Confira o estudo da Publicis Commerce sobre os resultados de 2023 e as principais tendências do e-commerce para 2024

O estudo da Publicis Commerce “2023 Review & 2024 Trends” traz uma resumo do que foi previsto como tendência em 2023, seus resultados e uma o que esperar em 2024. Baseado em dados da eMarketer sobre o comércio eletrônico nos EUA, o relatório também mostra tendências para este ano focadas no comportamento do consumidor.

De acordo com o relatório, 2023 foi “o ano do aperfeiçoamento”, que serviu para os varejistas colocarem em prática aquilo que aprenderam no ano anterior. Entre as previsões para o ano e os resultados obtidos, estavam:

– U$ 1.177 trilhões de vendas no varejo eletrônico previstas para 2023, alcançando o resultado de U$ 1.137 trilhões de vendas;
– Projeção de 12,1% de crescimento em relação ao ano anterior, atingindo 9,3% de crescimento em 2023;
– 218,8 milhões de compradores online previstos, conquistando 218.1 milhões de consumidores em 2023.

O que funcionou em 2023
Sobre os resultados das tendências de 2023, o estudo apontou aquelas que foram um sucesso e as que não atingiram grandes resultados. As compras através de redes sociais da Geração Z, a autenticidade do conteúdo e uso de Inteligência Artificial foram previsões acertadas, pois de acordo com os dados:

– 42% dos consumidores dos EUA desde 2022 passaram a pesquisar produtos por meio do TikTok;
– Foi 3,5 vezes maior o gasto com conteúdo patrocinado do que os gastos com anúncios sociais em 2023;
– 66% dos publicitários viram um ROI positivo nos investimentos de IA em 2023;

As tendências que não deram tão certo
Já entre as tendências que “não engajaram” tanto os consumidores dos EUA, a Publicis Commerce destacou o Live Commerce, o DTC (Direct to Consumer) e as compras por voz. De acordo com os relatório:

– Houve uma diminuição de 7,6% nas taxas de crescimento dos gastos com publicidade em 2023 em comparação com 2022 para call centers e assistência por voz;
– Apenas 11% de audiência nas transmissões ao vivo da Geração Z em todos os canais digitais;
– Investimento de apenas 19,7% em mídia para o varejo DTC em 2023, pois na convergência com as redes sociais ele se torna menos necessário e nem todas marcas conseguem oferecer seu próprio atendimento.

2024: o ano do consumo
Depois da “nebulosa” economia em 2023, em 2024 se espera que as coisas fiquem mais claras. O levantamento aponta que as Olimpíadas de Paris, eleições nos EUA e a Eurocopa pretendem aumentar em 4,7% a os gastos com publicidade nos EUA. Além disso, o estudo também indicou que já é possível saber quais são os canais de compra preferidos pelos consumidores, como por exemplo, a Geração Z, que tem optado pelo Social Commerce.

O que está previsto para este ano:

– Volume de U$ 1.256 de vendas no varejo eletrônico em 2024;
– Crescimento de 10.5% ao ano;
– Estimativa de 222.1 milhões de compradores on-line.

De olho nas tendências para o ano
A análise também apontou quais serão os principais canais de compra, como será o comportamento do consumidor, ao quê ele dará atenção e quais serão as expectativas para as compras em 2024.

Quais serão os principais canais de consumo?
Social Commerce
Impulsionado por novos recursos de plataformas como TikTok Shop e anúncios da Amazon integrados ao Pinterest, a previsão é de 23,5% de crescimento em 2024 no mercado estadunidense. O aumento é principalmente motivado pela crescente influência da Geração Z e até da geração mais jovem, a Geração Alpha, que descobre marcas por meio de conteúdo social.

Marketplaces
Os adultos relatam que 43% de suas compras ou pesquisas de produtos vêm da Amazon. Com desafios como o aumento de incidentes de roubo em lojas físicas, os marketplaces continuam sendo a escolha preferida para carrinhos de compras do consumidor.

Retail media
O gasto com anúncios de retail media está previsto para crescer 22,5% este ano. Com padrões de medição adicionais e ofertas para a parte superior do funil, os gastos em os anúncios terão um grande crescimento.

O que vai chamar a atenção do consumidor?
Mobile em alta
As vendas via m-commerce representarão 43,2% das vendas do comércio eletrônico nos EUA em 2024, esperando-se que atinjam 93% até 2027. Impulsionadas principalmente pela Geração Z, o uso de dispositivos móveis se estenderá além das residências dos consumidores, influenciando compras enquanto estão na loja. A dica é otimizar os aplicativos para ajudar os compradores com as listas de desejos, localização de itens e comparações de preços.

Devoluções podem aumentar vendas
A Amazon lidera ao adotar uma estratégia de devolução que pode resultar em vendas adicionais. Permitir que os consumidores deixem pacotes em lojas do grupo, não apenas pode ser mais conveniente para o comprador, mas também pode levar a compras por impulso.

Foco em entretenimento
Agora os consumidores preferem serviços de streaming sem anúncios e estão dispostos a pagar por serviços, fontes de notícias e outros sem interrupções. Nesse contexto, priorizar o entretenimento sobre as vendas pode ser a chave para conquistar sua preferência a longo prazo.

E o que o consumidor espera?
Conteúdo em vídeo
Especialmente em formato curto, impulsionado pelo TikTok, o vídeo tornou-se a maneira preferida de consumir conteúdo. Empresas devem adotar vídeos em toda a jornada do consumidor, desde seus sites até a Amazon, passando por diversas plataformas sociais e além.

IA Generativa
As marcas devem abraçar a IA como aliada, não como inimiga, utilizando-a para automatizar e tornar o marketing mais eficiente. Com melhorias em desempenho e capacidades, espera-se maior adoção, acompanhada por maior ênfase em regulamentações e diretrizes da ferramenta.

Entregas no mesmo dia
62% dos usuários do DoorDash agora optam por pedir mantimentos e itens de saúde pessoal, indicando uma mudança para compras rápidas e convenientes. Essa tendência também destaca a crescente demanda por luxos acessíveis, como opções de entrega de última hora.

Confira o estudo completo  já disponível para download na Biblioteca do Radar IC em Pesquisas Externas clicando em  Publicis Commerce – Resultados 2023 & Tendências 2024- versão português

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/confira-o-estudo-da-publicis-commerce-sobre-as-principais-tendencias-do-e-commerce-para-2024

Programa de afiliados da Shopee atinge a marca de 2 milhões de membros ativos

Para se tornar um dos milhares de participantes, basta se cadastrar na plataforma e aguardar a aprovação por e-mail.

A Shopee, plataforma de marketplace global, alcançou a marca de 2 milhões de participantes registrados em seu programa de afiliados. A iniciativa remunera as pessoas a partir da divulgação de produtos disponíveis dentro do aplicativo por meio de links personalizados.

Para se tornar um dos afiliados é muito simples. O interessado deve se cadastrar na plataforma, aguardar o e-mail de aprovação e, a partir daí, criar links personalizados para divulgar os itens à venda.

Camilla Amaral, criadora do conteúdo do Instagram, explica que ser afiliada da Shopee proporciona um trabalho com flexibilidade e praticidade. A atuação combinada entre as  duas redes ainda alavancou o número de seguidores da influenciadora em sua rede social.

“Com certeza, minha vida mudou muito nos últimos meses. Depois que comecei a atuar como afiliada, consigo trabalhar no conforto da minha casa ou de qualquer outro lugar que eu estiver, além de vender de uma forma muito leve”, avalia Camilla.

A média de comissão mensal para os afiliados mais ativos pode ultrapassar a marca de R$20 mil.

Apoio a brasileiros

A Shopee está presente no País desde 2019, e afirma que vem apoiando o empreendedorismo brasileiro de diversas maneiras, incluindo com suporte à digitalização e escala de negócios online.

“O programa de afiliados Shopee também tem contribuído para a transformação da vida financeira de mais de 2 milhões de pessoas, permitindo a conquista da tão sonhada independência. Ser afiliado é mais uma maneira de as pessoas garantirem uma renda extra ou principal, compartilhando os links personalizados entre amigos, familiares ou grupos criados nas redes sociais”, explica Felipe Piringer, head de marketing da Shopee no Brasil.

Fonte: “Programa de afiliados da Shopee atinge a marca de 2 milhões de membros ativos – Mercado&Consumo (mercadoeconsumo.com.br)

Amazon aplica soluções de IA para reduzir devolução de produtos

Conforme um comunicado, a Amazon está empenhada em reduzir o custo das devoluções de produtos do marketplace. Detalhe: o valor desse gasto já está na casa dos trilhões de dólares para o e-commerce global! Para tanto, a empresa está investindo em integrações de inteligência artificial (IA) em seu processo de vendas.

Sobre o recurso para lojistas brasileiros, a Amazon infelizmente não dispõe da tecnologia para cá — assim como não tem previsão para a sua chegada.

Verdadeiro vilão do e-commerce, a questão das devoluções tornou-se um inconveniente significativo para consumidores e varejistas, com implicações financeiras substanciais. As tentativas anteriores de lidar com esse problema, como taxas de devolução e alternativas como crédito imediato na loja, não resolveram o cerne da questão.

Inteligência Artificial analisará medida dos produtos

Em resposta a esse desafio, a Amazon anunciou a implementação de recursos de inteligência artificial projetados para abordar especificamente as preocupações relacionadas ao tamanho e ajuste dos produtos. Ao alavancar algoritmos avançados e modelos de linguagem de grande escala (LLMs), a empresa está revolucionando a experiência de compra online.

Um dos principais recursos é a utilização de IA para recomendações personalizadas de tamanho. O algoritmo agrupa anonimamente clientes com base em tamanhos semelhantes e preferências de ajuste, considerando também produtos com características de ajuste comparáveis. Isso envolve a análise de milhões de detalhes de produtos, incluindo estilo, tabelas de tamanhos e avaliações de clientes, proporcionando sugestões personalizadas na página de detalhes de cada produto.

Além disso, o algoritmo é capaz de se adaptar às mudanças nas necessidades de tamanho ao longo do tempo, levando em conta tamanhos retidos ou adquiridos por clientes com preferências semelhantes. Isso garante uma abordagem dinâmica que antecipa possíveis mudanças de tamanho com base no histórico de compras dos clientes.

Redesenho das medidas

A Amazon também está redesenhando as tabelas de tamanhos, buscando torná-las mais precisas e visualmente acessíveis. Utilizando os LLMs, a empresa simplifica a extração e o refinamento dos dados das tabelas de tamanhos, padronizando medidas, removendo duplicatas e corrigindo erros para oferecer informações mais confiáveis aos clientes.

Nos EUA, entre 2019 e 2022, o volume de devoluções de produtos que acabaram em aterros quase duplicou, achegando a 4,3 trilhões de toneladas.

Fonte: “Amazon aplica soluções de IA para reduzir devolução de produtos – E-Commerce Brasil (ecommercebrasil.com.br)

 

Loungerie inaugura 100ª loja física e prevê a abertura de 80 unidades em dois anos

Marketplace da marca também receberá 20 novas marcas e incluirá categorias como chocolates, vinhos e espumantes.

A Loungerie dá mais um passo em seu plano de expansão nacional ao inaugurar a sua 100ª loja. Localizada na Galleria Shopping Iguatemi, em Campinas, interior de São Paulo, a unidade reforça a meta de inaugurações expressivas e o objetivo de aumentar a capilaridade da marca em cidades de pequeno porte.

Com investimento em tecnologia de expansão de estoque via “vitrine infinita”, o formato permite o fácil acesso dos clientes a todo portfólio da grife, sem dispensar um espaço reservado para provas das peças.

“Estamos muito felizes por atingir a marca histórica da 100ª loja Loungerie. Essa fase de expansão da marca traz uma forte transformação no modelo de negócio da empresa, à medida em que amplia a demanda para suprir regiões mais distantes e nos conduz a aprender a operar lojas de menor porte”, comenta Eduardo Costa, CEO da Loungerie.

O programa privilegia a abertura de franquias, mas não descarta a abertura de lojas próprias. Com ele, a marca ampliou mais 61 cidades em todo o País nos últimos dois anos. Para os dois próximos anos, a previsão é de abertura de mais 80 lojas integradas com a plataforma digital da Loungerie, lançada em maio de 2023.

Marketplace The Lounge

O programa de expansão está inserido dentro de um plano estratégico que tem o objetivo de consolidar a Loungerie como uma marca protagonista no varejo de moda íntima e ampliar sua distribuição física e digital. Além disso, pretende estabelecer sua atuação em outras categorias do universo feminino.

A plataforma de marketplace The Lounge conta com a curadoria de produtos e apresenta marcas de segmentos como moda, spa, beleza e acessórios eróticos. A previsão para 2024 é o acréscimo de pelo menos mais 20 marcas, além da inclusão de categorias como chocolates, vinhos e espumantes.

“Na prática, estamos trabalhando em duas frentes de transformação. Trata-se de uma mudança robusta na nossa forma de atuação que também demandará uma transformação interna. Nosso perfil da empresa, que até então era orientado à gestão de grandes lojas próprias em regiões centrais, passa a ser focado mais em franquias pulverizadas e experiências digitais, demandando um novo modelo de gestão e novas competências internas”, conclui Costa.

Fonte: “https://mercadoeconsumo.com.br/08/01/2024/noticias-varejo/loungerie-inaugura-100a-loja-fisica-e-preve-a-abertura-de-80-unidades-em-dois-anos/”

Como saímos da garagem a US$ 14 bi em receita, conta fundador do Mercado Livre

Em entrevista à Bloomberg News, Marcos Galperin diz que empresa não cresce 500% ao ano, mas 30%, 40% ao longo de 25 anos com foco em ‘produto, portfólio de soluções e experiência’.

Infraestruturas atrasadas, grandes distâncias para percorrer em estradas irregulares e uma população desbancarizada fazem do comércio eletrônico um grande obstáculo – e uma grande oportunidade – a ser superado na América Latina. O Mercado Livre parece ter descoberto como.

Mais da metade de seus 50 milhões de compradores recebem seus pedidos em 24 horas, segundo o co-fundador e CEO Marcos Galperin. Mais de 80% recebem suas mercadorias em menos de 48 horas.

Da Amazon a empresas iniciantes locais que entregam em 24 horas, nenhum dos concorrentes do Mercado Livre tem um negócio de logística tão desenvolvido. Isso porque o MELI (MELI), como é conhecida a empresa, gastou bilhões construindo sua própria rede com a maior frota de veículos elétricos da América Latina e deu aos seus clientes acesso a serviços financeiros.

A empresa passou de uma startup de comércio eletrônico para uma fintech rolo compressor de US$ 80 bilhões ao longo de duas décadas. Registrou um retorno total de 9.000% incluindo dividendos desde 2007. E é hoje a segunda empresa de capital aberto mais valiosa da América Latina, atrás apenas da gigante Petrobras (PETR3, PETR4).

Como o Mercado Livre define novos negócios e o plano como plataforma de mídia
Sean Summers, VP executivo e CMO da líder em e-commerce na América Latina, conta à Bloomberg Línea como a empresa conduz a estratégia de diversificação
Galperin atribui tudo isso a uma abordagem lenta e constante.

“Se olharmos para as nossas taxas de crescimento, tirando os anos de pandemia, nunca crescemos 500%, 700%, como outras empresas fizeram em outras partes do mundo, mas temos crescido a taxas de 30%, 40% durante 25 anos”, disse ele. “Quando você soma, isso realmente permite que você passe de quatro caras em nossa garagem para uma empresa com receita de US$ 14 bilhões neste ano.”

Agora, enquanto outras empresas de tecnologia cortaram empregos e reduziram investimento nos últimos 18 meses, o MELI acrescentou 13.000 empregos neste ano – 2.000 deles em engenharia. E pode contratar outros 3.000 no próximo ano, disse Galperin.

A empresa está investindo mais em inteligência artificial para ajudar os desenvolvedores e fornecer atendimento ao cliente para seus negócios de varejo e serviços financeiros. A empresa, fundada na Argentina e hoje sediada em Montevidéu, no Uruguai, emprega cerca de 50 mil pessoas.

O Mercado Livre conseguiu aproveitar os altos níveis de empreendedorismo e uso de smartphones da América Latina para oferecer aos comerciantes um mercado e formas de cobrar de seus clientes. Os compradores podem comprar de tudo, desde tablets a equipamentos de ginástica e peças automotivas, ao mesmo tempo em que obtêm planos de pagamento para financiar as transações.

A receita funcionou em mercados-chave como a Argentina, apesar dos enormes desafios econômicos da última década, e continuou se expandindo apesar do crescimento abaixo da média no Brasil e no México e — por vezes — de uma diminuição da classe média.

Olhando para o futuro, o MELI construiu um negócio de publicidade junto com uma unidade de vídeos curtos para os vendedores comercializarem produtos. Planeja continuar a melhorar a logística por meio de armazéns, aviões e vans de entrega, bem como oferecer cada vez mais serviços financeiros a clientes não bancarizados.

Até agora, o MELI tem conseguido afastar concorrentes, incluindo a Amazon (AMZN), as empresas asiáticas Shein e Shopee e empresas locais no Brasil e no México. Uma em cada quatro pequenas e médias empresas que utiliza a plataforma de comércio eletrônico na América Latina obtém entre metade ou toda a sua renda com ela, de acordo com relatório recente do EuroMonitor.

“Eventualmente, um concorrente terá algum sucesso na América Latina, mas, por enquanto, é realmente um negócio de apenas um”, disse Sean Dunlop, analista de ações da Morningstar Equity Research, que tem recomendação de manutenção para as ações. “Realmente não existe uma empresa que tenha o grau de alcance e o grau de enraizamento no ecossistema de varejo.”

Com tudo isso, Galperin, 52 anos, natural de Buenos Aires, tornou-se uma das pessoas mais ricas da América Latina, com uma fortuna estimada em US$ 7,2 bilhões, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg.

Depois de estudar economia e finanças na Wharton School da Universidade da Pensilvânia, trabalhou na empresa estatal de energia argentina YPF no programa de moeda e derivados de petróleo. Ele então trabalhou no JPMorgan Chase em Nova York, no departamento de renda fixa, antes de fazer um MBA em Stanford.

Foi lá que ele mergulhou no crescente cenário tecnológico e foi co-fundador do Mercado Livre com o argentino Hernan Kazah e com Stelleo Tolda, do Brasil. Não existia um mercado online na América Latina quando o uso da internet estava no começo. Vários anos depois, o eBay adquiriu uma grande participação na empresa que manteve até 2016. Hoje, o valor de mercado do MELI é quatro vezes maior.

Agora, o braço de pagamentos e fintech do MELI, o Mercado Pago, que foi criado em 2003 para complementar o marketplace, cresce tão rápido – cerca de 47% ano após ano – que suas receitas quase ultrapassaram as do lado comercial do negócio.

O Mercado Livre tem uma carteira de empréstimos de US$ 3,5 bilhões em circulação na região, processou 47,3 milhões de pagamentos no terceiro trimestre e emitiu cartões de crédito e contas de poupança em seus principais mercados. O Mercado Pago teve 48,8 milhões de usuários únicos ativos de fintech no terceiro trimestre.

“Ainda vemos uma população que não tem conta bancária de uma forma importante, uma grande parte da população não tem acesso a serviços financeiros, sejam cartões de crédito, sejam empréstimos, sejam produtos de seguros, até pagamentos digitais”, disse Galperin. “Portanto, acreditamos que isso continuará crescendo por muitas décadas.”

Em um sinal da sua abordagem lenta e constante, Galperin não se deixou atrair para uma batalha por clientes no repentino ambiente de expansão de fintechs do México para oferecer taxas de rentabilidade tão elevadas como 15% em contas de poupança. Isso é 3,75 pontos percentuais acima da taxa básica do banco central. O Mercado Pago paga 10%.

“No geral, o importante é ter o produto certo, o portfólio certo de soluções e a experiência do usuário certa”, disse ele. “Normalmente não competimos de forma tática e promocional de curto prazo.”

O maior risco para o MELI são quaisquer alterações aos regulamentos relativos à privacidade de dados que possam “fechar a capilaridade” entre os negócios de varejo e os de serviços financeiros, de acordo com Dunlop. Atualmente não existe nenhuma legislação digna de nota que faça isso.

“O Mercado Livre está bem posicionado para continuar sendo o provedor dominante de comércio eletrônico na América Latina, com amplas oportunidades pela frente”, escreveu Jennifer Bartashus, analista sênior do setor da Bloomberg Intelligence, em relatório. “Acreditamos que seu negócio de fintech oferece uma vantagem competitiva e pode se tornar maior que o negócio de comércio nos próximos dois anos.”

O México, em particular, tornou-se uma área de atenção cada vez mais importante. Em termos de participação nas receitas, o México saltou para cerca de 20%, contra apenas 7,6% há cinco anos. O Brasil ainda representa mais da metade dos negócios do MELI, enquanto a Argentina representa 22% das vendas e “outros países” representam o restante.

Os armazéns do MELI estão com “capacidade máxima” no México e a empresa pretende adicionar cerca de 11 centros de distribuição nos próximos quatro a cinco anos, disse ele. Com um mercado tão aberto, os vendedores chineses representam 15% do total no mercado mexicano do MELI, contra zero em lugares como a Argentina.

‘Pombas voando’
Embora Galperin viva agora no Uruguai, ele tem acompanhado de perto a evolução política da Argentina.

Ele parecia muito feliz com a vitória de Javier Milei nas eleições presidenciais de novembro do país, com a postagem de uma foto de pombas voando ao pôr do sol depois de serem libertadas de uma corrente, acrescentando apenas uma palavra: “Livre”.

Uma imagem semelhante é agora a foto do perfil de Galperin no X (ex-Twitter), em que ele parabenizou Milei assim que assumiu o cargo em 10 de dezembro e culpou o populismo por “mergulhar-nos no declínio e na pobreza”.

Na entrevista, Galperin expressou otimismo cauteloso sobre Milei indicar mudanças na Argentina, embora seu governo enfrente desafios hercúleos.

“Uma empresa que fundei há 24 anos chama-se Mercado Livre, por isso gosto definitivamente quando ouço um político dizer que vai favorecer o mercado livre e o capitalismo”, disse Galperin na entrevista. “Acho que é uma forma de gerar crescimento econômico.”

‘https://www.bloomberglinea.com.br/negocios/como-saimos-da-garagem-a-us-14-bi-em-receita-conta-ceo-do-mercado-livre/?source=piano-newsletter-br&campaign=breakfast&pnespid=rLJoDSQfZaUa2ODHr27oQoDUo0_jScJtNbPmw7p3tQNmSfd_w2vF5Wk8Ww0I31C.0Cvz2lO8Lg

Uma radiografia do e-commerce no Brasil – o caso do Mercado Livre

Líder em comércio eletrônico na América Latina deu transparência a dados e políticas internas para responder se cumpre padrões da OCDE.

Os hábitos dos brasileiros mudaram e comprar online já está no cotidiano de grande parte das 150 milhões de pessoas conectadas. Com isso, nos últimos três anos, o comércio eletrônico movimentou R$ 450 bilhões em operações de compra e venda no país, de acordo com o Observatório de Comércio Eletrônico do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Mas essas mudanças de comportamento, tão aceleradas, vieram acompanhadas da evolução do e-commerce brasileiro no mesmo ritmo? Ou, o comércio eletrônico nacional, segue os mesmos níveis de mercados que observaram antes o crescimento do consumo online?

O Mercado Livre resolveu buscar as respostas – voltando o olhar para dentro do grupo, que tem valor de mercado de US$ 70 bilhões, recebe cerca de 670 milhões de acessos mensais e acaba por influenciar todo o setor ao ocupar a liderança na América Latina.

O ponto de partida foram diretrizes e parâmetros para plataformas de comércio eletrônico estabelecidos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), formada por países membros e da qual o Brasil participa. A organização reúne as melhores práticas em 12 princípios com foco em garantir a confiança dos consumidores em ambiente virtual, bem como o desenvolvimento das plataformas de e-commerce.

Com isso em vista, o Laboratório de Direitos Humanos e Novas Tecnologias (LabSul) realizou uma radiografia para entender em qual medida e como o Mercado Livre, em suas plataformas de comércio e pagamento, atende os princípios – que deu origem ao relatório Boas práticas internacionais no e-commerce: estudo de caso Mercado Livre. O estudo perpassa por cada um dos padrões internacionais da OCDE – que vão desde proteção ao consumidor, segurança em dados e pagamentos até inclusão e garantia de direitos.

E o diagnóstico do LabSul é que o comércio eletrônico brasileiro, puxado pela plataforma, tem lugar de destaque pelo apoio ao microempreendedorismo, o crédito facilitado, a geração de empregos e a preocupação com o desenvolvimento econômico regional e a dedicação com o crescimento sustentável. Colocados em prática, esses elementos funcionam como aceleradores da transformação econômica e social da América Latina.

Olhar para dentro é essencial para entender se, de fato, esse objetivo está sendo perseguido – e sem efeitos colaterais que poderiam ser evitados.

“Com o aumento do comércio eletrônico e das plataformas de pagamento, é essencial estabelecer padrões para garantir a segurança, a confiabilidade e a eficiência das transações online. Ter standards claros e bem definidos é fundamental não apenas para proteger os consumidores, mas para promover um ambiente de negócios saudável e competitivo”, comenta o professor e consultor Gustavo Silveira Borges, diretor executivo do LabSul e coordenador do levantamento.

Proteção a direitos: privacidade, segurança e propriedade intelectual
Um dos maiores desafios para o comércio eletrônico no mundo todo é o combate à pirataria e a proteção à propriedade intelectual – problema que preocupa consumidores e desafia plataformas, já que, segundo a própria OCDE, o comércio de bens falsificados pode representar cerca de 3% das vendas globais.

O estudo constatou uma boa notícia: as ferramentas avançadas do Mercado Livre, com capacidade de checar até cinco mil variáveis em um anúncio em cerca de um segundo, têm sido capazes de deter ofertas de produtos que violam esses direitos.

“Além de priorizarmos a proteção da privacidade dos usuários, oferecemos diversas opções para denunciar violações de direitos de propriedade intelectual, bem como garantir a conformidade com os Termos e Condições”, afirma o diretor de relações governamentais do Mercado Livre, François Martins. Nessa linha, em 2022, foram removidos mais de 90 mil vendedores da plataforma por violações.

Um exemplo é que o Mercado Livre tem o botão de “denunciar” em todas as publicações, permitindo que qualquer usuário reporte violações às políticas da plataforma. Em relação à proteção à propriedade intelectual de forma mais específica, há um canal de denúncias exclusivo, o Brand Protection Program (BPP), que opera em 18 países com atenção redobrada.

O BPP oferece uma ferramenta avançada para denúncias e gestão de casos, permitindo a solicitação de remoção de publicações que violem direitos de propriedade intelectual, mesmo por parte de não usuários da plataforma.

De acordo com relatórios de transparência do Mercado Livre, o BPP conta com mais de 9 mil membros e mais de 50 mil direitos cadastrados – ou seja, o alcance de marcas e autores conhecidos e protegidos de antemão, volume que está em constante ampliação –, tendo recebido mais de meio milhão de denúncias de violações.

“Integrando tecnologias de machine learning para aprender com as denúncias recebidas no BPP, aprimoramos a identificação proativa de conteúdos irregulares. Nossos relatórios indicam que mais de 1,8 milhão de detecções proativas foram realizadas, representando 85% dos conteúdos excluídos por violações de direitos de propriedade intelectual no ano passado”, conta Martins.

Em 2022, mais de 1,8 milhão de detecções proativas foram realizadas, representando 85% dos conteúdos excluídos por violações de direitos de propriedade intelectual

Já em relação à privacidade de dados e cibersegurança, que são outras preocupações elencadas pela OCDE, a empresa mantém vigilância para evitar vazamento de informações e prevenir incidentes por uma equipe de cerca de 300 engenheiros inteiramente focados no assunto – eles se somam a outros 25 mil funcionários treinados.

E, de modo a garantir que os consumidores estejam seguros, inclusive no pagamento das transações, são implementados princípios de automação e descentralização, resposta automática e análise comportamental, que visam evitar o vazamento de informação e prevenir ataques cibernéticos.

Já sobre os direitos do consumidor, pontos centrais das diretrizes da OCDE, foram destacadas a garantia do exercício do direito de arrependimento aos consumidores, no programa Compra Garantida – em vez de sete dias após a entrega do produto, como estabelece a legislação, há a ampliação para até 30 dias.

Além disso, os usuários têm acesso à estrutura para a solução de reclamações, com uma equipe especializada em mediação e que tem o potencial de reduzir a judicialização. No Brasil, a plataforma faz uso ativo de métodos extrajudiciais para resolução de conflitos, como o Consumidor.gov, por exemplo.

Para a companhia, os resultados do estudo são um sinal positivo sobre o caminho que a empresa segue – com a confiança de que a rota é segura. “O estudo é essencial para fortalecer a posição do Mercado Livre como um parceiro confiável, alinhado com padrões internacionais de boas práticas no setor de e-commerce e comprometido com o desenvolvimento de políticas públicas que impulsionam a inovação, protejam os consumidores e promovam um mercado digital saudável e competitivo”, resume Martins.

Democratização do acesso
Contudo, a empresa reconhece que há pontos a reforçar. Um dos principais focos de desenvolvimento é o da democratização do acesso, que se espera que o Mercado Livre avance na remoção de barreiras de conexão e no aprimoramento da acessibilidade para pessoas com deficiência em suas plataformas.

“Este é um dos maiores desafios enfrentados não apenas pela empresa, mas por toda a indústria de comércio eletrônico. O compromisso do MELI com a acessibilidade é evidenciado pela aplicação do princípio ‘nada sobre nós sem nós’”, comenta o Woolley Ribeiro, responsável por programas e parcerias dentro da área relações governamentais do Mercado Livre e idealizador do estudo.

“Por isso, nos esforçamos para garantir que nossa equipe seja diversa e inclusiva, incluindo especialistas e pessoas com deficiência. Esse esforço visa a assegurar que as plataformas sejam cada vez mais acessíveis e amigáveis para todos os usuários”, completa.

Em relação a esse ponto, o estudo observou a recente implementação de ferramentas de acessibilidade no Mercado Pago, o banco digital do grupo, para aprimorar a experiência de pessoas surdas sinalizantes e aquelas com deficiência auditiva por meio da disponibilização de atendimento em Libras no SAC. O modelo passará por melhorias contínuas se adaptando à trajetória dos usuários. Isso ainda deve se expandir para outras frentes, incluindo o marketplace.

Um dos pilares de recomendações da OCDE recai justamente sobre políticas de educação, conscientização e competência digital, que devem ser implementadas por plataformas de e-commerce.

O estudo identificou iniciativas do Mercado Livre que envolvem capacitação técnica para jovens de comunidades próximas aos centros de distribuição, foco do programa Redes para o Futuro; para formar profissionais de tecnologia, no Certified Tech Developer; e despertar o interesse de adolescentes para disciplinas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática, no projeto Entropía, entre outros programas.

Para se ter noção do impacto desse tipo de programa, entre os 545 jovens formados pelo programa Redes para o Futuro no Brasil, 36% deixaram a formação direto para o primeiro emprego formal; no Chile, esse foi o resultado para 70% dos participantes. Já após o Entropía, 96% dos adolescentes disseram fazer planos de estudar engenharia após terem o interesse despertado pelo projeto.

Essas são algumas das iniciativas na área, e que o estudo enxerga potencial de reduzir desigualdades na América Latina, mas pondera que, de modo geral, elas estão concentradas somente em alguns países em que a empresa atua. Levar essas iniciativas a mais gente deve estar nos próximos passos.

O Mercado Pago tem ferramentas de acessibilidade para aprimorar a experiência de pessoas surdas sinalizantes e aquelas com deficiência auditiva por meio da disponibilização de atendimento em Libras no SAC. O modelo ainda deve se expandir para outras frentes, incluindo o marketplace

Outras frentes com resultados relevantes – mas que o LabSul recomendou ampliar para aprofundar os impactos positivos – são de gestão ambiental e agenda de sustentabilidade.

Os primeiros resultados já são animadores. Hoje, a companhia implementa ações para migrar 100% das operações dos centros de distribuição para fontes de energia limpa; investe na ampliação da frota e da infraestrutura para veículos elétricos (aumentou a rede em 45% em 2022); utiliza apenas caixas de papelão certificado ou reciclado; apoia projetos de regeneração de biomas no Brasil e no México; e vendeu quase 8 milhões de produtos destacados pelo impacto positivo nos últimos dois anos.

Melhoria contínua e o que vem pela frente
Mirando o futuro, o foco da empresa está em consolidar e expandir suas práticas alinhadas com os padrões internacionais, buscando o aprimoramento e evolução alinhados à cultura da empresa.

“Isso inclui garantir a conformidade com as diretrizes da OCDE, promover inovação contínua, fortalecer a colaboração com stakeholders e adaptar-se ao contexto regulatório local. Entretanto, a empresa está atenta a alguns cuidados essenciais. Isso envolve estar em conformidade com regulamentações locais, especialmente sobre proteção do consumidor e segurança de dados”, aponta Martins, do Mercado Livre.

“É crucial encontrar um equilíbrio entre inovação e regulação, assegurando que novas tecnologias e práticas estejam alinhadas com as recomendações internacionais e legislações locais”, completa.

O estudo realizado pelo LabSul, seguindo os parâmetros estabelecidos pela OCDE, oferece um olhar aprofundado sobre as práticas e políticas adotadas pelo Mercado Livre no cenário do e-commerce – fornecendo insights para o mercado como um todo.

“Ao refletir sobre a evolução do comércio eletrônico no Brasil e sua conformidade com os princípios internacionais da OCDE, ficou evidente o compromisso do Mercado Livre em priorizar a confiança do consumidor, promover o desenvolvimento econômico regional e impulsionar um ambiente de negócios saudável”, afirma Borges, do LabSul.

Uma das principais constatações, que ultrapassam a liderança setorial, é o papel da empresa em contribuir para a formulação de políticas públicas, com foco na inovação, proteção dos consumidores e estímulo a um mercado digital competitivo.

“Olhar para o futuro implica consolidar não apenas as práticas alinhadas com padrões internacionais, mas também adaptá-las de acordo com as demandas locais, garantindo um equilíbrio entre inovação e conformidade regulatória, um desafio central para o avanço sustentável do comércio eletrônico”, pontua Martins.

‘https://www.jota.info/coberturas-especiais/uma-radiografia-do-e-commerce-no-brasil-o-caso-do-mercado-livre-22122023

Magalu intensifica operação logística para entregar compras antes do Natal

Empresa entregará produtos em um dia em 16 capitais e em mais de 165 cidades do país; nesse período de alta demanda, foram contratados 1,5 mil profissionais temporários para atuar nos CDs

O Magalu organizou uma operação logística para entregar compras em apenas um dia, em 16 capitais e 165 cidades brasileiras. O consumidor deve checar, na hora da compra, o prazo de entrega. Há opções de produtos de estoque próprio e do marketplace com entrega em 24 horas.

Para colocar a operação em prática, desde setembro, a empresa se prepara para os maiores eventos do ano: Black Friday, Natal e Liquidação Fantástica. Neste período de alta companhia, a companhia contratou 1,5 mil profissionais temporários para atuar nos centros de distribuição.

As capitais que participam da entrega super-rápida de Natal são: São Paulo (SP), Salvador (BA), Rio de Janeiro (RJ), Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS),Cuiabá (MT), Belém (PA), Brasília (DF), Porto Alegre (RS), Maceió (AL), Florianópolis (SC), Goiânia (GO), Curitiba (PR), Recife (PE) e Natal (RN). Os produtos devem ser vendidos e entregues pelo Magalu.

“As 1,3 mil lojas físicas do Magalu exercem um papel fundamental para as entregas do e-commerce, pois funciona como um hub de distribuição de entregas para clientes próximos, reduz custos e acelera a entrega até a casa do consumidor”, declarou a companhia em comunicado.

‘https://mundologistica.com.br/noticias/magalu-intensifica-operacao-logistica-para-o-natal

Após tributação do governo, compras na Shein, Aliexpress e Shopee despencam

Compras feitas nas plataformas Aliexpress, Shein e Shopee recuam mais de 50%.

Em outubro último, as importações de produtos de pequeno valor, categoria que inclui aqueles comprados em plataformas de comércio eletrônico como Aliexpress, Shein e Shopee, registraram o maior recuo do ano com uma queda de 54,5% em comparação ao mesmo mês de 2022.

No total, o valor importado chegou a US$ 659 milhões em outubro de 2023, contra US$ 1,4 milhões de 2022. O levantamento foi realizado pela Vixtra, fintech de comércio exterior, com base em dados divulgados pelo Banco Central na primeira semana de dezembro.

Este é o maior recuo desde que as discussões sobre uma possível taxação desses produtos começou a ser debatida pelo governo – em abril deste ano. Em agosto, primeiro mês em que as novas regras de tributação para esses produtos entraram em vigor, as importações haviam crescido 32,9% em relação ao mês anterior. Entretanto, em comparação ao mesmo mês de 2022, houve recuo de 13,6% no período.

A partir de setembro, houve uma queda mais acentuada. Naquele mês, as importações recuaram 30,3% e chegaram a US$ 832 mi – em números absolutos a queda foi de US$ 361. Em outubro, os dados mais recentes disponibilizados pelo Bacen revelam que o recuo continuou e cresceu ainda mais. Em números, a queda de 54,5% e chegaram a US$ 659 milhões – em números absolutos a queda foi de US$ 791 milhões.

Impostos, impostos e mais impostos

Leonardo Baltieri, co-CEO da Vixtra, avalia que a taxação é a principal responsável pela redução.

“A medida que os consumidores começaram a ser taxados e os relatos foram se espalhando pelas mídias sociais, muitas pessoas começaram a ter receio de comprar nessas plataformas ou até evitá-las”, afirma. “Os consumidores são atraídos pelos preços mais acessíveis praticados por essas empresas, com a taxação desses produtos, muitos começam a questionar se ainda faz sentido adquiri-los por esses canais. Com as novas regras, as mercadorias abaixo de US$ 50 têm os impostos de importação zerados, mas ainda incidem 17% de ICMS. Para os produtos acima de US$ 50, os valores praticamente dobram, uma vez que incidem sobre eles uma alíquota de 60%, além dos 17% de ICMS.”

No acumulado anual, também houve um recuo, embora menor. Nos dez primeiros meses deste ano, foram importados US$ 8,3 bilhões, queda de 16,12% em comparação ao mesmo período do ano passado, quando atingiu US$ 9,9 bilhões. Em números absolutos, a queda é de US$ 1,6 bilhão a menos.

“A despeito do recuo, esse tipo de importação ainda movimenta bilhões anualmente e, provavelmente, deve seguir assim por algum tempo. Todavia, as novas regras tributárias devem segurar o crescimento expressivo que essas transações alcançaram continuamente no decorrer dos últimos anos”, afirma Baltieri.

“O custo-benefício seguirá como o principal fator-chave para a realização dessas compras pelo consumidor final”, conclui.

‘https://www.terra.com.br/economia/apos-tributacao-do-governo-compras-na-shein-aliexpress-e-shopee-despencam,eb869d5a5ec37057d8c7276ae29b5ec6mgc0j0jh.html?utm_source=clipboard

Como a Shein economiza bilhões / ano com uma estratégia incomum de UX?

Prepare-se para ter sua mente explodida com as informações que você vai ver agora.

Devolver produtos é uma dor de cabeça para qualquer varejista. Afinal, isso ataca agressivamente as margens de lucro, perturba as taxas de conversão e ameaça o negócio dos varejistas em expansão.

Nos EUA, estima-se que as devoluções custam às plataformas de e-commerce cerca de 550 bilhões de dólares, sendo que a maioria dos produtos (57%) devolvidos pertencem à categoria de vestuário.

Se tirarmos essa porcentagem de 37% do faturamento da Shein de 2022, por exemplo, que foi de 22.7 bilhões (8 deles, só no Brasil), a marca perderia cerca de mais de 8 bilhões, ou seja… o faturamento em um país do tamanho de um continente, como o nosso!

Como ela faz isso?

Por incrível que pareça, a Shein evita devoluções fazendo com que as pessoas leiam devagar e também naveguem com mais consciência pela loja.

A equipe de UX da Shein sabe que as pessoas tendem a tratar as informações online de forma superficial, lendo apenas 28% das palavras em média. Por isso, eles apresentam palavras de forma eficaz em sua página inicial e usam maior quantidade delas para engajar os usuários.

Exemplo de página de produto da Shein

E a navegação apressada é pior do que a leitura apressada. A marca faz isso visando organizar o conteúdo de sua página inicial de forma atraente e informativa, utilizando títulos cativantes, descrições detalhadas e call-to-actions persuasivos para ajudar os usuários a entenderem melhor os produtos antes de tomar decisões de compra.

Uma das features principais é o Fit Finder (imagem abaixo), que permite aos clientes inserir a marca do sapato que usam, o tipo de sapato, o tamanho do sapato e, depois, retornar com um tamanho recomendado.

O Fit Finder da Shein na prática

Em um modelo tradicional, é comum que o varejista peça para o usuário se medir. Já a Shein traz algo já existente e claro para o usuário, o que, sem dúvidas, converte mais.

Ela também usa muito de prova social, que é pedir aos seus consumidores a darem depoimento de como aquela roupa vestiu neles, e a área de review da página de produto da segurança para que você também possa pedir o seu.

No mundo online, velocidade e eficiência são primordiais, mas frequentemente esquecemos que, embora as velocidades de computação tenham avançado, a compreensão humana deve acompanhar o mesmo ritmo.

Afinal, imagine se a plataforma tivesse a devolução de produtos, sendo localizada na China? Tudo isso faz parte da jornada de sucesso da Shein, que acaba de iniciar o processo para abrir capital na Bolsa de Valores de NY.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/como-a-shein-economiza-bilhoes-ano-com-uma-estrategia-incomum-de-ux

‘Natal de A a Z’: a celebração da Amazon no Brasil

Ação da Amazon Brasil conta com lista de presentes com ofertas, uma exposição interativa, e vagões do metrô decorados para as festas.

Passada a Black Friday, os consumidores e o mercado voltam sua atenção às festas de fim de ano. A Amazon Brasil não fica de fora e preparou uma nova campanha para as festividades: o “Natal de A a Z”.
Durante o mês de dezembro, o marketplace apresenta ofertas diárias e uma lista de sugestões de presentes em seu site, assim como uma exposição intitulada “O Natal brasileiro de A a Z”, além de um “Trem de Presentes”, recheado de produtos que atravessará a cidade de São Paulo.

Com a campanha, a Amazon busca celebrar a singularidade das festas brasileiras no período de final de ano, refletindo a cultura e os desejos dos consumidores por aqui. “Sabemos que o mesmo consumidor que esteve conosco em todas as datas e eventos quer também estar perto das pessoas queridas e presenteá-los em uma data tão significativa quanto o Natal”, afirma Daniel Mazini, presidente da Amazon.com.br.

“É muito importante reforçar que somos uma empresa que conhece e ouve seu cliente, sempre perto dos hábitos, cultura e interesses de nosso consumidor. Queremos que este consumidor saiba que há, de A a Z, muito mais do que ele imagina em nossa oferta de produtos. São mais de 100 milhões de produtos, em mais de 50 categorias”, destaca o executivo.

“Tudo isso não fazemos sozinhos”, acrescenta. “Seguimos juntos de marcas importantes e de nossos vendedores parceiros, que tanto nos apoiam o ano todo”.

Natal de A a Z

A categoria de Brinquedos, por exemplo, terá descontos de até 25%, com marcas como Play-DohBarbie Polly Pocket. Já os produtos de Beleza e Moda, que também terão 25% off, incluem marcas como MaybellineCalvin Klein e Adidas, e OlympikusHering e Puka. Itens de Cozinha da Porto BrasilOxford e Alleanza também poderão ser encontrados no site da Amazon Brasil com descontos.

Categorias como Eletrônicos e Alimentos e Bebidas terão até 20% de descontos, com produtos e presentes de marcas como JBLEdifierL’or e Orfeu.

O jeito brasileiro de celebrar

Além das ofertas, a Amazon Brasil realizará “O Natal brasileiro é de A a Z”, um espaço interativo sediado no Shopping Eldorado, na cidade de São Paulo, que recria o lar brasileiro nas festas de fim de ano. A instalação estará aberta para visitações até 17 de dezembro, retratando a brasilidade do Natal e do Réveillon brasileiros, além de oferecer uma seleção de produtos de grandes marcas parceiras do marketplace.

Algumas das marcas presentes no espaço interativo são 3 Corações, Amarula, Bosch, Copag, Electrolux, Estrela, Eucerin, Fisher-Price, Johnnie Walker, Lancôme, Mattel, Mondial, Nestlé, Oster, Philips, Sanremo, Singer, Tramontina, Walita, Wap e Xalingo – e muito mais. Os produtos expostos na instalação terão QR Codes para direcionar os consumidores para o site da Amazon para mais informações e para que realizem suas compras.

“Organizamos essa gama de itens pensando na representatividade brasileira durante as comemorações, que costumam ser diferentes dos outros países”, diz Juliana Sztrajtman, diretora de varejo da Amazon Brasil. “O Natal brasileiro é singular e diverso em todas as regiões do país. Temos a deliciosa missão de diversificar ofertas e presentes para cada perfil de brasileiro e brasileira”.

Um trem de presentes

Até dia 26 de dezembro, seis vagões da linha 2 Verde do Metrô de São Paulo serão transformados para celebrar o Natal da Amazon Brasil. A customização, feita em parceria com a Score Retail, empresa de data retail da B&Partners, levarão o tema do “Natal Amazon: Natal de A a Z” para promover presentes e ofertas disponíveis no site do marketplace.

Além disso, a ação irá proporcionar uma experiência imersiva – tanto na parte interna quanto externa dos trens – para os passageiros do Metrô de São Paulo, criando a atmosfera do espírito festivo com decoração natalina e pilhas de presentes dentro dos vagões para celebrar a época do ano. Os trens também contarão com QR Codes para que os consumidores possam acessar a lista de presentes em oferta no site da Amazon Brasil.

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