A próxima grande aposta da Amazon: reabastecer as prateleiras das lojas físicas

Gigante do comércio eletrônico lança serviço de logística para comerciantes de seu marketplace, com a estratégia de abrir uma nova fonte de receita

A Amazon (AMZO34) está oferecendo um novo serviço que permitirá que seus 2 milhões de parceiros comerciais entreguem estoques diretamente em lojas físicas e armazéns, no mais recente esforço da gigante do comércio eletrônico para expandir sua rede logística além do atendimento aos compradores on-line.

A Amazon anunciou nesta terça-feira (12) que o serviço, que está atualmente em testes, estará disponível de forma mais ampla ainda este ano. A oferta foi revelada esta semana na Amazon Accelerate, uma conferência que atraiu cerca de 2 mil comerciantes online a Seattle.

A estratégia demonstra que a gigante do comércio eletrônico está tentando controlar mais estoques na cadeia de suprimentos antes de serem vendidos. Os comerciantes podem utilizar o serviço para enviar estoques para armazéns administrados por outros provedores de logística, outros mercados online e até mesmo para lojas físicas para serem colocados nas prateleiras.

O serviço aumentará outros programas da empresa, como o Buy with Prime, que permite que os comerciantes paguem à Amazon para entregar produtos a clientes que fazem compras em sites que não são da Amazon.

A Amazon vem agregando serviços há anos em um esforço para se tornar uma empresa líder em logística que supervisiona o fluxo de produtos das fábricas na China até as portas dos clientes em todo o mundo. Ela está tentando substituir uma variedade de empresas que lidam com tarefas como frete marítimo, alfândega, transporte terrestre e armazenamento de estoque, por um serviço contínuo. Outras empresas interessadas no espaço incluem a startup de logística Flexport, que anunciou serviços semelhantes também nesta terça-feira.

Cerca de 60% de todos os produtos vendidos na Amazon vêm de comerciantes independentes. Eles pagam comissões à empresa sobre cada venda, além de taxas adicionais de logística e publicidade. Esses comerciantes têm sido um foco cada vez maior da empresa. Com a desaceleração do crescimento das vendas online, a Amazon tem aumentado as taxas que cobra dos comerciantes e olhando além de sua loja virtual em busca de fontes adicionais de receita.

Os serviços de vendas da Amazon geraram US$ 32,3 bilhões no segundo trimestre, um aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano anterior e mais do que o lucrativo negócio de serviços em nuvem. No ano passado, pela primeira vez, os encargos e taxas da empresa para os vendedores começaram a absorver cerca de metade do custo de cada venda, dificultando o lucro dos comerciantes. Nos EUA, o maior mercado da Amazon, a empresa capta cerca de 37,6% de todos os gastos online, segundo a Insider Intelligence.

“Os vendedores poderão descarregar ainda mais a complexidade da logística de sua cadeia de suprimentos para a Amazon, tanto para os produtos que vendem nas lojas da Amazon quanto por meio de outros canais de vendas, incluindo lojas físicas e online”, disse Dharmesh Mehta, vice-presidente da Amazon em carga de serviços de vendedor em todo o mundo.

“Estamos entusiasmados em ajudar os vendedores, dentro e fora da Amazon, a economizar mais dinheiro, impulsionar mais crescimento dos negócios e ter mais tempo para continuar inventando produtos incríveis para os clientes.”

AliExpress adere ao programa Remessa Conforme, tributação de 92% é esperada

Compras no e-commerce chinês AliExpress vão sofrer mudanças com o ingresso da empresa no programa governamental Remessa Conforme. Para valores superiores e inferiores a U$ 50, a nova regulamentação para compras importadas já identifica os impostos no carrinho.

Uma captura de tela foi responsável pelo fomento de comentários acerca das novas tributações nas compras. O comunicado, destinado aos parceiros da AliExpress, se espalhou rapidamente pelas redes sociais e preocupou os consumidores.

A veracidade das informações foi confirmada pelo e-commerce asiático.

Novas tributações

O comunicado da empresa detalha: “para compras abaixo de US$ 50, o governo também estabeleceu que o imposto a ser pago será 17% (somente Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS). Para compras acima desse valor, o valor permanece 92% do total”.

Felipe Santos Costa, membro da Comissão Especial de Assuntos Tributários e advogado especialista em direito tributário, explica quais são as novas implicações do programa.

Para pessoas físicas com compras até U$ 50, é preciso pagar somente o imposto estadual (ICMS) com alíquota de 17%, não há necessidade de pagar o Imposto sobre Importação.

No caso de compras acima de U$ 50 são dois impostos envolvidos: o ICMS (17%) e o Imposto de Importação (60%), totalizando 77%.

A porcentagem de 92% de imposto, é oriunda do ICMS incidindo por dentro. Ou seja, um imposto embutido no custo do produto tornando a cobrança do imposto dobrada, esclarece Costa.

Além disso, a varejista está trabalhando na criação de uma plataforma que permite o cálculo dos impostos devidos. Mas até o momento, as compras permanecem da maneira como os clientes estão acostumados.

Remessa Conforme

O programa encabeçado pelo Ministério da Fazenda teve início em agosto, com adesão voluntária das empresas.

Visando facilitar as operações de comércio exterior, as mercadorias apresentaram um selo e antes da entrada no país os impostos devem ser coletados.

O diferencial da Remessa Conforme é a isenção do imposto federal de importação, em compras abaixo de US$ 50. O ICMS, entretanto, continua sendo aplicado em compras abaixo ou acima deste valor.

Magalu testa seu marketplace no WhatsApp

A companhia tem agora todo o seu marketplace disponível no catálogo do aplicativo, mas ainda não está disponível para 100% dos clientes.

Magalu, começou, em fase de teste, a oferecer o WhatsApp como mais um canal de compras para seus mais de 37 milhões de clientes ativos. Em parceria com a Meta e o smarters, O Magalu tem agora todo o seu marketplace disponível no catálogo do aplicativo. “Há uma nova forma de vender a partir do comércio conversacional e o WhatsApp nos permitiu isso, de forma pioneira no Brasil”, afirma Eduardo Galanternick, vice-presidente de negócios da companhia.

“O WhatsApp faz parte do nosso dia a dia e as pessoas já esperam poder se engajar com as empresas por mensagens, em experiências ricas, que vão desde a descoberta de um produto, esclarecimento de dúvidas, fechamento da compra, até rastrear o pedido e receber atendimento pós-venda. É isso que torna a experiência de integração de catálogos do Magalu tão valiosa e estamos ansiosos para acompanhar os resultados e expandir a solução”, afirma Guilherme Horn, head do WhatsApp para mercados estratégicos na Meta.

A funcionalidade ainda não está disponível para 100% dos clientes. Neste primeiro momento, tanto Magalu quanto Época Cosméticos estão analisando o comportamento do consumidor, taxas de abandono de carrinhos, entre outras métricas de desempenho antes de liberar o uso para toda a base das duas empresas. “Esses estudos não devem demorar muitos dias”, afirma o executivo. “Queremos explorar ainda a possibilidade de Click-to-WhatsApp e entender como usar o recurso nas conversas para gerar vendas”, explica, em referência aos anúncios que levam consumidores direto do feed do Instagram e Facebook para a conversa no WhatsApp.

Nesse sistema, o portfólio do marketplace do Magalu é atualizado em tempo real, incluindo preços e estoque, graças a uma integração de API, realizada pelo smarter. Ao navegar pelo catálogo das empresas no WhatsApp, os usuários podem checar informações sobre produtos, incluir itens no carrinho e, então, concluir a compra no app do Magalu. São mais de 106 milhões de ofertas disponíveis no marketplace da companhia, distribuídas por mais de 300 mil sellers.

“Com mais esse modelo, vamos chegar ao que acredito ser o caminho natural do varejo. Não estamos fazendo isso para substituir os canais de venda. Estamos indo ao encontro do desejo do consumidor, explorando uma forma de vender por meio do comércio conversacional”, diz Galanternick.

Potencial de mercado

Estima-se que existam 197 milhões de usuários de WhatsApp no Brasil, ou seja, 9 a cada dez brasileiros têm o aplicativo instalado. O país é um dos três maiores mercados da plataforma no mundo, juntamente com Índia e Indonésia

Ainda de acordo com a empresa, pelo menos 40% dos seus anunciantes no Brasil fazem uso da modalidade de click-to-message – formato de publicidade que direciona as pessoas que clicam no anúncio diretamente para conversas com os canais de mensageria da companhia, como WhatsApp, Messenger e Instagram.

Um estudo da Kantar – encomendado pela Meta – apontou que 80% dos brasileiros concordam que as mensagens como forma preferida de se comunicar com uma empresa. Já 81% responderam que acham que é mais fácil enviar mensagem para uma empresa do que lidar com um site. Em relação a fechar negócios, 78% dos entrevistados disseram que tenderiam a fazer compras com empresas com as quais conseguem conversar por meio de mensagens.

‘https://www.telesintese.com.br/magalu-testa-seu-marketplace-no-whatsapp/

Mercado Livre compartilha insights para alavancar as vendas no setor de moda

No segundo dia do Mercado Livre Experience 2023, Lys Prol e Carolina Pissardo, Gerente do Marketplace de Moda e Head de Fashion e Esportes do Mercado Livre, subiram ao palco do evento para apontar insights importantes que alavancam as vendas no setor de moda do marketplace. Já consolidado pelos consumidores do setor, o e-commerce tem cada vez mais ganhado inovações tecnológicas para melhorar a experiência nas plataformas e também atrair consumidores.

Em estudo recente realizado pelo Mercado Livre sobre a categoria de moda, foi identificado que 68% dos compradores acessam diariamente o marketplace e mais de 65% se informam bastante sobre o produto antes de concluir a compra. Esse hábito inclui a busca por novos produtos e marcas, que muitas vezes são destaque para influenciar a decisão de compra. No Mercado Livre, por exemplo, 50% dos impactos em publicidade são alcançados no setor de roupas e calçados, enquanto 36% são em acessórios de moda. Além disso, esses consumidores também são adeptos da compra repetida, onde 58% voltam para o site para garantir novos produtos.

Durante o painel, foram apresentados dados sobre uma das datas mais importantes para o varejo: a Black Friday, que, segundo os dados apresentados, possui cerca de 50,7 milhões de usuários navegando no site durante o período e 2,6x mais publicações visitadas, se comparado a uma semana regular. A ideia é preparar os sellers para se projetar para o momento, pois a previsão é de que 2023 será um ano histórico, já que não terá outro evento concorrente no período, como no caso de 2022 com a Copa do Mundo.

Portanto, a estimativa é crescer mais 23%, seguido pelo Natal, que deverá ter 14% de aumento nas compras no mês de dezembro em relação aos números do ano passado.

Além disso, também foram apresentadas ferramentas poderosas do ecossistema para alavancar as vendas dos sellers, as dicas foram voltadas para investimento em cupons, ficar de olho nas fashion trends e os clips – uma novidade, espécie de reels dentro do site, que possibilita os vendedores a produção de vídeos curtos para exibir melhor o produto.

Os clips geram cinco vezes mais visibilidade para os anúncios, um conteúdo que segmenta uma audiência específica para itens específicos. Para as palestrantes, essa é uma dica de ouro para a Black Friday e o Natal. Através deles, é possível levar o usuário até o anúncio do item exibido de uma maneira mais rápida e interativa. Para os sellers do setor fashion, é uma oportunidade de negócio, pois o consumidor poderá ver o caimento das peças, ideias para montagem de looks, cores e demais aspectos das peças.

Entre os insights, também foi destacado a importância de preparar o estoque, seguir de olho nas tendências e produtos que estão em alta na demanda dos consumidores. A organização da operação, uma boa descrição do produto com a tabela de medidas, fotos padronizadas e bem iluminadas, agilidade na resposta das dúvidas e o cuidado com a reputação do vendedor são outros pontos de atenção para impulsionar as vendas nas datas de maior demanda.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/mercado-livre-compartilha-insights-para-alavancar-as-vendas-no-setor-de-moda

Sites estrangeiros sobem tarifas e lojista repassa

As grandes plataformas on-line estrangeiras, que têm crescido de forma acelerada no país, promoveram aumentos em tarifas e criaram novas cobranças a lojistas em seus marketplaces, e isso já tem gerado reação dos vendedores nas últimas semanas.

Segundo avisos enviados às lojas, a Amazon passou a aplicar mudanças nas regras em agosto, e Shopee e Mercado Livre, em junho e julho, respectivamente. Lojistas começam a repassar a pressão nos custos aos clientes, o que tende a encarecer os produtos.

Outro marketplace com forte crescimento no Brasil, a Shein alterou regras para os promotores de sua marca (chamados de afiliados), limitando a aplicação de descontos nos preços a clientes.

No modelo de marketplace, as plataformas oferecem serviços às lojas, como publicidade nos sites e aplicativos e logística, e recebem uma comissão por isso, que varia de 10% a 20% do valor da venda.

Juros altos e aumentos em custos operacionais explicam em parte essa mudanças, mas consultores veem uma busca por ganho de margem e de redução de perdas.

O movimento se dá em um ambiente de retração das vendas do comércio on-line no país, embora as grandes plataformas afirmem que não sentem esse efeito. O recuo começou em 2022 e permanece neste ano. As vendas on-line encolheram 14% de janeiro a junho, segundo a Neotrust.

No caso da Amazon as tarifas de envio subiram entre 13% e 56% em relação à tabela anterior, calculou o Valor, com base nas novas tabelas enviadas às lojas. Se o cliente usar o sistema completo da Amazon – que inclui coleta, etiquetagem e entrega do produto – o reajuste é de 13%. Se o cliente usar só uma parte, o serviço ficou mais caro. Lojistas dizem que é uma tentativa de migrá-los para o serviço completo da companhia.

No Brasil, essa onda de reajustes ganhou força após compradores já terem sinalizado, em redes sociais nos últimos meses, maior preocupação sobre o risco de elevação de preços em sites estrangeiros, com as novas regras de importação de produtos de até US$ 50, a partir de 1º de agosto.

Reajustes foram feitos para compensar parcialmente o custo operacional mais elevado” — AmazonNo Mercado Livre, um novo cálculo sobre custos de envios aos domicílios, incluindo variáveis que não existiam, vale desde julho.

A empresa decidiu considerar não só o volume da encomenda, mas a distância da empresa do vendedor até o centro de distribuição do Mercado Livre que atende o lojista. A alteração afeta lojistas que usam o serviço de logística do grupo, batizado de “full”, com entregas no mesmo dia.

Além disso, o custo fixo por unidade vendida na empresa voltou a subir – passou a R$ 6, frente aos R$ 5,50 cobrados até então (eram R$ 5 em dezembro passado). Isso é válido para os anúncios abaixo de R$ 79. O valor é adicionado à taxa de comissão para dois planos (clássico e premium). Cada categoria de produto tem comissões diferentes.

Outra alteração envolve critérios para calcular o custo de envio no modelo de remessa própria (Mercado Envios), em que o lojista oferece frete grátis.

No Mercado Livre, a partir de julho, a base para essa conta passou a ser o peso de 2 kg, e não mais os de 5 kg. E se a remessa pesar mais de 2 kg, será usado o indicador que for maior – o peso físico ou o volumétrico (calculado a partir do comprimento, largura e altura). Antes se considerava só o peso.

“Isso afeta as mercadorias que ocupam muito espaço no transporte, mas que são leves, como colchões. Com esses produtos, se o preço cobrado for apenas pelo peso, o preço do frete pode não compensar o transporte”, diz um diretor de empresa aérea. O Mercado Livre, fundado na Argentina, usa aviões na sua logística no país.

Um ajuste positivo, na opinião de vendedores ouvidos pelo Valor, refere-se a itens de supermercados. Até a metade do ano, a empresa cobrava um valor adicional único de R$ 4 por produto vendido até o limite de R$ 199. Agora foram definidos valores para diferentes faixas de preço. Também não será cobrado do lojista o descarte de produtos que ficam parados nos centros de distribuição, por avarias.

Outro marketplace estrangeiro, a Shopee, sediada em Cingapura, decidiu implementar em junho uma nova tarifa, de R$ 2, que se soma à taxa de comissão no cálculo de custo por item enviado. Amazon, Mercado Livre e Magazine Luiza já cobram esse valor extra.

A comissão da Shopee, para lojistas que usam o programa da empresa de frete grátis, está em de 20% mais os R$ 2. Para aqueles fora do programa, são 14% somados aos R$ 2. O limite máximo de comissão permanece em R$ 100.

A Amazon, que vinha absorvendo as pressões em custos no Brasil, sem repasses frequentes às lojas, promoveu reajustes na taxa de comissão de 13 categorias de produtos. Em 24 categorias não houve mudanças e uma teve queda.

No programa de logística da Amazon (FBA), em que ela armazena, empacota e distribui os itens do vendedor, as tarifas de envio subiram, em média, R$ 3,20. Nas tarifas de coleta do FBA a alta média foi de R$ 0,06 por unidade.

Já aos lojistas que fazem a sua própria distribuição e não usam a estrutura da Amazon, a alta foi maior, de R$ 4,68, em média. Nesses casos, a Amazon sugere “como alternativa para obter uma tarifa mais baixa”, que o vendedor “aprenda mais sobre o programa FBA”. É nele que a empresa rentabiliza mais os seus serviços.

Em outro serviço, chamado “Delivery by Amazon”, em que a plataforma faz a entrega, mas não faz a armazenagem, a alta foi de R$ 0,50 por item para produtos de até R$ 79.

A Amazon também decidiu dividir as tarifas de envios em várias faixas de peso de produtos, como o Mercado Livre também fez. Nessas divisões, os reajustes promovidos variaram de 13% a 55,95% a depender do peso e do serviço.

Apesar desse movimento, o diretor de uma plataforma reforça que os vendedores têm autonomia para definir a sua política de vendas e distribuição, e a qualidade do serviço oferecida avançou no país.

“Damos prazo de 30 dias para os ‘sellers’ se adaptarem às mudanças, e ainda há melhorias que são feitas com base nas reclamações deles. Não há dúvida que o serviço deles melhorou muito no Brasil com os marketplaces, e isso atrai a venda”, defende ele.

A chinesa Shein não fez aumentos, mas decidiu limitar, após julho, o acesso de clientes a códigos que dão descontos nos preços. Isso ocorreu por meio da conta de afiliados (usuários que ganham comissão divulgando produtos). Afiliados foram às redes sociais criticar a empresa, apurou o Valor.

O consumidor que compra pela Shein pode fazê-lo de forma vinculada a uma cota de um afiliado, para conseguir melhores descontos. Essa permissão era válida por 90 dias. Mas o código passou a valer apenas por 30 dias, podendo renovar por, no máximo, mais 30 dias.

Ocorre que, a redução no prazo que o comprador pode usar o código nas compras afeta a comissão dos afiliados, de até 8%. “O afiliado precisará agora conquistar mais clientes para não perder valor de comissão. Por isso teve tanta crítica nas redes. E o que a Shein busca é um maior fluxo maior de consumidores ativos ”, afirma uma ex-afiliada da Shopee e da Shein.

Após publicação de resultados globais dos grupos em 2023, cresceu a discussão no mercado em torno de um equilíbrio maior entre receita e despesas, de forma a abrir espaço para ganhos de rentabilidade. Para Roberto Wajnsztok, sócio diretor da Gouvêa Consulting para varejo digital, “há um amadurecimento das operações de marketplace no país, que não caçam mais crescimento puro e simples, porque há um ambiente de capital mais caro globalmente e de pressão por resultados”, afirma.

“Como são operações que lideram esse setor no país, elas conseguem fazer ajustes de forma quase conjunta, sem perder ‘share’. O problema é que o lojista menor, nessa confusão de tarifas e novos critérios, acaba ficando perdido”.

Vendedores de pequeno porte são mais de 90% da base de lojistas das grandes plataformas.

Na Shopee, o executivo Tony Hou, diretor financeiro da Sea Limited, dona da empresa, disse a analistas em agosto, que houve uma queda de 83% na perda de margem de contribuição por pedido no Brasil, “refletindo melhor monetização e maior eficiência em nossas operações”.

O Valor ouviu lojistas de pequeno e médio portes de produtos para casa, na área de saúde e de moda, e há movimento de repasses dos reajustes aos preços.

“Eu já repassei uma parte no preço e aumentei prazo em uma parcela para não pesar para o cliente ”, diz uma vendedora de moda feminina na Shopee e Mercado Livre. Um lojista que vende vitaminas e artigos esportivos afirma que teve uma alta de 30,8% no serviço de entrega da Amazon.

“No sistema em que eles armazenam e despacham, a tarifa subiu menos, 26%. Mas ainda não sei se vale a pena mudar. Primeiro eu estou repassando a alta, aí vou decidir se mudo”, diz ele.

Procurado, o Mercado Livre informa que os ajustes levaram em consideração fatores como a inflação preço médio dos combustíveis e o impacto da taxa básica de juros. E diz que as alterações têm como objetivo a manutenção e melhora dos seus serviços.

A Amazon informa que houve pressões contínuas sobre as taxas de juros, e isso está afetando os custos operacionais neste ano. Diz que segue “investindo fortemente em pessoas, tecnologia e infraestrutura” e “ao mesmo tempo que trabalha para ter mais eficiência operacional”.

A respeito dos aumentos mais baixos para o serviço de armazenagem e entrega da empresa, e sugestão aos lojistas que migrem para ele, a empresa diz que o programa foi pensado “para otimizar a logística dos vendedores”, e com ele, parceiros podem crescer suas vendas, em média, em até cinco vezes.

A Shopee confirma que fez aumentos referente à comissão, diz que atua com transparência e tem “um forte compromisso com o empreendedorismo local” e quer desenvolver novas formas de ajudar os parceiros a terem mais oportunidades. A nota anda cita “benefícios” que traz aos lojistas, como treinamentos gratuitos, cupons e ações de marketing. E diz que a política de comissão está em seu site.

A Shein, sobre as alterações no programa de afiliados, informa que faz atualizações constantes nessa operação e “visando atender às necessidades do negócio”. E confirma que as últimas mudanças buscam atrair novos clientes.

‘https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/08/31/sites-estrangeiros-sobem-tarifas-e-lojista-repassa.ghtml

Mercado Livre avalia venda de produtos importados no Brasil se sites estrangeiros ‘continuarem tendo vantagem’

E-commerce abre centro de distribuição no Rio e passa a entregar no mesmo dia na cidade.

Diante da competição com asiáticas como Shopee e Shein e daquilo que chama de ausência de isonomia tributária, o Mercado Livre avalia estimular no Brasil as vendas “cross-border” — isto é, enviadas por vendedores estrangeiros. Hoje, esse volume é desprezível na operação do e-commerce por aqui, mas representa 15% do volume das vendas da companhia no México, observou Fernando Yunes, que comanda o Mercado Livre no Brasil.

— A gente defende a isonomia entre internacionais e nacionais. A isenção do imposto de 60% para zero (para compras até US$ 50), nas nossas contas, gera um benefício para as internacionais. A gente acredita que o imposto de importação deve mudar e buscar uma isonomia, embora não volte para 60%. Se não, os estrangeiros terão vantagem diante dos locais — afirmou o executivo, em conversas com jornalistas em São Paulo nesta quarta-feira.

Desde o início do mês, o programa Remessa Conforme permite que produtos de até US$ 50 importados via marketplaces como Shein, Shopee e AliExpress fiquem isentos do imposto de importação, cuja alíquota é de 60%. Incide sobre eles apenas o ICMS de 17%. Mas o governo federal já sinalizou que estuda voltar a cobrar imposto de importação desse tipo de produto, embora não tenha mencionado alíquotas. O movimento é uma aparente reação às críticas de varejistas locais, que vêm reclamando da isenção proporcionada pela Fazenda aos sites estrangeiros.

— A gente gosta de trabalhar com os vendedores locais, eles são o nosso foco. Por isso a gente nunca incentivou isso (a venda cross-border) no Brasil. Hoje o volume é desprezível. Mas, a partir do momento em que players estrangeiros tem vantagem, inevitavelmente vai haver um crescimento das vendas de fora. Seria uma alternativa a desenvolver. No México, elas já são 15% do volume total, com times inteiros dedicados a esse modelo — observou Yunes, que participa de evento do Mercado Livre para 15 mil vendedores brasileiros da plataforma.

Novos centros de distribuição

Enquanto compete com rivais internacionais, o Mercado Livre está expandindo sua infraestrutura logística no Brasil. A companhia anunciou, nesta quarta-feira, a abertura de dois novos centros de distribuição (CDs), elevando para dez o total. Um deles acaba de ser aberto no Rio, no bairro de Cordovil, Zona Norte da capital; o outro será aberto no ano que vem no Recife. Além disso, a empresa diz ter acrescentado uma aeronave à sua frota própria, chegando a nove aviões.

— Esses CDs vão permitir a entrega no mesmo dia para os consumidores do Grande Rio e do Grande Recife — explicou Yunes, acrescentando que a companhia negocia a abertura de um CD no Ceará. — Estamos esperando um decreto ser publicado autorizando o modelo com que operamos, pelo qual a empresa não precisa abrir um CNPJ no estado onde o CD está.

Hoje, 80% das entregas no país são feitas em até 48 horas, e 50%, até o dia seguinte. (No pré-pandemia, a taxa era de 13%).

A empresa diz que os novos CDs criarão 1 mil empregos diretos, mas não precisa o valor do investimento. No total, o Mercado Livre prevê investir R$ 19 bilhões este ano no Brasil.

Fidelidade

A companhia também anunciou a criação de um novo programa de fidelidade, batizado de Meli+, que embute assinaturas dos serviços de streaming Disney+, Star+ e Deezer, compras com frete grátis para valores a partir de R$ 29 e possibilidade de entregas agendadas. O Meli+ vai custar R$ 17,99 por mês — um subsídio agressivo para atrair clientes interessados em serviços de streaming que custam mais caro individualmente.

Este mês, o Mercado Livre já havia lançado seu próprio serviço de streaming, o Mercado Play, que é gratuito e exibe conteúdo selecionado de parceiros, como Disney+, Star+, HBO Max e Paramount+. O serviço exibirá anúncios.

— O Meli+ pode ser subsidiado, mas o streaming tem publicidade que gera mais receita. Fazemos isso com disciplina, não existe a possibilidade de gente fazer um grande investimento e depois dar prejuízo, como muitos concorrentes fazem — justificou o CEO do Mercado Livre, o argentino Marcos Galperin, ao ser questionado sobre o retorno financeiro do programa de fidelidade.

Apesar da desaceleração do e-commerce na ressaca do pós-pandemia, os executivos dizem que o Mercado Livre está aumentando vendas e crescendo participação de mercado. De acordo com Yunes, este mês de agosto foi o maior em vendas já registrado pela plataforma, com crescimento da ordem de 30% na comparação com o ano anterior.

Inteligência artificial

Galperin contou que uma das ferramentas que a companhia está estudando é a inteligência artificial generativa, sobretudo os chamados LLM (Large Language Models), como o ChatGPT. A companhia fez um hackaton interno com 1,5 mil desenvolvedores em busca de soluções baseadas na tecnologia.

— A IA generativa terá um impacto importante na plataforma e vai ajudar os vendedores, por exemplo, a responder perguntas e preparar os produtos que exibe na plataforma. Ela vai mudar muito nosso produto e nossa plataforma nos próximos cinco anos — explicou.

‘https://oglobo.globo.com/blogs/capital/post/2023/08/mercado-livre-avalia-venda-de-produtos-importados-no-brasil-se-sites-estrangeiros-continuarem-tendo-vantagem.ghtml

Shein faz acordo com dona da Forever 21 e da Reebok e compra um terço da empresa

Mantendo sua relevância em alta, a gigante asiática Shein e o Grupo Sparc – donos de marcas como Forever 21, Nautica e Reebok – trocaram ações e participações empresariais em novo contrato assinado na quinta-feira (24). 

A marca popularizada através do comércio eletrônico passará a vender seus produtos nas lojas físicas da Forever 21 e a marca de fast fashion estará inclusa no site e aplicativo da Shein.

De acordo com o comunicado, o grupo Sparc passou a ser um acionista minoritário da varejista online e a Shein recebeu uma participação em torno de ⅓ da joint venture dos grupos Authentic Brands e Simon Property.

O grupo Sparc espera que a experiência em e-commerce e o alcance global da Shein possam oferecer uma plataforma de expansão para suas marcas. A parceria visa alavancar a distribuição da Forever 21, “agregando valor e variedade para a extensa base de clientes da Shein”.

Entretanto, os termos financeiros e o tamanho da participação não foram revelados.

Desafios e oportunidades no mercado brasileiro

Vale relembrar que nos últimos anos a Forever 21 enfrentou dificuldades, incluindo uma recuperação judicial nos EUA antes da aquisição pela Authentic Brands. Em 2017, a chegada da marca no Brasil foi marcada por uma estratégia de lojas “âncoras” em shoppings com a venda de roupas a preço baixo.

Contudo, a partir de 2020 a empresa precisou enfrentar uma série de ações judiciais referente ao pagamento do aluguel nos shoppings. E, sem possibilidade de acordo com a Multiplan, em 2022 todas as unidades no Brasil foram fechadas.

De maneira oposta, lançada no Brasil há apenas três anos, a Shein apresentou um crescimento exponencial, apostando principalmente em promover o país. Contando ainda com planos de expansão de sua produção para o Brasil.

Mesmo em meio às discussões acerca da cobrança de impostos de importação, a varejista continua investindo no país, que caracteriza um dos maiores mercados da empresa no mundo, ao lado de Europa e EUA.

Ademais, o Brasil é pioneiro na atuação da Shein como um marketplace, possuindo vendedores locais.

“Temos um plano nacional para o Brasil, um plano de crescimento que vai acontecer”, declarou Felipe Fleister, gerente de países da Sheinno Fórum E-Commerce Brasil 2023.

No acordo ainda há a possibilidade para explorar shop-in-shops, isto é, a venda de produtos dentro de lojas de outra marca. Almejando experiências focadas no cliente Shein em lojas da Forever 21”.

“Juntas, Shein e grupo Sparc planejam utilizar suas plataformas e conhecimentos complementares para acelerar a inovação de produtos, explorar novas estratégias de negócios, aprimorar as experiências dos clientes e aumentar suas presenças no mercado”, concluíram as empresas no comunicado.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/shein-em-acordo-com-donos-da-fast-fashion-forever-21-adquire-um-terco-da-empresa

A escolha estratégica da transportadora como diferencial no marketplace

Os marketplaces se tornaram uma opção popular para pequenas e médias empresas venderem seus produtos online, pois, além de oferecerem um fluxo constante de visitantes e uma estrutura prática para o processo de vendas, também representam uma oportunidade de ampliar a visibilidade da marca.

No entanto, esse ambiente também traz alguns desafios, como a dificuldade em personalizar experiências, regras de venda e entrega. É aí que a escolha de uma transportadora eficiente e confiável se torna um diferencial estratégico para o sucesso no marketplace. Afinal, a entrega do produto é o momento em que o cliente tem o primeiro contato físico com a marca.

Para saber mais sobre as razões para escolher uma transportadora ao invés de apenas aceitar a primeira opção, continue a leitura. Apresentando as principais vantagens de um parceiro confiável e como ele pode ajudar a impulsionar as vendas no marketplace.

Como funciona o frete em marketplaces?

A maioria dos grandes marketplaces oferecem serviços próprios de  logística,  o que pode parecer uma opção prática para os lojistas. No entanto, é fundamental entender como funciona o processo de frete nestes espaços, para evitar surpresas desagradáveis e garantir que os produtos cheguem aos clientes da melhor forma possível.

É importante ressaltar que os marketplaces costumam ter regras rígidas para a entrega, como prazos e condições específicas, que podem variar de acordo com o tipo de produto e localização do cliente, além de opções padronizadas, o que pode prejudicar ainda mais a personalização da experiência do cliente, gerando prejuízos significativos para o empreendedor online.

Dessa maneira, é imprescindível estar atento a essas regras e conhecer outras opções de frete. Nesse caso, a escolha de uma transportadora de confiança, que atenda as demandas específicas do negócio, pode ser um fator chave para o êxito.

Mais alguns motivos para escolher uma transportadora eficiente e conhecida pelo empreendedor. Confira:

– Lojistas são responsáveis pela logística e frete

Os lojistas que utilizam marketplaces têm a responsabilidade de garantir serviços de qualidade e confiáveis a seus clientes, mesmo que a venda seja intermediada pela plataforma. Essa é uma questão crucial para os empreendedores, pois a escolha adequada do fornecedor logístico faz toda a diferença no desempenho do negócio.

Em contrapartida, a escolha errada da transportadora pode gerar um alto número de disputas – e consequentemente, prejuízos para o caixa dos vendedores online. A maior parte das disputas podem ser evitadas com uma empresa que entregue os produtos no prazo e em perfeito estado ao consumidor final, sem danos ou avarias.

E em caso de danos ou avarias, que podem ocorrer até mesmo por fatores externos, as transportadoras que estão ao lado dos lojistas e resolvem o problema de maneira efetiva também ganham destaque na hora de escolher em continuar com aquela transportadora por tempo indeterminado.

Todos esses fatores ajudam a loja a construir uma boa reputação e recomendações entre os clientes, destacando-se da concorrência

– É preciso ter uma logística reversa ágil

Quando se trata de entregas, imprevistos podem acontecer e é essencial que a transportadora escolhida seja capaz de lidar com eles de maneira ágil e transparente. Isso se aplica especialmente em casos de devoluções ou problemas na entrega, onde a logística reversa entra em cena. A logística reversa é o processo logístico que envolve a coleta, transporte e gerenciamento dos produtos devolvidos pelos clientes.

Por isso, é primordial que se considere durante a seleção de um operador logístico para ser seu parceiro, uma estrutura robusta e confiável, que ofereça uma experiência eficiente em momentos desafiadores, garantindo a satisfação do cliente e mantendo a reputação positiva do negócio no marketplace.

– Ter mais de uma opção de entrega

Muitas empresas costumam optar pelo serviço de envios e entregas de encomendas tradicional e mais conhecido, devido à sua confiabilidade. No entanto, é importante destacar que ter apenas uma opção logística pode gerar suas limitações em determinadas situações. Desse modo, é inteligente contar com mais de uma opção de entrega, com o mesmo nível de excelência ou até mesmo superior.

Ao diversificar as opções, os lojistas evitam depender exclusivamente de uma única transportadora, reduzindo os riscos de atrasos nas entregas e, consequentemente, melhorando a experiência de compra dos clientes. Além disso, essa alternativa também pode ser útil em momentos de pico de demanda ou em situações de contingência, evitando a necessidade de negar pedidos por falta de capacidade logística.

Contudo, compreender a importância da escolha da transportadora adequada é fundamental para as empresas que atuam em marketplaces. Essa decisão pode ser determinante para evitar prejuízos e garantir uma boa reputação no mercado, proporcionando uma experiência de primeira para os clientes em um ambiente onde a concorrência é cada vez mais acirrada.

Por outro lado, uma logística ineficiente pode gerar custos desnecessários, atrasos nas entregas e insatisfação dos clientes, o que prejudica a imagem e a competitividade das empresas.

Portanto, é essencial pesquisar e selecionar uma empresa de entregas que seja  confiável e eficiente, que conte com uma infraestrutura adequada para atender as necessidades da sua empresa no marketplace. Além do que, é indispensável que a fornecedora ofereça serviços de logística reversa, processo primordial no mercado online.

Com a escolha certa da transportadora, a empresa pode se destacar pela qualidade do serviço prestado, fortalecer a fidelização dos clientes e, consequentemente, ampliando sua participação no mercado.

A Total Express como parceira estratégica

A Total Express é reconhecida por sua confiabilidade e eficiência. Com quase três décadas de experiência no mercado de entregas, com cobertura em território nacional, além de uma infraestrutura completa e robusta.

A liderança em atender pequenos e médios e-commerces, bem como gigantes do varejo, é resultado do compromisso da empresa em oferecer soluções personalizadas e de qualidade. Com mais de 16 hubs e malhas regionais e 120 estruturas de last mile, a Total Express está preparada para atender as necessidades da sua empresa no marketplace, independentemente da localização dos clientes.

Além disso, a Total Express investe em serviços de logística reversa ágil e eficiente, que garantem uma jornada transparente e satisfatória para os clientes em casos de devoluções ou problemas na entrega.

Ao escolher a Total Express como transportadora, os clientes contam com uma equipe especializada, tecnologia de ponta e um atendimento diferenciado, que garante a satisfação dos clientes e o sucesso do seu negócio no marketplace.

‘https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/escolha-estrategica-da-transportadora-diferencial-no-marketplace

Cinco marketplaces detêm quase 80% das vendas online no país

A informação faz parte do ranking das 300 maiores varejistas em faturamento feito pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo.

A informação faz parte do ranking das 300 maiores varejistas em faturamento feito pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). O estudo avaliou a fatia dos marketplaces em relação às vendas totais online apuradas pela consultoria NielsenIQ.

“O peso e a relevância das grandes plataformas explodiram na pandemia e não pararam de crescer, mesmo num ano no qual o e-commerce avançou menos do que o varejo”, observa Alberto Serrentino, vice-presidente da SBVC e responsável pelo estudo.

Estreantes

Esta é a 9.ª edição do levantamento e, pela primeira vez, o Mercado Livre, maior marketplace do varejo nacional, informou o seu volume de vendas. O marketplace, de origem argentina, que liderou a lista dos shoppings virtuais, faturou R$ 80,5 bilhões no Brasil em 2022.

Na sequência, vêm Americanas (R$ 44,3 bilhões), Magazine Luiza (R$ 43,3 bilhões), Via (R$ 20,5 bilhões) e Amazon (R$ 14,6 bilhões). Os números da Americanas são anteriores à crise que atingiu a empresa após a revelação de inconsistências contábeis em seus balanços, em janeiro deste ano.

Eduardo Terra, presidente da SBVC, ressalta também que, pela primeira vez, foi estimado um valor de quanto a Amazon vendeu no País. A projeção foi feita com base na venda de redes de segmento e perfil similares.

O estudo também traz o ranking das dez maiores varejistas online, considerando apenas o faturamento obtido com estoque próprio. Essa lista é liderada pelo Magazine Luiza, que vendeu no ano passado R$ 27,9 bilhões pela internet. Na sequência, vêm Americanas (R$ 18,7 bilhões), Via (R$ 15,2 bilhões), Amazon (R$ 9,4 bilhões) e a Shein (R$ 7 bilhões) – esta última também estreante no ranking.

Whatsapp

Serrentino destaca ainda a forte digitalização do varejo brasileiro. Das 300 maiores varejistas, 74% vendem online. Essa fatia sobe para 91% quando não se consideram as empresas que comercializam alimentos. Nos supermercados, esse índice está em 57%. “A pauta online está contaminada para baixo pelo varejo alimentar, porque tem empresa que não vende pela internet”, observa.

Outro ponto de destaque é a diversificação dos canais online. No geral, 39% das varejistas online vendem por meio do WhatsApp. Quando se exclui o comércio de alimentos, esse índice também sobe, a 57%.

No setor de materiais de construção, por exemplo, as vendas por meio do aplicativo de mensagens é uma realidade para 70% das varejistas desse segmento. “O legado da pandemia foi a multiplicação das vendas digitais, não só por meio do e-commerce”, diz Serrentino.

‘ https://mercadoeconsumo.com.br/18/08/2023/noticias-varejo/cinco-marketplaces-detem-quase-80-das-vendas-online-no-pais/?cn-reloaded=1

Amazon lança IA para resumir avaliações de produtos

Nova ferramenta de IA generativa da Amazon produz um resumo das avaliações dos consumidores sobre os produtos na plataforma de e-commerce.

A Amazon anunciou na última segunda-feira (14) o lançamento de uma IA generativa para resumir textos em avaliações de produtos. O recurso oferece um parágrafo com os pontos principais — positivos e negativos — comentados pelos usuários na plataforma de e-commerce.

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O objetivo é facilitar a tomada de decisão dos consumidores sobre a compra de produtos de seu interesse através de uma visão resumida dos aspectos mais comentados por outros usuários. A IA da Amazon processa o conjunto de avaliações disponíveis realizadas na plataforma e gera uma espécie de “consenso” dos comentários.

A novidade foi disponibilizada inicialmente em uma ampla seleção de produtos para um seleto grupo de consumidores que acessam a Amazon pelo aplicativo para celular nos Estados Unidos. A empresa informou, no entanto, que a ferramenta será lançada em outras regiões nos próximos meses.

Resumo das avaliações na Amazon
A IA generativa de resumos das avaliações da Amazon destaca os recursos do produto e o sentimento geral de outros consumidores descritos nas análises escritas publicadas na plataforma.

Esses resumos são apresentados em um parágrafo curto na página de detalhes do produto no aplicativo — em uma seção “O que os consumidores dizem” — e acompanhados de tags clicáveis para ajudar os clientes a determinar se o produto atende às suas expectativas.

A partir do resumo, os usuários podem clicar nas tags compiladas para expandir e ler as avaliações completas de outros clientes sobre determinadas características. Dessa forma, os consumidores podem navegar com mais facilidade para entender o desempenho ou a qualidade de um item em um aspecto específico.

Fake reviews
Junto com o anúncio da ferramenta de IA generativa de resumo de avaliações, a Amazon informou que trabalha para garantir a veracidade das opiniões compartilhadas em sua plataforma.

A companhia afirma que investe em recursos para impedir a publicação de avaliações falsas, incluindo o uso de modelos de aprendizado de máquina. Esses modelos analisam histórico de avaliações, relações entre contas, atividade de login e outros dados que podem indicar um comportamento incomum.

Além dos algoritmos, a Amazon recorre a moderadores humanos para manter a integridade das avaliações e a segurança da comunidade. Segundo a companhia, a IA de resumo só analisa as reviews confiáveis de compras verificadas.

https://www.terra.com.br/byte/amazon-lanca-ia-para-resumir-avaliacoes-de-produtos,3f2edaf8c1c62635f304da99a6281c04e2mnax4p.html?utm_source=clipboard