Uso de lockers da Clique Retire em São Paulo aumenta 30% no Mês do Cliente

Os primeiros armários inteligentes/lockers da Clique Retire instalados em áreas de grande circulação da capital paulista chegaram antes da pandemia. Porém, foi com o crescimento vertiginoso do comércio eletrônico que eles se fizeram realmente necessários para a parcela da população que enfrenta restrições para receber produtos e correspondências em casa — seja por problemas com o CEP ou por morar em prédios sem porteiros e trabalhar fora o dia todo.

Agora, em expansão acelerada na cidade de São Paulo, os lockers — ou e-Boxes, como são chamados os armários da Clique — começam a integrar as estatísticas do varejo.

Em setembro, com o Mês do Cliente e a Semana Brasil, as máquinas da empresa entregaram 30% mais produtos comprados no e-commerce do que no mesmo período de 2020, mesmo com a volta gradual do consumidor ao varejo físico. Isto porque quanto mais pessoas circulam, mais tomam contato com os e-Boxes no caminho para o trabalho ou de volta para casa, fortalecendo um hábito que há pelo menos uma década já faz parte do cotidiano de países na Europa, Reino Unido, Estados Unidos e Ásia.

A expectativa da Clique é de que um crescimento ainda maior aconteça em novembro, por conta das promoções da Black Friday, data ainda mais forte para o comércio eletrônico.

Quase 80 armários de autoatendimento em uso na capital
Um bom indicador de que São Paulo segue na esteira das grandes metrópoles quando o assunto é modernização logística é a chegada de um armário inteligente na icônica Estação da Luz, local por onde circulam, nos dias úteis, uma média de 250 mil passageiros.

O fato de o equipamento pertencer aos Correios — que aderiu à tecnologia de ponta para acelerar as entregas e oferecer mais conforto aos seus clientes — é outro sinal de que o serviço, considerado de utilidade pública, veio para ficar na vida do consumidor paulistano. Os Correios têm, até agora, outros dois terminais de autoatendimento em funcionamento no metrô de São Paulo, nas linhas 4 e 5 (Amarela e Lilás), nas estações Pinheiros e Butantã, todos fornecidos pela empresa Clique Retire.

A Clique também opera seus armários próprios em 19 estações das linhas 4 e 5, e ainda é a fornecedora de lockers para as Lojas Americanas, que também instalou uma máquina de uso exclusivo na estação Pinheiros. Apenas da Clique Retire e na cidade de São Paulo, há um total de 76 smart lockers em uso pela população, instalados em postos de combustíveis, shoppings, condomínios residenciais e corporativos.

“Os armários são de extrema utilidade o ano todo, principalmente para quem tem restrições de entrega em casa, mas, nas datas do varejo, eles têm um papel cada vez mais importante. Ao mesmo tempo em que democratizam a logística, beneficiando um consumidor que não conseguia receber sua encomenda de forma fácil e segura, ajudam a escoar as altas sazonais do comércio eletrônico, impactando até o trânsito da cidade. Em vez de fazer 50 entregas porta-a-porta, por exemplo, uma empresa deposita as mercadorias em um ponto, apenas, e a Clique Retire distribui entre sua rede”, destaca o Head de Marketing e Novos Negócios da empresa, Ernesto Barbosa.

Como funciona
1- Quando o site já oferece o “Retire em locker” ou “Retire em loja”
Quando o site de compras tem a opção “Retire em locker” ou “Retire em loja” e oferece a rede da Clique Retire ao consumidor, basta escolher o endereço (estações de metrô, shoppings, postos de combustível). Muitas marcas entregam em locker com frete grátis. Assim que o produto chega, o site envia um aviso por SMS e o prazo para retirada é de 72 horas. É só se dirigir ao locker escolhido, posicionar o QR Code para abrir o compartimento (ou digitar um código) e a gaveta se abre para retirada da encomenda. Sem contato humano.

2 – Quando o consumidor compra em sites nacionais sem a opção do locker, ou internacionais
O usuário se registra no aplicativo (disponível para Android e iOS) ou site da Clique Retire e opta por um plano mensal ou anual Ao realizar a compra na internet, basta colocar o código do seu terminal Clique Retire ao lado do próprio nome, e o endereço: Rua Charles Darwin, 470 – Vila Santa Catarina, São Paulo – SP – 04379-074. Quando o produto chega, a Clique Retire envia um aviso por SMS e o prazo para retirada é de 72 horas. A maior gaveta dos terminais da Clique acomoda produtos com tamanho equivalente a uma caixa de microondas.

DHL prevê novo centro de distribuição em Minas Gerais em janeiro

A DHL Supply Chain está construindo um novo centro de distribuição, em Extrema (MG), com previsão de abertura em janeiro, que aumentará em 12 mil metros quadrados a capacidade da empresa.

Além do novo galpão, as instalações também terão uma filial de transportes própria.

Com a abertura, a área total de armazenagem da DHL Supply Chain no sul de Minas chegará a 30 mil metros quadrados. Além de Extrema, a empresa já tem cinco pontos entre Varginha e Pouso Alegre, também na região.

A empresa não revela o valor do investimento, que foi feito para atender o aquecimento da demanda de mercados como tecnologia, saúde, bens de consumo e varejo.

Atualmente, a companhia já movimenta mais de 100 toneladas por mês na região, que é estratégica pela localização entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro. A expectativa é que a filial de transportes agilize o trajeto das cargas, facilitando a conexão da região com a malha nacional de distribuição da empresa, que tem mais de 5.000 veículos.

BTG (BPAC11): Sequoia (SEQL3) está no caminho para se tornar plataforma única de logística digital

A equipe do BTG Pactual (BPAC11) realizou uma reunião com a gestão da Sequoia (SEQL3) para discutir as principais atualizações desde o segundo trimestre e as principais tendências do setor. “Vemos a Sequoia no caminho para se tornar uma plataforma única de logística digital no Brasil, oferecendo soluções ponta a ponta para os clientes de varejo on-line”, diz o BTG.

Representaram a Sequoia Armando Marchesan (CEO), Fernando Stucchi (CFO), Bruno Souza (COO) e Bruna Gamboa (IR).

Principais destaques da conversa, segundo o BTG foram:

O setor de e-commerce continua em expansão no Brasil, embora em ritmo menor este ano, dado a base de comparação difícil de 2020;
A capacidade de entrega da Sequoia está melhorada este ano, com base na maior automação de suas atividades e a integração das recentes aquisições, preparando a empresa para uma alta temporada movimentada no final do ano;
As empresas do sudeste asiático players vêm ganhando relevância no e-commerce brasileiro, tornando-se alguns dos maiores clientes da Sequoia em termos de volumes;
Apesar dos maiores custos de insumos (combustível e mão de obra), as margens devem expandir t/t, impulsionadas por sinergias maiores do que o esperado e um efeito de sazonalidade.
No geral, a reunião tranquilizou os investidores sobre a recuperação t/t na margem EBITDA (um tópico muito debatido recentemente) e mostrou que, apesar de alguns desafios no curto prazo, as tendências de longo prazo estão intactas, com a crescente penetração do comércio eletrônico e digitalização do transporte no Brasil.

Em breve o BTG vai revisar os números sobre Sequoia, mas manteve a classificação de compra inalterada para a companhia.

E-commerce da Sequoia com bom desempenho
A indústria de e-commerce continua crescendo no Brasil, embora em um ritmo menor a/a, impulsionado por vários fatores, como:

Rebalanceamento de volumes entre varejo on-line e varejo físico em meio à reabertura econômica graças ao avanço da vacinação campanha;
Interrupções nas cadeias de abastecimento globais devido a gargalos de transporte no mundo todo;
Base de comparação difícil do ano passado.
Os preparativos para a Black Friday da Sequoia começaram no mês passado com a contratação de capacidade adicional, enquanto uma aceleração constante dos volumes deverá começar nas próximas semanas.

Os volumes atuais já ultrapassaram o pico registrado em 2020, quando os pedidos estavam concentrados principalmente na última semana de novembro, já que a Sequoia teve pouco tempo para ajustar a capacidade diante do cenário caótico da Covid-19.

“Nós esperamos uma expansão menor neste final de ano, reduzindo significativamente os riscos de estresse na rede de distribuição da Sequoia. Por outro lado, os tíquetes médios estão menores neste ano, pois (i) o aumento da inflação está atrapalhando os gastos do consumidor com produtos mais caros (eletrônicos); e (ii) produtos de alta tecnologia estão sendo mais impactados pela interrupções na cadeia de abastecimento na indústria de contêineres”, afirmam os analistas do BTG.

Empresas asiáticas estão ganhando relevância
As empresas do sudeste asiático ganharam relevância no e-commerce brasileiro, tornando-se alguns dos maiores clientes da Sequoia em termos de volumes.

Algumas diferenças importantes em relação às empresas ocidentais de comércio eletrônico foram observados: (i) maiores volumes diários, com a take rate das empresas asiáticas menores; (ii) tíquetes médios menores, pois se concentram em produtos menores e mais baratos; e (iii) ciclos de entrega mais longos visando manter os custos de frete sob controle.

Apesar dos tickets médios mais baixos, as margens são semelhantes, e a Sequoia espera margens mais fortes t/t daqui para a frente.

Espera-se que a margem EBITDA (sem IFRS) melhore para ~ 10% (aprox. + 100 bps a/a), com sinergias maiores do que o esperado de recentes fusões e aquisições, compensando parcialmente o aumento nos custos de insumos (principalmente combustível, aluguel e acordos de negociação coletiva).

Nas recentes fusões e aquisições, o Prime já foi incorporado à Direcional, enquanto a integração de Plimor está indo como planejado.

Espaço para expansão nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
As fusões continuam sendo um importante catalisador da estratégia da Sequoia, e há espaço para entregar uma média de 1 aquisição por ano (olhando para empresas maiores agora, de receita anual de R$ 400 a 500 milhões, acimas dos R$ 150 a 200 milhões mencionados durante o IPO).

Empresas de log-tech não são considerados nesta meta e a empresa deve acelerar nesta avenida de crescimento.

“Mas o ambiente atualmente volátil para as margens e com aumento do custo de capital obriga a Sequoia a mostrar mais disciplina na seleção de empresas alvos no segmento de transporte. Daqui para frente, Sequoia quer crescer no Norte, Nordeste e as regiões Centro-Oeste do Brasil, onde atualmente sua presença é limitada”, diz o BTG.

Por fim, a recomendação é de compra até R$ 38.

Franquia Flash Courier cresce 250% na pandemia e está de olho em cidades pequenas

Rede com mais de 30 anos de mercado projeta faturamento de R$ 740 milhões para 2021. Volume de entregas já é mais do que o triplo de 2019.
Com o crescimento do e-commerce e do delivery, empresas de logística viram seus números se multiplicarem nos últimos 18 meses. Uma delas foi a rede de franquias Flash Courier, que hoje já está 250% maior do que em 2019 e prevê fechar o ano com um faturamento total de R$ 740 milhões. A aposta para aumentar ainda mais o alcance são as cidades pequenas.
A Flash Courier foi fundada em 1994, pelo empreendedor Antônio Juliani, com o objetivo de entregar vales-refeição em papel para funcionários de empresas. Antes disso, ele tinha sido sócio de uma pequena companhia de aviação, que também trabalhava com logística de documentos, mas acabou não dando certo. O novo negócio, no entanto, deslanchou: com o tempo, integrou serviços postais corporativos e de instituições financeiras, como o do extinto Banco Nacional. Cerca de três anos depois, iniciou a expansão por franquias para chegar a mais cidades.
Por volta de 2003, a empresa se transformou no Grupo Flash Courier, com a aquisição da empresa de cartões JallCard. Um ano depois, Guilherme Juliani, filho do fundador, voltou para o negócio. “Aos 16 anos, eu fui o segundo franqueado da marca, em sociedade com meu irmão. Com o tempo, repassamos o ponto e saí para trabalhar em outras empresas. Depois, com mais experiência, voltei para a Flash Courier.”

No retorno, Guilherme cuidava de assuntos ligados a franquias. Aos poucos, passou a tocar também outras áreas operacionais e de vendas. Em 2016, assumiu a presidência do grupo. Àquela altura, o conglomerado já contava também com a iLog, que depois passaria a se chamar Moove+, hoje focada em meios de pagamento eletrônicos, transporte expressos e de medicamentos. Antônio passou a cuidar da empresa de cartões do grupo.
Guilherme conta que ficou apreensivo com os primeiros meses de pandemia: a demanda chegou a cair cerca de 40%. Ele precisou criar novas frentes de negócios para crescer. Assim, aumentou o escopo de serviços oferecidos pela marca, incorporando demandas de e-commerce e de produtos farmacêuticos.

Hoje, essas duas novas frentes já correspondem a cerca de 20% do volume de entregas da Flash Courier. “Ao longo do ano, criamos lockers em regiões aonde não conseguíamos chegar, para que o cliente retirasse as encomendas, fomos para cidades do interior e buscamos inovar cada vez mais no transporte”, diz.

No ano passado, a empresa superou as sete milhões de postagens – mais que o dobro do que foi feito em 2019. Neste ano, já passou das 10 milhões. Atualmente, a rede tem 320 unidades franqueadas e 285 franqueados.

A Flash Courier trabalha com dois modelos de franquia: comercial, em que o franqueado é responsável pela captação de novos negócios — neste formato há pouco mais de 30 unidades —, e o operacional, responsável pelas entregas. O perfil para os dois negócios é de empreendedores com uma pegada mais operacional, de acordo com Guilherme, para fazer a gestão dos mais de 3.600 entregadores contratados pelas unidades. “Agora, queremos ir para cidades pequenas, no interior, principalmente em regiões de Minas Gerais e Rio Grande do Sul”, diz.

O investimento inicial para abrir uma franquia da empresa é estimado em R$ 25.000. O valor contempla a taxa de franquia e o capital de giro, mas o interessado deverá providenciar um galpão para armazenagem e atendimento — este valor pode variar de acordo com o local de instalação da unidade. A metragem média é de 500 metros quadrados.

Para o CEO da Kangu, a palavra do e-commerce é “democratização”

Em entrevista exclusiva para a MundoLogística, Marcelo Guarnieri abordou questões como a aquisição feita pelo Mercado Livre, o equilíbrio entre crescimento e sustentabilidade e a expectativa de que a Kangu continue crescendo.

O uso da internet para compras e vendas já é algo que faz parte da vida dos brasileiros há alguns anos, mas isso se acentuou por conta da pandemia de Covid-19. De acordo com uma pesquisa realizada pela Neotrust, o e-commerce teve alta de 57,4% no primeiro trimestre de 2021, em comparação ao mesmo período do ano passado – no período, foram 78,5 milhões de compras on-line. O levantamento também apontou que o número de lojas virtuais cresceu 40% em 2020.

Quase que ironicamente, esse cenário faz despontar grandes players, que chegam para viabilizar as operações de pequenos empresários. Um desses players é a Kangu, uma empresa que surgiu em 2018 com a proposta de realizar envios, devoluções e retiradas de itens prezando por eficiência e sustentabilidade. Por meio dos Pontos Kangu, é possível conectar vendedores de e-commerce, clientes, empresas de transporte e estabelecimentos de bairro.

Depois de três anos de atividade, a nuance mais evidente na essência da Kangu é a democratização do e-commerce. O desempenho bem-sucedido é notável: atualmente, a empresa está presente em mais de 700 cidades brasileiras, com aproximadamente 2,5 mil pontos de coleta, e já registra operações consolidadas em países como México e Colômbia.

Em entrevista exclusiva à MundoLogística, o CEO da Kangu, Marcelo Guarnieri, abordou questões que fazem parte da agenda da empresa. Mas seja falando sobre a aquisição feita pelo Mercado Livre ou a respeito do equilíbrio entre crescimento e sustentabilidade, o que fica claro na visão de Guarnieri é a expectativa de que a Kangu continue crescendo – tal como tem sido desde sempre.

MUNDOLOGÍSTICA: O crescimento do e-commerce é algo notável nos últimos anos, mas se intensificou no ano passado por causa da pandemia de Covid-19. A Kangu enfrentou desafios para se adaptar em meio a essa mudança acelerada ou isso acabou acelerando os negócios da empresa?

MARCELO GUARNIERI: Nós somos uma empresa nova, que está no mercado há três anos. Quando começamos, a gente via que existia uma carência muito grande de soluções para atender pequenos vendedores no e-commerce. Então, vendo isso, nós já estávamos muito preparados, pois já tínhamos uma expectativa de que a nossa solução fosse bem recebida. Sabíamos que, se entrássemos no trilho correto, teríamos uma grande possibilidade de crescer. Seja por sorte ou outro fator, isso nos ajudou muito diante do que aconteceu na pandemia. Essa “entrada no trilho” veio antes do que pensávamos e em uma velocidade muito maior do que achávamos que ia acontecer. Mas, como nós tínhamos a consciência de que precisávamos de um modelo de negócio que pudesse ser instalado com agilidade, a gente prezou por essa preparação e isso “casou” com o momento em que o marcado, de fato, explodiu, tanto na questão do e-commerce quanto no surgimento de pequenos e médios empreendedores. Nós crescemos cinco anos em um. Em março do ano passado, tínhamos vinte colaboradores na empresa. Hoje, temos quase 400. Estamos presentes em mais de 700 cidades brasileiras, além de termos iniciado operações no México e na Colômbia… Tudo isso alinhado com a visão de que precisávamos oferecer um negócio capaz de escalar de forma ágil.

Ao mesmo tempo em que existe uma demanda por agilidade e inovação, existe também uma preocupação crescente em relação à sustentabilidade e à preservação ambiental. Como essas pautas estão presentes na estratégia e nos guidelines da Kangu?

A Logística é muito agressiva com a cidade, não só do ponto de vista de emissão de carbono, mas também em relação ao impacto no trânsito, na distribuição de renda, na poluição sonora… Há vários aspectos que fazem parte dessa questão de sustentabilidade. Quando pensamos a Kangu, uma das coisas que era fundamental no nosso planejamento era criar um modelo por meio do qual fosse possível fazer entregas de forma mais sustentável por natureza. Ou seja, com práticas que causassem menos impacto nas cidades. O modelo da Kangu é baseado em estabelecimentos de bairro, o que ajuda a fomentar a economia local e contribui com a geração de empregos em diversos níveis. Então, o primeiro traço de sustentabilidade é o acesso a mais renda local. Além disso, do ponto de vista de trânsito e circulação, o nosso modelo também gera menos impacto no bairro. Como os estabelecimentos são próximos das casas das pessoas, isso evita grandes deslocamentos e trânsito intenso. Na cidade de São Paulo, por exemplo, há mais de 700 pontos de coleta da Kangu, o que corresponde a uma média de um ponto a cada 700 metros. Muitas vezes, é possível fazer a operação a pé e isso também ajuda, inclusive, a reduzir a emissão de carbono na comunidade.

No fim de agosto, foi anunciada a compra da Kangu pelo Mercado Livre, uma companhia que está com uma estratégia robusta de expansão de malha logística, bem como de adoção de tecnologia para otimizar a operação. Como foi esse approach do Mercado Livre? Vocês já imaginavam uma possível venda da empresa?

O Mercado Livre era um grande cliente da Kangu e um ponto interessante na relação entre as duas empresas é que nós sempre tivemos um DNA muito parecido, tanto no propósito quanto na maneira de fazer as coisas. Há duas características em comum: a primeira é a intenção de democratizar o e-commerce, o Mercado Livre dando espaço para novos vendedores e a Kangu viabilizando o transporte das mercadorias, e a segunda é o aspecto tecnológico, pois nós prezamos muito por criar soluções que estejam voltadas para a tecnologia. Isso fez com que o relacionamento cliente-fornecedor fosse muito próximo e a parceria foi crescendo até que culminou em uma proposta do Mercado Livre para fazer a aquisição da Kangu. Para nós, um aspecto muito importante dessa transação é que a Kangu vai continuar operando da mesma forma, oferecendo serviços para todo o mercado. Serão as mesmas estratégicas e os mesmos focos, mas com o apoio de uma marca sólida para colaborar, trocar experiências e acelerar esse negócio.

O que o mercado pode esperar dessa união?

O mercado pode esperar que a gente continue crescendo forte. Do mesmo jeito que crescemos, desde o ano passado, de 500 pontos para mais de 2,5 mil somente no Brasil, a gente vai continuar expandindo. Temos um plano de chegar, só no Brasil, a 3,5 mil pontos de coleta até a Black Friday [neste ano, a Black Friday está agendada para o dia 26 de novembro], uma expansão de 50%. O Brasil é um país enorme e nós queremos atender em todos os lugares.

Estamos nos aproximando de novembro, que é marcado pela Black Friday – ou seja, esse é o momento em que o setor de logística “arregaça as mangas” para garantir que um dos maiores atos comerciais do ano seja bem-sucedido. De que maneira a Kangu, agora juntamente ao Mercado Livre, está se preparando para a Black Friday?

Já estamos na fase final de preparação. Tudo que a gente vem construindo durante o ano é uma forma de se preparar para a Black Friday, alinhando as operações para ter a capacidade de oferecer a mesma qualidade de serviço de sempre no dia de pico da Black Friday. Do mesmo jeito que nós conseguimos cumprir isso no ano passado, a gente espera poder realizar isso neste ano, agora com um porte muito maior.

FedEx recua com impacto de questões trabalhistas, cadeia de fornecimento sobre receita e resultados do 1T

As ações da FedEx (NYSE:FDX) (SA:FDXB34) caíam 8,3% às 13h45 (horário de Brasília) de quarta-feira (22), com questões relacionadas à cadeia de fornecimento e uma crise de mão de obra forçando os resultados e vendas da empresa para abaixo das estimativas.

A decisão da empresa de reduzir suas previsões contribuiu para a decepção, enquanto a confirmação do aumento das taxas de envio a partir de 3 de janeiro não foi capaz de equilibrar isso.

O Presidente e CEO da FedEx, Frederick W. Smith, disse que as limitações no mercado de trabalho reduziram a disponibilidade de pessoal, resultando em ineficiências de rede. Isto levou a salários mais altos e despesas de transporte mais elevadas. Tudo isto fez os custos aumentarem em US$ 450 milhões, corroendo os lucros.

O aumento das entradas com pacotes e fretes compensou um pouco a inflação dos custos. As exportações também subiram.

O resultado do ano anterior incluía um benefício antes de impostos de cerca de US$ 65 milhões, o que não se repetiu este ano.

Empresas de todo o mundo vêm enfrentando a escassez de mão de obra, ao mesmo tempo em que a demanda tem se expandido e as cadeias de fornecimento permanecem interrompidas devido às restrições da Covid-19 e à falta de insumos para matérias-primas.

A FedEx disse que irá aumentar as taxas de envio entre 5,9% e 7,9%. A partir de 1º de novembro, a empresa também irá aumentar sua sobretaxa de combustível.

A receita do primeiro trimestre da empresa atingiu US$ 19,3 bilhões, valor cerca de 12% inferior ao registado no ano passado. Os resultados diluídos por ação foram de US$ 4,37, em comparação com os US$ 4,87 anteriores.

A FedEx vê o atual lucro por ação ao redor de US$ 18,87 no ponto médio da sua faixa de orientação, comparados com um ponto médio anterior de US$ 19,40.

Americanas Summit: a importância do marketplace na estratégia de negócio

Ao longo do mês, evento da Americanas S.A. reforça a profissionalização dos mais de 100.000 vendedores no marketplace e visa atrair novos lojistas.

Ao unificar loja física, digital, logística e fintech, Americanas S.A reforça a importância do marketplace, espaço para vendedores de todo o Brasil comercializarem seus produtos nas plataformas digitais da varejista. No 2º trimestre de 2021, por exemplo, houve crescimento de 49,8% no número de vendedores, que atualmente são 104.500.

Neste contexto, a varejista anuncia a mudança do B2W Summit para Americanas Summit, um evento on-line e gratuito entre os dias 15 de outubro e 10 de novembro. “O marketplace é estruturante e fundamental para a estratégia de crescimento da Americanas S.A., que tem o desafio de oferecer tudo, a toda hora e em qualquer lugar, o que só é possível com a parceira de tantos vendedores ao redor do Brasil. Assim, queremos alcançar uma base de 150.000 lojistas conectados na plataforma, objetivo que contribui para a meta da companhia de continuar gerando caixa e mais que dobrar de tamanho até 2023”, afirma Valmir Andrade, diretor de marketplace da Americanas S.A..

Deste modo, o evento é o momento de consolidar as estratégias adotadas ao longo do ano. A intenção é ajudar os lojistas parceiros a expandirem seus negócios e ao discutir sobre o futuro do mercado e as principais tendências, bem como atrair quem está iniciando um negócio ou mesmo um investidor. A edição deste ano terá o tema O Futuro é Agora.

“Desde 2018 reunimos parceiros, investidores e profissionais do mercado em um evento com as principais tendências e discussões do momento. Agora reforçamos esse conteúdo com mais dias de evento, um momento que consolida a estratégia de ajudá-los ao longo do ano em uma relação saudável de parceria. Além disso, não à toa fazemos o Summit antes da Black Friday e Natal, datas mais fortes em vendas para o varejo brasileiro”, diz Andrade.

Para ele, o Americanas Summit reforça a oportunidade de apresentar conteúdos, treinamentos e soluções que ficam disponíveis para eles ao longo do ano. “O marketplace é um canal de empreendedorismo, que acelerou na pandemia quando os lojistas precisaram fechar as portas ou viram o movimento da loja física diminuir. Com a Americanas S.A. eles podem vender entre um a três dias úteis após o cadastro e aprender como se aprimorar no atendimento digital”.

O Americanas Summit

Para a edição de 2021, foram convidados nomes como o professor e historiador Leandro Karnal, a diretora de marketing na América Latina do TikTok e da Bytedance, Kim Farrel, e o CEO da Hashdex, gestora brasileira de criptomoedas, Marcelo Sampaio, entre outras figuras relevantes do cenário nacional.

Na edição anterior, primeira 100% on-line, o evento reuniu mais de 23 mil pessoas e contou com a participação de nomes como Beto Sicupira, Lázaro Ramos, Ronaldo Lemos e Camila Coutinho, além do show de encerramento com Emicida.

O Americanas Summit 2021 acontece com o comando da apresentadora Ana Clara, no dia 15 de outubro, o evento online com nomes nacionais e internacionais abre as programações, com transmissão ao vivo, a partir das 14h.

Além disso, há painéis como ” A revolução monetária: o futuro do dinheiro e o dinheiro do futuro”, com Ame Digital e convidados da área de finanças; “Conexão na Desconexão: como as marcas ativam suas comunidade virtuais”, com Americanas e convidados a frente das tendências das redes sociais; e “O bem como modelo de negócio”, com a frente de logística sustentável e convidados alinhados com a Agenda ESG nos negócios; e mais.

Na semana seguinte, entre os dias 18 e 22 de outubro, começam os talks, que propõem debates entre especialistas da Americanas S.A. e convidados que transformaram seus negócios em cases de sucesso, transmitidos em lives no Youtube de Americanas Summit.

Fechando a programação, as oficinas acontecem de 25 de outubro a 10 de novembro e oferecem aulas práticas facilitadas por parceiros de capacitação. Os encontros serão via Zoom e acomodam 1.200 pessoas.

As inscrições para o Americanas Summit podem ser feitas no próprio site: americanassummit.com. Nos canais digitais, o evento oferece dicas de gestão e notícias sobre negócios e inovação o ano todo.

O marketplace
Atualmente, há 49 milhões de clientes ativos na plataforma, que podem consumir 110,7 milhões de itens, isto é um crescimento de 71% na quantidade de produtos no 2º trimestre de 2020 quando comparado ao mesmo período de 2021.

Além disso, 60% da base de lojistas são micro e pequenas empresas, que se apoiam em diferentes serviços de conteúdo e formação, logística, anúncios, e crédito. Já 34% dos nossos parceiros são MEIs (Microempreendedores individuais).

A partir do serviço de logística, o vendedor pode, por exemplo, se cadastrar para atender o cliente em até três horas após a compra – serviço disponível especialmente nas lojas físicas Americanas. “Esta é uma modalidade interessante principalmente quando há proximidde entre o cliente e o vendedor. Eles estão bastante interessados em aderir ao serviço e contar com a nossa logística”, diz Andrade. Hoje a Americanas S.A. possui 24 centros de distribuição em 12 estados, com previsão de 4 aberturas até o fim do ano, além de mais de 200 hubs em todo o Brasil.

A corrida do e-commerce e os vendedores de pás

As duas formas não tradicionais de ganhar dinheiro no e-commerce.
Entre 1848 e 1853, milhares de pessoas migraram de outras regiões do Estados Unidos para a Califórnia em busca de ouro.

As primeiras pepitas foram encontradas em um leito de rio em Sierra Nevada e logo a história da descoberta se espalhou e atraiu garimpeiros em busca de riqueza.

Estima-se que cerca de US$ 2 bilhões de dólares (em valores atualizados) em ouro foram extraídos, mas muita gente não conseguiu tirar da terra nada além de terra.

Paradoxalmente, para muitos a corrida do ouro foi uma maratona na direção da ruína financeira. Por isso a frase “na corrida do ouro, fica rico quem vende pá” se popularizou, pois a possibilidade de ganhos indiretos com aquela euforia era maior para quem vendia ferramentas, pois tanto vencedores quantos perdedores precisavam de pás e picaretas para tentar.

Estima-se que cerca de 300 mil pessoas participaram dessa corrida. É um TAM (Mercado Total Endereçável) razoável para um período em que a maior cidade dos EUA, Nova York , tinha 312 mil habitantes.

No episódio #114, nosso convidado não veio falar de ouro e nem mineração, porém nos explicou duas teses que se assemelham com a ideia de venda de pás numa corrida por ouro.

A corrida que falamos foi a do e-commerce e as “pás” são os serviços que outras empresas prestam para os players deste setor.

O e-commerce brasileiro cresceu vertiginosamente nos últimos anos e durante a pandemia acelerou ainda mais. O setor que em 2001 faturou aproximadamente R$ 500 milhões, vendeu, somente no primeiro semestre de 2021, R$ 53,4 bilhões.

No ano passado, por conta das restrições impostas ao comércio físico durante a pandemia, o setor cresceu 75% em relação a 2019. Apesar disso, ainda tem muito espaço para crescer, porque representa apenas 11% das vendas do varejo.

Quando se fala em e-commerce, você deve se lembrar de Mercado Livre, Magazine Luiza, e outros grandes players. Mas nunca deve ter parado para pensar em toda a estrutura necessária para fazer aquele produto que você pede do sofá chegar até você.

E é justamente aí que entram as duas empresas apresentadas por Bruno Rignel, da Alpha Key, vendendo “pás” para os e-commerces.

Com menos de 1 ano na bolsa, a Sequoia (SEQL3) é uma empresa de logística fundada em 1996 e líder em seu setor no Brasil considerando apenas as empresas privadas e a quantidade de entregas realizadas em todo e-commerce nacional.

Apesar de não ter entrado na oferta, Rignel montou posição logo após a divulgação do primeiro resultado, porque, basicamente, quando qualquer uma das empresas que a Sequioa atende (Magazine Luiza, Amazon, Mercado Livre, Shopee e Via Varejo) cresce, ela também pode crescer.

Além da logística, há um outro segmento que também se beneficia do crescimento dos e-commerces: provedores digitais de soluções antifraude.

Infelizmente, como Rignel comentou no episódio, o Brasil é líder em inovação de fraudes na internet. E isso faz com que empresas como a ClearSale (CSLA3), a outra vendedora de “pás” da Alpha Key, tenha muito trabalho por aqui.

Com IPO recente, a ClearSale atende e-commerces de grande porte como Magazine Luiza, Via e Americanas com um serviço que calcula o grau de propensão à fraude em cada pedido e aumenta a eficiência das plataformas.

Logicamente, quanto mais os e-commerces vendem, mais serviço a ClearSale tem. É óbvio que na corrida do e-commerce não é só o “vendedor de pá” que ganha dinheiro. Os líderes do setor vão muito bem, mas podem apresentar valuations considerados esticados e, neste caso, olhar os fornecedores de serviços pode ser uma boa opção para se expor ao crescimento desse mercado.

Amazon vai abrir dois centros de distribuição no Brasil pensando na Black Friday

Gigante americana do comércio eletrônico passará a ter 12 unidades logísticas no país até o fim do ano.

A americana Amazon vai abrir dois centros de distribuição no país ainda este ano. O pontapé inicial será no Rio de Janeiro, onde a companhia ainda não tinha operação própria. A gigante do comércio eletrônico anunciou no último dia 14, a abertura de um espaço de 30 mil metros quadrados em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Em seguida, será a vez de estrear em Fortaleza, capital do Ceará.

A estratégia é reforçar a atuação, de olho nas vendas de Black Friday e Natal. Atualmente, a Amazon vem enfrentando forte concorrência com outras empresas do setor de comércio eletrônico, como Mercado Livre, Americanas, Magazine Luiza e redes de varejo, que vêm investindo em entregas ultrarrápidas, além de ampliarem suas operações logísticas.

Mil empregos no fim do ano

Com a chegada no Estado do Rio e, em breve, no Ceará, a Amazon vai reforçar sua atuação geográfica no país. Hoje, a companhia conta com dez centros de distribuição, dos quais quatro são localizados em São Paulo, além de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Pernambuco e Distrito Federal.

Segundo Ricardo Pagani, diretor-geral de Operações da Amazon no Brasil, o novo espaço no Rio de Janeiro vai gerar até mil empregos durante a temporada de fim de ano. Em um primeiro momento, estão sendo geradas 200 vagas diretas.

O novo centro de distribuição em São João de Meriti tem um espaço equivalente a quatro campos de futebol. O objetivo é aumentar a cobertura geográfica para permitir a entrega mais rápida dos produtos. Hoje, a empresa conta com entrega em 48 horas em 700 cidades dentro do programa de fidelidade Prime.

“Montamos os centros de distribuição em localizações estratégicas para aproximar os itens dos clientes e acelerar a velocidade de entrega. O espaço vai abastecer o Estado do Rio e outros locais do Brasil. Até o fim do ano, vamos abrir outro centro em Fortaleza”, diz Pagani.

A empresa, que já conta com 5.200 funcionários diretos na área de operação no Brasil, vai ainda desenvolver um programa de apoio aos parceiros locais. Essa lista inclui empreendedores e transportadoras próximos aos centros de distribuição.

—Vamos desenvolver parcerias com transportadoras locais, pois eles conhecem melhor a população da área, e isso pode melhorar o nível de serviços —explica Pagani.

Além da Amazon, o Mercado Livre anunciou novos centros de distribuição em um momento em que as chinesas AliExpress e Shoppee vêm ampliando as apostas no Brasil, com programas mais rápidos de entrega e reforço em logística.

A Magalu abriu, em outubro do ano passado, um centro de distribuição em Xerém, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e pontos de transição para entregas. As lojas físicas, que também integram a cadeia do e-commerce, vieram na sequência, no início de 2021.

Volta do varejo físico
De acordo com o consultor de varejo Ronaldo Fernandes, as empresas de comércio eletrônico já estão se preparando para as vendas de fim de ano, que começa já na Black Friday, em novembro.

Fernandes afirma que as companhias estão se preparando para reforçar o investimento logístico, com centros de distribuição e frota de transporte, para enfrentar também o varejo físico, que terá retomada:

“Será, sem dúvida, um fim de ano com muitas promoções, e o varejo físico voltando a concorrer com o virtual, que ganhou muito espaço. Por isso, as companhias estão ampliando sua rede de entregas, de forma a ganhar espaço e mercado. Essa é a nova lógica do mercado.

Pandemia fez ‘last mile delivery’ alcançar em 12 meses o esperado para 2030

Levantamento da DHL e do Conselho das Américas mostra que o e-commerce expandiu demanda, e a tecnologia ajudou a atendê-la.

A evolução crescente do e-commerce na América Latina vem contribuindo para sustentabilidade das cadeias de suprimentos, revela pesquisa da DHL. Produzido com a coordenação da organização internacional Conselho das Américas, o estudo apontam que a expectativa de crescimento da demanda para o “last mile delivery” – trecho final de uma entrega – era de 78% até 2030 antes da pandemia. Com a crise sanitária, porém, alcançou essa expectativa em apenas 12 meses.

Esse avanço acentuado do e-commerce acaba por expor os desafios de infraestrutura da região, que apresenta uma taxa de urbanização de 80%. O levantamento, contudo, mostra que a adoção de tecnologias, como big data, análise preditiva e inteligência artificial e o uso da robótica, vem revolucionando as operações que envolvem o e-commerce a fim de aumentar eficiência sustentável em seis áreas. São elas: soluções para last mile, embalagem, economia circular e logística reversa, agenciamento de carga, armazenagem e supply chain.

Dentre as inovações, o mapeamento destaca o uso de bicicletas e de veículos elétricos; a integração de algoritmos para a redefinição do design de embalagens com o objetivo de utilizar materiais sustentáveis ou reciclados junto com a otimização do espaço; software de gestão de inventário, bem como edifícios inteligentes que economizam até 45% de energia em um período de cinco anos.

De acordo com Javier Bilbao, CEO da DHL Supply Chain América Latina, a empresa vem incorporando novas soluções e práticas sustentáveis para contribuir com a transformação do e-commerce. Como exemplo, ele cita o uso de mais de 200 veículos híbridos e elétricos na América Latina, que contribuem para a redução da geração de CO2, bem como as operações de armazéns com certificação LEED, tanto no Brasil como no México, por meio dos quais é possível garantir eficiência tanto de recursos e de energia.

Já Mirele Mautschke, CEO da DHL Express, ressalta o investimento em soluções last mile. “Até agosto receberemos 10 bikes e 5 scooters elétricas, estimulando o EcoDelivery, parte da estratégia da DHL em diminuir as emissões de carbono. Planejamos introduzir 10 veículos elétricos em 2022 e outros 35 em 2023 e esse é só o início da nossa jornada sustentável”. Além dos carros elétricos, a organização pretende introduzir dois caminhões elétricos de entregas este ano.

De acordo com o MIT Real State Innovation Lab, as compras on-line geram 36% menos emissões do que as compras realizadas em uma loja física. Diante disso, o estudo da DHL destaca a necessidade de colaboração entre empresas, os investidores ESG, os governos e as agências de colaboração internacional a fim de atender às necessidades e às preocupações dos consumidores.

Este ano, o Grupo Deutsche Post DHL anunciou seu novo plano de sustentabilidade com ações para zerar as emissões líquidas relacionadas ao transporte até 2050. A meta da companhia é investir 7 bilhões de euros em soluções verdes, expandindo sua frota de veículos elétricos para 80.000 em todo o mundo e aumentando o uso de combustíveis sustentáveis em seu transporte de longa distância até 2030.