iFood se reposiciona e não quer ser mais só a marca de entrega de refeições

Empresa lança campanha “iFood é tudo para mim” em posicionamento multicategorias.
O iFood lançou na última quarta-feira (7) uma campanha para reposicionar a marca como uma plataforma de conveniência multicategoria. Batizada de “iFood é tudo para mim” quer mostrar a empresa como uma plataforma de tecnologia além da entrega de refeições, com atuação no delivery de compras em mercados, farmácias, pet shops e outros varejistas.

“No último ano vimos o número dessas categorias saltarem 50%, tanto no volume de pedidos como em faturamento, o que mostra uma crescente demanda por conveniência”, diz o CEO do iFood, Diego Barreto. “Ao ir além do delivery de comida, redefinimos as fronteiras que uma empresa brasileira de tecnologia pode oferecer para simplificar e agregar valor para todo o ecossistema.”

Serão quatro filmes publicitários para a campanha, cuja estreia ocorreu na noite da última terça-feira. A empresa afirma que o mote da campanha é baseado nos pilares funcional e emocional. No primeiro, os vídeos destacam o iFood como uma marca presente na vida de milhões de brasileiros, entregando tudo que o público precisa; no segundo, uma marca que entrega o que as pessoas amam por meio de experiências e criando conexões.

O mote “iFood é Tudo Pra Mim” tem sido introduzido em ações da companhia desde o início do ano, em eventos como o Carnaval e o Big Brother Brasil 2025. Pelas próximas semanas, a campanha será sustentada em TV aberta, Pay TV, streaming, redes sociais e no app do iFood. O publicitário Nizan Guanaes e sua equipe Nideias assinam a ideia. A DM9, agência criativa de publicidade e propaganda, desenvolve a campanha.

Desde 2019, o iFood já faz testes de entregas de compras em supermercado. No decorrer dos anos, a companhia adicionou novos parceiros de varejo ao aplicativo, como farmácias, lojas de conveniência e pet shops. Hoje, o aplicativo tem mais de 115 milhões de pedidos mensais e 55 milhões de clientes.

Fonte: https://www.infomoney.com.br/business/ifood-se-reposiciona-e-nao-quer-ser-mais-so-a-marca-de-entrega-de-refeicoes/

Magazine Luiza aposta em crédito para impulsionar vendas em 2025

Com a recente licença do Banco Central para a Magalupay operar serviços financeiros, a Magazine Luiza pretende expandir a concessão de crédito em 2025 para acelerar as vendas nos canais online e físicos.

O presidente-executivo do grupo, Frederico Trajano, destacou que os indicadores financeiros sólidos e a baixa inadimplência permitem que a empresa avance nessa estratégia. “Os números mostram que essa é uma decisão correta e segura”, afirmou durante conferência com analistas.

Na última sexta-feira (14), as ações da varejista dispararam 12%, liderando as altas do Ibovespa, que registrava um avanço de 2,3%. O movimento ocorre em meio a uma recuperação da companhia e a dificuldades de concorrentes como a Americanas, que segue em recuperação judicial.

Resultados e desafios

Apesar da alta das ações, o balanço do quarto trimestre foi avaliado como misto por analistas do BB Investimentos, que apontaram um crescimento tímido da receita e uma leve queda na margem bruta. Já o JPMorgan atribuiu o aumento do papel a um short squeeze, quando investidores vendidos correm para recomprar ações, impulsionando os preços.

Com a licença do Banco Central para a Luizapay, o Magazine Luiza espera reduzir custos com captação de recursos e impostos, melhorando a rentabilidade. Por isso, Trajano também ressaltou que a demanda no início de 2025 segue forte, contrariando previsões pessimistas sobre desaceleração econômica devido aos juros elevados. “Estamos em uma situação de quase pleno emprego, com salários e benefícios crescendo em termos reais”, afirmou.

Foco na conversão de vendas

O principal desafio do Magazine Luiza será vender com lucro em um cenário de Selic elevada. Para isso, a empresa aposta no aumento da taxa de conversão, ou seja, transformar visitantes em compradores sem necessariamente ampliar investimentos em marketing.

“O ecossistema do Magalu recebe quase 500 milhões de visitas por ano. Nosso foco será melhorar a usabilidade das plataformas, a oferta de produtos, os meios de pagamento e a utilização de inteligência artificial para personalizar a experiência do cliente”, explicou Trajano.

Além disso, a companhia planeja abrir novas lojas físicas das marcas Kabum! eNetshoes, seja em formato isolado ou integradas a unidades do Magazine Luiza.

Fonte: “Magazine Luiza aposta em crédito para impulsionar vendas em 2025 – E-Commerce Brasil

 

No limite da inovação: e-marketplace e almoxarifado virtual em compras públicas

Se implementadas corretamente, ferramentas podem revolucionar compras pela Administração Pública.

Duas noções próprias da administração, da logística e do marketing vêm sendo recentemente utilizadas na Administração Pública brasileira para designar a automação e um novo regime (inovador) para as compras públicas: e-marketplace público e almoxarifado virtual.

marketplace pode ser entendido como um local físico ou um meio ou plataforma virtual em que transações e negócios, compras e vendas, podem acontecer.

As transações poderão ocorrer de forma direta, com o fornecimento feito diretamente pelo mantenedor da plataforma aos consumidores (seria o caso de produtos vendidos diretamente pela Amazon ou pela Americanas, a partir de seus próprios estoques); mas, principalmente, ocorrem de forma intermediada, oportunizando-se a fornecedores externos utilizar a plataforma mantida pelo intermediário para oferecer bens e serviços aos consumidores, ficando a cargo dos fornecedores externos (lojas e e-commerces, por exemplo) a maior parte das etapas do negócio e do processo logístico, como precificação, recebimento da demanda, separação, envio, distribuição, etc.[1]

Quando tais transações são realizadas em meio virtual, por meio de plataformas digitais, fala-se em e-marketplace, marketplace onlinemarketplace virtual, marketplace digital. Trata-se de uma ferramenta de inovação tecnológica amplamente utilizada pelas pessoas em geral no âmbito privado, para a realização de todo o tipo de compras (basta lembrar de e-marketplaces como a Amazon, o Mercado Livre, o Aliexpress e a Americanas), mas que apenas recentemente vem sendo aplicada no âmbito da Administração Pública.

O almoxarifado virtual, por sua vez, é um conceito oriundo da logística, que começou a ser discutido na academia a partir de 1995, e se refere a uma inovação na gestão da cadeia de suprimentos, que visa diminuir custos e otimizar operações por meio de recursos tecnológicos.

Conceitualmente, trata-se de um modelo de negócio que visa utilizar a tecnologia da informação e algoritmos de decisão em tempo real para proporcionar eficiência operacional e visibilidade global ao inventário, automatizando a cadeia de suprimentos. É possível identificar no almoxarifado virtual forte inspiração no modelo just in time toyotista de cadeia de suprimentos virtual e ressuprimento, aliada ao uso da tecnologia da informação.

No âmbito empresarial brasileiro, o almoxarifado virtual tornou-se uma solução, isto é, um produto, que vem sendo comercializado por diversas empresas no mercado privado. Tais empresas vêm oferecendo-o como terceirização (o chamado outsourcing) da cadeia de suprimentos com diversos elementos de automação e inteligência empresarial.

Em termos resumidos, portanto, o almoxarifado virtual no Brasil seria a terceirização e automatização da gestão da cadeia de suprimentos de uma determinada organização, visando diminuir ou eliminar custos com estoques, distribuição, custos de propriedade, etc.

Em termos práticos, com a utilização de ferramentas inovadoras na Administração Pública, se teria dois cenários: (a) o da simples automação de processos licitatórios e contratações diretas com o e-marketplace público; e (b) com o almoxarifado virtual, um mais complexo, no qual, em vez de sempre se licitar e contratar item por item, o gestor público ter a possibilidade de acessar um ambiente virtual, para, nessa plataforma, realizar pedidos de materiais e insumos à contratada (terceirizada), que providenciaria a entrega desses bens ao órgão ou entidade pública, de acordo com determinados parâmetros e limites regulamentares e contratuais – sempre ao menor preço possível, por meio de uma licitação única cujo objeto seria a terceirização.

Almoxarifado virtual e e-marketplace na Administração Pública brasileira

O debate sobre a possibilidade da utilização de e-marketplaces e do almoxarifado virtual pela Administração Pública foi acendido recentemente na literatura jurídica brasileira, com a aprovação da nova Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei 14.133/2021). Ocorre, entretanto, que no contexto brasileiro se vem muitas vezes utilizando as denominações e-marketplace público e almoxarifado virtual como sinônimos – o que revela algum grau de imprecisão conceitual.

O almoxarifado virtual, mais especificamente, vem sendo implantado na Administração Pública brasileira pelo menos desde 2013, por uma iniciativa pioneira do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

A iniciativa se materializou no Contrato 59/2013, que teve como objeto a contratação da “prestação de serviços continuados de outsourcing – para operação de almoxarifado virtual in company –, para suprimento e ressuprimento de insumos em plataformas virtuais, com execução mediante o regime de empreitada híbrida (por preço global e preço unitário), para atender às necessidades do ICMBio

Depois dessa experiência, diversos órgãos e entidades da Administração brasileira, como a Advocacia-Geral da União, o Banco do Brasil e a Infraero adotaram o almoxarifado virtual para determinadas categorias de insumos e produtos, como é o caso de materiais de expediente, informática, copa e cozinha e outros tipos de materiais de consumo. Mais recentemente, os estados de Minas Gerais e do Rio de Janeiro criaram seus almoxarifados virtuais.

O movimento mais conhecido do país nesse quesito ocorreu por parte do Ministério da Economia, que criou em 2020 o chamado Almoxarifado Virtual Nacional (AVN) para materiais de consumo administrativo, realizando uma licitação na modalidade pregão, em dois lotes divididos por regiões geográficas, geradora de uma ata de registro de preços à qual poderiam aderir (pegar “carona”), a princípio, os órgãos da Administração Pública direta federal. O AVN atualmente é um importante complemento ao sistema federal de compras públicas, em que são realizadas diversas atas de registro de preços e licitações em diversas modalidades, mas sobretudo por pregão.

O modelo de contratação do Almoxarifado Virtual Nacional (AVN) é muito promissor em termos de contratação, remuneração e de controle, podendo ser replicado em diversos entes, órgãos e entidades. Nesse modelo, se tem a contratação centralizada no ente federativo, com a possibilidade de adesão de órgãos e entidades, que realizariam seus próprios contratos com as empresas classificadas no pregão realizado pelo ente federativo.

Abrange-se apenas compras de alguns tipos de materiais (apenas materiais de escritório, expediente e consumo, por exemplo) e se tem uma remuneração do contratado por taxa de administração fixa (com um valor entre 8 a 11% do valor da aquisição, no caso do AVN), fretes inclusos, e redutores de remuneração nos casos de aquisições via marketplace (isto é, fora de tabela).

Nos objetos dos contratos de almoxarifado virtual já celebrados no Brasil, é comum que se preveja a prestação de serviços de terceirização do gerenciamento logístico, com diversos serviços agregados – entre eles, mas não somente, o e-marketplace. Entretanto, apesar de o marketplace ou serviços semelhantes por vezes estarem previstos nos objetos dos contratos, quando se está a tratar de contratos de almoxarifados virtuais públicos, o que se vê na prática é uma utilização muito limitada da ferramenta.

De fato, no cumprimento dos contratos celebrados pela Administração, não se está a utilizar e-marketplaces propriamente ditos, uma vez que em vários dos contratos de almoxarifados virtuais públicos analisados, as compras muitas vezes são realizadas diretamente da contratada; isto é, dos estoques da própria empresa terceirizada, que é a responsável por manter o almoxarifado virtual e por toda a cadeia de suprimentos.

Portanto, utilizando-se a classificação de Hagiu e Wright, nos almoxarifados virtuais mantidos perante a Administração Pública brasileira, atualmente, a empresa contratada parece estar mais a funcionar como um reseller (revendedor) do que como um marketplace.

Tudo isso faz com que a prática dos contratos se afaste da lógica dos e-marketplaces propriamente ditos, nos quais a escolha da melhor proposta dentre os fornecedores cadastrados perante a plataforma ficaria a cargo do órgão ou entidade contratante e que a alocação de direitos de controle sobre decisões quanto ao fornecimento, ficaria mais pendente para os fornecedores finais e não para a intermediária mantenedora da plataforma.

O que se verifica é que, na execução dos contratos de almoxarifado virtual que já analisamos, o que mais se assemelha a um e-marketplace no cumprimento das avenças é a plataforma ou sistema web que os usuários internos das entidades da Administração utilizam para realizar pedidos pelo almoxarifado virtual.

Diante desse cenário, além de não se confundir mais e-marketplace com almoxarifado virtual, algumas precauções merecem ser tomadas para a utilização dessas novas ferramentas, sem que se esbarre em entraves legais e até mesmo constitucionais.

Fonte: “https://www.jota.info/opiniao-e-analise/colunas/regulacao-e-novas-tecnologias/no-limite-da-inovacao-e-marketplace-e-almoxarifado-virtual-em-compras-publicas”

 

Fórmula 1 ultrapassa os autódromos e acelera vendas no comércio eletrônico

A nova safra de pilotos despertou um interesse global pelo automobilismo, principalmente pelas gerações mais jovens. O fenômeno é potencializado por produções audiovisuais, como as séries, que abrem portas para tornar o esporte mais atrativo e acessível. Um exemplo é o caso brasileiro, quando o documentário do Globoplay sobre Ayrton Senna, lançado em 2024, foi um sucesso e levou o nome do piloto aos assuntos mais discutidos nas redes sociais.

Em novembro, a Netflix também lançou sua própria produção, e o impacto da série ajudou a reverberar a imagem do piloto no imaginário popular, reavivando uma antiga paixão dos brasileiros. Ao reforçar a relevância cultural de Senna, o interesse nos circuitos de F1 cresceram, aumentando paralelamente o consumo de produtos licenciados.

Encantando gerações

No ano passado, a Black Friday trouxe um crescimento de 10% no mercado total de brinquedos, em relação a 2023. O levantamento da Circana, realizado em novembro, mostra que um dos destaques foi a propriedade da Fórmula 1, que registrou um crescimento de 920% no período. Os produtos da LEGO impulsionaram o resultado e a fabricante despontou como a segunda mais vendida naquele mês.

Outros produtos além dos blocos de construção da LEGO se destacaram nas vendas no comércio eletrônico. Celia Bastos, diretora da Circana, destacou também as figuras colecionáveis (Funko/ Candide) e Carrinhos de Controle Remoto (Tobar), dentre outros. “Os brinquedos com licenças de F1 e pilotos, como Ayrton Senna, tiveram um aumento gigantesco de vendas, +700% de crescimento de faturamento versus 2023”.

No entanto, o consumo desses itens não se restringe apenas aos jovens. Segundo a diretora, “se o estudo se basear no preço médio dos brinquedos com licença F1 e pilotos de F1, com preço médio de R$317 em 2024, além a característica dos brinquedos, é muito provável que o destinatário dos itens também sejam consumidores mais maduros”, completa.

Mais que uma competição, a Fórmula 1 vem demonstrando seu potencial comercial com o colecionismo, por exemplo. Em sua capacidade de gerar impacto global e conectar diversas gerações, uma das estratégias para aumentar o consumo desses produtos é trabalhar com o conceito de oferta limitada, salienta Bastos. Ao executar ações com quantidades reduzidas, os lotes limitados despertam uma sensação de urgência na procura, mobilizando o consumidor, recomenda a diretora da Circana.

Fonte: “Fórmula 1 ultrapassa os autódromos e acelera vendas no comércio eletrônico – E-Commerce Brasil

Mundos digitais: influenciando o comportamento do consumidor

Marketing e tecnologia estarão mais unidos do que nunca em 2025, impactando a jornada de compra dos clientes.

O marketing está em constante evolução, adaptando-se às novas demandas e comportamento dos consumidores e às possibilidades tecnológicas. Para 2025, a WGSN, consultoria de tendências globais, uma das principais direções será a criação de mundos digitais interativos.

Esses ambientes virtuais, projetados para engajar emocionalmente o público, prometem não apenas capturar a atenção, mas também educar os consumidores sobre como consumir produtos ou serviços de maneira inovadora e imersiva.

Esse modelo pode redefinir o papel do marketing, transformando-o em uma ferramenta poderosa para influenciar comportamentos, criar valor para as marcas e atender às expectativas crescentes dos clientes.

O potencial de influência no comportamento
A criação de mundos digitais vai além do simples entretenimento. Segundo a WGSN em sua Previsão de Marketing para 2025, esses ambientes oferecem às marcas a possibilidade de transformar a experiência do consumidor em algo mais profundo e significativo.

Em vez de apenas vender produtos, as marcas podem criar destinos digitais que combinam interatividade, personalização e uma narrativa consistente. Esses elementos ajudam a construir uma conexão emocional mais forte entre o consumidor e a marca, reforçando sua identidade e promovendo fidelidade.

Um exemplo claro desse potencial pode ser observado no metaverso, que já vem ganhando espaço como um novo canal para marcas explorarem.

A Gucci, por exemplo, lançou a Gucci Garden no Roblox, permitindo que os usuários explorassem um espaço virtual enquanto interagiam com elementos da marca. Essa experiência não apenas aproximou a Gucci de um público jovem, mas também gerou uma percepção de exclusividade e inovação.

Welcome to Gucci Town
Em paralelo à criação de mundos digitais, o marketing tem o potencial de influenciar comportamentos e educar os consumidores.

Segundo Howard Lax, consultor e especialista em experiência do consumidor, em um artigo para a CustomerThink – comunidade global online líderes de negócios –, as empresas podem moldar as escolhas dos consumidores ao fornecer informações claras, criar experiências que eduquem e estimular o uso consciente de seus produtos ou serviços.

Isso não significa manipulação, mas sim um direcionamento que beneficia tanto o consumidor quanto a marca. Um exemplo prático é a adoção de iniciativas sustentáveis. Marcas como a Patagonia e a IKEA educam seus clientes sobre consumo consciente, seja promovendo a reutilização de roupas ou incentivando a compra de produtos que utilizem materiais recicláveis.

Essa abordagem cria valor para a marca, que se posiciona como responsável e alinhada às preocupações ambientais dos consumidores, enquanto também ensina aos clientes a fazerem escolhas mais sustentáveis.

Interatividade como chave para o engajamento
Os mundos digitais também oferecem uma plataforma única para interatividade, um fator crucial para criar engajamento. A possibilidade de personalizar experiências permite que os consumidores se sintam parte do processo, fortalecendo a relação com a marca.

Um exemplo é a Nike, que utiliza o aplicativo Nike By You para que os clientes personalizem seus próprios produtos. Essa abordagem não apenas aumenta o valor percebido dos produtos, mas também cria uma experiência memorável para o consumidor.

Além disso, os mundos digitais podem ser usados para educar os consumidores sobre as funcionalidades de novos produtos ou serviços. Um exemplo seria uma marca de eletrônicos criar um showroom virtual onde os clientes possam testar diferentes funções de um dispositivo antes de comprá-lo. Essa experiência não apenas reduz a barreira de entrada para produtos mais complexos, mas também ajuda a construir confiança na marca.

Desafios na implementação de mundos digitais
Embora as possibilidades sejam vastas, criar mundos digitais interativos e influenciar comportamentos dos consumidores também apresenta desafios significativos. Um dos principais é o custo de desenvolvimento e manutenção desses ambientes. Construir um mundo virtual imersivo que seja atraente e funcional exige investimentos em tecnologia, design e conteúdo.

Outro desafio é o risco de alienar certos segmentos de consumidores que não estão familiarizados com tecnologias mais avançadas. Para evitar isso, as marcas precisam garantir que suas experiências digitais sejam inclusivas e acessíveis a diferentes públicos.

Por fim, é essencial encontrar um equilíbrio entre a imersão e a privacidade. Em um mundo onde a coleta de dados é cada vez mais questionada, as marcas devem ser transparentes sobre como utilizam as informações dos consumidores para criar essas experiências.

O futuro do marketing e a criação de valor
A combinação de mundos digitais interativos e a capacidade de influenciar comportamentos representa uma oportunidade única para as marcas criarem valor. Ao invés de apenas vender produtos ou serviços, as empresas podem se posicionar como parceiras na jornada do consumidor, oferecendo experiências que sejam tanto educativas quanto emocionalmente conectadas.

No entanto, para que essa abordagem seja bem-sucedida, as marcas precisam adotar uma estratégia centrada no consumidor. Isso significa entender profundamente as necessidades e desejos do público, além de garantir que as experiências oferecidas sejam autênticas e relevantes. Com isso, o marketing pode evoluir de uma ferramenta de persuasão para um meio de criação de valor compartilhado.

Em um mundo cada vez mais digital, as marcas que conseguirem aliar inovação tecnológica a uma compreensão profunda do comportamento humano estarão bem posicionadas para liderar em 2025 e além. O futuro do marketing está na capacidade de transformar experiências em conexões duradouras e significativas.

Novos horizontes à vista
A evolução do marketing também está estreitamente ligada à busca por conexões emocionais mais profundas com os consumidores. Mundos digitais interativos possibilitam a criação de narrativas personalizadas, onde o consumidor não é apenas um espectador, mas um participante ativo.

Por exemplo, uma marca de turismo pode criar experiências virtuais que transportem os usuários para destinos exóticos, despertando o desejo de realizar viagens reais. Essa abordagem utiliza elementos de storytelling para engajar os sentidos e criar uma relação mais emocional.

Além disso, o uso de tecnologias como a Realidade Aumentada (AR) e a Realidade Virtual (VR) está se tornando mais acessível, permitindo que marcas de diversos portes explorem essas ferramentas.

Um exemplo recente é a Sephora, que utiliza AR para ajudar os clientes a experimentar maquiagens virtualmente antes de comprá-las. Esse tipo de experiência não apenas melhora a satisfação do cliente, mas também reduz taxas de devolução, criando valor tanto para o consumidor quanto para a marca.

A integração de mundos digitais com causas sociais pode ser um diferencial competitivo. Campanhas que promovem temas como sustentabilidade, inclusão e responsabilidade social em ambientes virtuais podem gerar impacto positivo, posicionando a marca como um agente de transformação.

Essa combinação de inovação tecnológica com propósito é um dos caminhos mais promissores para o marketing em 2025.

Business Intelligence (BI): a tendência que moldará o e-commerce em 2025

Você consegue imaginar a quantidade de dados que um e-commerce produz diariamente? Dados da jornada do cliente, indicadores de desempenho e vendas, status dos pedidos e por aí vai. Mas, se esses dados estiverem “espalhados”, um em cada plataforma ou planilha, de nada valem para construir uma loja online que se mantém a longo prazo.

A solução para esse “problema” está na estratégia de Business Intelligence (BI), que vem despontando como uma ferramenta essencial para garantir eficiência operacional, personalização de experiências e tomada de decisão guiada pelo pote de ouro do varejo digital moderno: os dados.

Por isso, neste artigo, tenho a missão de pontuar algumas tendências de BI em que você deve investir para atingir todo o potencial do e-commerce em 2025, aproveitando o diferencial competitivo da análise de dados. Vamos lá?

O papel estratégico do BI no e-commerce

De acordo com a McKinsey, empresas que utilizam dados de maneira estruturada podem crescer entre 15% e 25% acima da média do mercado. No e-commerce, essa prática se traduz em análises mais rápidas e precisas, permitindo entender o comportamento do consumidor, identificar tendências e otimizar operações. Assim, as plataformas de BI estão à frente dessa transformação, proporcionando flexibilidade e integração de dados, uma necessidade cada vez maior no setor.

Na prática, as ferramentas de BI oferecem dashboards interativos que permitem acompanhar métricas como volume de vendas, origem dos pedidos (marketplace ou loja própria), produtos mais vendidos e até indicadores financeiros. Esse acompanhamento é indispensável em momentos de alta demanda, como a Black Friday ou o Natal, quando decisões rápidas e precisas são indispensáveis.

Tendências de BI para 2025

A adoção das ferramentas de dados segue impulsionada por avanços tecnológicos e mudanças nas expectativas das empresas de e-commerce, somada a um apetite cada vez maior por consumo de dados íntegros e históricos.

Com esse cenário em mente, trago para este artigo quatro tendências de BI que vão fazer a diferença nas vendas online no próximo ano.

1 – Integração de dados em nuvem

A centralização de informações de diversos canais de vendas em um único painel de dashboard, acessível em qualquer lugar e a qualquer momento, é um diferencial competitivo. Essa abordagem facilita a visualização da jornada de compra do consumidor, otimizando a experiência do cliente e a gestão operacional, assim como permite a realização de análises preditivas, o que está atrelado ao próximo tópico.

2 – Automação com inteligência artificial (IA) e machine learning

Quando a inteligência artificial (IA) é acrescentada ao BI, as análises vão além da simples visualização de dados. Com algoritmos avançados, é possível prever vendas, recomendar estratégias de abastecimento e até identificar padrões de comportamento ocultos nos dados. Por exemplo, uma ferramenta de BI pode sugerir automaticamente o aumento de estoques em determinadas categorias com base em tendências históricas, o que gera projeções mais assertivas.

3 – Aplicação em diversas etapas da jornada de compra

Mas se engana quem pensa que as ferramentas de BI são exclusivas do setor de vendas. Elas também estão sendo amplamente utilizadas em áreas como marketing, logística, CRM e tecnologia. O compartilhamento de dados por meio de um dashboard unificado permite que diferentes departamentos trabalhem com informações consistentes e que estejam na mesma “página”.

Para que tudo funcione dentro dos trilhos, então, é fundamental investir em capacitação do time e em tecnologias que democratizam o acesso às análises, como o Self-Service BI. Esse modelo permite que profissionais de diferentes áreas explorem dados de forma ágil e eficiente.

4 – Governança e qualidade dos dados

À medida que mais empresas adotam ferramentas de BI, a governança e a qualidade dos dados se tornam prioridades. A implementação de frameworks sólidos garante que as decisões sejam tomadas a partir de informações confiáveis, acuradas e integradas, minimizando erros e riscos ao longo de toda operação de e-commerce.

BI e a personalização da experiência do cliente

Como já disse ao longo deste conteúdo, o BI desempenha um papel crucial ao permitir análises detalhadas do comportamento do cliente, facilitando a criação de campanhas segmentadas. E justamente por isso, ele é a carta na manga para nutrir experiências cada vez mais personalizadas e direcionadas para cada perfil de público.

Análises de Cohort e RFV (Receny, Frequency and Value) fornecem insights relevantes sobre o padrão de comportamento dos clientes, além de auxiliar no entendimento do modo como esse padrão oscila no decorrer do tempo.

Com essas informações, é possível, por exemplo, antecipar as necessidades dos consumidores, enviar recomendações de produtos de acordo com as suas preferências e até mesmo ajustar preços de maneira dinâmica para aumentar a conversão.

E então, o que vem por aí?

Por todos os argumentos que trouxe ao longo deste artigo, o BI é um diferencial estratégico que capacita as empresas a responderem rapidamente às mudanças do mercado, otimizando processos e melhorando a experiência do consumidor.

Em 2025, aqueles que souberem aproveitar o poder do BI estarão mais preparados para liderar essa nova era dos negócios digitais. Utilize os dados a seu favor e veja o seu e-commerce entrar no próximo ano com o pé direito.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/business-intelligence-bi-a-tendencia-que-moldara-o-e-commerce-em-2025”

 

 

Anúncios em streaming devem quintuplicar nos próximos 5 anos

Estudo da Comscore mostra que brasileiros com TVs conectadas preferem ver propaganda para economizar em assinatura.

As plataformas de streaming voltadas para o entretenimento se destacaram nos dois anos de pandemia de covid-19. A presença de crianças e adolescentes em casa, além de uma programação de TV aberta que não atendia às necessidades das famílias, foram dois dos motivos pelos quais passou a valer a pena assinar canais de filmes e séries.

Não demorou para que novas opções surgissem e pusessem a renda em xeque. Mas o mercado logo encontrou uma alternativa que conciliava todos os interesses: inserir anúncios em troca de assinaturas grátis ou mais em conta. Deu tão certo que 45% dos brasileiros que possuem dispositivos de TV conectada (CTV) aprovam e preferem essa opção.

É justamente o crescimento nas vendas de CTVs que deu novo fôlego ao mercado publicitário com foco no streaming. A previsão da Comscore, empresa especializada em mídia, é de que os investimentos sejam quintuplicados nos próximos 5 anos.

“A TV virou a TV conectada e o out of home virou o digital out of home. Ambos distribuem mídia e conteúdo digitalmente e em tempo real, e sua adoção já se tornou massiva”, avalia Gustavo Souza, diretor de Produtos de Publicidade do Google Brasil.

Para a gigante da tecnologia, com essa nova dinâmica de consumo, menos passiva à programação, a atenção teve de ser reconfigurada. Assistir à televisão passou a ser, além de um hábito, uma escolha.

“Antes, a televisão era sinônimo de vídeo, agora o vídeo está em tudo. Essa mudança contou com um fator de aceleração: a pandemia de covid-19. Naquele momento, foi por meio do vídeo que as pessoas conseguiram se comunicar, se entreter, ter acesso à educação, manter seus negócios e saber o que estava acontecendo no mundo. As lives de música no Brasil, que bateram recordes de audiência no YouTube, são um registro disso. A relação com o consumo foi ressignificada”, afirma Luciano Eugenio, head de Soluções de Publicidade de YouTube e DV360.

Estudo sobre CTVs e publicidade

Em setembro deste ano, Ingrid Veronesi, country manager Brasil da Comscore, apresentou o estudo “Panorama CTV” no 3º Data Collaboration Summit São Paulo, realizado pela LiveRamp Brasil. Pertence a esta pesquisa a informação de que quase metade dos brasileiros com TVs conectadas preferem assinaturas grátis ou mais baratas em pacotes com anúncios. Mas o estudo, com dados de 2023, permite outros insights.

Antes, porém, é preciso entender o que são as TVs conectadas. Diferentemente do conceito que deu origem ao aparelho no passado, a CTV, sigla em inglês para connected TV, é qualquer dispositivo conectado à internet por meio do qual é possível assistir a vídeos, ouvir áudios e navegar pela web. Estes dispositivos podem ser smatvs com wi-fi, consoles de games e streaming integrados, como Apple TV ou Google Chromecast, por exemplo.

A pesquisa conduzida pela Comscore revelou que 50% da população brasileira digital é espectadora de CTV e 12% dos domicílios possuem 4 dispositivos conectados. No entanto, 9 em cada 10 entrevistados afirmam assistir à CTV em uma smartv, sendo o principal dispositivo para este tipo de consumo.

Os dados da plataforma de e-commerce do Mercado Livre no Brasil evidenciam que as vendas devem crescer: de janeiro a setembro de 2024, as buscas por smartvs cresceram mais de 200% em comparação ao mesmo período de 2022.

O que torna a CTV atrativa para a publicidade

O estudo “Panorama CTV” descobriu que 71% dos espectadores optam por maratonar séries ou ver filmes de uma só vez. Ou seja, a atenção deles está focada nos programas de sua preferência. Em média, cada domicílio com CTV possui 8,2 assinaturas de streaming entre as quais 3,5 são gratuitas e 4,7 são pagas. Além disso, famílias com crianças em casa tendem a ter, em média, um número maior de assinaturas pagas (5) em comparação às famílias sem crianças (4,1).

A maioria dessa audiência assiste tanto a programas na TV conectada quanto na TV aberta, entretanto, percebe que as propagandas exibidas em TV aberta são mais predominantes (70%) e interruptivas (60%). Os dados são uma janela de oportunidade para o mercado publicitário, uma vez que audiência entende que os anúncios no streaming interferem menos em sua experiência visual.

Além disso, a maioria (62%) se lembra mais dos anúncios antes do programa ou filme começar, 36% descobriram um novo produto por meio desse anúncio e 32% buscaram mais informações sobre algo anunciado.

“Para os publishers de streaming, capturar a atenção do espectador é fundamental para preservar o investimento do anunciante. Isso requer moldar intervalos comerciais de CTV que reflitam uma experiência semelhante à da TV, projetada para reter os espectadores. O público do streaming está menos disposto a tolerar experiências de intervalo comercial abaixo da média, com anúncios repetitivos que não tenham relevância”, observa Márcia Byrne, managing director para América Latina da Integral Ad Science (IAS), plataforma de medição e verificação de publicidade digital.

Na perspectiva da executiva, a entrega de uma experiência de visualização de qualidade, incluindo a limitação de frequência. “É possível, com o servidor de anúncios certo, capacitar os publishers de streaming a estabelecer um caminho para o crescimento futuro da receita publicitária de CTV”, afirma Márcia.

Retail Media

Utilizando ferramentas de tecnologia mais precisas e avançadas para entender hábitos de consumo, hipersegmentar a audiência e promover comunicação assertiva com conversão, o retail media também está de olho nas oportunidades geradas pelo streaming.

Mario Meirelles, diretor sênior de Mercado Ads no Brasil, diz que a empresa foi pioneira em expandir as capacidades de retail media para o audiovisual. “Primeiro, com o lançamento do Mercado Play, em 2023, com a solução de publicidade Video Ads, a partir do qual passamos a oferecer aos anunciantes uma opção altamente eficiente para as suas campanhas de awareness, tornando, assim, o Mercado Ads uma plataforma capaz de abranger todas as etapas do funil de vendas”, pontua.

O segundo movimento foi a parceria com a Disney+ para comercialização de anúcios na plataforma de streaming, noticiado em reportagem exclusiva da Mercado&Consumo. De acordo com o executivo, a parceria representou um marco significativo tanto para Mercado Ads quanto para a publicidade digital na América Latina, permitindo integrar as avançadas soluções de audiência da Disney à segmentação de dados comportamentais, geográficos e transacionais coletados por meio da audiência massiva que utiliza o ecossistema do Mercado Livre.

De acordo com os dados mais recentes do Mercado Ads, a plataforma reuniu até o segundo trimestre deste ano 206 mil anunciantes.  Entre as soluções lançadas pela vertical de negócios estão: Product Ads, Video Ads, Display Ads Programmatic e Brand Ads.

YouTube e DOOH

Dados internos do Google Brasil mostram que o brasileiro consome conteúdo local. Segundo esse levantamento, 80% do tempo gasto pelas pessoas no YouTube na CTV acontece em vídeos de criadores. Nos últimos 3 anos, o tempo de conteúdo assistido na televisão desses criadores cresceu mais de 400%. Esses números motivam os youtubers, como são chamados os criadores de conteúdos da rede, a melhorar a qualidade da entrega para visualização em telas maiores.

Para a big tech, essa dinâmica já afeta as mídias digitais. Um estudo da Kantar, citado por Google Brasil, aponta que 50% das campanhas veiculadas em out of home no Brasil já são digitais e podem alcançar 70% em grandes centros como São Paulo.

Em meio às inúmeras ofertas de publicidade, a empresa criou uma vertical de negócios para condensar os formatos de anúncios e distribui-los segundo a necessidade do anunciante. O Display & Video 360 (DV360) é a plataforma de mídia programática do Google, que unifica a compra de mídia digital por meio de uma visão centralizada e recorre à Inteligência Artificial para tornar as campanhas mais eficientes.

Segundo o Google, além dos tradicionais formatos de display e vídeo e do acesso exclusivo ao YouTube, a plataforma também passou a ofertar acesso ao inventário dos outros players de streaming em TV conectada e telas de digital out of home (DOOH). Dessa forma, a ferramenta publicitária do Google passa a ter acesso a um inventário com mais de 110 mil telas DOOH em 25 estados brasileiros e a mais de 2 mil telas de cinema em todo o Brasil.

Projeções do mercado

Para Ingrid Veronesi, da Comscore, a recorrência dos anúncios no streaming, desde que equilibrada e ajustada à legislação, não leva a audiência a desistir das assinaturas e torna-se uma vantagem competitiva criada com proteção aos dados coletados.

Olhando para o mercado publicitário, os especialistas ouvidos na pesquisa da Comscore indicaram que o investimento em CTV poderá aumentar significativamente na medida em que sejam desenvolvidos novos formatos de publicidade específicas para este meio. Do total do orçamento publicitário previsto, o prognóstico para os próximos 5 anos é de que:

  • A TV não conectada perderá investimentos, passando dos atuais 40% a 60% do orçamento para uma redução de 20% a 40%;
  • O digital poderá alcançar até 80% do orçamento, saindo dos atuais 40% a 50% do total investido em publicidade;
  • O vídeo digital, cuja fatia é estimada entre 30% a 40% do total, poderá variar entre 40% e 70% em 5 anos;
  • Hoje, as campanhas para CTV representam algo entre 3% a 10% do orçamento publicitário, mas deverão chegar à faixa de 25% a 50% do orçamento nos próximos anos.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/07/11/2024/marketing/anuncios-em-streaming-devem-quintuplicar-nos-proximos-5-anos/”

Tendências para 2025 e além: os pontos críticos da implantação da IA nas vendas B2B

Fernanda Nascimento, CEO da Stratlab e especialista em marketing e vendas B2B, dá as dicas para um projeto de tecnologia bem-sucedido

A inteligência artificial é uma realidade que tem se mostrado até mais presente no B2B que no B2C. Segundo pesquisa da RD Station, 63% das empresas B2B usam a IA em marketing, ante 47% no B2C; na área de vendas, a adoção dessa tecnologia é de 41% no B2B e 26% no B2C.

Uma vez que se trata da principal tendência em vendas e marketing no B2B para 2025, a IA generativa requer uma análise que vá além dos números, lançando uma luz mais qualitativa sobre suas soluções tecnológicas para executivos e decisores das empresas do setor.

O primeiro ponto a ser considerado é justamente o da aplicabilidade da IA, ou como ela pode efetivamente melhorar o relacionamento com os clientes e aumentar a sua fidelidade, resultando em altas nas vendas. Nesse sentido, Fernanda Nascimento, fundadora e CEO da Stratlab, estrategista digital centrada no cliente e especialista em marketing e vendas B2B, indica três caminhos principais de atuação da IA no B2B.

“Um deles é a automatização das tarefas administrativas, como pesquisa de clientes e atualização de CRM, liberando tempo valioso para os vendedores se concentrarem na construção de relacionamentos”, diz a especialista. A partir dessa otimização de esforços, a IA também se torna um instrumento poderoso para a efetivação de duas grandes rotas estratégicas imprescindíveis para os negócios B2B no presente e no futuro, conforme aponta Nascimento:

– Personalização de interações: as ferramentas de IA podem analisar grandes quantidades de dados para personalizar comunicações e ofertas, criando uma experiência mais relevante para os clientes;
– Antecipação de necessidades: a IA pode prever comportamentos e identificar oportunidades de vendas cruzadas, melhorando a experiência do cliente e aumentando a fidelidade​.

Contudo, para que os resultados desejados sejam atingidos, existem prerrogativas e cuidados a serem tomados na implementação e integração da IA nas vendas B2B. Um dos pontos-chave nessa estruturação do uso da inteligência artificial é a necessidade de “manter o elemento humano em interações críticas e de alto valor”, frisa Nascimento. Para somar forças entre pessoas e automação de maneira equilibrada e produtiva, é preciso “oferecer treinamento contínuo para garantir que a equipe aproveite ao máximo as novas ferramentas​”, diz. Essa recomendação está diretamente conectada com uma das 10 tendências tecnológicas estratégicas do momento elencadas pelo Gartner: a da democratização da IA generativa, fazendo com que sua utilização esteja ao alcance dos profissionais de maneira geral.

Tanto a capacitação do time quanto a própria implantação das ferramentas de IA têm de estar alinhadas com as necessidades reais da equipe de vendas. “Algumas empresas implementam a inteligência artificial sem uma estratégia clara ou sem levar em conta os processos existentes”, alerta a CEO da Stratlab.

Um dos erros mais comuns na implementação da IA, de acordo com Nascimento, está na falta de equilíbrio entre a automação e o toque humano, o que “pode resultar em interações despersonalizadas e perda de fidelidade”. “Usar a IA para interações complexas pode alienar clientes, especialmente em vendas de alto valor”, afirma.

Outro aspecto vital na caracterização de um projeto de IA generativa é o da escolha das ferramentas mais apropriadas para as necessidades da empresa. Nascimento ressalta que “53% dos executivos de vendas relatam que a quantidade de tecnologias disponíveis é confusa, dificultando a escolha da ferramenta correta”. Diante desse problema, as dicas são “escolher ferramentas que sejam fáceis de usar e apoiar a equipe com treinamento contínuo”.

A especialista destaca que “a ferramenta considerada mais eficaz para a otimização de vendas no B2B é o LinkedIn Sales Navigator”. “Ela combina a vasta base de dados do LinkedIn com modelos avançados de IA, permitindo que os vendedores identifiquem, se conectem e engajem com os tomadores de decisão certos em escala”, diz. “A Sales Navigator ajuda a encontrar insights relevantes e a se preparar melhor para cada conversa, otimizando o processo de vendas e aumentando a eficácia das equipes.”

Bases de dados, por sinal, são um dos segredos de uma estratégia de IA de excelência. “A IA depende de dados precisos e de alta qualidade para funcionar de forma eficaz”, sentencia Fernanda Nascimento.

Não por acaso, a Bigly Sales elege as estratégias centradas em dados como uma das grandes tendências das vendas no B2B para 2025 e além, particularmente a capacidade de aproveitar dados em tempo real, permitindo que as empresas se adaptem rapidamente às mudanças nas condições do mercado e nas preferências dos clientes. “Ferramentas de IA podem analisar grandes quantidades de dados para personalizar comunicações e ofertas, criando uma experiência mais relevante para os clientes”, reforça a especialista.

Entre as disponíveis no mercado, Fernanda Nascimento cita duas outras ainda pouco conhecidas e que podem melhorar as ações de marketing e vendas no B2B:

– Gong: analisa chamadas e e-mails de vendas usando IA para fornecer insights sobre o que está funcionando nas interações de vendas e onde melhorar.
– Conversica: utiliza IA para automatizar interações com leads, engajando clientes em potencial e nutrindo relacionamentos até que estejam prontos para uma interação com o vendedor​.

“No cenário atual de vendas no B2B, a IA é imprescindível para conquistar e manter clientes em toda a jornada de compra”, reitera Fernanda Nascimento. “Mas, sem a estruturação adequada, o instrumental tecnológico pode significar desperdício ou subaproveitamento de recursos”, arremata.

Sobre Fernanda Nascimento

Fernanda Nascimento é planejadora de Marketing, fundadora e CEO da Stratlab, empreendedora, estrategista digital centrada no cliente e especialista em marketing e vendas B2B, que estuda e cria estratégias de marketing digital para empresas B2B. Com mais de 30 anos de mercado, atua na Stratlab, criando planejamentos integrados que priorizam a experiência do cliente, geram leads e convertem em vendas de alta qualidade.

Fonte: “https://www.segs.com.br/seguros/408710-tendencias-para-2025-e-alem-os-pontos-criticos-da-implantacao-da-ia-nas-vendas-b2b”

Veja 3 processos para lidar com a velocidade das mudanças, segundo a Nuvemshop

Mudança e tempo são conceitos cada vez mais atravessados por uma velocidade além do que a história viu nos últimos anos. Com novidades à espreita em cada piscada, o mercado, especificamente do Marketing, também acaba por patinar algumas vezes.

O acompanhamento de tendências e comportamentos do usuário ganhou mais obstáculos conforme a tecnologia se desenvolveu, mas ainda é possível mapear o que fazer.

Foi isso que Luiz Piovesana, CMO da Nuvemshop no Brasil, trouxe ao Web Summit Rio 2024. Em apresentação no evento, o executivo reforçou como o comportamento está relacionado diretamente ao fluxo de mudanças no geral.

Para lidar com esse efêmero, ele trouxe uma tríade de ações para empresas não se atrapalharem e manterem o rumo de seus planejamentos:

1. Alinhamento de expectativas de expectativas;

  • ter um objetivo claro de negócios;
  • ter os recursos precisos e tomar decisões para isso;
  • constante e ampla comunicação para não ter surpresas.

2. Entender fundamentos do Marketing para olhar comportamentos do consumidor e sua jornada;
3. Estratégias como norte para ações e descobertas

O Web Summit Rio está em sua segunda edição e acontece no Riocentro até 18 de abril. Para 2024, são esperados cerca de 30 mil visitantes, contando também com mais de 600 investidores e 1 mil startups.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/veja-3-processos-para-lidar-com-a-velocidade-das-mudancas-segundo-a-nuvemshop”

Anunciantes investem mais na internet e reduzem mídia em TV: entenda por que o e-commerce ganha com isso

Estamos diante de mais um marco significativo da internet, após quase três décadas da sua chegada ao cotidiano das pessoas. E, dessa vez, é no mundo dos investimentos publicitários: o quase empate dos gastos na internet em relação à TV aberta. Segundo o Cenp (Fórum da Autorregulação do Mercado Publicitário), a internet alcançou um total de R$ 8,9 bilhões em investimentos, e a TV aberta mantém-se apenas ligeiramente à frente, com R$ 9,2 bilhões. A tendência é de que a internet até ultrapasse a TV como mídia, uma vez que, de 2022 para 2023, o crescimento foi de 18%, enquanto que o da TV diminuiu, e foi de apenas 4,2%.

Isso nos faz pensar mais profundamente nas escolhas antes tão óbvias dos anunciantes e na democratização da propaganda – já que, com verbas bem menores e bem aplicadas na internet, é possível atingir resultados iguais ou melhores do que um patrocínio do BBB, por exemplo.

Chama também a atenção, no relatório do Cenp, a mídia Out Of Home (exterior), sobre a qual já falei em artigos anteriores, que vem em terceiro lugar, com R$ 2,5 bilhões de investimento, ainda à frente da TV por assinatura. Acredito que o crescimento dessa mídia se dá pela crescente possibilidade de se medir resultados, cruzando a comunicação externa com o digital.

Internet como plataforma publicitária

A ascensão da internet como plataforma publicitária primária é impulsionada por diversos fatores, sendo quatro deles particularmente mais relevantes:

– a capacidade da publicidade programática de ser altamente direcionada e movida por dados (1:1);
– a possibilidade de medição de resultados de forma acurada, com a atribuição e visibilidade total da jornada de compras;
– a dependência das pessoas da internet em todas as suas atividades: trabalho, estudo, organização pessoal e financeira;
– preferência crescente dos consumidores por fazer compras de todas as naturezas pela internet.

Publicidade programática

A publicidade programática revolucionou a maneira como as marcas alcançam seu público-alvo. Ao utilizar algoritmos e dados para segmentar audiências específicas em tempo real, as campanhas publicitárias se tornaram mais eficazes e direcionadas. Esse método altamente preciso permite aos anunciantes maximizar seu retorno sobre o investimento, aumentando a relevância e o impacto de suas mensagens.

O crescimento exponencial do comércio eletrônico é um exemplo claro dessa tendência. Atualmente, o comércio físico serve como vitrine, no qual os consumidores exploram produtos e experiências, mas é na internet que muitos concluem suas compras, aproveitando a conveniência, variedade e acessibilidade que ela oferece. Enquanto isso, do outro lado, anunciantes conseguem entender e acompanhar a jornada de compras completa de seus clientes, tomando decisões de investimentos em anúncios cada vez mais assertivos e, assim, gerando um ciclo de retorno sobre investimento cada vez mais positivo.

A futura virada histórica da internet em relação à TV em anúncios não apenas reflete a evolução do comportamento do consumidor, mas também representa uma oportunidade sem precedentes para os profissionais de marketing que ainda não absorveram a transição. Aqueles que abraçarem as mudanças e adaptarem suas estratégias para o ambiente digital colherão os benefícios de um público altamente engajado e de uma eficácia publicitária aprimorada.

Fonte: “Anunciantes investem mais na internet e reduzem mídia em TV: entenda por que o e-commerce ganha com isso – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)