Google anuncia ferramentas para auxiliar em entregas

O Google anunciou hoje duas novas ferramentas para empresas que operam frotas de entregas extensas: a Last Mile Fleet Solution e a Cloud Fleet Routing API . A nova solução de frota de última milha, que faz parte da plataforma do Google Maps, enfatiza a otimização de cada etapa do processo de entrega de última milha, desde o pedido até a entrega. Como o nome indica, a nova API de roteamento, que faz parte do Google Cloud, se concentra no planejamento de rotas em frotas de veículos de entrega.

A solução Last Mile Fleet está agora em pré-visualização pública. A Cloud Fleet Routing API estará disponível para todos no segundo trimestre do ano. Como ambos são serviços corporativos, não há informações públicas sobre preços disponíveis, e os clientes em potencial de qualquer um dos produtos precisam trabalhar com a equipe de vendas do Google.

“A pandemia acelerou ainda mais tanto o e-commerce quanto o número de entregas, que já cresciam rapidamente. O aumento da pressão sobre as redes de entrega, além de muitos outros fatores, como falta de motoristas, dados de endereços ruins, fechamento de fábricas e um aumento nos preços dos combustíveis afetaram o tempo de entrega e o sucesso”, disse Hans Thalbauer, diretor administrativo de Suprimentos e Logística Global do Google Cloud.

“Com a solução Last Mile Fleet da plataforma Google Maps e a API Cloud Fleet Routing, estamos tornando mais fácil para os operadores de frota de entrega resolver esses problemas e criar experiências perfeitas para consumidores, motoristas e gerentes de frota”.

A plataforma Google Maps já apresenta a solução de viagens e entregas sob demanda, que ajuda as empresas a não utilizarem motoristas sob demanda. A empresa disse que a nova solução Last Mile Fleet baseia-se neste serviço.

A Fleet Routing API, por outro lado, é um serviço completamente novo do Google Cloud que ajuda as empresas no planejamento de rotas. Os usuários poderão usá-lo para criar ferramentas para seus sistemas internos de gerenciamento de frota e fazer com que o sistema otimize as rotas de entrega com base em suas restrições específicas, como janela de tempo, peso do pacote e capacidade do veículo – e, no processo, eles também podem otimizar suas rotas para cumprir suas metas de sustentabilidade.

“Na Paack, estamos obcecados em ajudar alguns dos maiores varejistas de comércio eletrônico da Europa a criar experiências de entrega excepcionais para os milhões de pedidos que recebem todos os meses”, disse Olivier Colinet, CTO e CPO do serviço de correio Paack , com sede no Reino Unido .

“Para escalar rapidamente, adotamos o Last Mile Fleet Solution e o Cloud Fleet Routing, que permite que nossos motoristas e gerentes de frota mantenham a eficiência máxima e ultrapassem nossas taxas de entrega de 98% no prazo e na primeira vez”, complementa.

Dux Logistics anuncia investimento de R$ 130 milhões focado em transporte aéreo e last mile

Durante a Intermodal South America, a Dux Logistics anunciou investimentos de R$ 130 milhões até o fim do ano. Segundo a empresa, parte desses recursos serão destinados a uma nova operação voltada para entregas last mile em território nacional, envolvendo entrega porta a porta para atender em especial empresas que já são clientes no frete marítimo ou aéreo e agora precisam de logística doméstica. Os investimentos vão gerar 200 novos postos de trabalho.

Esse processo faz parte da divisão de transporte rodoviário do grupo, a Dux Trucking, que possui mais de 100 veículos e uma frota própria para atender demandas locais, serviços expressos, atuando em diversos segmentos como Aviation, Food & Beverage e Pharma & Healthcare. A Dux Trucking está presente em mais de 27 capitais brasileiras.

“As entregas last mile otimizam as operações logísticas e são fundamentais especialmente para empresas com e-commerce. Decidimos investir nesse segmento, complementando tudo que já oferecemos com o marítimo e o aéreo, com o objetivo de atender clientes que já são servidos pela DUX em outras etapas da operação logística” disse Raphael Rossi, CEO da Dux Logistics.

Do investimento previsto para este ano, R$ 30 milhões vão para o Last Mile e R$ 100 milhões para a DUX Express, a unidade de transporte aéreo do grupo.

Segundo o executivo, todas as etapas são feitas pela Dux e a média do tempo de entrega é de 12 horas e isso será garantido com a criação de pontos estratégicos em todo o Brasil e pequenos centros de distribuições, reduzindo o tempo de entrega.

“E-commerce obriga que logística se amplie”, diz diretor da JSL

JSL Logística teve 58% de crescimento na receita em 2021 e 565% no lucro.

“Os produtos de alimentação e bebida tiveram aumento de consumo na pandemia, por exemplo, seja pelas pessoas em casa, seja pelo crescimento do e-commerce. Com o e-commerce, você obriga que a logística se amplie. Para você pedir, eu preciso ter o produto perto de você. Para isso, tem de ter mais centros de distribuição, mais transporte e movimentações internas”, diz Ramon Peres.

O CEO da empresa explica também que o crescimento da empresa aconteceu devido à JSL estar presente na “ponta, na movimentação interna e no final”. Em novos contratos, foram mais de R$ 4 bilhões.

As vendas novas foram realizadas principalmente nos setores de papel e celulose (30%), alimentos e bebidas (26%) e siderurgia e mineração (12%).

No setor de papel e celulose, o crescimento foi forte porque a empresa trabalha em toda a cadeia.

“O aumento das margens é explicado pela junção de várias coisas: gestão de redução de custo com abertura de portas para negociação em meio ao aumento de insumos básicos. O que vivemos em 2021 não vivíamos há mais de 20 anos. Com alguns clientes a negociação foi de 3 e 4 vezes. Quem acreditar que vai repassar 100% de seus insumos para o cliente, está acreditando em coelhinho da Páscoa”, diz o CEO Ramon Peres.

Por trás da alta no lucro e na receita está o crescimento isolado de empresas adquiridas pela JSL desde 2020.

“Essas cinco empresas vieram enriquecer um de nossos segmentos. Vieram empresas cada uma em um segmento diferente. Cada um em um pedaço da cadeira logística. Exatamente por isso continuaram com a administração independente. A vontade de ganhar em sinergias não é maior do que a nossa preocupação de perder essas empresas tem de bom”, defende o presidente.

Em 2020, as empresas crescerem 23%. Juntos, a combinação foi de 17%.

Em 2021, foram três aquisições (Transportadora Rodomeu, TPC e Transportes Marvel), que se somam às duas realizadas em 2020. Essas aquisições somaram R$ 2 bilhões de receita bruta à JSL em 2021.

Lalamove: ‘Todo dólar investido no Brasil é olhado com cuidado’

Todo cuidado é pouco quando se trata de fazer negócios no Brasil. É com essa desconfiança que a Lalamove, startup chinesa de entregas que chegou ao País em 2019, tenta percorrer um mercado disputado por nomes como Uber, Rappi, Loggi, Frete.com (ex-CargoX) e Mandaê. Após desacelerar durante a pandemia, a companhia pretende fincar raízes nas 15 cidades onde passou a operar no ano passado.

“Ter cautela é algo nosso. Primeiro observamos o que acontece, e aí decidimos nossos próximos passos”, conta ao Estadão Helena Lizo, gerente regional da Lalamove no Brasil. Por isso, a executiva não faz promessas para 2022, ano em que a recessão econômica e as eleições presidenciais assustam os mercados e investidores. “Todo dólar investido no Brasil é olhado com cuidado”.

Apesar do cuidado ao pisar por aqui, o Brasil é um dos principais mercados da Lalamove, que já soma 170 mil usuários no País. Helena diz que foi fácil a adaptação do negócio da Lalamove em território brasileiro. Similar ao iFood e ao Uber, o modelo da chinesa permite que motoristas façam entregas de diversos tipos de pacotes (de motoboys a carretos de mudança) à casa dos consumidores — a tal da “última milha” da jornada da logística.

“Temos o foco de ir atrás de cidades mais acostumadas com Uber, iFood, Rappi. Elas já têm um movimento de educação do consumidor e do prestador de serviço”, explica Helena. Ao final, a startup fica com 16% da remuneração das entregas feitas por esses prestadores de serviço.

Abaixo, leia os principais trechos da entrevista.

Como tem sido a operação da Lalamove no Brasil, desde a chegada em 2019?

Vir para cá foi uma grata surpresa. A empresa entendeu a necessidade brasileira pela “última milha”. E crescemos em ritmo muito bacana: do primeiro ano para o segundo, quando operamos só alguns meses, crescemos 47 vezes. Em 2021, pouco mais que triplicamos de tamanho, o que é algo expressivo. Entendo que hoje o modelo de negócio da Lalamove se adaptou bem ao modelo da demanda brasileira.

Por que a adaptação por aqui foi boa?

Por causa da educação do usuário. Já ter pessoas que prestam serviços como motoristas e já se cadastram em vários apps facilita muito a nossa vida. Quando temos uma base grande de pessoas prestando serviço acostumadas com esse modelo, o negócio costuma se adaptar e se desenvolver mais facilmente.

O quão representativo é o Brasil para a Lalamove?

Somos um mercado bem importante para a empresa. Temos atuação global, mas concentrada na Ásia. Na América Latina, estamos no México e no Brasil. Já operamos em mais de 20 mercados e o Brasil opera entre os dez maiores.

Como está a expansão pelo País?

Começamos em 2019 por Rio de Janeiro e São Paulo e hoje estamos em 17 cidades. Na pandemia, não sabíamos como as coisas iriam se desenrolar, porque tínhamos de crescer o time e a empresa de forma remota. No ano passado, resolvemos abrir outras cidades. Começamos com Belo Horizonte e a expansão foi bem-sucedida. Depois fomos para outras capitais, com exceção de Ribeirão Preto (SP). Temos o foco de ir atrás de cidades mais acostumadas com Uber, iFood, Rappi. Elas já têm um movimento de educação do consumidor e do prestador de serviço. E temos como plano abrir em novas cidades assim que a expansão esteja bem consolidada.

Vocês buscam que tipo de consumidor? Pessoas físicas ou empresas?

Classificamos nosso cliente em três tipos. Há as grandes corporações, que são os maiores usuários que temos na plataforma. Mas temos também microempresários e pessoas individuais que classificamos como usuários individuais, como pessoas que vendem bolos e fazem entregas pela Lalamove. Apesar de não ser a mais representativa, essa categoria deu um salto e dobrou a representatividade no último ano.

Como a Lalamove faz para conter as reclamações que aparecem nas plataformas e redes sociais?

Até o ano passado, tratamos os canais externos de reclamações de maneira muito superficial. Queremos que usem nosso canal interno, porque a pessoa vai ter um processo claro de como vai ser atendida. Em um canal como o ReclameAqui, ou por mídias sociais, o caso nunca vai ser tratado por lá. Todas as empresas fazem isso. Queremos direcionar a pessoa para um fluxo de atendimento padrão, em que ela terá uma experiência melhor. Fizemos ajustes constantes para entender quais são os horários mais frequentes de reclamações. E nosso chat tem tido constante atualização de pessoas atendendo nos horários de pico para não deixar nosso cliente ou motorista sem resposta.

A ômicron mudou o clima de 2022. Ainda existe recessão econômica e as eleições presidenciais no segundo semestre. Para a Lalamove, o que esperar deste ano?

Somos muito cautelosos em falar o que esperamos. Primeiro observamos o que acontece, e aí decidimos nossos próximos passos. Não consigo dizer a quais cidades vamos chegar, porque não sabemos se nosso plano de expansão vai se provar bom rapidamente ou se vai levar mais tempo. Ter cautela é algo nosso, porque todo real e todo dólar investido no Brasil é olhado com cuidado. Temos uma perspectiva de solidificar nosso negócio, em especial nas 15 novas cidades. A recessão, que já começou em 2020, foi muito forte para alguns setores. Não sabemos quais serão impactados agora, mas o e-commerce não entrou em recessão. Se mantivermos perfil parecido com o de 2020, é muito provável que 2022 não tenha impacto tão grande para a última milha.

Como a Lalamove faz para se diferenciar da concorrência?

Oferecemos muitos modais diferentes, de duas a quatro rodas. E tem a questão da taxa de 16%. Ainda, o motorista tem muitas opções de entregas ao longo do dia, sejam curtas ou longas, escolhendo quando e como trabalhar. É o contrário do motorista do Uber, que fica amarrado à demanda de pessoas físicas em horários de pico.

Uber, 99 e empresas de entregas sofrem com a alta da gasolina. Como a Lalamove lida com esse problema?

No final de 2021, implementamos a tarifa dinâmica. É um ajuste de preço para organizar melhor a demanda e fazer um repasse maior para que o motorista se sinta mais atraído.

Isso foi suficiente para manter a demanda?

Não vimos queda no atendimento. Naturalmente, a demanda é diferente em janeiro e fevereiro (por causa das festas de fim de ano). Agora, retomamos o cenário normal. Em pedidos colocados e atendidos, essas duas métricas se mantiveram boas. Isso mostra que colocar esse plano de ação foi suficiente para manter a Lalamove atrativa.

Resultado Sequoia (SEQL3) 2021: Lucro Cai 30% no 4t21

Sequoia divulgou seus resultados referentes ao 4t21, confira os destaques e se vale a pena investir na SEQL3.

Os resultados da Sequoia (SEQL3) referente a suas operações do quarto trimestre de 2021, foram divulgados no dia 09/03.

Veja neste artigo os principais destaques do resultado da Sequoia do 4t21 e a análise fundamentalista da empresa.

Confira o calendário de divulgação de resultados do 4t21 das empresas listadas na Bolsa de Valores e a análise das empresas que a equipe do The Capital Advisor está realizando.

Sobre Sequoia

Sequoia é um 3PL especializado em Logística e Distribuição, única companhia de LTL e B2C com capital aberto na B3.

A empresa se destaca por buscar incessantemente o aprimoramento contínuo em serviços de Logística e Transporte.

Constituída pela unificação de marcas consolidadas no mercado, a Sequoia é reconhecida pela capacidade de entregar sempre mais.

Desenvolvendo soluções completas e integradas para marcas de destaque, muitas delas, líderes em seus segmentos, a Sequoia possui expertise sólida e diferenciada em e-commerce.

Composição acionária da Sequoia

Acionista ON PN Total
WP XI C FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPACOES MULTIESTRATEGIA 27,7% 0,0% 27,7%
OUTROS 22,4% 0,0% 22,4%
MORGAN STANLEY 12,8% 0,0% 12,8%
ITAU UNIBANCO S.A. 9,6% 0,0% 9,6%
COMPASS GROUP LLC 8,2% 0,0% 8,2%
FRAM CAPITAL SHERMAN II FIP MULTIESTRATEGIA 7,2% 0,0% 7,2%
DWS INVESTMENT GMBH 6,4% 0,0% 6,4%
FRAM CAPITAL SHERMAN FIP MULTIESTRATEGIA 4,8% 0,0% 4,8%
ARMANDO MARCHESAN NETO 4,8% 0,0% 4,8%

Avaliação de Governança

A empresa está listada na Bolsa de Valores no segmento Novo Mercado, nível mais alto da B3.

Empresa Sequoia Logística e Transportes S.A.
Código SEQL3
Subsetor Transporte
Segmento de Listagem Logística
Tag Along 100%
Free Float 59,6%
Principal Acionista WP XI C Fundo de Investimentos
Site https://ri.sequoialog.com.br/

A empresa possui um free float acima de 25%, o que não representa nenhum problema de liquidez nas negociações das ações para o acionista.

A empresa possui um tag along de 100%, indicando que o acionista minoritário estará protegido se os controladores da empresa vendam sua participação na companhia.

Ambos indicadores ajudam na análise da governança corporativa da empresa, porém não dizem respeito à sua capacidade de geração de caixa ou à sua rentabilidade.

Agora chegou a hora analisar os resultados e os principais múltiplos da análise fundamentalista da companhia.

Resultado Sequoia no 4t21

A empresa apresentou um lucro líquido de R$ 21,5 milhões no 4t21, apresentando uma retração de -30% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Confira os principais destaques dos resultados da Sequoia do quarto trimestre de 2021:

Indicador 4t21 3t21 % 4t20 %
Lucro Líquido (R$) R$ 21,5 M R$ 17,1 M 25,7% R$ 30,7 M -30,0%
Margem Ebitda (%) 15,0% 15,4% -0,4 p.p. 14,7% 0,3 p.p.
Margem Bruta (%) 19,0% 18,0% 1 p.p. 22,6% -3,6 p.p.
Margem Líquida (%) -0,4% -0,1% -0,3 p.p. 5,1% -5,5 p.p.

Resultados Operacionais da Sequoia no 4t21

No trimestre, a Companhia realizou 18,6 milhões de entregas, representando um crescimento de 51%.

O novo patamar conquistado em relação aos períodos anteriores, reflete o forte aumento do número de pedidos em categorias com ticket médio menor por meio da SFx, que atingiu 6,9 milhões de pedidos no trimestre.

B2C

No B2C, a Companhia 17,1 milhões de entregas no 4T21, crescimento de 55% em relação ao 4T20, com retração do ticket médio de 6,7% YoY, refletindo principalmente o impacto do número de pedidos da SFx, conforme já citado anteriormente, que apresenta um ticket médio menor.

B2B

No B2B, a Sequoia atingiu 1,5 milhão de entregas no 4T21, crescimento de 18,9% em relação ao 4T20, com retração de ticket médio de 7,4%, refletindo o mix pela maior participação do número de pedidos do LTL (Less-Than-Truckload) e field service.

Resultados Financeiros da Sequoia no 4t21

receita líquida de vendas da Sequoia atingiu R$ 450,9 milhões no 4t21, apresentando alta de 31,0% na comparação com o 4t20.

Lucro Bruto da Sequoia atingiu R$ 92,2 milhões no 4t21, apresentando crescimento de 11,4% na comparação com o 4t20.

O custo dos serviços prestados totalizou R$ 365,1 milhões no 4t21, apresentando crescimento de 37,1% na comparação com o 4t20.

Ebitda da Sequoia atingiu R$ 67,7 milhões no 4t21, apresentando crescimento de 34,1% na comparação com o 4t20.

margem Ebitda da Sequoia totalizou 15,0% no 4t21, apresentando crescimento de 0,3 ponto percentual na comparação com o 4t20.

No 4t21, as despesas gerais e administrativas cresceram 12,3% em relação ao 4t20.

Margem bruta da Sequoia atingiu 19,0% no 4t21, apresentando retração de -3,6 ponto percentual na comparação com o 4t20.

lucro líquido da Sequoia atingiu R$ 21,5 milhões no 4t21, crescimento de 25,7% na comparação com o 3t21 e queda de -30% na comparação com o mesmo período do ano anterior.

Margem líquida da Sequoia ficou em -0,4% no 4t21, apresentando retração de -5,5 p.p na comparação com o 4t20.

Para fazer uma análise do desempenho da empresa, quanto a empresa gera de retorno financeiro, avalie também outros indicadores de rentabilidade, como o giro do ativo e o Retorno sobre o Ativo (ROA).

Endividamento da Sequoia

Os indicadores de endividamento da Sequoia estão dentro da normalidade, apresentando uma dívida bruta / patrimônio líquido de 111,2%, abaixo da sua média dos últimos 3 anos.

A dívida líquida da Sequóia em dezembro de 2021, totalizou R$ 500,7 milhões, apresentando retração de -0,6% na comparação com setembro de 2021.

Além do endividamento, lembre-se sempre de analisar os outros indicadores de estrutura de capital da empresa, como o endividamento geral, terceiros, composição e imobilização de recursos e não recorrentes.

Faça uma comparação do endividamento dos concorrentes da empresa, que estão inseridas no mesmo setor.

Por fim, avalie também os indicadores de liquidez que fazem parte do conjunto de índices financeiros, para  medir a capacidade financeira da empresa em satisfazer seus deveres junto a terceiros.

Indicadores Fundamentalistas da Sequoia

Veja abaixo os principais indicadores fundamentalistas da Sequoia para iniciar a sua análise dos fundamentos da SEQL3.

Indicador 09/2021 12/2021 Evolução
Preço/Lucro (P/L) 1.185,2 -110,4 -109,3%
Preço/Valor Patrimonial (PVPA) 3,6 3,3 -8,3%
Price Sales Ratio (PSR) 1,5 1,3 -20 p.p.
Valor de Mercado (R$) R$ 2,2 B R$ 2,0 B -9,1%
Ebitda (R$) R$ 56,2 M R$ 67,7 M 20,5%
Lucro por Ação (LPA) $ 0,0131 -0,1281 -1.077,9%
Rent. Patr. Líq. (ROE) % 0,3% -3,0% -3,3 p.p.
Margem Líquida % 0,1% -1,2% -1,3 p.p.
Liquidez Corrente 1,2 1,2 0 p.p.
Data Divulgação 09/11/21 09/03/22

* Indicadores com base na data de 09/03/2022.  Fonte: GuiaInvest

Para aplicar todos esses filtros e fazer uma rápida análise fundamentalista, levei menos de 5 minutos com a ferramenta GuiaInvest PRO.

Você pode assinar a ferramenta com preço promocional e ainda receber gratuitamente o PDF “13 Ações do Corona Opportunity”, que são empresas de setores variados, com o Score mais alto de cada setor.

Teleconferência de Resultados Sequoia 4t21

Ouça aqui a Transmissão da Teleconferência da Sequoia do 4t21.

Documentos e arquivos dos Resultados da Sequoia do 4t21.

Para conferir os resultados de outros trimestres, em texto ou áudio, acesse a Central de Resultados da Sequoia.

Predict agrega previsibilidade nas entregas do e-commerce

Ao mesmo tempo em que o setor de transportes de cargas fracionadas atua com grande volume de movimentações neste início de 2022, por conta do novo patamar de vendas no comércio eletrônico atingido durante a pandemia, mais fatores positivos são agregados na experiência de entrega dos produtos comprados pela internet.

A Jadlog, uma das maiores empresas de transportes de cargas expressas fracionadas do Brasil e a transportadora privada mais utilizada pelo e-commerce, vem atuando neste sentido com o Predict, o serviço inovador que envia mensagens via SMS avisando o e-shopper sobre o horário de entrega de sua encomenda, com acuracidade de até uma hora do informado. Assim, a transportadora está elevando a taxa de sucesso da primeira tentativa de entrega e melhorando a jornada de compra online.

“O Predict estabelece uma comunicação assertiva, ou seja, mais clara, dinâmica e respeitosa com os clientes, algo que aprimora as entregas. Ao mesmo tempo, confere mais conveniência e previsibilidade na logística de última milha tanto para o consumidor, que consegue se programar para receber seu produto, quanto para os embarcadores, porque tal tecnologia eleva a taxa de sucesso na primeira tentativa de entrega”, observa Bruno Tortorello, CEO da Jadlog.

Segundo Tortorello, o Predict, além de elevar o sucesso de entrega na primeira visita, está diminuindo o tempo de espera por parte do consumidor final. Na Europa, o Predict é responsável por reduzir o insucesso de entrega pela metade.

Implantado em mais de 20 países na Europa pela rede DPDgroup, líder de entregas de encomendas expressas naquele continente e controladora da Jadlog, o Predict está no Brasil desde o fim de maio do ano passado. Atualmente, a solução está disponível para um número maior de embarcadores do e-commerce que são parceiros da Jadlog, especialmente aqueles com entregas em cidades de regiões metropolitanas e capitais.

“O serviço informa o destinatário via SMS, já no dia da entrega, com a janela de 1 hora de variação de quando a encomenda será entregue. Com esta inovação, alcançamos um novo patamar em termos de digitalização e tecnologia de entregas, bem como um novo padrão de excelência no mercado”, explica Tortorello.

Tratamento diferenciado

Nas compras dos embarcadores que optaram pelo serviço, a encomenda é selecionada como Predict e passa a ter um tratamento diferenciado pela Jadlog, que já a insere no roteirizador e estima o horário previsto para a entrega. Em seguida, no dia da entrega, o sistema envia a mensagem ao destinatário para que se organize para receber a encomenda.

Assim, o consumidor consegue acompanhar em tempo real o percurso do produto e se programar com mais precisão para recebê-lo em casa. Esta é mais uma forma da Jadlog transmitir ao consumidor final, e ao cliente embarcador, pleno comprometimento em relação às operações de delivery.

Alphabet atinge marca de 200 mil entregas com drones

O serviço de drones da Alphabet, Wing, anunciou esta manhã outro marco, pois atingiu 200.000 entregas comerciais. O número, que a empresa diz excluir voos de teste, vem meio ano depois de atingir 100.000 . A Austrália, que tem sido o principal mercado para testes e implantação comercial, compreende 30.000 dessas entregas nos primeiros dois meses deste ano.

Dividindo ainda mais, Wing diz que foram mais de 1.000 entregas em um dia, ou uma entrega a cada 25 segundos ou mais. O grande número redondo chega ao anunciar uma parceria comercial com a Coles, uma das principais redes de supermercados da Austrália. O acordo prevê que a Wing entrega 250 itens diferentes, de alimentos a produtos de saúde e produtos de higiene pessoal, na capital da Austrália, Canberra.

  • Outras adições recentes ao serviço de entrega incluem KFC e comida vietnamita da Roll’d, bem como testes rápidos de COVID-19 da Friendly Grocer e crianças de primeiros socorros da St. John Ambulance QLD. Número grande e redondo à parte, a eficácia da entrega de drones em áreas urbanas ainda é um ponto de interrogação, já que muitos serviços estão de olho mais ativamente na robótica terrestre como o futuro da entrega de última milha.

A tecnologia faz algum sentido para áreas rurais e outras de difícil acesso, mas Wing insiste que sua abordagem também é adequada para a vida urbana.

“Integrar a entrega de drones na vida cotidiana não é apenas uma conveniência adicional”, diz o Google em um post de blog hoje. “Ele mantém a promessa de reduzir o congestionamento de tráfego, acidentes e emissões de gases de efeito estufa, enquanto aumenta as vendas para as empresas e, ao mesmo tempo, dá às pessoas mais tempo em suas vidas ocupadas. Se você quiser dar uma olhada nesse futuro, basta olhar para a Austrália.”

Enquanto isso, o serviço concorrente da Amazon, Prime Air, sofreu demissões durante a pandemia, deixando dúvidas sobre a viabilidade desse método de entrega.

Uso de dados, veículos elétricos e outras tendências seguem no radar da gestão de frotas em 2022

Em 2022, a utilização de tecnologias e inovações para uma gestão logística eficiente ganha força. Esse cenário leva em consideração o momento atual, em que a tecnologia está alavancando ainda mais a demanda pelo transporte rodoviário no Brasil e com novos desafios surgindo para os gerentes de frota e motoristas, tais como o alto custo do combustível e os altos pedidos de entregas tardias de última milha no país.

Por isso, o Managing Director da Geotab para o Brasil, Eduardo Canicoba, identificou cinco tendências para o mercado que podem ser úteis. Segundo o executivo, a seleção foi feita para ajudar as empresas brasileiras a promover a inovação, otimização e redução de custos em frotas de todos os tamanhos.

1) PLANEJAMENTO NAS ENTREGAS LAST MILE

O setor logístico é um elemento essencial e crítico da economia, especialmente em países como o Brasil que possui um dos maiores gastos nesse setor do mundo. De acordo com o estudo Panoramas Setoriais 2030 – Logística, os custos logísticos no país são elevados pelo transporte de cargas feitos nas rodovias em longas distâncias, pela falta de qualidade na infraestrutura nas estradas e pelas dificuldades de integração racional do fluxo logístico, gerando estoques indesejáveis.

No início da paralisação global causada pelo aumento dos casos de Covid-19, muitas empresas venderam suas frotas de veículos para ajudar a compensar despesas inesperadas. Ainda que as frotas brasileiras não tenham sido tão afetadas em demanda, por conta do aumento das vendas online, o mercado volta lentamente a aquecer e a fazer com que essas mesmas empresas precisem adquirir mais veículos para acompanhar os níveis atuais de transações.

E é nesse sentido que o planejamento por meio da telemática se faz necessário, principalmente para obter mais eficiência nas entregas last mile, ou seja, a etapa final da entrega que é tão relevante na experiência de compra do consumidor.

2) O VALOR DOS DADOS NA TOMADA DE DECISÃO

O aumento da acessibilidade dos dados será ainda mais relevante para as frotas em 2022. Quando a empresa conecta dados de diferentes fontes, por meio da telemática, é possível visualizá-los estrategicamente, otimizando a operação.

Essa visualização é ainda mais nítida quando os dados são centralizados em uma única plataforma que pode ser compartilhada, com o foco de acelerar o fluxo de trabalho e os relatórios. Não se trata mais apenas de prever onde uma frota está localizada, mas sim o que é feito para entender e gerenciar esses dados.

O valor está na compreensão do objetivo comercial de impulsionar a produtividade e a utilização dos ativos através dos dados. De agora em diante, é importante trabalhar de forma mais inteligente com menos, compreendendo o custo total da operação de equipamentos e adequando veículos e equipamentos às necessidades antes que elas aconteçam.

3) O IMPACTO DA DIGITALIZAÇÃO NAS VENDAS

Quando se trata de gestão de frotas, o registro em papel praticamente saiu de cena – ainda mantido apenas pela regulamentação da profissão do motorista no Brasil, que exige relatórios diários neste formato.

Por meio da tecnologia telemática da Geotab, por exemplo, os gerentes de frota têm acesso a várias ferramentas para obter uma visão mais clara das operações em tempo real, o que leva a operação a outro nível de inovação, otimizando tempo e custos.

As tecnologias de análise de dados precisam ser parte do dia a dia e integradas com o negócio para que a digitalização realmente aconteça. Com a integração, é possível gerenciar um alto volume de dados em tempo real, promovendo agilidade com eficiência na entrega e, consequentemente, ajudando a vender mais.

4) MOBILIDADE E VEÍCULOS ELÉTRICOS

A eletrificação da frota também significa trocar as frotas de motores de combustão interna por veículos elétricos (VEs). No Brasil, várias grandes empresas estão investindo em VEs principalmente como um incentivo para o desenvolvimento econômico. Segundo a ABVE (Associação Brasileira de Veículos Elétricos), as vendas de veículos elétricos e híbridos no Brasil atingiram 27.097 unidades entre janeiro e outubro de 2021, um aumento de 74% em relação ao mesmo período em 2020 (15.565).

Além dessa, as vantagens de obter frotas elétricas são inúmeras, entre elas, um melhor custo total de propriedade e ROI operacional, redução do custo de combustível e manutenção, custo de eletricidade inferior ao de combustíveis fósseis e conformidade regulatória com as exigências de emissões.

Com todos os benefícios, a eletrificação segue crescendo, mas muitos gerentes e proprietários de frotas não têm certeza sobre como iniciar sua jornada de eletrificação. Para ajudar a simplificar este processo, a Geotab oferece uma ampla variedade de ferramentas e soluções de eletrificação de frotas, como a de avaliação de adequação de veículos elétricos (EVSA), que ajuda as frotas a identificar a forma ideal de eletrificar a frota atual de acordo com o negócio, além de oferecer suporte estendido à marca e ao modelo do veículo elétrico.

Com várias opções de relatórios de VE e dados em tempo real sobre a porcentagem de carga da bateria e o status de carregamento, a telemática da Geotab acompanha as necessidades das frotas de VEs para melhorar a condução, reduzindo custos e ajudando na segurança.

5) A META DE ZERAR EMISSÕES DE GEE

Além dos esforços nas próprias operações para chegar ao nível zero, com o setor de transporte sendo responsável por uma fonte significativa de emissões de gases de efeito estufa em todo o mundo, a Geotab reconhece que o maior impacto nas mudanças climáticas pode ser realizado por meio do foco em ajudar os mais de 49 mil clientes e parceiros globais a alcançarem resultados de transporte sustentáveis.

A mudança para carros elétricos reduz as emissões de gases poluentes, fazendo com que as frotas de veículos elétricos possam operar dentro das zonas de emissão baixas ou zero exigidas pelo governo.

Com os recursos de Big Data, a Geotab também aprimora o conhecimento da indústria de VEs. A empresa pode fornecer informações sobre os dados de desempenho de EV, incluindo tendências de degradação da bateria e como fatores como a temperatura afetam as operações. Os legisladores e membros da indústria de VEs, em geral, podem acessar adicionalmente o conjunto de dados de circulação e eletrificação de veículos agregados pela Geotab como uma ferramenta útil para informar estratégias e desenvolver soluções para resolver desafios do mundo real.

Quick commerce: 95% dos consumidores gostariam de reduzir os prazos de entrega

Depois de analisar o comportamento dos consumidores no mobile commerce, a segunda parte da pesquisa do Capterra, plataforma líder mundial de avaliação e seleção de software para empresas, foca nos serviços rápidos de entrega, também chamados de quick commerce.

Com prazos mais curtos, quick commerce já é realidade no Brasil

Em um país com as dimensões continentais como o Brasil, a logística pode parecer um entrave para o comércio eletrônico. Um exemplo é a Black Friday de 2021. Mal havia começado o evento e a principal reclamação na plataforma Reclame Aqui estava relacionada à entrega de produtos, já que muitas empresas passaram a oferecer prazos bastante curtos (e inalcançáveis).

O fato é que o consumidor espera seus pedidos entregues “para ontem”, conforme mostra nova pesquisa do Capterra, que entrevistou 1.063 pessoas de todo país para entender suas expectativas sobre o processo de entrega rápida de suas compras, em torno do conceito de quick commerce —confira a metodologia completa no final do texto.

Não alheias à realidade estão as grandes varejistas que já se empenham em oferecer entregas rápidas, inclusive batalhando pelo uso do slogan de “entregas mais rápidas” do Brasil.

Para ganhar mais agilidade no tema de logística e fazer entregas mais rápidas, a Amazon, por exemplo, inaugurou três centros de distribuição no país em apenas dois meses, nos estados do Rio de Janeiro, Pernambuco e Ceará.

Além disso, o setor logístico também se mostra empenhado em atender às demandas dos consumidores. Por exemplo, o Brasil registra atualmente 19 startups consideradas unicórnios, sendo que três delas atuam na área de logística.

Apesar disso, o esforço realizado tem sido suficiente? Qual a expectativa dos consumidores acerca das entregas online? Veja os dados da pesquisa para entender o comportamento dos consumidores.

O que é o quick commerce?

Também conhecido pelo acrônimo q-commerce, o quick commerce é uma modalidade de comércio eletrônico em que o tempo de entrega é o protagonista das transações. Tratam-se de processos de entregas mais rápidos e ágeis que deixam de acontecer em dias para serem efetuados em horas, se possível.

Para essa estrutura se tornar realidade, emprega-se estruturas com foco em agilidade: entregas sob duas rodas (em bicicletas ou motos), armazéns estrategicamente organizados e posicionados, além do uso de “dark stores” —galpões destinados apenas ao armazenamento, separação e envio dos pedidos dos clientes. Outro importante fator é que as operações podem ser executadas 365 dias por ano, durante 24 horas, nos sete dias da semana, para atender os consumidores mais apressados.

Nesse sentido, empresas buscam estratégias para se tornar mais eficientes e reduzir o prazo de entregas. O Mercado Livre inaugurou um centro de distribuição na Grande São Paulo para itens de grande porte com o objetivo de reduzir para um dia o prazo de entrega na capital paulista –atualmente esse número varia entre 3 e 10 dias.

Já a Rappi lançou o serviço de entregas chamado Rappi Turbo, que promete entregas em até 10 minutos para produtos de conveniência, que ficam armazenados em suas próprias dark stores.

Consumidores querem entregas em até dois dias

Consumidores estão mais imediatistas em relação ao prazo de entrega das suas compras online. Isso porque a maior parte dos entrevistados (49%) declarou que a rapidez é o item mais importante na entrega dos seus pedidos, superando inclusive questões como preço.

Com q-commerce, rapidez é mais importante que preço

No entanto, de nove categorias de produtos analisadas pelos entrevistados, para cinco delas os respondentes disseram que a entrega demora mais de cinco dias para chegar, conforme demonstra o gráfico a seguir.

Maioria dos produtos são entregue em mais de 5 dias

Obviamente o tipo de mercadoria e sua finalidade influencia diretamente no tempo de entrega.

Enquanto os produtos de casa e decoração, que podem incluir utensílios grandes, são os que mais demoram para chegar na casa dos clientes (43% disseram que esse tipo de produto costuma ser entregue em mais de 5 dias), os medicamentos e produtos farmacêuticos são os que chegam com maior rapidez —34% dizem que eles costumam ser entregues em menos de uma hora.

Sendo assim, os resultados levantados pelo Capterra mostram que, nas compras online, expectativa e realidade parecem não caminhar juntas, e isso fica evidente especificamente por dois fatos:

  • Quase a totalidade dos entrevistados (95%) relatou que gostaria de reduzir os prazos de entrega.
  • Na análise do período de entrega aceitável para cada tipo de produto, a maioria dos entrevistados sinalizou que espera que seus pedidos sejam entregues entre um e dois dias úteis.

Em relação à última informação, as únicas exceções foram medicamentos e produtos farmacêuticos –para este tipo de produto, a maioria espera que chegue em menos de uma hora–, e produtos fitness que, na maior parte dos casos, não são comprados de forma online.

Metade quer entregas de supermercado em até uma hora

A crise de COVID-19 tirou as pessoas das prateleiras de supermercados e as levou a fazer compras em páginas web. Este hábito de consumo parece ter se consolidado porque, mesmo com a flexibilização do distanciamento social, as pessoas esperam entregas rápidas para supermercados. As compras de supermercado pela internet foram uma das categorias que mais cresceram na pandemia –o número de pessoas que fez pedido online em supermercados saltou de 9% em 2019 para 30% em 2021.

Depois de medicamentos e produtos de farmácia, a segunda categoria que as pessoas esperam entregas ultra rápidas, em menos de uma hora, são os produtos de supermercados. Um a cada dois entrevistados acham aceitável que sejam entregues em menos de uma hora. Os itens de supermercado incluem produtos de açougue, hortifrutis e empórios.

Embora os números possam parecer pouco realistas, as empresas tentam se adaptar às demandas. Grandes supermercados se organizam para acelerar entregas. Por exemplo, a plataforma de entregas Rappi, fez parceria com os supermercados para realizar suas entregas, entre eles, o Mambo em que passou a prometer entregas em até 10 minutos para uma de suas unidades na capital paulista.

Outro exemplo foi o fortalecimento de supermercados digitais, com foco em entregas rápidas. A plataforma Shopper recebeu duas rodadas de investimento em 2021 para impulsionar sua expansão. No mesmo caminho, a plataforma de supermercado online Daki, que oferece entregas em 15 minutos, tornou-se o novo unicórnio brasileiro com apenas 10 meses de existência.

Estimativa de entrega influencia nos pedidos de delivery em restaurantes

No estudo do Capterra, 85% dos entrevistados disseram que fazem pedidos online para entrega de comidas e bebidas.

De acordo com a maioria dos entrevistados (69%), o prazo aceitável para este tipo de transação é de 30 minutos a 1 hora. Em seguida, um quarto dos entrevistados defende que seus pedidos de comida deveriam ser entregues em menos de 30 minutos.

Quick commerce em restaurantes: como cada item influencia na entrega

Na avaliação do estabelecimento onde compram bebidas e comidas online, 81% dos entrevistados disseram que o tempo estimado de entrega influencia muito. Ainda sobre questões logísticas, para 63%, as informações de rastreamento possuem muita influência.

Entretanto, embora as questões logísticas tenham um peso importante, a avaliação de um restaurante é mais influenciada pela qualidade da comida e bebida, já que 87% dos entrevistados disseram que esse fator tem muita influência.

Maioria vê relevância em entregas no mesmo dia

O lançamento de serviços como Amazon Prime deu visibilidade às entregas rápidas. Também chamadas de same day delivery, no estudo do Capterra, a maior parte dos entrevistados (73%) disse acreditar que a modalidade de entrega no mesmo dia é relevante.

Para algumas pessoas, inclusive, este é um fator que as levaria a deixar de comprar em uma loja. Por exemplo, as pessoas entre 26 e 35 anos, também denominadas como geração millennial, são as que estão mais propensas a não comprar em uma loja que não oferece entregas no mesmo dia.

Millennials são os mais influenciados por quick commerce

Atualmente, 38% disseram pagar por um serviço premium que dá mais rapidez às entregas de seus pedidos. Dos que pagam, 8 em cada 10 disseram que estão satisfeitos com o serviço e pretendem continuar pagando por ele.

Já aqueles que não pagam pelo serviço, pouco mais da metade dos consumidores (51%) acham o preço muito alto desses serviços.

Clientes querem entregas rápidas, mas não pretendem pagar a mais por elas

Embora sejam entusiastas das entregas no mesmo dia, a maioria dos consumidores não está disposta a pagar a mais, em nenhum tipo de produto, para recebê-lo no mesmo dia.

No entanto, na categoria de eletrônicos, é relativamente expressiva a quantidade (50%) daqueles que topam pagar entre 5% e 10% para receber rapidamente seus produtos.

Quanto a mais as pessoas topam a pagar por produtos dentro do q-commerce

No outro extremo, os produtos que as pessoas estão menos dispostas a pagar mais para receber com rapidez são cosméticos e produtos fitness —ambos registraram uma cifra acima de 50%.

Atualmente, somente 25% dos entrevistados disseram que estão dispostos a deixar de comprar em uma loja que não oferece entrega no mesmo dia. Apesar de a maioria não deixar de comprar por esse motivo, ainda assim é importante ter em mente que as pessoas buscam agilidade na entrega de seus pedidos.

Decisão de compra também está atrelada à logística

O nível de satisfação com uma loja é muito influenciado pelo serviço de entrega, de acordo com a maior parte dos entrevistados (56%).

Na seleção de um fornecedor, quase dois terços dos entrevistados (64%) são influenciados em algum grau pelo tempo de entrega oferecido por uma loja.

Ainda assim, o principal problema com as entregas das compras são as altas taxas de frete (38%), e, em seguida, os atrasos na entrega (26%).

Com pandemia, consumidores esperam pagar menos pela entrega dos pedidos

A guinada das empresas ao oferecimento de serviço q-commerce parece ter sido impulsionada pela pandemia, que influenciou mais pessoas a comprar online. Segundo a pesquisa do Capterra, 66% compram mais em lojas online atualmente do que costumavam comprar antes da crise sanitária.

Antes do COVID-19, 72% costumavam comprar online mais de uma vez por mês. Após março de 2020, quando houve a disseminação do coronavírus, 90% passaram a fazer compras online mais de uma vez por mês.

Em relação à expectativa com logística, 41% disseram que ela mudou com a pandemia, pois passaram a esperar pagar menos pela entrega dos produtos. Em seguida, 40% passaram a esperar que os produtos cheguem no mesmo dia.

4 importantes pontos para a criação de um sistema de entregas rápidas

Não apenas grandes redes de supermercado fortaleceram sua presença online. Pequenos e médios mercados também tiveram que modificar a operação para abocanhar os clientes digitais. Pesquisa da Sincovaga mostra que, dos mercados que aumentaram as vendas na pandemia, 63% dos estabelecimentos registrou alta com venda online. Para criar uma operação online para mercado é necessário:

1. Recebimento de pedidos

Crie um canal para receber os pedidos online de seus clientes. Através de softwares para criação de sites, você poderá criar uma versão online da sua loja ou restaurante. Se quiser oferecer mais um tipo de canal para atendimento, vale a pena considerar a criação de um aplicativo próprio –plataformas low code tornam mais acessível o desenvolvimento. Contas de redes sociais também são uma opção para a criação de uma operação online.

Outra maneira de receber os pedidos de seus clientes é por meio de uma conta WhatsApp  Business, em que os pedidos podem ser feitos via chat.

2. Administração de pagamentos

Para finalizar as compras, é possível tramitar as transações por meio de sistemas de pagamentos, que ajudam a processar vendas por cartão de crédito, por exemplo. Segundo pesquisa do Capterra, o cartão de crédito ainda é o principal método escolhido pelos brasileiros para pagar suas compras, no entanto, não há como ignorar outros potenciais métodos, como PIX e cartão de débito.

Além disso, dependendo do suporte que você escolher para levar a sua operação online, será necessário pensar em outros métodos de recebimento. Por exemplo, sistema de pagamentos por celular pode ser relevante em uma operação focada em dispositivos móveis.

3. Expedição de mercadorias

Uma das partes críticas para a criação de uma logística rápida é um bom serviço de separação e expedição de mercadorias. A boa organização do estoque é o primeiro passo. É possível realizá-lo manualmente, mas ferramentas como software de gestão de estoque e sistema de controle de estoque ajudam no gerenciamento de pedidos ao permitir um rápido rastreamento de mercadorias, também emitindo relatórios que ajudam a reposição do estoque.

Software de código de barras também ajuda na eficiência do inventário e, no caso do software de impressão de etiquetas, a emissão de etiquetas dá agilidade no processo de embalagem de mercadorias.

4. Organização da entrega

Para montar um sistema de entrega a domicílio é necessário decidir entre a criação de uma frota própria ou uso de aplicativos de entrega.

No caso da frota própria, além da aquisição de veículos e contratação de funcionários, é importante usar ferramentas que tornem a entrega mais eficiente. Por exemplo, sistemas de roteirização e softwares de gestão de entregas ajudam na criação de uma rota mais inteligente, inclusive quando inclui diversas paradas. Já programas rastreadores de GPS e sistemas de gestão de frotas colaboram com a administração e manutenção dos veículos utilizados na entrega.

Para dar visibilidade aos consumidores acerca do seu pedido, vale a pena usar software de rastreamento de entregas, que ajuda a mantê-los informados.

No caso da escolha de aplicativos de entrega, além de administrar o serviço de delivery, essas plataformas administram o fluxo de usuários, a distribuição entre entregadores e o sistema de pagamento mediante a cobrança de uma taxa. Neste caso, é importante avaliar qual empresa oferece as melhores condições para o seu negócio.

Na escolha da melhor opção logística, tenha em mente que atualmente o grau de sustentabilidade de uma empresa influencia a escolha dos consumidores por uma marca. Portanto, é importante considerar o uso de entregas sustentáveis.


Metodologia

Para reunir os dados presentes neste estudo, o Capterra realizou um levantamento online entre os dias 7 e 9 de novembro de 2021. Na ocasião, foram ouvidos 1.063 consumidores que costumam comprar online, com mais de 18 anos e de todas as regiões do país (com 50% dos entrevistados do sexo feminino e 50% do sexo masculino), pertencentes a diferentes faixas de renda. Os resultados são representativos da pesquisa, mas não necessariamente da população como um todo.

Magazine Luiza (MGLU3) inaugura seu maior centro de distribuição no Brasil

O Magazine Luiza (MGLU3) está estrategicamente de olho no Sudeste e acaba de inaugurar seu maior centro de distribuição no Brasil.

A nova unidade foi entregue pela GLP, uma das líderes globais em gestão de investimentos e desenvolvimento de negócios em logística, e é localizada no parque logístico GLP Guarulhos II, na Grande São Paulo.

O empreendimento é o maior projeto feito sob medida pela GLP no país, e conta com uma área total de 119 mil metros quadrados.

O centro de distribuição demorou um ano para ser construído. Agora, a unidade deve atender à crescente demanda pelo e-commerce no Brasil, que foi potencializada pela pandemia.

A construção também conta com portaria exclusiva para acesso dos veículos, auditório e áreas de lazer e descanso para os colaboradores.

Expansão do e-commerce

O comércio digital se fortaleceu com a pandemia, mas não deve parar por aí. Para o presidente da GLP no Brasil, Mauro Dias, o e-commerce vai continuar crescendo.

Por isso, é necessária a construção de novos Centros de Distribuição modernos em localizações estratégicas, o que reduziria o tempo de entrega, um ponto positivo para os consumidores finais.

Empregos e sustentabilidade

Durante a construção do centro, foram criados 1.400 empregos diretos. Além disso, o Magazine Luiza espera que o início das operações da unidade gere mais 600 postos de trabalho.

A empresa ainda projeta uma movimentação em torno de oito a 12 mil pedidos por dia.

Mas não é só de logística que vive o Magalu — a sustentabilidade e o ESG também estão na mira da companhia.

O novo centro de distribuição está em busca do processo de certificação de construção sustentável e vai reflorestar 177 mil metros quadrados em uma área de preservação ambiental.