Maioria das empresas B2B reestrutura marketing após pandemia

Ao menos 87% das organizações instaladas no país precisou reestruturar ações; para 40%, empresa não estava preparada para cenário pandêmico.

A maior parte das empresas brasileiras do segmento B2B teve que reestruturar seu planejamento de Marketing por causa da pandemia, com a substituição de estratégias offline por ações online, tanto na divulgação, como também nas táticas de vendas. É o que aponta a pesquisa “O Marketing B2B e o impacto do Coronavírus”, feita pela Intelligenzia, primeira agência de Marketing B2B do Brasil, entre os dias 30 de março e 10 de abril, com 353 líderes de Marketing e Vendas de empresas B2B que operam no País.

Ao menos 40,4% das empresas não estavam preparadas para uma situação como a atual, e 75,5% dos respondentes afirmaram que as organizações para as quais trabalham já sofreram impactos financeiros por conta da pandemia. Por conta disso, 86,8% dessas organizações tiveram que reestruturar suas ações: 45% cancelaram seus eventos presenciais, 41,7% já deixaram de fazer anúncios em veículos offline, 25% pararam os anúncios de Facebook Ads e 21% interromperam suas ações no Instagram.

Em compensação, 87,5% mantiveram suas campanhas em Linkedin Ads. Outros 83,3% não interromperam o Google Ads, e 92% seguiram com as estratégias de assessoria de imprensa. “Para empresas de serviços de software em modalidade SaAS, as estratégias digitais são mais relevantes do que nunca – tanto para reter clientes atuais, quanto para atrair novos prospects. Por isso, mantivemos nossa estratégia digital, e também nossas campanhas em Ads”, explica Carina Noronha, responsável pelo Marketing da Costdrivers, ferramenta SaAS que traz informações estratégicas para compradores B2B.

“No B2B, o marketing ainda se apoia na realização de eventos e participação em feiras. Quem tinha sua estratégia muito focada nisso vai precisar fazer uma enorme revisão. Além disso, uma boa parte da publicidade offline fica bastante restrita ao trade e, geralmente, ainda tem custo mais elevado do que as estratégias online. Além disso, a concentração de verba em Google Ads e Linkedin Ads aponta para a necessidade de geração de leads – Facebook e Instagram não trazem esse resultado para B2B em volume, ainda”, afirma Emilia Bertolli, CEO da empresa.

O digital entra em jogo
Neste contexto, as organizações estão optando por ações digitais para seguir com suas estratégias de marketing: ao menos 44% dos respondentes passou a realizar webinars, 36% intensificou o conteúdo para mídias sociais, 36% aumentaram ações de e-mail marketing e 16% passaram a anunciar no Linkedin. “Essas ações são as que, geralmente, podem ser feitas ’em casa’, ou com baixo custo”, explica Emilia. Isso reflete, principalmente, a baixa adoção de uma estratégia realmente digital para o Marketing. Para se ter uma ideia, nossa pesquisa realizada no final 2019 sobre o status do Marketing B2B no Brasil 60% dos entrevistados disseram não ter o costume de enviar e-mails marketing, e os eventos presenciais figuravam na estratégia de 64% das empresas B2B – esse número, inclusive, cresceu 120% entre 2018 e 2019.

Assessoria de Imprensa: serviço fundamental
A imprensa também tornou-se extremamente estratégica neste período: as organizações mantiveram sua comunicação com o mercado, tanto para informar sobre ações em relação a funcionários e clientes, como também para fornecer dados especializados. Outro ponto de alta relevância, principalmente para a indústria, é a gestão de crises.

Além disso, muitas empresas B2B têm ofertas de serviços digitais adequadas ao cenário atual – o que faz com que a divulgação de imprensa seja ainda mais relevante para dar visibilidade e amplificar negócios. “É muito importante que as empresas mantenham em vista que é preciso uma estratégia de comunicação ativa e inovadora, até porque será preciso recuperar o fôlego nos próximos dois trimestres e, para o B2B, todo o ecossistema de comunicação será muito importante, até porque o calendário de eventos e visitas a clientes foi bastante afetado, então a grande questão é: o que me leva até meu cliente hoje? Acreditamos que a transformação digital seja o novo hoje”, afirma Luciana Viudes, especialista em Marketing da Voith.

Impacto sobre vendas
As estratégias de vendas também estão sendo largamente revistas pelos especialistas. Ao menos 77% dos respondentes afirmaram que houve impacto sobre as estratégias de Vendas, com a posterior adoção de novas ações para seguir com a geração de negócios. O WhatsApp tem sido a ferramenta mais utilizada, com a adoção por 71% dos respondentes. A criação de estratégias de e-mail marketing foi adotada por 33% dos especialistas e a realização de cold calls por 30%.

Ao menos 21% dos respondentes passaram a usar a ferramenta Linkedin Sales Navigator, do Linkedin – o que aponta para um direcionamento mais digital à área.

A amostra contemplou empresas de todo o País: 57% são empresas com mais de 100 funcionários; 13% têm entre 50 e 100 funcionários; 10% de 20 a 50 empregados, e 20% têm 20 funcionários ou menos.

Google apresenta programa gratuito de mentoria para PMEs

Para ajudar as pequenas e médias empresas (PMEs) brasileiras durante a pandemia da COVID-19, o Google apresenta o programa de Mentoria Cresça com o Google. Por meio dele, empreendedores terão a oportunidade de tirar dúvidas e receber orientação de profissionais sobre as principais áreas da rotina de uma empresa que foram impactadas durante a pandemia.

O programa terá mais de 30 mentoras selecionadas por meio de uma parceria com a Rede Mulher Empreendedora (RME). Durante dois meses, os interessados poderão agendar reuniões de 30 minutos com as mentoras – no total, serão oferecidas 120 sessões de mentoria on-line diárias, totalizando 5 mil ao final do período. Os interessados poderão escolher entre seis temas: vendas on-line (e-commerce), finanças e contabilidade, inteligência emocional para empreendedores, inovação e modelos de negócio, apoio jurídico e marketing digital.

Temas:

Vendas on-line: Saiba como oferecer o seu produto na Internet, como funciona o processo de vendas on-line e quais técnicas você deve utilizar. Além de como montar uma estratégia de vendas e quando abrir uma loja virtual.

Finanças e Contabilidade: Receba dicas sobre planejamento financeiro, organização de fluxo de caixa e como ter acesso a créditos ou empréstimos. Entenda como as ações governamentais impactam autônomos, como MEIs.

Inteligência Emocional para Empreendedores: Aprenda a identificar as suas emoções e lidar com elas. Saiba como equilibrar trabalho e família, tomar decisões mais assertivas e exercer um papel de liderança nesse período.

Inovação e Modelos de Negócios: Tire suas dúvidas sobre quais inovações podem ser colocadas em prática agora. Aprenda como executar um novo modelo de negócio para aumentar a sua receita.

Apoio Jurídico: Receba orientação profissional sobre como proceder com contratos, como gerenciar fornecedores e colaboradores. Conheça mais sobre questões trabalhistas e tributárias.

Marketing Digital: Como melhorar a divulgação on-line do seu negócio, atrair novos clientes e fazer melhor uso das ferramentas disponíveis no mercado de acordo com o perfil da sua empresa serão alguns dos temas abordados nessa mentoria.

A Mentoria Cresça com o Google foi criada especialmente para apoiar as PMEs no momento de incerteza gerado pelo surto de COVID-19. De acordo com um estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), cerca de 13 milhões de PMEs sofrerão os impactos da crise ocasionada pela pandemia. Além disso, a Organização das Nações Unidas (ONU) já aponta que as empreendedoras estão sendo mais afetadas pela situação, já que o trabalho doméstico aumenta ao mesmo tempo em que a renda diminui. De acordo com a RME, 38% das empreendedoras brasileiras tem o seu negócio como principal fonte de renda da família.

Dessa forma, a Mentoria Cresça com o Google auxiliará ambos os lados: os empreendedores que precisam de ajuda durante esse período de incerteza e as mentoras, que vão receber uma renda extra por participarem do programa.

O Cresça com o Google tem como objetivo oferecer conteúdos e ferramentas para o aprimoramento de habilidades, carreiras e negócios. Desde de 2017, o projeto já capacitou mais de 100 mil pessoas presencialmente.

“Com a pandemia do COVID-19, pequenas e médias empresas precisam, mais do que nunca, ajuda para manter seus clientes, receitas e funcionários. A Mentoria Cresça com o Google vem suprir essa demanda de conhecimentos técnicos e suporte emocional nesse momento tão difícil para os empreendedores brasileiros”, afirma Valdir Leme, head de marketing do Google Brasil.

O agendamento para as sessões de mentoria já está aberto e pode ser feitos por meio do site g.co/EmCasa até o final de junho de 2020. É necessário ter uma Conta Google para realizar a inscrição e há o limite participação em uma mentoria por tema a cada 30 dias.

 

“Digital mais humano” é o futuro da Customer Experience após a COVID-19

Com um “novo normal”, as empresas as quais entendem que os consumidores buscam experiências digitais sem deixar de lado as conexões humanas podem se destacar.

O relacionamento entre uma empresa e um cliente é construído e baseado em diferentes etapas – que foram a jornada do cliente – e experiências oferecidas ao longo da prestação de serviços ou disponibilização de produtos. Em uma crise, pontos fortes e fracos desse relacionamento podem ficar em evidência e fazer um negócio permanecer lembrado ou ser esquecido. É o que está acontecendo com muitas companhias diante da pandemia de coronavírus.

A atual situação de isolamento social mantém pessoas afastadas fisicamente de seus amigos, família, local de trabalho e lugares de lazer. Na relação com as empresas não seria diferente: a pandemia está exigindo que as organizações se adaptem ao digital ou ao relacionamento remoto ao longo de toda a jornada, alterando a Customer Experience (CX) diariamente.

Por isso, esse é o momento de fortalecer os laços e formar uma nova base para a conexão de marcas e consumidores no presente e no futuro. Junto com a PwC, a Strategy+Business abordou o assunto e orientou que as companhias e líderes de negócios agora, além de oferecerem serviços eficientes, apostem em experiências com conexões humanas autênticas.

A missão mais importante para as empresas no momento é atender o público oferecendo uma nova experiência. Não dá mais para ficar no “tradicional” e os negócios devem buscar iniciativas para responder a uma única pergunta: “Como apoiar os clientes de maneira significativa, humana e relevante?”

Segundo uma pesquisa da PwC, realizada em 2018, “novas experiências” já era um dos fatores mais importantes para atrair consumidores. Na ocasião, 75% dos participantes afirmaram que preferiam interagir com uma máquina com um tom mais humanizado. No entanto, 59% dos consumidores consideravam que as empresas haviam perdido o contato humano. Após a pandemia, isso só tende a aumentar.

Hoje, os clientes não procuram somente marcas com o melhor preço ou o produto de que mais gostam: procuram aquelas que são mais honestas ou empáticas. Em tempos de crise (e após) as pessoas querem ser vistas e compreendidas. Por isso, um negócio precisa ser autêntico e atencioso.

Uma nova Customer Experience

Com um “novo normal” mais digital do nunca, as empresas precisam desenvolver sensibilidade para entender que os consumidores gostam de tecnologia, mas também necessitam lembrar de quem eles realmente são. Por essa razão, ser mais humano nos canais virtuais é a grande sacada.

É hora de explorar e testar abordagens inovadoras. O que antes poderia ser um risco, hoje é solução. Um exemplo é a possibilidade de implantar chamadas de vídeos ao relacionamento com o consumidor. Já imaginou se um cliente que entrar em contato com uma central de atendimento, puder solicitar uma conferência com a pessoa que está realizando o serviço?

Seria uma experiência mais significativa. O vídeo cria uma conexão e relação humana, mostrando que aquilo não um contato superficial e que a empresa está disposta a priorizar a qualidade da interação para responder às dúvidas dos clientes.

Além do perfeito, verdadeiro

Por isso, é importante que as empresas, marcas, trabalhadores e consumidores não tenham medo da imperfeição. A pandemia pode ensinar muito sobre a verdadeira natureza da interação e colaboração; é uma oportunidade para todos se adaptarem de maneira positiva a uma mudança repentina.

Se um negócio estiver sendo autêntico e realmente estiver tentando ajudar os clientes, mostrando uma relação humana, as imperfeições podem ser compreendidas. Esse é o momento em que as lacunas são degraus para poder crescer.

Sebrae e Magalu firmam acordo para levar estratégia de marketplace a pequenos negócios

A estratégia tem o objetivo de promover a transformação digital dos pequenos negócios e abrir novos canais de venda para as micro e pequenas empresas diretamente atingidas com a crise do coronavírus.

Sebrae e Magalu firmaram acordo para apoiar o ingresso dos pequenos negócios na economia digital e ajudá-las a enfrentar a queda nas vendas devido à crise provocada pelo coronavírus. A cooperação proporcionará aos pequenos varejistas acesso à plataforma do Parceiro Magalu, um ambiente digital de negócios que inclui novos canais de vendas por meio do site parceiromagalu.com.br, marketing, logística de entrega, ferramenta de faturamento e instrumentos de análise de dados (analytics) em tempo real para gestão da loja, entre outros benefícios.

Com essa parceria, o Sebrae disponibilizará sua capilaridade no território nacional e know how de capacitação, consultoria e inovação tecnológica para os pequenos negócios, preparando-os para o mundo digital.

“O comércio eletrônico é um processo irreversível em todo o mundo, mas que estava restrito aos médios e grandes estabelecimentos. Modernizar e fortalecer o pequeno negócio tradicional, que atua na loja física e agora está com dificuldade de chegar ao cliente, é uma das principais missões do Sebrae neste momento de crise. Apostamos nesta parceria com o Magalu para oferecer uma ferramenta fácil e eficiente para ampliar as vendas e reforçar os caixas das empresas durante a pandemia”, ressalta o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

O Parceiro Magalu foi lançado no começo das restrições impostas pelo combate do Covid-19. A plataforma permite, de forma rápida e fácil, que o pequeno varejistas MEI ou pertencente ao Simples disponibilize seus produtos no site, app e, futuramente, lojas do Magalu (por intermédio do Mobile Vendas). Até 31 de julho deste ano, a empresa vai cobrar um percentual de 3,99% por venda, apenas para cobertura dos custos de operação.

“Levamos alguns anos para digitalizar o Magalu, e fomos bem sucedidos. Agora queremos digitalizar o Brasil, sobretudo os pequenos empreendedores, um propósito ambicioso que ganha ainda mais relevância num momento como este”, afirma Frederico Trajano, CEO do Magalu. “Contar com o talento e conhecimento do Sebrae nessa jornada nos dá mais segurança de que chegaremos lá”.

A parceria será realizada inicialmente em Pernambuco e São Paulo, como projeto-piloto. Depois, será expandida para um estado em cada região do país e, por fim, sendo consolidada no restante dos estados.

Especialista em Marketing Digital dá dicas para alavancar vendas online

Com mais de 70 milhões de usuários ativos no Brasil, o Instagram esconde riscos que muitos não percebem.

Como se fosse um futuro distante para alguns, empreender online já foi uma tendência de destaque em programas de TV e revistas. Hoje é uma necessidade básica do empreendedor brasileiro. Segundo dados do site statista.com o Instagram fechou o ano de 2019 no Brasil com aproximadamente 77 milhões de usuários ativo. Um número realmente incrível, mas que pode causar problemas se analisado de forma isolada. Muitos empresários acreditam que apenas estar no Instagram basta.

No Brasil, um país com aproximadamente 210 milhões de habitantes, só o Facebook conta com mais de 130 milhões de usuários ativos mensalmente. O Instagram vem logo depois com 70 milhões de usuários ativos.

São números distantes que refletem indícios do comportamento do brasileiro na internet.

Sobre o caso, o especialista em Marketing Digital Mark Arantes Felix explica:

“Enquanto a concorrência investe em vários ‘pilares de sustentação’ como: Facebook ou pessoas que estão pesquisando de forma ativa por produtos ou serviços no Google, muitos empresários focam em um canal só por achar que por ele usar mais, o cliente tem o mesmo comportamento.”

Ainda segundo o especialista é preciso fazer uma análise cuidadosa sobre a permanência em outros canais e defende a ideia de que uma presença online marcante não é mais a realidade apenas de empresas grandes. “Antes de tudo você precisa entender o comportamento do seu cliente em potencial. Entender o canal mais usado. Existem pessoas que estão de forma passiva nas redes sociais, mas também existem pessoas que estão de forma ativa procurando por produtos e serviços no Google. O empresário brasileiro precisa abandonar essa ideia de que apenas Facebook e Instagram são canais de venda. Na verdade não é bem assim. Outra ideia errada é a de que é preciso grandes orçamentos para anunciar. Atualmente ensino no meu curso como é possível ter resultado investindo de R$ 50 a R$ 100” completa

Dados da Ebit mostram que em 2018 o E-commerce no Brasil foi responsável por um faturamento de R$ 53,2 bilhões. Em 2019, mesmo com as incertezas econômicas, os empreendedores que investem no digital não se decepcionaram. O ano fechou com um faturamento de R$ 75 bilhões.

Sobre os dados da Ebit Mark completa:

“Crise existe. Mas no digital isso pode ser melhor mensurado e controlado. Exemplo: mesmo sendo uma empresa de Marketing Digital que atende apenas 15 pessoas por turma em Goiânia, atualmente a Garagem de Ideias atinge aproximadamente 200 mil pessoas por mês no Facebook e conta com mais de 13 mil acessos mensais nos sites da empresa. Isso só é possível por conta da nossa presença digital com anúncios segmentados e conteúdo atrativo. Imagine se não estivéssemos no Facebook ou ignorado o poder de um Blog simplesmente pelo ‘achismo’ de que o Facebook morreu e de que as pessoas não leem mais blogs?”.

Marketing de dados é a estratégia ideal para segmentação de público-alvo e insights nas campanhas digitais

Com os avanços tecnológicos, os dados são gerados a todo instante por meio do comportamento do consumidor, mídias e redes sociais. A conexão intermitente no qual o indivíduo moderno está inserido, gerou uma série de mudanças e impactos na forma como os negócios se estabelecem no ambiente digital e fora dele, ao ponto das empresas se reinventarem, na disputa constante pelo domínio da jornada do cliente.

A tomada de decisão estratégica não é mais uma opção no mundo dos negócios, principalmente, no e-commerce. Nesse sentido, o marketing de dados tem sido cada vez mais utilizado na aquisição de novos clientes a partir da identificação prévia dos perfis de consumo.

Os dados contribuem para desenvolver uma base histórica e assim identificar o perfil dos consumidores separados por produtos e serviços, fornecendo insumos para estruturar campanhas de aquisição mais assertivas, tornando as ações mais pertinentes e relevantes ao consumidores. Dessa maneira, é possível investir de maneira mais precisa na aquisição de novos clientes, pois, atualmente, esse é um dos maiores custos operacionais para as empresas que investem em marketing de dados.

Para construção de uma base sólida, as melhores estratégias consistem no mapeamento, coleta dos dados e no investimento em larga escala de infraestrutura. Dessa forma é possível apresentar múltiplos cenários de decisão aos consumidores, com informações que tenham amplitude e profundidade, aumentando as vendas e fidelizando o público-alvo.

De acordo com Nelson Scoz, gerente executivo marketing na All iN, unidade de negócios da Locaweb, “nesse processo, o ponto chave é a metodologia com que os dados são tratados depois de classificados. Por exemplo, análises de agrupamento de informações, séries temporais, análise de discriminante, análise e modelos relacionais que filtram e transformam os dados, exemplificando a atuação no dia a dia da área de Business Intelligence ”, explica.

Aplicada às necessidades atuais e as tendências de consumo, identificar preditivamente o comportamento do consumidor é fundamental, pois influencia diretamente no planejamento de toda a cadeia, como compras, na logística de distribuição, infraestrutura no armazenamento e compartilhamento de dados, que antecipem com mais precisão todos os efeitos das campanhas de omnicanalidade para dimensionar a comunicação mais eficiente nas épocas sazonais, a exemplo do Dia Internacional das Mulheres, para obter vendas, mas principalmente o engajamento do consumidor, sendo pertinente e relevante ao momento de compra dele.

Na busca da estratégia ideal, a relação do marketing cloud com os dados coletados, é fundamental, “pois o poder dos dados enriquece todas as ações estratégicas das campanhas de omnicanalidade que são responsáveis por orquestrar desde a execução das réguas até a entrega nos canais que mais funcione para o consumidor por e-mail, Push, SMS, Televendas, lojas físicas e Whatsapp, Instagram etc”, afirma Scoz.

Marcas reagem à “personalização privada”

Tema é uma das 10 tendências globais de consumo, apontadas pela Euromonitor International para 2020.

Consumidores conscientes vivem uma saia justa no mundo online: receber a comodidade de um tratamento feito sob medida para seu perfil e necessidades e, por outro lado, abrir mão do sigilo de suas informações justamente para permitir que empresas provedoras de produtos e serviços garantam esse tipo de atendimento “tailor made”.

Tanto isso ocorre que entre as dez tendências globais de consumo para 2020 divulgadas no início do ano pela Euromonitor International está a “personalização privada”, explicada pela empresa de pesquisas e consultoria como o desejo dos consumidores por experiências customizadas, acompanhado de preocupação sobre como seus dados são captados e compartilhados. Segundo a Euromonitor, provavelmente, os consumidores “passarão a optar por não participar de experiências fabricadas digitalmente que não agregam valor”.

E o que as marcas têm achado disso? Andre Leite, gerente de Comunicação e Marketing da Ford, concorda que o consumidor continue mudando nos últimos anos e afirma que a companhia também monitora isso por um estudo próprio de tendências de consumo, segundo o qual a principal preocupação este ano é a busca pela confiança. “As pessoas, antes de decidirem pela compra de um novo produto, fazem ampla pesquisa sobre a empresa – inclusive avaliam se seus valores são parecidos, além de buscarem referências de outras experiências”, destaca.

Quando a empresa consegue estabelecer essa relação de confiança, diz, acaba conhecendo melhor seu cliente, sendo mais eficiente na personalização e, consequentemente, na eficiência do investimento em marketing. Ele cita como exemplo bem sucedido da Ford recentemente as ações durante o Rock in Rio 2019, por meio do app FordPass, que pode ser baixado por donos de Ford e mesmo quem não é cliente da montadora. “Fechamos parcerias para facilitar a mobilidade das pessoas na chegada e saída da Cidade do Rock, com vouchers de desconto em viagens de Uber. Oferecemos acesso gratuito ao cartão Riocard Mais, para uso do transporte público e disponibilizamos o Waze para mostrar as melhores rotas com pins de todos os pontos de metrô, BRT e saídas do Primeira Classe no Rio de Janeiro”, relembra Andre.

A Ford não divulga quanto investe hoje em comunicação digital “por questões estratégicas” e também não é muito específica sobre como a entrada em vigor, em agosto, da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, influenciará o trabalho digital da marca. O executivo da montadora afirma que tendo em vista as aplicações da LGPD, a Ford continuará a buscar uma presença protagonista no meio digital e sempre de acordo com a lei.

Empresa que globalmente vive uma transformação digital em ritmo acelerado, o Carrefour, de acordo com a diretora de marketing Silvana Balbo, busca estabelecer um novo jeito de trabalhar, mais fluido, conectado e simples. Ela pontua que uma cultura mais eficiente é o primeiro acelerador para se chegar a um cliente atendido com excelência, o que cada vez mais diz respeito à customização. “Nossa visão aqui é bastante pragmática quanto às necessidades de nossos clientes. Ele deseja o básico bem feito que, em nosso caso, passa por excelência em ominicanalidade, sortimento diversificado e preços competitivos”, diz Silvana.

Com isso, a estratégia da rede varejista é definida como a junção de uma visão de construção de um relacionamento sólido com os clientes por meio de todos os canais nos quais atua à uma cultura de centralidade e desenvolvimento de novas técnicas de trabalho com os times internos. Certamente, muito dessas novas técnicas diz respeito à mídia, que segundo a executiva está se sofisticando rapidamente, algo que antes não era uma prioridade. Isso leva o anunciante a buscar, com seus parceiros de comunicação, uma visão mais clara dos papeis deste novo ecossistema, o que implica em operações in-house, trabalho de marca e planejamento com a agência, assim como o casamento entre a mídia digital e a área de dados da companhia. “Aqui, mais especificamente, temos uma governança local, com parceiros como Google e Facebook que vem nos ajudando a acelerar o processo de martech dentro da companhia”, pontua.

A executiva não havia citado, mas o Carrefour anunciou em outubro do ano passado um projeto para transformar 1.000 profissionais de 300 lojas da rede em criadores de conteúdo locais para páginas do Facebook de suas respectivas unidades. O resultado do trabalho dos chamados “Gerentes digitais” ainda na fase de teste em 15 lojas foi o que animou a escalar a ideia – parceria do Carrefour com a Bornlogic.  Uma das lojas de São Paulo registrou aumento de 22% na venda de bebidas, após um anúncio na página local do Facebook. Já no Rio de Janeiro, uma das unidades apostou na oferta de pneus, que teve um acréscimo de 30% de vendas no período. De modo geral, o engajamento do público com as páginas regionais tem sido até sete vezes maior do que a página nacional. Os gerentes digitais receberam treinamento especial desenvolvimento em conjunto por diferentes áreas, como RH, marketing, atendimento ao cliente, prevenção e jurídico.

The Bar: canal global de relacionamento da Diageo com os clientes (Crédito: Reprodução)

Dona de muitas marcas que abastecem a seção de bebidas do Carrefour e outros hipermercados, a Diageo diz estar atenta à “personalização privada” por já trabalhar sob um Código de Conduta de Marketing e Digital que preserva a privacidade dos consumidores e usuários como princípio. Além disso, Marco Frade, head de Media, Digital & CRM da Diageo, lembra que por se tratar de uma empresa global a sua já estava adequada às exigências da Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) europeia e disseminado suas regras para todas as subsidiárias da empresa ao redor do mundo. “Alguns países já avançaram em leis mais rígidas de proteção de dados de usuários na Internet e a Diageo sempre adota essas regras locais para se somar ao nosso Código de Conduta”, afirma Marco, garantindo que o mesmo está ocorrendo com a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) no Brasil, à qual a Diageo está se adequando, para seguir estritamente todas as normas previstas e se resguardar quanto a comportamentos e usos ilícitos de dados de usuários, não só internamente mas também na relação com os fornecedores contratados. Ainda que o respeito à privacidade seja uma diretriz global, no dia a dia, o desafio, segundo o executivo, é treinar os times internos para se manterem alertas e atualizados quanto aos limites do uso de dados. “E maior ainda é o desafio de selecionar fornecedores que compartilhem da mesma conduta, pois essas contratações têm de passar por crivos internos de análise para que tenhamos a certeza de estarmos lidando com parceiros que tenham o mesmo nível de atuação que a Diageo sobre esse tema”, revela Marco Frade.

De sua parte, a Diageo afirma estar revisando os modelos de verificação de dados de usuários e de parcerias estratégicas com fornecedores que coletam dados no mercado, com o objetivo de se adequar à lei e continuar crescendo em presença digital dentro de um ambiente seguro para os públicos com os quais a companhia e suas marcas se relacionam. Ele faz questão de ressaltar, a propósito, uma comunicação assertiva para cada marca do portfólio, e em todos os casos evitando a possibilidade de consumo por menores de 18 anos de idade, consumo abusivo de bebida alcoólica ou a associação entre álcool e direção. “O nosso intuito é sempre estimular a celebração com responsabilidade e os meios digitais são propícios para que possamos fazer a segmentação de público e ocasião de divulgação das nossas mensagens de forma correta e eficiente”, afirma o executivo da Diageo. Hoje, a estratégia de mídia digital da companhia inclui a divulgação de mensagens em redes sociais e canais de busca, além da busca de estabelecer um relacionamento mais próximo com os clientes por meio do site thebar.com.

Em outro segmento de varejo, mas também se desdobrando para modernizar produtos, lojas, conceitos e a experiência dos clientes, a Riachuelo enxerga a “personalização privada” como algo diretamente relacionado a seu pilar de inovação e processo de transformação digital. Marcella Kanner, gerente de marketing da companhia, cita como exemplo o trabalho com a tecnologia nos pontos de venda, em que é possível mapear pela conexão wi-fi os pontos da loja visitados. A Riachuelo também tem acompanhado de perto a jornada dos clientes para detectar, com pesquisas nos ambientes físicos e uso de inteligência artificial, seus anseios e necessidades. Segundo Marcella, foi por conta desse tipo de observação que a rede percebeu o desejo das pessoas em escolher suas estampas para as roupas. Daí surgiu o espaço Riachuelo +, na loja do shopping Morumbi, em que os consumidores podem escolher uma estampa a ser impressa na hora, além de personalizar a peça com adereços.

Serviço de customização de produtos inaugurado pela Riachuelo na loja do Morumbi Shopping (Crédito: Reprodução)

Conhecedores do varejo paulistano sabem que o shopping Morumbi costuma ser uma vitrine especial para muitas marcas – não se sabe, muitas vezes, se os projetos inaugurados por lá acabam ganhando outras lojas. Em todo caso, o que é apontado como desafio por Marcella Kanner é a integração de vários tipos de comportamento de consumo, com a marca conseguindo chegar a uma forma que permita entregar uma experiência mais personalizada e com mais valor.

Como seus colegas, a gerente de marketing da Riachuelo não abre o percentual de marketing investido em digital. Mas afirma que a empresa já está reestruturando alguns de seus processos tendo como meta a adequação à Lei de Proteção de Dados Pessoais, no próximo semestre, e uso ainda mais responsável dos dados. “O consumidor é o centro do nosso negócio e queremos oferecer serviços e produtos cada vez mais personalizados para ele, com iniciativas que enriqueçam sua experiência de compra, mas deixando-o confortável com a quantidade de informação que ele compartilha conosco”, argumenta Marcella Kanner.

5 tendências do marketing digital para 2020

Até 2023, mais de 50% dos orçamentos em publicidade devem ser alocados para o ambiente on-line. Enquanto mercados mais maduros já estão consolidados, o Brasil ainda tem um espaço considerável para crescer tanto em acesso como nas mídias. O País já é o sétimo mercado do mundo em marketing digital e deve fechar o ano movimentando algo perto de US$ 18 bilhões nessas plataformas.

Segundo um levantamento do veículo de comunicação especializado em ações de mídia digital Adaction, o marketing de performance – estratégia do meio digital focada na conquista de melhores resultados por meio do uso de dados – já consome, em média, R$ 8 milhões ao mês das verbas de marketing dos bancos tradicionais brasileiros, por exemplo. Este volume representa um crescimento de 40% em relação ao que era aplicado em 2018 e consolida este tipo de estratégia como uma das grandes armas na disputa entre as instituições financeiras tradicionais e as fintechs.

Mas não é só o mercado financeiro que movimenta o mercado e algumas tendências devem crescer em 2020 entre todas as indústrias. Veja algumas delas:

On Demand

O perfil dos consumidores mudou. Oferecer o serviço sob medida, conforme a necessidade do cliente, por meio de múltiplos formatos de conteúdo para diferentes públicos, como já ocorrem com os filmes, por exemplo, será essencial para os negócios. E isso vai depender cada vez mais de tecnologias como a programática.

Mídia Programática

Gerar dados que permitem aos profissionais do marketing entender o perfil dos consumidores para então definir quem são os potenciais clientes. É essa segmentação inteligente que fornece os subsídios para criação de mensagens personalizadas. Assim, se direciona a melhor mensagem ao canal mais adequado e, ao consumidor com maior chance de compra. Isso também garante a comprovação do retorno sobre o investimento, permitindo mensurar os resultados finais de cada ação com precisão.

Realidade Aumentada

Embora ainda no início, o potencial para os próximos anos são enormes. De acordo com o relatório de Realidade Virtual e de Realidade Aumentada nos negócios da Digi-Capital, o mercado de RA/RV alcançará US$ 180 bilhões até 2021. Por ser uma tecnologia mais “simples”, a RA ficará com uma fatia de US$ 108 bilhões.

Robotização

A robotização deve impactar todos os processos produtivos de uma empresa, da produção ao atendimento. É muito comum vermos chatbots e outros robozinhos em sites corporativos. Atuando em conjunto com a Inteligência Artificial, a robotização é sinônimo de agilidade em diversas atividades corporativas.

Conteúdo educativo e pago

Cada vez mais as pessoas buscam infoprodutos como e-books e cursos online porque querem aprender mais, obter conhecimentos e saberes úteis a algum propósito que possuam. E não se importam em pagar por isso. Assim, o conteúdo pago é uma modalidade cada vez mais comum e disponibilizada até mesmo por site de empresas. A estratégia é sempre prezar pela qualidade e oferecer gratuidade, bem como dar opções de conteúdo pago para o aprofundamento, sempre dentro de uma estratégia bem construída.

Marketing Digital é a Aposta do Atual do Mercado de B2B e B2C

Marketing Digital é a Aposta do Atual do Mercado de B2B e B2C: Após conquistar as fronteiras das empresas, das residentes, e até dos lugares mais afastados. A internet, conquistou nossos bolsos.

Sim, com nossos Celulares/Smartphone e também com os Wearables a exemplo o The new Apple Watch Series 5 e outros.

Logo o Marketing Digital a mesma velocidade tem a cada dia que passa conquistado mais e mais espaço entre as mesmas empresas ou também entre os profissionais individuais, que desejam crescer em seus respectivos ramos trabalhistas.

Marketing Digital é a Aposta do Atual do Mercado

Com isso, o interesse pela Especialização na área do Marketing Digital e o Investimento por parte das Agências tem Acompanhado esse Crescimento Paralelamente. Desde o seu surgimento, a internet tem passado por constantes evoluções e, consequentemente, atualizações para poder oferecer o seu melhor, a fim de facilitar ainda mais a vida das pessoas, seja por meio da comunicação, da socialização, do consumo, dentre outros.

O Selo HONcode é uma das conquistas da agencia de Marketing iT9 Marketing do ano de 2019.

E quando utilizada da maneira certa, ela é uma forte aliada para ajudar qualquer um no âmbito profissional, principalmente, na relação entre a empresa e o cliente ou o público-alvo.

Com isso e nesse caso em específico, houve a ascensão do Marketing, um meio que auxilia no trabalho de construção de campanhas e de estratégias para atingir resultados e, na realização de análises, para poder aperfeiçoar e potencializar ainda mais as performances que foram previamente planejadas. E conforme as necessidades individuais de cada um ou de cada empresa foram aparecendo, o Marketing Digital foi conquistando o seu espaço no mercado.

A relação entre marketing digital e o avanço do mobile no varejo brasileiro

Se antes os clientes não confiavam no e-commerce como um todo, passaram a fazer compras via desktop e hoje estão habituados a comprar por dispositivos móveis. No segundo trimestre de 2018, as vendas por celular e tablet já representavam 43% das transações online. O movimento de confiança do consumidor no mobile é vertical.

AS VENDAS POR CELULAR E TABLET JÁ REPRESENTAM 43% DAS TRANSAÇÕES ONLINE

Um estudo da Criteo com mais de 5 mil varejistas em mais de 80 países, revela que a adesão à web móvel e à tecnologia dos aplicativos vem crescendo no mundo todo. Globalmente, o mobile domina entre os varejistas que promovem seus aplicativos de compra.

Nesses casos, a Criteo registrou um aumento de 30% em transações feitas via app. A região da Ásia – Pacífico (APAC) conta com a maior parcela de transações em aplicativos (46%), seguida pela Europa (26%) e Américas (18%).

O marketing tem papel fundamental nesta mudança. O varejo brasileiro está mais preparado em termos de estratégia digital, avalia Alessander Firmino, diretor geral da Criteo para a América Latina. “O Brasil continua amadurecendo. Existem diferentes níveis de varejistas e alguns estão bem mais avançados, com uma visão omnichannel, como a Amaro”, diz Firmino.

Confira a entrevista concedida por Alessander Firmino, diretor geral da Criteo para a América Latina, à NOVAREJO sobre o cenário do marketing digital no mercado brasileiro:

NOVAREJOO mobile é muito bem aceito hoje e sua adesão continua crescendo. Qual o tamanho da participação do marketing nesta mudança?
Alessander Firmino: É importante que o marketing das empresas observe o comportamento dos consumidores. A adoção dos smartphones é um caminho sem volta e é importante integrar o smartphone a toda estratégia de marketing. O consumidor é omnichannel e tem acesso fácil às informações. É preciso conectar todos os pontos de contato e o mobile é um passo de toda essa etapa de mudança do consumidor.

NV: Quando falamos de marketing digital, o que significa ter uma boa estratégia? Quais são os pilares para o varejista olhar e avaliar se sua empresa tem uma estratégia sólida e eficiente?
AF: O principal pilar é o conceito omnichannel. É preciso colocar o consumidor no centro da atenção do marketing. O consumidor não está olhando para a loja por canal, e sim como um todo. Não se pode planejar uma campanha somente para loja física, ou somente no e-commerce.

NV: Em termos de estratégia digital o varejo brasileiro está maduro ou ainda precisa aprender com outros países?
AF: O Brasil continua amadurecendo. Existem diferentes níveis de varejistas e alguns estão bem mais avançados, com uma visão omnichannel, como a Amaro, que faz das suas lojas pontos de interação com o produto. Existe um processo de educação que fazemos juntos (à imprensa) que ajuda os que estão começando agora a entender essa oportunidade e começar a se dedicar.

NV: E as PMEs? Elas são maioria no Brasil e enfrentam algumas dificuldades. Como você vê o nível de maturidade das empresas pequenas?
AF: Elas estão aproveitando este momento. Você vê as pequenas se integrando aos marketplaces das grandes, como padarias ‘de esquina’ aproveitando as soluções de Rappi e iFood, por exemplo. Hoje a lojinha de bairro que vende acessórios consegue ter abrangência nacional e expandir sua visibilidade. Então as pequenas estão aproveitando as ferramentas disponíveis.

NV: Na América do Norte, a taxa de conversão nos aplicativos de compra é três vezes maior que na web mobile. Isso deve acontecer aqui no Brasil?
AF
: Este é um caminho sem volta. Os aplicativos são a ferramenta mais poderosa que o varejista tem para fidelizar e criar relacionamento. O Wish faz isto muito bem, mantendo uma interação forte, como se fosse um personal shopper, utilizando gamificação também.

Esse tipo de interação ajuda a manter o relacionamento com o cliente. Conseguimos fazer isso no Brasil. Algumas empresas estão evoluindo o nível de interação com o cliente e o aplicativo é ferramenta superimportante para isso, você aprende o momento certo de dar um push (notificação) e recomendar um produto certo.

NV: Vocês, da Criteo, trabalham a nível global com personalização. Neste quesito a Amazon é referência quando pensamos em varejistas. Como vocês enxergam a Amazon? Como um exemplo a ser seguido ou como uma concorrente?
AF: Nós aspiramos muito a Amazon, assim como outras empresas. Existe uma diferença grande porque fazemos algo além, já que somos uma plataforma de publicidade para internet aberta. A Amazon trabalha com as informações que ela própria coleta. Nosso conjunto de dados é maior por trabalharmos com internet aberta. Damos ao varejista a oportunidade de interagir e tomar a decisão correta, trabalhamos como parceiros.

Fonte: portal no varejo