações em tempo real. Dessa forma, os consumidores têm mais qualidade no last mile, tornando a experiência como um todo memorável”, completou o executivo.

Leandro Rebustini, gerente de Contas da LS Translog, destacou que as principais funcionalidades do uMov.me são a assinatura eletrônica, a URL pública de rastreio, a geolocalização de equipes em campo e a captura de fotos e vídeos. “Isso permite que o entregador registre o exato momento da entrega. Como resultado, o nosso processo logístico como um todo ganha em segurança e eficiência”, explicou.

O sistema da uMov.me envia uma mensagem ao cliente final com um link para que possa acompanhar o entregador até a sua porta. “Apenas esse procedimento já tem um impacto enorme, pois diminui a quantidade de reentregas por cliente ausente. A tecnologia atua a favor do negócio e das pessoas, garantindo satisfação até a última milha”, acrescentou Trevisan.

Multinacional de logística Shippify começa os preparativos para a Black Friday, quando prevê aumento de 50% na demanda

Retomada econômica e crescimento do e-commerce impulsionam investimentos do setor. Empresa já iniciou planejamento para garantir o atendimento em uma das datas comerciais mais importantes.

A Black Friday caiu no gosto do consumidor brasileiro e, em pouco tempo, tornou-se uma das principais datas para o comércio do país. A edição deste ano será apenas no dia 25 de novembro, mas a expectativa alta dos representantes do setor de logística faz com que os investimentos sejam antecipados para garantir a eficiência do alto volume de entregas. É o caso da Shippify, multinacional de logística inteligente, que prevê um aumento de até 50% em sua operação.

Presente nas maiores cidades do Sudeste e Nordeste do país, a empresa está investindo em melhorias nos galpões, para facilitar o processo de separação dos pedidos. A modernização foi promovida no Galpão de Contagem, na Grande Belo Horizonte, onde fica a base das operações da multinacional no Brasil. Recentemente o local recebeu a instalação de novas esteiras de distribuição de produtos, que deu celeridade à execução do serviço.

Para o setor, a Black Friday representa um grande desafio e mobiliza toda a indústria e comércio com a alta demanda dos consumidores. Por isso, toda a estruturação do serviço de entrega precisou ser ainda mais aperfeiçoada, de modo que produtos cheguem nas casas dos clientes com baixo custo e num prazo cada vez menor. Entre as empresas, o período é conhecido por provocar um boom logístico.

“Nós sempre nos preparamos muito para a Black Friday. Neste ano projetamos um aumento de 50% do nosso volume. Isso requer muito planejamento e organização, para que tudo saia bem e todos os consumidores recebam suas compras. Reforçamos as equipes, antecipamos tudo que for possível e trabalhamos em sistema de plantão para vencer a alta demanda nos dias de pico”, explica o country manager da Shippify, Lucas Grossi.

O ecossistema do e-commerce foi fundamental para evitar um colapso ainda maior na economia do país, durante os anos de pandemia. Na contramão de vários setores que tiveram muita dificuldade no período, o e-commerce cresceu exponencialmente e se mantém como um dos alicerces da ainda fragilizada economia brasileira. Por isso, a expectativa com a Black Friday é enorme e requer um planejamento com meses de antecedência.

“Queremos que as empresas também se planejem. A operação precisa de um tempo para começar a engrenar e funcionar com 100% do seu desempenho. Envolve integração, entendimento da plataforma, crescimento de demanda de entregas, entre outras coisas. Isso leva algumas semanas, até que a empresa esteja operando com 100% da projeção inicial. Começamos agora porque queremos que a empresa esteja completamente integrada e familiarizada com o nosso sistema quando a Black Friday chegar”, head de operações da Shippify, Júlio Bonifácio.

Outro ponto importante está relacionado à oferta de trabalho. Com o aumento da demanda, a empresa oferece mais atrativos para que motoristas parceiros se cadastrem no aplicativo. “O sucesso da Black Friday reflete diretamente nas ações para o Natal, que é celebrado exatamente um mês depois. Funcionando bem em novembro, a operação estará preparada para qualquer outra data com alta demanda de entregas. Com base nesse aumento, cresce também a quantidade de rotas na rua. E para cumprir os prazos precisamos aumentar a base de motoristas, que acabam permanecendo na empresa, mesmo após o boom do fim de ano”, finaliza o country manager da Shippify, Lucas Grossi.

A Black Friday foi criada nos EUA e dá início ao grande período de compras no mercado americano. Por lá, a data é realizada no dia seguinte ao dia de Ação de Graças. No Brasil, a Black Friday acontece sempre na última sexta-feira do mês de novembro e se tornou uma das datas mais aguardadas pelos consumidores, que esperam pelas grandes ofertas oferecidas pelas empresas em geral.

Sobre a Shippify

A Shippify é uma empresa multinacional que oferece serviço de logística inteligente, que agiliza qualquer operação comercial com uma frota elástica sob demanda e um modelo de preços flexível, transformando a entrega regular em uma experiência privilegiada. Há sete anos atuando no Brasil, a Shippify também está presente no Chile e Equador e trabalha para expandir sua operação por toda América Latina.

Entendendo o papel da logística na experiência de compra do consumidor

O processo de compra é uma experiência que deve ser muito positiva para o cliente.
Segundo pesquisa realizada pela Opinion Box, em parceria com o Digitalks, 76% das pessoas desistem da compra quando o frete é muito alto e 53% desistem da compra devido ao prazo de entrega ser muito longo. Como é possível perceber, ambos os fatores correspondem a logística e, claro, impactam na experiência de compra do consumidor.

Portanto, é importante enfatizar que logística e experiência de compra caminham juntas. Isso porque ambas possuem uma relação fundamental e que faz toda a diferença na decisão de compra do consumidor.

Ainda é muito comum vermos empresas se preocuparem apenas com o número de vendas, deixando de lado a experiência do cliente na jornada de compra – até mesmo pensando que a jornada de compra se encerra na efetivação da compra, sem se preocupar com o pós venda. Infelizmente nem toda marca tem a preocupação de manter um relacionamento mais próximo com o consumidor durante e após sua jornada de compra.

O consumidor de hoje em dia quer muito mais do que o produto final. Ele busca por conveniência, personalização e valorização, elementos que compõem uma experiência completa e fluida. É importante ter em mente que variedade de produtos ou serviços não são os únicos diferenciais ou os mais importantes, afinal a internet está repleta de e-commerces que certamente vendem produtos similares ao seu, portanto, proporcionar uma jornada de compra completa, incluindo uma logística eficaz, é parte fundamental para o sucesso da marca.

A este respeito, é indispensável o uso de recursos tecnológicos, pois estes refletem diretamente na forma como a experiência de compra e a logística são vistas atualmente.

Assim, para que você compreenda o papel da logística na experiência de compra do cliente, destaco a seguir alguns fatores importantes a serem considerados para uma experiência completa e fluida.

Entrega rápida

Conforme levantado na pesquisa Opinion Box citada no começo, 53% desistem da compra devido ao prazo de entrega ser muito longo. É certo que o crescimento do mercado de e-commerce, ocasionado pela pandemia, permitiu que muitas empresas expandissem o campo de distribuição, logo, o desafio da logística também aumentou.

Neste sentido, é preciso focar em um processo logístico fluido e eficaz, fazer uso da tecnologia com acompanhamento das entregas em tempo real, com a aplicação de toras automatizadas, o que é fundamental para uma logística ágil e que prioriza a qualidade do serviço.

Preço da entrega

Esta é outra questão que faz com que o cliente desista de uma compra. Ainda segundo a pesquisa Opinion Box e Digitalks, 76% das pessoas desistem da compra devido ao valor do frete ser muito alto. Além disso, em muitos casos, o valor da entrega acaba não compensando a compra do produto, por isso acontece a desistência.

Entender que é importante apresentar valores de transporte competitivos é indispensável. Portanto, oferecer um único serviço de entrega não é interessante, o ideal é disponibilizar para o cliente diferentes serviços de entrega [transportadoras], pois isso torna o serviço mais competitivo e com mais opções para o cliente.

Qualidade da entrega

O processo de compra é uma experiência que deve ser muito positiva para o cliente, do início ao fim. Quando o consumidor efetua a compra de algo que ele tanto quer ou precisa, aguarda ansioso pelo recebimento do produto, portanto, disponibilizar ferramentas que garantam tranquilidade e transparência é essencial.

Assim, opções de rastreamento são ferramentas indispensáveis para que o cliente possa acompanhar o status da sua compra. Porém, é importante que as informações deste processo sejam claras, mostrando cada movimentação da encomenda. Existem sistemas integrados em que o cliente recebe alertas em tempo real sobre a movimentação da entrega. Isso é bom até mesmo para a empresa, que reduz o número de devoluções, pois o cliente, ao ser notificado do percurso da entrega, pode se preparar para o recebimento.

Facilidade de resolução de problemas

Não há dúvidas de que a satisfação do consumidor depende de uma entrega de qualidade. Sabemos que complicações podem surgir neste processo, mas, mesmo no pior dos cenários, é muito importante que o cliente se sinta parte do processo. Dar atenção e satisfação é o mínimo, afinal, ainda que problemas ocorram, é extremamente importante prezar pela troca de informações entre os entregadores e a central. Assim, será possível solucionar problemas de forma rápida e, o mais importante, prezando por uma experiência bem sucedida.

Extrema, cidade no interior de Minas Gerais, vive “boom”, vira berço do e-commerce e enfrenta déficit habitacional

Polo de centros de distribuição, a cidade mineira a 100 km da capital paulista sente dores do crescimento, que segue acelerado.
Um em cada quatro produtos vendidos no e-commerce brasileiro sai de um centro de distribuição da cidade de Extrema, em Minas Gerais. Nos últimos anos, o município se transformou em expoente para o setor logístico e atraiu centenas de empresas. Por trás desse poder de atração está a combinação de posição geográfica – a meros 100 km da capital paulista, principal polo econômico do País – com tributo estadual mais favorável: a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) é pelo menos 50% inferior à de São Paulo para vendas interestaduais.

No período de pandemia, o e-commerce no Brasil deu salto, o que fez as empresas investirem nos seus centros de distribuição em Extrema. Diante desse cenário, a cidade viu sua população crescer, o que hoje já se reflete em uma crise imobiliária, dado o aumento na procura por casas, apartamentos e até de vagas em hotéis para os trabalhadores que querem se instalar no município.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que o município tinha, em 2021, 37 mil habitantes. Contudo, um levantamento feito pela prefeitura de Extrema mapeou aproximadamente 53 mil moradores na cidade, o que representa um crescimento populacional de 43% em dois anos. As informações foram compiladas pela Secretaria Municipal de Saúde para entender a quantidade de vacinas de covid-19 que seriam aplicadas.
Além de o número de moradores ter crescido exponencialmente, a cidade ainda recebe diariamente cerca de 10 mil trabalhadores flutuantes, ou seja, pessoas que trabalham em centros de distribuição locais, mas vivem nos municípios próximos. “As empresas têm um esquema de ônibus fretados que levam para as cidades vizinhas, como Itapeva, Pouso Alegre e Bragança Paulista. Há pessoas que vêm todos os dias de São Paulo para cá”, relata a gerente de desenvolvimento econômico de Extrema, Mônica Vieira.

Extrema, no interior de Minas Gerais, se transformou em expoente para o setor logístico e atraiu centenas de empresas Foto: Daniel Teixeira/Estadão
Hoje, o município mineiro tem 6 mil CNPJs cadastrados, dos quais 300 são do setor industrial. “No começo, nós batíamos na porta da empresas, convidando-as a se instalar em Extrema. Agora, são elas que nos procuram para montar negócios aqui”, relembra.

Procura-se
Com a vinda de empresas e de novos moradores, encontrar um lugar para residir em Extrema virou uma tarefa difícil. Dono de imobiliária, Ricardo Di Lorenzo conta que a demanda por imóveis vem crescendo. Ele relata que já é quase impossível encontrar opções para locação e venda nas áreas mais cobiçadas da cidade. “Falta casa na cidade para oferecer para os clientes”, diz.

Para tentar suprir a demanda, Extrema vem dialogando com empresas da construção civil com o objetivo de atrair empreendimentos imobiliários. Em 2021, as empresas HM Engenharia e a BRZ empreendimentos anunciaram um investimento de R$ 400 milhões para a construção de 1,3 mil unidades residenciais. Além disso, o município já aprovou a construção de outros 3 mil lotes residenciais. Segundo empresários locais ouvidos pela reportagem, o déficit de moradias varia entre 15 mil e 20 mil unidades.

O crescimento da procura por galpões para centros de distribuição, movimento que se intensificou no início da pandemia, parece não estar perto de acabar. Conforme apurou o Estadão, a próxima gigante que deve abrir um centro de distribuição na cidade é a marca de produtos esportivos italiana Fila. Por enquanto, apesar de ter batido o martelo, a empresa ainda não tem data para a inauguração da operação local.

Quem passa pela cidade vê, além do cenário mineiro de montanhas, diversas obras em andamento de futuros barracões industriais. O presidente da Fulwood Condomínios Logísticos, Gilson Schilis, explica que o modelo mais procurado pelas companhias são os chamados de “big boxes” – terrenos com mais de 50 mil metros quadrados. “Estamos finalizando uma obra de 100 mil metros ainda em 2022. Para o ano que vem, já temos outra de 210 mil metros quadrados, que abrigará a operação de uma empresa multinacional.”

Todos esses investimentos se refletem positivamente no mercado de trabalho. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que, no último ano, foram criados mais de 4,5 mil postos de trabalho em Extrema, o melhor desempenho no Estado. Com a maior parte dessas oportunidades no setor logístico, as companhias que já estão instaladas no município precisam se esforçar para reter os funcionários que vêm sendo assediados pelos concorrentes.

Esse é o caso da gerente de prevenção e perdas do Mercado Livre, Ariana Ribeiro. Depois de trabalhar 12 anos em uma loja online nacional de artigos esportivos, a funcionária recebeu a oferta da gigante argentina de e-commerce. “Com esse mercado aquecendo na pandemia, as empresas precisaram melhorar os salários e os benefícios para competir com os concorrentes. Por isso eu decidi mudar de emprego.”

Desafios à frente
Para Ricardo Taborda, o sócio da 7D – empresa especializada em soluções para logística -, a baixa disponibilidade de imóveis e de terrenos para construção de galpões pode afetar a decisão das companhias de escolher o município mineiro como seu novo endereço logístico. “Extrema é o melhor lugar que temos hoje, mas qualquer coisa que mude em relação a esses dois pontos pode tirar a atração da cidade aos olhos dos investidores”, afirma.

Um em cada quatro produtos vendidos no e-commerce brasileiro sai de um centro de distribuição da cidade.

Na visão de Taborda, a cidade vive um momento decisivo na sua consolidação como um polo nacional de centros de distribuição – e precisará oferecer mão de obra e também estrutura para quem chega ao município. “É uma janela de oportunidade que Extrema tem. Quando a reforma tributária ocorrer, talvez eles não sejam tão atraentes do ponto de vista fiscal, então é o momento de investir para a cidade crescer e se tornar desejada mesmo depois do fim dos incentivos”, avalia.

Uma das preocupações da administração municipal na estratégia de atrair empresas é formar trabalhadores qualificados para o trabalho dentro dos centros de distribuição. Atualmente, a prefeitura de Extrema tem parceria com o Sistema S de ensino, que fica responsável pela qualificação técnica dos futuros funcionários. Além disso, também há programas voltados o aperfeiçoamento de motoristas de caminhão. Com auxílio do Sebrae, Senai e Sicredi, o executivo local organizou a criação de uma cooperativa de transporte, a Cooper Extrema, que conta com 23 caminhoneiros treinados ofertar seus serviços às grandes empresas e realizar o escoamento da produção feita em Extrema.

DHL compra 40 caminhões elétricos da Jac

A DHL Supply Chain comprou quarenta caminhões elétricos e ampliou sua frota eletrificada para setenta veículos, com meta de ultrapassar as 150 unidades até dezembro. Agora a empresa estima que deixará de emitir cerca de 22 mil toneladas de CO2 nos próximos trinta anos.

A empresa também aproveitou a ampliação da frota para contratar mais motoristas mulheres, como parte do movimento Mulheres na Estrada, que visa a expandir a presença do sexo feminino na área de transporte. A reportagem recebeu a informação de uma forma inusitada: um veículo elétrico foi usado para levar o comunicado até a casa dos jornalistas, com uma motorista dirigindo.

Os quarenta caminhões comprados são do modelo Jac iEV1200T, um VUC com autonomia para 250 quilômetros, equipado com baterias de fosfato de ferro-lítio de 97 kWh.

2% do PIB: setor de operadores logísticos teve receita bruta de R$ 166 bilhões em 2021

Dados são referentes à 5ª edição do “Perfil do Operador Logístico no Brasil”, publicado na Biblioteca do RadarIC, em Pesquisas Externas (link ao final da matéria) e realizado pela ABOL em parceria com o ILOS; 82% dos OLs entrevistados tiveram alta de receita bruta no período.

O setor de operadores logísticos registrou receita bruta de R$ 166 bilhões em 2021, representando aproximadamente 2% do PIB brasileiro no período e ocupando a 4ª colocação no índice de faturamento dos setores de serviço no país. Os insights foram divulgados pela Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL) na 5ª edição do “Perfil do Operador Logístico no Brasil”, estudo que neste ano foi realizado, pela primeira vez, em parceria com o Instituto de Logística e Supply Chain (ILOS).

Ao todo, a pesquisa teve a participação de 117 empresas – dessas, 31 são associadas da ABOL. Entre as companhias entrevistadas, 82% ressaltaram o aumento de receita bruta no período, enquanto 13% mantiveram a receita e 4% registraram queda. Outros destaques do estudo foram o aumento de aumento da capilaridade regional, o índice de custos nas operações e o investimento dos OLs em tecnologia, especialmente atrelado a startups e logtechs.

Segundo o presidente do Conselho Deliberativo da ABOL, Djalma Vilela, o setor de operadores logísticos teve grande importância nos últimos anos por conta da pandemia de Covid-19. No período, transporte e armazenagem tiveram alta para atender à demanda por vacinas e suprimentos de maneira geral.

No entanto, apesar do crescimento em receita bruta, a 5ª edição do “Perfil do Operador Logístico no Brasil” ressaltou que a margem de lucro não acompanhou a alta de receita de forma proporcional. “Nem todos conseguiram repassar os aumentos de custos para os preços oferecidos aos clientes finais”, explica Maria Fernanda Hijjar, sócia-executiva do ILOS. “O preço não acompanhou esse aumento, o que influencia diretamente na taxa de lucro.”

Nas empresas em que a margem de lucro diminuiu, observou-se que o preço do serviço cresceu menos do que o aumento de custos. Já entre os OLs que registraram alta de lucro, a pesquisa apontou que a estratégia de oferecer mais serviços foi usada como forma de distribuir o aumento de custos sem prejudicar a margem de lucro.

“O nosso setor vem batendo recordes de carga transportada e movimentada. Aumentamos substancialmente a receita bruta, mas não conseguimos fazer esse mesmo aumento de resultado. Há uma dificuldade de repassar os aumentos de insumos nos últimos dois, três anos.” – Djalma Vilela, presidente do Conselho Deliberativo da ABOL.

E-COMMERCE E SETORES DE DESTAQUE

De acordo com a pesquisa realizada pela ABOL em parceria com o ILOS, 65% dos OLs têm clientes no setor de cosméticos e personal care, uma alta de 12% em relação a 2020. Segmentos como alimentos processados, eletroeletrônicos, bebidas e o setor automotivo/autopeças também aparecem na cartela de clientes de, respectivamente, 61%, 60%, 57% e 57% empresas respondentes.

Apesar de menos da metade dos respondentes terem clientes no e-commerce, o comércio eletrônico foi o setor em que os OLs mais firmaram novos negócios: de 26% em 2020 para 42% em 2021. A alta acompanhou o crescimento notável do e-commerce no Brasil, que aumentou de R$ 144 bilhões para R$ 183 bilhões em vendas – um salto de 27% –, segundo levantamento da Ebit/Nielsen.

CAPILARIDADE: DESTAQUE PARA O CENTRO-OESTE

Apesar de o Sul e o Sudeste ainda concentrarem grande parte das operações, o que a pesquisa apontou foi o aumento da atuação dos OLs na região Centro-Oeste. Entre 2020 e 2022, a presença dos operadores logísticos na região aumentou 25% – de 37% para 62%. Apesar disso, as regiões Sul e o Sudeste também tiveram alta em termos de presença: 12% e 2%, respectivamente.

Entre as empresas respondentes da pesquisa, 37% atuam nas cinco regiões do país. Já 51% dos OLs participantes têm operações no exterior.

INVESTIMENTO EM TECNOLOGIA

No caso do investimento em tecnologia, houve um aumento de 86% em relação à 2020. Segundo Beatris Huber, sócia-gerente do ILOS, há uma grande intenção por parte dos OLs de apostar em tecnologias disruptivas. “Nenhum dos respondentes da pesquisa manifestou interesse em diminuir o investimento em qualquer tecnologia, o que mostra que as empresas estão cientes dos benefícios que as tecnologias podem trazer.”

Entre as tecnologias mais utilizadas pelos OLs estão TMS e WMS, com 93% cada, computação em nuvem (72%) e torre de controle (55%). Porém, quando se fala em recursos que ainda são poucos difundidos, o percentual diminui: o uso de drones, realidade aumentada e virtual, veículos autônomos e blockchain já são utilizados por 14%, 12%, 9% e 9% dos operadores logísticos entrevistados, respectivamente.

A diretora executiva da ABOL, Marcella Cunha, ressalta que não existe nenhuma tecnologia disruptiva que seja unanimidade entre os OLs. “Algumas empresas já usam drones para entregas e meio de transporte, e também dentro de um armazém para controle e gestão de estoque. Eles estão investindo em inovação e tecnologia para isso, mas essa ainda não é uma realidade para as empresas menores e médias. Isso também vale para a realidade expandida/aumentada, que também não é um recurso tão estabelecido.”

Apesar disso, a 5ª edição do “Perfil do Operador Logístico no Brasil” aponta uma projeção positiva para o futuro da tecnologia dentro dos OLs. De acordo com os dados levantados, 38% dos respondentes preveem aumento do investimento em drones, por exemplo, até 2024, enquanto 62% planejam manter o valor gasto nesse tipo de tecnologia.

A integração com o cliente foi outra estratégia que se destacou dentro dos OLs: 88% dos entrevistados afirmaram ter tecnologias específicas para isso. Isso se reflete nas ações dedicadas à integração de forma geral, que tiveram alta em 90% dos operadores respondentes da pesquisa.

“A integração com cliente e a digitalização estão quase juntas”, ressalta Marcella Cunha. “Isso acontece porque não há como falar em integração sem pensar em um app ou um serviço personalizado, por exemplo.”
CUSTOS E A ALTA DO DIESEL

A alta acelerada e desproporcional do preço do diesel, que disparou 41,48% entre fevereiro de 2021 e fevereiro de 2022, também apareceu na pesquisa. Sem surpresas, 77% dos operadores logísticos entrevistados apontaram que o custo com combustível foi o grande responsável pelo aumento de gastos entre 2020 e 2021.

O preço elevado do diesel é reflexo do conflito no leste europeu e as sanções que a Rússia tem sofrido. Essa crise pode, inclusive, prejudicar o abastecimento de combustível – o que, segundo Maria Fernanda Hijjar, sócia-executiva do ILOS, é uma possibilidade.

“É um risco. Não podemos dizer que isso não vai acontecer porque estamos em um momento de muita instabilidade. Temos alternativas, mas elas não são o suficiente. Se acontecer [o desabastecimento], é como se fosse uma paralisação de transporte e outras operações que usem o diesel.” – Maria Fernanda Hijjar, sócia-executiva do ILOS.

Para Marcella Cunha, a questão do diesel e o risco de desabastecimento são motivos para voltar as atenções para fontes renováveis – como veículos elétricos e movidos a GNV – de forma urgente e racional. “As novas fontes podem resolver a questão e contribuir com a sustentabilidade, que é outra demanda importante”, reforça a diretora executiva.

Atualmente, 26% dos OLs que participaram da 5ª edição do “Perfil do Operador Logístico no Brasil” já usam veículos elétricos e 52% que já estão direcionando investimentos para essa implementação.

Conheça o relatório completo “Perfil do Operador Logístico no Brasil” publicado na Biblioteca do RadarIC em Pesquisas Externas “https://radaric.correios.com.br/3d-flip-book/perfil-dos-operadores-logisticos-2022-abol/”

Amazon vai montar CD last mile no RS para agilizar entregas

A gigante Amazon, que já tem centro de distribuição em Nova Santa Rita, vai trazer ao Rio Grande do Sul outro modelo de ponto de recebimento e envio de produtos ao destino: o consumidor final. A novidade é um CD mais compacto e com um propósito: agilizar a entrega.

A Amazon confirma que terá, em 2023, a primeira estação de entrega no Estado. Será o CD last mile, de última milha, com menor tempo de entrega. No Brasil, só existem cinco estações.

A unidade gaúcha vai ser montada em 3 mil metros quadrados dentro da área que está em ampliação no Park LOG, em Canoas e do grupo Cassol, dono da Cassol Centerlar. A informação é do CEO da Cassol, Rodrigo Seara Cassol.

Como o Park LOG fica na divisa com Porto Alegre, clientes da Amazon na Capital vão receber mais cedo os pedidos.

Alibaba alia tecnologia e capilaridade para expandir em logística

Qual a tecnologia por trás da logística do Grupo Alibaba? Com um alcance grande por meio de seu principal canal de e-commerce, o AliExpress, a companhia desmistifica o desempenho das entregas na China e mundo, realizadas pela Cainiao Network.

Em apresentação durante o primeiro dia do Fórum E-Commerce Brasil 2022, Michael Tang, diretor de Operações do Grupo Alibaba (Cainiao Network) no Brasil, reforçou que o pensamento, principalmente em logística, deve se voltar à experiência do cliente. À equação, portanto, soma-se o uso amplo da tecnologia.

“Nosso principal objetivo é atender consumidores e lojistas com o mesmo nível de satisfação e entrega. A logística, seja a tradicional ou last mile, deve focar em experiência e compreender a malha à disposição. tecnologia, neste caso, ajuda em processos corriqueiros como a pesagem ou distribuição do que será despachado e quando isso acontecerá. Com este auxílio, o ponto é que isso fique cada vez mais rápido”, explicou Tang.

De acordo com o executivo, o panorama de entregas da Alibaba dentro da China é de até 24 horas. Fora do país, a empresa tenta atender entregar em, no máximo, 72 horas.

“Nossa operação cross border está em expansão constante e auxilia na implementação da malha do Grupo Alibaba fora do território chinês. A cobertura last mile (última milha) recebe ajuda, por exemplo, dos armários inteligentes, ou smart lockers, deixando o custo da entrega 100% voltado à primeira — e única — tentativa. Isso é um exemplo do uso da tecnologia a favor das atividades logísticas”, complementou.

Rede da Alibaba com a Cainiao Network
A estrutura para a logística da Alibaba Group por meio da Cainiao conta com uma série de pontos estratégicos. A companhia conta com hubs, armazéns, linhas aéreas e oceânicas, bloqueios aéreos e armários inteligentes.

Veja o portfólio completo em cada segmento relacionado à logística da entrega dos produtos:

Cobertura
6 hubs de comércio eletrônico;
Capacidade de 2 milhões de m² em armazém;
Presença em 224 países e regiões
Capacidade
Mais de 1,8 mil linhas aéreas e oceânicas;
Bloqueio de mais de 300 voos por mês;
Uso de ligação ferroviária entre China e Europa
Rede de armários inteligentes (smart lockers)
Rússia (5 mil)
1,2 mil (Polônia)
Para o Brasil em específico, o objetivo do Grupo Alibaba é ampliar a oferta de smart lockers para 1,5 mil em São Paulo já no ínicio de agosto. No país como um todo, a ideia, segundo Tang, é chegar a cinco mil armários do gênero.

O Fórum E-Commerce Brasil 2022 está acontecendo entre 26 e 27 de julho, no Transamérica Expo, em São Paulo.

Smart Lockers: GLP e fundo do Itaú anunciam aporte de R$ 17 milhões na Clique Retire

A GLP se uniu a um dos fundos geridos pelo Itaú Asset para investir na Clique Retire, startup especializada na operação de smart lockers. De acordo com o comunicado, o aporte de R$ 17 milhões foi realizado par fortalecer a expansão da rede de armários inteligentes no Brasil.

Atualmente, a Clique Retire tem quase 1 mil pontos instalados em 19 estados brasileiros. O foco é estar presente em locais de grande fluxo de pessoas como em estações de metrô, de trens, shopping centers e postos de combustíveis.

Segundo o diretor executivo da startup, Gustavo Artuzo, a meta para 2022 é alcançar a marca de 2 mil endereços e ampliar para 15 mil pontos em cinco anos. “Percebemos a crescente utilização pelo público e queremos acelerar a expansão”, afirmou.

Mauro Dias, presidente da GLP Brasil, ressaltou que esse é o terceiro investimento da companhia em uma empresa que traz soluções para o mercado de logística no país. “Como desenvolvedora de instalações logísticas e player atuante no segmento, sabemos que o consumidor de hoje está cada vez mais exigente em relação à facilidade e agilidade das entregas.”

OTIMIZAÇÃO DE LAST MILE E SUSTENTABILIDADE
Atualmente, as soluções desenvolvidas e oferecidas pela Clique Retire são destinadas às operações de last mile no varejo, especialmente em regiões com restrições de CEP. Além disso, os armários inteligentes contribuem para práticas sustentáveis de redução nas emissões de CO2. Co2 no ambiente, por consolidar rotas e evitar tentativas repetidas de entrega.

De acordo com o CFO da Clique, Guilherme Dinali, há uma grande demanda de smart lockers tanto para a retirada comum, como para processos de devolução ou logística reversa. “A conveniência que os lockers oferecem vai ao encontro dessas necessidades”, destacou.

Operações da Amazon Brasil unem regionalismo e elementos da cultura estrangeira

Do estilo de operação à valorização do fator humano, empresa tem buscado incrementar o know-how internacional com particularidades marcantes da logística e do consumo brasileiros.

Dizer que a logística ganhou um papel de destaque durante a crise de Covid-19 é quase clichê. Mas os clichês existem porque são verdade – e, neste caso, a verdade é comprovada na prática. Que o diga a Amazon: dos 12 centros de distribuição que a empresa tem atualmente no Brasil, 11 foram inaugurados durante a pandemia, refletindo um momento em que o comércio eletrônico ganhou status de necessidade básica para a população.

O investimento em Logística tem sido considerável, contemplando, inclusive, a força de trabalho humana. Atualmente, a área de operação da empresa, que chegou ao Brasil em 2012 e expandiu o target em 2017, é formada por 8 mil funcionários.

E, apesar de o fator tecnológico estar presente nos centros de distribuição, o posicionamento da companhia é taxativo: “Não é o nosso intuito automatizar a operação, mas sim ter a tecnologia auxiliando os nossos colaboradores. Temos muita tecnologia para tornar melhores a vida e a atividade dos nossos funcionários, e não para substituí-los”, pontua Thomas Kampel, head of Public Relations de Operações da Amazon no Brasil.

Segundo Kampel, essa premissa é fortalecida pela expansão global da companhia, que deixa de ser vista como uma empresa americana.

“O que a gente tenta sempre é trazer inovação de outros mercados para aplicar aqui, além de ter flexibilidade em desenvolver ações pontuais no Brasil. É a mistura de inspiração em quem começou e o regionalismo para deixar a operação com a cara do Brasil.” – Thomas Kampel, head of Public Relations de Operações da Amazon no Brasil.

Um exemplo disso é o centro de distribuição da empresa em Nova Santa Rita (RS), empreendimento de 41 mil m² inaugurado em novembro de 2020 para o processamento das vendas feitas pela Amazon na região Sul do Brasil. Apesar de formado por sistemas e processos que são padronizados em nível global, o espaço também foi otimizado para refletir as características da operação, como o processo de armazenagem sortida.

A estratégia de armazenagem sortida consiste em distribuir produtos diversos de forma quase aleatória, seguindo tendências de consumo. Assim, quando um cliente faz uma compra de itens que, em via de regra, não se relacionam – exemplo: um livro, um fone de ouvido e um par de sapatos –, não se desperdiça tempo no processo de picking, uma vez que há uma variedade de produtos que foram armazenados estrategicamente próximos.

O fator humano também aparece nas questões particulares ao Brasil. De acordo com a líder do centro de distribuição da Amazon em Nova Santa Rita (RS), Ana Laura Bueno, foram contratados 550 funcionários temporários para trabalhar neste CD durante o Prime Day, evento de vendas da empresa marcado para os dias 12 e 13 de julho. Regularmente, o empreendimento em Nova Santa Rita possui 350 colaboradores regulares.

“O nosso ponto é simplificar. Além de que a contratação de novas pessoas é uma forma de garantir a qualidade de vida dos profissionais e não estressar a cadeia”, explica Ana Laura, enfatizando que o benchmark com unidades em outros países é fundamental para alcançar essa eficiência operacional.

“Se tem alguém lá na Europa utilizando uma ferramenta nova e ela fizer sentido para a nossa realidade, é possível trazê-la para cá, uma vez que é um sistema interligado. A gente faz muita troca com outros países. É uma forma de usar essa conexão para nos inspirar, até porque a Amazon ainda é uma empresa muito recente no Brasil.” – Ana Laura Bueno, líder do centro de distribuição da Amazon em Nova Santa Rita (RS).

CENTROS DE DISTRIBUIÇÃO “SURPRESA”
No ano passado, em um intervalo de menos de dois meses – entre setembro e novembro de 2021 –, a Amazon inaugurou três centros de distribuição no Brasil – no Rio de Janeiro (RJ), em Cabo de Santo Agostinho (PE) e em Fortaleza (CE) – sem grandes alardes. E, de acordo com o Country Manager da empresa no Brasil, Daniel Mazini, o objetivo é esse mesmo.

“A gente não tem o hábito de anunciar o CD antes de lançar para que possamos ter a oportunidade de avaliar a viabilidade até o último momento possível, pois os planos podem mudar. Estamos analisando isso e vamos continuar lançado, mas só vamos lançar somente quando estivermos prontos para isso.” – Daniel Mazini, Country Manager da Amazon no Brasil.

Essa estratégia é associada à criação de centros urbanos, caracterizados por estações de entrega nas grandes metrópoles. Porém, Mazini explicou que o grande desafio desses centros urbanos é a quantidade de produtos possíveis de serem alocados.

Além disso, o executivo pontuou para a empresa uma meta ambiciosa: ter SKUs suficientes para que qualquer produto seja escolhido o mais rápido possível. “Para isso, a gente precisa investir em logística de mid mile e obter um last mile eficiente”, ressaltou.

A visão do executivo está em consonância com Ricardo Pagani, em entrevista exclusiva para a Mundo Logística em março deste ano. “Para selecionar um novo local, sempre fazemos uma análise da topologia de nossa rede de distribuição para descobrir quais as principais cidades para abastecermos com os produtos que vendemos e fazermos as entregas”, pontuou, na ocasião.

“Nós queremos criar um impacto real para o consumidor brasileiro ao anunciar que a Amazon aumentará significativamente sua estrutura por meio de um sistema de logística atualizado que reduzirá o tempo de entrega e aprimorará a experiência de compra com as novas operações no local. […] A Amazon tem um forte compromisso de longo prazo com o Brasil e planeja, acima de tudo, oferecer a melhor experiência de compra para nossos clientes. Isso envolve, é claro, uma melhoria contínua de nossa infraestrutura.” – Ricardo Pagani, diretor de Operações da Amazon no Brasil, em entrevista para a Mundo Logística.