Tecnologias disruptivas e a evolução do comportamento do consumidor no varejo digital

O e-commerce já não é mais uma tendência em desenvolvimento, mas uma realidade consolidada que está redefinindo o varejo como um todo. Acelerado pela pandemia e impulsionado por uma onda de inovação tecnológica, o comércio eletrônico evoluiu para atender a um novo perfil de consumidor: mais exigente, conectado e em busca de experiências personalizadas.

Para se manter competitivo, é necessário não apenas acompanhar essas mudanças, mas antecipar-se a elas, adotando novas tecnologias e estratégias que maximizem a eficiência e a satisfação do cliente.

Nos últimos anos, as tecnologias emergentes desempenharam um papel fundamental na transformação do e-commerce. Soluções como inteligência artificial (IA), machine learning, automação e realidade aumentada estão modificando a forma como os consumidores interagem com as lojas digitais.

A IA tem sido uma das tecnologias mais transformadoras no mercado. Empresas estão utilizando algoritmos de machine learning para analisar o comportamento do consumidor e oferecer uma experiência de compra cada vez mais personalizada. A personalização vai muito além de recomendar produtos com base em compras anteriores; ela envolve prever as necessidades do consumidor, otimizar campanhas de marketing e criar jornadas de compra únicas.

Segundo um estudo da McKinsey, 71% dos consumidores esperam que as empresas ofereçam experiências personalizadas e, quando bem-feito, isso pode aumentar em até 40% o valor médio das transações. A IA permite que as lojas online criem perfis detalhados dos consumidores, ajustando automaticamente recomendações de produtos, ofertas e até mesmo a disposição de elementos no site, tornando a experiência de compra mais fluida e eficiente.

A evolução do comportamento do consumidor digital

Muitas têm sido as inovações tecnológicas que impactam o e-commerce, a maioria de forma muito positiva. Para citar poucas, podemos lembrar do uso de realidade aumentada, especialmente em setores como moda e decoração, e também as melhorias nos processos de gestão e logística com automação de processos, o que leva a uma melhor eficiência operacional, sem dúvida, mas também converge diretamente para a experiência do cliente.

O comportamento do consumidor, aliás, é algo que está em evolução tão ou mais rápida que as tecnologias. Mais do que uma simples transação de compra e venda, o cliente de hoje busca experiências significativas, marcas que tenham valores alinhados com os seus e conveniência em todas as etapas do processo de compra.

Com a crescente adoção de smartphones e o fácil acesso à internet, tem-se um consumidor cada vez mais conectado: 84% das compras online no Brasil, em 2023, foram realizadas por meio de dispositivos móveis, de acordo com o Ebit/Nielsen. Esse consumidor “multicanal” pesquisa produtos online enquanto visita lojas físicas, compara preços em tempo real e espera que a transição entre os diferentes canais de venda seja absolutamente fluida e contínua, sem quebras no processo.

Essa realidade impulsionou o crescimento do omnichannel, estratégia que integra os canais de venda online e offline, proporcionando uma experiência única para o cliente. Lojas físicas estão se tornando pontos de experiência, enquanto as plataformas online garantem a conveniência e a personalização.

Economia da conveniência e ESG

Esse mesmo consumidor, que busca a experiência na loja física e a conveniência da plataforma online, é impaciente – cada dia mais. Pesquisa da PwC revela que 88% dos consumidores esperam que suas compras online sejam entregues em até três dias, enquanto 45% já consideram as entregas no mesmo dia como um fator decisivo na hora de escolher onde comprar.

Isso levou ao aumento da chamada “economia da conveniência“, em que empresas competem não só pelo preço ou qualidade, mas pela rapidez e facilidade no processo de compra e entrega. Além disso, a demanda por praticidade é visível em outras áreas, como métodos de pagamento.

Soluções como carteiras digitais, pagamentos via Pix e Compre Agora, Pague Depois (do inglês, Buy Now, Pay Later – BNPL) estão se tornando comuns, refletindo as expectativas de uma geração que prioriza facilidade e velocidade.

Outro fator que está ganhando relevância é o aumento da consciência social e ambiental dos consumidores. Hoje, muitos consumidores buscam marcas que demonstrem estar alinhadas às práticas ESG (Governança Social, Ambiental e Corporativa), indo além do mero discurso de responsabilidade social e sustentabilidade em suas operações. De acordo com o Global Consumer Insights Pulse Survey 2023, da PwC, 55% dos consumidores globais preferem comprar de empresas que demonstram práticas sustentáveis.

Essa mudança está levando muitas marcas a adotar práticas mais verdes, como embalagens recicláveis, otimização da cadeia de suprimentos para reduzir a pegada de carbono e transparência em relação às práticas de produção, entre outras ações ligadas ao ESG. No Brasil, grandes varejistas estão começando a adotar essas práticas como forma de diferenciação no mercado.

Tecnologia, transparência e experiência

O futuro do e-commerce promete ser ainda mais dinâmico, com tecnologias emergentes moldando o setor e consumidores cada vez mais exigentes. As empresas que se destacarão serão aquelas que conseguirem equilibrar inovação tecnológica com a capacidade de entender as novas demandas do consumidor e atendê-las, claro.

A inteligência artificial continuará a evoluir, tornando-se cada vez mais integrada a todas as etapas do processo de compra, desde a personalização até o atendimento ao cliente. O blockchain pode emergir como uma solução para garantir a transparência nas cadeias de suprimentos e na autenticação de produtos, especialmente em setores como moda e eletrônicos. Já as plataformas de social commerce, que combinam e-commerce com redes sociais, continuarão a crescer, transformando as interações digitais em transações de compra.

No entanto, ao adotarmos essas novas tecnologias, devemos lembrar que o sucesso no e-commerce do futuro não será medido apenas por inovação, mas também pela capacidade de entregar valor real ao consumidor. O foco precisa estar em oferecer uma experiência personalizada, ágil e transparente, que respeite as novas expectativas de conveniência e sustentabilidade.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/tecnologias-disruptivas-e-a-evolucao-do-comportamento-do-consumidor-no-varejo-digital-2”

Fraudes no e-commerce: como o lojista pode se proteger nas vendas online?

Nos últimos anos, a preocupação com as fraudes no e-commerce se tornaram um problema crescente no Brasil, uma vez que as transações online são parte relevante do cotidiano de consumidores cada vez mais ativos e digitalizados. Um levantamento feito pela OLX estimou que os brasileiros sofreram prejuízos que totalizam R$ 3 bilhões em fraudes no comércio digital em 2024, sendo que 46% dos golpes aplicados foram representados por pagamentos falsos.

Outro estudo conduzido pela Equifaz BoaVista joga luz a mais um fator preocupante para os lojistas: houve um crescimento de 3,5% na incidência de fraudes no e-commerce nacional, com um estrondoso número de 7,25 milhões de tentativas fraudulentas ao longo de 2024. O aumento dessas ações criminosas indica que existe um alto nível de sofisticação desses golpes, praticados por pessoas que sabem manipular plataformas de compra e pagamentos, além de se atualizarem constantemente sobre o comportamento de compra dos consumidores e saberem muito bem como e quando agir.

Os desafios das fraudes no e-commerce

Para garantir uma experiência de compra segura e evitar dores de cabeça, é fundamental que os lojistas adotem práticas eficazes de segurança digital que sejam amplamente capazes de proteger as compras online e minimizar os riscos de fraude.

Um dos principais exemplos de recursos que podem ajudar a controlar esse problema é o orquestrador de pagamento, por atuar como uma camada intermediária entre plataforma de e-commerce e as instituições financeiras, operadoras de cartão e sistemas de pagamento, garantindo que todo o processo seja seguro e regular ao prevenir o lojista de pagamentos negados. O recurso também garante que o dono de uma loja virtual tenha o controle total das estratégias de segurança por meio de soluções antifraude e alertas de chargeback, garantindo o aumento das taxas de conversão e a redução de riscos durante as transações.

Como a tecnologia pode ajudar na prevenção

A implementação de ferramentas de automação e machine learning também contribui para que o lojista se atualize sobre os comportamentos fraudulentos recorrentes em seu negócio. Por meio do uso da inteligência artificial, é possível analisar essas irregularidades em movimentações financeiras anteriores, de forma a identificar suas características e impedir que elas aconteçam no futuro, sem oferecer riscos de trava para compras que são efetuadas de forma regular. Para transações de maior risco, cabe ao empreendedor considerar o uso da autenticação de dois fatores, especialmente em casos de mudanças de endereço ou grandes compras.

Por fim, cabe ressaltar que todos esses recursos servem para que os lojistas e seus times consigam solucionar essas questões com autonomia e praticidade. O atual panorama do e-commerce no Brasil e no mundo presume que a tecnologia possa trabalhar em sinergia com a inteligência humana no combate às fraudes e na pavimentação de uma estrada mais segura e confiável para as vendas online .

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/fraudes-no-e-commerce-como-o-lojista-pode-se-proteger-nas-vendas-online”

O paradoxo do emprego na logística: Cresce ou desaparece?

Postos de trabalho relacionados à entrega rápida devem crescer até 2030, mas gaps em qualificação e avanço da tecnologia criam um cenário contraditório em outras funções.

De forma geral, o mercado de trabalho está se transformando, impulsionado por questões que vão desde avanços tecnológicos a mudanças nas cadeias produtivas. Até 2030, o mercado global deverá criar 170 milhões de novos postos de trabalho, enquanto 92 milhões de funções atuais serão extintas.

É um saldo positivo de 78 milhões de empregos, de acordo com informações do “Futuro dos Empregos 2025”, relatório publicado pelo Fórum Econômico Mundial.

No caso da logística, as perspectivas são relativamente otimistas. De acordo com a pesquisa, motoristas de caminhonete ou de serviços de entrega estão na 2ª posição no ranking das profissões que mais devem crescer até 2030. A lista ainda traz os motoristas de carro, van e motocicleta na 7ª colocação e gerentes gerais e de operações fechando o Top 10.

Uma das justificativas para esse cenário é o crescimento do comércio eletrônico. Segundo uma publicação do E-commerce Brasil, o setor faturou R$ 204 bilhões em 2024 — uma alta de 10,5% em relação ao ano anterior. A projeção é de que esse faturamento ultrapasse os R$ 230 bilhões em 2025, conforme projeção da Associação Brasileira do Comércio Eletrônico (ABComm).

Outro cenário que favorece esse tipo de trabalho é a demanda por operações de last mile cada vez mais rápidas. O que se viu nos últimos anos foram as grandes empresas — desde as tradicionais, como Magalu, até as “cronicamente online”, como Mercado Livre e Amazon — investindo fortemente para diminuir o tempo de entrega.

O PARADOXO DA TECNOLOGIA

Enquanto existe uma tendência de alta em algumas profissões que compõe a cadeia logística, outras devem diminuir ao longo dos próximos anos. No relatório do Fórum Econômico Mundial, os assistentes de controle de materiais e estoquistas apareceram na 4ª colocação dos postos de trabalho que devem ser reduzidos até 2030.

Essa perspectiva pode estar diretamente ligada ao movimento de transformação digital nas operações internas ao redor do mundo. De acordo com a pesquisa “O Armazém do Futuro”, conduzida em uma parceria entre Infor e Seal Sistemas, a automação robótica foi apontada por 27% dos entrevistados como uma das tecnologias que devem impulsionar os armazéns do futuro.

O cenário também é justificado no relatório “Next stop, nex-gen”, da Accenture. Segundo o documento, empresas que adotam tecnologias como IA e Machine Learning conseguem aumentar a eficiência dos recursos de engenharia em 21%.

As contradições em relação à tecnologia aparecem até quando relacionadas às profissões que devem crescer. Apesar de haver um crescimento na procura por motoristas para transporte e entregas, também há um aumento na busca por especialistas em veículos autônomos. Esse paradoxo pode ser explicado pelo fato de os veículos autônomos ainda não serem implementados em larga escala, o que mantém em alta a demanda por motoristas humanos.

A ESCASSEZ DE TALENTOS

Mesmo com um cenário promissor para os profissionais de logística, a falta de qualificação ainda é um grande obstáculo. Segundo a pesquisa do ManpowerGroup, o Brasil aparece na 7ª posição global entre os países que mais sofrem com a escassez de talentos.

O setor de logística e transporte é o mais afetado, com 91% do segmento reportando dificuldade em encontrar mão de obra qualificada. Em relação às habilidades mais difíceis de encontrar no país, destacam-se TI e análise de dados (39%), engenharia e manufatura (28%), vendas e marketing (24%) e operações e logística (20%).

Aqui, outra contradição: de acordo com reportagem publicada pela MundoLogística em setembro de 2024, 18,9% dos alunos que se formaram em logística estão desempregados no Brasil.

Quando questionado sobre como pode existir, simultaneamente, oferta de vagas e profissionais desempregados, o professor Orlando Fontes Lima Jr., da Unicamp, declarou que essa é uma realidade de todas as áreas. “As empresas querem determinadas qualificações que não são compatíveis com as formações dadas aos profissionais.”

Inclusive, ao repercutir o relatório do Fórum Econômico Mundial, o Valor Econômico destacou a tendência de alta na procura por profissionais especialistas em transformação digital, IA e Machine Learning — tópicos que ainda não ganharam espaço cativo na educação formal em logística no Brasil.

Fonte: O paradoxo do emprego na logística: Cresce ou desaparece?

Como a pandemia moldou o consumidor online: impactos e tendências das gerações millennial e Z no e-commerce.

A pandemia de Covid-19 transformou profundamente o e-commerce, mudando o comportamento dos consumidores e acelerando a adoção de compras online. Com a necessidade de isolamento social, milhões de pessoas migraram para plataformas digitais para adquirir produtos e serviços.

Como resultado, observou-se um crescimento sem precedentes nas vendas online, e essas mudanças, em grande parte, permanecem no cenário pós-pandemia. Além disso, as novas gerações, como os millennials e a geração Z, estão assumindo papéis de liderança nas tendências de consumo online, com preferências e comportamentos distintos que moldam o futuro do comércio digital (Deloitte, 2022). Este artigo explora essas mudanças e tendências emergentes, focando nas demandas dos consumidores após a pandemia e nas implicações para o setor de e-commerce.

A revolução do perfil do consumidor no e-commerce pós-pandemia

A pandemia trouxe uma disrupção sem precedentes, forçando o comércio a migrar rapidamente para o ambiente digital. O consumidor pós-pandemia se adaptou a essa nova realidade e, como resultado, o e-commerce agora desempenha um papel central em suas rotinas de compra (Accenture, 2021).

– O novo normal no e-commerce: de acordo com dados da McKinsey (2021), 75% dos consumidores que adotaram novas plataformas de compra online durante a pandemia continuarão usando esses canais. Para esses consumidores, o online não é mais uma alternativa, mas uma preferência consolidada.

– Conveniência como principal fator de decisão: um aspecto que ficou claro durante a pandemia foi o valor da conveniência. As compras online agora se destacam por sua capacidade de oferecer entregas rápidas, flexibilidade nas devoluções e pagamento simplificado, transformando a experiência de compra em algo fácil e descomplicado (EY, 2021). Empresas que investiram em agilidade de logística e em um checkout simplificado tiveram vantagem.

– Maior uso de ferramentas digitais: tecnologias como realidade aumentada (RA), inteligência artificial (IA) e chatbots tornaram-se ainda mais populares. Essas soluções permitem que os consumidores visualizem produtos de maneira imersiva e obtenham atendimento automatizado em tempo real, contribuindo para uma experiência de compra mais personalizada (KPMG, 2022). Plataformas de e-commerce que incorporam essas tecnologias estão capturando a atenção do consumidor digital moderno.

As gerações millennial e Z: protagonistas da transformação digital no e-commerce

As novas gerações estão impulsionando mudanças no e-commerce, e as empresas precisam entender suas preferências para se manterem competitivas. Millennials e geração Z estão moldando o futuro do consumo, com expectativas e comportamentos distintos das gerações anteriores (Deloitte, 2022).

– Omnicanalidade e experiências integradas: essas gerações esperam uma experiência de compra omnicanal fluida, integrando o online e o offline. Um estudo da NielsenIQ (2022) revelou que 73% dos millennials e gen Z desejam experiências de compra que transcendam o ambiente digital, com uma transição perfeita entre plataformas online e lojas físicas. Isso significa que empresas que ofereçam uma experiência omnicanal coesa, como a possibilidade de retirar na loja o que foi comprado online, estão em uma posição vantajosa.

– Personalização e experiências únicas: ambos os grupos valorizam a personalização. A geração Z, em particular, quer uma experiência de compra única, com recomendações baseadas em seus interesses pessoais (Salesforce, 2021). Ferramentas de machine learning e algoritmos de recomendação são cruciais para capturar a atenção desses consumidores.

– Adoção de novas formas de pagamento: as novas gerações estão mais abertas a opções de pagamento alternativas, como carteiras digitais (Apple Pay, Google Pay) e criptomoedas. Estudos mostram que 45% da geração Z nos EUA já utilizaram ou demonstraram interesse em usar criptomoedas para pagamentos (PwC, 2022). Oferecer diversidade de opções de pagamento pode ser um diferencial competitivo.

Principais tendências no e-commerce impulsionadas pelas novas gerações

Com as mudanças aceleradas no comportamento do consumidor, algumas tendências no e-commerce têm ganhado mais força, especialmente entre os millennials e a geração Z.

– Crescimento do social commerce: a presença de influenciadores digitais nas redes sociais tem um impacto crescente no e-commerce. Plataformas como Instagram, TikTok e YouTube estão se tornando centros de vendas, onde marcas e influenciadores podem engajar diretamente com os consumidores e vender produtos em tempo real (Statista, 2022). O social commerce é especialmente atraente para a geração Z, que é altamente influenciada por campanhas interativas e conteúdo gerado por usuários. Empresas que integram suas lojas a essas plataformas têm uma vantagem significativa.

– O metaverso e realidade virtual no e-commerce: a realidade virtual (VR) e o metaverso estão rapidamente se tornando o novo playground do e-commerce. Marcas estão criando lojas virtuais onde os consumidores podem “caminhar” e “experimentar” produtos digitalmente antes de efetuar uma compra. Essa tendência atende particularmente à geração Z, que busca experiências imersivas e interativas ao fazer compras online (Mehta et al., 2021).

– Sustentabilidade como fator decisivo: a geração Z é notoriamente mais preocupada com questões ambientais e sociais. De acordo com um estudo da BCG (2021), 70% desses consumidores preferem comprar de marcas que demonstram compromisso com a sustentabilidade. Produtos feitos de materiais reciclados, embalagens ecologicamente corretas e práticas comerciais éticas são fatores que influenciam diretamente suas decisões de compra. Empresas que implementam iniciativas de sustentabilidade não estão apenas atendendo às demandas dos consumidores, mas também construindo uma imagem de marca positiva e duradoura.

Adaptando estratégias de e-commerce para o futuro

À medida que as novas gerações se tornam o grupo dominante de consumidores, as empresas de e-commerce precisam ajustar suas estratégias para se manterem relevantes.

– Investir em tecnologia: as lojas de e-commerce devem adotar tecnologias que ofereçam personalização e conveniência, como IA, algoritmos de recomendação e chatbots automatizados, para criar uma experiência de compra otimizada.

– Criar uma estratégia omnicanal coesa: oferecer uma experiência de compra fluida entre o online e o offline é essencial. Isso significa investir em logística eficiente e em uma estratégia integrada de marketing para garantir que os consumidores possam comprar quando, onde e como quiserem.

– Focar em sustentabilidade e transparência: as marcas que conseguirem alinhar suas práticas comerciais com as demandas por sustentabilidade terão uma vantagem competitiva significativa. Transparência em toda a cadeia de valor e práticas éticas são diferenciais que atraem a geração Z e os millennials.

A pandemia mudou o comportamento de compra dos consumidores de maneira irreversível, acelerando a adoção do e-commerce e consolidando a conveniência digital como um fator essencial.

As novas gerações, millennial e Z, são os motores dessas mudanças, trazendo consigo demandas específicas por personalização, experiências omnicanal e responsabilidade ambiental. As empresas que se adaptarem a essas tendências e investirem em tecnologia e inovação estarão melhor posicionadas para capturar a lealdade desses consumidores e prosperar no futuro do comércio digital.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/como-a-pandemia-moldou-o-consumidor-online-impactos-e-tendencias-das-geracoes-millennial-e-z-no-e-commerce

Loja Integrada lança solução para recuperar vendas por meio de mensagens automatizadas

As mensagens são enviadas para clientes que iniciaram a compra, mas não finalizaram.

A Loja Integrada, após dois anos de reestruturação de dados, anunciou o lançamento do módulo de Automação de Marketing, solução busca recuperar vendas a partir da entrega de mensagens automatizadas para clientes que não fecharam uma compra durante a navegação. A ferramenta consegue gerar mais de 23 milhões de reais em recuperação de vendas.

Junto com este lançamento, a Loja Integrada também lançou o Hub de Canais, uma solução que realiza o envio de catálogo otimizado para canais marketplace com altas taxas de aprovação de produtos. Essas ferramentas são facilitadas por modelos de machine learning e Inteligência Artificial(IA). E a meta da empresa é que os empreendedores consigam reengajar clientes, anunciar seus produtos em canais diversos, além de gerar novos alcances.

“No cenário atual, onde a boa parte das vendas ocorre em canais como marketplaces, o maior desafio era adaptar produtos a diferentes formatos e exigências. Para superar essa barreira, desenvolvemos modelos generativos de IA, que garantem que novos produtos sejam cadastrados com alta qualidade de dados e adaptados automaticamente às exigências específicas de cada marketplace”, explica Victor Popper, CEO da Loja Integrada.

Esses lançamentos é são resultado da introdução de uma nova camada de dados unificados, onde se consolidam o histórico de preços, fretes, estoques e produtos, por exemplo, com métricas de conversão.

“Vender uma segunda vez para o mesmo cliente é cinco vezes mais barato do que conquistar um novo público. Por isso, a Loja Integrada está dando um salto que já está revolucionando a operação dos empreendedores: novas campanhas automatizadas de engajamento e retenção de clientes, onde com base nos dados de navegação do consumidor, é possível enviar mensagens para o fechamento da compra, sem precisar configurar nada”, continua.

Uso da IA

Baseado nos catálogo do marketplace escolhido, a IA faz sugestões automaticas dos atributos corretos para garantir que o produto seja aceito rapidamente pela plataforma, ajustando os dados ao formato requisitado.

Considerando que mais de 80% das vendas do varejo brasileiro em 2024 ocorreram em marketplaces, e 10% das vendas em 2025 vão ocorrer em redes sociais, segundo os dados da Simplicity, o desafio do empreendedor digital não é mais o de criar uma loja e, sim, o de se conectar e operar em múltiplos canais enquanto mantém margens competitivas e uma base de clientes.

Nos últimos meses, a Loja Integrada já havia anunciado uma parceria com a Indexa.AI, além de novidades como link de carrinho compartilhável, ferramenta de avaliação, mecanismo de busca atualizado e segmentação de preço por CEP.

Fonte: “Loja Integrada lança solução para recuperar vendas por meio de mensagens automatizadas – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

 

Revolucionando a logística: como IA e Machine Learning estão trabalhando a favor da previsibilidade

No contexto da logística moderna, a previsão de demanda desempenha um papel crucial na otimização de operações e na redução de custos. Tradicionalmente, a previsão de demanda dependia de métodos estatísticos básicos e, sejamos francos, da intuição dos gestores. No entanto, com a evolução da Inteligência Artificial (IA) e do Machine Learning (ML), surgiram novas possibilidades que estão revolucionando esse processo.

Os algoritmos avançados de IA e ML permitem uma análise mais profunda e precisa dos dados históricos e das tendências de mercado. Diferentemente dos métodos tradicionais, esses algoritmos podem aprender continuamente com novos dados, ajustando-se às mudanças no comportamento do consumidor e às variações sazonais, resultando em previsões muito mais precisas e eficientes.

Essa precisão na previsão de demanda leva como consequência a redução de excessos e ruptura de estoque. Afinal, estoques abarrotados representam dinheiro parado e custos adicionais de armazenamento, enquanto a escassez de produtos pode resultar em perda de vendas e insatisfação do cliente. Com a aplicação de inteligência artificial e machine learning, as empresas podem equilibrar melhor diversos processos.

Por exemplo, ferramentas de WMS (Warehouse Management System) já utilizam IA para automatizar o gerenciamento de armazéns, melhorando a eficiência do armazenamento e na movimentação dos produtos, podendo prever demandas e sugerir a melhor disposição dos itens dentro dos armazéns, bem como dentro dos veículos. Também há outras soluções combinadas, como YMS (Yard Management System), que aplica IA para coordenar a movimentação de veículos nos pátios, otimizando os recursos e melhorando a eficiência das operações logísticas, e o TMS (Transportation Management System), que usa algoritmos de machine learning para otimizar as rotas, arranjos de cargas, sequenciamento de entrega e prever tempos de entrega com maior precisão, ajudando a reduzir custos e melhorar a satisfação do cliente.

Pode parecer ultrapassado bater na tecla do WMS, YMS e TMS, mas acredite, ainda há muitas empresas que não extraem o máximo dessas tecnologias em suas operações. Segundo o IPT (Índice de Produtividade Tecnológica) da Logística, estudo lançado pela TOTVS em 2021, entre as prioridades de investimento futuro por parte dos prestadores de serviços logísticos, estão digitalização e automação de processos, mostrando que ainda não estamos no nível de maturidade que poderíamos estar. Por isso, é fundamental que haja, também, a mudança de cultura nas empresas e a capacitação dos profissionais para o uso efetivo de tecnologias.

Isso porque, é fato que a aplicação de inteligência artificial e machine learning na previsão de demanda está transformando a logística, proporcionando uma gestão de estoque mais eficiente e precisa. Com produtos avançados sendo disponibilizados pelo mercado de tecnologia, as empresas podem integrar essas soluções de forma eficaz, otimizando suas operações e garantindo uma resposta mais ágil às demandas do mercado. Essa evolução não apenas melhora a eficiência operacional, mas também fortalece a competitividade das empresas em toda a cadeia de suprimentos. A previsibilidade é a base para um bom planejamento em todas as frentes do negócio, por que não contar com tecnologia de ponta para isso?

Concentrix combina robôs de interação por voz e texto e cibersegurança em novo produto

Com investimentos em IA e automação, empresa expande oferta de serviços para transformar a experiência do cliente e fortalecer sua presença no mercado brasileiro.

A Concentrix, empresa focada em soluções de serviços de Customer Experience (CX) e processos de negócios, ampliou sua oferta de serviços tecnológicos como parte de seu rebranding. A ação faz parte de uma estratégia de crescimento. Nesse sentido, a empresa tem investido em tecnologias emergentes como Inteligência Artificial (IA), automação de sistemas e processos, análise de dados e nuvem, e vem capacitando seus clientes a se destacarem em um cenário corporativo cada vez mais competitivo. Atualmente, a empresa atende mais de 60 clientes no Brasil com suas soluções tecnológicas.

“A Concentrix traz para o Brasil o que há de mais moderno em soluções de IA, automação de processos de negócios e consultoria de jornada do cliente para impulsionar a transformação digital de nossos parceiros”, comenta Cleber Santos, country manager do Brasil na Concentrix. “Além de oferecer essas soluções, é essencial aplicar essas tecnologias de forma precisa às necessidades específicas de cada cliente e seus negócios. Com base em nosso conhecimento global adquirido ao longo de décadas de atuação consultiva para mais de 2 mil clientes, nosso time de consultores garante a melhor aplicação para cada demanda”.

Parte dessa expansão da oferta de serviços e soluções tecnológicas está baseada no projeto Zeus – iniciativa tecnológica que desenvolve robôs para interação por voz e texto, além de portais de autoatendimento. Zeus aprimora a experiência do consumidor e reduz custos operacionais, oferecendo serviços de atendimento e vendas 24/7, gestão de cobranças e vendas. Além disso, tem atestado a segurança e a privacidade dos dados implementando medidas rigorosas, como criptografia de ponta a ponta, controle de acesso baseado em funções, auditorias regulares de segurança e conformidade com regulamentações de proteção de dados, como a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).

“Mantemos uma função de monitorização e alerta de segurança 24 horas por dia, 7 dias por semana, para proteger e responder à ameaça de atores mal-intencionados. Para apoiar a segurança dos dados, estabelecemos uma estrutura integrada de gestão de riscos com práticas derivadas das normas do setor e das normas de privacidade de dados. Os controles de segurança de dados destas normas e regulamentos são avaliados para a nossa estrutura de gestão de riscos com base nas necessidades do negócio e dos clientes, na natureza do nosso setor e nas regulamentações aplicáveis”, pontua o executivo.

Expansão de serviços

A inovação beneficia áreas como as telecomunicações, setor bancário, varejista, educacional, fintechs e market place, entre outros. No geral, a automação proporcionada pelo projeto tem melhorado a eficiência em várias frentes: no atendimento ao cliente, na otimização de processos de compliance e análise financeira, e na gestão de inventário e atendimento no varejo.

Ainda de acordo com o executivo, a tecnologia desempenha um papel fundamental na maneira como as empresas se relacionam com seus clientes e otimizam suas operações. Ao expandir a gama de serviços tecnológicos, a Concentrix tem como foco auxiliar os consumidores a alcançarem novos níveis de eficiência e satisfação. Além disso, os investimentos feitos em tecnologia, segundo Santos, têm mostrado resultados tangíveis tanto para a companhia quanto para o seu público. Nesse cenário, a meta é que, nos próximos anos, a empresa consiga dobrar sua participação de mercado no Brasil.

“Atualmente, o projeto gerencia mais de 3,5 mil robôs personalizados para diversas tarefas, adaptados a múltiplos idiomas. Utilizando Machine Learning para evoluir continuamente e interpretar as intenções dos usuários, Zeus representa um avanço significativo na automação de processos. Ele otimiza e agiliza processos operacionais, permitindo que consultores humanos se concentrem em questões mais complexas e de difícil resolução”, explica.

Tendências em CX e tecnologia

Em um cenário em que os consumidores exigem um alto nível de serviço, bem como uma variedade de opções, as empresas têm buscado destaque na gestão de relacionamentos e na promoção da lealdade à marca. Sendo assim, consultores em CRM e BPO precisam de habilidades mais sofisticadas, com a transição para suporte online e a manutenção da importância do atendimento telefônico, explica Cleber Santos.

Ainda de acordo com o executivo, a gestão da experiência do cliente evolui de soluções CRM voltadas para redução de custos para um enfoque em agregar valor durante todo o ciclo de vida do cliente. A inovação tecnológica, incluindo serviços digitais e Inteligência Artificial generativa (GenAI), tem transformado o setor, aprimorado interações e automatizado processos, com maior ênfase no suporte humano para casos complexos.

A cibersegurança é essencial, especialmente com o aumento de dispositivos conectados e ameaças cibernéticas. A pandemia evidenciou a necessidade de proteção robusta de dados, destacando a importância de soluções de segurança escaláveis para mitigar riscos de reputação e operacionais.

“Com a globalização, as empresas buscam fornecedores com capacidades completas e escaláveis, levando à consolidação do mercado”, afirma Cleber Santos. “A fragmentação atual oferece oportunidades para fornecedores que oferecem soluções integradas e modernas, especialmente em gestão de experiência do cliente e cibersegurança”.

Fonte: “https://consumidormoderno.com.br/concentrix-zeus-automacao/”

 

Como a análise preditiva de crédito pode ser mais confiável com IA generativa

Modelos preditivos já são a regra no setor de crédito e cobrança, mas com a IA generativa, empresas podem ampliar uso de dados para antecipar riscos e potencializar concessões.

O setor de crédito e cobrança é e sempre foi baseado em dados. Afinal, são elementos essenciais na construção de uma oferta precisa, com riscos calculados e assumidos no momento de uma oferta e concessão. Assim, o setor sempre foi pautado por um desenho preditivo. Mas a chegada da Inteligência Artificial generativa carrega um grande potencial de transformação, permitindo análises preditivas ainda mais precisas, personalizadas e eficientes.

“É um tema, na minha visão, que pode talvez gerar o maior diferencial competitivo da história moderna”, definiu Roberto Jabali, diretor executivo do banco BV. O executivo foi um dos participantes do painel “Análise preditiva para otimização da concessão de crédito” do Seminário Credit and Collection Experience (CCX), realizado no dia 6 de agosto, em São Paulo.

Segundo Jabali, dentro do universo de crédito e cobrança, até pela natureza voltada à temática de dados, o uso da IA tradicional já é bastante presente no uso intensivo de dados, conferindo até mesmo um caráter pioneiro. “A IA generativa pode transformar a geração de valor das empresas, seja na previsão de inadimplência e, principalmente, no processamento de dados não estruturados, onde tem grande potencial de transformação”, explica.

Sofisticação de dados não estruturados

Para Cristiano de Souza Corrêa, professor de Finanças e Coordenador de Pós-Graduação em Negócios do Ibmec, e mediador do painel, a IA generativa representa um caminho sem volta. “Estamos apenas começando a concatenar essas informações para estruturar a tecnologia. A partir de agora, a questão dos dados não estruturados se torna muito mais relevante”.

“O que evolui com a IA generativa é a sofisticação de quais dados usar e combinar dados internos e de mercado”, explica Fabio Zveibil, VP de Crédito com Garantia de Auto e Home da Creditas. “No caso da Creditas, juntamos o comportamento do consumidor com o valor da garantia, liquidez do imóvel e outras informações com IA para tomar a melhor decisão – que precisa ser a melhor possível tanto para a empresa quanto para o cliente. Os dados sempre estiveram aí, mas ainda temos muitos passos para sofisticar, com a IA generativa complementando a jornada de atendimento e contratação”.

Novos modelos preditivos para novos dados

Dada essa capacidade da IA generativa, é possível dizer que a tecnologia é capaz de trazer maior confiança para os modelos preditivos das empresas de crédito e cobrança? Segundo Kleber Hiro Yokoyama, gerente de risco da Solfácil, há diversos caminhos para a criação de modelos mais eficientes.

“Achar algoritmos melhores, que já são realidade, oferecem ganhos, mas não tanto quanto achar dados novos e melhores, que são essenciais para a análise preditiva”, explica. “Na Solfácil, trabalhamos com modelos de análise setorial e, ainda assim, estamos sempre nos certificando se os dados utilizamos ainda fazem sentido”.

O executivo apresentou como exemplo safras passadas em que dados a respeito do auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19 eram importantes para a política de crédito da empresa, mas que hoje não fazem mais sentido para a realidade de crédito.

Além disso, Roberto Jabali acrescenta que um dos desafios para a modelagem é a quantidade de dados. “A IA generativa viabiliza a modelagem de dados sintéticos, permitindo uma calibração que antes não era possível. As empresas estão se especializando na geração desses dados, que têm funcionado para a validação de modelos preditivos”.

Os modelos estão mais confiáveis?

Uma vez que a Inteligência Artificial generativa é capaz não só de processas dados não estruturados como também gerar dados sintéticos, é possível dizer que os modelos preditivos impulsionados pela tecnologia também são mais confiáveis. “Mas por ser mais confiável, a empresa também aceita tomar mais risco”, pontua Fabio. “O cliente não vive de momentos, mas da jornada. No passado, só era possível fazer essa análise com base em dados. Hoje, já é possível colher dados da jornada”.

Para garantir essa confiabilidade, Kleber destaca dois pontos essenciais: métricas de desempenho comprovadamente eficientes e escolher muito bem a variável de resposta.

Como exemplo, ele questiona: o que a empresa considera como mal pagador? Pode ser que a análise seja feita a partir de uma janela de performance, monitorando o cliente ao longo de seis meses para ver se fica inadimplente. É possível escolher se será considerado mal pagador aquele que ficou inadimplente, mas conseguiu reverter, ou aquele que não ficou. “Com esses dois pontos bem calibrados, conseguimos validar a taxa de inadimplência prevista e realizada, checando se o modelo precisa de ajuste ou se poder chegar a uma conclusão mais precisa”.

Lições para modelos de análise preditiva

Kleber, da Solfácil, destaca que, entre os principais aprendizados da empresa em relação aos modelos de análise preditiva, está a percepção de que dados são o melhor investimento que a empresa pode fazer. Não só isso, mas também a inadimplência acontece de forma setorial, e por isso a importância de aprimorar os dados para isso. “E a terceira lição, por fim, é que é essencial falar sobre risco com toda a organização”, destaca. “É um grande marco quando o time comercial sabe o que é classe de risco, facilita a nossa vida”.

Já Fabio, da Creditas, aponta que há um ecossistema por trás dos dados, como Machine Learning e motores desenvolvidos. “O dado solto, por melhor que seja, não ajuda muito. É preciso ter uma plataforma robusta, e a implementação do pacote completo faz a diferença. Outro aprendizado é o feedback loop, atualizando políticas de dados de acordo com a performance. Por fim, com essa lógica da organização, a mentalidade. A empresa inteira precisa pensar com essa lógica”.

Roberto Jabali destacou uma leitura que fez recentemente sobre a IA generativa: “para um potencial transformação sem precedentes, vamos precisar de controles sem precedentes”. “Da mesma forma que a gente controla e critica os modelos, não vai ser suficiente para trazer confiança e conforto para esse novo universo”, explica. “É uma potência grande demais para difundirmos sem responsabilidade”.

Fonte: “Análise preditiva pode ser mais confiável com IA generativa (consumidormoderno.com.br)

O que as Olimpíadas têm a ensinar sobre logística?

Garantir a mobilidade, a segurança e o abastecimento de milhares de atletas e turistas, além de gerenciar grandes volumes de equipamentos e alimentos, não é tarefa simples.

Uma operação logística é sempre complexa, independentemente do porte da empresa, do tipo de carga e do modal escolhido. Em alguns casos, no entanto, é ainda mais desafiadora, como a logística militar, humanitária ou de grandes eventos, como as Olimpíadas.

Os jogos olímpicos são um exemplo claro da importância da colaboração, da integração e do planejamento logístico. Garantir a mobilidade, a segurança e o abastecimento de milhares de atletas e turistas, além de gerenciar grandes volumes de equipamentos e alimentos, não é tarefa simples.

Por mais trabalhoso que seja, é possível garantir o sucesso de eventos desse porte. Basta utilizar a tecnologia disponível para otimizar processos logísticos, integrar sistemas, compartilhar dados e melhorar a visibilidade, o controle e o monitoramento.

IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NA LOGÍSTICA

São mais de 10,5 mil atletas de várias partes do mundo, dirigentes, treinadores, chefes de estado e mais de 15 milhões de turistas visitando Paris em menos de um mês. Esse é o número de pessoas que, de uma forma ou outra, saíram de casa para as Olimpíadas 2024 e vão precisar de transporte, hospedagem, suprimentos, atendimento médico ou farmacêutico, hospedagem, segurança, alimentação, etc.

Muito mais do que garantir que os atletas e visitantes circulem em Paris e cheguem a tempo nos locais de prova, as Olimpíadas exigem um esforço logístico gigantesco do país-sede e de todas as delegações participantes.

Ao todo, 205 delegações participam das competições em Paris, incluindo o Brasil. E ainda que não esteja entre as maiores delegações, a logística demandada pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) é um exemplo claro da complexidade de eventos como esse.

COMO O BRASIL FEZ O PLANEJAMENTO LOGÍSTICO PARA AS OLIMPÍADAS 2024?

O COB fez uma verdadeira “operação de guerra” para garantir a infraestrutura necessária aos mais de 270 atletas brasileiros classificados para os Jogos de Paris.

Ao todo foram transportadas mais de 20 toneladas de equipamentos eletrônicos, itens para treinos de força e condicionamento, insumos médicos e farmacêuticos, materiais esportivos e de marketing, uniformes, mobiliários, 23 embarcações para as competições, etc.

Antes de atravessar o oceano, o COB trabalhou, durante mais de dois anos, em um planejamento rigoroso. Para entregar na França todo o necessário, o Brasil utilizou três modais de transporte: terrestre, aéreo e marítimo. Cerca de 10 contêineres viajaram carregados.

A carga saiu de sete países diferentes (China, Paquistão, Suécia, República Checa, Portugal, Itália e Brasil) com destino a Paris, na França, onde o COB alugou um armazém de 800 m2, por cerca de três meses.

No local foi centralizado todo o material destinado à Vila Olímpica, à Saint-Ouen (base do COB), às instalações dos atletas e à Casa Brasil. A movimentação na cidade-sede dos jogos envolveu 60 caminhões.

Isso tudo diz respeito apenas à logística da delegação brasileira. Agora, multiplique por outras 205 delegações. Os números são grandiosos e, sem uma logística eficiente, seria praticamente impossível fazer um gerenciamento bem-sucedido.

PRINCIPAIS DESAFIOS DA LOGÍSTICA EM OLIMPÍADAS

A logística das Olimpíadas envolve a coordenação de uma infinidade de detalhes para garantir o fluxo adequado dos materiais e equipamentos. Os aspectos que tornam a tarefa tão complexa são:

  • Escala: a magnitude dos jogos olímpicos exige um planejamento meticuloso e a coordenação de inúmeros recursos, desde a construção de estádios e alojamentos até o transporte de equipamentos e alimentação dos atletas.
  • Tempo: a organização de um evento como as Olimpíadas requer anos de planejamento e preparação, com prazos apertados e a necessidade de lidar com imprevistos.
  • Grande volume de pessoas: a presença de milhares de atletas, oficiais, jornalistas e espectadores gera uma demanda enorme por transporte, hospedagem, alimentação e segurança.
  • Infraestrutura: a construção e adaptação de infraestruturas, como estádios, vilas olímpicas e sistemas de transporte, representam um desafio logístico significativo.
  • Segurança: a proteção de atletas, espectadores e instalações é uma prioridade máxima, exigindo um planejamento rigoroso de segurança e a coordenação de diversos órgãos.
  • Sustentabilidade: a preocupação com o meio ambiente e com a sustentabilidade tem se tornado cada vez mais importante em grandes eventos, exigindo soluções logísticas que minimizem o impacto ambiental.
  • Transporte: a movimentação de atletas, espectadores, equipamentos e materiais esportivos requer um planejamento eficiente para o transporte de cargas e de passageiros.
  • Alimentação: a alimentação de todos os participantes passa pela distribuição de grandes quantidades de alimentos – um tipo de carga com diversas particularidades.
  • Gestão de estoque e inventário: a logística de suprimentos inclui o transporte e armazenamento de equipamentos esportivos, alimentos e bebidas, materiais promocionais, entre outros. Fazer o inventário evita desperdícios e garante a disponibilidade.

COMO MELHORAR A EFICIÊNCIA LOGÍSTICA EM GRANDES EVENTOS E OPERAÇÕES COMPLEXAS

Sem dúvidas, o sucesso de eventos como as Olimpíadas passa pela logística de excelência, em especial nas etapas de armazenagem, gestão de estoque e controle de inventário, gestão de frotas e de pátios, transporte e entrega.

Mas como garantir que o planejamento seja bem executado, que as operações estejam visíveis do início ao fim, que as cargas sejam monitoradas e as entregas rastreadas, que a roteirização seja bem-feita, que os sistemas logísticos estejam integrados e que todos os elos da cadeia logística entendam a importância da colaboração?

A resposta está no uso de tecnologia e de soluções especializadas para otimizar a logística. É isso o que vai garantir o gerenciamento eficiente de todos os recursos.

Sistemas de gestão de inventário

As plataformas avançadas de gestão de empresas, de armazéns, de estoques e inventários, como ERP e WMS, permitem o rastreamento e o gerenciamento dos materiais em tempo real. Essas ferramentas ajudam a monitorar níveis de estoque, prever necessidades futuras e evitar excessos ou faltas.

Etiquetagem RFID e código de barras

As tecnologias de identificação, como RFID e códigos de barras, facilitam o rastreamento e a gestão de materiais. Elas permitem a identificação rápida e precisa de itens, além de agilizar processos de recebimento, armazenagem e distribuição.

IoT (Internet das Coisas)

Sensores IoT podem ser usados para monitorar condições ambientais (como temperatura e umidade) de cargas sensíveis (como alimentos, por exemplo), garantir a segurança de itens de alto valor e fornecer dados em tempo real sobre a localização e o status dos produtos.

Plataformas de planejamento de recursos empresariais

Sistemas integrados gerenciam diversos aspectos da logística de materiais, desde o pedido até a entrega, facilitando a coordenação entre diferentes departamentos e fornecedores. Na logística, soluções como ERP, TMS, WMS e YMS se tornam imprescindíveis.

Automação de armazéns

Tecnologias de automação podem acelerar e tornar mais eficiente a movimentação de materiais dentro dos armazéns, reduzir o tempo de processamento, diminuir o headcount necessário às atividades e evitar prejuízos e retrabalhos causados por erros humanos.

Software de roteirização e otimização de transporte

Ferramentas de roteirização ajudam a planejar rotas de transporte mais eficientes, o que resulta em economia de tempo e de custos. Além disso, sistemas de otimização e consolidação de cargas garantem a utilização máxima do espaço disponível nos veículos de transporte.

Análise de dados e Machine Learning

Análises avançadas e algoritmos de Machine Learning podem prever demandas futuras com base em dados históricos e tendências, ajudando a planejar melhor o abastecimento e a distribuição de recursos.

Blockchain

A tecnologia blockchain pode ser utilizada para criar um registro imutável e transparente de transações e movimentos de materiais, aumentando a confiança e a segurança na cadeia de suprimentos.

Sistemas de gestão de fornecedores

Plataformas para gestão de fornecedores facilitam a comunicação e a coordenação com múltiplos fornecedores, garantindo a entrega pontual das cargas e permitindo a avaliação contínua do desempenho dos fornecedores.

Aplicativos móveis

Apps logísticos específicos permitem o acesso a informações em tempo real sobre inventário, status de pedidos, transporte e entrega, facilitando ainda a comunicação e a resolução de problemas.

Realidade Aumentada (AR)

Tecnologias de AR podem ser usadas para treinar trabalhadores em procedimentos logísticos, auxiliar na montagem e organização de materiais em armazéns e fornecer instruções visuais em tempo real.

A integração eficiente de tecnologia, comunicação eficaz, visibilidade integral da cadeia logística, flexibilidade, colaboração e capacidade de adaptação rápida as mudanças são essenciais. Algumas das principais “lições olímpicas” para quem atua na logística são: fazer um planejamento estratégico eficiente, garantir coordenação e colaboração entre os stakeholders, uso de tecnologia avançada, fazer gestão de riscos, garantir eficiência operacional, sustentabilidade, flexibilidade e adaptabilidade, promover engajamento e treinamento de equipes e inovação com melhorias contínuas.

Ao aprender e implementar as lições deixadas pelas Olimpíadas, as empresas brasileiras podem aperfeiçoar significativamente suas operações logísticas.

Fonte: “O que as Olimpíadas têm a ensinar sobre logística? (mundologistica.com.br)

Mega Sorter do Grupo MOVE 3 e Sequoia entra em teste final para triplicar entregas mensais

Usando tecnologias como Inteligência Artificial, Big Data e Machine Learning, equipamento tem capacidade de roteirizar até 34 mil objetos por hora e entra em funcionamento em agosto.

O Grupo MOVE3 e a Sequoia realizam os testes finais do Mega Sortes Damon, sistema de classificação de cargas que potencializa as operações logísticas lançado em conjunto pós-fusão. Segundo a companhia, o equipamento é apto para atender diversos tipos de processos e tem potencial para triplicar a operação — ou seja, das 10 milhões de entregas mensais realizadas pela MOVE3 atualmente, será possível chegar a até 30 milhões.

A capacidade de roteirização do Mega Sorter é de até 34 mil objetos por hora. De acordo com o gerente de Projetos da MOVE3, Ricardo Souza, o diferencial para alcançar esse feito é a quantidade de saídas, que são 303.

“Um número maior de saídas significa que teremos mais agilidade de roteirizar mercadorias de diferentes clientes, tamanhos e prazos. Quando você tem menos saídas, esse trabalho acaba levando mais tempo, pois você tem que separar as regiões (CEPs) manualmente, coisa que o sorter faz de forma automática”, explicou o executivo.

A novidade incorpora tecnologias já utilizadas no grupo, como Inteligência Artificial e Big Data. Na prática, isso significa que estarão disponíveis informações em tempo real para os controladores, de modo que o banco de dados seja alimentado com indicadores do equipamento e operação. Também foi aplicado Machine Learning na fabricação da máquina.

PROJETO E DESENVOLVIMENTO

Segundo o analista de Projetos Sênior da MOVE3, Theo Palhano, o Mega Sorter foi projetado pelo grupo em 2022, já pensado para ter uma fácil integração com outras empresas. “A carga da Sequoia tem um bom fit com o novo sorter, então o projeto atenderá de forma excelente tanto os atuais clientes do grupo quanto os clientes que estão vindo da Sequoia, bem como os que vamos conquistar posteriormente”, afirmou.

Desde o início, o objetivo era alcançar um alto poder de processamento. “Nós trabalhamos com volume de franquias, então a franquia A tem mais volume, a B tem menos, e por aí vai até a franquia E. O novo sorter é capaz de lidar com os volumes A, B e C de uma vez. O volume D pode ser processado por outra máquina de capacidade menor, e a franquia E pode ser tratada manualmente. Essa separação otimiza nossas operações”, pontou Palhano.

Até o momento, para atender às operações da Carriers, Rodoê e da Moove+ e as que já estão vindo da Sequoia, são necessários três separadores com saídas limitadas. O Mega Sorter tem o dobro da capacidade desses separadores combinados, com três vezes mais saídas.

Fonte: “Mega Sorter do Grupo MOVE 3 e Sequoia entra em teste final (mundologistica.com.br)