O novo papel do visual merchandising no varejo físico

Muito se discute sobre o “novo normal” e o comportamento das pessoas com a reabertura do comércio físico no momento pós-pandemia. Diante dos desdobramentos e severas restrições causados pela disseminação da covid-19, ao passo que houve o fechamento das portas do varejo físico, as vendas do comércio digital aumentaram significativamente.

As marcas voltaram a atenção para o universo online e as compras pela internet foram usadas de forma intensa nos últimos tempos, acompanhadas de processos de melhorias nas diversas plataformas de e-commerce. Muito do que está sendo feito hoje para otimizar as compras online vem de estratégias do varejo físico no que se refere à construção de jornadas envolventes, que despertam o desejo e aproximam o consumidor do universo da marca.

Com a retomada gradual das lojas físicas nota-se que surgiram novos papéis e responsabilidades para o visual merchandising. Por muito tempo, chamar a atenção das pessoas, potencializar e organizar os produtos nos espaços de forma inteligente e estratégica, além de focar no encantamento dos clientes, foram as principais funções do VM, que sempre buscou envolver o cliente durante sua jornada de compra.

No entanto, diante de cenário pós-pandemia, as lojas físicas agora carregam novos desafios e preocupações em relação à saúde e o bem estar do cliente. É também necessário repensar o layout da loja, aumentar os espaços entre um mobiliário e outro para que haja livre circulação e menos risco de aglomeração ou então contaminação de pessoas e, finalmente, criar alternativas para reter atenção, encantar e engajar.

E, diante de tudo isso, a crescente digitalização pode ser uma grande aliada como meio para facilitar a jornada do consumidor, aprimorando as suas experiências nos pontos de venda. Por meio dessa tecnologia é possível dar ainda mais visibilidade nas lojas físicas, uma vez que a indústria e o varejo passam a contar com uma poderosa ferramenta para alcançar os consumidores no momento correto e de uma forma mais assertiva. A combinação e utilização de telas digitais, painéis de LED e totens interativos, ou então do digital signage, aumentam as oportunidades de comunicação e relacionamento de forma mais promissora com o cliente no PDV com relação às tradicionais mídias impressas e analógicas. Interatividade é a palavra da vez e uma grande tendência no visual merchandising, uma vez que cada vez mais as pessoas buscam maneiras de se conectar com as marcas.

Ademais, o visual merchandising digital permite ampliar o alcance e a relevância da mensagem por meio da personalização por loja, segmentação do público, localização, temperatura e horário. Isto posto, ao interagir com o VM, o cliente pode fornecer seus dados, que são importantes ativos para as empresas. Vale destacar também que, a partir dessas informações capturadas, há inúmeras possibilidades de gerar métricas para mensuração dos resultados das ações, a fim de melhorar o desempenho e maximizar o retorno dos investimentos.

O visual merchandising também assume o papel de contar histórias, nas quais o ponto-chave é atrair e reter atenção por meio dos detalhes e elementos do ambiente com foco nos sonhos e emoções dos clientes. Sendo assim, a técnica do storytelling que já é muito utilizada no marketing, ao ser combinada com o VM, pode ser uma grande aliada nas estratégias de comunicação integrada, porque é no ponto de venda – um espaço tridimensional – que as promessas feitas pela comunicação se concretizam.

Portanto, mais do que nunca, o varejo precisa ter consciência da sua responsabilidade social e procurar facilitar sempre a jornada do consumidor. Dessa maneira, dentre as importantes missões do “novo” visual merchandising, tais como: facilitar a experiência de compra, valorizar o tempo dos clientes, tornar o ambiente seguro e receptivo, sem abrir mão do encantamento e interatividade, pode ser um grande diferencial.

Fernanda Dalben é diretora de marketing da rede de Supermercados Dalben.

Cyber Monday: entenda o que é a data e a diferença para a Black Friday

Evento surgiu em 2005 nos Estados Unidos e oferece descontos para compras no e-commerce.

A Black Friday já se tornou o segundo evento anual mais importante para o varejo brasileiro, mas além dela há também a Cyber Monday. As duas surgiram nos Estados Unidos, mas a primeira tem foco no varejo físico, enquanto a segunda foi pensada para o e-commerce.

A Cyber Monday acontece na primeira segunda-feira após a Black Friday. Neste ano, ela será em 29 de novembro.

Apesar do nome “cyber”, o evento não é voltado para produtos cibernéticos. Na verdade, o objetivo da data é oferecer descontos para quem quer realizar compras no comércio virtual.

Qual a diferença entre a Black Friday e a Cyber Monday?

A Black Friday surgiu antes da Cyber Monday. A partir da década de 1990 a Black Friday passou a ser usada pelo varejo do país para se referir à sexta-feira posterior ao dia de Ação de Graças, com uma oferta de grandes descontos. Com isso, o termo se tornou sinônimo de um evento do varejo para realizar grandes queimas de estoque antes do Natal.

A Cyber Monday surgiria alguns anos depois, em 2005. A data foi criada para incentivar a realização de descontos por parte dos sites de compras, em uma época em que o e-commerce ainda era recente e pouco conhecido. Além disso, ela buscava incentivar à adesão do público à nova forma de compra.

Como na década de 1990 as compras eram feitas quase que inteiramente no varejo físico, a Black Friday ainda é bastante associada no país a esse setor, enquanto o e-commerce trabalha com a Cyber Monday.

Cyber Monday no Brasil

As duas datas vieram para o Brasil oficialmente no mesmo ano, em 2011. O responsável foi o portal Busca Descontos, que registrou os domínios dos sites para a Black Friday e a Cyber Monday.

Mas a data possui algumas particularidades em relação à versão original. No Brasil, os varejistas não realizam queimas de estoque nessa época do ano, e a data acaba sendo usada para vender lançamentos e produtos mais novos com grandes descontos.

Outra diferença é que o período de descontos foi além do dia em si, e passou a englobar todo o mês de novembro. Isso acabou representando um problema para a Cyber Monday, que foi “engolida” pela data, que também foi bastante abraçada pelo e-commerce brasileiro.

Uma pesquisa da consultoria GfK aponta que as semanas de novembro anteriores à da Black Friday corresponderam a 40% do valor das vendas no mês em 2020, ante 37% em 2019 e 36% em 2018. Já a semana posterior, em que a Cyber Monday ocorre, correspondeu a 19% em 2020, 17% em 2017 e 18% em 2018. A Black Friday ainda concentra o maior valor, com 42%, 46% e 46% em cada ano.

Entretanto, a semana da Cyber Monday contou com uma parcela de descontos maior que a das semanas anteriores à Black Friday, com a maioria variando entre 10% e 15%. Atualmente, 40% dos que pretendem comprar na Black Friday sabem o que é a Cyber Monday.

“A Cyber Monday discretamente ganha importância, mas isso demanda uma visão mais ampla do período, e o varejo conseguir aproveitar o pós-Black Friday e oferecer ofertas”, diz Fernando Baialuna, diretor de negócios e varejo da GfK.

Para ele, é necessário melhorar a comunicação sobre a data, dando um propósito a ela e expandindo o alcance para além do público mais jovem e de classes A e B, que são os grupos que mais conhecem a Cyber Monday.

Em geral, a Cyber Monday exige os mesmos cuidados que a Black Friday, sendo importante ficar atento a grandes descontos, possíveis golpes e os falsos descontos, de produtos cujos preços subiram antes da data.

Como IA pode transformar a experiência do cliente na Black Friday

Com análise de dados, é possível transformar não somente a Black Friday, mas todas as demais datas importantes do varejo.

Este ano, a Black Friday deve ser a mais digital da história, além de ter um crescimento dentro do que já era esperado. De acordo com um estudo realizado pela McKinsey & Company, por conta da pandemia do covid-19, a digitalização de empresas e consumidores avançou, em oito semanas, o equivalente a cinco anos, gerando uma quantidade enorme de dados.

De acordo com o levantamento da Enext, consultoria de e-commerce e marketing, a taxa média de abandono de carrinho de compra no Brasil é de 61%. Em 2020, a porcentagem de desistência chegou a 71%. Os motivos podem ser diversos, desde dificuldades com o cadastro até problemas em páginas.

A Inteligência Artificial (IA), com suas aplicações, deve ser uma grande parceira para mudar esse cenário. Existem soluções mais conhecidas do público em geral, como os sistemas de recomendação, que operam na linha de frente. Porém, há muitas outras operando nos bastidores, mas garantindo uma melhor experiência de compra.

Por exemplo, um dos problemas comuns durante a Black Friday, inclusive na loja física, é a ruptura no estoque — falta de um determinado produto para venda, ou seja, quando o consumidor vai em busca de um artigo de uma “marca X” e, todavia, não o encontra, o que deixa a experiência muito prejudicada.

Essa situação acarreta diversos problemas, pois, além de perder a venda, o cliente pode passar a consumir um produto similar de uma marca concorrente. As principais causas de ruptura ou excesso de estoque se dão, sim, por falta de planejamento. Seja por ausência de mercadorias no estoque, ineficiência ao abastecer gôndolas ou previsão errada das vendas.

Deve-se levar em conta também a estratégia aplicada com os fornecedores, a sazonalidade dos insumos e o prazo de entrega. A partir da coleta de todos esses dados, uma solução de previsão de demanda pode ser proposta para evitar as rupturas. Capaz de monitorar desempenho a curto prazo, estimar necessidades futuras para facilitar a criação de políticas de decisões em médio e longo prazo e auxiliar nas tomadas de decisões que envolvem estratégias e planejamento de um negócio — independentemente de seu tamanho, público ou segmento.

Utilizando dados históricos, ela entrega insights valiosos por meio de modelagem preditiva. Um ponto importante a se considerar é que para utilizar esse tipo de modelo para eventos anuais — como a Black Friday — são necessários alguns anos de dados para entender a variação sazonal nessa época do ano.

Portanto, com as ferramentas adequadas e com os dados em mãos, podemos concluir que temos os componentes certos para transformar não somente a Black Friday brasileira, mas todas as demais datas importantes em verdadeiros eventos de varejo. Gerando tanto uma grande experiência de compras para os consumidores quanto melhores resultados na conversão e redução do abandono de compras.

Em 2020, 13 milhões de brasileiros fizeram compras online pela primeira vez

Faturamento no comércio digital no Brasil foi de R$ 53,4 bilhões no 1º semestre do ano. Valor representa um aumento de 31% em relação ao mesmo período de 2020

Nos dois anos de pandemia, a grande maioria dos brasileiros comprou ao menos um item pela internet, seja uma roupa, um remédio ou até mesmo compras de supermercado. Até quem era avesso ao comércio virtual acabou se rendendo. Um estudo feito pela Webshoppers mostrou que 13 milhões de brasileiros fizeram compras online pela primeira vez em 2020, esse número equivale a população inteira da Bahia.

 Segundo o estudo, a entrada de novos consumidores somada aos já habituais provocou um boom no e-commerce brasileiro, que faturou, ainda segundo a Webshoppers, R$ 53,4 bilhões, somente no 1º semestre de 2021. Esse valor representa um aumento de 31% em relação ao mesmo período de 2020.

O levantamento mostra que do outro lado da ponta, cresce também o número de empresas colocando os negócios no campo do digital, o que exige uma expertise a mais para enfrentar a concorrência. “Uma das estratégias mais buscadas é o uso de ferramentas de automação, que permite, entre outras coisas, a análise prática e rápida dos preços oferecidos por empresas do mesmo setor. Em outras palavras, são robôs que acessam, coletam e estruturam dados da internet, minimizando erros, aumentando a produtividade e evitando uma discrepância de valor entre produtos iguais”, diz pesquisa.

Para João Drummond, CEO e fundador da Crawly, startup de desenvolvimento de robôs inteligentes para busca e coleta de dados, lançar mão dessa tecnologia vai além de apenas automatizar determinados trabalhos, antes feitos de forma manual. Para ele, os ‘bots inteligentes’ permitem, inclusive, gerar consumidores em potencial.

“O uso de plataformas de automação para pesquisa de dados em lojas virtuais e marketplaces permite, por exemplo, que empresas possam mapear seus concorrentes, identificar nichos de mercado em potencial e investir em marketing, vendas e logística com mais assertividade. A partir de informações de qualidade, é possível prever o comportamento de consumidores e oferecer melhores condições para comercialização de produtos na internet”, garante Drummond.

O investimento em ferramentas digitais faz ainda mais sentido diante de um outro dado levantado pelo mesmo estudo. Segundo a Webshoppers, os principais caminhos até a loja são os sites e as redes sociais. E se o ritmo do próximo ano seguir o de 2021, a expectativa é que o mercado digital seja inundado por outra leva de novos consumidores. Isso porque os três primeiros meses, de acordo com a pesquisa, foram os mais promissores para o ambiente virtual.

“Para além dos preços, com uma análise mais aprofundada sobre informações a respeito de produtos e vendedores (onde estão, quantos são e como estão sendo apresentados na internet), as empresas podem elaborar estratégias complexas de precificação, gestão de estoque e logística e de marketing de produtos, com foco em se tornarem mais atraentes aos consumidores que seus concorrentes”, completa o CEO.

Para impulsionar Dia dos Solteiros no Brasil, Aliexpress oferecerá até 80% de desconto

Em 2020, o Aliexpress faturou US$ 74,1 bilhões no festival 11.11 ou do Dia dos Solteiros, bastante popular na China. A título de comparação, o faturamento total do e-commerce brasileiro no mesmo ano é equivalente a 4,4% do faturamento da companhia apenas no período do festival. A empresa não divulga as metas para a data em 2021, mas quer superar a do ano passado. Entre as táticas, estão a oferta de até 80% de desconto.

No ano passado, o mercado nacional movimentou US$ 16,6 bilhões, segundo dados do eBit. De acordo com relatório da Adobe Analytics, nos Estados Unidos, a Black Friday gerou vendas online de US$ 9 bilhões, valor 8,2 vezes menor que o 11.11.

“A expectativa é de aumento nas vendas no Brasil, superando o do ano passado, quando crescemos mais de 100% no período entre o festival e a Black Friday”, afirma Yan Di, Country manager do AliExpress no Brasil, durante coletiva de imprensa online realizada nesta terça-feira (9).

Criado originalmente na China pelo grupo Alibaba, o festival se tornou o mais relevante do calendário do e-commerce mundial em volume de bens transacionados.

Além do preço mais baixo, mais de 900 mil fabricantes, distribuidores e marcas famosas de todo o mundo aderiram ao festival. Na China, a companhia conta com 9 centros automatizados, onde os produtos são embalados e entregues em tempo recorde. Robôs e máquinas autônomas vão separar e embalar os pedidos feitos por usuários do mundo todo tão logo estes forem efetuados no marketplace.

Ainda de acordo com o executivo, o Aliexpress freta 80 voos semanais em todo o mundo, sendo 5 no Brasil. Em breve, serão 6 voos para o país. Para determinados produtos, será oferecido frete grátis em alguns períodos.

Esta é a primeira edição do festival com a participação de vendedores brasileiros. Em agosto, a companhia lançou o “local to local”, plataforma que permite a entrada de vendedores brasileiros. O Aliexpress não divulga o número de vendedores brasileiros que fazem parte da plataforma, mas afirma que a quantidade superou as expectativas já nas primeiras semanas.

Ainda de acordo com Di, a operação “local to local” também funciona devido à integração com a PegaKi, que está inserida no Grupo Intelipost. Desta forma, os sellers podem deixar os produtos em pontos próximos, possibilitando a coleta direta.

“Este recurso está permitindo integrar múltiplos parceiros logísticos, reduzir os custos de entrega em até 70% e assegurando que compras feitas por consumidores que estão na mesma cidade ocorram em, no máximo, 48 horas”, afirma Viviane Almeida, gerente de operações Local to Local.

Agora, vendedores locais também estão elegíveis para fazer transmissões ao vivo e se beneficiar das ferramentas de Live Commerce do AliExpress, tipo de comércio eletrônico que apresenta taxa mais acelerada de crescimento.

A plataforma também diminui o prazo de recebimento de reembolso, após a implementação da devolução local, já que os clientes podem devolver os produtos para um parceiro no Brasil, sem precisar esperar que o produto chegue até a China, segundo Yan Di.

Confira o Panorama Brasileiro de Atendimento Digital, que elegeu as empresas vencedoras do Prêmio Conarec

O Prêmio Conarec, realizado pelo Centro de Inteligência Padrão,

reflete a mais completa avaliação da qualidade dos serviços ao cliente no Brasil.

O atendimento ao cliente no Brasil está colhendo os frutos do processo de Transformação Digital. O setor vive essa semeadura já fazem alguns anos e viveu uma intensa adaptação em 2020, principalmente em decorrência da alta digitalização dos hábitos dos consumidores impulsionada pela pandemia. O ano de 2021 mostra, então, os resultados desse grande esforço, conforme aponta o estudo Panorama Brasileiro do Setor de Relacionamento com Clientes, realizado pelo Centro de Inteligência Padrão (CIP), que traça o raio X da gestão de clientes no Brasil. O levantamento é parte do Prêmio CONAREC, o maior reconhecimento de inteligência relacional e engajamento entre os players do mercado de relacionamento com clientes.

A partir da análise de fatores determinantes na gestão do relacionamento entre empresas, é formando um índice que revela as melhores empresas na gestão de parcerias estratégicas. É uma metodologia única que permite uma avaliação geral entre Empresas Contratantes, CPOs (Customer Process Outsourcing) e Parceiros e Fornecedores de Soluções. O formato permite uma troca de conhecimento entre os players do segmento, que analisam as performances percebidas nas relações que traçam entre si – ou seja, as empresas avaliam os CPOs e os fornecedores e vice-versa.

Ao mesmo tempo, traz a percepção dos integrantes do setor de relacionamento sobre diversos critérios que impactam seus negócios. Assim, é possível verificar a imagem das empresas dentro do setor e como elas se posicionam em relação ao resto do mercado.

Cada um dos players é analisado sobre determinados aspectos. O desempenho das Empresas Contratantes é calculado a partir de dois critérios: gestão e técnico. O primeiro é calculado a partir de informações fornecidas pela própria empresa em relação a sua própria estrutura. O segundo é calculado a partir das avaliações realizadas pelos CPOs a partir de quesitos como “Definição de Metas”, “Integração”, “Relacionamento” e “Satisfação Geral”.

A análise dos CPOs leva em consideração “operações”, que envolve fatores como competência técnica, recomendação, satisfação geral, além do critério “gestão”,  que é composto por “Operações de Qualidade”, “Pessoas”, “Inovação” e “Multicanal”.

Já o desempenho dos Parceiros e Fornecedores de Soluções é calculado a partir de sete critérios: “Inovação Embarcada”, “Integração a Outros Sistemas”, “Manutenção”, “Qualidade do Suporte Técnico Multicanal”, “Recomendação”, “Satisfação Geral” e “User Experience”.

Cenário

O momento da relação entre empresas e clientes é de grande transformação. Para as organizações, a competitividade está mais complexa. Segundo análise do CIP, a maioria das empresas, em grande parte dos mercados, está se igualando em qualidade. Quando isso acontece, a qualidade deixa de ser um determinante na escolha da marca e o processo de vendas passar a estar diretamente ligado ao atendimento ao cliente.

Nesse sentido, a satisfação do consumidor está ligada ao desempenho do serviço, levando em consideração à realização do que efetivamente o cliente espera receber. Se o desempenho não alcança as expectativas, o cliente fica insatisfeito. Por outro lado, se a performance da marca supera as expectativas, o cliente fica altamente satisfeito ou encantado.

No momento atual, muitas empresas procuram ir além e entregar mais do que o cliente espera, pois há muita concorrência e ele pode mudar de fornecedor se descobrir uma oferta melhor. Essa noção é fundamental já que um cliente altamente satisfeito ou encantado cria um vínculo emocional com a marca, prefere comprar sempre os mesmos produtos ou escolhe os mesmos lugares – portanto, dificilmente será fisgado por outra opção.

O grande diferencial nesse cenário a excelência do atendimento ao cliente. Caso contrário, se torna muito desafiador para as empresas conseguirem manter o cliente muito satisfeito com o seu negócio num ambiente competitivo onde os produtos e marcas são muito similares.

O atendimento tecnológico: cenário de 2021

A digitalização se tornou um fato consumado no setor de relacionamento com o cliente. À medida que consumidores passam a dedicar ainda mais tempo à internet, o imediatismo e a impaciência se aprofundam, impactando diretamente os serviços de atendimento. Assim, a utilização de tecnologias que automatizem processos e monitorem constantemente a qualidade dos serviços prestados se torna fundamental. É o uso de dados e a agilidade das ferramentas que permite uma relação mais próxima e profunda com o cliente.

Para compreender melhor o cenário atual, o Panorama Brasileiro de Relacionamento com o Cliente traz insights e tendências para o setor de relacionamento no país:

Formas de contratação dos CPOs: cada vez mais a escolha dos prestadores de serviços de atendimento é feita a partir do tipo de operação ou canal de atendimento. São poucas as empresas que buscam colocar o consumidor no centro desta decisão.

Fonte: Centro de Inteligência Padrão (CIP)

A escolha dos CPOs: prestar um serviço de excelência é premissa básica para o CPO ser escolhido como prestador do serviço de atendimento. “Competência Técnica” é o principal critério nesse processo de escolha.

Fonte: Centro de Inteligência Padrão (CIP)

Periodicidade das avaliações: ainda que a busca pela qualidade seja requisito básico no mercado atual, apenas metade das empresas acompanham diariamente os serviços prestados pelos seus CPOs, em comparação com mais de 65% no ano passado. A avaliação da qualidade passou a ser realizada mensalmente para grande parte das empresas, reflexo de uma busca pela diminuição de gastos.

Fonte: Centro de Inteligência Padrão (CIP)

Critérios acompanhados: a maior parte dos critérios tiveram uma queda no nível de acompanhamento em relação ao ano passado, o que mostra que as empresas têm diminuído o monitoramento de determinados indicadores.

Fonte: Centro de Inteligência Padrão (CIP)

Motivos de troca: as empresas têm sido mais críticas quanto aos serviços prestados pelos CPOs e houve aumento nos motivos que acarretam a troca de CPO pelas empresas.

Fonte: Centro de Inteligência Padrão (CIP)

Avaliação dos CPOs: operações de “Suporte Técnico” têm, em geral, sido bem avaliadas pelas empresas. Por outro lado, operações como “Cobrança e Recuperação”, “Vendas Receptivas” e “Vendas Ativas” não seguem esta tendência, demonstrando que operações onde há intensa relação com o consumidor ainda enfrentam mais dificuldades.

Fonte: Centro de Inteligência Padrão (CIP)

Fonte: Centro de Inteligência Padrão (CIP)Capacidade de gestão dos CPOs: apesar de todas as categorias de gestão se aproximarem dos 80% de aprovação, a “Gestão da Inovação” fica pouco acima do 70%, o que demonstra que a capacidade de inovação dos CPOs ainda é bastante limitada.

Fonte: Centro de Inteligência Padrão (CIP)

Processo de escolha de fornecedores de soluções: a escolha de fornecedores permanece em linha com o que foi observado no passado. É uma ação compartilhada entre Empresas Contratantes e CPOs.

Fonte: Centro de Inteligência Padrão (CIP)

Avaliação dos parceiros e fornecedores: o desempenho obtido pelos fornecedores é bom e permanece no patamar observado no ano passado. No entanto, é justo observar que ainda não se atingiu a verdadeira excelência em nenhum dos critérios.

Fonte: Centro de Inteligência Padrão (CIP)

Destaque para o uso de bots: o uso de bots se disseminou pelos serviços de atendimento, mas a percepção sobre seus benefícios se dá de maneira bem diferente entre Empresas Contratantes e CPOs.

Fonte: Centro de Inteligência Padrão (CIP)

Utilização de certificações: apesar de as certificações representarem um diferencial para as empresas, é válido notar que a taxa de utilização de tais certificações pelas Empresas Contratantes observou uma ligeira queda em relação ao ano passado.

Fonte: Centro de Inteligência Padrão (CIP)

Visão geral

A partir dos resultados alcançados com a versão de 2021 do estudo Panorama Brasileiro de Relacionamento com o Cliente, o CIP destaca algumas impressões. Primeiramente,  é possível verificar que os serviços de atendimento têm sofrido grande impacto pelas transformações dos últimos meses, levando em consideração a pandemia e seus efeitos na economia.

Outro ponto de atenção é o fato de que o setor de relacionamento carece de inovações. As empresas ainda parecem buscar entender qual inovação é de fato relevante para a relação com seus clientes. A observação fica evidente pelo desempenho ligeiramente mais baixo que a média em “Gestão de Inovação”.

Ainda assim, fica claro que as recentes transformações no mercado devem aprofundar a digitalização do atendimento. Cada vez mais os consumidores se relacionarão digitalmente com as empresas, o que significa que os serviços de atendimento terão que se adequar, tanto em termos de estratégias, quanto em relação às tecnologias utilizadas para tornar o atendimento mais eficiente.


Confira as tendências para o e-commerce em 2022 segundo a Pesquisa da Opinion Box e bornlogic

Pesquisa da Opinion Box e bornlogic aponta pontos de atenção para o varejo eletrônico no próximo ano com exclusividade à Consumidor Moderno.

Se os dois anos de pandemia indicaram alguma coisa para o varejo foi que o futuro está, definitivamente, no e-commerce. Somente em 2020, o varejo eletrônico gerou 87 bilhões de reais, conforme mostram os dados da Ebit/Nielsen em conjunto com a Bexs Banco. Esse faturamento foi responsável por um intenso aumento do modelo no ano passado, que elevou o Brasil à quarta posição no ranking eMarketer de crescimento do e-commerce, atrás somente da Espanha, Tailândia e Reino Unido.

Em 2021, os números do varejo eletrônico têm sido promissores. Somente no primeiro semestre, a modalidade apresentou crescimento de 57,4% em relação ao mesmo período no ano anterior, de acordo com os dados da Neotrust. A tendência, nota-se, é que essa progressão continue nos próximos anos e revolucione o mercado digital para o varejo.

O que até então não se sabia e que, em 2022, essa curva de crescimento tende a ficar ainda mais acentuada. O estudo Market Review: Tendências do E-commerce para 2022, resultado da parceria entre a bornlogic e a Opinion Box, ofertado com exclusividade à Consumidor Moderno, mostra que ao menos 49% dos brasileiros pretendem comprar mais pela internet no ano que vem.

2022 promete crescimento e experiência phygital

Que o crescimento é iminente, é certeza. O que surpreende, entretanto, é a forma de acesso a esse varejo eletrônico: a pesquisa aponta que 65% das pessoas têm o hábito de pesquisar produtos nas redes sociais e 69% já compraram um produto após verem seu anúncio em alguma plataforma do gênero.

Outro ponto de destaque do estudo é a aproximação do vendedor, ainda que em ambiente online. 46% dos consumidores brasileiros destacaram na pesquisa que já compraram pelo atendimento via WhatsApp, Facebook ou outras redes.

Para André Fonseca, CEO da bornlogic, o resultado mostra que o atendimento pode ser um tanto quanto decisivo na hora de fechar a compra, especialmente pela maneira como o consumidor é conduzido dentro da plataforma digital usada para comunicação. “O comércio online, que foi ainda mais impulsionado durante a pandemia, vive seu auge e os números comprovam isso. Mas nos chama atenção o protagonismo que o vendedor vem tendo, mesmo no ambiente virtual”, argumenta o executivo. “A tecnologia, sem dúvida alguma, pode encurtar distâncias e agilizar alguns processos, mas os resultados apontam para uma valorização do calor humano, mesmo quando o canal é digital”.

Vale ressaltar que outro destaque para o varejo eletrônico em 2022 — mas que já está bem claro e aparente no segundo semestre de 2021 — é a valorização da experiência phygital. O estudo evidencia que 74% dos entrevistados já pesquisaram um produto desejado na internet, mas efetuaram a compra final na loja física. O inverso também ocorre, até com maior frequência: 84% dos consumidores afirmam ter experimentado um produto na loja física, mas efetuaram a compra em ambiente digital.

Planejamento para o próximo ano e categorias em destaque

Diante do cenário apresentado, nota-se que cada vez mais as empresas precisam estar preparadas para atender a demanda — e também a expectativa — do consumidor, que tem sede por uma experiência híbrida, integrada e transparente. Para isso, afirma Dani Schermann, Head de Marketing do Opinion Box, é necessário trabalhar em cima de um bom planejamento.

“2020 foi um ano em que se tornou muito difícil prever até o futuro mais próximo. Nenhum de nós sabia o que aconteceria na próxima semana ou no próximo mês – imagine então no próximo ano. Mais do que nunca, olhar para frente, encontrar tendências e se preparar para o futuro se tornou muito importante para as empresas”, completa a executiva.

Assim, visando o planejamento, a pesquisa aponta algumas das categorias mais populares no varejo eletrônico, que devem obter bastante destaque para o próximo ano, assim como algumas mudanças e surpresas. Para essa segunda opção, o destaque vai para Alimentos e Bebidas, que antes eram majoritariamente comprados no supermercado e agora já conquistam 38% dos consumidores no e-commerce. Seguido dele, Moda e Assessórios também se ressalta, posto que já é adquirida online por 55% dos brasileiros.

Os setores já tradicionais, como Eletrônicos (59%), Telefonia (57%) e Eletrodomésticos (56%) devem continuar sua curva acentuada de crescimento no e-commerce.

Motivos de desistência do e-commerce

É claro que nem tudo são flores, como já diz o ditado. Ainda que o e-commerce esteja em um expressivo crescimento nos últimos anos, ele ainda tem um longo caminho a percorrer para cativar todos os consumidores e ainda está em uma fase embrionária no Brasil, posto que representa apenas 4% do total de vendas realizadas no País, conforme aponta estudo da PayPal Brasil e BigDataCorp.

A pesquisa da Opinion Box e bornlogic elenca alguns dos motivos para que o varejo eletrônico encontre fricções na hora da venda. A mais evidente está na entrega: 94% dos entrevistados já desistiram da compra pelo valor do frete. Ao mesmo tempo, o fator confiança também se destaca, visto que 89% deixaram de comprar por causa das avaliações negativas de outros clientes.

Um outro foco de atenção é a logística, uma vez que o estudo destaca que 82% dos entrevistados deixaram seus produtos no carrinho por medo do tamanho incorreto do produto e 78% deles fizeram o mesmo quando viram um longo prazo de entrega.

Por fim, mais do que nunca, o e-commerce precisa trabalhar a segurança de seus processos: 84% dos consumidores evitam compras online por medo do anúncio ser uma fraude e portanto, temem ter seus dados e dinheiro roubados.

Devolução de produtos em marketplaces: como o CX pode ser um aliado nessa jornada?

Com o aumento vertiginoso das vendas online, o índice de trocas e devolução de produtos cresceram e as empresas precisam investir na logística reversa.

Durante a pandemia, o e-commerce reinou como o principal canal em jornadas de compra. A digitalização aprimorou processos e a experiência do cliente, mas isso abriu o gargalo da devolução de produtos. E os dados do e-commerce são realmente expressivos: essas compras trouxeram um faturamento de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre de 2021, aumento de 72,2% em relação ao mesmo período do ano passado, como indica o levantamento da Neotrust, consultoria de varejo digital. No entanto, se aumentam as compras, sobe também o índice de troca e devolução.

De acordo com pesquisa recente, realizada pela Nuvemshop com sua base de clientes, cerca de 60% dos lojistas já realizam o serviço de logística reversa. Para Marcelo Fujimoto, VP da Nuvem Envios Brasil, com o crescimento do comércio eletrônico, a logística reversa tornou-se ainda mais importante. “No Brasil o índice de devoluções e trocas gira em torno de 10%. Em alguns setores, como o de roupas, esse percentual pode chegar a 30%. Por isso, é importante que o e-commerce disponibilize uma política clara de troca e devolução de pedidos”, enfatiza o executivo.

Como lidar com a frustração do cliente na devolução de produtos

Segundo Leo Frade, CEO e cofundador da aftersale, para amenizar o gargalo, é preciso monitorar e focar em um atendimento de pós-venda resolutivo e em soluções de automatização. Ao atender um cliente, o marketplace tem que ter claro qual é a situação daquele consumidor. Por exemplo: se ele comprou um tênis número 35 e recebeu um 36, é preciso ter agilidade para ter essas informações em mãos e praticidade na geração de código para a troca, o que deixa todo o processo bem menos estressante. Aliás, é essencial para manter a boa experiência de compra e fidelizar o cliente.

Essa falta de praticidade, consequentemente, é um dos principais motivos de reclamação do e-commerce. De acordo com dados da plataforma do consumidor.gov.br, os assuntos mais reclamados de 2020 relacionados ao comércio eletrônico estão na categoria de vestuário e artigos de uso pessoal, como calçados, joias, malas, etc. E a maioria das queixas estão relacionadas à não entrega ou à demora na entrega do produto (29,1%), seguida por oferta não cumprida ou serviço não fornecido ou venda enganosa (19,7%); dificuldade, atraso na devolução de valores pagos, reembolso e retenção de valores (16,8%); produto entregue incompleto ou diferente do pedido (6,9%) e, por fim, produto danificado, que não funciona ou dificuldade em trocar ou consertar no prazo de garantia (6,8%).

Nota-se, assim, que a realidade é que a entrega de um produto gera bastante ansiedade para os consumidores. Quando o pedido chega e o cliente vê que a encomenda tem algum erro, muitas vezes, a experiência com aquele marketplace se torna uma frustração. Para o CEO da aftersale, é preciso tentar evitar e minimizar esse sentimento e, para isso, os e-commerces têm investido cada vez mais em um atendimento 4.0: ágil, direto, resolutivo e sem fricções. “Assim, mesmo com alguns percalços de troca e devolução, o cliente enxerga como positiva a jornada de compra. E, quando há alguma situação em que o cliente não queira mais o produto, o e-commerce oferece cashback ou vale-compras para que esse consumidor ainda tenha uma outra oportunidade de compra”, enumera Frade.

O executivo explica ainda que o pós-venda é um ponto delicado e que, se não for dada a devida atenção a ele, pode se tornar um grande problema.

Reduzindo o índice de trocas das vendas online

Olhando a longo prazo, a logística reversa é um serviço considerado inovador e promissor para o futuro do e-commerce. De acordo com a pesquisa realizada pela Nuvemshop, a logística reversa está entre as três principais tecnologias levadas em consideração pelos lojistas, que reconhecem que esse é um processo fundamental na estratégia de CX.

Mas, para que a experiência seja de fato proveitosa no pós-venda, é preciso investir em inovação. Para o VP da Nuvem Envios Brasil, a tecnologia certamente estará presente quando falamos de melhorar o fluxo da logística reversa.“É possível observar alguns players implementando, por exemplo, softwares para gestão das entregas e inteligência artificial. Investir em tecnologia permite que os processos se tornem cada vez mais seguros e assertivos”, complementa.

Além disso, o executivo elenca algumas iniciativas de baixo custo que podem ser tomadas, tais como:

  • Melhorar a descrição e fotos dos produtos para garantir que os clientes vejam todos os detalhes e funcionamento, eliminando assim quaisquer dúvidas;
  • Trocar fornecedores cuja taxa de avarias dos produtos seja alta;
  • Revisar a política de trocas e deixar em um campo de fácil visualização no site;
  • Retirar de linha todos produtos que possuem altos índices de devolução;
  • Treinar a equipe de atendimento ao cliente para melhorar o pós-venda e reduzir devoluções;
  • Disponibilizar ao destinatário um serviço de rastreamento em tempo real com todos os detalhes do envio do produto, evitando assim pedidos de cancelamento.

Além dos pontos citados, o executivo também destaca a importância da loja se certificar de que seu parceiro dispõe desse tipo de modelo em seu contrato de serviços. Já do ponto de vista das transportadoras, a logística reversa têm sido uma demanda cada vez mais frequente do mercado. Esse tipo de serviço — que antes, quase sempre, era feito pelos Correios — atualmente é observado em players privados, que estão trabalhando na gestão de dados e melhorias para atenderem a esses pedidos.

De acordo com a pesquisa realizada pela Nuvemshop, cerca de 80% dos pedidos devolvidos pelos destinatários são encaminhados para o mesmo lugar. Ou seja, se o pedido saiu de um centro de distribuição, ele é devolvido para esse mesmo local, o que facilita o fluxo do e-commerce em repor o estoque e finalizar o ciclo da logística reversa.

O caminho sem volta do varejo phygital

Vale destacar que não somente os marketplaces precisam pensar em soluções de logística reversa. Grandes varejistas estão buscando formas de atender ao público de maneira mais rápida e prática para a troca de produtos adquiridos em seus e-commerces. A Via, dona das marcas Casas Bahia, Ponto Frio e Extra.com.br, possui 30 centros de distribuição e conta com uma plataforma de logística própria, a Asap Log, para realização de entregas. Isso impacta em toda jornada do cliente, ou seja, tanto no recebimento quanto na devolução de produtos.

Segundo Edinelson dos Santos, diretor de Gestão de Clientes da Via, no e-commerce, quando há pedidos de troca ou devolução, a empresa segue o Código de Defesa do Consumidor, que prevê prazo de sete dias para devolução em casos de desistência/arrependimento e de 90 dias se o produto estiver com defeito. Contudo, o diretor explica que, durante a pandemia, assim como diversas empresas, a Via percebeu a necessidade de acelerar o processo de transformação digital, aprimorando os canais de atendimento ao cliente.

Hoje, o cliente que compra no e-commerce já pode devolver um produto direto na loja física mais próxima (desde que tenha nota fiscal emitida no mesmo estado da unidade). Caso o cliente opte por utilizar o crédito da troca do produto, ele também poderá utilizá-lo por lá. Através desse novo sistema, o Atende+, a loja física também consegue ter todo o histórico da compra do produto, mesmo que ele tenha sido adquirido no e-commerce, o que facilita e agiliza ainda mais o atendimento ao cliente do online.

Essa convergência no atendimento omnichannel faz parte dos investimentos da empresa na experiência phygital, privilegiando o acesso à jornada de compra do cliente tanto nos meios físicos quanto digitais.

DHL Express anuncia campanha com 30% de desconto para envios na Black Friday

A DHL Express, empresa líder em logística, vai realizar uma campanha promocional para envio de pacotes durante a Black Friday. Com o nome de Yellow Friday, em alusão à cor da marca, a promoção oferecerá descontos de 30% de 4 de novembro a 3 de dezembro nas unidades físicas e nas plataformas digitais da empresa.

Para ter direito ao desconto, o consumidor poderá tentar a sorte em um dos espaços interativos encontrados nas lojas localizadas em Brasília, Rio de Janeiro, Santa Catarina (Itajaí) e São Paulo (unidades Bela Cintra, República e Faria Lima), ou, então, apresentar o post com o código promocional encontrado nas redes sociais da marca em qualquer outra unidade de envio da DHL Express. Para conferir os endereços das lojas participantes, basta acessar a página: http://www.dhlexpress.no/yellow-friday.

Para aqueles que optarem pelo autoatendimento no portal MyDHL+, ferramenta de envio que oferece praticidade na cotação e coleta dos pedidos, é necessário entrar como convidado na hora de realizar o login. Depois, basta optar pelo pagamento via cartão de crédito e inserir o código de promoção encontrado nas redes sociais na hora da conclusão da compra.

“Estamos nos preparando para uma Black Friday tão significativa quanto a de 2020. Como parceiro logístico de confiança, queremos também disponibilizar qualidade com um preço ainda mais acessível em uma época tão significativa”, declara Patrícia Starling, Diretora Comercial da DHL Express.

O poder dos algoritmos no e-commerce: um caminho para aumentar as vendas

Entenda como os algoritmos trabalham em marketplaces e sua importância para cativar novos clientes

O crescimento do e-commerce nos últimos 20 meses foi um dos mais acelerados já vistos e, sem dúvidas, a pandemia esteve muito relacionada a esse salto. O que pouco se fala, no entanto, é o poder de seleção e de encanto que os algoritmos tiveram nessa trajetória: foram eles os que selecionaram, seja em ambientes abertos da internet ou mesmo em redes sociais, os consumidores à compra.

Nesse cenário, é compreensível que os varejistas tenham condicionado seus algoritmos para o máximo de vendas no fim do ano, especialmente para a Black Friday e o Natal, datas em que as concorrências se tornam mais competitivas. E, posto que 84% das empresas de e-commerce vendem por meio de marketplace, segundo pesquisa da GfK, é mais que imprescindível calibrar esse algoritmo para torná-lo, de fato, um impulsionador de vendas.

Para quem trabalha com o varejo eletrônico, já se sabe que os algoritmos são responsáveis por uma tremenda mudança nas vendas. É como dizia Steve Jobs: “as pessoas não sabem o que elas querem até você mostrar a elas”. E o algoritmo, convenientemente, tem o poder da vitrine.

Os algoritmos a favor do e-commerce

A questão é, em um período tão importante para o varejo quanto as festividades de fim de ano, como competir para tornar o algoritmo ainda mais eficiente e como garantir que ele, de fato, trará uma maior quantidade de vendas para o seu negócio? Afinal, esse jogo é apostado entre gente grande e funciona melhor no lado da balança que oferece o melhor investimento. E claro, dentro de um marketplace, configurar essa personalização pode ser mais difícil do que parece.

Para Éder Medeiros, CEO do Melhor Envio, o marketplace hoje já representa um quarto das vendas das principais categorias de bens duráveis. Atraí-los com um algoritmo eficiente, portanto, é um caminho de pólvora que explode no sucesso. “Isso comprova o impacto positivo sobre a visibilidade e a credibilidade junto aos clientes, além disso, ele também é eficiente na fidelização dos consumidores, pois oferece todas as ferramentas para que o empreendedor crie ações que agregam valor à experiência do usuário com sua marca”, destaca o executivo.

A dificuldade na configuração, comenta Medeiros, também está bastante relacionada à forma como funciona o marketplace. Assim, para divulgar uma loja ou produto, é necessário pensar um pouco fora do habitual. “Em primeiro lugar, é essencial aprender o funcionamento do local escolhido, mas precisa ser estudado cada passo a ser tomado, desde a descrição dos produtos que chamam mais a atenção do usuário, até as fotos que podem despertar mais interesse. Lembre-se que a sua vitrine compete com a de vários outros”, explica o executivo.

Para além da escolha, é preciso reconhecer que, apesar da maior parte dos e-commerces trabalharem em marketplaces, há também outros canais de venda. E o algoritmo precisa trabalhar de forma unificada. “É essencial garantir a mesma consistência na qualidade do produto, atendimento e entrega em qualquer que seja o canal. Aqui é melhor apostar em uma gestão unificada em vez de segmentar o controle de cada um”, acrescenta Medeiros.

Entenda como competir com a concorrência

Outro ponto importante para o bom uso dos algoritmos é estar preparado para sua demanda. Uma vez que os anúncios percorrem pelas pessoas certas, a loja e os produtos passam a ser mais visíveis, o que, por consequência, aumenta o número de pedidos.

“Muito provavelmente que após a inserção em um marketplace e entender seu algoritmo, suas vendas aumentem. Então, se você não souber atender os clientes de maneira ágil e organizada, isso te dará uma avaliação negativa, as quais são públicas e farão com que você perca um grande número de alcance”, completa o CEO.

Vale destacar também que o algoritmo, ainda que forneça um anúncio mais personalizado e de acordo com as preferências do consumidor, precisa trabalhar com a concorrência. Para Medeiros, é fundamental que cada anúncio esteja adequado com a realidade do mercado. “É imprescindível que você saiba o que os outros lojistas do mesmo marketplace oferecem aos usuários, afinal, eles serão seus concorrentes diretos. Diminuir o preço de seu produto, trazer uma variedade maior de opções e oferecer brindes por compra é um bom exemplo do que pode te colocar à frente”.

Todas essas etapas garantem ao consumidor uma confiança maior nos anúncios selecionados e, de quebra, ainda o fidelizam à marca. O conselho é excelente para garantir mais vendas na Black Friday, que já está por vir.