Novo estudo da Fabric revela que envio gratuito no dia seguinte e no mesmo dia são novos padrões de consumo para compras on-line

Oito dos dez maiores varejistas oferecem frete grátis em dois dias e quatro oferecem frete grátis no dia seguinte.

NOVA YORK, 26 de abril de 2022 –( BUSINESS WIRE )– Fabric , uma plataforma de varejo sob demanda que permite que as marcas obtenham um atendimento rápido em unidades econômicas competitivas, divulgou seu mais recente relatório de pesquisa, ” Fast and Free: The One- Way Ratchet das Expectativas do Consumidor .” O relatório descobriu que o envio gratuito de dois dias é considerado uma aposta de mesa para as marcas e destacou um apetite considerável por entrega gratuita no dia seguinte e até no mesmo dia.

Dado que o envio rápido é um enorme desafio para as marcas fornecerem de uma perspectiva financeira, operacional e estratégica, as descobertas da Fabric servem como um alerta para as marcas de que as janelas de envio padrão de três a cinco dias não são mais suficientes.

Pesquisa: pelos números

Com base em 700 respostas de 500 consumidores e 200 gerentes seniores de varejo e marca, os resultados da pesquisa fornecem informações sobre o que os consumidores esperam em relação à velocidade de envio, por que eles esperam isso de graça, por que essa proposta é tão desafiadora para tantas marcas oferecerem e o que marcas podem fazer sobre isso. Alguns destaques da pesquisa incluem:

  • O envio gratuito de dois dias já é uma aposta da mesa para os consumidores: 76% dos consumidores esperam envio gratuito de dois dias com uma compra mínima de apenas US $ 40. Isso porque oito dos 10 maiores varejistas dos EUA oferecem frete grátis em dois dias, o que representa 71% das vendas no varejo dos 65 maiores varejistas (não mercearias).
  • Já existe um apetite considerável por frete grátis no dia seguinte e até mesmo frete grátis no mesmo dia: 61% dos consumidores esperam frete grátis no dia seguinte e 52% esperam frete grátis no mesmo dia com uma compra mínima de apenas $ 40. 40% dos 10 principais varejistas oferecem entrega gratuita no dia seguinte, uma proposta quase impossível para todos os outros players.
  • O frete grátis é difícil e caro para as marcas fornecerem em qualquer velocidade: o custo do frete padrão para uma marca de alto volume aumentou 71% nos últimos cinco anos. Mais de um quarto da lista dos 100 principais varejistas da National Retail Foundation nem sequer oferece frete padrão de graça, muito menos nas velocidades que os consumidores exigem agora.

Os resultados reforçam um dilema que os varejistas online enfrentam: frete grátis não é grátis – o custo recai sobre a empresa. Mas os preços de envio dispararam e entregas rápidas são complicadas de executar do ponto de vista logístico e estratégico. A solução é mover as operações de fulfillment para mais perto de onde os consumidores moram.

Para ajudar empresas de todos os tamanhos a atender à demanda por entrega super rápida sem aumentar a sobrecarga, a Fabric oferece vários centros de fulfillment (MFCs) nos Estados Unidos. Os MFCs ocupam uma fração do espaço de um armazém tradicional e podem caber em centros comerciais densos sem sacrificar a eficiência ou o volume. O mais recente MFC da Fabric inaugurado em Dallas, combina o atendimento robótico automatizado e o gerenciamento inteligente de estoque para entregar o estoque local no lugar certo na hora certa.

“O varejo está sempre mudando e não é fácil prever o que o futuro reserva, mas fica claro a partir desses resultados que as apostas nunca foram tão altas”, disse Colin Coggins, diretor comercial da Fabric. “As marcas precisam adotar uma estratégia de atendimento distribuído, combinada com automação, para atender e superar as expectativas dos consumidores hoje e amanhã, sem aumentar os custos.”

Para obter mais informações sobre a pesquisa e como o Fabric pode ajudar sua empresa a atender a essas crescentes demandas dos consumidores, visitegetfabric.com.

Sobre a Fabric

Fabric é uma empresa de tecnologia de varejo que permite experiências excepcionais aos clientes, desde o clique até a entrega. Ao combinar o atendimento robótico inteligente com operações locais de última milha, a Fabric está redefinindo como as cadeias de suprimentos funcionam.

A rede de malha proprietária da empresa e as tecnologias de fulfillment aproximam as marcas de seus clientes, desbloqueando os insights para colocar o inventário local no lugar certo, na hora certa. A Fabric está executando operações de fulfillment para marcas de supermercado e de consumo nos EUA e em Israel e se expandirá para outros grandes centros de comércio dos EUA no próximo ano.

Fundada em 2015, a Fabric é apoiada por investidores líderes, incluindo Temasek, Canada Pension Plan Investment Board (CPP Investments), Corner Ventures, Playground Ventures, Princeville Capital, Innovation Endeavors, Aleph e outros. A Fabric está sediada na cidade de Nova York com escritórios principais em Tel Aviv e Atlanta e tem mais de 300 membros de equipe em todo o mundo.

Para mais informações visitewww.getfabric.com.

Veja a versão de origem em businesswire.com:https://www.businesswire.com/news/home/20220426005074/en/

Veja como Loggi e JSL usam algoritmos para acelerar entrega de encomendas no país

A tecnologia e a inteligência artificial têm mudado a cara da logística brasileira, acompanhando uma tendência mundial. Se no passado o diferencial estava no tamanho da frota de caminhões e na área atendida, hoje as empresas precisam apostar em sistemas sofisticados e automação para dar conta de uma demanda crescente e, ao mesmo tempo, garantir maior eficiência para os clientes.

Isso porque o setor virou peça-chave dentro do planejamento estratégico das companhias na redução de custos — os custos logísticos representam 12% do faturamento bruto das empresas.

Além disso, com as transformações digitais e o avanço do e-commerce, a velocidade na entrega virou disputa no mercado para ver quem consegue chegar primeiro ao consumidor final. Para isso, é preciso muita tecnologia no rastreamento do produto e na separação dos pacotes, dando maior agilidade ao processo.

“Até certo volume é possível fazer na mão. Mas, quando a demanda aumenta, a tecnologia entra para resolver o problema e melhorar a operação”, diz Caio Reina, presidente e fundador da RoutEasy, uma startup que usa inteligência artificial em soluções de otimização e gestão de entregas. Ele diz que nos últimos tempos, sobretudo após a pandemia, a demanda mudou por causa da importância do comércio eletrônico.

O nível de exigência aumentou. O prazo de três a cinco dias, que antes era bom, está ultrapassado. Hoje, o consumidor quer receber o produto no dia seguinte ou no mesmo dia. Isso tem exigido novas fórmulas das empresas para atender aos novos requisitos. A Loggi, empresa que nasceu em 2013 e tem a tecnologia no DNA, já consegue fazer essas entregas no mesmo dia dependendo da região.

Mudanças

Mais da metade das empresas de logística acredita que a tecnologia é a chave para reduzir custos, oferecer novos serviços aos clientes e atender às exigências do mercado. Para alcançar esses objetivos, elas apostam na inovação de uma serie de processos, como o rastreamento de cargas, na tecnologia de processamento de pedidos e de planejamento de demanda e na automação dos meios de distribuição, mostra um levantamento feito pela Fundação Dom Cabral com 275 empresas do setor.

O professor Paulo Resende, responsável pela pesquisa, diz que a tecnologia ganhou maior importância dentro das empresas depois que as cadeias produtivas começaram a trabalhar com menos estoques.

Com o avanço da internet e o barateamento do acesso a informações e dados, as companhias começaram a questionar se deveriam estocar produtos ou apostar num sistema de fluidez e de informação.

“A partir do momento em que não há mais um colchão entre oferta e demanda, elas precisam da tecnologia da informação, de inovação nos equipamentos, veículos modernos e inteligência artificial”, diz Resende. Além disso, completa ele, houve o empoderamento do consumidor final sobre a demanda. “Hoje, eles têm centenas de milhões de aplicativos à disposição para decidir sobre as compras.”

Nesse cenário, a Loggi já nasceu com o objetivo de usar a tecnologia para melhorar a logística. A empresa tem 10 centros de distribuição no país. O vice-presidente de Vendas, Comunicação e Marketing da companhia, Ariel Herszenhorn, afirma que há três anos a empresa atendia a 50 municípios no país. Hoje, são 4.200.

Algoritmos

Para manter esse crescimento, a saída foi apostar em sistemas automatizados e algoritmos que ajudam na operação. No centro de distribuição em Cajamar, em São Paulo, a empresa tem capacidade para processar 1,2 milhão de pacotes por dia.

Numa esteira gigante, os pacotes são separados automaticamente — por meio do código de barras — por regiões e algumas cidades maiores, como São Paulo. A partir daí, os pacotes são transportados em caminhões de acordo com as rotas definidas.

As soluções tecnológicas da empresa são criadas por equipes dedicadas ao assunto no Brasil e em Portugal. No hub de tecnologia de Lisboa, cerca de 70 profissionais buscam aperfeiçoar as ferramentas e criar novas saídas para dar mais eficiência ao processo. Em 2020, a Loggi investiu R$150 milhões em automação e tecnologia. No ano passado, esse valor superou R$ 250 milhões.

Na JSL, uma das mais tradicionais empresas de logística do país, com mais de 1,3 mil clientes, a tecnologia e a inteligência artificial viraram estratégia indispensável para manter o negócio, diz o presidente da empresa, Ramon Alcaraz.

“Estamos investindo muito dinheiro nisso. Ainda estamos longe dos objetivos, mas estamos no caminho.” Numa das áreas de atuação da empresa, que é a cadeia de matéria-prima, o uso de algoritmos para otimizar o uso de veículos tem sido muito importante para reduzir custos.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Entregas no mesmo dia? Como a tecnologia mudou a cara das empresas de logística

Setor investe em sistemas sofisticados e automação para dar conta de uma demanda crescente e cortar custos; avanço da internet tornou possível redução de estoques.

A tecnologia e a inteligência artificial têm mudado a cara da logística brasileira, acompanhando uma tendência mundial. Se no passado o diferencial estava no tamanho da frota de caminhões e na área atendida, hoje as empresas precisam apostar em sistemas sofisticados e automação para dar conta de uma demanda crescente e, ao mesmo tempo, garantir maior eficiência para os clientes. Isso porque o setor virou peça-chave dentro do planejamento estratégico das companhias na redução de custos – os custos logísticos representam 12% do faturamento bruto das empresas.

Além disso, com as transformações digitais e o avanço do e-commerce, a velocidade na entrega virou disputa no mercado para ver quem consegue chegar primeiro ao consumidor final. Para isso, é preciso muita tecnologia no rastreamento do produto e na separação dos pacotes, dando maior agilidade ao processo.

“Até certo volume é possível fazer na mão. Mas, quando a demanda aumenta, a tecnologia entra para resolver o problema e melhorar a operação”, diz Caio Reina, presidente e fundador da RoutEasy, uma startup que usa inteligência artificial em soluções de otimização e gestão de entregas. Ele diz que nos últimos tempos, sobretudo após a pandemia, a demanda mudou por causa da importância do comércio eletrônico.

O nível de exigência aumentou. O prazo de três a cinco dias, que antes era bom, está ultrapassado. “Hoje, o consumidor quer receber o produto no dia seguinte ou no mesmo dia”, diz Reina. Isso tem exigido novas fórmulas das empresas para atender aos novos requisitos. A Loggi, empresa que nasceu em 2013 e tem a tecnologia no DNA, já consegue fazer essas entregas no mesmo dia dependendo da região.

Mudanças avançam com redução de estoques

Mais da metade das empresas de logística acredita que a tecnologia é a chave para reduzir custos, oferecer novos serviços aos clientes e atender às exigências do mercado. Para alcançar esses objetivos, elas apostam na inovação de uma serie de processos, como o rastreamento de cargas, na tecnologia de processamento de pedidos e de planejamento de demanda e na automação dos meios de distribuição, mostra um levantamento feito pela Fundação Dom Cabral com 275 empresas do setor.

O professor Paulo Resende, responsável pela pesquisa, diz que a tecnologia ganhou maior importância dentro das empresas depois que as cadeias produtivas começaram a trabalhar com menos estoques. Com o avanço da internet e o barateamento do acesso a informações e dados, as companhias começaram a questionar se deveriam estocar produtos ou apostar num sistema de fluidez e de informação.

“A partir do momento em que não há mais um colchão entre oferta e demanda, elas precisam da tecnologia da informação, de inovação nos equipamentos, veículos modernos e inteligência artificial”, diz o Resende. Além disso, completa ele, houve o empoderamento do consumidor final sobre a demanda. “Hoje, eles têm centenas de milhões de aplicativos à disposição para decidir sobre as compras.”

Nesse cenário, a Loggi já surgiu com o objetivo de usar a tecnologia para melhorar a logística. A empresa tem 10 centros de distribuição no País. O vice-presidente de Vendas, Comunicação e Marketing da companhia, Ariel Herszenhorn, afirma que há três anos a empresa atendia a 50 municípios no País. Hoje, são 4.200.

Algoritmos

Para manter esse crescimento, a saída foi apostar em sistemas automatizados e algoritmos que ajudam na operação. No centro de distribuição em Cajamar, em São Paulo, a empresa tem capacidade para processar 1,2 milhão de pacotes por dia. Numa esteira gigante, os pacotes são separados automaticamente – por meio do código de barras – por regiões e algumas cidades maiores, como São Paulo. A partir daí, os pacotes são transportados em caminhões de acordo com as rotas definidas.

As soluções tecnológicas da empresa são criadas por equipes dedicadas ao assunto no Brasil e em Portugal. No hub de tecnologia de Lisboa, cerca de 70 profissionais buscam aperfeiçoar as ferramentas e criar novas saídas para dar mais eficiência ao processo. Em 2020, a Loggi investiu R$150 milhões em automação e tecnologia. No ano passado, esse valor superou R$ 250 milhões.

Na JSL, uma das mais tradicionais empresas de logística do País, com mais de 1,3 mil clientes, a tecnologia e a inteligência artificial viraram estratégia indispensável para manter o negócio, diz o presidente da empresa, Ramon Alcaraz. “Estamos investindo muito dinheiro nisso. Ainda estamos longe dos objetivos, mas estamos no caminho.” Numa das áreas de atuação da empresa, que é a cadeia de matéria-prima, o uso de algoritmos para otimizar o uso de veículos tem sido muito importante para reduzir custos.

Na celulose, por exemplo, 30% do custo do plantio até a fábrica é logística. “Se conseguir ser tão eficiente que não pare nenhuma caminhão, vou conseguir fazer aa mesma produção com menos veículos e terei um ganho gigante. É nesse ponto que uso a inteligência artificial, para encontrar essa equação”, diz ele.

O mesmo ocorre na indústria de cana-de-açúcar. A caldeira não pode parar, mas a usina não tem espaço para toda matéria-prima necessária. “Antes colocava um monte de caminhão para levar a cana até a caldeira, mas era custoso. Com a tecnologia, consigo fazer a mesma coisa com menos caminhão”, diz Alcaraz.

Segundo ele, em algumas operações, o motorista do caminhão passa seu crachá e o sistema mostra a rota que irá fazer e em quanto tempo. “Se por algum motivo esse motorista parar, o sistema vai perguntar porque parou. Com mais tecnologia, precisamos de menos máquinas, menos gente e temos um ganho maior de eficiência.”

O Last Mile e os seus principais desafios para o crescimento

As vendas por e-commerce vêm crescendo de forma acelerada no mundo todo. O Brasil não ficou atrás nesta tendência, atingindo volume recorde de pouco mais de R$ 160 bilhões no fechamento de 2021. Entretanto, ainda existe uma enorme avenida para crescimento da penetração dasvendas online, pois ela representa pouco mais de 11% sobre as vendas totais de varejo no Brasil, sendo que no Reino Unido o percentual está próximo a 30% e na China supera os 50%.

Como fator crucial para o desenvolvimento desta indústria, faz-se necessária a produção de galpões logísticos nas cercanias dos principais centros populacionais brasileiros, em conjunto com os pontos de distribuição da última milha para o consumidor, dentro das cidades, o chamado “Last Mile”. Esta última etapa possui uma relevância bem grande nos custos de distribuição, pois representam metade do custo total logístico, enquanto a armazenagem e o manuseio das mercadorias representam 20% e 15%, respectivamente.

Esses pontos de micro-distribuição podem ser caracterizados com diversas tipologias – delivery centers, micro-hubs, smart lockers, dark store e dark kitchens -, e a necessidade primordial de todos é estarem perto dos polos consumidores, o que envolve muitas vezes estarem inseridos em regiões demandadas pelo mercado imobilário.

Com isso, esta classe de ativo acaba competindo com outros produtos, tais como torres residenciais, comerciais e lojas, que possuem maior rentabilidade na operação e, consequentemente, mais valor financeiro a serem remunerados aos donos dos terrenos e imóveis dentro destas regiões. Com isto, a produção de novos produtos last mile acaba sendo fortemente prejudicada.

Com o objetivo de promover o desenvolvimento da indústria de logística urbana, é preciso um planejamento compreensivo envolvendo as Secretarias de Urbanismo, empresas ligadas a logística, associações de bairro e do mercado de construção. Os planos diretores dos municípios poderiam determinar zonas especificas para o desenvolvimento destes ativos logísticos, seja em áreas degradadas próximas a centros com alta densidade populacional, ou também soluções mais de curto prazo com o aproveitamento de áreas já existentes, como por exemplo embaixo de pontes ou em terrenos públicos ociosos com a implantação de containers, como já são feitas em algumas capitais europeias.

Do lado da iniciativa privada, por se tratar de um produto imobiliário relativamente novo, ainda estão ocorrendo primeiros estudos para nacionalizarmos exemplos já existentes lá fora, tais como galpões multiníveis e também empreendimentos multiuso envolvendo escritórios e lojas, objetivando maior rentabilização dos investimentos juntos aos proprietários de imóveis comerciais.

Como afirmou Jeff Bezos, o foco da sua estratégia está no que permanecerá estável ao longo de muitos anos. Daqui a 10 anos, os consumidores nunca reclamarão caso tenham preços baixos, maior variedade de produtos e entregas cada vez mais rápidas.

A briga agora no varejo é para uma entrega ao consumidor na escala de horas, e não mais em dias.

Na disputa com Magazine Luiza, AliExpress quer trazer ao Brasil data comemorativa que movimenta mais de R$ 640 bilhões por ano na China

A disputa no comércio digital no Brasil é acirrada, mas a gigante chinês do comércio digital AliExpress está preparada para brigar com a brasileira Magazine Luiza (MGLU3), a asiática Shopee e outras concorrentes por esse mercado — e já tem planos ambiciosos para suas operações no país.

O primeiro passo estratégico da asiática é mudar a direção da companhia no Brasil. A partir de agora, a ex-chefe de marketing da Americanas, Briza Rocha Bueno, vai assumir a presidência por aqui.

Dia do Solteiro no Brasil

Bueno chega ao comando da empresa do grupo Alibaba com um projeto para unir as tradições chinesas ao “jeitinho brasileiro” — e importar uma data comemorativa da China que movimenta bilhões e bilhões.

A data surgiu na China como uma espécie de “anti-Dia dos Namorados”, além de rivalizar com a Black Friday dos Estados Unidos.

Porém, o dia acabou se tornando tão popular que se transformou na principal data do comércio da China — e passou até mesmo a ser considerada a Black Friday chinesa.

“Trago um ‘jeitinho’ brasileiro para o AliExpress, algo que adquiri nos meus anos de experiência no e-commerce nacional”, disse a nova presidente do AliExpress no Brasil.

No ano passado, o Dia dos Solteiros bateu recorde e movimentou o montante de US$ 139,1 bilhões — equivalente a aproximadamente R$ 644,9 bilhões, na conversão atual.

A aposta da chinesa em importar a data comemorativa ainda preenche o espaço vazio no calendário brasileiro, uma vez que existe uma janela entre o Dia das Crianças e o Natal, de acordo com Ulysses Reis, professor de varejo da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

A “pré-Black Friday” do AliExpress no Brasil ainda deve aumentar as compras de presentes de Natal antecipadas, segundo Reis.

Expansão do AliExpress no Brasil

A expansão do AliExpress no Brasil não é de hoje. A companhia de e-commerce aumentou o número de voos que transportam produtos para o Brasil, que subiram de cinco para seis vezes por semana.

Mas a disputa para conquistar o comércio digital no Brasil e impulsionar os negócios no país também inclui os vendedores locais na plataforma.

A empresa quer aumentar o número de comerciantes brasileiros, uma vez que o Brasil é o único país que o AliExpress permitiu a entrada de vendedores locais no site.

FedEx vai testar transporte autônomo de carga com drone, conheça qual é o escolhido

A FedEx Express, a maior empresa de transporte expresso do mundo, informa nesta quarta-feira, 30 de março, que está se unindo à Elroy Air, uma empresa com sede na Califórnia Bay Area, que está desenvolvendo um sistema autônomo de carga aérea de decolagem e pouso vertical (VTOL) de ponta a ponta.

Como o primeiro acordo desse tipo nos EUA, a FedEx Express desenvolverá planos para testar o sistema autônomo de carga aérea Chaparral da Elroy Air nas operações logísticas de “middle-mile” da empresa (“middle-mile” é o tipo de transporte que ocorre normalmente por via aérea ou rodoviária, em que são feitos os transportes de mercadorias entre os portos ou aeroportos para os centros de distribuição ou armazéns).

Esta é a mais recente iniciativa da FedEx em seu esforço para explorar e adotar tecnologias emergentes em suas redes.

O crescimento exponencial do comércio eletrônico acelerou a demanda por soluções de transporte e logística confiáveis ​​e eficientes em todas as etapas da cadeia de suprimentos. A FedEx acredita que a inovação e a automação contínuas melhorarão a segurança, a eficiência e a produtividade dos 600.000 membros da equipe da empresa à medida que continuam a fazer o mundo avançar.

“A FedEx foi construída com base na inovação e estamos sempre buscando novas tecnologias para ajudar a aprimorar o setor de logística por meio de segurança, eficiência e atendimento ao cliente aprimorados”, disse Joe Stephens, vice-presidente sênior de planejamento global, engenharia e tecnologia da FedEx Express. “Estamos ansiosos para continuar testando e aprendendo ao longo de nossa colaboração com a Elroy Air.”

A Elroy Air anunciou sua aeronave autônoma Chaparral em janeiro de 2022. A aeronave é um sistema de carga aérea eVTOL (VTOL elétrica) que pode coletar de forma autônoma 300-500 libras (136-227 kg) de carga e entregá-la por via aérea até 300 milhas (482 km). O Chaparral é capaz de voos de longo alcance sem a necessidade de infraestrutura adicional, como aeroportos ou estações de recarga.

“Estamos orgulhosos de trabalhar com a FedEx para construir a próxima geração de logística expressa”, disse Kofi Asante, vice-presidente de desenvolvimento de negócios e estratégia da Elroy Air. “Quando você não está limitado por infraestrutura, tráfego ou aeroportos desafiadores, a logística pode alcançar mais pessoas, mais rápido do que nunca. Estamos ansiosos para trabalhar juntos para criar um novo futuro na forma como levamos mercadorias para as pessoas em todo o mundo.”

A FedEx e a Elroy Air trabalham juntas desde janeiro de 2020 e continuarão sua colaboração para buscar certificações e iniciar os testes de voo em 2023.

Bbm Logística tem faturamento recorde de R$ 1,6 bilhão no ano

No resultado anual, companhia registrou salto em e-commerce, gestão de transportes e contratos dedicados, com reforço de investimento em tecnologia e foco na agenda ESG; EBITDA ajustado foi de R$ 115,3 milhões.

A BBM Logística anunciou os resultados do 4º Trimestre de 2021 e fechamento do ano, com recorde de faturamento e expansão significativa das operações de last mile, alcançando R$ 1,6 bilhão em receita bruta anual, que equivale a +32% em comparação ao ano anterior. Com isso, a BBM atingiu a maior receita bruta em um quarto trimestre na sua história, somando R$ 423 milhões.

Segundo o CEO da empresa, André Prado, o crescimento alcançado em 2021 reforça o otimismo em relação à companhia.

“O cenário econômico foi desafiador, com as restrições impostas pela pandemia a todas as atividades, incluindo o ecossistema de logística, e pressão de custos com alta da inflação, juros elevados e disparada dos preços das commodities, com destaque para o petróleo. Mesmo assim, a BBM conseguiu demonstrar sua resiliência e capacidade de execução, atingindo um crescimento expressivo comparado ao mesmo período do ano anterior.” – André Prado, CEO da BBM Logística.

O desempenho da companhia ocorreu em todas as operações, com destaque para o Segmento TM, principalmente nas operações de e-commerce, transporte internacional e carga geral.  Além disso, a companhia continua expandido sua malha e cobertura geográfica no e-commerce e no transporte fracionado, chegando a 4.021 municípios e atendendo a sete países da América do Latina.

Atuando desde o início do processo logístico, com a coleta da matéria-prima, até a entrega do produto ao consumidor final, o Grupo BBM é o único operador logístico com alto nível de serviços e soluções End-to-End e Omnichannel, operando também em diversos segmentos da economia de forma especializada para cada unidade de negócio.  Essas soluções, em conjunto com o recorde de novos clientes e de contratos efetivados, integração das aquisições, expansão da malha logística e avanços na frente de tecnologia, reforçam o posicionamento da companhia de liderança no setor e fortalecem suas bases para continuar a rota de alto crescimento.

EXPANSÃO DO E-COMMERCE E GESTÃO DE TRANSPORTES

Com 35% de crescimento na receita bruta em comparação a 2020, a divisão de TM (Divisão de Gestão de Transportes com operações asset-light) continua em forte progresso, principalmente nas operações de e-commerce, carga fracionada e internacional, e representou 67% do faturamento da BBM. Por meio da integração das operações de transporte fracionado e e-commerce, a companhia diminuiu os prazos de entrega e aumentou consideravelmente a malha de distribuição para todas as regiões do Brasil e países do Mercosul, com o objetivo de atender a maior demanda por fracionamento de carga.

No e-commerce, a BBM Logística registrou novo recorde de volume, com 3,9 milhões de pedidos entregues no 4T21, + 32% em relação ao 4T20 e 12 milhões de entregas no acumulado do ano, representando um crescimento de + 46% comparando ao ano anterior.

CRESCIMENTO EM TODOS OS SEGMENTOS DA COMPANHIA

Com relação às principais divisões de negócios, o aumento também foi significativo.  A divisão de Contratos Dedicados (DCC), apresentou avanço de 26% na receita bruta em comparação ao ano anterior, e continua com forte desenvolvimento para o ano seguinte criando soluções inovadoras. Os resultados foram positivos em decorrência da expansão de operações de colheita nas regiões Sul e Sudeste no segmento florestal e de uma operação de distribuição de gases do ar na região Nordeste.

As aquisições da Translag e Diálogo, ocorridas respectivamente em setembro e dezembro de 2020, fecharam os doze meses de 2021 totalmente consolidadas no resultado da BBM. O atendimento aos canais de venda direta pela Diálogo solidificou a companhia como a única empresa do Mercosul com atendimento completo da cadeia logística (soluções End-to-End), atuando desde a matéria-prima até a entrega ao consumidor final. A Translag possibilitou a ampliação dos negócios FTL, LTL e e-commerce na região Centro-Oeste, na Bahia e em Sergipe.

Mais uma vez destacou-se a capacidade de integração da BBM, operando nas regiões que antes eram exclusivamente atendidas pela Translag e que agora contam com todas as soluções da companhia.

Essas iniciativas, associadas a um processo contínuo de rápido crescimento orgânico, também tiveram impacto no EBITDA ajustado, que atingiu R$ 115,3 milhões, em um período de restrições às operações de varejo, devido à pandemia, com fortes aumentos de custos operacionais, principalmente de combustíveis, pneus e peças.

TECNOLOGIA

Com o uso de tecnologia aplicada aos negócios, a companhia ressalta a conclusão da implantação do ERP SAP em junho de 2021, mais um importante passo para a jornada de transformação digital, na qual a BBM tem consistentemente investido. Em relação ao principal projeto da empresa, a Plataforma Digital BBM, destaca-se o GO Live da versão inicial para três unidades da operação de FTL – Carga Geral em MG, RJ e PR, que funcionará como piloto para expansão de processos que já estão digitalizados com importantes ganhos e eficiência e reduções de custos esperados.

Além disso, em linha com a estratégia de digitalização e inovação da BBM, a companhia ampliou os investimentos na frente de tecnologia, que aumentaram quase quatro vezes em 2021 vs. 2020, com a implantação do novo ERP e no desenvolvimento da Plataforma Digital BBM.

AGENDA ESG

Alinhada com a estratégia de atuação e as demandas da sociedade, a BBM segue desenvolvendo a agenda ESG com ações e resultados concretos ao longo de 2021. Dentre as várias iniciativas nessa área, a companhia ressalta as descritas abaixo.

  • Meio Ambiente

Veículos elétricos: Realizado em parceria com cliente, grande player do segmento químico, a iniciativa tem o objetivo de diminuir o impacto ambiental dos veículos tradicionais, como zerar a emissão de carbono e poluentes atmosféricos durante o transporte e a diminuição de ruídos.

Otimização para operações de MilkRun: desenvolveu-se um sistema que apoia o tomador de decisão da gestão logística com soluções de otimização de rotas. O recurso permite a redução de 12% de tCO2e – dados em toneladas de dióxido de carbono e gases de efeito estufa convertidos em CO2, e redução de 18% em quilômetros percorridos.

Otimização para operação LTL: para redução da emissão de GEE – gases de efeito estufa nas atividades diárias, foi iniciado processo nas operações de fracionado em São Paulo que tem como meta diminuir recursos ativos (veículos) em até 8% e aumentar a produtividade. Os resultados serão acompanhados ao longo de 2022.

Redução do consumo de combustível: na operação de gases de ar, o processo foi redesenhado em conjunto com o cliente, grande player do segmento de Gases do Ar, gerando redução do consumo em 3% ao ano.

  • Pessoas e o entorno

Em outubro, a BBM lançou o Programa BBM por Elas, que incentiva a inclusão de mulheres na logística e possibilita um ambiente mais igualitário. Em novembro, a campanha “Somos todos BBM, somos todos contra a fome” promoveu a arrecadação e doação de alimentos não perecíveis. Foram arrecadadas 4,3 toneladas de alimentos e distribuídos para o banco nacional de alimentos em 5 localidades do Brasil.

  • Governança, Compliance e o futuro

Dentre as principais iniciativas do grupo, estão também as certificações que tornam a empresa mais competitiva no setor. Fomos reconhecidos pela Receita Federal como Operador Econômico Autorizado (OEA), dessa forma atuamos como um operador logístico de baixo risco, confiável e com benefícios na aduana brasileira.

Em relação às iniciativas sustentáveis, a companhia tem o propósito de transformar suas entregas e operações por meio de soluções e processos sustentáveis, e impulsionar a sustentabilidade no setor logístico brasileiro, para isso o Grupo BBM se apoia em três pilares fundamentais: preservar, valorizar e impactar positivamente, estes estabelecidos com base na agenda 2030 da ONU.

“Queremos criar um impacto real para o consumidor brasileiro”, diz o Diretor de Operações da Amazon no Brasil

Em entrevista exclusiva para a Mundo Logística, Ricardo Pagani deu detalhes da logística da empresa e da visão a respeito de temas como a expansão do e-commerce, a valorização do trabalho humano e mais.

Em 2012, era quase underground comprar na Amazon. Isso porque, na época, a gigante americana comercializava apenas livros digitais no Brasil. Foi somente em 2017 que a empresa ampliou os negócios no país para vender outros produtos e hoje se posiciona, de fato, na linha de frente na “briga” pela preferência do consumidor do e-commerce – um público que tem sido cada vez mais amplo, heterogêneo e exigente.

Essa nova fase tem um impacto direto no investimento nas operações logísticas da Amazon. Atualmente, a empresa opera em doze centros de distribuição: cinco em Cajamar (São Paulo), um em Betim (Minas Gerais), um em Santa Maria (Distrito  Federal), um em Nova Santa Rita (Rio Grande  do Sul), um em São João de Meriti (Rio de Janeiro), dois em Cabo de Santo Agostinho (Pernambuco)e um em Itaitinga (Ceará).

Para dar suporte a essa operação, a Amazon fez, nos últimos dois anos, investimentos que geraram de 10 mil empregos diretos e indiretos na área de Operações. Hoje, a multinacional tem mais de 8 mil funcionários, diretos e indiretos, trabalhando no Brasil.

Para falar das características de uma das operações mais visadas do e-commerce brasileiro, a Mundo Logística traz uma entrevista exclusiva com Ricardo Pagani, diretor de Operações da Amazon no Brasil. No bate-papo, o executivo deu detalhes da logística da empresa e compartilhou a visão da Amazon a respeito de temas como a expansão do e-commerce, as demandas por sustentabilidade, a valorização do trabalho humano e as projeções para o futuro.


MUNDOLOGÍSTICA: A pandemia de Covid-19 acelerou uma mudança (que já estava em curso) nos padrões de consumo da sociedade, especialmente quando se fala em e-commerce. Sendo uma das gigantes desse segmento, qual é a visão da Amazon em relação a tendências do mercado como o same-day delivery, por exemplo? 

RICARDO PAGANI: Na Amazon, estamos sempre inovando em prol dos clientes, buscando constantemente aprimorar e proporcionar a todos as melhores experiências de compra. Além disso, queremos que todos nossos associados saibam que somos extremamente focados em garantir a saúde e integridade de todos. Nossas pessoas são o coração e a alma da garantir a melhor experiência para nossos clientes. Durante a pandemia, isso não foi diferente. Implementamos diversos novos protocolos e adaptamos de acordo com as necessidades. Para criar uma cultura de segurança, você precisa ter uma obsessão por ela todos os dias. Uma de nossas inovações mais visíveis é a rede de logística “última rota” [last mile], que faz com que nossos produtos cheguem mais rápido aos nossos consumidores. Para que isso ocorra, o investimento global da Amazon em estações de entrega é resultado dos mais de 20 anos de experiência operacional e avanços tecnológicos, para permitir uma entrega mais rápida do que nunca aos consumidores. No Brasil, graças às nossas quatro estações de entrega para transporte last mile em todo o país, é possível realizar entregas no mesmo dia em São Paulo, entregas de um dia em mais de 50 cidades e entregas de dois dias em mais de 700 cidades em todo o país com o uso do benefício Prime.

A pauta ESG está cada vez mais presente, propondo às empresas o desafio de crescer e oferecer o melhor serviço dentro dos quesitos de sustentabilidade. No caso da logística da Amazon, quais ações estão sendo planejadas/realizadas para alcançar esse desenvolvimento sustentável?

A Amazon é comprometida em ajudar as comunidades nos locais onde atua e estamos sempre criando e investindo significativamente em todas as áreas da empresa, focando em desempenhar um papel significativo na sociedade como um todo. Em 2019, por exemplo, assinamos o The Climate Pledge, um compromisso de ser carbono zero em nossos negócios até 2040. Também temos como objetivo utilizar em nossas operações somente eletricidade de fontes renováveis a partir de 2025, para que o processo de armazenamento, embalagem e processamento dos pedidos de nossos clientes sejam realizados com emissão zero. Em relação às embalagens, priorizamos não adicionar embalagens Amazon quando a embalagem original do produto apresenta características que garantam a proteção adequada. Seguindo esse objetivo, iniciamos projetos pilotos para experimentar alternativas de veículos com menor ou zero emissão em nosso transporte, com o intuito de planejar uma estratégia de médio prazo, para honrar nosso compromisso global de ser carbono zero até 2040. Além disso, temos o compromisso de empoderar nossos próprios funcionários, que são o coração de nossa empresa, a também fazer parte do poder de decisão de auxiliar suas próprias comunidades. No início do ano, destinamos doações a 15 ONGs brasileiras, indicadas pelos próprios colaboradores de suas operações nos estados onde opera, não só contribuindo com voluntariado para as ONGs locais que estão próximas dos centros de distribuição, mas também incentivamos as doações de roupas, cobertores, livros, brinquedos, itens de higiene pessoal e kits primeiros socorros.

No ano passado, a Amazon inaugurou alguns centros de distribuição estrategicamente distribuídos pelo Brasil. Dois deles foram na região Nordeste: um em Pernambuco e outro no Ceará. Existe alguma estratégia específica da companhia ao levar as operações para essa região?

Para selecionar um novo local, sempre fazemos uma análise da topologia de nossa rede de distribuição para descobrir quais as principais cidades para abastecermos com os produtos que vendemos e fazermos as entregas. Após um estudo, percebemos que o Nordeste é uma região muito estratégica e importante para nós. Por isso, inauguramos dois centros na região em menos de um mês. Os centros colocam os produtos ainda mais próximos dos clientes e encurtam ainda mais o tempo de entrega, não só estado, mas em todo o país. Nós queremos criar um impacto real para o consumidor brasileiro ao anunciar que a Amazon aumentará significativamente sua estrutura por meio de um sistema de logística atualizado que reduzirá o tempo de entrega e aprimorará a experiência de compra com as novas operações no local. Assim, conseguimos ampliar a gama de produtos disponíveis na região, aumentando a capilaridade logística da empresa no país e beneficiando milhões de consumidores de diversos estados que terão suas entregas realizadas mais rapidamente.

Sempre que a Amazon comunica ao mercado a abertura de um centro de distribuição, enfatiza-se o número de postos de trabalho criados. Em um cenário marcado pela inovação e pela implementação de soluções tecnológicas para otimizar processos, qual é a importância de uma empresa desse porte valorizar o papel humano na operação?

A Amazon tem como objetivo ser o melhor lugar para se trabalhar no mundo, oferecendo remuneração competitiva, benefícios desde o Dia 1, diversificado e incluindo espaço de trabalho, garantindo programas de treinamento, além de dar oportunidades iguais internamente para todos os associados. Para nós, o papel humano é essencial para que as nossas operações aconteçam. Por isso, estamos constantemente comprometidos em garantir que todos os trabalhadores sejam respeitados e ouvidos, em todas as etapas como: recrutamento, treinamento e desenvolvimento, promoções, avaliações, salários e benefícios, eliminando a discriminação em qualquer terreno. Atualmente, por exemplo, estamos trabalhando para alcançar pelo menos 50% das mulheres em todas as instalações, incluindo todas as expansões que faremos em 2022. Também desenvolvemos constantemente nossos colaboradores por meio de programas de treinamento que os ajudam a aprender novas habilidades. Além disso, trabalhamos em modelos de melhoria interna co-criados internamente para entender suas sugestões e recomendações. Assim, criamos ambientes de trabalho mais inclusivos e inteligentes.

Para 2022, visando a retomada da economia após dois anos de pandemia, quais os planos da Amazon para o Brasil?

A Amazon tem um forte compromisso de longo prazo com o Brasil e planeja, acima de tudo, oferecer a melhor experiência de compra para nossos clientes. Isso envolve, é claro, uma melhoria contínua de nossa infraestrutura. Temos muitos planos para o ano, em várias frentes, que teremos o maior prazer em comunicar oportunamente.

Modelo chinês que transforma sala de casa em galpão chega ao Brasil

Instalação de minicentros de distribuição em residências atrai moradores de cidades pequenas, que conseguem renda extra vendendo para vizinhos.

Quando a pandemia eclodiu, Ana Carolina Pais e Guilherme dos Santos Silva não imaginavam que seu lar, um apartamento de 47m² no Campo Limpo, Zona Sul de São Paulo, seria transformado em um minigalpão para recepção e entrega das compras feitas por seus vizinhos. Dois anos depois, giram entre R$ 40 mil e R$ 50 mil em itens que eles mesmos cuidam de separar e entregar.

Eles são a nova fronteira do varejo. Para além da chamada última milha, é uma batalha travada na última quadra. Um modelo inspirado em negócios chineses como Nice Tuan e Xingsheng, investidas das gigantes Alibaba e Tencent para alcançar cidades pequenas. Especialistas, no entanto, têm dúvidas de que o modelo vá pegar por aqui.

Nesse formato, não há lojas por todo canto: são moradores locais, que cuidam de atrair clientes e atendê-los. Pioneira nesse modelo no Brasil, a Mercado Favo já conta com mais de 7 mil pessoas cadastradas na ponta, a maioria em regiões periféricas da Grande São Paulo.

— Há vezes em que tem 50 pedidos em um dia — conta Ana Carolina.

Até a Covid deixar todo mundo em casa, ela trabalhava em uma empresa de móveis para escritório. Enquanto as vendas ali estancavam, o “Mercadinho da Carol e do Gui”, inaugurado um mês antes de eclodir a pandemia, florescia.

Do carro para galpão em casa
O plano do casal era que essa atividade os aliviasse da parcela mensal do financiamento da casa em que moram, em torno de R$ 2 mil.

Motorista de aplicativo, Guilherme também viu seus rendimentos irem a zero com a pandemia.

— Dirigi por dois, três anos. No início era bom — conta ele, que agora não quer mais voltar para as ruas.

O modelo é calcado ainda na prática de preços semelhantes ao de mercados de atacarejo, em média 15% abaixo dos preços cobrados no varejo comum. O tripé da estratégia se completa com a ausência de um mínimo para compras.

Segundo Marina Proença, cofundadora e sócia da Mercado Favo, uma pessoa pode ganhar de R$ 4 mil a R$ 8 mil de comissão por mês, trabalhando de quatro a sete horas por dia.

1,5 milhão de unidades com galpão por mês

O peruano Alejandro Ponce, presidente da empresa, explica que essa tática visa a atrair a classe C, que para na barreira da última milha ao recorrer ao comércio eletrônico. Além de ter ido à China aprender sobre o modelo, ele traz a vivência de oito anos à frente da maior rede varejista do Peru.

Experiência mais que bem-vinda para dar conta do desafio que o negócio representa, na opinião do sócio da consultoria Performa Partners, André Pimentel:

— Para que seja competitivo em preço, ele tem que aumentar a escala, e eu vejo um desafio monstruoso para que esse modelo de negócio seja competitivo em escala

Desafios Logísticos no País – E-Commerce Brasil e parceiros divulgam primeiro relatório do comitê de líderes e profissionais de logística

Velocidade de entrega, boas práticas de última milha e impacto dos ecossistemas de marketplace na logística, são os três temas macros abordados no relatório que apresenta ainda as tendências, desafios e boas práticas do setor.

O E-Commerce Brasil, em conjunto com empresas parceiras, divulga seu primeiro relatório sobre os desafios logísticos no Brasil. O documento foi elaborado após uma reunião com líderes e profissionais do meio em formato de comitê, no qual foram discutidas ideias, desafios e soluções para as entregas do mercado de e-commerce no País.

O objetivo do relatório é produzir insights e divulgar informações atualizadas para que lojistas e profissionais de e-commerce consigam acompanhar as transformações do meio e investirem nas melhores soluções para as suas lojas.

Um novo consumidor

Mesmo antes da pandemia, os consumidores já estavam mais exigentes e com expectativas altas com relação ao e-commerce. Com as entregas mais ágeis e com uma diversidade cada vez maior de produtos disponíveis, muitas pessoas passaram a fazer suas pesquisas e compras diretamente no ambiente digital.

A partir de março de 2020, com as restrições de circulação e o isolamento social impostos pela pandemia, os que já compravam intensificaram as compras e os que não compravam aprenderam um método novo de consumo. Não é surpresa então que a logística precise também estar atenta e se reinventar.

De acordo com Ariel Herszenhorn, Vice-Presidente da Loggi, entregar mais rápido é uma questão de prioridade, que envolve custos e tomadas de decisão. Ele entende que uma logística mais ágil depende do lojista entender as necessidades dos clientes de acordo com a sua localidade e produto comprado.

“Se quisermos ter de fato um e-commerce que seja universal e abrangente, a primeira decisão do lojista é: quando faz sentido ser mais veloz e quando devemos ser mais abrangentes e ter um público maior”, ele explica.

Outro ponto importante levantado pelos executivos é o custo do last mile. É um mercado custoso e que depende cada vez mais da inteligência artificial e uso de dados para entregar a melhor experiência. Pelas estimativas vistas durante o comitê, é um assunto que será discutido ainda por muitos anos e que deve gerar grande crescimento para as empresas do ramo.

Neste cenário, algumas alternativas ganham força, como o PUDO, ou Pick-up & Drop-off (ou Clique e Retire, em tradução livre), notificações sobre a entrega por SMS ou WhatsApp, o fulfillment para os lojistas de marketplace e simplificação dos processos de triagem e etiquetagem dos produtos.

Quer saber mais?

Dentre os demais assuntos assuntos abordados, destacam-se a velocidade de entrega, boas práticas para a última milha e os impactos dos ecossistemas de marketplace na logística. Quer saber mais? Baixe o relatório completo no RadarIC:

Comitê de Logística E-Commerce Brasil: os desafios e o cenário logístico dos e-commerces no Brasil.

O comitê de logística do E-Commerce Brasil é composto pelas empresas: Amazon, Americanas Marketplace, Frete Rápido, Intelipost, JBQ.Global, Kangu, Loggi, Magis5, Melhor Envio, SGPweb e Total Express.

Mais relatórios estão por vir

O relatório produzido por esta reunião faz parte do projeto de fomento ao comércio eletrônico que orienta os valores do E-Commerce Brasil desde a sua formação. Além dos eventos presenciais e digitais, a empresa busca hoje realizar reuniões com líderes de diversos setores para coletar de forma mais seleta as principais opiniões sobre o assunto.