Regionalizar entrega é forma de chegar mais rápido aos clientes Amazon

Um dos motivos para o sucesso da Amazon é a capacidade de entregar rapidamente cada compra feita no site. Essa agilidade só é possível graças à capilaridade que a Amazon construiu para realizar entregas em 100% dos municípios brasileiros, baseada em um time robusto de funcionários, de associados e de parceiros que atuam nos centros de distribuição e estações de entrega. Um dos elos mais importantes dessa cadeia é o programa global chamado DSP (Delivery Service Partner – Parceiro de Serviço de Entrega).

“Hoje, temos sistemas e tecnologias com Inteligência Artificial e Machine Learning que auxiliam na otimização do processo de rotas, e ajudam os motoristas na realização das entregas. A combinação dos parceiros do programa DSP, seus processos e sistemas nos fazem operar todos os dias da semana”, explicou Rafael Caldas, líder da Amazon Logística no Brasil.

Qualquer pessoa pode ser DSP na Amazon

Para participar do programa, não é necessária experiência prévia em logística. O projeto busca pessoas com espírito de liderança e empreendedorismo para contratar e gerenciar motoristas que realizam as entregas da Amazon no Brasil. A empresa fornece tecnologia e coloca à disposição dos DSPs um conjunto de serviços de apoio para a criação das empresas. O investimento inicial de um DSP gira em torno de R$ 45 mil, voltados para estabelecer um fluxo de caixa e início das operações.

“Administrar um negócio de entrega de encomendas é um trabalho árduo e uma operação prática. Os proprietários são responsáveis por selecionar e contratar o serviço de entregadores agregados com alto desempenho. Estamos procurando parceiros que tenham a coragem e a liderança necessárias para arregaçar as mangas, gostem de operar como parte de uma comunidade maior”, explica a empresa.

O objetivo é chegar cada vez mais rápido a todos os cantos do país

Em 2018, a Amazon lançou o programa DSP para expandir a sua rede de transporte, bem como capacitar a próxima geração de empreendedores. A empresa montou grandes equipes e focou o olhar nas comunidades locais no mundo todo, para trabalhar com empresas regionais. Por meio do programa, os empreendedores parceiros em todo o mundo geraram mais de US$ 26 bilhões em receita desde seu lançamento.

Para se tornar um DSP é necessário passar pelo processo de seleção, em que são dados mais detalhes sobre os negócios e os custos associados, especialmente os custos de ofertas exclusivas e descontos negociados pela Amazon para o programa.

“Participo do programa DSP há cerca de um ano, na Estação de Entrega da Amazon em Belo Horizonte. Após três meses na operação, decidi me dedicar ao meu próprio negócio. A infraestrutura do programa da Amazon foi fundamental para essa tomada de decisão e mudança de vida”, contou Gilson Drummond Guimarães, que realizou uma transição profissional para se dedicar à sua empresa de logística.

Hoje, a Amazon Logística opera no Brasil com 28 DSPs, em Brasília (DF), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), Salvador (BA), Goiânia (GO), Vitória (ES), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB), Guarulhos (SP), São Paulo (SP), Embu das Artes (SP), Indaiatuba (SP) e São Bernardo do Campo (SP), realizando entregas no Brasil todo, incluindo regiões periféricas e rurais. O esforço agora é para ampliar essa rede, a Amazon busca continuamente parceiros para expandir o programa.

“Comecei minha trajetória na Estação de Entrega da Amazon no Rio de Janeiro no início de 2022. Nesse período, conheci os processos da Amazon e o que se espera de um empreendedor parceiro. Quando anunciaram a contratação de DSPs para a Estação de Entrega em Embu da Artes, não pensei duas vezes e me inscrevi para participar do processo. Vi o programa com entusiasmo e como uma excelente oportunidade para mudar de vida e realizar meu sonho de ter meu próprio negócio,” disse Cláudia Sampaio, que iniciou sua história no setor dando suporte para um parceiro do programa DSPs.

Fast Shop investe em logística e entrega em até 1 hora cresce três vezes

A Fast Shop registrou, em janeiro, sua melhor performance no serviço de entregas em até uma hora, e cresceu três vezes em relação à média mensal de 2022. O crescimento é resultado da estratégia de conveniência da empresa, que passou a adotar um modelo de logística em que as próprias lojas funcionam como centros de estoque e distribuição para vendas rápidas.

Para entregas de itens de pequeno e médio porte, como celulares, tablets, fones de ouvido, micro-ondas e televisores, a Fast Shop conta com parceria com fornecedores como Uber, Loggi e Click Entregas em mais de 20 cidades nas capitais e regiões metropolitanas.

“Diversas pesquisas apontam que entre os fatores decisórios de compras está no tempo de entrega. E queremos ganhar ainda mais espaço nesse mercado que é extremamente competitivo”, destaca o diretor-geral de Operações da Fast Shop, Eduardo Salem.

A rede de eletrônicos e eletrodomésticos conta com mais de 80 lojas físicas espalhadas pelo País e 14 Centros de Distribuição. Em 2019, criou o UltraFast, modalidade que garante a entrega rápida para itens de pequeno e médio porte em até duas horas. No ano passado, esse tempo foi reduzido para uma hora depois de processada a compra. O serviço está disponível para mais da metade das lojas da Fast Shop.

GS1 Brasil incentiva entrada das MEIs nos marketplaces

Os mais de 14,8 milhões de microempreendedores individuais (MEIs) espalhados pelo Brasil — dados do governo federal de 11 de fevereiro de 2023 — contam com o apoio cada vez maior da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, que a partir de agora oferece duas novas categorias exclusivas para que essas empresas tenham acesso aos códigos de barras padronizados (EAN Registrado). A entidade oferece aos MEIs condições técnicas, para que consiga ter todos os requisitos necessários para vender seus produtos nos principais marketplaces no Brasil e no Mundo.

“Estamos sempre atentos às tendências de mercado e às novas necessidades, por isso criamos novas categorias de associação voltadas aos milhões de empreendedores individuais que atuam no País”, destaca João Carlos de Oliveira, presidente da GS1 Brasil, ao explicar que, para vender nos grandes marketplaces, é preciso ter o GTIN (Código EAN) padrão de identificação gerenciado e atribuído pela GS1 Brasil.

As novas categorias exclusivas para MEI permitem ao empreendedor cadastrar 10 ou 110 produtos, já que o código de barras é único para cada item, como se fosse o CPF do item comercial.

O uso do GTIN (Código EAN) para a identificação dos itens comerciais aumenta a relevância nos resultados de busca nas plataformas de marketplace e nos buscadores na Web, além de facilitar a pesquisa de preços. Isso faz com que a experiência do cliente e a qualidade e eficiência do catálogo de produtos sejam aperfeiçoadas.

Além dos códigos de barras, os associados nessas categorias terão acesso ao Cadastro Nacional de Produtos plataforma que faz a gestão dos dados de produtos de forma rápida e simples. Os microempreendedores individuais associados também poderão realizar a sincronização de seus produtos da base de dados global e no Cadastro Centralizado de GTIN (CCG), que é o banco de dados das Secretarias de Fazenda, para emissão de notas fiscais eletrônicas de acordo com a legislação vigente.

JSL (JSLG3): lucro líquido de R$ 93,9 milhões no 4T22, alta de 73,1%

A empresa de logística JSL reportou lucro líquido de R$ 93,9 milhões, alta de 73,1% no quarto trimestre de 2022, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O lucro líquido ajustado de R$ 110 milhões no intervalo entre outubro e dezembro do ano passado, ante R$ 63,3 milhões de igual período de 2021, uma alta de 73,8%.

A receita líquida foi de R$ 1,66 bilhão, uma alta de 25,2% na comparação anual. O faturamento bruto chegou a R$ 7,1 bilhões, o dobro desde a oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês), feita em 2020.
A receita líquida de serviços atingiu R$ 1.607,7 milhões e cresceu 23% em relação ao 4T21 e 2,3% comparado ao 3T22, sazonalmente um trimestre mais forte. A implantação de novos projetos e a reprecificação dos contratos favoreceram todas nossas linhas de negócios, levando a um crescimento de 26,9% nas Operações Dedicadas, 27,5% no Transporte de Cargas, 17,8% nos Serviços de Armazenagem e 1,4% na Distribuição Urbana.

O segmento de Operações Dedicadas (39% da ROL de Serviços no trimestre) apresentou um crescimento de 26,9% em comparação ao 4T21, impulsionada por maiores volumes nos setores de celulose, mineração e operações de intra-logística, que conjuntamente contribuíram com R$74 milhões de receita adicional no trimestre.
O nosso serviço de Transporte de Cargas (também com representatividade de 39% da Receita Líquida de Serviços no trimestre) cresceu 27,5% na comparação com o 4T21, em função principalmente dos repasses de inflação, aumento de capacidade da Marvel (+R$52 milhões) e implantação de novos projetos no setor automotivo (+R$52 milhões).

As operações de Armazenagem (12% da Receita Líquida de Serviços no trimestre) apresentaram crescimento sustentado trimestre após trimestre, refletindo os novos contratos e expansão da operação da TPC. A Receita Líquida de Serviços do segmento foi 17,8% superior ao 4T21.
O segmento de Distribuição Urbana (10% da Receita Líquida de Serviços no trimestre) foi principalmente beneficiado pelas festas de final de ano, período de verão e, excepcionalmente esse ano, Copa do Mundo. Com isso, essas operações cresceram 1,4% versus o 4T21. Esse crescimento abaixo da média se deu pela desmobilização de uma operação relevante de um cliente da Fadel no setor de e-commerce, cujo contrato foi finalizado no início de 2022. Em contraponto, o contrato da África do Sul já começou a impactar positivamente os resultados do segmento a partir de dezembro/2022.

O Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – ajustado foi de R$ 319,2 milhões, uma alta de 44,9% sobre o mesmo intervalo de 2021, quando o desempenho chegou a R$ 220,3 milhões. A margem do Ebitda ajustado cresceu 3 pontos percentuais, para 19,9%.
Para justificar o aumento de margem, o CEO afirma que o trimestre foi marcado por efeitos positivos nos custos. Ramon Alcaraz destaca o arrefecimento dos preços do diesel e de insumos, como pneus, para um conforto melhor das margens. “Mas não deixamos de fazer o nosso dever de casa, de austeridade e eficiência de custos. Foi uma junção dos cenários”, diz.

Sobre alguma mudança na tributação federal do diesel, que está com os impostos zerados desde meados do primeiro trimestre de 2022 e que deve durar até o fim deste ano, o executivo não demonstra preocupação. “Para nós, o importante é saber sentar e negociar com o cliente [o contrato] diante de eventuais mudanças”, reforça.
Em 2022, o Ebitda ajustado da JSL alcançou R$ 1,1 bilhão, com alta de 62,4% ante 2021. A margem chegou a 18,7%, um crescimento de 2,8 pontos percentuais no mesmo comparativo.

O custo de serviços cresceu 18,1% versus um crescimento de 23% da Receita Líquida de Serviços. O ganho de eficiência veio principalmente da otimização de pessoal e agregados/terceiros, utilizando investimentos em tecnologia para automatizar a gestão de documentos, otimização de rotas, precificação e integração com os clientes e motoristas.

O resultado financeiro foi negativo em R$ 174,9 milhões, contra R$ 91,4 milhões no quarto trimestre de 2021. No período, os custos totais chegaram a R$ 1,36 bilhão, uma alta de 20,8%.
O resultado foi impactado pelo maior volume de dívida bruta e do aumento do CDI no período. Pelos mesmos fatores, a Despesa Financeira de 2022 cresceu 179% na comparação com 2021 e atingiu R$ 690,8 milhões, sendo R$561,0 milhões diretamente relacionados ao serviço da dívida. O aumento da dívida bruta está atrelado ao crescimento da companhia e seus investimentos em ativos e nas aquisições realizadas.

O retorno sobre capital investido (ROIC) UDM reportado no 4T22 foi de 20,3%. Como premissas, a companhia utilizou o EBIT Ajustado de 2022, uma alíquota de impostos normalizada de 22%, e desconsideramos da dívida líquida R$ 447,1 milhões relacionados aos investimentos em projetos que ainda não transitaram pelos resultados, conforme mencionado acima. Sob esse cenário, temos um ROIC de 15,1%. A melhora do ROIC trimestre a trimestre demonstra a alocação de capital prudente da Companhia, com crescimento em projetos de retorno adequado e capacidade comprovada de repasse de inflação de custos.

O capex líquido no 4T22 foi de R$ 681,3 milhões, e fechou o ano em R$ 1,4 bilhão. Esse volume superou o guidance de capex líquido divulgado previamente para o exercício de 2022 em virtude das oportunidades de novos contratos desenvolvidos com nossos clientes, que sustentarão o crescimento futuro de nossa receita.
A companhia finalizou o trimestre com uma posição de Caixa e Aplicações Financeiras de R$ 873,2 milhões e linhas compromissadas, não sacadas, de R$876,0 milhões. Somados, as fontes liquidez chegam à R$ 1,7 bilhão e corresponde à 5,3x a dívida de curto-prazo. O volume é suficiente para amortizar a dívida até o início de 2026.

A dívida líquida avançou 27,9%, para R$ 3,4 bilhões. O indicador de alavancagem de Dívida Líquida / EBITDA UDM da JSL no 4T22 foi de 3,17x, com pequena redução em relação ao trimestre anterior, refletindo principalmente a mudança de patamar de geração de caixa da Companhia pelo crescimento da receita e melhoria das margens operacionais. A relação Dívida líquida / EBITDA Adicionado foi de 2,73x e EBITDA Adicionado / Resultado Financeiro Líquido de 2,6x.

Se considerar o EBITDA ajustado anualizado do 4T22, a alavancagem Dívida Líquida / EBITDA seria de 2,68x, demonstrando que a estrutura de capital atual suporta o crescimento disciplinado respeitando os níveis adequados de alavancagem considerados pela administração e covenants financeiros da Companhia.
“Essa é uma escolha nossa de crescimento. Nossa desalavancagem não virá de esterilizar a dívida líquida, mas sim de ampliar o nosso Ebitda. E essa estratégia, como mostra o balanço, tem sido exitosa”, diz Sampaio. Além disso, o executivo aponta que a JSL tem uma posição de caixa de R$ 873,2 milhões, com linhas de crédito disponíveis de R$ 876 milhões, o que, somados, daria 5,3 vezes as obrigações financeiras da empresa no curto prazo.

Neste sentido, Guilherme Sampaio lembra que a tese que baseou o IPO da JSL foi a de consolidação do setor logístico, segmento que a JSL lidera há cerca de duas décadas. “Nós vamos continuar investindo, fazendo M&As para o crescimento inorgânico e buscar crescer organicamente também, buscando mais cross-selling [vendas de novos produtos ao mesmo cliente]”, prossegue o CFO.

Operação internacional
Além da captura de novos clientes no Brasil, outra avenida de crescimento que a JSL busca fortalecer é sua atuação em outros países. No ano passado, a empresa conseguiu R$ 260 milhões em faturamento com sua operação internacional.

Atualmente, a companhia atua no Paraguai e na África do Sul, mas não pretende parar por aí. Mas, para entrar em outras nações, a companhia espera fechar contratos que garanta previsibilidade de receita para daí então captar outros clientes locais.

Na operação africana, por exemplo, a JSL tem contrato de cinco anos com uma multinacional de bebidas que deverá garantir R$ 780 milhões de faturamento até o fim do acordo.
Os resultados da JSL (BOV:JSLG3) referentes suas operações do quarto trimestre de 2022 foram divulgados no dia 14/02/2023. Confira o Press Release completo!

DHL inicia operações em Aparecida de Goiânia(GO)

Aparecida de Goiânia dá as boas-vindas a maior operadora logística do Mundo. A Alemã DHL inicia oficialmente suas operações na cidade no dia 1ª de março. Com apoio da administração municipal e atraída pelas potencialidades e localização privilegiada da cidade, a transportadora está instalada no Parque Industrial Vice-Presidente José Alencar, na Região Leste.

Para atender grandes clientes do segmento farmacêutico, a DHL montou uma estrutura de seis mil metros quadrados. A multinacional já vislumbra dobrar o espaço físico de suas instalações físicas na cidade, aumentando posteriormente a capacitação de atendimento e também as oportunidades de trabalho para população local.

Na manhã desta quinta-feira,16, a gerente geral de operações da transportadora, Fernanda Noleto, convidou o prefeito de Aparecida de Goiânia, Vilmar Mariano, para participar da inauguração oficial.

“Nos sentimos muito honrados em receber uma empresa deste porte em nossa cidade e comemoramos a geração de empregos e o incremento na arrecadação, que será convertida em benefícios para nossa população. Nos empenhamos muito pela instalação ainda na gestão do ex-prefeito Gustavo Mendanha e, agora, celebramos o início efetivo das atividades da DHL em nossa cidade”, destaca o prefeito.

Fernanda Noleto enfatiza os motivos pelos quais a cidade foi escolhida para abrigar mais uma base da empresa. “Nossos clientes estão no estado de Goiás e nós viemos [para Aparecida] após avaliarmos o local, infraestrutura, mão de obra e saída para o aeroporto”, enfatiza.

Aparecida se destaca no cenário nacional como centro logístico. Cortada pela BR-153, que interliga as regiões Sul e Norte do Brasil, a cidade é base para diversas outras transportadoras que conseguem escoar a produção de milhares de empresas de médio e grande porte.

A expectativa da empresa é investir R$ 800 milhões no Brasil até 2025.

O empresário Osvaldo Zilli, que também atua no segmento logístico acompanhou a representante da HDL durante entrega do convite ao prefeito Vilmar Mariano na Cidade Administrativa Maguito Vilela.

PIB

Com a estimativa de faturamento entre seis e sete bilhões de reais ao ano, a DHL vai potencializar o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, de Aparecida de Goiânia. Hoje, o registro, em média, é de R$ 14 bilhões e a expectativa é de que a cidade alcance R$ 20 bilhões.

Grupo MOVE3 anuncia aquisição da Carriers e fortalece presença no e-commerce

O Grupo MOVE3 anunciou a aquisição de 100% da Carriers Logística e Transporte Ltda, especializada em last mile. Segundo a companhia, a compra marca uma importante etapa na estratégia de crescimento da MOVE3, fortalecendo a presença no mercado de logística para as compras online.

O valor da transação não foi divulgado, mas faz parte do budget de R$ 50 milhões da holding para fusões e aquisições em 2023. De acordo com o grupo, os planos de consolidar a expansão no comércio eletrônico e as boas perspectivas do segmento, mesmo em meio a um cenário econômico desafiador, nortearam o aporte.

A empresa de logística informou que o processo de integração completo deve levar de seis a 12 meses. A equipe da Carriers Logística e Transporte será integrada ao grupo MOVE3, garantindo que clientes continuarão a receber o mesmo nível de atendimento excepcional e suporte que sempre desfrutaram.

Há 14 anos no mercado, a transportadora é especializada em e-commerce, com uma carteira de aproximadamente 500 clientes ativos com grande distribuição a nível nacional. Está presente em 1.440 cidades, espalhadas em 22 estados e, em 2022, registrou faturamento de R$ 106 milhões.

“Para a Carriers é um negócio extremamente positivo, porque de imediato vai intensificar a nossa expansão geográfica para o resto do Brasil. A incorporação nos permitirá reduzir prazos de entrega em algumas localidades que já atendemos. Além disso, teremos um leque de serviços ofertados pelas empresas do Grupo MOVE3 para oferecer aos nossos clientes: entrega no mesmo dia, lockers e fullfilment”, afirmou Eduardo Chiba, CEO e cofundador da Carriers.

“Estamos dando continuidade a uma sequência de M&A, iniciada no ano passado. O objetivo é a especialização e excelência do Grupo MOVE3 no e-commerce, porque a gente entende que esse setor, especialmente a distribuição do last mile que é a nossa principal característica, veio para ficar e vai perdurar nos próximos 20, 30 anos. Esse é o futuro que imaginamos e cada vez mais vamos estar preparados. Esse é só o começo de uma esteira de aquisições. Devemos ter pelo menos mais dois M&A este ano, também em last mile”, ressaltou Guilherme Juliani, CEO do Grupo MOVE3, que reúne as empresas Flash Courier, Moove+, Moove+ Portugal, Jall Card, M3Bank, Rede 1 Minuto e transportadora Rodoê.

Segundo o Grupo MOVE3, a aquisição da Carriers dá continuidade ao movimento de expansão inorgânica iniciado pela holding em 2022. Em abril, houve o aporte na goX Crossborder, empresa pioneira na internacionalização de marcas brasileiras na Europa.

Em junho, a aquisição da transportadora Rodoê e em janeiro de 2023, a sociedade com a Rede 1 Minuto. Com faturamento de R$ 1,1 bilhão no ano passado, o Grupo MOVE3 – cuja carteira de clientes inclui os principais bancos privados, a gigante do e-commerce Shopee, além de corporações farmacêuticas e marcas como Arezzo e Havaianas – se prepara para abrir capital na B³ em 2023.

“A aquisição da Carriers é uma excelente notícia para o mercado de logística e transporte, que vive um movimento de consolidação, e o Grupo MOVE3 surge como um forte agente consolidador de serviços, especialmente para o segmento de e-commerce”, ressaltou Chiba CEO e cofundador da Carriers.

Correios investe em veículo compacto para otimizar entregas

Versátil e econômico, o carro possui capacidade volumétrica de 1m³ e custou 63% do valor de um furgão de 600 kg, também utilizado pela empresa.

Em continuidade à política de modernização e ampliação da frota dos Correios, a estatal entra em 2023 com um novo modelo de veículo nas ruas. Mais de 1.170 furgões de 400kg (Fiat Mobi), projetados exclusivamente para os Correios, foram entregues prioritariamente em municípios que não possuem veículos próprios ou onde a motocicleta não comporta o volume de objetos a serem distribuídos.

O espaço interno do veículo foi totalmente adaptado para armazenar encomendas e correspondências, com divisórias adequadas para a separação da carga. Versátil e econômico, o carro possui capacidade volumétrica de 1m³ e custou 63% do valor de um furgão de 600 kg (Fiorino), também utilizado pela empresa.

“Por seu tamanho compacto, o novo furgão é ideal para entregas em locais de difícil acesso, como vielas e becos, contribuindo assim para a universalização dos serviços postais, um dos fundamentos mais importantes dos Correios”, destaca o diretor de Operações da empresa, Carlos Henrique de Luca Ribeiro. A nova aquisição trouxe, ainda, mais comodidade para a população, pois reduz a necessidade de deslocamento do cliente até uma agência dos Correios para a retirada de objetos volumosos.

Os veículos estão sendo entregues, prioritariamente, em distritos (regiões de entrega de um carteiro) que fazem mais de uma saída e distribuem pelo menos 70 pacotes por dia. Para o carteiro Antônio Sousa Figueiredo, lotado há 44 anos na Superintendência Estadual dos Correios no Maranhão (SE/MA) e atualmente lotado no Centro de Distribuição Domiciliar de Caxias, o furgão facilitará o estacionamento nas áreas centrais da cidade. “Por ocupar menos espaço, com o Mobi será possível realizar todas as entregas do dia tranquilamente, abastecendo a carga uma vez a cada turno de distribuição”, pontuou.

Só no último ano, a estatal investiu cerca de R$ 350 milhões na ampliação e renovação da frota de veículos da empresa, totalizando 5.092 veículos e 1.753 bicicletas cargo com baú adquiridos. As primeiras unidades dos furgões de 400kg foram incorporadas à frota da empresa em agosto de 2022 e, atualmente, todos os Estados do país já foram contemplados com os novos veículos.

Tuk-tuk elétrico em SP facilita a logística e atende agenda ESG

Transporte de cargas ganha aliado ESG no trânsito das capitais.

O mundo corporativo pede cada vez mais que a agenda ESG (governança ambiental, social e corporativa) saia do discurso e entre na vida prática das empresas. Mas como conciliar essas práticas à logística de entregas, que tanto sofre com o trânsito das capitais brasileiras? A resposta pode estar no tuk-tuk.

Tuk-tuk é um veículo de três rodas com motor, que é usado como meio de transporte em muitos países da Ásia. O tuk-tuk é amplamente usado para transportar passageiros e mercadorias em curtas distâncias, como viagens dentro de uma cidade.

É o caso do tuk-tuk Formigão Baú, da Cicloway, que tem capacidade de 500 kg e é usado em diferentes segmentos da logística. A montadora inclusive promove a montagem de veículos elétricos dentro da lógica da responsabilidade social, com programas para incentivar a entrega e recolhimento de recicláveis.

“O Formigão Baú é uma alternativa excelente para as empresas, principalmente para a etapa final de transporte, o last mile. É um veículo que oferece economia a longo prazo, segurança para as cargas e conforto ao trabalhador”, disse João Hannud, diretor-executivo da Cicloway.” Além disso, vai de encontro ao nosso propósito de minimizar os impactos ao meio ambiente, por estarmos 100% alinhados aos compromissos ESG, zerando e neutralizando a emissão zero de gases poluentes. Os veículos elétricos têm tido um impacto ambiental muito positivo e têm sido bem recebidos pelo público corporativo.”
Opção ESG para empresas de logísticas e e-commerces

Em um primeiro momento, o principal público desse tipo de tuk-tuk elétrico são empresas de logísticas e e-commerces, além de negócios que têm a entrega na jornada de compra.

“Eles têm notado a vantagem em inserir em seus projetos veículos elétricos tanto por sua responsabilidade socioambiental quanto pela economia, inovação e tecnologia. Além disso, os ciclomotores são um modelo de publicidade sustentável por poderem ser mídias alternativas e meios para promover campanhas personalizadas sem emissão de divulgação sonora ou poluição visual. Estes veículos têm impacto de mídia e geram maior relacionamento tanto entre nós com os nossos clientes, quanto essas empresas com seus públicos de interesse”, defende Hannud.

O próprio Formigão Baú, por exemplo, faz a gestão de resíduos sólidos, promovendo a logística reversa, uma grande preocupação dos geradores de embalagem.

“Por não usar combustível, minimiza a poluição e anula a emissão de gases poluentes. Além disso, para que as práticas ESG sejam absorvidas pelos colaboradores, o desenvolvimento humano para que tenhamos mais agentes a favor do meio ambiente, é um outro ponto positivo. Por fim, o uso de veículos como este promove a transparência administrativa e o cumprimento da Lei de Resíduos Sólidos, entre outros”, completa o diretor-executivo da Cicloway.

O tuk-tuk elétrico na última etapa da entrega

Uma das empresas que já fazem uso do tuk-tuk elétrico em São Paulo é a Venuxx, agência de last mile delivery e logística premium feita por mulheres.

“Como forma de unir propósitos de responsabilidade socioambiental, o nosso objetivo ao sugerir o uso de veículos elétricos para executar as entregas, é promover menor impacto ambiental, com uma solução inovadora e que gere impacto visual também”, diz Gabrielle Jaquier, CEO da Venuxx. “Lembrando que a última etapa de entrega ― last mile delivery ― é muito importante para gerar uma experiência positiva no consumidor.”

“A empresa já trabalhava com projetos de compensação e neutralização de carbono e quis evoluir ainda mais. Com um processo logístico focado em cada cliente, a Venuxx consolida as cargas em uma unidade entregadora e traça as rotas de forma assertiva, combinando ESG e eficiência. A empresa tem seu serviço utilizado em mais de 50 cidades brasileiras, por mais de 350 lojas”, completa a executiva.

Quem também investe no tuk-tuk elétrico na capital paulista é a Da Santa, especializada na entrega de frutas, legumes, carnes, queijos, pães e massas. A empresa já usa o serviço há dois anos.

“Entre as vantagens, para nós o grande diferencial é a emissão zero de CO2 que está alinhada com os nossos objetivos, além, claro, da agilidade e a facilidade de estacionar. Acreditamos no Da Santa que o ESG tem que ser cultura e não estratégia ou oportunidade, a preocupação tem que ser cultural para que seja internalizada de verdade”, diz Julio Aoki, diretor e fundador da empresa.

“O uso de veículo 100% elétrico para entregas, conscientização sobre o uso racional de sacolas plásticas, não cobramos por elas por isso prefiro conscientizar, reaproveitamento das caixas de papelão para as entregas de e commerce e para substituir o uso das sacolas plásticas nos checkouts”, enumera Aoki as práticas ESG da empresa.

‘Unicórnio’ Loggi demite 7% dos funcionários em nova rodada de cortes

A Loggi anunciou nesta segunda, 6, que vai demitir 7% dos empregados – a informação foi confirmada ao Estadão por Thibaud Lecuyer, CEO da companhia. Os cortes acontecem seis meses depois de a startup de logística reduzir o quadro de 3,6 mil funcionários em 15%.

Segundo Lecuyer, a decisão é motivada por conta da perspectiva macroeconômica global para o ano. “A gente esperava que 2023 seria difícil e janeiro já confirmou isso. A expectativa é de inflação alta, o que reduz o poder de compra das pessoas e o consumo. A inflação não é algo que se reduz em dois ou três meses, então os clientes e o mercado estão se preparando. Tivemos que enxergar a realidade e nos adaptar”, disse ele à reportagem.

Para a Loggi, a expectativa de inflação se reflete na expectativa de vendas do comércio eletrônico, o que afeta diretamente os negócios da companhia, que se especializou na entrega de pacotes de vendas online e que está presente em 4 mil municípios brasileiros.

Lecuyer, que antes de se tornar CEO foi o diretor financeiro da startup, afirma que as reduções serão feitas em todas as áreas da empresa, incluindo tecnologia, marketing, vendas, administração e recursos humanos. Os demitidos terão três meses do plano de saúde, incluindo filhos, apoio psicológico, serviço de recolocação no mercado e flexibilização nas condições de participação de ações da empresa para funcionários que tinham pouco tempo de casa.

Além das demissões, a companhia diz que está renegociando contratos, inclusive com fornecedores, para poder se preparar para o ano. O executivo refuta que as novas demissões estejam atrelados a um mau momento da Loggi. “ A gente cresceu 50% em 2022, enquanto o comércio eletrônico cresceu abaixo de 20%”, disse.

O CEO afirma que a Loggi tem caixa preservado e a ideia é preservá-lo. Em março de 2021, a companhia levantou US$ 212 milhões, maior captação já realizada pela empresa. “Estamos preparados para um longo inverno”, disse. Ele confirmou que a companhia não busca aportes no momento e que estará pronta para abertura de capital quando os mercados forem propícios para o movimento.

Investimentos
Por outro lado, o executivo diz que vai focar em áreas estratégicas para o negócio, como a consolidação do serviço para grandes clientes e a aceleração do serviço para pequenas e médias empresas.

Além disso, Lecuyer anunciou a abertura de um novo centro de distribuição (ou crossdocking) no Rio de Janeiro, com capacidade para processar até 200 mil pacote por dia – ele deve iniciar a operação com capacidade de 150 mil pacotes. Em novembro de 2021, a companhia inaugurou um galpão de entregas em Cajamar (SP) de R$ 150 milhões, com capacidade para processar até 1 milhão de pacotes por dia. Porém, o galpão nunca operou em capacidade máxima.

Sobre manter investimentos ao mesmo tempo em que demite, Lecuyer citou o caso da Microsoft. Em janeiro, a gigante demitiu 10 mil pessoas e anunciou um investimento de US$ 10 bilhões na OpenAI, empresa do ChatGPT. “Assim como eles, precisamos ganhar eficiência e investir nos produtos do futuro”.

O início de 2023 traz o prenúncio de um ano difícil para as startups brasileiras. Neste começo de ano, os unicórnios estão promovendo novas rodadas de demissão, como a Olist e a Unico. Entre os motivos citados, o cenário econômico de inflação alta é apontado como um dos principais fatores.

Ao contrário do período visto até 2021, as empresas de tecnologia vêm sofrendo pressão com a alta dos juros e o cenário inflacionário, que forçam os negócios de startups a se tornar mais eficientes e rentáveis diante de investidores avessos ao risco. Por isso, com objetivo de enxugar custos, demissões tornaram-se comuns em um mercado conhecido por contratar milhares de pessoas para manter o alto ritmo de crescimento.

Segundo levantamento do Estadão, somente no Brasil, cerca de 4 mil demissões em massa foram realizadas entre startups “unicórnios”, clube de elite do mercado que diz respeito a pequenas empresas de tecnologia de capital fechado com avaliação superior a US$ 1 bilhão. Entre as 24 startups nacionais, 19 realizaram grandes cortes com fins de enxugamento de custos.

O quadro, porém, também atinge o mercado de startups de modo geral, sem incluir os unicórnios. A healthtech Alice cortou mais de 170 pessoas até dezembro de 2022, enquanto a Buser enxugou em 30% o pessoal, cerca de 165 funcionários, e a Pier dispensou 111 pessoas. Esses números, no entanto, não compõem o levantamento do Estadão.

Para 2023, especialistas apontam que a tendência de austeridade vista em 2022 deve continuar. Além disso, sem capital necessário para continuar operando, os negócios insustentáveis devem quebrar ou fechar as portas, dizem.

Eu Entrego cresce 23% em 2022 e espera 6 milhões de entregas em 2023

Empresa vai expandir a plataforma ship from store, chegando a 600 cidades.

A Eu Entrego, que conecta varejistas com a maior rede de entregadores autônomos do Brasil, registrou aumento de 23% na receita de 2022 em comparação ao ano anterior, com destaque para o impulsionamento da omnicanalidade no e-commerce, aliado à maturidade do mercado na utilização de inovações tecnológicas para logística. O período do Natal e da Black Friday conquistou ainda mais expressividade, com crescimento de 71%.

Posicionada como uma logtech, além da capacidade de conectar lojistas a entregadores autônomos, atendendo a uma frota de mais de 50 mil motoristas em 300 cidades brasileiras, a Eu Entrego desponta no desenvolvimento de tecnologia para transformar a gestão de entregas. O lançamento da plataforma Envoy viabilizou a escalada das operações de varejistas com maior economia e eficiência, ampliando o “product market fit” dos clientes.

O software foi desenvolvido com tecnologia própria. Trata-se da versão SaaS do sistema Eu Entrego, adaptado para necessidades específicas de cada cliente, porém trazendo ainda todas as funcionalidades e, principalmente, os aprendizados coletados ao longo da jornada de gerir uma base tão grande de entregadores autônomos. O resultado do teste in loco foi tão positivo que os varejistas/clientes se interessaram em utilizar a plataforma para gerir 100% de suas entregas, mesmo as que não são feitas pela Eu Entrego.

Em poucos meses de aplicação, a companhia já integra dezenas de clientes, seja com frotas próprias, seja com transportadoras terceirizadas. De acordo com o CEO Vinicius Pessin, a expectativa é que o modelo de SaaS seja responsável por até 30% do faturamento da empresa esse ano.

O sistema funciona com geolocalização inteligente adaptada para os desafios do Brasil; roteirização otimizada baseada em machine learning para aprimoramento das rotas; tracking em tempo real que permite a visualização do entregador e a sincronização da coleta, com comprovante de entrega e de pagamento; gestão de entregas por meio de torre de controle completa que favorece o acompanhamento de frota própria e terceirizada e, claro, o aprimoramento da operação logística com base nos dados coletados; e sistema de expedição eficiente que organiza todas as etapas, eliminando os gargalos da operação.

Tudo isso em uma plataforma com interface intuitiva e responsiva que facilita o manuseio cotidiano e o treinamento de colaboradores.

Perspectivas para 2023

Com foco em oferecer opções logísticas de forma mais inteligente e apoiada em inovação, a empresa espera um resultado ainda mais promissor em 2023. Nesse sentido, projeta ampliação de 50% no faturamento. A expectativa é realizar mais de 6 milhões de entregas neste ano por meio da expansão do serviço de ship from store, chegando a 600 cidades. Além da ampliação da participação em SaaS (licenciamento da tecnologia para clientes) e da consolidação da estratégia de hubs metropolitanos de entregas. Na contramão do mercado de trabalho, a companhia planeja ainda ampliar o quadro de funcionários, fomentando crescimento de aproximadamente 22% nas contratações.

Apoiada em parcerias com empresas em franco crescimento, como Vivo, Ri Happy, Cobasi, RaiaDrogasil, O Boticário, Petz, Kalunga e Bemol, a Eu Entrego observou grande ampliação na base de clientes, abertura dos hubs metropolitanos de entrega e crescimento da modalidade de SaaS em 2022. Este ano, a empresa segue com importantes investimentos em tecnologia, ofertas e atendimento ao cliente e mira ampliar a atuação nos segmentos de moda, farma, pet e eletroeletrônicos.

“A inovação está em nosso DNA e, por meio desse conceito, conseguimos entregar um projeto logístico que vem revolucionando a forma de realizar entregas no Brasil. Com dinâmica cada vez mais moderna e rápida, prevemos crescimento exponencial nos próximos anos”, afirma Pessin.