DHL lança método mais rápido de transporte conectando China e Paraná

Completando 20 anos de atuação em Curitiba, a DHL -empresa multinacional de entregas e transportes -, está lançando uma nova modalidade de envio de mercadorias, uma rota que engloba Brasil, Estados Unidos e China.

O MMX (Miami Multimodal Express) combina transporte marítimo e aéreo reduzindo pela metade o tempo de entrega tradicional de mercadorias, que normalmente leva 35 dias partindo de Shangai. Outra vantagem apontada pela empresa é a redução de custos no transporte destes produtos em comparação com os envios exclusivamente aéreos. A economia chega a 30%.

A DHL Global Forwarding é uma divisão do Deutsche Post DHL, empresa presente em 220 países e especializada em agenciamento de cargas. A empresa atende no Paraná principalmente empresas do setor automotivo, engenharia e manufatura, saúde, varejo, tecnologias e commodities. Entre as principais mercadorias que devem circular nesta nova rota estão bobinas e transformadores de usinas elétricas.

“Este serviço foi criado para atender um mercado cada vez mais globalizado e um consumidor mais exigente, com menor custo de frete e total monitoramento em tempo real e de porta a porta” , escreveu a empresa em um informativo sobre o serviço. “Outras vantagens do MMEX são o manuseio rápido no embarque da carga e nos pontos de conexão, terminal dedicado sem congestionamentos, descarga em 24 horas nas conexões, além de saídas programadas para o Aeroporto Internacional Afonso Pena” , conclui a publicação.

Gêmeos digitais de operações de logística podem otimizar cadeia de suprimentos

A DHL realizou um estudo inédito de tendências sobre “Digital Twins na logística” a partir de seu Centro de Inovação na Alemanha, que explica o conceito e a ascensão da tecnologia digital twins, bem como a forma como ela agrega valor aos negócios. A tecnologia, que envolve o uso de modelos digitais para compreender e gerenciar melhor os ativos físicos, já está bem consolidada em alguns setores e tem o potencial de mudar significativamente as operações logísticas.

Um digital twin ou gêmeo digital é uma representação virtual exclusiva de alguma coisa física que monitora e simula o estado físico, assim como seu comportamento, ou seja, a cópia digital permanece constantemente conectada ao objeto físico e se atualiza, automaticamente para refletir as mudanças ocorridas no mundo real.

Aplicados a produtos, máquinas e até mesmo a ecossistemas completos de negócios, os digital twins podem revelar insights do passado, otimizar o presente e até mesmo prever o desempenho futuro.

Matthias Heutger, vice-presidente sênior e diretor global de Inovação e Desenvolvimento Comercial da DHL

Explica que o mercado de digital twins deverá crescer mais de 38% ao ano, ultrapassando a marca de US$ 26 bilhões até 2025.

Segundo ele, os digital twins oferecem recursos incomparáveis para rastrear, monitorar e diagnosticar ativos que mudarão as cadeias de suprimentos tradicionais com uma ampla variedade de opções que visam facilitar a colaboração e a tomada de decisões fundamentada em dados, viabilizar processos de negócio simplificados e promover novos modelos de negócios.

Aplicações dos Digital Twins no setor de logística

Em logística, os digital twins podem ser usados em diversas aplicações ao longo de toda a cadeia, como por exemplo, no gerenciamento de redes de contêineres, no monitoramento de embarques ou na elaboração de sistemas de logística.

Sensores de IoT em contêineres individuais, por exemplo, mostram sua localização e monitoram eventuais danos ou contaminações. Esses dados fluem para um digital twin da rede de contêineres que usa o machine learning para garantir que os contêineres estejam sendo movimentados da forma mais eficiente possível.

Os digital twins podem ser aplicados não apenas para ativos individuais, mas também para redes e ecossistemas inteiros, como locais de armazenamento, combinando um modelo 3D das instalações físicas com dados operacionais e de estoque.

O sistema pode fornecer uma visão geral do estado das máquinas e da disponibilidade dos produtos, além de fazer previsões e tomar decisões autônomas com relação ao estoque ou às entregas. O mesmo princípio se aplica aos centros logísticos de grande porte ou às redes globais de logística.

Markus Kückelhaus, vice-presidente de Inovação e Pesquisas de Tendências da DHL Customer Solutions & Innovation

Acrescenta que os digital twins estão se tornando uma opção mais atraente e acessível para as empresas. Um exemplo é o uso de gêmeos digitais pela GE em parques eólicos para prever a saída de energia.

No estudo, a DHL examina os desafios da implementação, como as preocupações com a segurança cibernética, mas salienta que os cases de implementação dos digital twins estão se tornando mais frequentes, à medida que as tecnologias relacionadas se tornam mais confiáveis e acessíveis.

Empresas de vários setores, segundo Kückelhaus passarão a considerar a tecnologia como uma saída inestimável para o gerenciamento de sistemas complexos de ativos em tempo real e para o aumento da eficiência em seus processos.

O relatório termina fazendo algumas considerações sobre os investimentos e as mudanças necessários para a implementação bem-sucedida no setor de logística.

Alibaba quer Viracopos como centro de distribuição do AliExpress

Alibaba quer transformar o aeroporto de Viracopos, em Campinas, em uma espécie de centro de distribuição para mercadorias vindas da China. A ideia seria investir pesado no transporte de cargas e menos no de pessoas, de forma que o local possa servir como um ponto de apoio primordial para as operações da companhia no Brasil. Hoje, o país é o quarto maior mercado do e-commerce asiático.

O valor da negociação não foi revelado, mas ela estaria em andamento entre a Alibaba e a Aeroportos Brasil, concessionária formada por empresas privadas e que tem 51% de controle sobre Viracopos, enquanto os outros 49% de participação são de propriedade da Infraero.

A ideia seria adquirir essa parcela majoritária para desenvolver o projeto, que seria um grande passo rumo a operações locais da gigante chinesa por aqui, algo que já é comentado há anos pelo CEO Jack Ma. Em recente visita ao nosso país, por exemplo, ele também comentou estudos para ofertar crédito ao consumidor e investir em logística — algo que, agora, se encaixa com a empreitada em Campinas.

A Alibaba, entretanto, enfrenta competição nesse cenário. Desde a privatização, em 2011, o aeroporto de Viracopos vê um declínio no número de passageiros e voos, principalmente pela proximidade com São Paulo e seu gigantesco polo aeroportuário. Com dívidas milionárias e falta de investimento, inclusive com credores temendo um grande calote, uma mudança de controle se tornou viável e, principalmente, interessante para empresas privadas que desejam aproveitar as operações do lugar.

Um exemplo é a CCR, concessionária que pertence ao grupo Camargo Côrrea e que também está interessada nas operações de transporte de cargas. Enquanto isso, o fundo de investimentos IG4 quer pagar R$ 500 milhões aos acionistas e converter as dívidas de R$ 2,6 bilhões com o BNDES em ações, transformando Viracopos em uma espécie de ponto de parada para voos entre as regiões Nordeste e Sudeste do país — o que incluiria, por exemplo, a construção de uma linha de trem para ligar o aeroporto à capital paulista.

Enquanto isso, a Aeroportos Brasil se encontra em um processo paralisado de recuperação judicial, que aguarda, principalmente, a entrega de um plano para Viracopos. Nos anos recentes, a UTC, principal controladora da concessionária, se viu nas páginas dos jornais devido à prisão de seu diretor, Ricardo Pessoa, pela Operação Lava Jato e tentou, sem sucesso, devolver a concessão do aeroporto à União, algo que foi negado pela Anac. Um processo de cassação dessa permissão também foi negado pelo Superior Tribunal de Justiça.

Mercado Livre anuncia investimento de R$ 3 bilhões para melhorar logística no BR

Uma das plataformas mais utilizadas pelas pessoas para comprar produtos no Brasil é, sem dúvidas, o Mercado Livre. Não à toa, a empresa é líder no setor de comércio eletrônico na América Latina e, hoje (25), ela anunciou um investimento de R$ 3 bilhões dedicados às suas operações no Brasil. A companhia explica que grande parte desse capital será usada para incrementar a área logística, visando acelerar a velocidade de entregas das mercadorias, e para a expansão da oferta de serviços financeiros do Mercado Pago.

É interessante notar que o investimento equivale a 50% a mais do que foi realizado pela empresa ao longo de 2018 (R$ 2 bilhões), que já tinha sido duas vezes superior ao do ano de 2017 (R$ 1 bilhão).

De acordo com a Stelleo Tolda, diretor de operações da companhia, o Mercado Livre inicia uma nova etapa de investimentos no país, permitindo manter a liderança no setor além de ter “mais recursos para trabalhar no aprimoramento da experiência do cliente, seja na plataforma do Mercado Livre, seja na utilização dos serviços do Mercado Pago”.

Um desses esforços pode ser observado pelo início das operações do segundo centro de distribuição (CD) da empresa, localizado em Cajamar (SP), que começa a partir de hoje (25). O mais novo CD da empresa possui 111 mil m² e capacidade para armazenar até 10 milhões de unidades de produtos. Dessa forma, o Mercado Livre acabou ampliando em mais de 2 vezes sua malha logística, que passa ter 200 mil m². Essa rede também inclui um CD em Louveira (SP), com 51 mil m², e quatro Cross-Docking Centers, em São Paulo e cidades da região.

O diretor do Mercado Envios para América Latina, Leandro Bassoi, afirma que pretende agilizar o tempo de entrega em três vezes e diz que considera o centro de distribuição como “o coração e o pulmão de nossa operação logística no Brasil”.

“DHL lança método mais rápido de transporte conectando China e Paraná”

“Completando 20 anos de atuação em Curitiba, a DHL -empresa multinacional de entregas e transportes -, está lançando uma nova modalidade de envio de mercadorias, uma rota que engloba Brasil, Estados Unidos e China. O  MMX (Miami Multimodal Express) combina transporte marítimo e aéreo reduzindo pela metade o tempo de entrega tradicional de mercadorias, que normalmente leva 35 dias partindo de Shangai.”

“Outra vantagem apontada pela empresa é a redução de custos no transporte destes produtos em comparação com os envios exclusivamente aéreos. A economia chega a 30%.”

“A DHL Global Forwarding é uma divisão do Deutsche Post DHL, empresa presente em 220 países e especializada em agenciamento de cargas. A empresa atende no Paraná principalmente empresas do setor automotivo, engenharia e manufatura, saúde, varejo, tecnologias e commodities. Entre as principais mercadorias que devem circular nesta nova rota estão bobinas e transformadores de usinas elétricas.

“Este serviço foi criado para atender um mercado cada vez mais globalizado e um consumidor mais exigente, com menor custo de frete e total monitoramento em tempo real e de porta a porta”, escreveu a empresa em um informativo sobre o serviço. “Outras vantagens do MMEX são o manuseio rápido no embarque da carga e nos pontos de conexão, terminal dedicado sem congestionamentos, descarga em 24 horas nas conexões, além de saídas programadas para o Aeroporto Internacional Afonso Pena”, conclui a publicação.”

ID Logistics aumenta volume de negócios e melhora lucros no primeiro semestre de 2019

A ID Logistics, operador logístico internacional, apresenta os seus resultados no primeiro semestre de 2019. As suas receitas totalizaram 744,5 milhões de euros, um aumento de 10,9% (9,4% em taxas de câmbio constantes). Por outro lado, a receita operacional ordinária aumentou 31% chegando aos 19,5% milhões de euros. O lucro líquido permanece em 6,6 milhões de euros.

Eric Hémar, presidente e CEO da ID Logistics, comenta: “mantivemos o nosso desempenho financeiro ao mais alto nível no primeiro semestre de 2019, graças à forte procura dos nossos clientes por uma organização logística eficaz. Mantemos um posicionamento sólido, o que nos leva a um caminho de crescimento e aumento da rentabilidade. Aumentar o nível de satisfação do cliente, expandir o nosso portefólio e ampliar a nossa presença geográfica, permite-nos avançar firmemente em direção ao nosso objetivo.”

Rápido crescimento da receita

As receitas da ID Logistics no primeiro semestre atingiram 744,5 milhões de euros, um aumento de 9,4% ou de 10.9%, em taxas de câmbio constantes.

  • Em França, as receitas totalizaram 394,0 milhões de euros, um aumento de 5,6% em relação ao primeiro semestre de 2018. O crescimento foi impulsionado principalmente pelos novos contratos iniciados em 2018 e no início de 2019.
  • As receitas internacionais totalizaram 395,5 milhões de euros, um aumento de 13,1% em relação ao primeiro semestre de 2018. Devido ao efeito cambial negativo e ao tratamento contabilístico para a hiperinflação na Argentina, o crescimento orgânico foi de 16,0%. A contribuição dos novos contratos mencionados, bem como os efeitos positivos de preço e volume, conseguiram compensar a grande maioria dos ventos contrários à moeda. O desempenho nos mercados internacionais foi impulsionado principalmente pela Espanha, Alemanha, Holanda e Rússia.

Aumento dos benefícios das atividades ordinárias

A ID Logistics apresentou uma clara melhoria na rentabilidade das suas operações. O lucro decorrente das atividades ordinárias alcançou 19,5 milhões de euros no primeiro semestre de 2019. Isso representa uma margem operacional de 2,6%, um aumento de 31% em relação ao mesmo período de 2018. A entrada em vigor das novas normas IFRS 16 em 2019 teve um efeito positivo neste resultado. Sem ter em consideração o efeito das novas normas IFRS, o lucro das atividades ordinárias totalizou 17,2 milhões de euros, 15,4% a mais do que no primeiro semestre de 2018.

  • Em França, a margem operacional aumentou 3,7%, incluindo o impacto das IFRS 16, face aos 3,6% registados no mesmo período de 2018. A margem operacional continuou numa melhoria progressiva, mantendo o custo dos novos contratos iniciados em 2019 sob controlo e absorvendo o impacto negativo do fim do crédito fiscal do CICE.
  • A nível internacional, a margem operacional aumentou 1,1%, sem ter em conta o impacto das IFRS 16, o que representa uma melhoria em relação ao primeiro semestre de 2018. O aumento da produtividade dos contratos existentes compensa os custos iniciais de arranque dos novos contratos, em linha com um forte crescimento dos negócios e tendo em conta os efeitos cambias desfavoráveis estimados em 0,3 milhões de euros.

O lucro líquido do primeiro semestre de 2019 diminuiu ligeiramente para 6,6 milhões de euros, em comparação com os 7,4 milhões de euros registados no primeiro semestre de 2018. Este valor exclui um efeito negativo de 1,6 milhões de euros resultante da entrada em vigor das normas IFRS 16. Sem ter em conta este último impacto, o lucro líquido é de 8,2 milhões de euros, o que representa um aumento de 10,8%.

Forte economia e estrutura financeira sólida

A melhoria registada no segundo semestre de 2018, o aumento da EBITDA e a boa gestão da tesouraria, contribuíram para aumentar a geração de liquidez. Este aumento foi aplicado em novos investimentos, que totalizaram 36,7 milhões de euros no primeiro semestre de 2019, contra 23,2 milhões de euros no ano passado. A maioria inclui investimentos em novos projetos iniciados nos últimos 12 meses ou nos 12 seguintes, com uma importante componente de automação para dar resposta à procura dos clientes.

A 30 de junho de 2019, o endividamento líquido da ID Logistics era de 81,9 milhões de euros, excluindo o efeito das IFRS 16, dos 63 milhões de euros registados a 31 de dezembro de 2018. Uma vez que os passivos de arrendamento foram incluídos nas normas IFRS 16, a dívida totalizou 411,8 milhões de euros. Portanto, envolve manter a EBITDA num nível de 1x, excluindo o efeito das IFRS 16 (2x a EBITDA após as IFRS 16), refletindo por assim a elevada capacidade de investimento da ID Logistics.

A receita continuará a aumentar durante o período atual. De acordo com a sazonalidade habitual dos negócios, a ID Logistics espera alcançar um nível mais elevado de rentabilidade durante o segundo semestre em comparação com o primeiro.

Diálogo Logística se especializa na entrega de cargas fracionadas e conquista e-commerce

A Diálogo Logística, com sede em Porto Alegre, foi criada em 2015 e tem forte atuação no Sul do país. A empresa de logística não tem frota própria e investe na inteligência operacional para fazer a entrega de 300 mil volumes por mês em 1,2 mil cidades da região. Além da capilarização, a Diálogo aposta no atendimento diferenciado ao cliente e na tecnologia para expandir o serviço para todo o país ainda neste ano.

Para isso irá investir na contratação de equipe própria na área tecnológica e no desenvolvimento de soluções de big data, além de promover eventos de inovação aberta para buscar parcerias com startups. Com foco principal no e-commerce, com clientes como Netshoes, Magazine Luiza, Carrefour, Via Varejo e Renner, a Diálogo também deve ampliar a atuação para outros segmentos que demandam uma logística fracionada. Ela já atua com a distribuição de pequenas cargas para o varejo, como é o caso da Luxottica, e planeja expandir os serviços com foco nas entregas frequentes.

“Atualmente manter um estoque custa muito dinheiro para as companhias. Lojas têm estoques pequenos e não podem ter desperdício com compra errada. Então a tendência é que elas façam pedidos menores e com mais frequência e é neste ramo que atuamos”, explica Ricardo Hoerde, CEO da empresa. Para expandir nacionalmente, a companhia deve estabelecer ainda parcerias com operadores e centros de distribuição nas principais regiões do país.

A Diálogo tem crescimento médio de 105% no faturamento ao ano. O número de funcionários aumenta 113% anualmente e a empresa gera outras 1 mil oportunidades, por meio de parcerias com microempresários A Diálogo desenvolveu um aplicativo próprio que permite que os entregadores terceirizados atualizem em tempo real o status das entregas. Essa tecnologia facilita o processo de rastreamento das encomendas e controle da própria Diálogo, já que a empresa não tem veículos em sua frota e gerencia a atuação de centros de distribuição, empresas de frete e de coleta terceirizados.

“Nosso ativo é a inteligência da operação logística, da coleta até a porta do cliente. Nosso foco é no atendimento, fortalecendo a comunicação e a transparência, o que é fundamental para que tenhamos 98% das entregas dentro do prazo”, afirma Walter Bier, um dos sócios-diretores da empresa.

A Diálogo, que começou em um coworking e com apenas um cliente, hoje conta com uma carteira de 60 clientes. Atua principalmente com e-commerce, mas também faz entregas para o varejo e outros segmentos. A empresa tem filiaisem Porto Alegre (RS), Jundiaí (SP), Curitiba (PR) e Palhoça (SC) e mais 40 centros de distribuição parceiros espalhados pelos três estados do Sul, o que garante a alta capilaridade do serviço.

Os sócios da empresa, Ricardo Hoerde, Walter Bier e Mariele Franceschi, contam com duas décadas de experiência no ramo, pois atuavam nas operações de atendimento e de logística do Grupo RBS. Hoerde, por exemplo, era responsável pelo setor que fazia a entrega diária de cerca de 500 mil jornais nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. “A gente precisava entregar estes jornais antes das 6h em todas as cidades gaúchas e catarinenses. E se as entregas atrasassem, os leitores ligavam reclamando. Foi desta forma que aprendemos a focar no cliente e proporcionar o melhor atendimento possível”, realça Hoerde.

Neste ano, a Diálogo foi uma das empresas selecionadas para o Scale-Up da Endeavor, programa de aceleração voltado para iniciativas de alto impacto. A empresa de logística, com quatro anos de atuação, já é considerada uma scale-up — classificação utilizada para companhias que registram crescimento de pelo menos 20% durante três anos e que apresentam modelo de negócios escalável e inovador. No caso da Diálogo, o crescimento foi bem superior, de 105% ao ano.

Ipiranga vai começar a operar solução de delivery

A partir de setembro a rede de postos de combustível Ipiranga vai começar a operar uma solução de delivery.

“Vamos entrar com uma solução bastante expressiva de delivery. Começamos a rodar isto em setembro”, adiantou Marcelo Farrel, diretor da am/pm à NOVAREJO.

A capilaridade é um dos maiores desafios para a eficiência logística dos e-commerces brasileiros. A rede Ipiranga tem mais de quatro mil postos de combustível espalhados pelo Brasil. Isto dá à empresa vantagem competitiva no negócio.

Tanto é que a empresa sabe da vantagem que tem e por isso aposta no delivery: “O posto completo, e não estou falando só do negócio am/pm, pressupõe um last mile importante para qualquer iniciativa de delivery ou e-commerce”, diz Farrel.

Como o produto não foi lançado oficialmente ainda não se sabe qual será o mix disponível para entrega na casa dos consumidores.

A empresa deve usar o aplicativo de seu programa de fidelidade, o Abastece Aí, para operar a novidade. Ao mesmo tempo, a empresa vai atrás de parcerias com superapps.

Por isso, o Ipiranga começará a operar dentro do aplicativo da Rappi. O modelo deve ser parecido com a parceria do Carrefour com o aplicativo colombiano.

“Certamente teremos nossa solução proprietária, mas não existem restrições em operar com outras plataformas e marketplaces estabelecidos, que tenham uma proposta de valor consistente e que estejam bem posicionados no mercado”, explica Farrel.

Click and Collect

O Ipiranga já fez investimentos importantes no e-commerce. Para se ter ideia, a empresa opera um sistema de lockers para retirada de produtos adquiridos em e-commerces parceiros.

Com uma parceria com a Via Varejo, o Ipiranga permite que os consumidores comprem no Ponto Frio, Extra.com e Casas Bahia e retirem nos armários posicionados em seus postos de combustível.

O delivery da Ipiranga deve ser anunciado nas próximas semanas.

Como a logística 4.0 pode agregar valor ao negócio?

Inteligência Artificial, Big Data, Internet das Coisas, Cloud Computing, entre outras ferramentas e soluções tecnológicas de ponta estão revolucionando a área logística. É chamada Logística 4.0, em que a principal premissa é o ganho de eficiência por meio de processos automatizados, rápidos, inteligentes e conectados.

Na prática, com a logística 4.0, é possível monitorar cada uma das etapas da cadeia logística, desde a armazenagem até a entrega da carga, em tempo real. Neste contexto digital, o planejamento da operação é eficaz, evitando perdas e reduzindo custos desnecessários. Esse novo modelo é capaz de impactar positivamente o negócio, tornando-o mais competitivo, produtivo e rentável. “A logística 4.0 já é realidade para as empresas que buscam melhores resultados e vantagem competitiva, por meio de conectividade, agilidade e inteligência em toda a operação”, afirma Hésio Ferreira, gerente comercial da Intecom Logística.

Segundo Ferreira, com a implantação da logística 4.0, a empresa passa a ter maior foco nas estratégias, aumentando a qualidade e assertividade na entrega e garantindo a satisfação dos clientes. Os benefícios das soluções tecnológicas na logística podem ser detectados não somente nos processos mais ágeis, mas em diversas etapas, com a redução de perdas, aperfeiçoamento da análise de dados, aumento da satisfação dos clientes, melhora no gerenciamento dos estoques, entre outros.

Os benefícios da logística 4.0

Soluções tecnológicas estão transformando a maneira dos diversos setores de uma empresa atuarem. Com a área logística não é diferente. Abaixo, os avanços que essa transformação digital aplicada à operação logística pode gerar para as empresas:

1 – Acompanhamento em tempo real – Sistemas inteligentes e integrados levam a informação com agilidade para o ambiente on-line, possibilitando aos gestores o acompanhamento dos estoques, das entregas e de cada uma das etapas do processo logístico.

2 – Decisões estratégicas mais assertivas – Por meio de informações mais rápidas e transparentes, podendo ser acessadas e analisadas de qualquer lugar, uma vez que são armazenadas em nuvem, as decisões estratégicas podem ser tomadas de forma mais confiável, embasadas nos dados fornecidos e na visão 360 graus do negócio.

3 – Aumento da eficiência e redução de custos – Ao implantar e automatizar os processos, muitas das etapas adotadas anteriormente se tornam desnecessárias. Por isso, quando os processos são revisados, os custos operacionais tendem a cair, gerando eficiência para a operação. Os estoques são otimizados e os centros de distribuição ficam mais inteligentes e dinâmicos.

4 – Diminuição de perdas e maior segurança – Uma das principais características da logística 4.0, o acompanhamento em tempo real, permite prever e evitar perdas ao longo da operação.

5 – Satisfação do cliente – Com uma operação logística eficiente como um todo, entregas dentro do prazo e eficiência operacional, a logística 4.0 pode garantir a satisfação do cliente e gerar maior rentabilidade para a empresa, que passa a estar mais focada em seus negócios.

 

Cargo X otimiza operações da Mira Transportes com fretes de retorno

Com a nova parceria entre a Cargo X e Mira Transportes, tradicional transportadora de carga fracionada, especializada nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil, 70% dos caminhões da transportadora voltam para o ponto de origem com cargas obtidas pelo aplicativo Cargo X.

“Nós percebemos o grande desafio que os empreendedores de diferentes tamanhos no setor de transporte enfrentam e não queríamos que a Cargo X fosse mais um competidor, por isso, resolvemos ajudar essas empresas com tecnologia e dinheiro para fazer com que as operações dos transportadores crescesse cada vez mais”, continua Vega.

Entre as novas funcionalidades oferecidas pela Cargo X estão: capital de giro de 300 milhões de reais, marketplace gratuito com cargas disponíveis para transportadoras chamado de Cargo Force e tecnologias como Machine Learning e Big Data para otimizar e tornar a operação dos transportadores mais eficiente.

“As Regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil são conhecidas pela dificuldade de encontrar fretes para retornar ao ponto de origem. Esse problema representa até 30% do valor final dos fretes praticados. Com a Cargo X, até 70% dos nossos caminhões já voltam carregados por meio dos fretes disponibilizados pela logtech, assim estamos conseguimos zerar o custo operacional de retorno”, afirma Roberto Mira, presidente da Mira Transportes.

O diferencial da Mira Transportes está em sua região de atuação: “as transportadoras preferem focar nas regiões do Brasil em que o PIB está concentrado, nós seguimos por um caminho diferente e completamos 40 anos de atuação na região. Com as novas tecnologias oferecidas pela Cargo X, agora temos como melhorar ainda mais nossos serviços prestados e estamos estudando a expansão das nossas operações para outras regiões do País”, finaliza Mira.