Netshoes usa o Whatsapp para avisar consumidores de tentativas frustradas de entrega

A Netshoes começou a operar uma solução para diminuir os custos com logística reversa e, ao mesmo tempo, melhorar a experiência do cliente. A varejista de artigos esportivos está usando o WhatsApp para avisar os clientes quando uma tentativa de entrega não deu certo.

Aproximadamente 5% das ligações recebidas pela central de atendimento da Netshoes são referentes a pedidos que sofreram insucesso de entrega.

“Os clientes não ficavam sabendo da tentativa de entrega sem sucesso e achavam que o pedido estava atrasado, então ligavam para solicitar informações”, explica Elisio Pereira, diretor de Desenvolvimento de TI da Netshoes.

Diminuição de custo

Dados do Ebit mostram que 7% do que movimenta o e-commerce brasileiro são gastos com logística reversa. No ano passado os custos chegaram a R$ 3,7 bilhões.

Depois do insucesso de uma entrega, a Netshoes ainda realiza outras três tentativas. Após a quarta, o produto volta para o CD e outro trâmite é iniciado.

“É todo esse processo que gera as reais despesas em logística reversa para todo o mercado de e-commerce. Com o lançamento do serviço, vemos uma redução na taxa de contato com a central de relacionamento, redução no custo operacional e logística e aumento da satisfação do cliente”, conta Pereira.

Desde o lançamento da funcionalidade, no final de julho, aproximadamente 50% dos consumidores que receberam a mensagem respondem as notificações. Desses, quase 80% solicitam uma nova tentativa de entrega na data proposta. Os demais alteram o endereço de entrega, corrigindo algum dado que ocasionou o insucesso.

Status do pedido

Este não é o primeiro investimento da Netshoes no WhatsApp. No início deste ano, a marca lançou um serviço em que o cliente pode consultar o status do pedido no mensageiro.

Apenas no primeiro após a implantação do serviço, o canal recebeu mais de 180 mil mensagens de mais de 45 mil clientes. O mobile é responsável por 54% do faturamento da empresa. Por isso, investir no WhatsApp parece um caminho interessante para a varejista.

Entrega expressa da DHL no Brasil vai dobrar até 2023, diz executivo

O diretor-executivo da DHL Express para as Américas, Mike Parra, disse que o segmento de transporte rápido da companhia alemã deverá dobrar seu tamanho no Brasil até 2023.
“O mercado brasileiro está em crescimento para nós, e nossas estações estão ficando pequenas. Por isso estamos abrindo um segundo centro de serviços em Campinas e inaugurando outro no Rio. Também há a expansão em Belo Horizonte”, afirmou Parra na ocasião de apresentação à imprensa da nova sede de inovação da DHL em Chicago.
Segundo seus cálculos, a previsão é que até o fim deste ano ocorra ao menos mais uma expansão de sede ou inauguração de central de serviços expressos no país. “Dobramos nossos negócios no Brasil entre 2018 e 2019, e queremos fazer isso novamente nos próximos 36 a 48 meses. Dobro de receitas, de carregamentos e de empregados.”
Além dos projetos já citados nas cidades acima, o braço da companhia alemã responsável por entregas expressas já conta com centrais nas cidades de São Paulo, Santos, Brasília, Ribeirão Preto, Curitiba e Porto Alegre.
Questionado sobre os desafios da logística no Brasil, Parra afirmou que as poucas linhas aéreas comerciais no país são um entrave para a operação da companhia alemã.
“Você tem Gol, Azul e Latam. E elas já têm parcerias com diferentes grandes empresas. O Mercado Livre fez um anúncio de cooperação com a Azul, há rumores sobre uma aliança da Amazon com a Gol. Então isso limita as oportunidades”, afirmou.
“Por isso vemos as chances que existem para começarmos a investir no nosso próprio transporte aéreo de cargas ou de fecharmos parcerias com outras companhias da região.”
Parra disse ainda que ouve falar dos planos de privatização dos Correios há 23 anos. Segundo ele, qualquer empresa que assumir o comando da estatal vai enfrentar um grande desafio.
“Elas [companhias que vierem a assumir os Correios] têm de dar continuidade ao aumento dos preços baseados nas estruturas já existentes no país. Então vai ser um desafio para qualquer um.”
Centro de Inovação
A companhia, que comemora 50 anos em 2019 e pertence a empresa postal Deutsche Post desde 2002, inaugurou nesta quinta-feira (12) em Chicago seu primeiro centro de inovações para as Américas.
O espaço será destinado a uma equipe inicialmente de 20 pessoas.
Esse grupo se dedicará a pensar, propor e buscar no mercado soluções tecnológicas para todos as divisões da DHL – desde entrega expressa e gerenciamento de frete até gestão de cadeias logísticas, armazenamento e distribuição.
Segundo a chefe de inovação da sede de Chicago, Gina Chung, as soluções serão pensadas para a realidade de todos os países da América, incluindo o Brasil.
Ela disse que hoje a DHL conta com a ajuda, por exemplo, da weme, empresa de Campinas, que conecta startups brasileiras a grandes empresas.
“Temos parcerias para identificar em startups locais inovações para o nosso mercado de logística.”
Foi da subsidiária brasileira da DHL, por exemplo, que surgiu a ideia da companhia alemã em desenvolver o rastreamento de produtos via WhatsApp.
Das máquinas e dos robôs apresentados na sede de Chicago, grande parte deles já está em operação no Brasil, como carro elétrico e óculos digital que cataloga produtos.
“Já estamos também experimentando drones, mas dentro dos armazéns para contagem dos produtos e na segurança”, disse Javier Bilbao, diretor-executivo para América Latina da divisão de armazenagem e distribuição da DHL.
Além da nova sede americana, a empresa tem outros dois centros de inovação, um na Alemanha e outro em Singapura.
Por enquanto, não há no horizonte da empresa projeto de um escritório semelhante no Brasil.

Gestão logística para e-commerce: 5 pontos que merecem atenção

Em busca de mais eficiência para sua operação de e-commerce? Saiba que isso depende bastante da forma como você cuida da gestão logística. Falhas nessa área representam prejuízos para o negócio no curto prazo e, se não forem devidamente sanadas, tendem a colocar em risco a saúde financeira da loja.

Para começar, lembre-se de que não se trata apenas de cuidar da entrega do produto. A gestão logística também envolve controle de estoque, armazenamento, custo do frete e embalagem adequada para cada um dos itens comercializados.

A concorrência é cada dia mais acirrada no e-commerce, então, lidar bem com essa parte da operação pode representar, inclusive, uma vantagem competitiva para a sua marca.

Quer aprimorar suas atividades nessa área? Confira cinco pontos que merecem sua atenção!

1- Defina uma estratégia

Nem sempre os gestores de e-commerce enxergam a logística como uma questão estratégica para o seu negócio, e não apenas operacional. Isso é um erro, uma vez que estamos nos referindo a uma atividade que, comprovadamente, faz muita diferença na forma como a marca é percebida pelos clientes.

Na prática, isso quer dizer que é possível criar os almejados diferenciais competitivos para a sua operação a partir das iniciativas adotadas na logística de distribuição.

Num momento em que se fala tanto sobre a importância da experiência do usuário, não se pode ignorar o fato de que prazo e custo de entrega, por exemplo, são elementos decisivos na fidelização do cliente.

Sem falar, claro, nos índices de conversão da loja. Eles crescem consideravelmente quando as alternativas são vantajosas.

Por isso, ao definir o plano de negócio da sua loja, certifique-se de fazer um estudo detalhado sobre as estratégias que podem ser empregadas nessa área.

Tem condições de trabalhar com prazos de entrega mais curtos que o da concorrência? Consegue investir na produção de embalagens diferenciadas? Enfim, o leque de iniciativas que podem ser adotadas é vasto.

Mas, como em qualquer outra área, as soluções precisam ser pensadas com antecedência.

2- Use os recursos tecnológicos

Definida a estratégia, ou seja, os caminhos que serão adotados para diferenciar a sua operação a partir da logística, a execução do que foi determinado depende do controle adequado de todas as etapas do processo de venda.

Para fazer isso, é imprescindível contar com uma plataforma de e-commerce que atenda às necessidades do seu negócio. Pode parecer óbvio, porém, nem sempre isso acontece.

Para não errar na escolha, certifique-se, por exemplo, sobre o sistema de integrações da plataforma de vendas online.

Ele é importante porque envolve a integração com parceiros especializados na entrega em si e, internamente, contempla também soluções para agilizar outro aspecto igualmente importante, o controle de estoque.

No caso desse último item, lembre-se de que é fundamental contar com uma plataforma omnichannel. No cenário atual, é preciso disponibilizar diversos canais de compra e atendimento, e eles devem operar de forma integrada.

Assim, não importa se o consumidor fez a compra na loja física, no website, no mobile, nas redes sociais ou via um serviço de mensageria. Todas as informações serão administradas num sistema único, o que facilita o trabalho e reduz as chances de falhas.

3- Facilite a vida do consumidor

Não se engane: o nível de satisfação do cliente tende a aumentar quando ele dispõe de opções e se sente no controle do processo de compra. Essa é uma das características do consumidor atual. Ele quer ter um papel ativo nas suas relações de consumo.

O que isso tem a ver com a logística?

Simples. Os gestores podem adotar medidas que ampliem a liberdade do cliente em várias áreas. Algumas iniciativas que podem ajudar:

  • Trabalhar com horário agendado – Nessa situação, o consumidor ganha em conveniência e a loja, em eficiência, uma vez que pode organizar melhor o esquema de distribuição das mercadorias.
  • Permitir a retirada na loja física – Essa é uma modalidade que tem crescido no e-commerce. Em tempo de aperto econômico, quem não gosta de eliminar custos extras? Essa é a visão do consumidor que, ao optar pela retirada, livra-se da despesa do frete. E, dependendo da situação, encontra também uma condição mais favorável em termos de prazo e mesmo de conveniência.

4- Comunique-se com o comprador

Atrasos na entrega das mercadorias ainda são apontados como um dos principais problemas dos e-commerces e representam boa parte das reclamações.

Como nem sempre o lojista tem como controlar todas as etapas do processo, é praticamente impossível zerar os índices nessa área. Contudo, algumas iniciativas podem minimizar a insatisfação do cliente.

Anote aí: quanto mais transparência, melhor. Principalmente diante de situações críticas, o mais importante é manter o comprador informado, e não tentar enganá-lo com falsas promessas.

Hoje não faltam são canais de comunicação com o público. É importante usá-los para estabelecer uma relação mais próxima com o cliente.

Para os gestores, ter uma plataforma de API aberta é um diferencial, na medida em que existem vários apps que podem ser usados para facilitar essa troca de informações.

Além disso, essa conexão é facilitada porque é possível fazer o monitoramento do processo.

5- Cuide da gestão de produtos

No dia a dia, fazer uma gestão adequada dos produtos ajuda bastante a logística do e-commerce. A loja ainda não estará livre de algum imprevisto no meio do processo, mas dá para evitar problemas mais graves.

Principalmente para quem tem loja física, é imprescindível atuar com uma plataforma omnichanel. É a garantia de que as operações ficarão devidamente registradas e serão controladas num único lugar.

Essa é uma das vantagens da automação: o uso das soluções tecnológicas facilita o trabalho de rotina. O sistema de baixa das mercadorias é feito de forma automática, independentemente do canal de compra.

Sem problemas com a execução, a equipe pode dedicar ao que mais importa, que é a estratégia da operação. A forma como ela vai se organizar para oferecer não apenas o melhor produto, mas uma experiência de compra que seja superior à concorrência.

Fique atento: gestão logística adequada é mais um fator para o sucesso (ou insucesso) do seu negócio de vendas pela internet.

 

Digital Twins na logística

A DHL realizou um estudo inédito de tendências sobre “Digital Twins na logística” a partir de seu Centro de Inovação na Alemanha, que explica o conceito e a ascensão da tecnologia digital twins, bem como a forma como ela agrega valor aos negócios. A tecnologia, que envolve o uso de modelos digitais para compreender e gerenciar melhor os ativos físicos, já está bem consolidada em alguns setores e tem o potencial de mudar significativamente as operações logísticas.

Um digital twin ou gêmeo digital é uma representação virtual exclusiva de alguma coisa física que monitora e simula o estado físico, assim como seu comportamento, ou seja, a cópia digital permanece constantemente conectada ao objeto físico e se atualiza, automaticamente para refletir as mudanças ocorridas no mundo real.

Aplicados a produtos, máquinas e até mesmo a ecossistemas completos de negócios, os digital twins podem revelar insights do passado, otimizar o presente e até mesmo prever o desempenho futuro.

Matthias Heutger, vice-presidente sênior e diretor global de Inovação e Desenvolvimento Comercial da DHL, explica que o mercado de digital twins deverá crescer mais de 38% ao ano, ultrapassando a marca de US$ 26 bilhões até 2025.

Segundo ele, os digital twins oferecem recursos incomparáveis para rastrear, monitorar e diagnosticar ativos que mudarão as cadeias de suprimentos tradicionais com uma ampla variedade de opções que visam facilitar a colaboração e a tomada de decisões fundamentada em dados, viabilizar processos de negócio simplificados e promover novos modelos de negócios.

ESTAMOS ANSIOSOS PARA TRABALHAR COM NOSSOS CLIENTES E PARCEIROS A FIM DE EXPLORARMOS JUNTOS AS POSSÍVEIS APLICAÇÕES EM NOSSO SETOR.

Aplicações dos Digital Twins no setor de logística

Em logística, os digital twins podem ser usados em diversas aplicações ao longo de toda a cadeia, como por exemplo, no gerenciamento de redes de contêineres, no monitoramento de embarques ou na elaboração de sistemas de logística.

Sensores de IoT em contêineres individuais, por exemplo, mostram sua localização e monitoram eventuais danos ou contaminações. Esses dados fluem para um digital twin da rede de contêineres que usa o machine learning para garantir que os contêineres estejam sendo movimentados da forma mais eficiente possível.

Os digital twins podem ser aplicados não apenas para ativos individuais, mas também para redes e ecossistemas inteiros, como locais de armazenamento, combinando um modelo 3D das instalações físicas com dados operacionais e de estoque.

O sistema pode fornecer uma visão geral do estado das máquinas e da disponibilidade dos produtos, além de fazer previsões e tomar decisões autônomas com relação ao estoque ou às entregas. O mesmo princípio se aplica aos centros logísticos de grande porte ou às redes globais de logística.

Markus Kückelhaus, vice-presidente de Inovação e Pesquisas de Tendências da DHL Customer Solutions & Innovation, acrescenta que os digital twins estão se tornando uma opção mais atraente e acessível para as empresas. Um exemplo é o uso de gêmeos digitais pela GE em parques eólicos para prever a saída de energia.

No Reino Unido, a empresa de equipamentos ferroviários Alstomconstruiu um gêmeo digital para simplificar a gestão da manutenção do trem na linha principal da costa oeste, uma das linhas ferroviárias interurbanas mais movimentadas que conecta Londres a Glasgow e Edimburgo pelas principais cidades do país, a fim de garantir disponibilidade máxima da frota de 56 trens.

O gêmeo digital da Alstom inclui detalhes de todos os trens da frota, juntamente com horários de funcionamento e regimes de manutenção, além de modelar a capacidade disponível em cada um dos cinco depósitos de manutenção. O modelo usa um algoritmo heurístico para agendar atividades de manutenção e alocá-los no depósito mais apropriado.

Os planejadores de manutenção também usam o sistema para analisar o impacto das alterações nas manutenções estratégias e horários dos trens.

No entanto, reunir essas e outras tecnologias relevantes em uma única implementação completa de digital twin é uma tarefa ainda bastante complexa e desafiadora. “A estreita colaboração entre todos os parceiros ao longo da cadeia é, portanto, algo essencial para explorar totalmente o potencial dos digital twins”, diz Kückelhaus.

No estudo, a DHL examina os desafios da implementação, como as preocupações com a segurança cibernética, mas salienta que os cases de implementação dos digital twins estão se tornando mais frequentes, à medida que as tecnologias relacionadas se tornam mais confiáveis e acessíveis.

Empresas de vários setores, segundo Kückelhaus passarão a considerar a tecnologia como uma saída inestimável para o gerenciamento de sistemas complexos de ativos em tempo real e para o aumento da eficiência em seus processos.

O relatório termina fazendo algumas considerações sobre os investimentos e as mudanças necessários para a implementação bem-sucedida no setor de logística.

Desafios e oportunidades no last mile para o crescimento do e-commerce

Os desafios e oportunidades no last mile, e seus benefícios para o crescimento do e-commerce foi o tema da palestra proferida por Alexandre Felix, CEO da Transfolha, que aconteceu no Latam Retail Show Congress & Expo.

O executivo fez uma análise do setor. “A logística tem mudando e se modernizado ao longo dos anos, e muitas empresas que operam no e-commerce fecharam ou se juntaram a outras. E, mesmo com todas as mudanças, a previsão é que o e-commerce tenha seu volume triplicado na América Latina até 2023.

Para o CEO, o last mile tem, e continuará tendo, um papel fundamental no crescimento do e-commerce. “Nós, como fornecedores de last mile, queremos é entregar o sorriso para o consumidor, ator principal dessa equação. O fato é que a logística é muito importante e sem ela o comércio eletrônico não acontece”.

De acordo com Felix, essa modalidade de comércio ainda é tímida se comparada ao comércio físico. “O e-commerce no Brasil representou de 6 a 7% do varejo físico. Para aumentar essa preferência precisamos tornar a nossa infraestrutura mais eficaz para atender essa demanda que, como já destacado, vai triplicar até 2023. São grandes os desafios e grandes também as oportunidades”.

Ele apresentou dados significativos, como o perfil desse consumidor. “De acordo com a pesquisa do perfil do consumidor online, realizada pela Nielsen em 2019, 57% pesquisam antes de efetuar a compra, 41% buscam praticidade e vão direto a loja para efetuar a compra, 55% procuram pelo menor preço, 44% buscam por descontos e promoções, 46% buscam a diversidade e querem encontrar tudo em um só lugar e 78% procuram conveniência. Dos fatores chaves que determinam a compra online do consumidor brasileiro, 84% deles destacaram o preço, frete grátis e entrega rápida como decisivos no momento da compra e 82% disseram que receber suas compras em 5 dias ou mais é o que determina a escolha”, mostrou Felix.

Alexandre deixou claro que alguns pontos, se atendidos, podem mudar totalmente a dinâmica dos negócios. “O omnichannel mudou tudo e trouxe um novo formato de como a logística precisa se comportar. Já no marketplace temos minis centros de distribuição, um novo contato para avançar e garantir que o consumidor compre e receba na hora”, destacou.

As transformações que causam impacto na logística

Alexandre lembrou que está acontecendo uma importante transformação nos centros de distribuição e que isso causa um impacto no setor. “Os novos CDs estão sendo concebidos com um novo formato e os já existentes estão se transformando e passando por inovações tecnológicas. Esses centros precisam ser automatizados e contar até com robôs para movimentar os produtos. Precisam ser mais produtivos e preparados para a sazonalidade, com novos processos, layouts escaláveis e flexíveis; além de estarem próximos dos grandes centros, se multiplicando por diversas capitais e estados”, alertou o CEO da Transfolha.

Assim como nos centros de distribuição, também há impactos nos centros de cross docking, e Alexandre ressaltou que esses também carecem de transformações. “Esses centros precisam ser mais tecnológicos, com alta integração sistêmica e disponibilidade de informações; também precisam ser mais automatizados, com alta capacidade de separação; mais produtivos com alta capacidade de processamento, de velocidade na roteirização, de disponibilidade de transporte e atendimento em períodos sazonais. Ainda precisam estar mais próximos aos centros urbanos, ter alta capacidade de entrega e multimodal”.

O executivo ainda lembrou da variabilidade das operações last mile, que segundo ele, impacta nas características e determina o tipo de entrega a fazer. “Essa variabilidade está no pedido (do perfil, do peso e do valor), na demanda (pontos de coleta, cidades de destino e bairros), no destino (acesso, perfil do bairro, horário de entrega, restrição de circulação, segurança e intempéries); e nos canais de entrega (marketplace, same day delivery, pick-up points, shipping from store, drop shipping e outros)”, destacou.

Para ele, nos grandes centros urbanos o desafio é imenso, principalmente porque a demanda tende a ser cada vez maior. “Hoje fazemos tudo pelo celular e tudo o que compramos chega à nossa porta, o que amplia substancialmente os desafios. A logística é estratégica e tudo precisa funcionar de forma coordenada, porque o consumidor quer preço competitivo, entrega rápida e frete grátis. Dentre esses desafios estão a maior demanda por produtos e serviços; as prioridades conflitantes; multi-stakeholder; as restrições e a infraestrutura saturada; as questões que envolvem a segurança pública e as regulações municipais, estaduais e federais”, elencou.

A logística como fator de diferenciação e as vantagens do e-commerce

A logística passou a ter uma papel fundamental na estratégia de diferenciação das empresas e, nesse sentido, precisa estar mais próxima do consumidor, porque ele quer que o processo seja simples, fácil e rápido. “Por isso é necessário que haja multicanais que se complementem, como online e offline, o que significa ter locais de retirada próximos às residências dos consumidores, como grandes redes de varejo e comércio locais como pontos de retirada, bem como solução para problemas de insucesso de entrega e logística reversa, além de tipo e horário de entregas diversificados”, afirmou Felix.

Os operadores multisserviços também são importantes nesse processo. “Isso porque entregam soluções completas, como last mile, coleta (processo onde o consumidor retira as encomendas), drop shipping (onde é possível levar o produto direto do fabricante para o consumidor), marketplace (entrega mais efetiva com gerenciamento e controle), multimodalidade urbana (melhor solução de entrega, como de bicicleta, motocicleta e veículos menores), fatores que certamente melhoram a questão da segurança”, lembrou o palestrante.

Alibaba compra Kaola, e-commerce da NetEase, por US$ 2 bilhões

Alibaba anunciou a aquisição da Kaola, plataforma chinesa de e-commerce internacional, por US$ 2 bilhões. A Kaola pertencia ao NetEase, gigante do mercado de games, e agora ficará subordinado ao Tmall Global, e-commerce cross-border da Alibaba. A operação e a marca das plataformas, no entanto, permanecem independentes.

Tmall Global e Kaola são os dois maiores e-commerces internacionais da China, com 28% e 25% do mercado, respectivamente. Isto significa que a Alibaba possui mais da metade do mercado após a aquisição, o que a posiciona ainda mais como um império do e-commerce no país e no mundo. Em outras palavras, 53% de todos os produtos adquiridos pelos chineses no exterior, por meio de uma plataforma de ecommerce, passam pela Alibaba.

Daniel Zhang, CEO da Alibaba, afirmou que vê o setor de importação na China ainda na “fase da infância”. “A Alibaba está confiante no futuro do mercado de importação em e-commerce, que tem grande potencial de crescimento”, disse, em comunicado.

No mesmo anúncio, a Alibaba confirmou que vai investir US$ 700 milhões no serviço de streaming de música da NetEase. A gigante do e-commerce, no entanto, será acionista minoritária da plataforma, que permanece sob gestão da empresa de games.

Empresa de transporte de cargas cresce 33% no primeiro semestre

O setor de logística voltou a crescer. Prova disso é a abertura de 12,8 mil postos de trabalho, no primeiro trimestre deste ano, no transporte rodoviário de cargas. Se for considerado o total de empregos com carteira assinada no setor de transporte, armazenagem e correios, que foi de 16 mil, o número chega a ser 52% maior do que o registrado no mesmo período de 2018. Os dados constam no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e mostram o bom desempenho do setor, responsável por 80% da movimentação de cargas no Brasil, segundo um estudo da Fundação Dom Cabral.

Uma das empresas que sentiu esta recuperação foi a paranaense Cargolift. A empresa do ramo de logística e transportes registrou aumento de 33% no faturamento acumulado de janeiro a julho. Confiança na economia brasileira e inovação foram as grandes responsáveis pelo crescimento, tanto que a empresa inaugurou, em janeiro, uma filial em São Bernardo do Campo, São Paulo para atender a demanda. Prospecção de novos contratos, aumento de volumes nos clientes corporativos, foco nos fretes em rotas de melhor produtividade e serviços personalizados em soluções logísticas foram as outras ações práticas.

Segundo o CEO da empresa, Markenson Marques, o volume de crescimento deve aumentar ainda mais até dezembro. “Estamos bastante otimistas, calculando 40% de aumento no faturamento deste ano. A empresa acredita no crescimento da economia brasileira por observar decisões e ações acertadas do governo, seja na política econômica e no ajuste fiscal, no apoio responsável do congresso nacional às reformas inadiáveis, a iniciar pela Nova Previdência já aprovada e à Reforma Fiscal, além de um amplo programa de desburocratização para a atividade empresarial. Por esta razão investimos R$ 25 milhões em renovação de frota no início deste ano e pretendemos investir mais, vislumbrando, obviamente, crescimento”, destaca.

Com os investimentos a Cargolift pode prospectar clientes. Só nos primeiros seis meses do ano a empresa assinou cinco novos contratos com multinacionais. Para a SIG Combibloc, fabricante de embalagens cartonadas assépticas, a empresa passou a fazer 100% do transporte de contêineres. Para o cliente TRW Automotive é feito o transporte “inbound”. Em abril a transportadora passou a atender a Arlanxeo, a partir de sua unidade no nordeste. E também foi iniciado o contrato de operação de transporte com a francesa Valeo.

Outros contratos também estão sendo assinados, segundo o diretor comercial da transportadora, Ramon Fressato Henche. “Finalizamos as negociações com a japonesa Denso, para a qual a Cargolift fará o transporte de contêineres a partir deste semestre. Isso representará pelo menos mais 5% de crescimento no faturamento de 2019, e é com este aumento que bateremos os 40% do ano”, anuncia.

A Cargolift possui hoje 13 unidades em operação no Brasil, com abrangência de Pernambuco ao Rio Grande do Sul. Em outubro entrará em funcionamento a nova unidade em Osasco, São Paulo, especializada em produtos químicos.

Além das unidades, outro investimento da transportadora é em projetos de inteligência artificial. Segundo o diretor administrativo financeiro da Cargolift, também responsável pela área de TI, Rafael Mansur, em 2019 a empresa investiu em tecnologia, cerca de 20% do resultado bruto do ano anterior. “Parte do resultado é direcionado para tecnologia, o que torna nossos serviços ainda mais diferenciados. Os investimentos chegarão, nos próximos meses, a R$ 7 milhões. Isso nos ajudará ainda mais no monitoramento dos caminhões, otimização de processos, definição de rotas entre outras coisas”, afirma.

Todo o investimento em modernização e ampliação, segundo Markenson, provoca crescimento em outras áreas da empresa também. “O aumento no número de contratos, unidades e frota, faz aumentar o número de colaboradores da Cargolift, e isso nos deixa muito feliz, pois estamos ajudando o país a reduzir o número de desempregados e com isso fazendo a economia melhorar. Sem contar os recursos que repassamos, por meio de impostos, aos projetos sociais, esportivos e culturais que apoiamos, e que atendem a pessoas carentes. E queremos que isso cresça cada vez mais, por isso somos otimistas sobre o futuro do país”, explica.

O Grupo CARGOLIFT é formado pelas empresas CARGOLIFT Logística S/A, Requinte Empreendimentos, Requinte USA LLC, CargoMARQUES e MatrixCARGO – empresa criada neste ano e que investe em plataforma de inteligência artificial com foco em logística. Além disso, o grupo é mantenedor do INSTITUTO CARGOLIFT, para o qual direciona 12% do LAIR (Lucro Antes do Imposto de Renda) das empresas para o desenvolvimento de projetos no terceiro setor.

O que são as ‘dark stores’ das gigantes do comércio e por que se proliferam pelo mundo

Gigantes do varejo como o Walmart, o Carrefour e a Target estão inaugurando cada vez mais “dark stores” (lojas escuras, em tradução livre) em diferentes regiões do mundo, incluindo na América Latina. São locais exclusivos para armazenamento, separação e envio de produtos online, mas diferentemente dos centros de distribuição tradicionais, que são gigantescos e longe da cidade, as “dark stores” são menores, localizadas em centros urbanos e parecidas com lojas comuns, mas fechadas para o público.

Inclusive muitas das “dark stores” são criadas no espaço físico de antigas lojas que tinham pouco movimento ou pouco lucro –as empresas fecham a loja normal e abrem uma “dark store”, explica Xavier Budet, professor de estudos econômicos da Universidade Aberta da Catalunha. Em algumas delas, os consumidores podem ir buscar os produtos que compraram online, mas pegam a compra já embalada, ou seja, não entram na loja.

Ou seja, elas são pontos de armazenamento ou coleta, o último estágio da cadeia logística. “A ideia das ‘dark stores’ é trazer mercadoria para mais perto do consumidor”, diz Antonio Iglesias López, professor da Escola de Marketing e Business (ESIC), de Madrid, e coordenador do mestrado em gerenciamento de logística e cadeia de suprimentos. “As pessoas compram online e querem ter os produtos em algumas horas.”

“É uma tendência que começou a se expandir pelo mundo e que cresceu nos países com maior desenvolvimento do comércio eletrônico”, diz ele. Ou seja, está crescendo especialmente nos EUA, na Europa e nos mercados asiáticos mais desenvolvidos. Embora nem todo mundo tenha confiança de fazer compras de supermercado na internet, os mais jovens tendem a preferir o comércio eletrônico.

Duas dificuldades de abrir esses depósitos em grandes centros urbanos são o custo e a disponibilidade do solo –porque um aluguel exorbitante pode matar os lucros. “Vamos ver cada vez mais a abertura de ‘dark stores’ no mundo, mas elas estarão situadas fora das áreas densamente povoadas”, diz Simon Mayhew, chefe do varejo online da IGD, uma organização britânica que estuda a indústria de produtos alimentícios.

Por isso, no Brasil a abertura (ou transformação de lojas) de “dark stores” é uma escolha feita mais pelas grandes marcas de varejo, especialmente de alimentos, pelo grande fluxo de produtos, segundo Aurélien Jacomy, CEO da consultoria de logística Diagma. Lojistas menores preferem o ” ship from store “, que consiste em distribuir os produtos vendidos online a partir dos estoques das lojas normais.

“Entre 50 e cem pedidos por dia, é possível manter a distribuição a partir do estoque. Mais que isso, o fluxo de separação cruza com o fluxo dos clientes, o que pode prejudicar a experiência do cliente. Então ter ‘dark stores’ vale a pena para quem recebe acima de cem pedidos por dia”, diz Jacomy. O desejo por rapidez na entrega é outro fator-chave para um varejista escolher abrir uma “dark store”. “É uma expectativa cada vez maior do cliente que a entrega seja mais rápida”, afirma.

Críticas

O surgimento das “dark stores” gera algumas preocupações, por exemplo, a de que lojas fechadas para o público no meio urbano contribuam para diminuir a vitalidade das cidades, um processo que se iniciou com os shopping centers há algumas décadas.

Logística 4.0: a evolução digital do setor logístico

A ideia de uma 4a Revolução Industrial, mais chamada de Indústria 4.0 tem levado a expressão para outros setores, já que não estamos apenas falando de processos de manufatura, e sim de uma transformação (digital) de toda a cadeia produtiva. Nesse caso, surge a Logística 4.0, que proporciona uma cadeia com mais planejamento de serviço e funcionalidade, melhor nivelamento de estoques, diagnósticos preventivos de manutenção de frota e custos menores ao longo dos processos.

Dentro deste termo, entre os propósitos almejados pelas corporações, estão: zero estoque, informações disponíveis em tempo real, visão integrada da cadeia de suprimentos, tempo de espera reduzido e centros de distribuição inteligentes.

Para Murilo Marin, gestor comercial das marcas Linde e Still, fabricantes de emplilhadeiras, o desafio das empresas é se atualizar e estar mais próximas dos clientes com estruturas práticas e funcionais. Para tanto, é necessário um planejamento e estruturação que leve à implantação da Logística 4.0.

“O rastreamento dos processos, da produção, do comportamento do maquinário e da performance dos departamentos pode ser confiável, basta contar com o auxílio de inovações que facilitem e deem mais assertividade à tomada de decisão”, explica.

Com ênfase nesta visão, o Grupo Kion, que trabalha com as marcas Linde, Still e Dematic, utiliza mais um conceito: Intralogística 4.0. De acordo com Marin, se trata de inovações tecnológicas integradas para movimentação e armazenagem de materiais de diferentes centros logísticos, indústrias e comércios.

“Entre as soluções proporcionadas, está o transporte, separação e distribuição de pedidos fracionados e gestão com WCS, acompanhadas de empilhadeiras com tecnologia de ponta e soluções para gestão inteligente de frotas, que medem o desempenho e geram mais segurança nas operações”, relata o gestor.

Segundo Marin, a sinergia dessas tecnologias é capaz de aumentar a capacidade de armazenagem, velocidade e ganho em produtividade com segurança. Ele diz que as empresas que estão se aperfeiçoando dentro desta evolução tecnológica precisam buscar parceiros que tenham know-how no trabalho de coleta de dados e ofereçam soluções conectadas e alinhadas ao propósito almejado pela companhia.

“Quando as soluções estão integradas em todas as partes do projeto (estrutura, tecnologia e máquinas), há otimização de recursos, evitando erros que remetam a retrabalhos e outros investimentos em curto espaço de tempo”, afirma. “Ou seja, é possível apresentar num projeto qual será a redução e em quanto tempo o investimento da corporação será pago.”

Como o GPA está “construindo a maior plataforma de varejo alimentar brasileiro”

Fazer supermercado é uma daquelas tarefas que não tem como escapar. Porém, ela pode ser feita de forma mais rápida e prática e, cada vez mais, personalizada. Antonio Salvador, CDO (Chief Digital Officer) do Grupo Pão de Açúcar (GPA), afirmou durante o Fórum E-Commerce Brasil 2019 que o cliente omnichannel compra duas vezes mais que aquele que compra apenas na loja física, com ticket médio 10% maior. E é focando nesse cliente que o GPA quer construir a maior plataforma de varejo alimentar brasileiro.

“30% do orçamento familiar é dedicado ao supermercado. A gente precisa desse cliente multicanal e sempre lembrar que a transformação digital não é só no e-commerce, mas também na loja física. A multicanalidade é uma realidade. Ou joga o jogo ou vai começar a ser derrotado. Por isso, os dados do cliente são ouro.”, cravou o executivo.

“A transformação digital existe apenas para melhorar a experiência do cliente e precisa ser factível e gerar resultados tangíveis para nossa companhia e seus acionistas. Qualquer coisa fora disso, é feira de ciência.” 

Peter Estermann – Diretor presidente do GPA

Mobile como protagonista

“O que mais incomoda os consumidores na loja física é mudar a gôndola de lugar. Isso também acontece no e-commerce, que é a bola da vez. E o mobile é protagonista do e-commerce, permitindo experiências cada vez mais personalizadas”.

  • ⅓ de todas as transações online já são feitas por dispositivos móveis
  • 83 é a média de aplicativos baixados em um smartphone
  • Mais de 3 horas é a média de uso diário desses dispositivos
  • “Para mim” é um termo de busca que mais cresce progressivamente (38% só nos últimos cinco anos)

Salvador explica que, com o celular, o valor da experiência omnichannel ganhou força mudando a forma como as pessoas interagem com as marcas: 85% dos clientes que consideram comprar online, já tiveram a primeira experiência com a marca na loja física; e 75% dos clientes continuam comprando nas mesmas plataformas online onde tiveram a primeira experiência de compra.

No Brasil, entre as categorias que mais crescem, lideram Alimentos, Bebidas e Cuidados Pessoais (45%), seguida por Informática (27%), Casa e Decoração (16%), Esportes e Lazer (10%), Eletrônicos (10%), Eletrodomésticos (8%) e Moda e Acessórios (6%). Segundo o executivo, entender o cliente é o que permite entregar cada vez mais personalização:

  • 34% costumam comprar alimentos indulgentes (salgadinhos, sobremesas etc)
  • 21% possuem hábitos saudáveis
  • 28% têm o hábito de fazer churrasco
  • 17% reúnem amigos em casa para fazer “esquentas”
  • 12% têm crianças em casa
  • 8% de preocupam com hábitos de beleza

Ainda segundo Salvador, 77% dos clientes do grupo utilizam o smartphone dentro das lojas para auxiliá-los na hora da compra, seja para agendar horário na fila, procurar informações sobre produtos, resgatar prêmios ou pesquisar preços, descontos e consultar lista de compras.

Salvador explica que o Grupo Pão de Açúcar se projeta em cinco pilares para sua transformação digital:

E-commerce

“O e-commerce é uma realidade, e o comportamento ainda é de compra abastecedora. São mais de 60 itens por cesta (seis vezes mais que na loja física) e o ticket médio é cinco vezes maior que na loja física”, afirma Salvador.

O que vem por aí:

  • Mais 35 lojas shipping from store (enviado da própria loja)
  • Lançamento da plataforma B2B Aliados
  • Marketplace Out: teste com Mercado Livre e Via Varejo
  • Compras recorrentes (programa em desenvolvimento): “A ideia é que o programa escolha aquelas compras chatas e que o cliente compre apenas os produtos novos”, explica o executivo
  • Machine Learning: para melhorar a experiência de compra a partir dos dados dos clientes

Super Apps

De acordo com Salvador, os aplicativos do grupo funcionam como ferramentas de personalização e experiência. 30% dos clientes abrem os apps pelo menos uma vez por mês e, destes, 40% se convertem em compras.

O executivo conta que o mais novo serviço do grupo é o James, que entrega as compras em algumas horas. A ideia é ajudar aquele cliente que precisa de ingredientes para fazer um jantar de última hora, por exemplo. “O James aumentou em quase 40% as vendas das lojas da região em que atende. O serviço deve chegar em mais 15 cidades em breve”.

Plataforma de mídia

O grupo também conta com interação de mídias, como blogs. Os folhetos com promoções diárias, por exemplo, agora são digitais. “Com a digitalização, é possível fornecer promoções personalizadas de acordo com o que o cliente já compra”, conta o executivo.

Outra novidade é a utilização de realidade aumentada, que foi usada, inclusive, na venda de ovos de Páscoa.

Inovação

“Há um ano em meio criamos um grupo de inovação, que conta com o Programa de Aceleração de Startups para a criação de novos projetos”.

Tecnologia

Nessa área, destaca-se a Loja Beta. “Estamos nos juntando com quem entende disso para repensar essa loja do futuro. Na Loja Beta, não há caixa, por exemplo. A ideia é oferecer várias jornadas de compra aos clientes. A chamamos de Beta porque ela nunca vai terminar”.