A rota digital da logística

Tecnologia, tecnologia e tecnologia! Esse mantra é o que deve mover as distribuidoras de Tecnologia da Informação e Comunicações – TIC e seus parceiros logísticos para driblar as deficiências de infraestrutura no Brasil e melhorar os serviços de entrega, ao mesmo tempo em que diminuem os valores despendidos com o tema.

Em um país de dimensões continentais e ainda carente de rodovias, ferrovias e hidrovias como o Brasil, o componente logístico é problemático e superlativo, no sentido ruim do termo. Afinal, as companhias locais gastam algo como 12% de seu faturamento com custos dessa natureza – quase o dobro da média mundial que é de 7%. Pior, em performance logística, de acordo com os dados do Banco Mundial, o Brasil ocupa apenas a 56ª posição global e, na contramão, não podemos nos orgulhar de figurar como o sexto país em roubos de cargas.

Diante desse panorama nada favorável, discutimos os modelos mais eficientes e as soluções tecnológicas inovadoras que podem auxiliar o setor de distribuição a gerir a questão.

Mas como atender à principal demanda dos distribuidores de TIC em logística, campo que por si já é amplo e complexo, que exige visão organizacional, minuciosa gestão e administração de recursos materiais, financeiros, pessoa e de dados. Como manter estoques que atendam tanto à necessidade das revendas como à pressão dos fornecedores, sem que impacte negativamente nos negócios?

A resposta não é simples, mas o ponto principal é a previsibilidade da informação. Algo que permita que o canal consiga trabalhar com dados mais confiáveis como, em quanto tempo e de que maneira uma determinada carga se locomove de um lugar para outro enquanto os pedidos são processados. Somado a isso existe uma preocupação com a otimização dos custos.

Custos e terceirização
Questões como estas estão no radar da Associação Brasileira da Distribuição de Tecnologia da Informação, mas ainda não há uma atuação direta em termos de frete e logística. A ideia é que tão logo o grupo de trabalho esteja constituído, e entidade apresente opções para seus membros. “O objetivo é auxiliar na melhor gestão possível das questões logística e operacional dos negócios individuais de cada associado”, projeta Mariano Gordinho, diretor executivo da Abradisti.

O frete tem um impacto alto no faturamento do setor. Sistemas mais eficientes e integráveis que indiquem previsibilidade com o tratamento dos dados podem trazer uma eficiência maior na comunicação da carga. Frete à parte, a grande maioria dos distribuidores usa a terceirização de serviços logísticos como parte integrante em seus negócios, até por conta da própria complexidade que é administrar armazéns e toda a gestão associada à cadeia de abastecimento. Porém, claro, existem distribuidores de grande porte que investiram pesadamente em infraestrutura própria como forma de não ‘ficar nas mãos de terceiros’.

Outro fator importante nesta equação é a questão tributária do Brasil. Como os distribuidores têm que ter operações em diversos estados, é muito complexo manter operação em cada uma das regiões do País, sem contar os custos, gestão de pessoas etc.

Em síntese, a maioria acaba utilizando serviços já formatados e como os operadores logísticos oferecem a atividade para uma gama de clientes, o custo é barateado, melhora a eficiência, o controle e gestão, propiciando maior eficiência.

Digitalize-se ou devoro-te!
Independentemente do tamanho do distribuidor e do modelo adotado, seja terceirizado ou não, as tecnologias de gestão, automação, roteirização (a melhor rota dos fretes) e digitalização conseguem otimizar o processo logístico.

O processo de automação cresce cada vez mais e bots podem ser usados no setor de logística para melhorar a experiência do cliente. “A tecnologia aliada às pessoas aperfeiçoa o atendimento ao consumidor”, argumenta Jaqueline Amaral Fraga, especialista da área de distribuição e logística da Rede Cigam, fornecedora de software de gestão empresarial com especialização no tema.

O caminho da tecnologia é irreversível, mas como as próprias empresas de logística estão se movendo no sentido da transformação digital? O processo de digitalização ainda está desacelerado. Apenas 9% do mercado de transporte de cargas no Brasil é online e isso representa caminhoneiros ociosos, em média, 60% do tempo no terceiro maior mercado de logística do mundo. “Mas apostamos nossas fichas na tecnologia como forma de obter mais eficiência e eliminar todos os gargalos da logística do País”, assegura Federico Vega, CEO da startup de transportes Cargo X.

Mesmo com esse atraso apontado pelo executivo da Cargo X, a especialista da Cigam assegura que as empresas de logística têm buscado soluções que tragam maior eficiência das operações internas para movimentação de itens, como parte integrante do que o mercado chama de intralogística – que é a movimentação de materiais dentro de armazéns, unidades fabris e centros de distribuição –, e ainda em atividades como armazenamento e manipulação de produtos, sejam para abastecimento interno, ou ainda, atendimento a separação de pedidos. “Isto está extremamente ligado à busca por otimização de processos e a consequente melhora dos resultados”, conclui.

Pontos de atenção
Os distribuidores precisam ficar atentos e exigir que seus parceiros de logística atendam às melhores práticas de automação e digitalização, até como forma de diminuição dos custos e garantia de uma maior eficiência. Especialmente porque as empresas de logística e os canais de TIC estão (ou deveriam estar) umbilicalmente conectados, inclusive por meios digitais e sistematizados.

O controle do trânsito de cargas por meio da chamada roteirização, que implica em uma melhor definição de rotas e o consequente monitoramento dos meios de transporte seja rodoviário, marítimo, aéreo ou fluvial, e das cargas, é algo ainda mais sensível quando falamos em TIC. “Produtos relacionados à Tecnologia da Informação e Comunicação estão entre os mais visados para roubo de cargas, dado ao alto valor, por isso, exigem maior preparo no transporte”, aponta Vega.

E qual o futuro da prática e da conexão entre o operador logístico e o distribuidor de TIC? O CEO da Cargo X aponta que no médio prazo, a transformação digital deve ser cada vez mais adotada pelas duas pontas do setor, com novas plataformas de gestão, digitalização dos sistemas de comunicação e até mesmo com o uso de caminhões tecnológicos – capazes de operar de maneira cada vez mais autônoma. Algo que ganha eco no representante dos distribuidores. Afinal, a eficiência do operador logístico tem impacto imediato nos negócios, no qual um é percebido como o outro. “O cliente quando compra um item de um distribuidor de tecnologia, compra a entrega, a assiduidade e a pontualidade.

As empresas de logística e as do canal de TIC dependem umas das outras para que possam obter bons resultados nos negócios. A tendência é que eles estejam mais conectados por sistemas, aplicativos, soluções de telecomunicação mais eficientes e até, futuramente, inteligência artificial”, completa Gordinho.

A Uber das cargas pesadas
Startup criada em 2013 e chamada de Uber dos caminhões, a Cargo X, como o seu CEO a define é “um marketplace com soluções de tecnologia e capital de giro desenvolvidas para transportadoras e pequenos empreendedores frotistas”. Atualmente, a empresa conta com cerca de 350 profissionais e cresce à taxa de 20% ao mês.

“Queremos reescrever a cultura logística e vamos nos tornar o próximo unicórnio brasileiro em 2019″, projeta Federico Vega. O modelo da empresa acompanha ainda o que o mercado chama de logtech, neologismo que soma as palavras logística e tecnologia, carregando a ideia da tecnologia no seu DNA.

Entre as inovações, a empresa já utiliza machine learning, inteligência artificial e Big Data.

Enquanto isso, na China
Todo mundo conhece a Amazon e sua imensa capacidade de entregar milhões de produtos por dia, mas o futuro da inovação no setor logístico está do outro lado do mundo: na China.

No ano passado, o boom de entregas naquele país oriental atingiu a marca de 50 bilhões de pacotes despachados e a projeção é ultrapassar os 70 bilhões neste ano.

Esses números absurdos fizeram com que o setor logístico tivesse uma demanda explosiva por armazéns, e como forma de ganhar em atendimento e tempo, é preciso que estejam automatizados ao extremo.

Para se ter uma ideia, o custo logístico chinês está na casa dos 14,6% do PIB, bem distantes dos 7,7% dos Estados Unidos. Um dos projetos mais ambiciosos é do armazém Yuhua, em Nanquim, que atende a Suning, a maior rede de varejo do País.

No Yuhua, sistemas avançados de inteligência artificial e automatização com um exército de robôs de última geração são gerenciados por apenas 400 pessoas em um site gigante de 200 mil metros quadrados, que administra 480 mil produtos por hora. Ou seja, tem a capacidade de operar 345,6 milhões de produtos ao mês ou 4,1 bilhões por ano (se trabalhando em 24 horas por dia). Números que serão turbinados com a entrada da rede 5G. E a empresa já tem um próximo passo definido: utilizar uma frota de veículos autônomos, os drones, para as entregas de pequeno porte e distância.

A escolha do modal
A malha rodoviária ainda é mandatória no transporte de carga no Brasil! Sem dúvida, o modal mais utilizado e frequente é o rodoviário e efetuado por caminhões. É preciso escolher o melhor modal de transporte para o mercado interno. Para tanto, é preciso avaliar os trâmites específicos de cada operação e observar critérios como o peso e o tamanho da carga; o prazo; tipo de produto; o local específico da entrega sem esquecer da segurança do trajeto.

Claro, os produtos importados acabam chegando ao País por transporte marítimo, via aérea, ou na combinação dos dois. No entanto, em termos internos, o transporte pelas estradas é disparadamente o mais utilizado. Embora exista também a combinação intermodal, com uma mistura de transporte marítimo, aéreo e rodoviário.

Enquanto em outros países da Europa e da América do Norte, as ferrovias e mesmo as hidrovias têm seu papel e relevância, eles são quase que marginais em nosso país. O que fez, por exemplo, com que a greve dos caminhoneiros de 2018 tivesse um alcance e uma repercussão incrivelmente negativos em toda a economia.

“O impacto foi monstruoso. Chegamos a ficar semanas parados. Muitas coisas foram reprogramadas e muitos clientes entenderam a gravidade do momento, então foi possível minimizar o impacto”, aponta Mariano Gordinho, da Abradisti.

Startup de e-commerce B2B, Gaveteiro mira receita bilionária com parceria e aquisição

Quando o norte-americano Joshua Kempf decidiu largar seu emprego como executivo do banco Goldman Sachs para empreender no Brasil, em 2012, ele foi pesquisar a fundo o mercado do e-commerce. O que notou foi uma série de lojas de nicho crescendo – de artigos esportivos, moda, produtos para pets e tantos outros – no modelo B2C. A venda direta para empresas, no entanto, tinha pouca relevância em meios digitais. Neste cenário, ele teve a ideia de criar o Gaveteiro, ao lado do sócio alemão Benedikt Voller.

O Gaveteiro é um marketplace que vende todo tipo de produto B2B: para indústrias, escritórios, lojas, restaurantes e qualquer estabelecimento comercial. Hoje, ele conta com uma variedade de 270 mil produtos de milhares de fornecedores, 30 mil vendas diárias e 5 mil clientes. O foco, no entanto, é em suprimentos industriais.  Desde o início da operação, em 2013, a startup levantou R$ 35 milhões em investimentos.

Em entrevista exclusiva à StartSe, Joshua Kempf afirma que, embora tenha enorme potencial de receita, o mercado B2B é pouco conhecido pelo público em geral. “Gosto da ideia de ser um negócio que está fora do radar, que é gigante, mas ninguém ouve falar”, diz o empreendedor.

Para crescer neste mercado, o importante foi entender que as dores das empresas são diferentes da do cliente comum. “O comprador PJ não quer receber várias notas fiscais, uma para cada vendedor. Ele não vai rastrear três ou quatro entregas diferentes. Têm tantas regras de compliance nas empresas, toda uma burocracia para cada compra”. Neste sentido, o Gaveteiro reúne toda a cadeia de logística e cobrança: independente de quantos fornecedores diferentes houver em uma mesma compra, a entrega e a nota fiscal são únicas e realizadas pela própria startup. Ela tem centro de distribuição na Grande São Paulo.

Aquisição e parceria

Joshua Kempf tem a meta ousada de atingir R$ 3 bilhões em receita e, para isso, estima ser necessária uma base de 250 mil clientes. Uma das estratégicas para chegar neste patamar foi adquirir o Grupo NEI, que tem 45 anos de experiência e reconhecimento como produtor de conteúdo e reviews de produtos do mercado industrial. O empreendedor, inclusive, tomou a decisão de, a partir de 2020, abandonar a marca Gaveteiro e se posicionar apenas como NEI.

“Com o conteúdo do NEI, o marketplace e a logística do Gaveteiro, estamos fechando toda a cadeia” explica. O conteúdo gera os leads, que já são direcionados para a página de vendas onde o comprador, em poucas etapas faz a aquisição.

Também faz parte da estratégia de crescimento da startup a parceira, anunciada em junho, com a norte-americana Grainger. A empresa é a maior vendedora de suprimentos industriais em e-commerce dos EUA, com faturamento anual de US$ 11 bilhões.

A partir de agora, o estoque da Grainger está integrado no marketplace do Gaveteiro. A parceria atende principalmente a clientes que buscam produtos muito específicos que requerem a importação, tornando este processo de compra no exterior bem mais simples.

Outra parte importante do plano de crescimento da startup – que dialoga com o propósito da empresa de fomentar a indústria nacional – é financiar equipamentos aos compradores. Com taxas menores que bancos tradicionais, e sem a mesma burocracia, o Gaveteiro oferece linha de crédito para que as empresas possam investir na própria estrutura. E, por outro lado, o Grupo NEI (como será chamado em breve) ganha tanto com a venda quanto com o financiamento.

Fonte: startase.com

Grupo da DHL cresce 4,1% no primeiro trimestre de 2019

A receita total do Grupo Deutsche Post DHL aumentou 4,1% para 15,4 mil milhões de euros, entre janeiro e março face ao período homólogo do ano anterior. O lucro operacional (EBIT) aumentou 28,1%, para 1,2 mil milhões de euros.

Para Frank Appel, CEO do Grupo Deutsche Post DHL, os resultados foram os “esperados”, indicando que “estamos muito bem posicionados em mercados atrativos e que os nossos fatores fundamentais de crescimento estão intactos”.

O responsável máximo do grupo refere ainda que “o comércio eletrónico continua a crescer a nível mundial e, apesar de se ter perdido algum ímpeto, o comércio global ainda está a aumentar, exatamente como esperávamos para 2019”, admitindo que “estamos no bom caminho para atingir a nossa meta de gerar mais de 5 mil milhões de euros em EBIT no próximo ano”.

Nova divisão de e-commerce começou com forte crescimento
Desde 1 de janeiro de 2019, o negócio de encomendas internacionais do Grupo e a unidade de eCommerce da antiga divisão PeP operam como DHL eCommerce Solutions, uma divisão recém-criada. Ao posicionar essas operações como uma divisão independente, o grupo sinalizou a sua intenção de “aproveitar ainda mais o potencial de crescimento do comércio eletrónico em todo o mundo”, pode ler-se no comunicado. A receita da nova divisão aumentou 8,9% para mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2019.

Já na DHL Express, a receita aumentou 5,3% para 4 mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2019 face a igual período de 2018. O lucro operacional caiu ligeiramente para 453 milhões de euros (461 milhões de euros em 2018) devido, entre outras coisas, a efeitos cambiais negativos. Além disso, os lucros foram impactados negativamente pela decisão tomada no segundo semestre de 2018 de reduzir gradualmente os volumes de embarques particularmente pesados. A divisão pretende focar em cargas mais leves e com maior margem de lucro, a fim de aproveitar ainda melhor sua exclusiva infraestrutura global Express e aumentar ainda mais a rentabilidade ao longo do ano. A margem operacional da divisão Express no primeiro trimestre foi de 11,4% (12,2% em 2018).

Fonte: logisticaetransporteshoje.com

Estudo aponta desafios da logística para e-commerce

O estudo global da DHL Supply Chain revela que 70% das empresas B2C e 60% das empresas B2B ainda estão trabalhando para alcançar a implementação de uma estratégia logística integral, e 70% dos entrevistados classificam o e-commerce como “muito importante” ou “extremamente importante” para seus negócios em termos de volume de vendas e receita.

O relatório foi elaborado com base em uma pesquisa global com a participação de cerca de 900 diretores de logística e supply chain vinculados ao e-commerce. Os entrevistados atuam nos principais setores da indústria, incluindo varejo, bens de consumo, saúde, tecnologia, automotivo, engenharia e manufatura.

O estudo, intitulado “The e-commerce supply chain: Overcoming growing pains“, também descobriu as principais barreiras para a implementação total de uma estratégia de logística, que incluem mudanças nas expectativas dos clientes, no ritmo de entrega e nas limitações da infraestrutura existente, além de revelar as principais tendências:

1. Ascensão do ‘comércio social’ e mercados virtuais

Os consumidores estão se afastando de compras on-line a partir de sites corporativos. 67% das vendas online B2C terão lugar no mercados virtuais até 2022. Nabil Malouli, VP, Ecommerce Global da DHL explica que até recentemente, a maioria era marcas, distribuidores e varejistas que nos vendiam o que consumimos online. Agora, no entanto, não são apenas Amazon, Alibaba, eBay e Etsy, e sim alguns dos novos jogadores, permitindo o comércio social – os Instagrams e Pinterests

Segundo Malouli, essa tendência mostra a importância crítica de colocar as expectativas dos clientes como o centro de qualquer estratégia de e-commerce. A dificuldade é que, ao fazer isso, as empresas estão tentando alcançar um objetivo em constante mudança.

“Chegamos a um ponto em que as demandas dos clientes evoluem constantemente e as empresas estão sob enorme pressão para manter-se atualizadas. Elas vivem um processo contínuo de adaptação de seus modelos de e-commerce para atender às constantes mudanças, o que se torna um verdadeiro desafio para alcançar a implementação integral de seus planos de e-commerce”, acrescenta Malouli.

Apesar disso, está claro que o setor de supply chain deve continuar focando-se na satisfação dos consumidores. Deve ser também ágil o suficiente para responder a novos modelos de negócios, a expectativas de serviço e às necessidades tecnológicas dos compradores, a fim de reter os clientes existentes e atrair novos.

2. Abordagens inovadoras serão a chave para combater a escassez de trabalho

O boom do e-commerce é um dos fatores que contribuem para a escassez de mão de obra no setor de logística, especialmente durante os períodos de pico, como o período de férias. Com dias de pico representando até 30% do volume do ano para alguns varejistas, é crucial que as ordens sejam cumpridas no prazo para não perder o cliente.

A evolução da demanda por e-commerce indica que, nos próximos 3 a 5 anos, mais de 50% das empresas farão algum tipo de mudança em sua estratégia de distribuição. Para lidar com essa pressão, muitas empresas estão optando por fazer parcerias com operadores logísticos independentes (3PL), com os quais conseguem aumentar seus recursos e suas capacidades internas a fim de escalar de forma rápida e eficaz e, desta maneira, explorar todas as oportunidades oferecidas pelo e-commerce.

Malouli acrescentou: “O que as empresas precisam neste processo varia dependendo do ponto em que elas se encontram neste caminho, já que todas estão em diferentes estágios de implementação da estratégia de e-commerce”.

3. Crescimento em e-commerce significa crescimento em retornos

A consequência lógica de crescimento do e-commerce é o aumento de mercadorias devolvidas. Isso tem um impacto sobre a armazenagem, onde a necessidade de logística reversa é o principal fator no espaço a ser arrendado. De acordo com especialistas em propriedade comercial, quando os consumidores compram um item em uma loja, a taxa média de retorno é inferior a 10%. Com compras pela internet, a taxa de retorno pode ser mais de 30%, por isso há uma enorme diferença.

Nabil Malouli concorda que o aumento da taxa de retorno representa uma preocupação financeira e logística para as empresas. No entanto, ele diz que há uma oportunidade para os varejistas criarem um diferencial na taxa de retornos.

“Se eu tiver uma boa experiência de consumo é provável que volte a comprar a partir desse varejista novamente. Mas se eu tiver um mau retorno, a probabilidade de comprar novamente é muito baixa.”

4. A convergência do on-line e off-line

As empresas mais bem sucedidas serão aquelas que têm uma estratégia on-line e uma equivalente ao offline, e que ao se concentrarem em uma estratégia de omni-channel, são capazes de incorporar ambas. “Já estamos vendo a convergência de on-line e off-line com transações como compra de Whole Foods – cadeia de supermercados ‘físico’ da Amazon com resultados de US$ 14 bilhões. Na China, por sua vez, o conglomerado Alibaba tem revelado o seu ‘novo retail’, como parcerias com 600 mil lojas menores, incluindo a construção do seu próprio centro comercial de cinco andares”, diz Malouli.

Essas estratégias de negócio mostram que, além do desejo moderno para uma abordagem integrada de compra, cada vez mais, uma empresa está buscando atuar na região da outra. Enquanto a Amazon expandiu seu serviço Prime na China, o Alibaba levou seu sistema de pagamento móvel para os Estados Unidos.

JACK MA, O FUNDADOR DO ALIBABA, NO IPO QUE CAPTOU US$ 25 BILHÕES NA BOLSA DE NOVA YORK, EM 2014 (FOTO: GETTY IMAGES)

Segundo Nabil, quando os clientes compram algo de uma marca, eles querem a mesma experiência, seja online ou offline, e algumas empresas estão gerindo essa convergência melhor do que outros. Ele diz que a Zara, por exemplo, criou uma experiência omni canais na sua nova loja conceito de Londres. Mas outras empresas que começaram, principalmente como distribuidores de marcas e que deixam o on-line e o off-line a cargo de diferentes outras empresas, com diferentes backbones e tecnologias, têm dificuldade em gerir a experiência. “A convergência é fundamental”, afirma.

Esse cenário também se aplica aos principais países Latino-americanos, principalmente Brasil, Colômbia, México, Chile e Argentina. Com diferentes taxas de crescimento e níveis de infraestrutura, os desafios são distintos, mas nada é simples no mercado de e-commerce.

O Brasil, por exemplo, se encontra em um momento de grande transformação e desenvolvimento nesta área. “O mercado de e-commerce cresceu dois dígitos nos últimos anos e ainda tem muitas opções de expansão. Tanto que muitas empresas, de diferentes segmentos e tamanhos, estão investindo fortemente nesta área e a logística tem que acompanhar este desenvolvimento”, afirma Luiz Moreira, CCO de Desenvolvimento de Negócios da DHL Supply Chain América Latina.

“No e-commerce, o que aparenta ser simples, operacionalmente é desafiador. Primeiro, há o desafio de mover o estoque de vários fornecedores para perto dos consumidores, mantendo uma enorme variedade de itens em estoque e atendendo a uma expectativa de agilidade que vira a questão central da logística para o comércio eletrônico. Ao mesmo tempo, esta demanda pode ser bastante volátil, requerendo habilidade para gerenciar picos de recursos humanos e transportes”, acrescenta Moreira.

Fonte: logisticabrasil.com

Logística para e-commerce: o desafio de soluções logísticas para uma indústria em evolução

Estudo global da DHL Supply Chain considerou a opinião de 900 diretores de logística vinculados ao e-commerce70% das empresas B2C e 60% das empresas B2B continuam trabalhando para alcançar a implementação de uma estratégia logística integralA pressão para atender as expectativas de seus clientes continua sendo um desafio para as empresas ao desenvolver suas ofertas de e-commerce, além de garantir que elas tenham a velocidade e agilidade em seus modelos logísticos para se adaptar rapidamente às mudanças

São Paulo, 13 de agosto de 2019 – A DHL, empresa global líder em logística, apresentou seu último relatório sobre a evolução da cadeia de suprimentos no setor de e-commerce. O estudo revela que 70% das empresas B2C e 60% das empresas B2B ainda estão trabalhando para alcançar a implementação de uma estratégia logística integral, e 70% dos entrevistados classificam o e-commerce como “muito importante” ou “extremamente importante” para seus negócios em termos de volume de vendas e receita.

O relatório foi elaborado com base em uma pesquisa global com a participação de cerca de 900 diretores de logística e supply chain vinculados ao e-commerce. Os entrevistados atuam nos principais setores da indústria, incluindo varejo, bens de consumo, saúde, tecnologia, automotivo, engenharia e manufatura.

O estudo, intitulado “The e-commerce supply chain: Overcoming growing pains”, também descobriu as principais barreiras para a implementação total de uma estratégia de logística, que incluem mudanças nas expectativas dos clientes, no ritmo de entrega e nas limitações da infraestrutura existente.

Nabil Malouli, Global e-Commerce Product lead da DHL Supply Chain disse: “O novo estudo mostra a importância crítica de colocar as expectativas dos clientes como o centro de qualquer estratégia de e-commerce. A dificuldade é que, ao fazer isso, as empresas estão tentando alcançar um objetivo em constante mudança”.

“Chegamos a um ponto em que as demandas dos clientes evoluem constantemente e as empresas estão sob enorme pressão para manter-se atualizadas. Elas vivem um processo contínuo de adaptação de seus modelos de e-commerce para atender às constantes mudanças, o que se torna um verdadeiro desafio para alcançar a implementação integral de seus planos de e-commerce”, acrescenta Malouli.

Apesar disso, está claro que o setor de supply chain deve continuar focando-se na satisfação dos consumidores. Deve ser também ágil o suficiente para responder a novos modelos de negócios, a expectativas de serviço e às necessidades tecnológicas dos compradores, a fim de reter os clientes existentes e atrair novos.

A evolução da demanda por e-commerce indica que, nos próximos 3 a 5 anos, mais de 50% das empresas farão algum tipo de mudança em sua estratégia de distribuição. Para lidar com essa pressão, muitas empresas estão optando por fazer parcerias com operadores logísticos independentes (3PL), com os quais conseguem aumentar seus recursos e suas capacidades internas a fim de escalar de forma rápida e eficaz e, desta maneira, explorar todas as oportunidades oferecidas pelo e-commerce.

Malouli acrescentou: “O que as empresas precisam neste processo varia dependendo do ponto em que elas se encontram neste caminho, já que todas estão em diferentes estágios de implementação da estratégia de e-commerce”.

Esse cenário também se aplica aos principais países Latino-americanos, principalmente Brasil, Colômbia, México, Chile e Argentina. Com diferentes taxas de crescimento e níveis de infraestrutura, os desafios são distintos, mas nada é simples no mercado de e-commerce.

O Brasil, por exemplo, se encontra em um momento de grande transformação e desenvolvimento nesta área. “O mercado de e-commerce cresceu dois dígitos nos últimos anos e ainda tem muitas opções de expansão. Tanto que muitas empresas, de diferentes segmentos e tamanhos, estão investindo fortemente nesta área e a logística tem que acompanhar este desenvolvimento”, afirma Luiz Moreira, CCO de Desenvolvimento de Negócios da DHL Supply Chain América Latina.

“No e-commerce, o que aparenta ser simples, operacionalmente é desafiador. Primeiro, há o desafio de mover o estoque de vários fornecedores para perto dos consumidores, mantendo uma enorme variedade de itens em estoque e atendendo a uma expectativa de agilidade que vira a questão central da logística para o comércio eletrônico. Ao mesmo tempo, esta demanda pode ser bastante volátil, requerendo habilidade para gerenciar picos de recursos humanos e transportes”, acrescenta Moreira.

Fonte: portogente.com

Como os varejistas podem sobreviver à “Era Amazon”?

E quanto o Prime Day 2019 da Amazon foi cheio de complicações, desde protestos de trabalhadores até investigações antitruste, a gigante de tecnologia novamente quebrou recordes com 175 milhões de itens vendidos, superando tanto a Black Friday quanto a Cyber ​​Monday combinadas. As informações são do site TechCrunch.

Em apenas 20 anos, a Amazon revolucionou o setor de logística, cumprindo ordens diretamente e oferecendo seus serviços de atendimento a terceiros que vendem no mercado da Amazon. Este ano, mais da metade das famílias dos EUA serão membros Prime. Como a Amazon continuamente reduz os custos e tempo de entrega, as expectativas dos consumidores continuam aumentando. Mas o que isso significa para outros varejistas?

Para sobreviver na “Era Amazon”, a forma como as empresas armazenam e entregam bens físicos até seu destino final precisará mudar profundamente na próxima década. Abaixo estão alguns dos principais desafios enfrentados pelo cenário de logística e três previsões para o que podemos esperar:

O desafio

Derrubar a Amazon é difícil devido ao seu tamanho, abrangência, profundidade de infra-estrutura de armazenagem e atendimento e automação de ponta. Enquanto isso, a típica cadeia de suprimentos de logística tornou-se cada vez mais complexa, desde o transporte de bens físicos das instalações de fabricação até a entrega de última milha aos consumidores. Além disso, a tecnologia legada se esforça para fornecer insights acionáveis ​​devido à baixa transparência, fluxo de informações ineficiente e automação limitada.

A diferença entre as expectativas do remetente e os recursos dos provedores de logística continua aumentando, assim como a capacidade e os recursos, mas diminuindo a visibilidade e o controle do remetente no processo.

Agora, também leve em consideração outros fatores, como a escassez de operários e o efeito líquido da indústria, e a inovação nas operações de entrega e armazenamento que está se tornando necessidade premente.

O que vem a seguir para logística?

Os remetentes precisarão cada vez mais reinventar sua cadeia de valor de logística e atualizar várias funções, do armazenamento à distribuição, bem como alavancar novos parceiros que tragam tecnologias e conhecimentos inovadores.

As startups de tecnologia, que estão bem posicionadas para criar soluções enxutas e eficazes para todo o setor, são aquelas que se concentram na solução de pontos problemáticos específicos, incluindo melhoria, visibilidade em toda a cadeia logística, velocidade de entrega, rentabilidade de armazenamento e atendimento

Nos últimos anos, a onda de “consumerização de TI” atingiu o setor de logística, o que significa que os profissionais de negócios esperam que o software corporativo se pareça com os aplicativos de consumo que eles usam todos os dias — simples, rápido e fácil de usar.

A infraestrutura legada da maioria das empresas apresenta desafios com rastreamento fácil ou visibilidade do inventário existente. Uma nova onda de soluções apoiadas por capital de risco, que combinam tecnologia e execução, surgiu para resolver esses problemas.

Tome Shipwell (frete), Stord (armazenamento) e Shipbob (atendimento), por exemplo — essas soluções podem fornecer ofertas digitalizadas de ponta a ponta com a velocidade, confiabilidade e acessibilidade que são vitais para as equipes de operação de remessa.

Embora ainda não haja um vencedor claro de gerenciamento de estoque ou de nova geração nos EUA, os primeiros sinais indicam que os provedores de capacidade estão avançando nessa direção, oferecendo mais soluções, como fluxo de trabalho e ferramentas de painel adicionais, às suas ofertas de serviços.

O envio no mesmo dia será a norma

O recente anúncio de envio de um dia da Amazon é um precursor de onde o setor está sendo empurrado. De acordo com a Invesp, mais de 65% dos varejistas pesquisados ​​esperam oferecer entrega no mesmo dia nos próximos dois anos.

Muitos estão tentando resolver soluções de atendimento de ponta a ponta para players de comércio eletrônico, incluindo armazenamento, embalagem, atendimento, transporte e serviços de logística reversa. Startups como Deliverr, Shipmonk e Darkstore oferecem soluções competitivas ou melhores em termos de custo e velocidade, geralmente controlando o fornecimento de armazenamento diretamente e terceirização ou fornecimento de crowdsourcing.

Outros se tornaram verticais, como a empresa Cathay Innovation e o aplicativo de entrega Glovo, que lançou recentemente sua versão de darkstore, que é do tamanho de uma garagem com estoque limitado dentro das cidades, mas com o objetivo de garantir 15 minutos de entrega.

De acordo com o CEO da Glovo, Oscar Pierre, “as lojas Dark são uma grande prioridade para nós, e planejamos abrir novas lojas em Barcelona, ​​Lisboa, Milão e Tbilisi no próximo ano. Ser capaz de entregar em 20 minutos tem uma influência enorme na decisão do cliente. Quando o prazo de entrega é curto e a sensibilidade ao preço é baixa, é isso que faz com que as pessoas decidam entre ir à loja de conveniência local ou fazer o pedido pelo aplicativo.”

A expectativa de velocidade de entrega está experimentando sua própria “lei de Moore” e é uma área em que vemos uma grande quantidade de oportunidades, dada à confluência de mudança necessária do varejo físico que atende às expectativas digitais.

Fonte: e-commerce Brasil

Comemorando 20 anos de atuação em Curitiba, DHL lança serviço exclusivo de embarques da China para o Brasil

A DHL Global Forwarding, divisão do Deutsche Post DHL Group especializada em agenciamento de cargas, completa neste ano 20 anos de atuação em Curitiba. Com forte expertise em fretes marítimos, aéreos, rodoviários e desembaraço aduaneiro, a companhia atende as principais indústrias do Estado, tendo como destaque a automotiva, engenharia e manufatura, saúde, consumo e varejo, tecnologias e commodities. A DHL trabalha ainda como gestora de cadeias de suprimentos e projetos de transporte de carga com peso e medidas especiais, como bobinas e transformadores de usinas elétricas.

Para comemorar, além de reunir convidados para um coquetel especial na Ópera de Arame, a DHL Global Forwarding anuncia um serviço exclusivo: o “Miami Multimodal Express” (MMEX), que oferece aos clientes da DHL menor tempo de trânsito no transporte das cargas que saem da China com destino ao Brasil, incluindo Curitiba, com custos mais competitivos em relação aos praticados no mercado. Além de inovador, o MMEX integra diversos modais para tornar a operação mais rápida e eficaz.

Este serviço foi criado para atender um mercado cada vez mais globalizado e um consumidor mais exigente, com menor custo de frete e total monitoramento em tempo real e de porta a porta. Outras vantagens do MMEX são o manuseio rápido no embarque da carga e nos pontos de conexão, terminal dedicado sem congestionamentos, descarga em 24 horas nas conexões, além de saídas programadas para o Aeroporto Internacional Afonso Pena.

Fonte: paranashop.com

Startup Cargo X cresce 20% ao mês e adota sistemas 100% conectados

A startup de logística Cargo X anunciou a renovação do seu ambiente para um modelo ainda mais conectado, porém sem fios.

A necessidade surgiu do crescimento de aproximadamente 20% ao mês, logo foi preciso adotar uma solução que garantisse 100% de conectividade, em qualquer lugar do escritório, com suporte para até três dispositivos por colaborador.

Nascida em 2013 para conectar caminhoneiros autônomos a grandes empresas, a Cargo X se consolidou como startup de logística. A ideia da empresa foi de Frederico Vega, que considerou a relevância do Brasil neste mercado. Mas, também, porque o terceiro maior mercado de logística do mundo sofria com a falta de profissionalização do setor.

Um dos grandes motes, relacionados ao tempo útil do caminhoneiro, foi reorganizar seu tempo para que não fosse gasto “rodando” sem carga.

Assim, a startup uniu as duas pontas do negócio através da tecnologia. Ela cuida de toda a intermediação e elimina os “atravessadoras”.

Vega aponta que a agilidade é uma característica necessária para o funcionamento da Cargo X. “Todos os esforços são voltados para obter respostas rápidas e é o que temos conseguido com essa alta conectividade”, diz o CEO.

Adotar uma solução inteiramente conectada nos escritórios foi papel do Grupo Binário. Thiago Haidar, gerente de negócios da companhia, cita que o produto ideal para atender a demanda “foi uma solução wireless com a qual o funcionário pode estar em qualquer ponto do escritório com a mesma qualidade de conexão”.

Ele também aponta que a infraestrutura sem fios custou, em média, 60% a menos em comparação com um orçamento físico de fios e cabos. Para a Cargo X, “toda importação e implementação levou cerca de 30 dias, quando anteriormente, só a etapa de importar o produto demoraria 45 dias”, completa.

Fonte: itforum365

Cresce a demanda por transporte aéreo de produtos de alto valor agregado

O transporte de cargas no modo aeroviário vem crescendo em um ritmo superior a 10% no Brasil, nos últimos dois anos, impulsionado pela segurança e rapidez que oferece para as cargas de maior valor agregado como fármacos, eletroeletrônicos, equipamentos médicos e automotivos. O volume de cargas e correios transportados no ano passado chegou à casa de 1,25 milhão de toneladas, com o transporte internacional sendo responsável pela movimentação de 821,2 mil toneladas (65%), segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT).

Segundo Priscila Miguel, professora da Fundação Getúlio Vargas e pesquisadora do GVcelog, Centro de Excelência em Logística e Cadeias de Abastecimento da FGV, “o crescimento foi possível graças à modernização dos aeroportos.

Entretanto, ela destaca as limitações do modal que vão além do preço. “O modal aéreo não pode transportar produtos perigosos nem volumes muito grandes, por exemplo”, diz.

O crescimento expressivo do modal aéreo vem sendo observado também no armazenamento de cargas pela Wilson Sons Logística. A empresa registrou um aumento superior a 150% entre 2017 e 2018 na movimentação na Estação Aduaneira de Interior (EADI), em Santo André (SP), a partir dos aeroportos de Guarulhos e Viracopos. A unidade integra a Plataforma Sudeste, formada também por um Centro de Distribuição.

“São cargas de maior valor agregado, porque o custo do frete aéreo é maior que o marítimo. Geralmente, são produtos e insumos mais perecíveis, então o tempo é determinante”, explica a diretora Comercial do Tecon Salvador e da Wilson Sons Logística, Patrícia Iglesias.

De acordo com a executiva, os bons números fizeram com que o serviço passasse a ser oferecido desde o segundo semestre de 2018 pela Plataforma Nordeste, localizada no município de Ipojuca (PE), a um quilômetro do complexo industrial de Suape.

“As cargas movimentadas são, em sua maioria, produtos fármacos, eletroeletrônicos, equipamentos médicos e automotivos”, confirma. A operação de transferência da carga para a zona secundária envolve desde a desconsolidação até a nacionalização e armazenagem, de forma integrada, com maior agilidade e com segurança legal.

DHL também promoveu uma reformulação total no gateway de importação e exportação localizado no aeroporto internacional da capital paulista. A divisão de cargas expressas da DHL fez aportes de R$ 23 milhões para modernizar e aumentar a eficiência do seu gateway no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Com a nova configuração, o terminal, que processa as exportações brasileiras para cerca de 220 destinos no exterior e as importações provenientes do nordeste da Ásia, da Europa e de parte dos Estados Unidos, atingiu a capacidade de processar 1,8 mil remessas por hora, o que representa quase o dobro do que ocorria anteriormente.

Além disso, o gateway reduziu em 30 minutos o processo de preparo das remessas para o exterior. As obras foram realizadas ao longo do ano passado e o terminal começou a funcionar totalmente renovado em janeiro deste ano.

Os investimentos foram feitos devido ao aumento de demanda. Em 2018, segundo a CEO da DHL Express Brasil, Mirele Griesius Mautschke, houve um crescimento de mais de 70% no volume de cargas. “Apesar das dificuldades, 2018 foi um ano muito bom. O novo gateway amplia nossa capacidade, eficiência e qualidade no processamento de importações e exportações.

É também mais uma garantia de agilidade para nossos clientes em suas operações internacionais, impulsionadas tanto pelo crescimento do e-commerce quanto pela gradativa recuperação da economia brasileira”, declara.

O comércio eletrônico representa cerca de 30% das cargas que passam pelo gateway. Outro fator que tem impulsionado os resultados da empresa é o segmento de produtos biológicos e farmacêuticos.

“Agora, temos uma área dedicada às remessas refrigeradas que exigem trocas de gel antes do embarque, para garantir que o produto chegue ao seu destino na temperatura correta“, afirma Mautschke.

“Ampliamos nossa atuação nesse nicho, principalmente no que se refere às pesquisas clínicas. Para isso, adequamos nossas instalações e conseguimos as licenças necessárias.”

Os principais mercados nos segmentos biológico e farmacêutico estão no Brasil, Colômbia, Chile, México e Panamá. A DHL Express transporta mercadorias de diferentes segmentos, como eletrônico, químico, automotivo, têxtil e moda.

“Os setores são bem diversificados. E o Brasil tem muito potencial para crescer no e-commerce, principalmente na exportação. Estamos preparados para esse incremento”, diz a CEO da DHL.

Para ela, ainda existem algumas barreiras para que o setor tenha uma expansão mais significativa. “Existe uma regulamentação excessiva no Brasil, o que cria barreiras para as empresas. A infraestrutura deficiente e os custos de operação também prejudicam bastante.”

Segundo a executiva, as reformas deram grande atenção às questões de desembaraço aduaneiro e demais normas regulatórias. O espaço conta com salas para inspeção de remessas selecionadas pela Receita Federal, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que são equipadas com ar-condicionado, mobiliário adequado e câmeras de segurança. Todas as encomendas retidas pela fiscalização são armazenadas no próprio gateway, para melhorar a logística de armazenamento e o fluxo de liberação.

No caso da importação, as remessas são recebidas a partir de oito voos comerciais provenientes de Miami, Madri, Frankfurt, Santiago, Amsterdã, Barcelona, Buenos Aires e Lima. Já as exportações são expedidas por meio de 14 voos comerciais, que se conectam às malhas aéreas internacionais da DHL em todo o mundo.

Com uma equipe de mais de 140 pessoas, o tempo médio de liberação das remessas na importação é inferior a 24 horas.

“Dentro de nosso processo, as esteiras motorizadas têm papel importante. São mais de 350 metros quadrados de esteiras modernas e interligadas, que permitem que as remessas selecionadas pelos órgãos aduaneiros sejam disponibilizadas para inspeção física de forma segregada e com maior agilidade. Com isso, reduzimos o tempo de liberação de remessas na exportação, por exemplo”, conta Mirele Mautschke.

As instalações são monitoradas em tempo integral, com rígido controle de acesso, atendendo aos requisitos de certificação Tapa e OEA, e as áreas para cargas refrigeradas e perigosas estão de acordo com as normas da International Air Transport Association (Iata).

Para facilitar o processo de carregamento e descarregamento, foram instalados o sistema de caster deck, com rodas deslizáveis, e o equipamento fast global, que ajudam no manejo de contêineres e na sua movimentação. A DHL é a única empresa a ter um terminal de courier exclusivo no aeroporto de Guarulhos.

COMÉRCIO VIRTUAL

De acordo com Mike Parra, CEO da DHL Express Américas, o Brasil ainda irá crescer muito no e-commerce. A tecnologia tem mudado a realidade das pessoas, que passaram a comprar mais pela internet. Este fenômeno, que começa a se desenvolver no Brasil, amplia a entrada de produtos de diversos países, estimulando este tipo de comércio. “Em razão disso, esperamos um crescimento impressionante para o país nos próximos cinco anos”, comenta.

Para Parra, o país está apenas dando os primeiros passos neste segmento. “O Brasil está começando a crescer nessa modalidade, diferentemente de outros mercados como Rússia, Índia e China, por exemplo, que estão maduros. Por isso, o potencial aqui é enorme.”

A empresa acredita, ainda, no aumento da exportação por pequenas e médias empresas brasileiras, que pretendem expandir sua presença em outros países. ”Atualmente, as companhias de pequeno e médio portes representam 80% dos clientes na América Latina. A tendência é que as empresas comecem a investir mais na venda de seus produtos no exterior. Tradicionalmente, temos ainda mais importações, mas isso deve mudar em breve”, espera Parra.

Empresas aéreas também estão de olho nesta fatia do mercado e pretendem ampliar suas operações no segmento com uma estratégia de baixo orçamento.

Mesmo sem possuir aviões cargueiros e sem pretensão de abrir novas rotas no país, a Golplaneja crescer no setor de transporte de carga aéreo, otimizando o espaço nos porões dos aviões de passageiros. As projeções para este ano estimam crescimento aproximado de 25%, gerando receita de R$ 1 bilhão.

Em entrevista ao Valor Econômico, o diretor de cargas da Gol, Eduardo Calderon, indicou que os investimentos serão realizados em consonância a expansão do e-commerce e com a melhora da economia brasileira.

A logística está intimamente ligada ao desenvolvimento do comércio eletrônico, e ambos estão atentos às mudanças no perfil de compra dos consumidores. Neste sentindo, o transporte aéreo tem muito a contribuir, principalmente por ser capaz de atender o segmento de Same daydelivery para longas distâncias.

Desafios para o crescimento do modal aéreo

Para especialistas, o crescimento do e-commerce tem balanceado alguns dos fatores externos que estão provocando gargalos no transporte de cargas aéreo. Entre os fatores que geram preocupação no setor estão as diminuições das encomendas recebidas pelas fábricas para exportação e os prazos mais longos dos fornecedores, principalmente no mercado asiático. As tensões comerciais entre governos também provocam preocupação, já que elevações tarifárias nas fronteiras diminuem o comércio global.

Ainda que tais aspectos estejam além das atribuições das atividades aéreas, estar atento aos desafios contribuirá com os objetivos a serem alcançados pelo setor. Apostar em estratégias que podem contribuir com a atividade diária irá acelerar as operações, otimizar os processos trazendo maior eficiência, fidelizando clientes e por fim expandindo a parceria com o varejo eletrônico, que vem contribuindo para o crescimento do modal aéreo.

Fonte: Logística Brasil

Fretebras recebe investimento e anuncia melhorias no aplicativo

A Fretebras anuncia seu primeiro investimento. No mercado há mais de 10 anos, a empresa, que tem sede em Catalão (GO), é a maior plataforma de conexão entre as transportadoras e os caminhoneiros, conferindo agilidade e segurança para o setor.

Para Luiz Gustavo Felício, co-fundador e diretor de tecnologia da Fretebras, o investimento possibilita aperfeiçoamento da tecnologia, ampliação do time de desenvolvimento e produto e a implementação de novos processos operacionais. “O transporte rodoviário de cargas é um modal de extrema importância para o mercado econômico brasileiro. Para a Fretebras, a busca constante no aprimoramento dos nossos serviços contribui para todo o ecossistema, fomentando discussões importantes sobre segurança e eficiência, além de promover condições de trabalho cada vez melhores para caminhoneiros e transportadoras”, explica.

O aporte foi feito pelo grupo investidor Sontra LLC, localizado em Delaware US, que investe em empresas do setor de logística. A holding conta com nomes de peso no setor e é representada no Brasil pelo investidor Federico Vega. O Grupo planeja fazer novos investimentos para aprimoramento do setor de logística até o fim de 2019.

Ainda de acordo com o Luiz Gustavo, investir na cidade sede da empresa é um fator primordial e garante que a essência da companhia se mantenha ao longo dos anos. “Nossas raízes estão em Catalão e, para a Fretebras, o desenvolvimento do local contribui para a sustentabilidade da nossa operação e também para movimentar a economia da região. Esse ano vamos patrocinar a primeira Startup Weekend da cidade, apresentando inovação e tecnologia como modelo de negócio”, conclui.

A plataforma da Fretebras é uma solução para transportadoras encontrarem caminhoneiros e estes, por sua vez, encontrarem fretes de forma fácil e descomplicada, por meio de um aplicativo. O objetivo da empresa é digitalizar o mercado de fretes no Brasil: hoje apenas 9% do mercado possui tecnologia para operar desta maneira e nosso objetivo é digitalizar 100% do mercado de fretes do Brasil.

Fonte: revista mundo logística