Gigantes da Logística: A operação do Grupo Boticário em números

A empresa opera com três fábricas no Brasil, dez centros de distribuição e uma rede de mais de 4 mil lojas espalhadas por mais de 1,7 mil cidades.

O Grupo Boticário é o destaque da quarta reportagem da série “Gigantes da Logística”, produzida com exclusividade pela MundoLogística. A empresa, uma das referências no mercado de beleza no Brasil, desenvolveu ao longo dos anos uma operação logística que sustenta sua presença em milhares de cidades brasileiras, conectando diferentes canais de venda.

A empresa opera com três fábricas no Brasil, sete centros de distribuição e uma rede de mais de 4 mil lojas espalhadas por mais de 1,7 mil cidades. Ao longo desta reportagem, exploramos como o Grupo Boticário organiza sua cadeia logística, o papel das transportadoras na operação e como a empresa responde às demandas de um mercado cada vez mais omnichannel.

Operação em Números

  • 3 fábricas
  • 10 CDs
  • 4.000 lojas
  • 1.700 cidades
  • 50 transportadoras terceirizadas
  • 3.000 colaboradores de logística
  • 4.000.000 de entregas/ano
  • 2 mil SKUs lançados/ano
  • + de 400 franqueados
  • + de R$ 4,2 bi em investimentos

Em entrevista exclusiva à MundoLogística, o diretor-executivo de Suprimentos do Grupo Boticário, Fabio Miguel, detalhou a complexidade da operação logística da empresa, que integra diversas etapas e canais de distribuição para atender ao mercado brasileiro.

“A operação do Grupo Boticário é bastante complexa, algo que explico como sendo end-to-end. Importamos matérias-primas e embalagens de sete países, além de trabalharmos com 300 fornecedores locais”, afirmou.

Segundo o executivo, toda essa logística envolve a captação e importação de insumos vindos de países como Alemanha, Estados Unidos e China, ou de fornecedores dentro do Brasil. Os materiais são armazenados em centros logísticos localizados dentro das fábricas, onde aguardam o momento certo para abastecer a produção.

Após a etapa de fabricação, os produtos são transportados para os centros de distribuição, o que Fábio Miguel denomina middle mile. A operação se divide em três fases principais: o first mile, referente ao transporte de insumos e embalagens; o middle mile, que conecta as fábricas aos CDs; e o last mile, responsável pela entrega final.

Na avaliação de Miguel, o last mile apresenta maior complexidade devido à diversidade de canais atendidos. “Estamos presentes com os franqueados, nossos parceiros há 47 anos, no modelo de lojas físicas; com as revendedoras do modelo door-to-door, em que entramos em 2012; em farmácias e supermercados; e no e-commerce, que cresceu significativamente, principalmente no período pós-pandemia”, destacou o executivo.

O grupo conta com sete centros de distribuição, localizados em Registro (SP), São Gonçalo dos Campos (BA), Serra (ES), Varginha (MG), Campina Grande do Sul (PR), Cajamar (SP), São José do Rio Preto (SP), Portugal, Colômbia e Estados Unidos.

MALHA LOGÍSTICA DO GRUPO BOTICÁRIO

A malha logística do Grupo Boticário reflete a dimensão e a diversidade das operações da empresa. Fábio Miguel detalhou como a rede de parceiros e a infraestrutura operacional sustentam o atendimento a mais de 4 mil lojas distribuídas em 1,7 mil cidades brasileiras.

“Nossa malha logística é ampla e diversificada. Contamos com 53 parceiros responsáveis pelo transporte no last mile e com outros 34 parceiros dedicados ao first mile e ao middle mile, que envolvem a importação de insumos e a distribuição entre fábricas e CD”, explicou.

A logística do grupo também enfrenta desafios impostos pela geografia e pelo clima. “Por exemplo, para atender localidades no Amazonas, é necessário transporte fluvial, utilizando navios e barcos até alcançar cidades menores. Em contrapartida, enfrentamos desafios sazonais, como chuvas no Sul, que no ano passado nos obrigaram a realizar desvios de até 400 km para alcançar destinos como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, saindo do Paraná”, ressaltou o executivo.

Apesar das dificuldades regionais, a operação também se beneficia das grandes rodovias que conectam as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, facilitando o transporte de mercadorias. A robustez da malha logística permite que o Grupo Boticário realize cerca de 4 milhões de entregas por ano, atendendo canais de venda variados, como lojas físicas, revendedoras, mercado B2B (farmácias e supermercados), e-commerce e omnichannel.

Na avaliação da companhia, a dimensão das entregas é tão significativa que equivale a quase 500 viagens de ida e volta à Lua, mostrando a escala e o alcance da operação.

Para Fábio Miguel, o principal diferencial da operação logística do Grupo Boticário está na capacidade de atendimento omnichannel e na proximidade com os franqueados. “Nosso principal diferencial é o tempo de atendimento e a parceria com os franqueados, além de nossa capacidade de entrega omnichannel, que abrange a casa das revendedoras e consumidores em qualquer parte do Brasil”, destacou.

Conforme explicação do executivo, o Grupo Boticário adota uma abordagem logística end-to-end. “No caso do Grupo Boticário, realizamos toda a operação de ponta a ponta, desde a produção até a entrega final. Seja na casa do consumidor ou na loja do franqueado, seja em Cuiabá, no Rio Grande do Norte ou no Rio Grande do Sul, toda a logística é gerida por nós”, explicou.

Além disso, Fábio Miguel comentou a estratégia do grupo para lidar com os desafios sazonais e os picos de demanda, especialmente durante datas comemorativas como o Dia das Mães e o Natal. “Cada vez mais, estamos antecipando a produção e as entregas. Por exemplo, no caso do Dia das Mães, que ocorre em maio, começamos a produção em janeiro, com entregas programadas para fevereiro e março. Para o Natal, iniciamos a produção em junho, com a primeira entrega em setembro, a segunda em outubro e a última em novembro”, explicou.

De acordo com o executivo, o planejamento antecipado permite que a demanda seja atendida de forma gradual, evitando sobrecarga em meses específicos. “Como os franqueados não têm capacidade para receber todas as entregas de uma vez, fatiamos as entregas, permitindo que eles recebam, armazenem e vendam de maneira mais eficiente.”

GESTÃO DO TRABALHO HUMANO

Com mais de 3 mil colaboradores diretos e indiretos na área de logística, o Grupo Boticário lida com a constante necessidade de capacitação e desenvolvimento dos colaboradores para manter a eficiência de suas operações. “Temos cursos e treinamentos muito fortes, especialmente voltados para o público operacional, que fazem parte da nossa rotina”, afirmou Fábio Miguel.

Segundo o executivo, a empresa oferece níveis de formação que vão do 1 ao 5. O nível 1, por exemplo, é um nivelamento de matemática, português e aulas básicas, até que o colaborador atinja o nível 5, onde ele já tem conhecimento sobre qualidade, produtividade, programas e eficiência.

“O objetivo é que ele seja capaz de resolver problemas com autonomia, sem precisar recorrer constantemente a um técnico ou supervisor no dia a dia. Assim, eles conseguem perceber, após 23 anos de formação, todo o seu desenvolvimento, e muitos se destacam. É nesse momento que muitos começam a assumir posições de liderança e maiores responsabilidades”, disse.

Além dos cursos internos, o Grupo Boticário também investe no desenvolvimento externo. “Se precisamos de um técnico de logística para aprender mais sobre automação, por exemplo, o enviamos para uma feira de logística na Alemanha. Esse trabalho é importante porque ele retorna com novas ideias, observa os temas e os problemas enfrentados por outras empresas e, ao voltar, já traz projetos novos, como de uma nova fábrica ou um novo centro de distribuição em Minas. Ele também compartilha ideias sobre o que deu certo e o que não deu certo, o que é importante”, destacou Miguel.

FROTA TERCEIRIZADA X INFRAESTRUTURA BRASILEIRA

A frota do Grupo Boticário é terceirizada, composta por mais de 50 transportadoras para atender todos os canais do grupo, como lojas, revendedoras e distribuidores. Para atender à crescente demanda do e-commerce, o grupo conta com 8 transportadoras dedicadas exclusivamente ao canal online.

Atualmente, a gestão logística do Grupo Boticário é voltada para o transporte rodoviário no Brasil. Como destaca Fábio Miguel, o Brasil é um país continental, sem uma malha ferroviária robusta como a de outros países continentais, como Estados Unidos e China, o que torna o transporte rodoviário ainda mais essencial. “No Brasil, a principal alternativa é o caminhão, e por isso há a necessidade de contar com um grande número de transportadoras, que geralmente são regionalizadas”, explicou.

Outro grande desafio mencionado pelo executivo é a sustentabilidade, uma vez que a logística rodoviária ainda possui grande impacto ambiental. No entanto, o Grupo Boticário está implementando iniciativas para minimizar esse impacto. “Estamos investindo no uso de GNV e estudando o biometano como alternativas mais sustentáveis”, disse o executivo.

Em grandes capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Curitiba, a companhia possui um projeto, que utiliza veículos elétricos, todos dirigidos por mulheres. Esse projeto inclui mais de 90 caminhões pequenos e elétricos que circulam durante o horário comercial, quando os caminhões maiores são restritos.

“Esses veículos elétricos, além de serem sustentáveis, são conduzidos por mulheres, o que gera um engajamento significativo, pois nossas franquias frequentemente são gerenciadas por mulheres. Assim, temos uma mulher realizando a entrega para outra”, ressaltou.

LOGÍSTICA INTERNACIONAL

O Grupo Boticário também expande suas operações além das fronteiras brasileiras, com centros de distribuição localizados em diferentes pontos do mundo. A companhia possui um CD em Lisboa (Portugal), facilitando o abastecimento do mercado europeu; em Charlotte, na Carolina do Norte (EUA), atendendo à demanda norte-americana; e em Bogotá (Colômbia), para atender à região da América Latina.

Quando questionado sobre a diferença da logística brasileira comparada com outros países, Fábio Miguel destacou a importância das parcerias regionais. “Temos 53 transportadoras, muitas delas especializadas em suas regiões, como na Bahia e no Amazonas. No Amazonas, por exemplo, a logística exige uma abordagem diferenciada. Chegar em Manaus é relativamente mais fácil, mas, uma vez lá, as operações se tornam mais complexas”, explicou.

No entanto, para alcançar as cidades do interior do Amazonas, a companhia utiliza barcos, o que apresenta desafios, principalmente durante a seca, quando a navegação fica mais difícil. “Também enfrentamos dificuldades em momentos de chuvas intensas no Rio Grande do Sul, o que exige um controle rigoroso das operações de estradas e caminhões para garantir o abastecimento”, disse o executivo.

Em comparação com outros países, como Portugal, a logística é mais simples, já que a malha viária é mais desenvolvida, além da diferença geográfica de tamanho. “Nos Estados Unidos e na Colômbia, também temos parcerias estratégicas. No caso dos Estados Unidos, o processo envolve o transporte do Brasil até as fábricas locais, e, a partir daí, um parceiro realiza a entrega diretamente nas casas dos consumidores, especialmente no e-commerce”, exemplificou.

INVESTIMENTOS FUTUROS

Em agosto de 2024, o Grupo Boticário anunciou um investimento de R$ 4,14 bilhões para aumentar a capacidade logística e industrial. A Bahia receberá parte desse montante para expandir em 50% a capacidade produtiva da fábrica de Camaçari e ampliar sua malha logística.

De acordo com a empresa, a nova fábrica em Pouso Alegre (MG), com aporte de R$ 1,8 bilhão, trará mudanças significativas para a logística nacional, aumentando a capilaridade das operações e otimizando os fluxos de distribuição.

Segundo Fábio Miguel, será necessária uma logística robusta para atender a nova fábrica. “Contaremos com 11 armazéns logísticos para armazenar matérias-primas, como vidros, válvulas, embalagens plásticas e bisnagas, essenciais para a produção de perfumaria, xampus e hidratantes. No processo de outbound, o centro de distribuição em Varginha será ampliado para concentrar grande parte dos produtos fabricados em Minas Gerais e redistribuí-los para outros CDs regionais. Além disso, Minas Gerais contará com um novo CD, associado à nova fábrica”, explicou.

O Grupo também investirá R$ 840 milhões na unidade de São José dos Pinhais (PR) e R$ 700 milhões em expansões logísticas por todo o país até 2027.

Fonte: “Gigantes da Logística: A operação do Grupo Boticário em números

 

O papel da Inteligência Artificial na inovação aberta do setor de logística

Para o CEO da Dataholics, a adoção de tecnologias inovadoras crescerá significativamente nos próximos anos, especialmente no modal rodoviário e portuário.

Nos últimos anos, o modelo de inovação aberta tem ganhado destaque no Brasil, especialmente no setor de logística, onde as empresas buscam soluções mais ágeis, eficientes e inovadoras para enfrentar os desafios do mercado.

Tradicionalmente, a busca por startups para programas de inovação aberta depende de redes de relacionamento restritas e ferramentas lineares de busca, o que limita as opções e exclui empresas que poderiam oferecer soluções valiosas.

Segundo o CEO e fundador da Dataholics, Daniel Mendes, muitas startups que estão fora dos grandes polos tecnológicos ou em países distantes ficam invisíveis para as grandes empresas, mesmo que possuam as tecnologias que podem resolver desafios reais.

“Aqui que entra a Inteligência Artificial que, por meio de sua plataforma inteligente, resolve esse problema, permitindo que empresas de todos os tamanhos encontrem, em minutos, startups relevantes e preparadas para atender suas necessidades”, disse o executivo que recentemente criou uma plataforma, a Gen.OI, para atuar neste quesito.

Para Mendes, ao analisar uma base de dados vasta e global de startups, a tecnologia elimina os vieses presentes nas buscas tradicionais e oferece uma solução mais eficiente e precisa. “Assim, as empresas conseguem descobrir startups que estão no estágio certo de desenvolvimento e com as qualificações necessárias para resolver problemas específicos, o que aumenta a eficácia do processo de inovação aberta”, explicou.

INTEGRAÇÃO DE STARTUPS COM A LOGÍSTICA

De acordo com o especialista, um dos maiores desafios enfrentados pelas startups que atuam no setor de logística é a dificuldade de ingressar e expandir seus negócios, apesar da qualidade de suas soluções.

“O setor é caracterizado por uma adoção lenta de inovações, e muitas startups têm dificuldade em se conectar com as grandes empresas que poderiam impulsionar seu crescimento”, explicou o executivo.

Nesse cenário, a IA se destaca como uma ponte entre as duas partes, facilitando a conexão de startups com as empresas de logística, permitindo que as startups apresentem suas soluções e sejam encontradas pelas empresas que enfrentam desafios concretos e necessitam
de inovação.

“Essa interação entre oferta e demanda de soluções é crucial para o crescimento das startups e para a evolução do setor logístico como um todo, garantindo que as empresas de logística encontrem as soluções mais
adequadas para seus desafios, mesmo que essas startups não sejam as mais conhecidas ou estejam localizadas em polos tradicionais de inovação”, refletiu.

INOVAÇÃO E OS DESAFIOS DO SETOR LOGÍSTICO

Para o CEO, a transformação do setor de logística brasileiro passa por um processo de digitalização acelerada, impulsionado pela busca por soluções que atendam a demandas como sustentabilidade e eficiência operacional.

Antes, a inovação no setor era limitada a conceitos como escritórios modernos e campanhas publicitárias, mas, a partir de 2019, as empresas começaram a focar mais nos resultados concretos e na adoção de tecnologias que trouxessem ganhos reais.

“A IA generativa — que fazemos uso inclusive na Dataholics — tem se tornado um componente essencial para essa transformação. Com ela, as empresas conseguem realizar uma análise profunda das necessidades de suas áreas internas e, com base em dados precisos, encontrar as startups mais adequadas para solucionar esses problemas”, disse o executivo.

Para ele, sem a IA, seria necessário um esforço humano massivo e de altíssimo custo para fazer esse tipo de correlação global entre startups e necessidades corporativas. “A Inteligência Artificial reduz significativamente esses custos, ao mesmo tempo, em que aumenta a precisão e a rapidez do processo”, detalhou.

TENDÊNCIAS E “GAPS” TECNOLÓGICOS

A Gen.OI, tecnologia da Dataholics, atua na identificação de lacunas tecnológicas no mercado logístico, com foco em gestão de armazéns e automação de processos portuários.

“No setor ferroviário, por exemplo, existe uma demanda crescente por soluções que melhorem a organização dos armazéns e reduza perdas operacionais. Já no setor naval, a automação no processo de checagem de contêineres e a redução de emissões de gases por combustíveis fósseis são áreas críticas que podem ser endereçadas por startups com tecnologias inovadoras”, explicou o CEO.

De acordo com ele, esses “gaps” representam grandes oportunidades para startups, tanto no Brasil quanto internacionalmente, e a Gen.OI se posiciona como um elo fundamental para conectar essas startups às grandes empresas que necessitam dessas soluções inovadoras.

Para o executivo, o futuro da inovação aberta no setor logístico brasileiro é promissor. Nos próximos 5 a 10 anos, espera-se que a adoção de tecnologias inovadoras cresça significativamente, especialmente no modal rodoviário e portuário, setores essenciais para o Brasil.

“O modelo de inovação aberta, impulsionado pela Gen.OI e outras startups, será essencial para que as empresas de logística possam acompanhar esse processo de transformação digital e manter sua competitividade. As soluções digitais criadas por startups, com o apoio de tecnologias como IA generativa, serão fundamentais para superar os desafios enfrentados pelo setor e criar um ecossistema logístico mais eficiente e sustentável no Brasil”, citou Mendes.

Fonte:”Papel da Inteligência Artificial na inovação aberta da logística

A utilidade do fulfillment no varejo eletrônico

O crescimento do varejo eletrônico trouxe desafios complexos para a logística: armazenar estoques variados, gerenciar pedidos e atender às expectativas por entregas rápidas. O fulfillment, nesse contexto, tornou-se uma solução indispensável, otimizando operações e elevando a experiência do cliente a novos patamares.

O que é fulfillment?

O fulfillment é o processo logístico que gerencia todas as etapas entre a finalização da compra e a entrega do pedido ao consumidor. Ele envolve o armazenamento de produtos, separação, embalagem, envio e, quando necessário, o gerenciamento de devoluções.

A adoção do fulfillment muitas vezes passa pela terceirização dessas etapas para operadores especializados, equipados com tecnologias avançadas como sistemas de gerenciamento de armazéns (WMS) e rastreamento de pedidos. Essa abordagem reduz a complexidade operacional e oferece maior agilidade e precisão, características essenciais para a competitividade no e-commerce.

Aplicações do fulfillment no varejo eletrônico

O fulfillment transforma a gestão logística no varejo eletrônico, abrangendo diversas aplicações:

– Armazenamento estratégico: produtos são mantidos em centros de distribuição localizados para reduzir custos de transporte e prazos de entrega.

– Automatização do processamento de pedidos: sistemas avançados garantem que os pedidos sejam separados e enviados rapidamente.

– Integração com marketplaces: simplifica operações e aumenta a visibilidade da marca em grandes plataformas como Amazon e Mercado Livre.

– Gestão de devoluções eficiente: organiza e agiliza o fluxo de retorno de produtos, um ponto crítico no e-commerce.

Essas funcionalidades permitem que as empresas lidem com picos de demanda, como durante a Black Friday, oferecendo vantagens competitivas, como entregas rápidas e confiáveis.

Fulfillment: tendência ou realidade?

Embora inicialmente considerado uma tendência emergente, o fulfillment consolidou-se como uma necessidade para varejistas eletrônicos que desejam crescer e se manter competitivos.

O comportamento do consumidor tem acelerado essa transição. Clientes digitais esperam entregas rápidas, rastreamento em tempo real e processos ágeis de devolução, características que o fulfillment entrega com excelência.

Grandes players do mercado, como Amazon e Mercado Livre, investiram pesadamente em infraestruturas sofisticadas de fulfillment, definindo o padrão de operação no setor e impulsionando outras empresas a seguirem o mesmo caminho.

Benefícios do fulfillment para o varejo eletrônico

Os benefícios dessa solução logística vão além da otimização operacional. Confira os principais:

– Redução de custos operacionais: terceirizar elimina a necessidade de investir em armazéns, equipes dedicadas e transporte próprio.

– Entregas mais rápidas: centros de distribuição estrategicamente localizados permitem envios eficientes e atendem às expectativas do consumidor moderno.

– Melhoria na experiência do cliente: prazos cumpridos e embalagens de qualidade aumentam a satisfação e fidelidade dos consumidores.

– Escalabilidade: torna possível lidar com picos de demanda sem comprometer a qualidade do serviço.

– Foco no core business: ao delegar a logística a especialistas, as empresas podem dedicar mais atenção ao crescimento e estratégias comerciais.

Conclusão

No varejo eletrônico, em que a velocidade e a qualidade da entrega são decisivas, o fulfillment deixou de ser apenas uma vantagem competitiva para se tornar uma necessidade operacional. Sua implementação garante eficiência, experiência superior para os consumidores e escalabilidade para o crescimento do negócio, solidificando seu papel como peça-chave no sucesso do e-commerce.

Fonte:”https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/a-utilidade-do-fulfillment-no-varejo-eletronico”

 

Quando aplicar o fulfillment no comércio online?

No comércio online, a logística desempenha um papel crucial para garantir a satisfação do cliente e a eficiência operacional. Entre as estratégias disponíveis, o fulfillment se destaca como uma solução que otimiza todo o processo de compra, desde o armazenamento até a entrega ao consumidor. Mas como identificar o momento certo para implementar essa estratégia?

O que é fulfillment?

O fulfillment abrange o ciclo completo de atendimento de pedidos no comércio eletrônico: desde o recebimento e armazenamento dos produtos até a separação, empacotamento, envio e gerenciamento de devoluções. Empresas em crescimento frequentemente recorrem ao fulfillment terceirizado para lidar com volumes crescentes, especialmente durante períodos de alta demanda, como Black Friday e outras datas promocionais.

Ao terceirizar essa etapa para operadores especializados, as empresas podem acessar infraestrutura de ponta, tecnologias avançadas e equipes experientes, ganhando eficiência e tempo para focar em atividades estratégicas, como marketing e relacionamento com o cliente.

Como o fulfillment pode ser aplicado no comércio online?

A aplicação do fulfillment depende das necessidades e do estágio de maturidade do negócio. Normalmente, o modelo é considerado quando:

– A demanda cresce exponencialmente, dificultando a gestão interna.

– Há gargalos operacionais, como atrasos, erros frequentes ou custos elevados de entrega.

– O cliente exige entregas rápidas e precisas.

Existem três modelos principais:

1. Fulfillment interno: a empresa gerencia todo o processo, utilizando ferramentas como sistemas de gerenciamento de armazéns (WMS).

2. Fulfillment terceirizado: um parceiro especializado cuida de toda a operação logística.

3. Modelo híbrido: parte do processo é gerida internamente e outra é terceirizada, especialmente em períodos de pico.

Além disso, o fulfillment é ajustável a diferentes setores, como moda, alimentos e eletrônicos, cada um com desafios logísticos específicos.

Benefícios do fulfillment no comércio online

1. Agilidade operacional: acelera o processamento, empacotamento e envio dos pedidos, reduzindo prazos de entrega.

2. Redução de erros: tecnologias avançadas minimizam problemas como envios errados, otimizando custos e fidelizando clientes.

3. Escalabilidade: facilita a adaptação a picos sazonais de vendas, evitando sobrecarga operacional.

4. Foco no core business: permite que empresas dediquem mais tempo à inovação e expansão.

5. Redução de custos: economias em armazenamento, transporte e mão de obra se traduzem em maior eficiência.

6. Melhora da experiência do cliente: entregas rápidas e precisas aumentam a satisfação e fortalecem a reputação da marca.

Quando é o momento ideal?

O momento ideal para adotar o fulfillment ocorre quando os desafios logísticos começam a comprometer o crescimento e a experiência do cliente. A análise das operações internas, aliada a metas de expansão, pode determinar se o fulfillment interno, terceirizado ou híbrido é a melhor escolha para o seu e-commerce.

Essa solução é especialmente relevante em um cenário no qual a agilidade e a precisão são fatores determinantes para o sucesso no mercado online.

Fonte: “Quando aplicar o fulfillment no comércio online? – E-Commerce Brasil

Mercado Livre abre vagas de emprego

O Mercado Livre anunciou a abertura de mais de 1.000 vagas para auxiliares de logística em São João de Meriti, RJ.

O Mercado Livre, uma das maiores plataformas de comércio eletrônico do Brasil, divulgou a disponibilidade de mais de 1.000 oportunidades de trabalho para o cargo de auxiliar de logística.

Esta expansão reflete o crescimento das operações da empresa no país e oferece uma excelente oportunidade para quem busca ingressar no mercado de trabalho em uma das empresas mais influentes do setor de comércio eletrônico.

Abertura de vagas: Uma nova chance para quem busca emprego em logística

A contratação de mais de 1.000 profissionais faz parte de um movimento de ampliação das operações do Mercado Livre, que continua a investir no Brasil, país onde a empresa está consolidada como uma das maiores do mercado de e-commerce. As vagas são destinadas a candidatos interessados em trabalhar como auxiliares de logística, o que pode ser um excelente ponto de partida para quem deseja construir uma carreira no setor logístico.

A unidade de São João de Meriti, situada na Baixada Fluminense, será o centro da contratação, e os postos de trabalho estarão disponíveis para aqueles que atendem aos requisitos básicos exigidos pela empresa.

Requisitos para candidatura

Os interessados nas vagas de auxiliar de logística devem possuir o ensino médio completo. Além disso, é necessário ter disponibilidade para atuar presencialmente nas dependências da unidade localizada em São João de Meriti. A posição exige comprometimento e eficiência, já que o trabalho envolve atividades operacionais essenciais para o funcionamento das operações logísticas do Mercado Livre.

Oportunidades para quem busca estabilidade no mercado de trabalho

As vagas de emprego abertas pelo Mercado Livre representam uma excelente oportunidade para quem deseja ingressar em uma empresa consolidada e com grandes perspectivas de crescimento. Trabalhar no Mercado Livre oferece diversas vantagens, como a possibilidade de desenvolvimento profissional, benefícios competitivos e a experiência de fazer parte de um ambiente inovador e dinâmico.

Além disso, o Mercado Livre está em constante expansão no Brasil, o que gera ainda mais oportunidades de crescimento dentro da empresa. Para quem busca estabilidade, trabalhar em uma organização de grande porte como o Mercado Livre é uma chance de garantir um futuro promissor no setor de logística.

Setor de logística no Brasil: O crescimento e a demanda por profissionais

O setor de logística no Brasil tem demonstrado um crescimento constante nos últimos anos, impulsionado pelo aumento das compras online e pela necessidade de otimização dos processos de distribuição. Com o Mercado Livre liderando o comércio eletrônico no país, a demanda por profissionais capacitados na área de logística tem sido cada vez maior.

A abertura dessas 1.000 vagas demonstra o compromisso da empresa com o fortalecimento da infraestrutura logística, especialmente em regiões como a Baixada Fluminense, que se torna um importante polo de distribuição de mercadorias para o Rio de Janeiro e para outros estados do Brasil.

Fonte: “https://seucreditodigital.com.br/mercado-livre-abre-vagas-sao-joao-meriti/”

Centro de Distribuição dos Correios começa operar no RN no 1º semestre

O primeiro centro do Nordeste será um hub com 9 mil metros quadrados, localizado próximo ao Aeroporto Internacional Aluízio Alves.

O novo Centro de Distribuição Internacional no Rio Grande do Norte tem previsão para entrar em operações no primeiro semestre de 2025. Sendo o primeiro centro do Nordeste e o quarto no Brasil, o hub terá uma área de 9 mil metros quadrados e será localizado próximo ao Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante. A nova estrutura espera reduzir os prazos de entrega das cargas para os estados do Nordeste em até uma semana e tem a expectativa de, quando em pleno funcionamento, processar 40 mil encomendas por dia.

O anúncio foi feito na última quinta-feira (26) pelo presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, durante reunião com a governadora Fátima Bezerra, no Centro Administrativo, e contou com a participação de integrantes da superintendência regional dos Correios e de representantes do governo estadual.

“Hoje, os Correios estão com avanços significativos… teremos um espaço amplo para o manuseio de carga. As adequações estão em curso, e teremos um grande centro de distribuição. A previsão é que isso se concretize no primeiro semestre do próximo ano”, afirmou o presidente dos Correios.

A implantação da nova estrutura logística visa atender ao aumento no consumo de produtos importados no Nordeste, que representa 23% das encomendas internacionais do país. O centro potiguar recebeu um investimento R$ 854 milhões de recursos do Novo PAC para a construção e será o primeiro localizado no Nordeste, sendo o quarto em todo o Brasil. As outras três unidades estão localizadas nas regiões Sul e Sudeste: Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba.

Com a instalação do Centro de Distribuição (CD), os Correios pretendem diminuir o tempo de entrega das cargas destinadas para os estados do Nordeste entre dois e seis dias, que resultará numa economia de R$ 24 milhões anualmente apenas com transporte. O plano é de que quando concluído o novo empreendimento seja capaz de processar aproximadamente 40 mil encomendas por dia e gere aproximadamente 200 empregos diretos e 1.250 indiretos.

A escolha do Rio Grande do Norte para receber a unidade foi baseada em critérios técnicos apontados por estudos realizados pelos Correios. Entre os pontos fortes estava o terminal de cargas do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, que possui 4 mil metros quadrados de área construída, presença de órgãos anuentes e intervenientes e recebimento de carga 24 horas.

“É uma enorme satisfação para o Rio Grande do Norte receber este centro de distribuição. É uma discussão que começou anos atrás, com o estudo de viabilidade técnica mostrando que São Gonçalo do Amarante é a área mais adequada para o serviço logístico. Queremos dar início ainda no primeiro semestre”, pontuou a governadora.

Além disso, os Correios também utilizarão um galpão da empresa estatal dentro do aeroporto Aluízio Alves, que iniciará com antecedência as atividades do centro de distribuição de encomendas para o Nordeste.

“Essa área já pode ser utilizada, necessitando apenas de algumas adaptações rápidas. Contamos com a colaboração da operadora do aeroporto [Zurich Airport] para essa sinergia”, destacou Fabiano Silva.

O CD também trará oportunidades para a criação de novos empreendimentos baseados em marketplaces e pretende atrair novas operações logísticas nacionais e internacionais. Segundo o presidente dos Correios, as negociações com operadores de cargas estrangeiros serão iniciadas em janeiro, com o objetivo de trazer encomendas para São Gonçalo do Amarante.

Ainda de acordo com Fabiano, a empresa pretende instalar galpões refrigerados para comportar a produção da fruticultura e da pesca potiguar, assim otimizando a malha aérea do estado e permitindo o envio desses produtos.

Inteligência artificial na logística: como usá-la para melhorar o prazo de entrega?

A inteligência artificial na logística está impulsionando uma transformação sem precedentes no setor de e-commerce.

Tarefas que antes consumiam tempo e recursos agora podem ser otimizadas de forma muito mais estratégica.
Mas não se trata apenas de cortar custos. Estamos falando de transformar a logística em uma vantagem competitiva real.

Saiba como a inteligência artificial está revolucionando a logística no e-commerce, tornando processos mais rápidos, eficientes e estratégicos para entregar resultados além do esperado.
Planejamento de rotas, gestão de estoques, previsão de demandas… tudo isso é feito com mais eficiência, precisão e velocidade com o apoio da IA.

Se você ainda pensa que essa tecnologia é exclusividade de gigantes do mercado, este artigo certamente te fará mudar de ideia.

A inteligência artificial está mais acessível do que nunca, pronta para impulsionar qualquer negócio que queira crescer e se destacar. Se você quer entender como tornar isso uma realidade, fique por aqui.

Como funciona a inteligência artificial na logística?

A inteligência artificial na logística é sobre usar tecnologia para deixar os processos mais rápidos, inteligentes e, principalmente, eficientes.

Quando falamos de IA nesse setor, estamos falando de algoritmos avançados que conseguem analisar uma quantidade enorme de informações, encontrar padrões e, a partir disso, ajudar a tomar decisões muito mais precisas.

Por exemplo, imagine um sistema que ajusta automaticamente o estoque da sua empresa com base em dados históricos de vendas, sazonalidade e até informações externas, como mudanças no mercado.

É isso que a IA faz. Mas, claro, o cenário atual ainda está longe de ser perfeito.

Muitas empresas – especialmente as pequenas e médias – ainda dependem de métodos tradicionais, como planilhas Excel, para controlar estoques, rotas e até mesmo previsões de demanda.

O problema é que essas ferramentas, por mais úteis que sejam, já não dão conta da complexidade do mercado atual. É aí que entra o ponto mais importante: a transição para a IA não é mais uma escolha, é uma necessidade.

Como a inteligência artificial na logística otimiza a entrega?

Entregar rápido, no prazo certo e com custos controlados é o que toda empresa busca. E é aqui que a inteligência artificial faz a diferença.

Vamos ver como isso acontece na prática?

Abaixo, eu listei os principais pontos em que a IA faz toda a diferença na otimização das entregas.
Confira:

1. Planejamento de rotas em tempo real
Se tem uma área em que a inteligência artificial mostra todo o seu poder, é no planejamento de rotas.

Hoje, esse processo não é mais sobre simplesmente calcular um caminho fixo e torcer para que tudo dê certo.

Soluções como Waze e Google Maps, integradas à telemetria – ou seja, coleta informações dos veículos em tempo real -, levam em conta fatores como trânsito, clima, obras e até acidentes para garantir entregas no menor tempo possível.

E as entregas rápidas têm sido cada vez mais decisivas no processo de compra: de acordo com uma pesquisa da Capterra, 73% dos consumidores esperam que e-commerces ofereçam entregas ultrarrápidas.

2. Previsão de demanda mais inteligente
Quem empreende sabe que prever a demanda é um dos maiores desafios na logística. Afinal, errar nessa etapa pode significar estoques cheios de produtos que não vendem ou prateleiras vazias quando o cliente mais precisa.

Para resolver esse problema, a IA utiliza dados históricos de vendas, tendências de mercado e sazonalidade para prever o que será necessário em determinado período.

É como ter um sistema que consegue antecipar a próxima ação do mercado, mas com base em dados reais.

E como isso acontece? A chave está na capacidade de cruzar diferentes fontes de informação.

3. Gestão preditiva da frota
Quebras inesperadas, manutenções fora de hora e até o consumo excessivo de combustível podem impactar diretamente nos custos e no desempenho da sua operação logística.

É aqui que a gestão preditiva da frota, com ajuda da inteligência artificial, faz toda a diferença.

A IA coleta dados em tempo real de sensores instalados nos veículos. Esses sensores monitoram tudo: desgaste de peças, consumo de combustível, temperatura do motor e até o comportamento do motorista.

Com essas informações, a IA consegue prever quando um veículo precisa de manutenção, antes mesmo de apresentar qualquer problema.

4. Otimização de cargas
O processo funciona assim: a IA analisa dados como dimensões dos produtos, peso, pedidos a serem entregues e até restrições específicas, como fragilidade ou temperatura.

A partir dessas informações, ela cria o melhor plano de carregamento possível, garantindo que cada centímetro do veículo seja bem utilizado.

Essa tecnologia também ajuda a organizar as entregas em ordem lógica, priorizando o que precisa ser descarregado primeiro – algo que não só melhora a produtividade dos motoristas, mas também reduz o tempo de parada em cada entrega.

5. Rastreamento e monitoramento contínuos
Saber onde está cada entrega em tempo real não é só uma vantagem competitiva: é uma necessidade para oferecer o nível de serviço que o cliente espera.

Com a inteligência artificial, esse processo fica ainda mais eficiente e detalhado.

A IA trabalha conectada a dispositivos IoT, telemetria dos veículos e sistemas de monitoramento. Essas tecnologias capturam dados sobre a localização do veículo, condições da carga e também fatores externos, como trânsito e clima.

Tudo isso é analisado em tempo real para garantir que as entregas sigam conforme o planejado.

IA como diferencial competitivo no e-commerce
Se você quer se destacar no e-commerce, não dá para ignorar as vantagens que a inteligência artificial pode trazer para sua logística.

Mas antes de sair adotando qualquer ferramenta, é essencial entender as principais dores da sua operação e planejar a implementação da IA de forma estratégica.

Primeiro, analise onde sua logística tem falhas ou gargalos:

– Está enfrentando atrasos nas entregas?

– Problemas com estoques mal planejados?

– Altos custos operacionais?

Essas questões precisam ser identificadas antes de buscar uma solução.

Depois de entender os pontos críticos, o próximo passo é escolher as ferramentas de IA que realmente atendam às suas necessidades.

Aqui, a ideia é começar pequeno, com uma solução que traga resultados visíveis e permita que sua equipe se adapte à tecnologia.

Para te inspirar, vamos explorar como grandes empresas já estão utilizando IA para se destacar no mercado.

Amazon
A Amazon é referência quando falamos de IA na logística.

A empresa implementou sistemas que combinam IA com algoritmos avançados para reduzir a distância entre o produto e o cliente.

Essa estratégia, conhecida como “regionalização”, usa armazéns mais próximos dos consumidores para acelerar as entregas.

Além disso, a Amazon investiu em robôs e drones que otimizam tanto o transporte quanto a operação interna de seus armazéns.

Um exemplo famoso é o robô Scout, que realiza entregas de forma autônoma nos Estados Unidos. A iniciativa ainda é um teste, mas mostra o que pode ser possível daqui a alguns anos.

Renner
No Brasil, a Renner também está mostrando o poder da IA na logística.

O novo centro de distribuição em Cabreúva (SP) conta com mais de 300 robôs responsáveis por gerenciar o armazenamento de produtos e organizar pedidos.

Essa tecnologia permite que a Renner integre totalmente suas lojas físicas e o e-commerce, acelerando o processo de reposição e entrega.

A IA também é usada para trabalhar com dados de vendas e prever demandas futuras, garantindo que as lojas e o e-commerce tenham os produtos certos no momento certo.

Mercado Livre
O Mercado Livre é um exemplo prático de como a inteligência artificial já faz parte da logística moderna.

Nos centros de distribuição, a IA identifica onde cada produto está armazenado, direciona os operadores para coletarem os itens na sequência mais eficiente e calcula a melhor embalagem para otimizar o transporte.

Tudo pensado para ganhar tempo e reduzir erros.

Na etapa de entrega, a IA entra novamente em ação. Com base em dados de trânsito e condições climáticas, ela ajusta as rotas em tempo real para garantir que os prazos sejam cumpridos.

Esse nível de precisão só é possível com algoritmos que cruzam informações continuamente e ajustam as operações de forma dinâmica.

Quais os desafios e as limitações da IA na logística?
Apesar de todos os benefícios que a inteligência artificial pode trazer para a logística, implementar essa tecnologia não é tão simples.

Os principais desafios da IA na logística são:

– O custo inicial;

– A necessidade de treinamento e adaptação da equipe;

– Dependência de dados de qualidade.

Softwares avançados, sensores e sistemas integrados não são baratos e podem assustar, especialmente negócios menores.

Vale lembrar também que a transição para uma logística impulsionada por IA não é apenas tecnológica, mas também humana.

Os colaboradores precisam se adaptar a novas ferramentas e aprender a interpretar dados complexos, algo que pode gerar resistência inicial e comprometer os resultados.

E por último, mas não menos importante, a eficácia da IA depende diretamente da qualidade e da quantidade dos dados disponíveis.

Empresas que não possuem um histórico robusto de dados ou que utilizam métodos manuais para registrar informações podem enfrentar dificuldades em obter resultados precisos.

Mas esses obstáculos têm solução! O primeiro passo é buscar parcerias com fornecedores especializados.

Empresas experientes na aplicação da inteligência artificial na logística podem fornecer as ferramentas certas, mas também ajudar na implementação e no treinamento. Além disso, fica mais fácil se você começa pequeno.

Priorize processos críticos, como planejamento de rotas ou gestão de estoque, para introduzir a IA gradualmente. À medida que a equipe se adapta e os resultados aparecem, fica mais fácil expandir.

Com planejamento e as decisões certas, a IA pode deixar de ser um desafio para se tornar a maior aliada da sua logística. O segredo é começar.

Comércio eletrônico: Retrospectiva 2024 – crescimento, desafios e perspectiva

O ano de 2024 consolidou o comércio eletrônico brasileiro como um dos setores mais dinâmicos da economia nacional, apresentando crescimento robusto, adesão massiva a datas promocionais e movimentos estratégicos significativos entre os principais players.

Desempenho em datas comemorativas

O desempenho em datas comemorativas foi expressivo, reforçando o papel estratégico dessas ocasiões para o setor:

– Dia das Mães: entre 22 de abril e 11 de maio, o e-commerce faturou R$ 7,03 bilhões, representando um aumento de 5% em relação a 2023. Foram registrados 14,6 milhões de pedidos, com um ticket médio de R$ 481. As categorias de moda e acessórios, eletrodomésticos e cosméticos lideraram as vendas.

– Dia dos Namorados: as vendas online cresceram 11,8% em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando um faturamento de R$ 5,8 bilhões. Destaques incluíram joias e bijuterias, além de eletrônicos e itens de decoração.

– Black Friday: consolidada como a principal data para o varejo online, a Black Friday registrou um faturamento de R$ 9,3 bilhões, um crescimento de 10,5% em relação a 2023, com 17,9 milhões de pedidos e um ticket médio de R$ 519,75. As categorias de eletrônicos e moda mantiveram sua liderança, enquanto alimentos e bebidas ganharam destaque em nichos específicos.

Esses resultados confirmam a força das datas comemorativas como motores de crescimento e indicam um comportamento de consumo cada vez mais digitalizado e diversificado.

Principais players: desempenhos e desafios

O Mercado Livre manteve a liderança no mercado brasileiro, detendo 13,4% do share total de audiência, seguido por Shopee (8,8%) e Amazon Brasil (7,9%). A LWSA apresentou um crescimento significativo, com aumento de 25,1% no GMV durante a Black Friday em relação a 2023. Por outro lado, empresas que não investiram em tecnologias emergentes e melhorias na experiência do cliente enfrentaram desafios tiveram resultados em desempenho abaixo do esperado.

Fusões, aquisições e lançamentos relevantes no comércio eletrônico

O segmento de e-commerce em 2024 foi palco de movimentações estratégicas que moldaram o mercado e ampliaram o alcance das empresas.

Fusões e aquisições

1. Americanas S.A. e Enjoei: a Americanas adquiriu o marketplace Enjoei por R$ 400 milhões, ampliando sua atuação no mercado de produtos usados e sustentáveis.

2. Magalu e Logbee: a Magalu incorporou a Logbee, startup especializada em logística de última milha, aprimorando suas operações logísticas e oferecendo prazos de entrega mais competitivos.

Lançamentos

1. Amazon Fresh no Brasil: a Amazon lançou o serviço de entrega de alimentos frescos em São Paulo, ampliando a competição no segmento de supermercados online.

2. Plataforma Shopee Connect: a Shopee apresentou sua plataforma de gestão integrada para pequenos e médios vendedores, fortalecendo a relação com empreendedores.

Esses exemplos evidenciam a busca contínua por inovação e eficiência, com impactos diretos na experiência do consumidor e na competitividade das empresas no mercado.

Impacto da inteligência artificial e automação na logística

A integração de IA e a automação transformaram a cadeia logística em 2024, otimizando operações e reduzindo custos. Algoritmos de IA ajudaram a prever demandas e criar rotas de entrega mais eficientes, especialmente durante a Black Friday. Estima-se que 74% das empresas no Brasil já utilizam IA em suas operações, refletindo um aumento significativo na adoção dessa tecnologia.

Perspectivas para 2025 e médio prazo

As projeções indicam que o e-commerce brasileiro continuará em trajetória ascendente. A previsão é que o setor atinja um faturamento de R$ 204,3 bilhões em 2025, com crescimento anual de 10%. Tendências como a integração de inteligência artificial, o mobile commerce e a sustentabilidade continuarão moldando o mercado.

Empresas que priorizarem a experiência do cliente e investirem em tecnologias emergentes estarão melhor posicionadas para capturar oportunidades. Já aquelas que adaptarem rapidamente seus processos a novas demandas, como entregas rápidas e soluções digitais integradas, deverão liderar o setor.

Em suma, 2024 foi um ano de transformação e consolidação, lançando as bases para um futuro promissor e competitivo no comércio eletrônico brasileiro.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/comercio-eletronico-retrospectiva-2024-crescimento-desafios-e-perspectiva”

A importância da capilaridade no varejo de produtos de uso contínuo

A capilaridade no varejo, especialmente em relação a produtos de uso contínuo, como gás, medicamentos e alimentos, é crucial para garantir que esses itens essenciais estejam sempre acessíveis à população. Este artigo explora a importância da capilaridade no varejo e destaca algumas boas práticas implementadas no Brasil para otimizar a distribuição desses produtos.

Capilaridade no varejo: conceito e importância

A capilaridade no varejo refere-se à capacidade de uma rede de distribuição e vendas de atingir uma ampla extensão geográfica e diferentes perfis de consumidores, garantindo presença física ou virtual em regiões urbanas e rurais. Para produtos de uso contínuo, isso significa que os consumidores podem adquirir itens essenciais sem grandes deslocamentos ou atrasos, promovendo conveniência e fidelidade.

A capilaridade vai além da presença física de lojas e revendas. Ela engloba a eficiência logística, a disponibilidade de canais de atendimento e a flexibilidade para adaptar-se às demandas regionais. Esse conceito é essencial em mercados como o brasileiro, onde há grande dispersão populacional e desafios de infraestrutura.

Principais setores impactados pela capilaridade

Gás de cozinha

O gás de cozinha é um item essencial para a maioria das famílias brasileiras. Mais de 91% delas utilizam o GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) em botijões, principalmente para cozinhar alimentos.

A capilaridade no varejo de gás garante que até mesmo as regiões mais remotas tenham acesso a esse produto. As empresas investem em uma vasta rede de distribuidores e revendedores para assegurar a disponibilidade contínua do gás. A malha logística do segmento de gás é uma das mais avançadas no Brasil, incluindo entregas diretamente nas residências dos clientes. Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo), existem 58 mil revendas autorizadas no Brasil. Muitas dessas revendas oferecem serviços de entrega por telefone ou aplicativos, facilitando o acesso ao gás em tempo real, especialmente em regiões periféricas.

Medicamentos

A disponibilidade de medicamentos é crítica para a saúde pública. Farmácias e drogarias espalhadas por todo o território nacional garantem que a população tenha acesso aos medicamentos necessários, independentemente da sua localização.

A indústria farmacêutica e as redes de farmácias têm estratégias robustas de capilaridade para garantir acesso aos medicamentos, mesmo em áreas de difícil alcance.

  • Grandes redes de farmácias: Drogasil, Droga Raia, Pague Menos e Drogaria São Paulo possuem milhares de lojas espalhadas por todo o Brasil. O CFF (Conselho Federal de Farmácias) contabiliza 90 mil estabelecimentos neste segmento. Muitas delas estão localizadas em áreas estratégicas, como centros comerciais, periferias urbanas e pequenas cidades.
  • Farmácia Popular: Esse programa governamental permite a distribuição subsidiada de medicamentos em parceria com farmácias privadas, alcançando uma grande população, inclusive em regiões carentes.
  • Vendas por e-commerce e entrega em domicílio: empresas como a Drogaria Pacheco e Panvel utilizam plataformas digitais para vender medicamentos, complementando sua capilaridade física e atendendo consumidores em áreas remotas.
  • Distribuição em locais remotos: para medicamentos essenciais, como insulina e vacinas, distribuidoras farmacêuticas, como a EMS e Eurofarma, utilizam sistemas logísticos avançados que garantem o transporte em condições controladas para clínicas, postos de saúde e farmácias em todas as regiões.

Alimentos

A distribuição de alimentos deve ser eficaz para evitar desperdícios e garantir que todos tenham acesso a produtos frescos e de qualidade. Redes de supermercados e pequenos comerciantes trabalham em conjunto para criar uma cadeia de suprimentos eficiente, desde a produção até o consumidor final. De acordo com o Ranking Abras 2024, o Brasil conta com aproximadamente 94 mil lojas empenhadas diariamente em atender um público estimado em 28 milhões de consumidores.

Boas práticas no varejo brasileiro

Relacionamos a seguir as boas práticas que têm feito diferença no avanço da capilaridade de grandes empresas.

Expansão por meio de franquias

Redes como Ultragaz (no segmento de gás de cozinha) e Drogasil (no setor farmacêutico) utilizam modelos de franquia para ampliar sua presença. Esse modelo permite que empreendedores locais operem lojas em suas comunidades, garantindo uma operação mais eficiente e adaptada às necessidades regionais.

Redes de distribuição

Muitas empresas brasileiras implementam redes de distribuição robustas para garantir a capilaridade de seus produtos. Utilizam centros de distribuição estrategicamente localizados para otimizar o transporte e reduzir o tempo de entrega.

Parcerias estratégicas

Formar parcerias com pequenos comerciantes locais e cooperativas é uma prática comum que aumenta a capilaridade no varejo. Essas parcerias permitem que produtos cheguem a mercados que grandes varejistas talvez não consigam alcançar diretamente.

Tecnologia e logística

Investimentos em tecnologia e logística são cruciais para melhorar a capilaridade. Sistemas de gestão de estoques, monitoramento de rotas de entrega e plataformas de e-commerce são exemplos de como a tecnologia pode facilitar a distribuição eficaz de produtos.

Programas governamentais

Programas governamentais, como o Programa Farmácia Popular, ajudam a aumentar a capilaridade de medicamentos no Brasil. Através de subsídios e parcerias com farmácias privadas, o governo garante que medicamentos essenciais estejam disponíveis a preços acessíveis em todo o país.

Desafios e oportunidades

Embora a capilaridade apresente inúmeros benefícios, também existem desafios a serem enfrentados. A infraestrutura deficiente em algumas regiões e os altos custos de logística podem dificultar a distribuição. No entanto, estas dificuldades também representam oportunidades para inovação, como o desenvolvimento de novas tecnologias de transporte e a criação de modelos de negócios mais sustentáveis. Aqui estão alguns exemplos de empresas brasileiras do varejo que possuem uma grande capilaridade de lojas:

Grupo Boticário: Com mais de 3.700 lojas espalhadas por todo o Brasil, o Grupo Boticário é uma das maiores redes de perfumarias e cosméticos do País.

Cacau Show: Especializada em produtos de chocolate e confeitaria, a Cacau Show possui mais de 4.500 lojas em várias regiões do Brasil.

Magazine Luiza: Uma das maiores varejistas do Brasil, a Magazine Luiza conta com uma vasta rede de 1.200 lojas físicas em 21 estados, além de uma forte presença online. O Magazine Luiza transformou suas lojas em pontos de distribuição de produtos, reduzindo substancialmente os prazos de entrega para os clientes.

Via Varejo: Esta empresa, que inclui as marcas Casas Bahia e Pontofrio, também possui uma vasta rede de mais de 1.000 lojas em 400 municípios de várias regiões do Brasil.

Redes como Petrobras (BR Distribuidora), Ipiranga e Shell são exemplos de empresas que possuem ampla capilaridade, com milhares de postos espalhados pelo Brasil. Elas alcançam desde grandes centros urbanos até cidades menores e rodovias remotas, garantindo o abastecimento contínuo de veículos.

Essas empresas conseguem alcançar uma ampla capilaridade graças a estratégias eficazes de distribuição, parcerias estratégicas e investimentos em tecnologia e logística.

Conclusão

A capilaridade no varejo de produtos de uso contínuo é essencial para garantir o bem-estar da população e um desafio para grandes varejistas. No Brasil, diversas boas práticas têm sido implementadas para melhorar a distribuição e garantir que todos tenham acesso a itens essenciais.

Investir em redes de distribuição eficientes, formar parcerias estratégicas e utilizar a tecnologia são estratégias fundamentais para alcançar uma capilaridade eficaz e, consequentemente, um varejo mais inclusivo e eficiente.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/31/12/2024/artigos/a-importancia-da-capilaridade-no-varejo-de-produtos-de-uso-continuo/”

Pesquisa do Gartner lista erros mais comuns na reorganização das cadeias de suprimentos

Estudo apontou estratégias que comprometem a eficiência, destacando abordagens para alinhar operações logísticas aos objetivos empresariais.

Uma pesquisa do Gartner apontou que muitos diretores de Supply Chain enfrentam desafios ao reorganizar suas cadeias de suprimentos. Apesar da intenção de alinhar as operações aos objetivos empresariais, erros estratégicos frequentes podem comprometer o sucesso dessas iniciativas.

Baseada em entrevistas com líderes de Supply Chain e dados de clientes do Gartner, a pesquisa identificou a escolha entre modelos centralizados ou descentralizados sem um equilíbrio adequado como um dos erros mais comuns. Segundo o estudo, essa abordagem pode gerar estruturas organizacionais desequilibradas, atrasos e falta de clareza sobre responsabilidades.

“Os gestores de Supply Chain devem integrar atividades que se beneficiam da padronização para a eficiência, diferenciando modelos que requerem customização para atender necessidades específicas de um negócio”, explicou o diretor-sênior de Análise da Prática de Supply Chain do Gartner, Alan O’Keeffe.

Outra questão destacada pelo relatório do Gartner é referente à redução do trabalho humano. Segundo a instituição, ter isso como principal objetivo pode comprometer a capacidade organizacional no longo prazo.

O caminho, de acordo com O’Keeffe, deve ser inverso. “Empresas bem sucedidas investem em talento e design de trabalho. […] Isso inclui reavaliar a escala do trabalho, ajustar onde o trabalho acontece e garantir que o talento esteja posicionado adequadamente para atingir os objetivos.”

A cópia de designs de outras empresas, sem considerar particularidades e variáveis, também é um dos elementos citados pela pesquisa. Segundo O’Keeffe, os projetos mais bem-sucedidos são aqueles que reestruturam radicalmente a cadeia de suprimentos, com base em necessidades organizacionais específicas.

“Os líderes que obtiveram sucesso foram mais radicais ao redesenhar as cadeias de suas organizações, o que resultou na habilidade de entregar modelos operacionais novos e transformadores”, disse.

Fonte: “Erros mais comuns na reorganização das cadeias de suprimentos