Na logística, movimentação de bilhões de reais e desafios

A Região Metropolitana de Jundiaí, conhecida por seu perfil logístico forte e estratégico, movimenta um alto volume de mercadorias devido à infraestrutura e localização privilegiada. O setor logístico local emprega aproximadamente 18,8 mil pessoas e inclui cerca de 2,5 mil empresas, com várias multinacionais estabelecidas na área. Esse dinamismo gera um impacto significativo, com empresas logísticas e de transporte em Jundiaí movimentando cifras bilionárias, com o município registrando mais de R$ 21 bilhões (estimativa) em operações de importação e exportação anuais. O setor todo também é responsável por mais de 500 startups, algumas localizadas em nossa Região.

O número de empresas voltadas ao setor logístico é significativo no território jundiaiense. Segundo dados do Econodata, com atualização de 2023, a cidade conta com 4.615 empresas ativas de logística e transporte. Destas, 3.469 são MEIs (Microempreendedores Individuais). Um ranking com as 50 maiores empresas do setor instaladas no município mostra que, por ano, são gerados faturamentos (presumidos) que vão de R$ 4,8 milhões (50ª colocada) a R$ 13,2 bilhões (primeira do ranking).

O Terminal Intermodal de Jundiaí (Tiju), uma das unidades da Contrail Logística, que atua com transporte ferroviário, está com novos serviços, expandindo seu alcance para os portos do Rio de Janeiro e Itaguaí. Devido aos gargalos enfrentados no Porto de Santos pelos exportadores, surgiram novas alternativas para suprir suas necessidades de escoamento de carga e o Porto do Rio de Janeiro é uma opção factível.

Em 2024 a Contrail Logística também iniciou uma operação disruptiva, recebendo e armazenando minério de manganês para posterior estufagem em contêineres e embarque via ferrovia para exportar a partir do Tiju para o porto de Santos. A empresa pretende encerrar 2024 com um volume 17% maior em comparação a 2023 e oferecendo aos clientes alternativas para enfrentar os desafios encontrados nos fluxos de importação e exportação.

O fato é que Jundiaí, desde o século XVII e notadamente no XVIII, tem sido passagem de bandeirantes e comerciantes que paravam aqui para se abastecer antes de adentrar nos sertões. Não à toa, está na melhor confluência rodoviária do país, entre as rodovias Anhanguera e Bandeirantes, com uma ferrovia que liga o interior do estado a Santos e teve seu auge durante o ciclo cafeeiro.

E é exatamente essa localização que fez Jundiaí sentir o boom da logística nos meados dos anos 2000. Desde então, grandes centros de distribuição, galpões e e-commerce estão por aqui, distribuindo seus produtos em todo o Brasil. A proximidade com o Aeroporto de Viracopos, que tem uma vocação para cargas, também é relevante para a indústria e logística estabelecidas na região.
Entretanto, a confluência para os modernos sertões, não tem dado importância ao modal ferroviário, fazendo com que a movimentação rodoviária seja expressiva, contribuindo para a carbonização e maior emissão de GEE (gases de efeito estufa). Para o consultor de logística, Paulo Bertaglia, o que mais chama a atenção é o menor uso das ferrovias em todo país e notadamente em Jundiaí. “Temos um potencial ferroviário incrível, mas nos últimos 24 anos perdemos malha em vez de expandir. Tínhamos 30 mil quilômetros no Brasil em 2000 e hoje não chegamos a 28 mil km e o abandono da ferrovia em Jundiaí, com subutilização, é um fato.”

A malha rodoviária é a base do transporte brasileiro. Para o especialista em Logística e Sustentabilidade, doutorando no tema, Fábio Garcia, dificilmente esta situação será revertida. “Não vejo expectativas para uma mudança expressiva da predominância deste modal em um horizonte próximo. Desta forma, a busca da mitigação de emissões é o caminho no transporte. Sendo assim, entendo que existem três caminhos para isso: otimização da carga, otimização de rotas, otimização do equipamento de transporte, e aqui incluo as novas tecnologias de combustíveis (elétrico, biometano, hidrogênio etc) até na correta manutenção dos veículos e treinamento e incentivos aos motoristas.”

Mercado
Para Francisco de Oliveira Junior, VP de Ground & Rail leader da Ceva Logistics, com atividade em toda a América Latina, o perfil do consumidor tem mudado nos últimos anos, principalmente após a pandemia de covid. “O novo normal é se conseguir fazer entrega o mais rápido possível e, por isso, investimos em sistemas, veículos e pessoas. O desejo do consumidor é que as compras, feitas em um dia, chegue em sua residência no próximo dia, no máximo.”

Para que as empresas de logística deem conta do recado, há novos sistemas incorporados, com uso intensivo de tecnologia. “Nosso esforço é para manter custos sob controle, otimizar cargas, rotas, aplicando tecnologia e Inteligência Artificial, mas o grande desafio do Brasil é o alto custo de importação. Além disso, temos que crescer para o interior, melhorar a formação de mão de obra, infraestrutura e otimizar a jornada de descarbonização.”

Bertaglia vai além. Para ele, o desafio futuro está na ética, cibersegurança, compliance e preparação de pessoas. “O setor precisa educar para transformar.”

Fonte: “Na logística, movimentação de bilhões de reais e desafios

Uso de dados na logística: Mensurar e interpretar dados de forma eficaz faz empresas de destacarem no mercado

Country Manager da SimpliRoute no Brasil explica que análises detalhadas de Big Data garantem vantagem competitiva.

O setor de logística representa 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. No entanto, no ranking do Índice de Performance Logística (2024), desenvolvido pelo Banco Mundial, o país ocupa o 56° lugar. De acordo com a Country Manager da SimpliRoute, líder em roteirização inteligente, a falta de performance e eficiência no setor pode ser amenizada com a análise e comparação de indicadores de desempenho (KPIs), principalmente em um cenário de ampla concorrência.

“As operações logísticas geram milhões de dados para as empresas, mas é preciso metrificar, analisar e comparar esses dados, principalmente quando falamos de um país como o Brasil, que possui dimensão continental e  dependente do setor logístico’’ afirma a Country Manager da SimpliRoute no Brasil, Javiera Lyon. “É importante que as empresas tenham ações de Benchmarking para se compararem com as concorrentes, traçarem metas claras, construírem um histórico de dados e buscarem uma vantagem competitiva. Afinal, é assim que o mercado cresce e se qualifica”, explica.

Lyon afirma que ao integrar todas as soluções e utilizar de ferramentas e de tecnologias em todas as partes da operação, as empresas poderiam performar melhor e realizarem interpretações de dados mais eficientes para suas demandas. Segundo a Country Manager, uma boa análise de métricas faz com que as empresas  identifiquem pontos críticos e otimizem os processos. Além disso, com o cruzamento dos números é possível realizar o acompanhamento de tendências do mercado, o que permite adaptação rápida e vantagem competitiva. Lyon entende que a tomada de decisão baseada em dados possibilita decisões mais informadas e estratégicas, reduzindo a dependência de suposições e aumentando a eficácia das estratégias logísticas.

No cenário logístico brasileiro, o uso de dados é fundamental para que as empresas conquistem e mantenham o destaque. Analisar e comparar setores e mercados é essencial na visão de Lyon. “Transformar dados em soluções práticas é um diferencial para as empresas. Em um mercado competitivo e em constante evolução, essa capacidade de interpretar e aplicar dados é o que permite maior agilidade, eficiência para o cliente final e crescimento do setor”, finaliza Javiera Lyon.

Sobre a SimpliRoute

A SimpliRoute é uma empresa de tecnologia para logística, fundada em 2014. Com mais de 1000 clientes em 26 países, em dois continentes, oferece soluções personalizadas para otimização de rotas, redução de custos operacionais e melhoria da eficiência das operações logísticas, atendendo companhias de todos os portes. Suas soluções utilizam inteligência artificial e algoritmos avançados para o planejamento de rotas, permitindo monitoramento em tempo real e melhorando a tomada de decisões dos clientes.

Fonte: “Uso de dados na logística: Mensurar e interpretar dados de forma eficaz faz empresas de destacarem no mercado – Amazonas Em Dia

Business Intelligence (BI): a tendência que moldará o e-commerce em 2025

Você consegue imaginar a quantidade de dados que um e-commerce produz diariamente? Dados da jornada do cliente, indicadores de desempenho e vendas, status dos pedidos e por aí vai. Mas, se esses dados estiverem “espalhados”, um em cada plataforma ou planilha, de nada valem para construir uma loja online que se mantém a longo prazo.

A solução para esse “problema” está na estratégia de Business Intelligence (BI), que vem despontando como uma ferramenta essencial para garantir eficiência operacional, personalização de experiências e tomada de decisão guiada pelo pote de ouro do varejo digital moderno: os dados.

Por isso, neste artigo, tenho a missão de pontuar algumas tendências de BI em que você deve investir para atingir todo o potencial do e-commerce em 2025, aproveitando o diferencial competitivo da análise de dados. Vamos lá?

O papel estratégico do BI no e-commerce

De acordo com a McKinsey, empresas que utilizam dados de maneira estruturada podem crescer entre 15% e 25% acima da média do mercado. No e-commerce, essa prática se traduz em análises mais rápidas e precisas, permitindo entender o comportamento do consumidor, identificar tendências e otimizar operações. Assim, as plataformas de BI estão à frente dessa transformação, proporcionando flexibilidade e integração de dados, uma necessidade cada vez maior no setor.

Na prática, as ferramentas de BI oferecem dashboards interativos que permitem acompanhar métricas como volume de vendas, origem dos pedidos (marketplace ou loja própria), produtos mais vendidos e até indicadores financeiros. Esse acompanhamento é indispensável em momentos de alta demanda, como a Black Friday ou o Natal, quando decisões rápidas e precisas são indispensáveis.

Tendências de BI para 2025

A adoção das ferramentas de dados segue impulsionada por avanços tecnológicos e mudanças nas expectativas das empresas de e-commerce, somada a um apetite cada vez maior por consumo de dados íntegros e históricos.

Com esse cenário em mente, trago para este artigo quatro tendências de BI que vão fazer a diferença nas vendas online no próximo ano.

1 – Integração de dados em nuvem

A centralização de informações de diversos canais de vendas em um único painel de dashboard, acessível em qualquer lugar e a qualquer momento, é um diferencial competitivo. Essa abordagem facilita a visualização da jornada de compra do consumidor, otimizando a experiência do cliente e a gestão operacional, assim como permite a realização de análises preditivas, o que está atrelado ao próximo tópico.

2 – Automação com inteligência artificial (IA) e machine learning

Quando a inteligência artificial (IA) é acrescentada ao BI, as análises vão além da simples visualização de dados. Com algoritmos avançados, é possível prever vendas, recomendar estratégias de abastecimento e até identificar padrões de comportamento ocultos nos dados. Por exemplo, uma ferramenta de BI pode sugerir automaticamente o aumento de estoques em determinadas categorias com base em tendências históricas, o que gera projeções mais assertivas.

3 – Aplicação em diversas etapas da jornada de compra

Mas se engana quem pensa que as ferramentas de BI são exclusivas do setor de vendas. Elas também estão sendo amplamente utilizadas em áreas como marketing, logística, CRM e tecnologia. O compartilhamento de dados por meio de um dashboard unificado permite que diferentes departamentos trabalhem com informações consistentes e que estejam na mesma “página”.

Para que tudo funcione dentro dos trilhos, então, é fundamental investir em capacitação do time e em tecnologias que democratizam o acesso às análises, como o Self-Service BI. Esse modelo permite que profissionais de diferentes áreas explorem dados de forma ágil e eficiente.

4 – Governança e qualidade dos dados

À medida que mais empresas adotam ferramentas de BI, a governança e a qualidade dos dados se tornam prioridades. A implementação de frameworks sólidos garante que as decisões sejam tomadas a partir de informações confiáveis, acuradas e integradas, minimizando erros e riscos ao longo de toda operação de e-commerce.

BI e a personalização da experiência do cliente

Como já disse ao longo deste conteúdo, o BI desempenha um papel crucial ao permitir análises detalhadas do comportamento do cliente, facilitando a criação de campanhas segmentadas. E justamente por isso, ele é a carta na manga para nutrir experiências cada vez mais personalizadas e direcionadas para cada perfil de público.

Análises de Cohort e RFV (Receny, Frequency and Value) fornecem insights relevantes sobre o padrão de comportamento dos clientes, além de auxiliar no entendimento do modo como esse padrão oscila no decorrer do tempo.

Com essas informações, é possível, por exemplo, antecipar as necessidades dos consumidores, enviar recomendações de produtos de acordo com as suas preferências e até mesmo ajustar preços de maneira dinâmica para aumentar a conversão.

E então, o que vem por aí?

Por todos os argumentos que trouxe ao longo deste artigo, o BI é um diferencial estratégico que capacita as empresas a responderem rapidamente às mudanças do mercado, otimizando processos e melhorando a experiência do consumidor.

Em 2025, aqueles que souberem aproveitar o poder do BI estarão mais preparados para liderar essa nova era dos negócios digitais. Utilize os dados a seu favor e veja o seu e-commerce entrar no próximo ano com o pé direito.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/business-intelligence-bi-a-tendencia-que-moldara-o-e-commerce-em-2025”

 

 

Park Lapa IV: GoodStorage lança 8º condomínio de galpões urbanos

Nova unidade localizada no bairro da Água Branca, zona oeste de São Paulo, oferece espaços de 800 metros a 35 mil m².

A GoodStorage, especialista em soluções de armazenagem e pioneira em oferecer espaços inteligentes e urbanos, anuncia o lançamento do seu oitavo condomínio de galpões urbanos na cidade de São Paulo.

Localizado do bairro da Água Branca, zona oeste da cidade, entre as pontes do Piqueri e Freguesia do Ó, a 30 minutos do Aeroporto Internacional de Guarulhos, o Park Lapa IV oferece espaços que variam de 800 metros a 35 mil m², em uma área central e estratégica entre a Marginal Tietê e Av. Ermano Marchetti, e fácil acesso às zonas norte e oeste da capital.

Próximo das principais rodovias da cidade, como Anhanguera, Castelo Branco, Bandeirantes, Dutra, Fernão Dias e Ayrton Senna, o empreendimento é ideal para empresas que necessitam de fácil conexão com cidades da grande São Paulo, interior ou até mesmo outras regiões do país.

Além do acesso rodoviário privilegiado, beneficia-se também da proximidade com duas importantes linhas de trem da CPTM (7-Rubi e a 8-Diamante) e de uma futura estação de Linha 6-Laranja do metrô, importantes acessos que colaboram com as necessidades dos locatários.

Com uma área total de 34.273 m², dividida em 17 módulos, o Park Lapa IV conta com pé-direito de até 11 metros, que pode ser adaptado de acordo com a necessidade do locatário. O empreendimento oferece uma série de recursos de alta tecnologia e segurança, como portaria blindada com controle de acesso e CFTV, operação 24 horas por dia, sete dias por semana, além de refeitório, salas de reunião, auditório, vestiário, área de convivência para funcionários, sistema de combate a incêndio J4, iluminação em LED, gerador para áreas comuns, vagas exclusivas, amplo bolsão interno para estacionamento de veículos e docas elevadas compartilhadas.

Diante do crescimento acelerado do e-commerce e da demanda crescente por entregas expressas, a GoodStorage reforça seu pioneirismo ao oferecer soluções de armazenagem voltadas para empresas e indústrias que fazem da capital paulista uma das 40 maiores economias do mundo.

O novo empreendimento tem como objetivo colaborar para que as empresas otimizem suas rotas, auxiliando no deslocamento da carga, por meio de veículos menores e verdes, o que possibilita a entrega de produtos no mesmo dia, atendendo a forte demanda dos consumidores.

A presença em regiões estratégicas da cidade de São Paulo é um dos grandes diferenciais da marca, especialmente no suporte à logística de última milha, um dos maiores desafios do setor.

“Nosso crescimento segue acelerado, principalmente nessa modalidade voltada a empresas. Já atingimos, somente esse ano, a marca de 8 parks. Buscamos sempre impactar positivamente o negócio e a vida do locatário, seja ele pessoa física ou jurídica. Queremos sempre oferecer um espaço estratégico para cada necessidade, para armazenagem fácil, com tantos diferenciais de qualidade, é o que nos destaca no mercado. Além disso, buscamos colaborar com a logística verde na capital paulista, tornando-a cada vez mais inteligente e sustentável”, explicou Thiago Cordeiro, fundador e CEO da GoodStorage.

Fonte: “GoodStorage lança 8º condomínio de galpões urbanos

 

Aeroporto de Guarulhos: Infraestrutura impacta competitividade e exige soluções urgentes

Em um período em que a economia global exige eficiência para se destacar, o Brasil não pode se dar ao luxo de ser ultrapassado por problemas internos de logística.

O aeroporto de Guarulhos, um dos terminais de carga aérea mais movimentados do Brasil, enfrenta problemas críticos de infraestrutura que afetam diretamente a operação logística e impactam gravemente empresas que dependem de agilidade e precisão. Essa situação levanta uma questão essencial: o Brasil está preparado para lidar com a crescente demanda de importação e exportação no mercado globalizado?

A resposta, infelizmente, parece pender para o negativo. A sobrecarga do terminal de Guarulhos se tornou um gargalo logístico, acumulando cargas que, em vez de seguirem diretamente para a linha de produção ou distribuição, aguardam em longas filas, expostas até mesmo ao clima, resultando em avarias e desperdício. A questão aqui não é apenas a capacidade dos armazéns, que operam além do limite — o problema maior é estrutural. Sem investimentos consistentes e modernização do terminal, a logística fica refém de suas próprias limitações.

Essa situação impõe ao importador custos adicionais que vão além do transporte aéreo, já tradicionalmente mais caro. Imagine o cenário de uma empresa que, para suprir a demanda da Black Friday, paga um frete premium apenas para encontrar suas mercadorias paradas em Guarulhos, expondo-se a riscos de perda de prazo e qualidade. O efeito em cascata é evidente: os preços das tarifas aéreas aumentam, o que eleva o custo final do produto e, em última análise, prejudica a competitividade das empresas brasileiras.

Em termos práticos, Guarulhos sofre com uma demanda que já não comporta, o que tem levado companhias aéreas a buscarem alternativas em outros terminais, como Viracopos, em Campinas, e essa migração oferece uma válvula de escape. No entanto, mesmo essa alternativa apresenta desafios logísticos e limitações, visto que outros aeroportos brasileiros não foram projetados para absorver o fluxo extra. A situação, portanto, é paliativa e não uma solução definitiva.

Buscar soluções concretas e de longo prazo é fundamental para que o comércio exterior brasileiro possa competir globalmente. Em primeiro lugar, é imperativo que Guarulhos passe por uma expansão que considere a sua posição estratégica no comércio exterior brasileiro.

A ampliação de armazéns e melhorias nas operações internas devem ser realizadas com urgência para evitar o acúmulo de cargas e reduzir a incidência de backlog. Além disso, incentivar o uso de outros aeroportos próximos, como Viracopos e Confins, pode aliviar a pressão sobre Guarulhos, mas é necessário um planejamento para distribuir melhor os voos de carga entre diferentes regiões. Assim, a modernização e otimização desses terminais são indispensáveis para evitar que sobrecarreguem.

Outro ponto fundamental é a adoção de planos contingenciais, pois a falta de previsibilidade é um agravante. Se Guarulhos tivesse um plano de contingência sólido para lidar com picos sazonais, como Black Friday e Natal, importadores e exportadores teriam a segurança de que as operações seriam mantidas sob controle. Investir em soluções emergenciais para infraestrutura e agilidade em épocas de alta demanda pode reduzir significativamente o impacto do caos logístico.

Além disso, a adoção de sistemas automatizados para o controle de cargas e rastreamento é fundamental. O uso de tecnologias avançadas pode reduzir o tempo de processamento e localização de mercadorias, facilitando a logística tanto para os agentes de carga quanto para os importadores. Investimentos em soluções tecnológicas devem ser prioridade, já que contribuem para minimizar as dificuldades operacionais.

A situação do terminal de Guarulhos reflete um cenário maior de atraso no setor logístico brasileiro, o que compromete a competitividade das empresas nacionais no mercado global. Um comércio exterior que precisa lidar constantemente com entraves e custos altos perde atratividade frente a países com infraestrutura moderna e competitiva.

Em um período em que a economia global exige eficiência para se destacar, o Brasil não pode se dar ao luxo de ser ultrapassado por problemas internos de logística. Sem ações concretas para melhorar Guarulhos e oferecer alternativas viáveis aos importadores e exportadores, o comércio exterior brasileiro permanecerá vulnerável a prejuízos econômicos e logísticos. Mais do que uma infraestrutura funcional, o setor precisa de visão estratégica e investimentos adequados. Afinal, a competitividade não é construída apenas com produtos de qualidade, mas com eficiência em cada etapa do processo.

Essa transformação não é apenas uma responsabilidade do setor público. Agentes de carga e empresas privadas também podem e devem pressionar para que o Brasil avance rumo a uma logística mais eficiente e moderna. O comércio exterior depende diretamente de uma infraestrutura forte, capaz de atender à crescente demanda e competir em um mercado global cada vez mais dinâmico.

Fonte: “Aeroporto de Guarulhos: Infraestrutura impacta competitividade

Caedu segue em expansão e inaugura Centro de Distribuição em São Roque

Varejista de moda acessível já abriu mais 30 novas unidades nas regiões Sudeste e Centro-Oeste desde 2022.

A rede de varejo de moda acessível Caedu vai abrir, no primeiro semestre de 2025, um novo Centro de Distribuição. Ele ficará em São Roque, na Região Metropolitana de São Paulo, e foi projetado para apoiar a expansão acelerada pela qual a empresa vem passando.

Atendendo às novas demandas do varejo omnichannel e ao crescimento acelerado da Caedu, identificamos a necessidade de expandir nossa rede logística para acompanhar a evolução do mercado. O novo Centro de Distribuição reforça nossa capacidade operacional, promovendo maior integração tecnológica, eficiência e agilidade em todas as etapas da cadeia de suprimentos”, afirma o diretor de Planejamento, Logística e TI da empresa, Mauricio Yung.

A Caedu segue em ritmo acelerado de crescimento desde 2022. De lá para cá, mais de 30 novas unidades inauguradas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste.

O novo CD contará com investimento de R$ 5 milhões. O local, situado na região da Rodovia Castelo Branco, foi selecionado para ampliar a capacidade logística da marca, garantindo eficiência no abastecimento das lojas físicas e maior agilidade nas operações do e-commerce.

O Centro de Distribuição também vai gerar vagas de trabalho em São Roque. Estão abertas oportunidades para diversos cargos, como conferente, operador de empilhadeira, auxiliar de logística e outros.

A Caedu tem 49 anos de mercado. A varejista atua com moda feminina, masculina, juvenil e infantil, especializada em roupas, lingerie, calçados e acessórios a preços acessíveis Possui, atualmente, mais de 98 lojas localizadas em cidades do Estado de São Paulo e na cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em Goiânia, Goiás e Brasília, Distrito Federal. Atua, ainda, no e-commerce.

Vagas de fim de ano

A Caedu anunciou recentemente a ampliação de seu time de colaboradores com a abertura de 1086 vagas temporárias. As oportunidades estão disponíveis para São Paulo (932), Minas Gerais (91), Goiás (16), Distrito Federal (33) e Rio Grande do Sul (14).

As vagas são para a posição de operador de loja, com início a partir do dia 25 de novembro, e o processo seletivo já está disponível no Portal de Carreiras Caedu. Os profissionais selecionados serão responsáveis pela organização e reposição de produtos, apoio na aplicação de visual merchandising na loja, atendimento ao cliente na área de vendas e auxílio no caixa, além de suporte nas vendas dos produtos financeiros da marca, como o Cartão Caedu.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/04/12/2024/noticias-varejo/caedu-segue-em-expansao-e-inaugura-centro-de-distribuicao-em-sao-roque/”

 

 

Mercado Livre aquece a Black Friday com 100 milhões de envios no Brasil, em novembro

Com 16 centros de distribuição pelo Brasil, incluindo Pernambuco, empresa pretende continuar regionalizando a operação no país.

Com o registro de 100 milhões de envios, apenas no mês de novembro, o Mercado Livre segue apostando na agilidade da entrega dos produtos nas diversas regiões do país. Para isso, a empresa argentina aposta na regionalização dos centros de distribuição no Brasil. Além da unidade em Pernambuco, no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife, inaugurada em agosto deste ano, a empresa conta com mais 15 CDs no Brasil. Em 2025, a expectativa deles é instalar mais cinco centros no país.
De acordo com o Diretor de Estratégia de Marca do Mercado Livre no Brasil, Iuri Maia, toda essa estrutura é responsável pela agilidade da entrega e pelo aumento do número de clientes no país. “Trazendo essa magnitude do que a gente tem de operação logística em todo o Brasil em todos os tipos de compra. Em relação aos produtos, além do consumo eletrônicos, itens de supermercado e moda vem crescendo muito”, disse Iuri.

Ele destaca ainda que 80% dos produtos comprados pelos consumidores entre os dias 28 e 29 de novembro, dias mais movimentados da Black Friday, serão entregues até a próxima segunda-feira (02).

Pesquisa Panorama do Consumo na Black Friday 2024
Uma pesquisa realizada de 1 a 15 de outubro pelo Mercado Livre revelou o crescimento em 5% do desejo das pessoas de comprar na Black Friday, em comparação ao ano passado. De acordo com o “Panorama do Consumo na Black Friday 2024”, 87% dos pernambucanos pretendem comprar na Black Friday, tendo o cartão de crédito e o parcelamento em até 6 vezes como preferência no pagamento.
Essa parcela do levantamento representa 2 pontos percentuais acima da média nacional (85%). Entre os itens mais desejados no país, 84% das pessoas pretendem comprar itens de moda, 75% irão comprar itens de beleza e 58% pretendem comprar itens de Supermercado.
Crescimento de usuários 
A empresa fechou o terceiro trimestre com mais de 61 milhões de usuários. “No mesmo período do ano passado, o Mercado Livre registrou um crescimento de 20%. Com certeza, essa expansão que a gente teve desde o início do ano até agora, e o CD de Pernambuco sendo um deles, acaba trazendo justamente esse crescimento”, apontou Iuri.
Até o próximo ano, a empresa  argentina pretende duplicar o número de centros de distribuição no País, com 63% já em operação fora do eixo Rio e São Paulo. Como reflexo dessa expansão, a varejista online fechou o terceiro trimestre de 2024 com mais de 61 milhões de usuários, registrando um crescimento de 20% no número de consumidores.
Operando em Pernambuco desde agosto de 2024, o Centro de Distribuição do Mercado Livre, localizado no Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana, além de atender o Grande Recife, também entrega nos estados de Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará.
“Dependendo do produto, a gente acaba tendo uma capilaridade de entrega também para outras regiões do Nordeste, como o Maranhão e Piauí”, afirma Iuri Maia. Apesar de apontar o impacto do CD pernambucano para a região, o Mercado Livre não abriu dados regionais.
Centros de distribuição
O Mercado Livre começou 2024 com 10 centros de distribuição no país e irá finalizar o ano com 16 CDs, sendo três novos localizados em São Paulo, e uma unidade nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Até 2025, o Mercado Livre pretende expandir o número para 21 centros de distribuições.
Ainda de acordo com Iuri Maia, a operação logística do Mercado Livre no Brasil contribui para que ele tenha a entrega considerada a mais rápida do Brasil. Além da operação logística de caminhões e vans, a empresa também irá expandir o número de aviões de sete para nove, até o próximo ano, em parceria com a Gol Log. “Todo esse planejamento logístico ajuda faz com que a gente consiga trazer agilidade para o processo. Hoje quando falamos de decisão de compra, o envio acaba sendo um fator muito importante para a pessoa escolher onde vai fazer a compra”, disse.
Iuri explica ainda que o plano de expansão da operação da empresa no país tem como objetivo aumentar a velocidade da entrega nas diferentes regiões. “O plano da expansão da capilaridade, não só de entrega, porque a gente já entregava para vários lugares do Brasil, mas ter esse envio rápido, o envio no mesmo dia e em 24h. A gente tem um plano de regionalização que faz com que isso traga mais benefício para o consumidor”, ressalta.
Ainda de acordo com ele, em nível nacional, o Mercado Livre aumentou em 50% os investimentos em marketing para a Black Friday 2024 em comparação ao ano anterior. Dentro desse crescimento nacional, Pernambuco foi uma das principais prioridades, com um aumento de 90% no investimento destinado exclusivamente ao estado. Esse destaque reflete a estratégia da empresa de reforçar sua presença e atratividade no mercado pernambucano.
Fonte: “https://www.diariodepernambuco.com.br/ultimas/2024/11/mercado-livre-aquece-a-black-friday-com-100-milhoes-de-envios-no-brasi.html”

Grupo Fictor e Guarde Mais inauguram Hotel Logístico no Rio de Janeiro voltado para PMEs

Em parceria, as empresas passam a oferecer serviços de armazenamento, fulfillment e coworking para acelerar operações de pequenos e médios empreendedores.

O Grupo Fictor, holding de investimentos em private equity, e a Guarde Mais, rede de self storage, anunciaram a abertura da primeira unidade do Hotel Logístico H+ no Rio de Janeiro. Voltado para pequenas e médias empresas (PMEs), o empreendimento oferece serviços de armazenamento, fulfillment e coworking, cobrando apenas pelo uso efetivo.

Com 10 mil m², localizado na região do Porto Maravilha, o espaço atende diferentes necessidades de armazenagem e gestão logística. O H+ está conectado a 100 hubs da Guarde Mais em 55 cidades, o que facilita uma operação logística integrada e eficiente.

O espaço de 10 mil m², posicionado na região do Porto Maravilha, oferece a pequenos e médios empreendedores serviços de armazenagem, manejo e otimização de espaços. A estrutura oferece é equipada com tecnologia para atender diferentes demandas, desde uma simples armazenagem até gestão inteligente dos processos de fulfillment.

A Fictor remodelou o espaço para atender às necessidades operacionais da Guarde Mais, reforçando seu foco em inovação e tecnologia “O H+ é mais uma conquista no nosso caminho rumo à inovação e excelência, com o objetivo de impulsionar o empreendedorismo no Brasil, ajudando a moldar um futuro mais próspero e resiliente para todos”, destacou o CEO do Grupo Fictor, Rafael Góis.

Alberto Neto, CEO da Guarde Mais, ressaltou que o objetivo é ampliar a rede H+ em diferentes estados. “Estamos oferecendo uma plataforma voltada ao crescimento sustentável das PMEs, ajudando a transformar a logística em uma vantagem competitiva”, disse.

De acordo com a empresa, o empreendimento deve se multiplicar para outros estados brasileiros. Está em andamento o projeto da segunda unidade, na cidade de São Paulo.

Fonte: “Grupo Fictor e Guarde Mais inauguram Hotel Logístico no RJ

FedEx reformula serviço aéreo nacional com tempo de trânsito mais rápido

Os novos prazos estão disponíveis a tempo de atender às demandas de última hora trazidas pela Black Friday e o Natal.

A FedEx anunciou reformulação do serviço aéreo nacional, agora com tempos de trânsito mais ágeis na maioria das rotas, e ideais para atender envios urgentes de empresas de todos os portes – desde grandes corporações, até micro, pequenos e médios empreendimentos. Os novos prazos estão disponíveis a tempo de atender às demandas de última hora trazidas pela Black Friday e o Natal.

FedEx oferece soluções integradas de transporte e logística, com serviço porta a porta para aproximadamente 5,5 mil cidades brasileiras e mais de 220 países e territórios. “Somos uma empresa one-stop-shop, ou seja, temos soluções para atender todas as necessidades de transporte e logística dos nossos clientes”, disse o diretor de Marketing e Experiência do Cliente da FedEx no Brasil, Gabriel Kayser.

“A alteração nos prazos de entrega reforça os diferenciais do nosso portfólio, que fica ainda mais competitivo. O serviço é totalmente gerenciado pela FedEx, que contrata espaço em aviões de companhias aéreas comerciais com as quais mantém relacionamentos comerciais de longa data para transporte de cargas.”

A FedEx opera no Brasil com uma infraestrutura que inclui quatro voos semanais entre Memphis (EUA) e Campinas (SP), utilizando aviões Boeing B767-300F. A empresa possui uma frota terrestre de mais de 2,4 mil veículos e emprega mais de 8 mil colaboradores.

Os serviços abrangem cerca de 5,5 mil cidades em todo o país, chegando a 9,6 mil localidades quando considerados os distritos. A FedEx possui 50 filiais, 10 hubs domésticos e um gateway aéreo internacional, além de aproximadamente 360 centros de envio (FASC) e 7 FedEx Ship Centers.

Fonte: “FedEx reformula serviço aéreo com tempo de trânsito mais rápido

Black Friday: Transporte rodoviário de cargas prevê alta nas entregas e contratações

De acordo com o SETCESP, as contratações temporárias no setor de logística podem ultrapassar 100 mil vagas no Brasil.

A Black Friday, que acontece em 29 de novembro, não afeta apenas o varejo, mas também mobiliza o transporte rodoviário de cargas no Brasil. De acordo com a Confederação Nacional de Transportes (CNT), mais de 65% dos produtos vendidos nesta data — sejam importados ou nacionais — dependem do TRC para chegar aos consumidores. Uma pesquisa da Rcell revelou que cerca de 70% dos varejistas esperam um aumento significativo nas vendas, o que exige uma operação logística robusta e eficiente.

Para o diretor de e-commerce do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), Guilherme Juliani, a Black Friday é um dos períodos mais movimentados para o setor. Estima-se que o volume de entregas no Brasil ultrapasse três milhões de pacotes diários, o que gera uma pressão adicional sobre as operações logísticas. “O maior desafio do setor no período será atender essa demanda crescente com velocidade e eficiência, sem comprometer a qualidade do serviço”, disse.

Para acompanhar esse aumento, as transportadoras antecipam-se reforçando as equipes com contratos temporários. De acordo com Juliani, em todo o setor de logística, as contratações temporárias podem ultrapassar as 100 mil vagas no Brasil, com uma alta demanda por motoristas, ajudantes de carga e funções administrativas. Este tipo de contratação é vista como uma oportunidade pelo mercado que necessita de mão de obra e aproveita para avaliar desempenhos individuais de cada profissional.

PLANEJAMENTO E MITIGAÇÃO DE RISCOS

Para auxiliar neste período atípico, o Setcesp promove estratégias de atendimento junto aos associados. “Temos um papel muito importante na preparação dos transportadores para datas de alta demanda, como Black Friday e Natal. Nosso objetivo é alinhar as necessidades do varejo online com as capacidades logísticas, garantindo que o transporte de mercadorias seja feito de forma eficiente e dentro dos prazos exigidos pelos consumidores”, completou o diretor.

O trabalho em conjunto com os associados pode estimar o volume de vendas, identificando quais regiões terão maior demanda de produtos e com troca de informações em tempo real para solucionar imprevistos. Com essas informações, os transportadores podem ajustar suas operações com antecedência, reforçar as equipes e otimizar as rotas.

“O planejamento logístico para a Black Friday é essencial para mitigar riscos, como congestionamentos, que podem afetar o tempo de entrega. Dessa forma, 40% das entregas podem ser impactadas por questões de tráfego em grandes centros urbanos, o que exige que as transportadoras ajustem suas rotas e horários com antecedência”, afirmou.

Fonte: “Black Friday: Transporte rodoviário de cargas prevê alta nas entregas