Atacadistas oferecem novos serviços para conter ida de cliente ao atacarejo

Ascensão do modelo misto de vendas faz com que distribuidores intensifiquem proximidade com pequenos varejistas de bairro; análise do sortimento e pronta entrega são tratados como ‘trunfos’.

Diante de um ambiente mais competitivo, sobretudo com o avanço agressivo do modelo de atacarejo nos últimos anos, o setor atacadista mira o pequeno varejista para agregar valor aos serviços de entrega logística e organização no sortimento de produtos.

“Quando a pessoa vai até o atacarejo, ela busca economia – mas também gasta tempo e combustível se deslocando até lá para pegar o produto na prateleira. Já quando o cliente vai até o atacado, existe um serviço logístico sendo executado por esse canal”, defendeu ao DCI o presidente da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), Emerson Luiz Destro.

De acordo com o executivo, os pequenos varejistas têm valorizado esse canal em virtude da curadoria no mix de itens, organização das gôndolas e processo de profissionalização do negócio. “Atuando regionalmente, se o pequeno lojista tiver um bom nível de serviço, um amplo sortimento de produtos e um bom volume de estoque talvez não sofra no momento em que uma grande rede chegar no mesmo local”, declarou Destro, destacando que o pequeno varejista tem a vantagem de estar mais próximo do consumidor final e, consequentemente, pode ajustar a mercadoria conforme a demanda local.

Para ele, atualmente, existe um processo de canibalização no mercado brasileiro. “Infelizmente, esse mercado recessivo está fazendo com que muitas empresas não operem dentro de uma ética”, complementou.

Partilhando de perspectiva similar a do presidente da entidade, o vice-presidente do Dipalma Comércio, Distribuição e Logística, João Alberto Pereira, afirmou que os menores players de varejo alimentar sustentaram o crescimento do setor atacadista neste ano. “O que nos ajudou muito em termos de desempenho foi a presença dos comerciantes de bairro – no sentido que vêem assumindo um papel importante na reposição dos lares e consequentemente crescendo muito rápido”, afirmou Pereira.

Segundo dados preliminares divulgados pela Abad, em outubro de 2018 – ante o mesmo período do ano passado –, o setor atacadista apresentou crescimento nominal de 7%. Já no acumulado do ano, esse avanço está em 0,5%.

“No atacado, o distribuidor tem que ter em mente sempre categorias rentáveis para o próprio negócio e também para seus clientes. Isso vai ficar cada vez mais definido na medida em que, tanto o atacarejo como os distribuidores, se especializarem em determinadas linhas de produto, como por exemplo cafés, bazar, biscoitos e massas”, salientou ele.

Além disso, ele menciona a necessidade de levar “informação” a esses pequenos empresários, como análises sobre as categorias com maior aderência nas regiões onde opera.

“Na minha opinião, o pequeno varejista deveria se preocupar mais em vender do que comprar, permanecendo no seu estabelecimento e procurando atender seu cliente. Se a diferença de preço é pequena [entre atacarejo e atacadista], não é uma decisão inteligente o comerciante perder tempo do seu dia comprando em outro local”, disse Pereira.

Outro exemplo de player atacadista que tem foco nos pequenos negócios é o distribuidor Vila Nova, localizado no Estado de Minas Gerais. “Esses comércios menores representam mais de 50% da nossa base e isso vem aumentando com o tempo”, afirmou o diretor do negócio, Leonardo Miguel Severini.

Para o executivo, após o período eleitoral, “a economia deve caminhar para um patamar de estabilização” e fortalecer o varejo local como uma “forma de conveniência no consumo”. Com isso, Severini diz que tem perspectiva de crescimento de 10% em termos reais de volume de vendas para o ano que vem.

Movimentações políticas

Com as articulações políticas e econômicas em andamento, o setor atacadista também tem se movimentado no Congresso Nacional para defender seus interesses por meio da União Nacional das Entidades de Comércio e Serviços (Unecs).

“Tivemos na quarta-feira passada (21) com a equipe de transição do governo Bolsonaro. Nessa reunião, levamos nossos principais pleitos, no sentido de destravar e melhorar o ambiente de negócio”, afirmou o presidente da Abad.

O dirigente exemplificou um dos entraves. “Nos transportes de cargas, existem regulamentos que criam certa complexidade e custos adicionais que vão parar no bolso do consumidor. Como estruturar a mercadoria tendo que fazer a separação de cada categoria num caminhão com poucos m²? Você acaba tendo que mandar o caminhão com meia carga, e isso é custo. No pedágio, se o caminhão passar cheio ou pela metade não tem desconto”, afirmou Destro, destacando que uma flexibilização poderia resultar em maior competitividade e beneficiar o consumidor final.

Fonte: dci.com.br

Intelipost lança programa de parcerias para o mercado logístico

Desde o seu surgimento em 2014, a Intelipost tem como missão transformar a logística no Brasil, desenvolvendo tecnologias que facilitem o funcionamento do setor.

Em outubro de 2018, uma nova fase se inicia para a startup com o lançamento do InteliPartner: o programa de parcerias da Intelipost, desenvolvido com o objetivo de estreitar relações para construir em conjunto com as consultorias e os parceiros logísticos e tecnológicos (plataformas do mercado de e-commerce, ERP, Hub,..) um ecossistema integrado que transforme a forma de gerenciar a logística no cenário brasileiro.

A ideia do programa é estimular os parceiros a desenvolver uma solução logística integrada, a fim de agregar mais valor aos clientes e suas operações, tendo em mente que cada cliente possui uma necessidade diferente.

Para Pierre Jacquin, diretor da Intelipost, a equação é simples: A logística no Brasil está mudando e temos que trazer soluções personalizadas para os nossos clientes. Mas isso só será alcançável quando os nossos parceiros compreenderem quais são as suas necessidades. Assim, a equação é simples: A Intelipost somada a parceiros e clientes resultará em crescimento e aprimoramento para a logística do Brasil.

O evento contou com uma tarde intensa de imersão e capacitação de nossos parceiros. Após a capacitação, houve a certificação comercial e/ou técnica dos parceiros, alinhando propostas de valor conjuntas para o mercado e benefícios para seus clientes e abrindo oportunidades de novos negócios para oferecer soluções diferenciadas aos varejistas, distribuidores e industrias.

Em um segundo momento, o coquetel de lançamento oficial do programa, contou com a presença de grandes nomes do mercado de e-commerce como ToTvs, Vtex, KPMG, Accenture, Magazine Luiza, Via Varejo, além do apoio da Abralog e da ABCOMM, em um ambiente de muito networking.

Arthur Oliveira, responsável pelo programa de parcerias da Intelipost, apresentou os benefícios que o programa oferece, entre eles, alianças comerciais, bonificações, acesso aos principais eventos do mercado, produção de conteúdo e co-marketing.

Durante o evento, aconteceu também o lançamento do Intelipost Academy: uma central de capacitação online sobre logística e e-commerce, onde diversos especialistas do mercado poderão realizar o intercâmbio de conhecimento e aprimorar suas habilidades sobre o setor.

“O mercado de logístico possui uma grande carência de conhecimento voltado para capacitação. Vamos nos unir para criar uma base de conhecimento, acessível a todos”., disse Jacquin.

No pré-lançamento, o programa já contava com mais de 10 parcerias fechadas dentre eles KPMG, Enext, Compasso, e-Can, Anymarket e outros nomes reconhecidos no mercado de e-commerce e logística.

De acordo com Oliveira: “Logística no Brasil é um desafio gigantesco e complexo. E será por meio da tecnologia que conseguiremos facilitar a vida do varejista. Nossa intenção é disseminar as melhores práticas e conteúdos para toda rede, através da capacitação.

Para que isso se concretize, é essencial conectar os especialistas de cada área, referências do mercado em vendas, marketing, integrações, logística com o mercado, levando o Academy à um outro nível de alcance e assertividade”.

O que será mais um passo na estruturação de uma estratégia de canais e uma ótima oportunidade para todas as partes envolvidas.

Fonte: ecommercebrasil.com.br