Campanhas mensais e presença na mídia: a estratégia da Shopee

Nos últimos meses, quem assiste à televisão ou acompanha vídeos na internet certamente deve ter sido impacto por algum comercial da plataforma de e-commerce Shopee. A companhia de Singapura, fundada em 2015 e pertencente ao Sea Group, chegou ao Brasil em 2019 e, desde então, vem apostando em uma forte estratégia de marketing tanto nas mídias tradicionais quanto nas digitais para conquistar os consumidores brasileiros. “A Shopee acredita no mercado brasileiro e o vê como um ambiente bem desafiador e competitivo”, comenta Felipe Piringer, head de marketing da Shopee Brasil.

Segundo o head, todo mês a empresa apresenta uma nova campanha publicitária, que tem atraído cada vez mais consumidores para a plataforma. “Além disso, sempre temos um dia principal de cada mês, em que oferecemos as melhores oportunidades de compra com ofertas e vantagens super competitivas”, explica. Em julho, por exemplo, como parte da campanha Julho R$ 10, além de oferecer descontos em produtos nacionais e internacionais e cupons de frete grátis, no próximo dia 7 a plataforma promoverá uma concentração maior de benefícios ao consumidor, como R$ 2,5 milhões em vouchers de descontos a partir da meia-noite e vouchers de frete grátis para as compras de qualquer valor. “O objetivo é seguir com a nossa estratégia de democratizar o acesso a uma variedade de produtos locais e internacionais distribuídos em mais de 20 categorias com os melhores preços, permitindo que esses usuários tenham uma experiência de compra segura, fácil e divertida”, explica Piringer.

Recentemente, no Dia dos Namorados, a Shopee fez sua primeira ação de conteúdo na televisão brasileira, no programa Se Joga, da Globo, com a participação do casal Sophia Abrahão e Sergio Malheiros. O head de marketing da companhia afirma que essa não será a única ação neste formato, até porque foi muito acertada e resultou em um recorde de vendas na data. “O crescimento de pedidos realizados foi superior a 300% em comparação a um dia comum. Os dados coletados apontaram, ainda, que tivemos vendedores brasileiros que chegaram a vender 75 vezes mais do que o de costume”, revela, reforçando que esse resultado justifica também os mais de R$ 2 milhões investidos pela Shopee em descontos, cupons de frete grátis e promoções-relâmpago oferecidos aos consumidores no período.

Benefícios aos parceiros

Assim como outros players de marketplace, a Shopee conecta vendedores aos consumidores em sua plataforma. Para destacar os produtos e as lojas de seus vendedores parceiros, além de treinamentos e webinars de melhores práticas de vendas e marketing, recentemente a empresa lançou o Shopee Ads, uma ferramenta que permite que lojistas criem anúncios personalizados em três formatos: busca de produtos, de loja e de descoberta.

Os anúncios de busca de produto exibem os produtos em posições relevantes nos resultados da página quando os compradores buscam as palavras-chave que o vendedor escolheu. Já os anúncios de descoberta exibem os produtos em destaque na seção “Descobertas do dia” aos compradores interessados em itens semelhantes ou complementares aos da loja do vendedor. Por fim, os anúncios de busca da loja são categorizados no topo da página dos resultados de pesquisa quando os compradores buscam por palavras-chave pelas quais o vendedor escolheu, oferecendo mais visibilidade. “À medida em que o e-commerce cresce em importância e escala no Brasil, nosso objetivo é criar cada vez mais oportunidades de crescimento e exposição para os nossos sellers”, afirma Piringer.

Com a nova ferramenta, os vendedores podem criar anúncios direcionados ao seu público-alvo usando a central do vendedor no site da empresa ou no próprio aplicativo da Shopee. Alguns lojistas já contam também com uma ferramenta automática de palavras-chave para configurar as campanhas com o mínimo esforço.

A Shopee também disponibiliza outros recursos para melhorar a visibilidade de vendedores e produtos como oferta-relâmpago, leve mais por menos, combos e oportunidade de participar de campanhas específicas e temáticas de marketing da Shopee como Dia das Mães e Dia dos Namorados. “O propósito da Shopee é ajudar micro, pequenos e médios empreendedores na transformação digital, impulsionando o crescimento de cada um e contribuindo para a economia local”, complementa.

Para 42% dos lojistas de e-commerce, as vendas cresceram pelo menos 50% em 2020

Pesquisa realizada pela Mundipagg em parceria com o E-Commerce Brasil mostra estratégias e desafios para os lojistas de e-commerce depois de um ano de pandemia.

Para 58% o e-commerce é o principal canal de venda. Além disso, 25% atuam em marketplace. Em menor quantidade os lojistas afirmaram realizar vendas pelo WhatsApp e pelas redes sociais.

Quando questionados sobre a principal forma de pagamento escolhida pelo cliente, 60% responderam que é o cartão de crédito em parcelas. 17% afirmaram que é o cartão de crédito à vista. 11% responderam que é o boleto bancário e 6% Pix. Apenas 4% afirmaram ser transferência bancária e 2% carteiras digitais.

Em 2020

Os respondentes foram questionados também sobre as vendas do ano passado, que sofreu um crescimento vertiginoso no e-commerce. Para 42% as vendas subiram 50% ou mais.

  • 10% vendas cresceram pelo menos 30%;
  • 13% vendas cresceram pelo menos 20%;
  • 11% vendas cresceram pelo menos 10%;
  • 13% não sentiram um aumento expressivo;
  • 10% vendas caíram.

Em 2021

Foram questionados também sobre os 3 primeiros meses de 2021: 50% afirmaram que as vendas continuaram crescendo, mas sentiram uma desaceleração; 27% afirmaram que as vendas caíram nesse período; e para 23% as vendas estão crescendo da mesma forma expressiva do ano passado.

Investimentos

O principal investimento dos lojistas no período da pandemia foi o marketing: 36% dos respondentes desta pesquisa afirmaram ter tido algum investimento no setor (anúncios, redes sociais, blog, inbound marketing, e-mail marketing).

Para 31% o principal investimento foi em tecnologia de infraestrutura para o e-commerce: plataforma, sistema de hospedagem, layout, etc.

15% afirmaram ter investido em logística, tanto em novas formas de levar os produtos até os consumidores, até em como tornar o frete mais barato.

6% afirmaram ter investido em pagamentos: novas tecnologias, antifraude, checkout otimizado, etc.

Maiores desafios de 2021

Para 50% dos respondentes da pesquisa, o principal desafio de 2021 para o e-commerce é aumentar a taxa de recompra no e-commerce. 31% disseram que é manter o negócio funcionando em meio às dificuldades financeiras e questões tributárias.

29% responderam diminuir o índice de carrinhos abandonados e 17% afirmaram que é monitorar os resultados. Por fim, 10% afirmaram que é diminuir a dependência dos marketplaces.

Estratégias que deram certo

Para 40% dos entrevistados, uma das estratégias que melhor funcionou foi oferecer o frete grátis. 38% afirmaram que foi oferecer promoções em datas comemorativas.

  • 25% cupom de desconto;
  • 23% lançamento de novos produtos;
  • 21% combo de produtos.

O novo varejo para o novo cliente

Como atender as expectativas do cliente em um novo patamar de digitalização do varejo acelerado pela pandemia.

As constantes transformações do varejo tornam o setor dos mais disruptivos da economia. E a cada novo ciclo, todo o mercado mundial, bem como os processos das organizações, são diretamente impactados.

“Seja nos apps das grandes redes, ou no Whatsapp do mercadinho do bairro, os consumidores venceram a resistência da compra online e as vendas cresceram 14mais de 300% em algumas empresas do segmento”, lembra Ricardo Saravalle, Partner da Indústria de Varejo e Bens de Consumo da IBM Services.

Surfando nas novas tendências de consumo, a IBM Brasil entra de cabeça nesse nicho com portfólio robusto para a jornada digital dos nossos varejistas, ainda “resistentes” às recentes mutações, mesmo com as provas a que foram expostos ao longo de toda a pandemia.

“Os varejistas no Brasil investem em média 1% do faturamento de seus negócios com TI, enquanto a Amazon, por exemplo, investe 8%. Os resultados estão aí. Para o futuro, quem não mudar simplesmente deixará de existir”, reforça o especialista.

Soluções para altas expectativas

Um novo respiro aos empresários do país. A linha de soluções foi desenvolvida a fim de colaborar para a melhoria dos principais gargalos operacionais identificados pela companhia no setor.

Gargalos que não são poucos. Segundo Saravalle, a perspectiva do novo consumidor é a experiência que pequena parcela de empresas consegue entregar.

“O varejo brasileiro tem gaps enormes a serem solucionados. Clientes querem a simplicidade de alugar um imóvel com o Airbnb; a pontualidade, variedade e transparência do iFood; a conveniência do Uber; dentre outros tantos negócios digitais que consumimos todos os dias”, observa.

Gaps

Na classificação de Saravalle, há ainda 3 eixos bastante deficitários na relação varejo, usuários e consumidores. São eles:

a) Experiência: plataformas online com graves problemas de usabilidade e equívocos na entrega de recomendações. “Desde problemas para a busca de produtos e a disposição de informações acuradas para a tomada de decisão de compra, até sugestões absolutamente falhas. Um caso. Tenho uma filha de 8 anos e continuo recebendo ofertas de fraldas pelo app de uma grande varejista”, compartilha.

b) Entrega: falta de opções flexíveis (normal, agendada, mesmo dia, dia seguinte) e descumprimento com datas. “A prática comum dos varejistas é oferecer amplos prazos de entrega para que o produto chegue antes e ‘surpreenda’ apenas porque uma entrega prevista para 18 dias chegou em 12”, compartilha.

c) Atendimento: falta de canais digitais eficientes de atendimento para dúvidas, alterações de pedidos, trocas e devoluções. “Recentemente tive uma experiência excelente de compra: um carro, com uma empresa 100% digital. Desde a descrição do automóvel ao test drive, vistoria e contrato, tudo foi feito via WhatsApp, em atendimento 24×7”, observa.

Bom exemplo

E por falar em carros, na lista de varejistas que vêm obtendo resultados expressivos no e-commerce está o setor de bens duráveis com compras mais planejadas e menos recorrentes em que o consumidor pesquisa mais.

Saravalle explica que o resultado é conseqüência do investimento em marketplaces – que colabora para o “aumento do portfólio de produtos” – além dos esforços para entregas “no mesmo dia, ou no dia seguinte”.

“O varejo digital e as lojas físicas vivem uma guerra onde ganha quem oferece a melhor experiência para o consumidor. O crescimento vertiginoso de muitas empresas desse nicho representou alta de mais de 100% em vendas no segmento. E isso devido à melhor experiência que o digital proporciona em relação ao comércio físico”.

Queda de braço

Na “guerra” descrita pelo executivo, as lojas físicas vivem cenário delicado.

“No online, o consumidor encontra dezenas de opções de geladeira, por exemplo, e consegue comparar preços e condições de pagamento entre dezenas de varejistas. No varejo físico especializado em Eletro, vai encontrar alguns poucos modelos, até mesmo pelas próprias limitações de espaço”.

Mais fatores precisam entrar no radar de empresários que entendem quão importante é se reinventar para garantir a sobrevida do comércio presencial.

“Os preços do online são mais competitivos, seja por melhores negociações com fornecedores, ou por uma estrutura de custos mais eficiente. A conveniência de estar a poucos minutos da sua casa não garante mais as vendas se a estratégia não vier acompanhada de uma ótima experiência”, reitera.

Pela mudança do mindset

Aos gestores que entenderam que o ponto de venda não está mais acima de tudo e o caminho mais assertivo é o exercício por nova mentalidade nos negócios, a IBM traz um portfólio amplo de serviços e soluções digitais a todos os segmentos do varejo que contempla:

a) Digital: elaboração de estratégias e condução de transformações digitais com soluções em Customer Experience, Marketing de Performance e Omnicanalidade alavancados em plataformas de Inteligência Artificial.

b) Management Consulting: consultores de negócio com expertise em varejo para otimização das cadeias de valor e desenvolvimento de novos modelos de negócio.

c) Cognitive Process Transformation: aumento da produtividade e melhoria da experiência dos Consumidores e/ou Colaboradores, através da implementação, gestão e outsourcing de processos core e de backoffice com utilização de Inteligência Artificial, IoT, Blockchain, Analytics, apoiado em soluções de Intelligent Workflows, Digital Workers e Smart Command Centers.

d) Tecnologias para o varejo: implementação acelerada e gestão de plataformas de mercado – SAP, Salesforce, Adobe e outras, ou próprias da IBM com tecnologias disruptivas, como por exemplo Watson para Assitentes Cognitivos e Advanced Analytics, Order Management System para vencer a complexidade da omnicanalidade, Supply Chain Insights para Torres de Controle e Blockchain para rastreabilidade de produtos ponta a ponta na cadeia, dentre outras. Migração de aplicações para Cloud e gestão de nuvens híbridas.

Google muda política global de anúncios após multa de US$ 268 milhões

O comitê antitruste da França diz que o Google fazia troca indevida de dados de anunciantes entre o Google Ad Manager e AdX

O Google firmou um acordo na última segunda-feira (7), com o comitê antitruste da França em que prometeu mudar sua política global de anúncios digitais via Google Ad Manager e Google AdX, além de pagar uma multa equivalente a US$ 268 milhões. Esta é a primeira concessão do tipo feita pela big tech a uma autoridade governamental. O órgão francês diz a empresa não deve recorrer da resolução.

Google Ad Manager favorecia marketplace do Google AdX

O acordo com o comitê antitruste francês deve provocar mudanças no modelo de anúncios on-line, que passou a ser dominado por Facebook e Google com o advento das redes sociais e do mercado de propaganda digital. A promessa da big tech coloca em xeque uma de suas principais fontes de receita: as plataformas de marketplace de espaços publicitários Ad Manager e AdX.

Segundo o órgão de regulação da França, o Google Ad Manager, que gerencia propagandas de grandes anunciantes, favorecia o próprio marketplace, no qual as empresas compram pacotes de propaganda on-line em tempo real.

Dados estratégicos eram fornecidos ao AdX, como a maior oferta de espaço que um anunciante estava disposto a pagar e acesso privilegiado a pedidos de clientes. Em troca, o Ad Manager recebia informações de uma forma “facilitada”, em detrimento de outras plataformas de gerenciamento de anúncios on-line – essenciais para a venda de propaganda em espaços nas páginas da web.

“A decisão de sancionar o Google é muito significativa, particularmente porque é a primeira decisão do mundo que foca no algoritmo complexo de leilão sobre o qual opera o sistema de anúncios on-line”, disse Isabelle de Silva, chefe do comitê francês, à Reuters.

O ministro de Finanças da França, Bruno Le Maire, comemorou a decisão a favor do órgão antitruste:

“A estratégia praticada pelo Google, para favorecer sua própria tecnologia de anúncios, afetou veículos de imprensa, cujo modelo de negócio é extremamente dependente de receita publicitária; essas são práticas sérias e elas foram corretamente sancionadas.”

A maior parte da receita de vendas do Google vem da compra de espaços publicitários em sua ferramenta de busca e no YouTube. Mas, em 2020, a empresa faturou US$ 23 bilhões em acordos para auxiliar outros anunciantes a venderem propaganda, o que chamou a atenção de órgãos antitruste ao redor do mundo.

A investigação na França foi aberta em 2019 após queixas do grupo de mídia News Corp., responsável pelo Wall Street Journal, o jornal francês Le Figaro e o conglomerado de notícias belga Rossel. A decisão, segundo o comitê antitruste, abre caminho para que anunciantes busquem indenizações por desvantagens indevidas por parte da big tech. No mesmo ano, a União Europeia multou o Google em € 1,5 bilhão por práticas abusivas de AdSense, outra ferramenta da própria empresa usada para coletar dados de publicidade on-line.

A big tech também concordou em facilitar o uso de suas ferramentas por anunciantes: “nós vamos testar e desenvolver essas mudanças pelos próximos meses antes de lançá-las de forma mais abrangente, algumas delas globalmente”.

Live commerce: uma estratégia para aumentar as vendas e humanizar o e-commerce

Segundo um estudo da Coresight, estima-se que o GMV (Volume Bruto de Mercadorias) do live commerce da China chegue a US$ 305 bilhões esse ano. É pensando no sucesso dessa estratégia que a Via Marketplace tem apostado pesado no modelo de negócios. “Aproveitamos as ferramentas que desenvolvemos em casa para tornar o nosso live commerce ainda mais dinâmico”, ressaltou Ilca Sierra, CXMO da Via Marketplace.

Entre as ferramentas apontadas por Sierra, um dos destaques é o “Me Chama no Zap” — alternativa que nasceu com o fechamento das lojas no início da pandemia. “Colocamos os 21 mil colaboradores da empresa para interagir nas fanpages via WhatsApp e conquistamos um ótimo relacionamento com os clientes”.

Live commerce – uma humanização do e-commerce

Então, a partir dessa ferramenta, a Via desenvolveu o “Me chama na live”, live commerce que estreitou ainda mais a relação dos vendedores com os clientes. Como resultado, a estratégia de vendas trouxe mais de 90% de crescimento nas categorias de tíquete médio mais baixo — segundo Sierra, houve expressivo crescimento nas compras por impulso, por exemplo. Além disso, o GMV global no dia da live commerce teve aumento de 17%, o que é muito considerável para a marca.

Enquanto a plataforma de vendas por WhatsApp é nativa de fanpages, o Me chama na live nasce dentro do aplicativo das Casas Bahia. A diferença, nesse caso, é que a usabilidade é ainda mais atrativa. Afinal, o usuário interage com o apresentador da live commerce, vê especificações do produto e envia para o carrinho sem sair da apresentação. “Somente após isso ele chama um vendedor e vai para o WhatsApp para dar continuidade. Ou seja, eu consigo uma jornada de compra muito mais simples e sem fricções”.

“A verdade é que as pessoas já entenderam que dá pra comprar de tudo na Internet. A partir de agora, o relacionamento deve ser a base mais importante do negócio. E é aí que entra o live commerce para trazer o calor do vendedor para a minha venda”.

The Future Of E-Commerce – Edição Martech faz parte de uma série de congressos do E-Commerce Brasil para tratar sobre o futuro do comércio eletrônico no Brasil.

Facebook anuncia lives para fomentar o e-commerce na plataforma

O evento começa nesta semana e segue até julho, e a empresa de Mark Zuckerberg tem como objetivo trazer marcas ainda maiores para plataforma e impulsionar a ideia de compras ao vivo. Além disso, as marcas podem ganhar popularidade em seus produtos com vídeos de “como fazer” e tutoriais.

Carrinho de compras com caixas em cima de um teclado

Durante os vídeos ao vivo, os consumidores poderão verificar maiores informações dos produtos apresentados sem precisar se desligar da plataforma e também podem adicioná-los ao carrinho de compras. Os usuários podem realizar a compra durante as lives, ou então podem aguardar até a finalização do conteúdo. As marcas receberão informações do cliente, como endereço para envio e, caso autorizado, e-mail e número de telefone.

As transmissões ao vivo compradas ganharam grande popularidade durante a pandemia da Covid-19 que impossibilitou a abertura de lojas em diversos locais do mundo e impulsionou o comércio eletrônico.

A chefe de produto do Facebook App Commerce, Yulie Kwon Kim, afirmou que o e-commerce tornou a experiência de compra mais conveniente, mas ressaltou que muitas pessoas olham vitrines procurando novidades e que, geralmente, os compradores querem ouvir opiniões sobre um produto.

 

Estratégia de gamification: mais proximidade do cliente com a marca

A estratégia de gamification não é nova no marketing, mas com o avanço das tecnologias passou a ficar mais conhecida e popularizada no comércio on-line. Esse é um termo que tem origem em games, onde são utilizados sistemas de ranqueamento e pontuação para, posteriormente, serem realizadas trocas, descontos ou premiações.

De maneira geral, a estratégia de gamification no e-commerce é utilizada para premiar de alguma forma o cliente por ele realizar uma determinada ação.

A estratégia tem ganhado forças à medida que empreendedores querem aumentar a fidelização e retenção de clientes, a fim de gerar relacionamento, proximidade e garantir a recompra, já que ela gera um gatilho de prazer e satisfação por meio da recompensa. Isso acontece porque o estímulo lúdico torna aquela atividade mais interessante para as pessoas.

Além disso, com a quantidade de informações que recebemos hoje em dia, conteúdos diferentes têm a capacidade de chamar mais atenção.

Existem alguns pontos que o lojista precisa ficar atento ao implementar uma estratégia de gamification, como ser criativo e ter um bom storytelling e/ou justificativa. Outro ponto importante é o estímulo à competição que pode ser feito por meio de um ranking ou também por meio de prazos, fazendo com que o consumidor complete cada etapa do jogo.

Ainda no e-commerce, podemos citar um exemplo de gamificação muito comum quando o varejista devolve ao cliente um benefício pela frequência ou montante em suas compras e o escalonamento de valores, com faixas de frete ou porcentagens de desconto mediante utilização de uma pontuação gerada com a fidelidade.

Quando o lojista realiza uma campanha de gamification para os clientes, ele estabelece uma regra, então pode-se prever qual a receita terá com aquela ação, assim como custos, lucros e o retorno em si.

Estratégia de gamification na hora do pagamento

Essas ações também aparecem nos meios de pagamento, isso porque muitas vezes o varejista prefere oferecer descontos com a utilização do pagamento via boleto ou cumulativos e progressivos, por exemplo.

Outra opção é criar links de pagamento que podem ser gerados para um cliente especificamente ou ser aberto. Então, para conceder o desconto, o lojista pode tanto realizar a cobrança inserindo os dados específicos do consumidor, quanto selecionar uma faixa que está com aquela pontuação. Na segunda opção, é possível usar o e-mail marketing ou enviar esse link para uma massa maior.

Para que isso ocorra de maneira segura e ágil, após o esforço da recompra, o lojista precisa de um meio de pagamento que ofereça sistema antifraude e não deixe ele à mercê de tentativas de fraude ou chargebacks – conhecidos como estornos. Além disso, uma vez que o cliente realiza a compra por um meio de pagamento, quando ele for realizar a compra novamente o processo de checkout será mais ágil, pois, as plataformas de pagamento tem alguns dados dos clientes já registrados.

 

Instagram lança ferramenta para agregar fotos aos e-commerces

A mais recente atualização do Instagram disponibilizou para marcas e consumidores a possibilidade de trazer imagens e vídeos de produtos sendo utilizados pelos usuários e influenciadores para dentro da aba de ‘shopping‘ da rede social.

Chamado de ‘conteúdo da comunidade‘, o novo recurso visa ajudar clientes a verem os produtos para além das fotos produzidas pelos próprios vendedores. Servindo quase como a área de avaliação, encontrada em vários e-commerces, mas visual.

Imagem: Reprodução

A ferramenta funciona da seguinte forma: uma empresa pode adicionar uma foto feita por terceiros, aglomerando ela junto de outras na página de um produto, ao marcar essa opção com a ferramenta ‘shopping’. Para adicionar este conteúdo, a marca deve solicitar e receber permissão de quem fez o registro. Assim, o conteúdo ficará disponível em uma seção chamada “Da comunidade”.

“Um exemplo de uso dessa função é entender se a peça tem um bom caimento no corpo quando falamos de roupas, se um produto é adequado para diferentes tons de pele, e até servir de inspiração com formas diferentes de usar”, disse Adriana Grineberg, diretora de operações do Instagram da América Latina, à revista Exame.

Do lado dos influenciadores, que já costumam taggear marcas no que postam na rede, a nova ferramenta oferece uma forma de estreitar o relacionamento com as lojas, conseguindo responder às solicitações de uma forma mais fácil e ter controle sobre como seu conteúdo é usado.

Cliente pode usar Waze para fazer compras na Renner durante o trajeto

Mapa de trânsito do app é integrado ao canal da varejista no WhatsApp.

O Waze e a Lojas Renner estão promovendo uma integração entre o mapa de trânsito do aplicativo com o canal de vendas da varejista no WhatsApp. A Renner é a primeira varejista de moda no Brasil a trabalhar com o direcionamento para o aplicativo de mensagem por meio do Waze.

Ao utilizar o aplicativo Waze com o carro parado, o usuário que estiver perto de uma loja Renner é impactado por uma mídia no seu trajeto. Aceitando a sugestão do app, o cliente é redirecionado para a plataforma em que poderá escolher produtos e efetivar a compra on-line. Ele pode aguardar a entrega ou retirar o pedido na loja em até 48 horas.

O objetivo é promover mais acesso a informações e recursos on-line, minimizando o contato físico no processo de compra.

“A parceria com o Waze é mais uma iniciativa em nossa estratégia omnichannel, levando a Renner aonde o cliente está. Por meio dela, ampliamos um dos nossos canais de venda de forma interativa, com uso de inteligência de dados, para oferecer mais uma facilidade e encantar nossos consumidores, pois é possível iniciar, finalizar e retirar uma compra no caminho do seu percurso para casa”, exemplifica Maria Cristina Merçon, diretora de Marketing Corporativo da Lojas Renner.

O recurso está disponível para as lojas Renner na cidade de São Paulo que possuem integração com o WhatsApp. O usuário é direcionado para a unidade mais próxima da sua localização.

“As lojas estão sendo ressignificadas na construção da jornada com a marca. Essa parceria é um passo para a evolução de uma experiência mais completa para o consumidor. No Waze, enxergamos que estamos construindo um legado por meio da omnicanalidade e do acompanhamento da demanda em tempo real com base na inteligência de dados”, afirma o country nanager do Waze no Brasil, Leandro Esposito.

Campanha focada no digital

Para reforçar seu posicionamento enquanto marca digital, a varejista lançou na útlima segunda-feira (10), a campanha “Tá Online. Tá na Renner.” O filme, veiculado no canal da Renner no YouTube e na TV aberta, convida o público a conhecer a conveniência e a praticidade dos canais digitais da marca, que vai premiar cinco clientes com um ano de looks.

No vídeo, seis influenciadores, não identificados, aparecem em planos fechados interagindo com os diferentes canais da varejista, destacando a presença digital da marca e mostrando que as compras podem ser feitas no site, no app, no WhatsApp – e até na loja física.

Na sequência, a varejista convida o público a descobrir quem são os creators que aparecem na campanha e concorrer a um cartão-presente de R$ 12 mil para gastar em um ano nas Lojas Renner. No final do filme, um QR Code direciona os clientes à landing page da campanha, na qual é possível rever o vídeo e arriscar palpites. Os participantes que conseguirem adivinhar receberão um número da sorte para concorrer a um sorteio, que acontecerá no dia 29 de maio. Os vencedores serão divulgados no dia 31 de maio.

O quiz ficará disponível até o dia 20 de maio e, a partir do dia 21, o público irá conhecer a identidade dos seis influenciadores no Instagram da Renner e em uma nova versão do filme da campanha, que revelará os rostos deles. A criação e a produção são assinadas pela Paim Comunicação.

Além do filme Tá Online, a marca prevê outras ações, como o lançamento de uma persona digital e uma ativação voltada ao público gamer.

Varejo faz ‘combo’ para diluir perdas com abre e fecha

Reaberto há pouco mais de uma semana, o comércio de shoppings e da Rua 25 de Março, o principal varejo popular do País, está vendendo hoje entre um terço e a metade do que faturava em épocas normais.

Para tentar rebater a crise e trazer o consumidor de volta às compras em meio a tantas incertezas, lojistas isoladamente estão mais agressivos nas liquidações dos estoques encalhados desde o fechamento das lojas em meados de março. Já os shoppings optaram por fazer um “combo” de datas – Mães, Namorados e Pais – para sorteio de prêmios. A intenção de ter campanhas longas é diluir custos de promoção e se resguardar dos riscos de novos fechamentos do comércio.

“Vale qualquer estratégia para trazer o consumidor de volta ao shopping”, afirma Ricardo Portel, gerente de marketing do Shopping Ibirapuera. Com 420 lojas, ele conta que as liquidações estão muito agressivas, especialmente nas lojas de vestuário, com descontos de até 70%. Até compras “casadas”, quando o cliente que compra um item pode levar outro por um preço bem menor, são oferecidas.

A outra estratégia, esta coordenada pelo shopping, é de uma campanha de prêmios de quase três meses, que inclui Dia das Mães, Dia dos Namorados e Dia dos Pais. Ela começa hoje e vai até o segundo domingo de agosto. Serão sorteados 100 iPhones para quem gastar R$ 300 em compras no shopping. Detalhe: pode entrar nesse pacote compras feitas desde do dia 1.º de janeiro deste ano. “Além de diluir custos da campanha para os lojistas, se ocorrer um novo fechamento das lojas nos próximos três meses não vamos precisar cancelar a promoção.”

Com 170 lojas e um público predominantemente da classe C, o Shopping Penha optou por caminho semelhante. “Unificamos Mães e Namorados justamente para ter um prazo maior e incentivar mais os clientes”, afirma Renata Barros, gerente de marketing. A campanha que começa na sexta-feira e vai até 13 de junho prevê o sorteio de um SUV Tracker, da GM, que custa cerca de R$ 95 mil, e cinco vales-compra nas lojas, cada um de R$ 5 mil.

O investimento em prêmios dessa campanha é maior do que a última para o Dia das Mães, que ocorreu de 2019, porque no ano passado as lojas estavam fechadas. Na ocasião, o shopping sorteou apenas um carro. No entanto, diante do cenário econômico adverso, Renata conta que o valor da compra, que dá direito a premiação, é o mesmo de dois anos atrás: R$ 250.

Popular

No entanto, para o polo da Rua 25 de Março, que no último ano viu cerca de 1.500 lojas fecharem as portas por causa da crise, restam poucas opções para estimular o consumo. “Na média, estamos vendendo hoje um terço do que vendíamos em épocas normais”, diz Marcelo Mouawad, porta-voz da União dos Lojistas da 25 de Março e Adjacências (Univinco). As excursões de compras de consumidores de outras cidades, uma fonte importante de receita do polo, caíram 80%.

Segundo Mouawad, como as lojas da região já trabalham com preços reduzidos, não há margens para se fazer liquidações. Também não existe uma coordenação conjunta como ocorre em shoppings para campanhas promocionais. “A situação está muito difícil.”

Apesar do baixo-astral que existe no varejo, o setor tenta se animar olhando para resultados de pesquisas de intenção de compra para o Dia das Mães, a segunda melhor data para o comércio depois do Natal. Enquete nacional realizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP) aponta que 58,6% dos brasileiros pretendem presentear na data, com destaque para artigos de vestuário (65,2%).

“Talvez maio seja um mês de recuperação de vendas”, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Lojistas Satélites (Ablos), Tito Bessa, levando em conta esse resultado e o destaque dos itens de vestuário, o grande filão de vendas dos shoppings. Desde a reabertura, as lojas satélites dos shoppings registram queda de 30% a 50% em relação a igual período de 2019.

Apesar da intenção de compra indicada pela pesquisa, que pode levar a um avanço de 20% nas vendas nas contas de Marcel Solimeo, economista-chefe da ACSP, ele pondera que o quadro é complicado. É que no Dia das Mães de 2020, as vendas caíram 40% ante 2019. Portanto, crescer 20% neste ano significa continuar no vermelho.