Como usar o neuromarketing para ganhar a atenção do consumidor

Estratégias alinhadas com o funcionamento do cérebro do cliente podem potencializar as vendas.

Conquistar a atenção do consumidor é um desafio gigantesco em um mundo no qual cada pessoa é exposta, diariamente, a até 10 mil anúncios de diferentes produtos e serviços, como aponta a pesquisa 2021 Global Marketing Trends, da Deloitte.

Não à toa, o neuromarketing é um recurso que tem sido cada vez mais usado pelas empresas para entender como pensa o consumidor bombardeado por informação e direcionar a ele mensagens mais eficientes.

Segundo a diretora de conteúdo digital do UOL EdTech e mestre em comportamento de consumo, Fátima Bana, o neuromarketing pode ser definido como “a fusão da neurociência e do marketing para entender a forma como o consumidor realmente toma a sua decisão de compra”. Esse campo de estudo analisa o cérebro humano para entender o comportamento de quem compra e, a partir disso, criar estratégias de marketing mais efetivas.

“Não é uma ferramenta, nem é um novo modelo de publicidade que vai mudar completamente como o marketing funciona. É, na verdade, dar base científica para tomar decisões de comunicação”, diz Fátima Bana, para quem o neuromarketing é a investigação do cérebro dos consumidores.

Entender o cérebro é a chave

O principal ponto do neuromarketing, portanto, é usar o que se sabe sobre o cérebro humano para desenvolver estratégias que levem o consumidor à tomada de decisão sobre uma compra.

Fátima Bana explica que tudo isso está relacionado com o funcionamento orgânico do cérebro, que determina o comportamento. “Nosso cérebro pode ativar até três mecanismos quando precisamos tomar uma decisão: a razão, a emoção ou o instinto”, explica, referindo-se aos sistemas reptiliano, límbico e o neocórtex do órgão.

Cada uma dessas áreas responde por um tipo de ação humana:

  • Sistema reptiliano: fica responsável pela decisão, cuida das nossas necessidades básicas e instintivas. “Quando ‘ligamos’ esse sistema, os outros são ‘desligados’. Por isso, para estimular uma compra, usamos essa função para despertar o desejo de necessidade”, diz Fátima Bana.
  • Sistema límbico: é o centro emocional, leva às sensações e sentimentos. Quase sempre ligado pelos sentidos humanos;
  • Neocórtex: é a parte exterior, composta por seis camadas e sobrepõe os dois outros sistemas. Nele ficam os pensamentos, a lógica e a memória.

Segundo a profissional, entender o funcionamento dessas áreas do cérebro é essencial, pois sempre que um consumidor compra algo, é seguindo um padrão de comportamento gerado por esses sistemas. “Quando se domina essa estratégia, fica muito mais fácil ganhar uma ‘atençãozinha’ do cliente”, revela Fátima Bana.

O poder do neuromarketing

Utilizar o neuromarketing para conquistar a atenção do consumidor pode trazer inúmeros benefícios para o varejo, principalmente relacionados à venda. Quando uma estratégia de comunicação consegue “mexer com os sentimentos”, mesmo que de forma indireta e sem o cliente perceber, as chances de ele comprar o produto ou fechar o negócio aumentam muito.

Além disso, conhecer a fundo o comportamento do consumidor faz com que seja possível enxergar oportunidades de melhora ou mercados ainda não explorados. Para Fátima Bana, o neuromarketing traz diversos benefícios para as empresas quando aplicado, por exemplo:

  • Melhora a tomada de decisão: “Ao entender o que, de fato, influencia o consumidor a definir uma compra, você tem a possibilidade de realizar ações que explorem esse aspecto”, explica a mestre em comportamento de consumo.
  • Permite o desenvolvimento de produtos mais direcionados: entender o comportamento do consumidor e o que ele espera do produto ou serviço permite que inúmeras inovações sejam feitas, seja nos produtos ou nos serviços. “Imagine, por exemplo, o processo de elaboração de um novo produto. Não basta criar um item inovador se ele não exerce certo apelo sobre sua persona. Assim, é preciso entender o que ela espera do produto, ou melhor, qual tipo de produto pode fazer com que seu subconsciente a influencie a realizar a compra”, explica Fátima Bana.
  • Proporciona a criação de campanhas publicitárias mais efetivas: a maneira de se comunicar com seu cliente é tão importante quanto a qualidade do seu produto. Conhecendo o comportamento do público e entendendo como o cérebro funciona, é possível pensar em estratégias publicitárias que, de fato, chamem atenção do cliente.
  • Aprimora a experiência do consumidor: um dos pontos mais importantes de qualquer negócio, a experiência do consumidor, ou CX, é capaz de aumentar vendas e fidelizar clientes. Para conseguir oferecer uma boa experiência, entretanto, é preciso levar vários pontos em consideração, e o neuromarketing pode contribuir com isso.

Estratégias de neuromarketing para aplicar no seu negócio

O neuromarketing não é algo novo. Na verdade, existe desde antes da internet e dos negócios digitais e já fazia parte das estratégias de comunicação off-line de muitas empresas. Claro que com o avanço do entendimento do cérebro, a ciência também evoluiu.

Segundo Fátima Bana, com estratégias simples – algumas já clássicas – é possível conquistar a atenção do consumidor, confira:

Imagens valem mais que mil palavras

Uma imagem impactante é capaz de atrair a atenção em apenas alguns segundos, além de não exigir tanta interpretação ou entendimento. Ou seja, conseguem atrair o olhar e fazer com que aquele cliente preste atenção no que está sendo vendido ou oferecido. Assim, em muitos casos, é melhor investir em uma imagem direta e impactante do que em um texto.

Pessoas humanizam a empresa

Pessoas se conectam com outras pessoas. Quando o cliente “se enxerga” na comunicação de uma empresa, as chances de tomar a decisão e consumir seu produto também aumentam. Por isso as propagandas trazem pessoas simulando a relação que o consumidor pode ter com o produto ou serviço sendo vendido.

As cores se conectam à emoção

“Qualquer profissional de marketing precisa entender os fundamentos da psicologia das cores. Há tons que afetam as pessoas e provocam sentimentos diferentes, dependendo das nossas experiências. O vermelho, por exemplo, aciona um senso de urgência, o verde representa saúde e crescimento, já o azul é pensado para construir um senso de confiança”, explica Fátima Bana.

A dica da profissional é usar cores que se conectam com as emoções que deseja que seu cliente sinta ao interagir com o produto ou serviço que está sendo ofertado.

Gatilhos mentais

São frases ou palavras usadas em um determinado contexto que ativam sentimentos ou ações no nível inconsciente do cérebro das pessoas. Segundo a especialista, existem diversos tipos de gatilhos mentais como da curiosidade, da segurança, da escassez, urgência, novidade, autoridade, antecipação e outros.

Cheiro agradável

Fátima Bana lança o questionamento: “você compraria roupas ou comida em um local que cheira mal?”. Por isso, os aromas também mexem com as sensações e os sentimentos, sendo sempre indicado, no caso das lojas físicas, terem um perfume ambiente agradável.

Desordem do estoque

“Durante o resto do ano as lojas de roupas estão imaculadas. Por outro lado, durante as queimas de estoque reina a desordem. A desorganização desses produtos dá uma sensação de valor econômico e, portanto, de ‘melhores pechinchas’”, explica Fátima Bana.

Uso do 0,99

Uma das técnicas mais utilizadas pelo mercado, o número quebrado traz a sensação de que o valor de um determinado produto é menor, mesmo que a diferença para o preço completo seja de apenas 1 centavo.

Vídeos testemunhais

É uma das técnicas mais utilizadas pelo e-commerce, afirma a profissional. Segundo ela, os vídeos ativam o cérebro social, sendo um dos gatilhos mais fortes tanto na venda de produtos quanto de serviços. É a “prova social”, que mostra que outras pessoas estão aproveitando aquilo da melhor forma.

Magazine Luiza anuncia compra do Jovem Nerd e entra no mundo da cultura pop

O Magalu anunciou nesta quarta-feira (14) a aquisição do Jovem Nerd, uma das maiores plataformas multimídia voltada para o público nerd e geek do país. O investimento é mais um movimento para compor a estratégia do ecossistema digital da companhia, especialmente o MagaluAds e o Magalu as a Service. A empresa se soma ao Canaltech e ao Steal The Look, que já fazem parte do ecossistema de conteúdo da rede varejista e também da sua vertical de soluções de publicidade digital.

Criado há 19 anos por Alexandre Ottoni (Jovem Nerd) e Deive Pazos (Azaghal), o Jovem Nerd produz conteúdo sobre diversos temas, entre eles cinema, quadrinhos, séries, games, história, ciência, internet e tecnologia. Tudo isso em diferentes tipos de mídia com seus programas NerdCast, NerdOffice, NerdBunker, NerdPlayer e Nerdologia. E um dos seus grandes destaques é o pioneirismo na produção de podcasts no Brasil com o lançamento do NerdCast em 2006. No ar há 15 anos, o programa é um dos líderes de audiência e abriu portas ao mercado publicitário no segmento por meio de branded content. Em 2019, o Nerdcast alcançou a marca de 1 bilhão de downloads, sendo o primeiro em audiência no Brasil e o terceiro no mundo.

Atualmente, o canal do Jovem Nerd no YouTube com mais de 5,5 milhões de inscritos e cerca de 4 milhões de fãs nas redes sociais e impulsionará ainda mais o MagaluAds.

“A aquisição fortalece nossa marca, nossa plataforma e nosso alcance de conteúdo. É mais um importante passo no planejamento da empresa para a digitalização do varejo brasileiro”, afirma Eduardo Galanternick, vice-presidente de Negócios do Magalu. “Do lado do Jovem Nerd, temos a força criativa focada em entretenimento, que é muito poderosa. Do lado do Magalu, é o entendimento em como transformamos isso em um negócio”.

Aposta em conteúdo autoral

Com a chegada do Jovem Nerd, os clientes do Magalu terão informação, entretenimento e também poderão ser auxiliados na decisão de compra. Além disso, em breve, o conteúdo do canal será integrado ao SuperApp do Magalu, com objetivo de ampliar o alcance e aumentar o tempo de uso e recorrência do aplicativo.

Já a consolidada audiência do Jovem Nerd irá se beneficiar, especialmente, com a produção de um volume maior de conteúdos mais autorais em diferentes formatos, novidades e mais interação.

“Do lado do Jovem Nerd, estamos trazendo uma vertical nova, com criação de conteúdo, inclusive a partir de propriedades intelectuais que a gente já tem, fora as que criaremos no futuro”, afirmou Pazos, em entrevista ao Canaltech. “Recentemente fizemos um financiamento coletivo que bateu todos os recordes na América Latina, com mais de 20 mil participantes e baseado em uma dessas propriedades intelectuais. Tivemos também um de nossos personagens – o Ozob – presente no game Cyberpunk 2077, o que gerou bastante repercussão. 

Enfim, o nosso objetivo será trabalhar publicidade e a jornada do consumidor, mas também abrir essa nova vertical de propriedades intelectuais e transformar isso em games, jogos de tabuleiro, séries, filmes, animação, live actions, etc. É trazer uma força criativa para o entretenimento”.

Já Ottoni afirma que a relação entre o Jovem Nerd e o Magalu já ocorria até mesmo antes do acordo de aquisição:

“Antes mesmo das negociações, já tínhamos projetos criativos em discussão com o Magalu, na área de podcast, para educação orientada ao mercado, ao marketplace, ao recrutamento do Luiza Labs. Coisas incríveis que já corriam internamente E que agora, dentro de casa, poderemos potencializá-los com toda a nossa força criativa, com ideias novas, frescas e com potencial de atingir muita gente”.

Uma dos produtos que deve ganhar uma atenção especial já nos próximos meses é o Nerdcast RPG, um dos mais populares do Jovem Nerd. Antes, ele era exibido em episódios anuais, mas, a partir de agora, Ottoni e Pazos planejam criar mais capítulos por ano. “Antes, demorávamos três anos para uma saga terminasse. Agora, vamos contar essa história em menos tempo”, explica Pazos. Como referência, o último Nerdcast publicado teve mais de três milhões de downloads apenas no primeiro final de semana.

 

“A coisa que o Alexandre e o Deive mais queriam era tempo disponível para criar. E é nisso que o Magalu procurará apoiá-los. Oferecendo o suporte na parte comercial e de estrutura, para que eles foquem na criação”, reforça Galanternick.

Linha editorial não vai mudar

Assim como aconteceu com o Canaltech e o Steal the Look, a linha de conteúdo do Jovem Nerd também não mudará mesmo após a aquisição pelo Magalu. Com isso, todas as plataformas da empresa manterão sua liberdade editorial. “Antes mesmo de começarmos as negociações, o próprio Magalu nos garantiu que teríamos total controle criativo e editorial”, afirma Pazos. “Eu e o Alexandre ficaremos por muitos anos à frente do Jovem Nerd. É um projeto de longo prazo e, claro, estamos sempre abertos às sugestões que possam ajudar a melhorar o que produzimos”.

“Produzimos um vídeo para os nossos canais onde gastamos um bom tempo explicando isso: que continuaremos a ter total liberdade editorial. E repetimos isso de várias formas diferentes”, reforça Ottoni. 

“Produzir conteúdo de alta qualidade é o que veículos como o Jovem Nerd, o Canaltech e o Steal the Look sabem fazer. Nós, do Magalu, oferecemos nossa expertise em outros setores. Por isso nos complementamos tão bem”, finaliza Galanternick. “E para deixar outro ponto claro: jamais cobraremos pelo consumo de conteúdo. Não haverá paywall, nem nada do tipo. Tudo continuará como sempre foi, com o Jovem Nerd continuando a oferecer conteúdo gratuitamente”.

Potencial bilionário

Em 2020, segundo dados da eMarketer, o mercado de publicidade movimentou R$ 48 bilhões. Anúncios digitais, que contam com a assertividade dos algoritmos e chegam no lugar certo e na hora certa a cada consumidor, de acordo com suas preferências, necessidades e ocasião, tiveram investimentos que no ano passado já ultrapassaram 40% do total.

Não há dúvidas de que o caminho da publicidade digital é para o alto, em grande velocidade. O Magalu conta com anunciantes (a própria empresa e seus sellers) e a audiência (milhões de clientes nos dispositivos digitais de Magalu, Netshoes, Zattini, Época e Estante Virtual) nas mãos.

“Temos a oportunidade de monetizarmos conteúdos Premium, como o Canaltech e o Steal The Look já fazem, além de termos milhares de potenciais anunciantes, entre fornecedores, selllers de nossos marketplace e até outras empresas que não necessariamente pertencem ao nosso ecossistema, mas que tenham interesse no público que estamos atingindo, continua Galanternick.

E na outra ponta, milhões de leitores do Jovem Nerd, que são consumidores em potencial, em que podemos fazer a conexão entre eles e nossos parceiros através de uma jornada de compra dentro da nossa plataforma”. 

Para aumentar ainda mais a audiência e a eficácia do Magalu Ads a companhia comprou, há cerca de seis meses, o site especializado em conteúdo de tecnologia Canaltech e a plataforma de mídia on-line da Inloco. Então, o MagaluAds passou a contar com uma plataforma própria, simples e intuitiva, que ajudará a descomplicar a publicidade on-line e permitirá que milhares de sellers e fornecedores do Magalu tenham autonomia para investir e acelerar suas vendas. O serviço oferecido pelo MagaluAds será uma forma adicional de monetizar a audiência total do Magalu.

 

O Magalu anunciou nesta quarta-feira (14) a aquisição do Jovem Nerd, uma das maiores plataformas multimídia voltada para o público nerd e geek do país. O investimento é mais um movimento para compor a estratégia do ecossistema digital da companhia, especialmente o MagaluAds e o Magalu as a Service. A empresa se soma ao Canaltech e ao Steal The Look, que já fazem parte do ecossistema de conteúdo da rede varejista e também da sua vertical de soluções de publicidade digital.

Criado há 19 anos por Alexandre Ottoni (Jovem Nerd) e Deive Pazos (Azaghal), o Jovem Nerd produz conteúdo sobre diversos temas, entre eles cinema, quadrinhos, séries, games, história, ciência, internet e tecnologia. Tudo isso em diferentes tipos de mídia com seus programas NerdCast, NerdOffice, NerdBunker, NerdPlayer e Nerdologia. E um dos seus grandes destaques é o pioneirismo na produção de podcasts no Brasil com o lançamento do NerdCast em 2006. No ar há 15 anos, o programa é um dos líderes de audiência e abriu portas ao mercado publicitário no segmento por meio de branded content. Em 2019, o Nerdcast alcançou a marca de 1 bilhão de downloads, sendo o primeiro em audiência no Brasil e o terceiro no mundo.

Atualmente, o canal do Jovem Nerd no YouTube com mais de 5,5 milhões de inscritos e cerca de 4 milhões de fãs nas redes sociais e impulsionará ainda mais o MagaluAds.

“A aquisição fortalece nossa marca, nossa plataforma e nosso alcance de conteúdo. É mais um importante passo no planejamento da empresa para a digitalização do varejo brasileiro”, afirma Eduardo Galanternick, vice-presidente de Negócios do Magalu. “Do lado do Jovem Nerd, temos a força criativa focada em entretenimento, que é muito poderosa. Do lado do Magalu, é o entendimento em como transformamos isso em um negócio”.

Aposta em conteúdo autoral

Com a chegada do Jovem Nerd, os clientes do Magalu terão informação, entretenimento e também poderão ser auxiliados na decisão de compra. Além disso, em breve, o conteúdo do canal será integrado ao SuperApp do Magalu, com objetivo de ampliar o alcance e aumentar o tempo de uso e recorrência do aplicativo.

Já a consolidada audiência do Jovem Nerd irá se beneficiar, especialmente, com a produção de um volume maior de conteúdos mais autorais em diferentes formatos, novidades e mais interação.

“Do lado do Jovem Nerd, estamos trazendo uma vertical nova, com criação de conteúdo, inclusive a partir de propriedades intelectuais que a gente já tem, fora as que criaremos no futuro”, afirmou Pazos, em entrevista ao Canaltech. “Recentemente fizemos um financiamento coletivo que bateu todos os recordes na América Latina, com mais de 20 mil participantes e baseado em uma dessas propriedades intelectuais. Tivemos também um de nossos personagens – o Ozob – presente no game Cyberpunk 2077, o que gerou bastante repercussão. 

Enfim, o nosso objetivo será trabalhar publicidade e a jornada do consumidor, mas também abrir essa nova vertical de propriedades intelectuais e transformar isso em games, jogos de tabuleiro, séries, filmes, animação, live actions, etc. É trazer uma força criativa para o entretenimento”.

Já Ottoni afirma que a relação entre o Jovem Nerd e o Magalu já ocorria até mesmo antes do acordo de aquisição:

“Antes mesmo das negociações, já tínhamos projetos criativos em discussão com o Magalu, na área de podcast, para educação orientada ao mercado, ao marketplace, ao recrutamento do Luiza Labs. Coisas incríveis que já corriam internamente E que agora, dentro de casa, poderemos potencializá-los com toda a nossa força criativa, com ideias novas, frescas e com potencial de atingir muita gente”.

Uma dos produtos que deve ganhar uma atenção especial já nos próximos meses é o Nerdcast RPG, um dos mais populares do Jovem Nerd. Antes, ele era exibido em episódios anuais, mas, a partir de agora, Ottoni e Pazos planejam criar mais capítulos por ano. “Antes, demorávamos três anos para uma saga terminasse. Agora, vamos contar essa história em menos tempo”, explica Pazos. Como referência, o último Nerdcast publicado teve mais de três milhões de downloads apenas no primeiro final de semana.

 

“A coisa que o Alexandre e o Deive mais queriam era tempo disponível para criar. E é nisso que o Magalu procurará apoiá-los. Oferecendo o suporte na parte comercial e de estrutura, para que eles foquem na criação”, reforça Galanternick.

Linha editorial não vai mudar

Assim como aconteceu com o Canaltech e o Steal the Look, a linha de conteúdo do Jovem Nerd também não mudará mesmo após a aquisição pelo Magalu. Com isso, todas as plataformas da empresa manterão sua liberdade editorial. “Antes mesmo de começarmos as negociações, o próprio Magalu nos garantiu que teríamos total controle criativo e editorial”, afirma Pazos. “Eu e o Alexandre ficaremos por muitos anos à frente do Jovem Nerd. É um projeto de longo prazo e, claro, estamos sempre abertos às sugestões que possam ajudar a melhorar o que produzimos”.

“Produzimos um vídeo para os nossos canais onde gastamos um bom tempo explicando isso: que continuaremos a ter total liberdade editorial. E repetimos isso de várias formas diferentes”, reforça Ottoni. 

“Produzir conteúdo de alta qualidade é o que veículos como o Jovem Nerd, o Canaltech e o Steal the Look sabem fazer. Nós, do Magalu, oferecemos nossa expertise em outros setores. Por isso nos complementamos tão bem”, finaliza Galanternick. “E para deixar outro ponto claro: jamais cobraremos pelo consumo de conteúdo. Não haverá paywall, nem nada do tipo. Tudo continuará como sempre foi, com o Jovem Nerd continuando a oferecer conteúdo gratuitamente”.

Potencial bilionário

Em 2020, segundo dados da eMarketer, o mercado de publicidade movimentou R$ 48 bilhões. Anúncios digitais, que contam com a assertividade dos algoritmos e chegam no lugar certo e na hora certa a cada consumidor, de acordo com suas preferências, necessidades e ocasião, tiveram investimentos que no ano passado já ultrapassaram 40% do total.

Não há dúvidas de que o caminho da publicidade digital é para o alto, em grande velocidade. O Magalu conta com anunciantes (a própria empresa e seus sellers) e a audiência (milhões de clientes nos dispositivos digitais de Magalu, Netshoes, Zattini, Época e Estante Virtual) nas mãos.

“Temos a oportunidade de monetizarmos conteúdos Premium, como o Canaltech e o Steal The Look já fazem, além de termos milhares de potenciais anunciantes, entre fornecedores, selllers de nossos marketplace e até outras empresas que não necessariamente pertencem ao nosso ecossistema, mas que tenham interesse no público que estamos atingindo, continua Galanternick.

E na outra ponta, milhões de leitores do Jovem Nerd, que são consumidores em potencial, em que podemos fazer a conexão entre eles e nossos parceiros através de uma jornada de compra dentro da nossa plataforma”. 

Para aumentar ainda mais a audiência e a eficácia do Magalu Ads a companhia comprou, há cerca de seis meses, o site especializado em conteúdo de tecnologia Canaltech e a plataforma de mídia on-line da Inloco. Então, o MagaluAds passou a contar com uma plataforma própria, simples e intuitiva, que ajudará a descomplicar a publicidade on-line e permitirá que milhares de sellers e fornecedores do Magalu tenham autonomia para investir e acelerar suas vendas. O serviço oferecido pelo MagaluAds será uma forma adicional de monetizar a audiência total do Magalu.

 

 

Tendências de marketing confirmadas em 2020 se tornam estratégias

Vídeos curtos, influencers, preocupação social e outras tendências de marketing para captar a atenção da Geração Z.

A comunicação entre empresas e os consumidores teve que ser repensada com a pandemia da Covid-19, em 2020. Algumas tendências de marketing confirmadas no ano passado hoje se tornaram prática comum no mercado, como aponta o 2021 Marketer’s Toolkit, da WARC.

De acordo com o estudo, 74% dos profissionais de marketing acreditam que o impacto do coronavírus no comportamento do consumidor abalou significativamente suas estratégias. Entre as mudanças estão o ganho de relevância dos vídeos e a valorização do lado humano.

As tendências de marketing como estratégia em 2021

De acordo com o relatório Confirmações de Marketing 2020, da WGSN, para dialogar com a Geração Z, ou seja, com os nascidos entre 1995 e 2010, as táticas de marketing de sobrevivência e o compartilhamento de códigos abertos marcam uma nova era da comunicação.

Essas novas estratégias já vinham sendo analisadas desde o ano passado, e vêm cada vez mais ganhando força em 2021, com a confirmação dessas tendências apontadas pelo relatório. Algumas delas são:

  • Marketing em tempo real: a adoção de vídeos curtos nas campanhas de marketing tem ganhado relevância, e as estratégias precisam estar abertas para interações ao vivo nos novos aplicativos de vídeo. O live commerce, por exemplo, é uma estratégia que usa da interação proporcionada pelo streaming de vídeos ao vivo para alavancar vendas. Por meio desta live exclusivamente voltada para vendas, o vendedor pode promover produtos e serviços, interagindo com os clientes em tempo real;
  • Novas formas de colaboração: parcerias com influencers digitais tornaram-se fundamentais e ganharam um novo significado em uma época de orçamentos curtos e crise. Isso porque os influenciadores da mídia social impactam os consumidores em todo o funil de vendas, guiando-os para uma presença omnicanal mais eficiente. Sendo assim, as marcas estão redesenhando suas estratégias para integrar influenciadores, apostando nessa tática de sobrevivência para trafegar no novo normal;
  • Valorização do humano: é preciso apostar em campanhas que tragam soluções, com mensagens e impactos positivos, enfatizando mais o lado humano da narrativa do que os produtos em si. O ativismo permite que as marcas se conectem de forma significativa com os consumidores, mas as ações falam muito mais alto que as palavras.
  • Mensagens humoradas: a geração Z enxerga o humor com um viés diferente. Por serem praticamente nativos digitais, eles transitam muito bem entre os canais digitais e os tradicionais e para eles o marketing deve incorporar elementos comuns nas mídias sociais, como vídeos engraçados, divertidos e criativos.

Vídeos curtos estão no topo

O crescimento do TikTok em 2020 reflete o comportamento da população jovem, um grupo avesso às propagandas e pouco paciente com mensagens muito longas.

Ainda de acordo com o relatório da WGSN, o número de usuários ativos do TikTok por mês disparou de 500 milhões em janeiro para 850 milhões em setembro de 2020, conquistando um crescimento total de 35.8% entre o fim de 2019 e metade de 2020. A rede social foi considerada o segundo aplicativo mais popular entre a Geração Z.

Por isso, as marcas desenvolveram estratégias específicas para esse canal, surfando na onda do crescimento do aplicativo, enquanto muitas também começaram a focar no monitoramento das suas redes sociais e apostar no marketing em tempo real para entrar no espírito da época, ou seja, da interação imediata.

A norte-americana Guess foi uma das primeiras grandes marcas a lançar um desafio no TikTok, ainda em 2018. A marca de roupas e acessórios, com lojas em praticamente todo o mundo, queria promover a sua nova coleção de jeans junto ao público jovem na volta às aulas. Então, convidou alguns influenciadores digitais a usarem a hashtag #InMyDenim para mostrar uma transformação radical ao vestir seus produtos. Para conversar com o público da rede social, os vídeos deveriam ser divertidos e criativos. Sendo assim, os influenciadores deveriam passar de um visual desleixado para um look maravilhoso em poucos segundos.

Em 6 dias, a campanha alcançou 10.5 milhões de visualizações, 5.5 mil vídeos de usuários, 14.3% de engajamento e 12 mil novos seguidores, além de criar afinidade com um público mais jovem, predominantemente presente no Tik Tok.

De olho nessa tendência, o Instagram aprimorou a sua ferramenta de vídeo para acirrar a disputa com o seu maior rival, o Tik Tok.

Até o ano passado, o Cenas era o recurso de vídeo da rede social, e já permitia a criação de clipes de 15 segundos com edição tipo TikTok, como adição de músicas, sons de memes e outros efeitos. A diferença foi que, em 2020, o então Cenas do Instagram passou a ser chamado de Reels, e agora os usuários podem escolher mais opções na hora de compartilhar a criação, podendo ir para o feed do perfil, nos Stories, ser enviado como mensagem direta no Direct ou focar no Explorar.

A democratização de dados e o código aberto

Os dados da mídia estão sendo usados ​​e compartilhados de forma mais sistemática dentro das organizações, e essa é outra tendência de 2020 que veio para ficar.

Os profissionais de mídia precisam ter acesso a conjuntos de dados mais amplos para a melhor tomada de decisão, enquanto que as plataformas de dados precisam ser de código aberto para oferecer a integração entre outras plataformas.

Com dados mais apurados em mãos, os profissionais de marketing conseguem elaborar as melhores estratégias, personalizando os atendimentos e melhorando a experiência do consumidor.

E, de acordo com o Relatório de Tendências de Experiência do Cliente, conduzido pela empresa norte-americana Acquia, cada vez mais, os desenvolvedores se voltam ao open source para atender as demandas de flexibilidade e oportunidades de integração.

O software de código aberto se destaca sobre plataformas proprietárias inflexíveis pois permite aos usuários escolher softwares que melhorem seu trabalho, sem restrições de compatibilidade, facilitando assim, a coleta e integração de dados e estes, por sua vez, serão utilizados nas estratégias de CX.


O que explica o recorde de surgimento de martechs em 2020?

Em 2019, foram mapeadas 475 startups de tecnologia na área de marketing e propaganda no Brasil, hoje esse número já supera 600 e a grande questão aqui é: o que vem impulsionando o crescimento das martechs e adtechs? Gustavo Araujo, cofundador da Distrito, reforça o papel do varejo neste contexto.

Investimentos em adtechs
Em relação a investimentos, no primeiro semestre, Adtech mesmo sendo a oitava categoria a receber aportes em volume de investimentos, foi a segunda categoria depois de Fintech que recebeu maior quantidade de delas, com uma concentração grande em Seed e Pré Seed onde atuam soluções que estão testando se tem uma solução que tenha fit com o mercado.

O papel das varejistas
Os grandes varejistas são os maiores anunciantes e entenderam que não adianta apenas anunciar nos grandes canais abertos para consumidores e sim manter um diálogo e fazer parte da jornada do usuário, alguns deles se tornando um próprio canal de mídia, de conteúdo, canal de benefícios, de pagamento e com isso construindo seu próprio ecossistema.

O efeito Amazon Ads
A Amazon Ads chega nesse cenário, inicialmente para atender essa necessidade de compra de mídia digital, afetando as startups que otimizam a verba de marketing, que em tempos de recessão tem um papel importante otimizando o impacto com um menor custo.”

 

 

C&A encerra seu primeiro programa de aceleração com projetos inéditos no varejo

Assistente virtual, avaliação de reviews de clientes e personalização de material de marketing de acordo com a região em que a loja está localizada. Essas foram algumas das iniciativas adotadas pela C&A Brasil em conjunto com empresas de base tecnológica que estão crescendo de forma constante no País. A escolha foi feita a partir do primeiro programa de aceleração da companhia, o Conecta C&A, desenvolvido em parceria com a Endeavor.

Os projetos, pioneiros no varejo de moda brasileiro, foram implantados na operação com aproveitamento total das scale-ups participantes, isto é, realização de pilotos com 100% das participantes – um dos melhores índices de aproveitamento das iniciativas de open innovation da Endeavor até o momento. O objetivo da C&A é se tornar uma das mais representativas fashiontechs do Brasil a partir das novas soluções encontradas e desenvolvidas durante a aceleração.

Ao todo, sete scale-ups participaram do Conecta C&A: Bornlogic, Catwalk, Harmo, Looqbox, Pulses, Revex e Winnin. Todas passaram por uma aceleração de cinco meses e receberam mentorias com lideranças da C&A e de mentoras e mentores Endeavor, em encontros on-line, coletivos e individuais. Foram mais de 60 horas de trabalho e mais de 50 profissionais envolvidos.

A partir desta troca, as soluções propostas pelas scale-ups já estão em testes e dois projetos inéditos no setor foram lançados: o streaming selling Tudo Combinado, desenvolvido em parceria com a scale-up Winnin; e a Assistente Virtual da C&A do Mindse7, criada em conjunto com a Catwalk.

Confira, a seguir, as melhorias implantadas na empresa por meio do Conecta C&A:

Catwalk
Por meio da parceria com a Catwalk, a C&A lançou sua primeira Assistente Virtual. A companhia usa a inteligência artificial para recomendar os produtos que são a cara de cada cliente, trazendo mais informações sobre as preferências e jornada de compra das mulheres brasileiras no e-commerce. A nova assistente virtual tem como missão entender o perfil da cliente e sugerir roupas, acessórios e calçados em linha com o que ela procura e deseja.

Entre as atribuições da sua rotina, está a de ajudar a consumidora a montar looks, encontrar peças similares em cores e tamanhos, informar detalhes do produto, como o tipo de tecido e modelagem, e até tirar dúvidas e dar dicas de moda e estilo. A iniciativa, ainda em fase-piloto, está disponível neste momento para produtos do Mindse7, lab de inovação da marca, via chat box, e deve ser expandida para demais categorias e coleções encontradas no site.

Winnin
Diante do desafio da C&A de se aproximar das consumidoras em um cenário de isolamento social, em conjunto com a Winnin, a empresa criou o programa Tudo Combinado, um streaming selling apresentado pelas atrizes Fernanda Souza, Fernanda Rodrigues e Giovana Lancelotti. Fugindo dos formatos pré-existentes e saturados do mercado, a C&A reinventou o Live Shop em um novo formato, que parte dos desejos e das necessidades das clientes, criando mais um ponto de conexão com a consumidora, gerando visibilidade para a marca de forma atrativa e, principalmente, aumentando o interesse de compra para a C&A.

O conceito, o formato e o conteúdo do programa foram desenvolvidos a partir de pesquisas e dados coletados por Inteligência Artificial, o que o tornou um conversor de vendas promissor. Na semana de estreia do programa, em meados de setembro deste ano, o Tudo Combinado foi o vídeo com maior número de views e engajamento no YouTube da C&A nos últimos 12 meses.

Bornlogic
A C&A e a Bornlogic transformaram os associados de lojas em produtores de conteúdo da marca por meio da plataforma Gerentes Digitais. A proposta deste projeto é descentralizar o marketing e personalizar a produção de materiais regionais, com o apoio de uma ferramenta para acompanhamento e controle de qualidade dos anúncios. Em dois meses, foram mais de 700 conteúdos produzidos para uma página na internet, que engajaram mais de 400 mil pessoas e levaram a mais de 20 mil cliques para o WhatsApp.

Pulses, Looqbox & Revex
A C&A selecionou também a Pulses, startup que tem como missão ajudar o RH das empresas com pesquisas de clima organizacional e engajamento. Por meio da iniciativa iniciada com a scale-up Revex, a companhia vem fazendo gestão de escalas de trabalho de forma ágil, assertiva e alinhada às diferentes leis trabalhistas de cada município. Por fim, a Looqbox vem trabalhando junto com a C&A para disponibilizar uma ferramenta que simplifica e massifica o uso de informações nas empresas.

A parceria com a Pulses ajudou a companhia a mensurar a opinião dos associados de forma que a liderança pudesse atuar com autonomia e protagonismo, principalmente sobre a reabertura das suas lojas físicas e a volta ao trabalho presencial durante a pandemia. Por meio dessa colaboração, quase 40 mil dúvidas foram respondidas e mais de 3 mil feedbacks foram enviados.

Como resultado da utilização do software Revex, a C&A ganhou eficiência operacional e melhora na gestão na montagem das escalas de trabalho. Com isso, o tempo médio de montagem de escala passou de 1h30 para cerca de 10 minutos, o que trouxe ganhos de produtividade para as lideranças em loja. A solução oferecida pela Looqbox ajudou a empresa a organizar a grande quantidade de relatórios a serem circulados internamente de forma prática e consolidada.

Harmo
Com o apoio da Harmo, scale-up que oferece uma plataforma que integra gestão de reputação on-line e pesquisas, a C&A passou a contar com uma nova tecnologia para gerir e acompanhar a eficiência e agilidade necessária, os reviews on-lines realizados pelas consumidoras. Ao todo, a Harmo analisou mais de 32.078 avaliações realizadas nas redes sociais da marca de janeiro a agosto deste ano. Com isso, a companhia pode entender os anseios e desenhos dos consumidores e, consequentemente, melhorar a experiência no relacionamento e nas compras.

 

Conheça fatores que determinam a satisfação do seu cliente

O que é satisfação

Satisfazer um cliente é atender suas expectativas em uma experiência de compra. Um cliente com as expectativas atendidas tem mais chances de optar novamente pelo produto ou serviço utilizado.

Não atender essas expectativas e necessidades, portanto, gera a insatisfação do cliente com o produto ou serviço.

Para serviços que surpreendem positivamente, a satisfação pode significar encantamento. Já para serviços que têm como objetivo eliminar algo negativo, o cliente pode sentir alívio.

Um exemplo disso é o serviço de limpeza da caixa d’água de um condomínio. Ao contratá-lo, o cliente está preocupado com as condições ideais de consumo da água. Concluído o serviço, essa preocupação acaba e, consequentemente, ele sente um alívio por estar tomando água em padrões ideais.

Ou seja: a satisfação está intimamente relacionada a sentimentos de ambivalência, em que ocorre uma mistura de experiências positivas e negativas envolvendo o produto ou serviço.

Por isso, ela é dinâmica, altamente influenciável por inúmeros fatores e evolui com o tempo. Sempre que ocorre um contato com o serviço ou o uso do produto, a percepção da satisfação pode variar.

Quanto mais vezes essa ação se repete, mais intimidade e conhecimento são atribuídos aos clientes, e experiências (agradáveis ou não) exercem impactos relevantes na satisfação. É quase um jogo: ora se acerta o alvo, ora se erra completamente.

Satisfação x qualidade

É importante entender que satisfação e qualidade são coisas diferentes. Satisfação tem um sentido mais amplo: ela é mais inclusiva e é influenciada pelas percepções da qualidade do serviço ou produto, pelo preço, por fatores pessoais, entre outros.

Qualidade se restringe às dimensões do serviço propriamente dito, além de se relacionar a perspectivas como confiabilidade, responsividade, segurança, empatia e tangibilidade.

Em uma academia, por exemplo, a qualidade do serviço pode ser influenciada pela disponibilidade e limpeza dos equipamentos. Já a satisfação é mais ampla. Além de ser influenciada pela qualidade do serviço, ela pode certamente sofrer alterações por causa do preço da mensalidade ou do trânsito que a pessoa enfrentou para chegar lá.

Fatores de satisfação

Conheça abaixo alguns fatores que determinam a satisfação do cliente.

As características do produto ou serviço

A satisfação do cliente é influenciada pela avaliação que ele faz das características do produto ou serviço que consome. Em uma pousada de férias, por exemplo, o cliente está atento à área da piscina, à proximidade da praia, à limpeza, ao restaurante, ao conforto, à privacidade, à simpatia dos atendentes, ao preço das diárias, entre outras coisas.

As emoções do cliente

O estado de espírito e a percepção da própria vida alteram o sentimento de satisfação dos clientes. Em momentos de muita felicidade, a tendência é achar tudo o que está ao redor bem melhor. Emoções positivas transmitidas pelos colaboradores de uma empresa podem gerar maior satisfação ao cliente.

As causas do fracasso ou do sucesso

Se eventos inesperados ocorrem, o cliente busca a causa e pode assumir parcial ou plenamente a culpa por não ter atingido as próprias expectativas. Isso influencia a percepção de satisfação. Alguém que pede determinado prato em um restaurante e não gosta dele, por exemplo, pode entender que não fez uma boa escolha.

As percepções de justiça

Noções de justiça são bastante relevantes à percepção de satisfação dos clientes. O cliente vai sempre perguntar a si mesmo: “O preço que paguei foi justo?” ou “Outros clientes foram tratados de forma mais adequada do que eu?”

Outros clientes, colegas e parentes

Outras pessoas também influenciam, e muito. A percepção de satisfação ou insatisfação ocorrerá de forma individual e será influenciada pelas memórias seletivas de cada um. Em uma viagem à Disney com a família, por exemplo, toda reação ou emoção vivida pelas pessoas influenciará nas histórias a serem contadas ao retornar.

O valor do cliente

A melhor forma de conseguir a satisfação do consumidor é estar sempre perto dele. O cliente que estabelece um relacionamento com uma empresa de forma contínua tem um valor inestimável para o empreendimento.

Para isso, é importante fidelizar o cliente.

Ações de pós-venda e aprimoramento contínuo dos serviços ou produtos são coisas que podem ser feitas para conquistar o cliente.

Cumprir os prazos acordados, praticar preços justos, ter um atendimento diferenciado e abrir canais de comunicação também são formas de aproximação do cliente.

Um consumidor satisfeito só traz benefícios:

  • Ele tende a ser mais leal à organização.
  • Ele compra com mais frequência.
  • Ele fala positivamente sobre a marca.
  • Ele é menos sensível a ofertas de preços mais baixos dos concorrentes.
  • Ele é mais colaborativo com a empresa.
  • Ele é atendido com menor custo.
  • Ele melhora o ambiente interno da organização.

A importância do speech analytics para a estratégia das empresas

Entender o que o cliente está querendo dizer ajuda empresas a traçar estratégias que aproximam.

Uma característica que afasta as marcas de sucesso das demais é a preocupação em entender o cliente para que seja oferecido o melhor produto ou serviço para ele. Nesse sentido, a área de atendimento das empresas tem ganhado cada vez mais importância, afinal se trata de um canal que os consumidores usam para se expressar. Por isso analisar cada contato é fundamental para traçar estratégias, e ferramentas como o speech analytics – que transforma a fala do cliente em texto – se tornam indispensáveis.

Evandro Trus, diretor de venda da Verint, explica que, com o uso do analytics, a área de atendimento ao cliente consegue, por exemplo, verificar o impacto do lançamento de um produto e melhorar os planos do marketing. “As áreas de clientes se tornaram centros de excelência. Elas passaram a conseguir identificar tendências, novos movimentos. As empresas começaram a enxergar a área de clientes como uma parceira para entender se as estratégias estão dando certo, porque ali está o pulso do paciente. Assim, as ações passaram a ser baseadas em informação, não em percepção.”

Mas, para que o resultado do uso da ferramenta de speech analytics consiga trazer insights para melhorar a eficiência operacional e elevar a experiência dos clientes, é preciso saber lidar com as informações. Os desafios disso foram discutidos no Fórum Digital da Consumidor Moderno realizado com o apoio da Verint. Além de Evandro Trus, participaram da conversa Celso Tonet, diretor de atendimento e operações da Claro Brasil, e Donaldo Oliveira, diretor-executivo da Autoglass. A mediação ficou por conta de Jacques Meir, diretor-executivo de conhecimento do Grupo Padrão.

Entender as informações

Ter a ferramenta de speech analytics é importante para capturar cada interação dos clientes com as organizações, mas para que isso tenha um valor, é preciso conectar dados cruciais e usar a tecnologia para entender as informações disponíveis. É o que afirma Donaldo Oliveira. “Uma monitoria humana funciona até certo ponto, a tecnologia é oferecida por muitos, então o que faz a diferença é a consultoria. A mineração dos dados e o entendimento do que o nosso cliente está falando é muito importante para conseguir gerar valor para o nosso atendimento”, diz o cliente da Verint.

“Entender a nuvem de palavras que estão sendo faladas em uma grande quantidade de ligações é muito bacana. Você percebe que está aparecendo muita ‘reclamação’ ou ‘buscar os meus direitos’, mas por que essas palavras estão destacadas? Quando você entra na mineração, você enxerga situações e oportunidades na melhoria de processos, e quando os processos melhoram, a qualidade é trabalhada”, acrescenta Donaldo.

Na mesma linha, Celso Tonet, da Claro, empresa que também é cliente da Verint, dá um exemplo prático. “Começamos a fazer cruzamentos analíticos com base naquilo que o cliente estava falando. Então, quando ele falava que foi mal atendido, eu pegava as ligações dele, o texto que ele colocava na mensagem e a gravação, e começava a entender o porquê. O mal atendimento podia ser por causa de um operador que não entendeu a questão, que não deu atenção. A partir de uma percepção inicial do cliente, passamos a entender qual era o desdobramento dentro do nosso dia a dia. Hoje, quando recebo a menção de um cliente que foi mal atendido, já tenho toda uma lógica para entender o fruto do problema e atuar para resolver. ”

Comunicar da forma certa

Além de trazer informações para auxiliar a melhoria dos processos do atendimento, o speech analytics tem a capacidade de aproximar a empresa do cliente. Isso acontece no momento em que ambos começam a “falar a mesma língua”.

“Um exemplo que eu bato muito na tecla é que na tela do operador tem que aparecer as palavras que o cliente fala. Então se o cliente fala fatura, tem que aparecer fatura, não pode aparecer conta. No outro dia apareceu na tela do agente o termo ‘títulos remidos’, e se o operador falar isso para o cliente, o cliente não vai entender. Temos que ouvir o que o cliente está dizendo para transformar isso na prática. A ferramenta do speech acaba sendo uma poderosa ajuda para a gente entender como se posicionar diante do cliente, até na linguagem”, afirma Celso.

Tudo isso faz parte da experiência do consumidor e, entendendo a importância dela, a Autoglass decidiu acabar com o script do atendimento. “Isso fez com que nós trouxéssemos humanização ao atendimento. Acabou aquilo de ‘sim’, ‘não’, ‘é o procedimento’. Saímos da questão fechada do script e começamos a entender a linguagem do cliente, o que estreitou as relações. Hoje temos o THA, a nossa Taxa de Humanização Aplicada em cada contato, e o nosso operador é pontuado por isso também”, conta Donaldo.

Dessa forma, fica evidente que, com um cliente cada vez mais exigente e empoderado, o trabalho das empresas é entender o que está sendo demandado e atender a isso. Só assim os resultados desejados serão alcançados.

Comportamento dos consumidores

Em uma de suas falas, Jacques Meir afirmou: “Vivemos em um universo de interpretação das palavras-chave. É iluminador perceber o quanto elas realmente indicam tendências e comportamentos do cliente. Muitos insights permitem antecipar, criar um modelo preditivo tanto do ponto de vista da tendência positiva quanto da negativa”. Isso se mostrou uma grande verdade no contexto da pandemia, onde o estado de espírito dos consumidores foi entendido a partir das centrais de atendimento.

Celso Tonet afirma que foram percebidas três fases diferentes até agora: “No início foi um momento mais intempestivo, os clientes se mostraram mais ansiosos e com grandes dúvidas do que iria acontecer. Isso acabou chegando em uma curva de acomodação, onde o relacionamento ficou mais fácil e houve um entendimento melhor. Mais acostumadas com a situação, as pessoas ficaram mais desejosas de relacionamento. Agora sinto que estamos caminhando para uma terceira fase, que é de cansaço. Há uma perda de paciência e aquilo que antes era aceitável, hoje já não é mais”.

A visão é corroborada por Donaldo. “Percebemos que o cliente passou a ser mais entendedor. Depois, ele se mostrou mais sensível, buscava por mais interação, começou a conversar com o atendente antes de realmente buscar o que necessitava. Agora estamos caminhando para uma normalidade e começamos a ver as pessoas mais apressadas de novo”, conta.

Toda essa percepção é fundamental para entender o momento do cliente e saber exatamente como lidar com ele, evitando qualquer problema de relacionamento. “O cliente está mudando, a tecnologia está mudando, e as empresas precisam ter a habilidade de entender isso. O futuro aponta no sentido das empresas entenderem que o analytics muda o jogo”, afirma Evandro Trus.

Com rebranding, Mercado Livre Publicidade vira Mercado Ads

Além da nova marca, unidade focada em oferecer soluções de branding e performance no e-commerce lança novos produtos direcionados ao mercado publicitário.

O Mercado Livre reposicionou sua plataforma de Publicidade, que passa a se chamar Mercado Ads, com uma nova identidade de marca e novos produtos. Sob o lema “Potencialize o seu negócio onde todos compram”, a unidade quer se reafirmar como parceiro estratégico de negócios e publicidade para marcas e agências.

“Ouvimos os nossos clientes para poder nos reinventar como plataforma publicitária, trazendo um nome mais simples e intuitivo” comenta Juan Lavista, diretor de marketing e Insights Latam de Mercado Ads. “Continuaremos a sofisticar nossas soluções para entender cada vez mais nossa audiência e oferecer valor agregado por meio de insights”.

Segundo estudo da GFK, 75% das buscas por produto na internet são feitas diretamente em um e-commerce, o que mostra que os usuários estão nessas plataformas e as marcas têm uma grande oportunidade de conhecê-los. “O e-commerce vem crescendo a taxas aceleradas, atraindo cada vez mais novos consumidores e, consequentemente, se tornando cada vez mais essenciais no mix de mídia por conta da comunicação direta com o target” diz Felipe Paranaguá, diretor do Mercado Ads no Brasil.

O rebranding vem acompanhado de novas soluções orientadas à construção de marca. Entre elas, possibilidade de vídeo dentro da home do Mercado Livre. O Audience Deals, que permite que as marcas acessem a audiência do Mercado Livre em outros veículos de mídia. O Brand Lift, estudo com o objetivo de medir variações no posicionamento de marca, além de outras soluções orientadas a performance.

E-commerces vão receber U$ 59 bilhões em publicidade neste ano

O ano de 2020 é o ano do e-commerce não só no Brasil, mas em todo o mundo. Com o surgimento de novas lojas on-line e o aumento de vendas impulsionado pela pandemia da Covid-19, os sites de comércio eletrônico passaram a ser alvos não só de consumidores, mas também de marcas. De acordo com as previsões do WARC Data, as marcas vão investir cerca de 59 bilhões de dólares em publicidade em e-commerces até dezembro.

Segundo o relatório “Global Advertising Trends”, o investimento publicitário em plataformas como Amazon ou Tmall, em  sites omnicanal como o Carrefour, e em redes sociais com um componente comercial como o TikTok, vai crescer 18,3%, a nível global. Trata-se de um aumento 30 vezes mais rápido do que o verificado no mercado publicitário on-line no geral. Contrasta ainda com a quebra esperada de 8,1% no total do mercado publicitário para 2020.

O WARC Data considera que os gastos em publicidade associada a comércio electrónico refletem a rápida ascensão das compras on-line nos mais variados países: os consumidores irão gastar on-line mais 183 bilhões de dólares só este ano. As vendas totais de e-commerce deverão subir 30,4% em todo o mundo.

Atualmente os e-commerces trabalham com diversas formas de publicidade em suas plataformas, sejam sites, redes sociais ou mesmo nas embalagens dos produtos. A mais comum são anúncios em forma de banners. E-commerces maiores, porém, conseguem fazer parcerias com companhias de determinado produto para oferecem itens com promoções maiores, deixando a marca em evidência.

No Brasil, e-commerces como Magazine Luiza, Amazon, Pão de Açúcar e B2W já conseguem fazer essas parcerias.

Magalu e Sebrae fecham parceria para qualificar 100 mil pequenos negócios

Ação dá sequência a projeto iniciado no começo de 2020 pelas empresas.

A parceria da Magalu e Sebrae para qualificação de pequenos empresários, anunciada no início de 2020, será expandida. Agora, a meta é preparar e conectar 100 mil micro e pequenas empresas ao mercado digital em marketplaces até o fim de 2021.

Até agora, foram mais de 1.500 empresas capacidades em São Paulo e Pernambuco, estado no qual ocorre a primeira fase do projeto piloto da parceria. Na página do Portal Sebrae criada para a parceria, os donos de pequenos negócios têm acesso a cursos on-line gratuitos para entender melhor o que é um marketplace, aprender estratégias sobre como aumentar as vendas on-line, além de conhecer as ferramentas digitais para uma melhor gestão do negócio dentro desse tipo de ambiente digital, que apresenta algumas diferenças quanto comparado a um site próprio, por exemplo.

“Primeiramente, o empreendedor faz um diagnóstico do nível de digitalização do negócio e, a partir daí, são oferecidas diversas soluções para atender as demandas específicas que ele tem para se inserir no ambiente digital, inclusive a possibilidade dos canais de marketplaces”, explica o analista de Competitividade do Sebrae Flávio Petry.

Segundo Petry, a parceria também permitirá que seja feito um monitoramento do desempenho dos pequenos negócios dentro da plataforma Parceiro Magalu. Segundo ele, em uma análise inicial foi identificado que 60% dos pequenos negócios dentro do Parceiro Magalu foram atendidos pelo Sebrae em algum momento. “Estamos coletando informações que serão fundamentais para propor novas soluções para que os empresários melhorem cada vez mais o desempenho dentro dos marketplaces”, acrescentou.