Americanas.com: a atenção aos sellers e os aprendizados da pandemia

Em uma bateria de perguntas na abertura da 12ª edição do Fórum E-Commerce Brasil, o Grand Connection, o Diretor Executivo da Americanas.com, Valmir Andrade, contou como se manter atrativo aos sellers nessa reinvenção de mercado. Sobre o tema, levantou a tarefa que é oferecer tudo para o cliente, onde ele quer adquirir. “Criamos a plataforma para convidar e incluir democraticamente os sellers nessa missão de atender aos clientes. Portanto, a atenção depositada aos sellers é levada a sério, ouvindo seus feedbacks para evoluirmos as plataformas”.

Dentro da Americana.com, Andrade diz que há lojistas que estão começando e outros que já atuam há tempos. E, por isso mesmo, há todo um trabalho personalizado, a fim de apresentar para cada caso uma solução. “Nossa política de frete grátis com benefícios aos lojistas trouxe resultados de taxas de conversão muito altos. Como consequência, tivemos uma redução de cancelamento de pedidos, otimizando praticamente um terço dos pedidos que sofriam com atrasos. Lembro ainda que a velocidade e qualidade das respostas aos clientes tiveram grande impacto positivo também”, completou.

Ainda que a plataforma conte com empresas grandes, Andrade entende o potencial dos pequenos e micro empreendedores, que precisam de apoio (além dos grandes). “A maioria dos sellers que entraram esse ano é de micro e pequenos lojistas. Como benefício eles recebem uma entrega rápida para otimizar os seus negócios, assim como crédito para desenvolverem os seus negócios. Com essa contribuição, podem, por exemplo, expandir o estoque no negócio”.

Resultados de marketing
A plataforma de publicidade (Ads) é um investimento de performance importante para o lojista da Americanas.com. Isso porque a empresa tem uma audiência grande, e essa visibilidade precisou ser trabalhada para otimizar o investimento. “Uma das transformações que o mercado sofreu foi a transição entre físico e digital. Para tanto, oferecemos uma séries de funcionalidades para tornar essa experiência fluída e otimizar o processo como um todo”.

Além de crescer o GMV em 62%, Andrade afirmou que a receita em Ads dentro da Americanas.com aumentou em 200% no segundo trimestre de 2021. “Isso mostra muito como o nosso trabalho de traçar a estratégia mais eficaz aos sellers anunciantes, com soluções customizadas, funcionou muito bem”.

Live commerce – tem espaço para os sellers?
A pandemia foi um trampolim para o investimento no live commerce pela Americanas.com, e mostrou aos sellers a importância da demonstração do produto ao cliente. Por consequência, um grande investimento em tecnologia acompanhou essa plataforma de comércio por vídeo. “A Americanas ao vivo tem grande propósito de conectar a demonstração do produto com a compra do cliente. Quem demonstra já está com o cliente tomando a decisão de compra, colocando o produto no carrinho”.

De acordo com Andrade, o início da plataforma começou com produtos próprios, que trouxeram aprendizados. Posteriormente, levou a operação ao marketplace. “Os resultados foram muito bons, com busca de produtos multiplicadas por 10, sendo a conversão 7 vezes maior”, vibrou. As lives passaram a ser feitas todos os dias da semana, uma vez que se entendeu o tráfego qualificado que era trazido, com pessoas que de fato querem comprar.

Para o executivo, o futuro do live commerce é um só: “todos já têm a câmera. Agora, é preciso falar com propriedade sobre o produto. Ao falar disso corretamente no programa, a chance de converter é enorme. Além dos sellers, qualquer pessoa que entenda sobre o produto poderá usufruir dessa plataforma”, garantiu.

Desafios de tecnologia
Na pandemia, todos foram pegos de surpresa em relação à tecnologia. A adaptação, porém, foi muito rápida e a demanda dos clientes que foram para o on-line cresceu exponencialmente. “Passamos a buscar eficiência ao que já fazíamos e contratamos pessoas específicas para dar continuidade a esse crescimento. Somos uma empresa de tecnologia, por isso aplicamos esse conhecimento para que os sellers e clientes se conectem da melhor forma possível”, finalizou.

Com ‘Correio’ próprio e games, Magazine Luiza (MGLU3) pode subir quase 30% na bolsa, diz Itaú BBA

Em meio às discussões sobre a privatização dos Correios, o Magazine Luiza (MGLU3) decidiu não esperar. A gigante do varejo eletrônico anunciou que pretende operar sua rede de lojas físicas como “agências postais”, para receber e coletar os pedidos dos clientes que fazem compras pela internet.

Os planos ousados de logística, junto com a recente aquisição da KaBuM!, que colocou a companhia no mundo dos games, levaram o Itaú BBA a retomar a cobertura das ações do Magalu com recomendação de compra.

O preço-alvo foi definido em R$ 24 por ação no fim de 2022. O valor representa um potencial de alta de 27,7% em relação ao fechamento de ontem, quando os papéis do Magalu (MGLU3) chegaram ao fim da sessão na B3 cotados a R$ 18,79.

A análise do banco parece refletir a capacidade da varejista de continuar surpreendendo o mercado tanto em termos de estratégia quanto de resultados. Desde o fim de 2015, os papéis do Magalu acumulam uma alta impressionante de mais de 26.000%.

“Em vista do follow-on recente, da aquisição da KaBuM! e de movimentos de guidance logístico e no ramo das fintechs, nós estamos reavaliando nossas estimativas ao mesmo tempo em que tentamos antecipar os próximos passos da empresa”, informa o Itaú BBA em relatório.

Precificada na casa dos bilhões, a aquisição da KaBum! é a maior já realizada pela Magalu até hoje. Para o Itaú BBA, o negócio sinaliza que futuras iniciativas do Magalu podem ocorrer no promissor segmento de games.

O banco também destaca os planos do Magalu para a logística do comércio eletrônico, que incluem dobrar o espaço de armazenamento para 2 milhões de metros quadrados até 2023.

A varejista também pretende transformar sua rede de lojas físicas em “agências postais”. Esses espaços deverão ser usados como centros de entrega e local para os vendedores e clientes deixarem e retirarem os produtos comercializados na plataforma (marketplace) da companhia.

Para os analistas, o sucesso na execução desse plano é um dos principais gatilhos para o crescimento do Magazine Luiza — e também o maior risco.

Ao mesmo tempo, a inserção da Magalu no mercado de fintechs é vista pelo Itaú BBA como uma boa oportunidade para que a empresa expanda de maneira lucrativa sua oferta de serviços aos vendedores cadastrados em seu marketplace.

Americanas lança loja com itens da Amazônia em marketplace social

Plataforma Americanas Social reúne produtos de instituições sociais com todo o lucro revertido para as causas.
A AmazoniAtiva inaugurou na última quinta-feira (2) uma loja na Americanas Social, plataforma de marketplace social da Americanas que reúne produtos de instituições sociais no site e app da marca, com todo o lucro revertido para as causas. A AmazoniAtiva é uma plataforma de produtos e ativos da Amazônia Brasileira e foi idealizada como um dos mecanismos de mercado para reduzir o desmatamento.

Criada em 2019, a AmazoniAtiva foi projetada como parte da estratégia de governança climática para o estado de Rondônia e cresce para se tornar um hub digital de soluções em comercialização, logística, planejamento e gestão da bioeconomia. Atualmente, reúne cerca de 70 parceiros e já beneficia mais de seis mil pessoas nos nove estados que compõem a Amazônia.

Para a estreia na Americanas, foram eleitos sete parceiros: Acre Biojóias; Cacau River; Coomflona; Ekilibre; Saboaria Rondônia; Farofa da Amazônia e Gaia Artesanato. São produtores de cafés, farofas, chocolates, cosméticos, biojóias e artesanatos em madeira certificada. Os protagonistas da AmazoniAtiva são os povos indígenas, quilombolas, extrativistas, pequenos e médios empreendedores, agricultores familiares e lideranças femininas, que representam a diversidade da Amazônia brasileira.

“O propósito da AmazoniAtiva é promover o desenvolvimento da bioeconomia, criando uma conexão entre empreendedores locais, investidores e consumidores. Orientada pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, a iniciativa valoriza o manejo florestal, a criatividade e a capacidade de produção das comunidades extrativistas”, destaca o diretor de Florestas e Políticas Públicas da BVRio, Beto Mesquita. “Um dos critérios da curadoria é o compromisso do parceiro com um modelo de produção inclusivo e responsável, que promova o respeito à diversidade cultural e à sustentabilidade na região”, conclui Renato Castro, gerente de Design e Madeira da BVRio.

Geração de renda e inclusão
Segundo documento publicado pelo Governo do Amazonas, a bioeconomia se refere a estruturas de mercado pautadas em produtos e processos que partem de quatro princípios norteadores: conservação da biodiversidade; ciência e tecnologia voltadas ao uso sustentável da sociobiodiversidade; diminuição das desigualdades sociais e territoriais; expansão das áreas florestadas biodiversas e sustentáveis. “Valorizar as redes de conhecimento produtivo na região e promovê-las na Americanas dará ainda mais visibilidade para acelerar o fomento da economia dos nove estados da Amazônia Legal”, complementa Beto Mesquita.

Ampliando esta visibilidade de causas e trabalhos de ONGs parcerias, como a AmazôniAtiva, o marketplace social da Americanas dá protagonismo a micro e pequenos empreendedores, promovendo a geração de renda, a inclusão e redução das desigualdades. “O objetivo da Americanas Social é utilizar a nossa robusta plataforma de marketplace e a inteligência em logística para conectar, com qualidade e confiança, produtores de todo o Brasil a um mercado gigante, com uma base ativa de 49 milhões de clientes”, explica Jean Lessa, diretor de marketplace da Americanas S.A..

Na Americanas Social, 100% do lucro é revertido para as instituições. “Estamos incluindo estes artesões e comunidades no mapa do e-commerce, com uma gama de conteúdos, soluções e tecnologias que contribuem para o desenvolvimento dos seus negócios. Com isso, fortalecemos também o nosso propósito de somar o que o mundo tem de bom para melhorar a vida das pessoas”, comenta Jean Lessa.

Mercado Livre lança assinatura que dá desconto em streaming e nas entregas

Mercado Livre anunciou um programa de fidelidade que dá acesso a descontos nas entregas e em assinaturas de streaming. A assinatura custa a partir de R$ 13,90 mensais e proporciona ao consumidor o “Nivel 6” de benefícios, que antes era alcançado apenas pelos usuários mais frequentes do e-commerce, que utilizam a conta ou efetuam pagamentos via Mercado Pago.

Agora, com a “oferta exclusiva”, o cliente Nivel 6 terá o streaming da Disney + e Star +. Também haverá desconto de 45% no frete de produtos abaixo de R$ 79.

Esses benefícios se somam à proposta de entretenimento do programa de fidelidade, por meio do qual o usuário também tem descontos nas assinaturas de HBO Max, Deezer e Paramount +.

O passo do Mercado Livre vai no mesmo sentido da concorrente Amazon, que disponibiliza por R$ 9,99 seu streaming próprio, Amazon Prime, frete grátis nas compras, além de acesso ao serviço de streaming de músicas da empresa, o Amazon Music. A concorrente brasileira Via também já tem promoções com oferecimento do streaming da Paramount +.

Sellers aggregators e o seu impacto no varejo digital

Já ouviu falar de empresas como Thrasio, Perch, Berlin Brands e Heyday? Elas lideram o emergente mercado de empresas agregadoras de marcas que operam por meio de marketplaces. Já foram mapeadas mais de 70 empresas como essas pelo mundo e que levantaram recentemente mais de US$ 7 bilhões em capital de risco para acelerar sua expansão.

O que é um agregador de sellers
Tais empresas agregadoras têm como modelo de negócio fazer a aquisição de diversas marcas pequenas e independentes que operam/vendem por meio de grandes marketplaces e que, suportadas pela infraestrutura da agregadora, podem multiplicar as suas vendas.

Para tornar realidade essa multiplicação dos resultados, as empresas agregadoras valem-se de uma robusta infraestrutura que passa a gerir as marcas de forma centralizada, oferecendo economia de escala na produção dos produtos, escala no marketing digital, ferramentas de gestão, infraestrutura financeira e uma equipe especializada em diversas práticas como SEO, CRM, comunicação e marketing, criação, logística, etc.

As agregadoras buscam adquirir marcas ainda em estágio de amadurecimento, mas que já possuem produtos sólidos e desenvolvidos. Marcas fortes e um público consumidor fiel (e muitas vezes nichado).

O recurso financeiro para fazer essas aquisições é decorrente das altas cifras de capital de risco levantadas com investidores. Tal configuração possibilita que grandes investidores possam alocar seu capital de forma estruturada em negócios pequenos e que podem apresentar um altíssimo potencial de crescimento, mas que usualmente estariam fora do radar desses fundos pelo seu pequeno porte.

Quem são eles
A maior parte dos agregadores está operando no mercado norte-americano e, por consequência, dedica-se integralmente a alavancar vendas no marketplace da Amazon. Cada agregador possui uma filosofia/visão de negócios diferente. Alguns focam em comprar muitas marcas pequenas (dezenas, centenas), já outros preferem comprar poucas marcas, porém mais desenvolvidas, com vendas mais consolidadas e uma base de clientes já estabelecida, assim como cada uma dessas empresas está montando uma plataforma/infraestrutura de alavancagem de vendas diferente e com enfoques distintos.

A maior e mais conhecida agregadora é a norte-americana Thrasio (nome inspirado em um guerreiro amazônico da mitologia grega), que levantou US$ 1,7 bilhões com investidores renomados como a Oaktree Capital, dando um valor de mercado para a empresa de US$ 4 bilhões. Desde sua fundação, em 2018, a Thrassio já comprou mais de 120 marcas que vendem mais de 15.000 produtos. Sua plataforma de alavancagem de vendas está principalmente baseada em serviços como suporte estratégico, laboratório de inovação, desenvolvimento de produtos, gerenciamento de reviews de consumidores, SEO, precificação, growth marketing, análise de performance, análise de dados, financeiro, supply chain, operação, gerenciamento de projetos, entre outros.

Outra empresa liderando esse mercado é a também norte-americana Perch. Com um posicionamento e uma infraestrutura similares ao da Thrassio, a empresa levantou US$ 900 milhões em capital de risco para sua estruturação e aquisições e deixa bastante claro no site qual o tipo de negócio/marca eles estão interessados em adquirir: empresas que vendem a maior parte dos seus produtos por meio do marketplace e da infraestrutura da Amazon (FBA – Fullfillment by Amazon), portfólio de produtos vencedores (alta demanda e alto giro), operando em categorias consolidadas e que já faturem US$ 1 milhão anualmente.

Os marketplaces evoluíram e amadureceram nos último dez anos e, como todos os mercados no mundo, quanto mais desenvolvidos, mais concentrados e mais competitivos eles se tornam. Os principais marketplaces globais, principalmente em mercados mais desenvolvidos como Estados Unidos, Europa Ocidental e Ásia, se tornaram ambientes de altíssima competição. Em mercados como esses, é esperado que se surja um movimento de concentração na busca de mais musculatura para tentar abrir vantagem frente à concorrência acirrada.

Amadurecimento e aumento da competição
Os marketplaces evoluíram e amadureceram nos último 10 anos e, como todos os mercados no mundo, quanto mais desenvolvidos mais concentrados e mais competitivos eles se tornam. Os principais marketplaces globais, principalmente em mercados mais desenvolvidos como Estados Unidos, Europa Ocidental e Ásia, se tornaram ambientes de altíssima competição. Em mercados como esses é esperado que surja um movimento de concentração na busca por mais musculatura para tentar abrir vantagem frente à concorrência acirrada.

Já do lado dos proprietários das marcas, integrar-se a um agregador faz sentido para elevar o seu negócio para novos patamares, assim como também é uma interessante porta de saída e de monetização do equity que foi construído.

Vale lembrar também que muitos agregadores oferecem seus serviços sem necessariamente comprar as marcas, permitindo a contratação dos seus serviços, como o acesso à sua plataforma, softwares, equipe, apoio para levantar capital, etc., permitindo uma aceleração e amadurecimento de um número de sellers ainda maior.

Dados esses movimentos, podemos antever que a conjuntura desses fatores só irá acelerar o crescimento da competição e da consolidação nesses ambientes de negócio.

No fundo, os agregadores fazem agora no ambiente on-line o conhecido e usual movimento de consolidação do varejo tradicional, mesma estratégia também usada por grandes indústrias de bens de consumo há muitas décadas.

E no Brasil?
O surgimento de grandes agregadores deve seguir o ritmo do próprio amadurecimento e desenvolvimento dos mercados digitais pelo mundo, ou seja, quanto mais maduro é um mercado, maior o número e influência dos agregadores nele.

Além disso, o modelo ainda é muito novo, está sendo testado no mercado norte-americano e precisa ser comprovado. Outro fator crucial para o seu desenvolvimento é existir um volume abundante de capital de risco no mercado (o que não necessariamente é o caso do Brasil).

Entendo que o mercado brasileiro ainda está em estágio de amadurecimento e que levará algum tempo para que tenhamos o surgimento de agregadores relevantes no País, mas claro que tudo pode mudar conforme os movimentos do mercado. Se por acaso surgir um investidor que entre no País com esse modelo ou quem sabe um dos grandes marketplaces passe a investir nesse modelo, essas ações aumentariam o awareness e poderia antecipar seu surgimento aqui em alguns anos.

Em contrapartida, mesmo com o necessário amadurecimento do digital no País, não podemos esquecer de que a transformação digital acelera rápido e foi impulsionada ainda mais pela pandemia, sendo imperativo que fiquemos à frente dos grandes movimentos de mercado para nos mantermos relevantes.

Fulfillment a favor do seller nos marketplaces

Hoje vou apresentar as vantagens e desvantagens, além dos custos e estratégias, que podemos utilizar com os serviços de fulfillment existentes atualmente. São eles: Mercado Envios Full (Mercado Livre), BFF – B2W fulfillment (Americanas.com) e Amazon FBA. Como os lojistas de marketplace (3P) podem se beneficiar das operações logísticas (2P) destes canais? Quais itens enviar? Quais os custos envolvidos?

A primeira vantagem financeira está nos custos de embalagem (e manuseio) que, atualmente, são integralmente bancados pelos três serviços de fulfillment mencionados. Outro ponto interessante é que todos os serviços coletam gratuitamente os produtos nas empresas dos lojistas, isentando-os de contratar ou manter logística entre a sua operação e o armazém do marketplace.

Mercado Livre
O Mercado Livre possui uma política de frete grátis para todos os pedidos acima de R$ 79. Para produtos comercializados acima deste valor, o vendedor precisa embutir em seu preço, além da comissão, a chamada tarifa de Frete Grátis. Essa tarifa varia de acordo com o peso do item comercializado. Quem usa o Mercado Envios Full paga cerca de 11% a menos nessa tarifa do que ao utilizar o serviço tradicional de envios.

Para itens até R$ 79 o Mercado Livre possui uma taxa extra de R$ 5, além da comissão. Aqui vem mais uma vantagem financeira para o Full do Mercado Livre: itens da categoria Supermercado ficam isentos dessa taxa adicional. Além disso, são beneficiados (indiretamente) pelo Frete Grátis caso o comprador adquira mais produtos da seção Supermercado e/ou exceda o valor de R$ 79 que garante o frete gratuito para várias regiões do país. Pensando que grande parte dos itens de supermercado possuem um ticket médio muito baixo, posso afirmar que vender itens de Supermercado fora do Mercado Envios Full não é um bom negócio.

Recomendo enviar para o Full do Mercado Livre todos os itens da categoria Supermercado. E, caso não seja possível enviar todo o portfólio, focar em produtos acima de R$ 79, que terão tarifas de Frete Grátis inferiores às pagas nos serviços tradicionais de logística — como Ponto de Coleta ou Correios, por exemplo. Atente-se para que pelo menos seus anúncios com mais vendas estejam dentro do serviço.

Também é importante ressaltar que o Mercado Livre deixa mais bem posicionado os anúncios que estão dentro do fulfillment, principalmente quando a opção de envio expresso Mercado Envios Flex está ativa.

O Mercado Envios Flex é o serviço de entrega via motoboy. Ou seja, é onde o seller se compromete a entregar o produto no mesmo dia da compra, até um horário limite de corte, com logística própria. Atualmente, o serviço está disponível para lojistas da região metropolitana de São Paulo. Entretanto, há rumores de expansão para outras capitais brasileiras ainda este ano.

O Mercado Envios Flex funciona juntamente com todas as modalidades de envio do Mercado Livre (operação própria ou fulfillment). Além disso, tem peso significativo na definição do ganhador do buybox (oferta que será destacada pelo canal de venda entre todos os vendedores que comercializam aquele mesmo produto).

Recomendo a ativação do serviço caso ele esteja disponível em sua conta. Se não conseguir realizar as entregas por conta própria, contrate alguma das várias empresas de motoboys que se especializaram neste serviço.

B2W Marketplace
A B2W possui um modelo similar ao do MercadoLivre, com tarifa de Frete Grátis em itens acima de R$ 80. Há também uma taxa extra que varia de R$ 5 a R$ 12,90 para itens entre R$ 0 e R$ 79,99.

Neste momento, a B2W está isentando 100% das taxas extras e de envio para todos os itens comercializados via BFF (fulfillment). Ou seja, torna o serviço obrigatório para vendedores que comercializam seus produtos pela Americanas.com.

Essa estratégia agressiva se deve ao fato de a B2W estar acelerando o seu serviço de logística e querendo a maior quantidade possível de sellers dentro do serviço — passo que o Mercado Livre já concluiu há cerca de três anos. Portanto, é importante aproveitar essa condição. Afinal, ela certamente é limitada e findar-se-á tão logo a B2W atinja o nível pretendido de utilização do serviço.

Vale ressaltar que diferentemente do Mercado Livre (que oferece frete grátis em apenas algumas regiões), o da B2W se aplica para todo o país e também não possui as limitações de peso e dimensões que existem no Mercado Livre. Pelo contrário, na B2W, os produtos da categoria “pesados” (itens grandes e/ou pesados, como por exemplo um fogão ou geladeira) são aceitos e também estão isentos de taxas de Frete Grátis! A B2W é a única que aceita produtos pesados em seu armazém.

Por isso, minha recomendação é enviar todo o portfólio para o BFF e aproveitar ao máximo as isenções oferecidas pela B2W. Minha recomendação é ainda mais forte caso o seu produto não seja de fabricação própria e haja concorrentes atuando com o mesmo item. Portanto, se você não está aproveitando as isenções de taxas e tarifas, o seu concorrente certamente está e muito possivelmente estará vendendo mais que você.

Amazon
Por fim chegamos ao serviço de fulfillment da Amazon, o FBA. Antes de falar das tarifas, é importante esclarecer que estamos falando do serviço Classic, onde os itens ficam dentro do armazém da Amazon.

Existe o “FBA On site”, onde os itens permanecem dentro do estoque do vendedor, e possui tarifas diferentes (e mais caras!) das que vou mencionar aqui. Este serviço On Site pode ser comparado aos serviços de coleta (crossdocking) realizado pelos outros marketplaces. Porém, a Amazon optou por batizar de fulfillment, uma vez que, para o consumidor final, seja no Classic ou On Site, o anúncio aparece com a tag “Prime” e não há distinção de benefícios.

O FBA Classic da Amazon oferece frete grátis para todo o Brasil independente do valor do anúncio. Além disso, é cobrado do vendedor uma tarifa de frete grátis que varia de acordo com o peso do produto.

Uma vez dentro da logística da própria Amazon, a concessão do Frete Grátis torna-se obrigatória e é sempre sustentada por uma tarifa de frete grátis, que tem um dos menores valores do mercado. Por funcionar em todo o país, esse frete grátis torna-se extremamente vantajoso para as regiões Norte e Nordeste. Fora isso, ainda temos, todos os anos, o Prime Day — que no Brasil possui volumes de venda maiores até que a Black Friday da Amazon. Por este motivo, recomendo o envio de todo portfólio para o serviço de fulfillment da Amazon (ou, pelo menos, os de maior giro).

Também não deixe de testar no FBA, caso haja em seu portfólio, o comportamento de itens de ticket médio baixo. Aqui na empresa, convertemos muito com a venda desses itens. Lembro que as vendas ocorrem via Prime mesmo oferecendo o mesmo produto por um valor menor com nossa logística própria (onde não existe frete grátis).

O fulfillment da Amazon é o único que ainda não aceita empresas do Regime Normal (fora do Simples Nacional), o que inabilita grandes empresas e favorece os pequenos empresários.

Não existe clareza sobre como ficarão as taxas de armazenagem e manuseio nos serviços de fulfillment da B2W e Amazon, que estão numa operação mais prematura que o Mercado Livre. Neste, já existe taxa de armazenagem prolongada, cobrada quando o item enviado não é comercializado após 60 dias dentro do armazém. Essa taxa cresce a cada dois meses, chegando ao teto após seis meses parado dentro do armazém.

O Mercado Livre também cobra para remover um item de dentro do armazém. A taxa varia de acordo com a categorização interna do item para o Mercado Livre: pequeno, médio ou grande.

Como mostrei neste texto, os serviços de fulfillment são vantajosos e, se bem utilizados, são até mais baratos que a operação própria. Resumidamente, o custo atual resume-se na necessidade de ter estoque dedicado para atender a cada um dos canais, o que exige um estoque maior.

Magazine Luiza e Via planejam o lançamento dos seus serviços de fulfillment, o que deve tornar o mercado ainda mais competitivo e ampliar os benefícios para os sellers. Afinal, todos estes canais brigam com unhas e dentes pelo título de entrega mais rápida. E, no caso do Full, é a estratégia mais assertiva para eles garantirem o cumprimento dos prazos de entrega prometidos.

Sendo assim, não perca tempo: se ainda não utiliza algum serviço de fulfillment dos marketplaces, corra atrás e aproveite todas essas vantagens!

Aliexpress passa a oferecer rastreamento dos pedidos no Brasil

Por meio de parceria com a Intelipost, objetivo da empresa é fortalecer o marketplace tanto para vendedores quanto para os usuários brasileiros.
Um dos maiores marketplaces do mundo, o Aliexpress anunciou uma novidade para os usuários brasileiros: o rastreamento dos pedidos dos sellers. Para oferecer essa funcionalidade, a empresa de e-commerce firmou parceria com a Intelipost, especializada em gestão de frete e tecnologia para logística no Brasil que dispõe de uma solução para acompanhar os pedidos.

Reconhecida pela maturidade logística e utilização de Big Data, o AliExpress, que pertence ao grupo Alibaba, integra milhares de sellers no mundo, com uma oferta de mais de 200 milhões de produtos.

Por meio da parceria com a Intelipost, os pedidos do marketplace de sellers locais no Brasil poderão ser rastreados. Antes, a AliExpress realizava a atuação apenas com modelo cross border, mas agora estruturará a estratégia local 2 local (L2L), abrindo novas possibilidades de vendas.

De acordo com a empresa, a decisão pela utilização se deu pela necessidade de robustez para operar com altos volumes e uma visibilidade centralizada para gestão dos pedidos que estivesse de acordo com o comprometimento de realizar entregas internacionais em até sete dias no Brasil.

Com essa novidade, todos os sellers do Marketplace Aliexpress passam a ser, também, clientes Intelipost.

Shopee, de Cingapura, muda o jogo do setor de e-commerce no Brasil

O Shoppe, da Sea, levou apenas dois anos para se tornar o aplicativo de comércio eletrônico mais baixado do Brasil, ganhando usuários para seu marketplace de baixo custo com uma abordagem revolucionária para o e-commerce: minigames dentro do aplicativo que oferecem cupons para atrair usuários.

A empresa com sede em Cingapura combinou compras online com o conhecimento de jogo do seu braço de jogos de celular Garena – criadora de “Free Fire”, o título mais baixado no Brasil por oito trimestres consecutivos – para gerar vendas que os analistas estimam chegar a quase um terço da campeã local Magazine Luiza (MGLU3).

Em seu país, o Shopee precisou de apenas cinco anos para se tornar o site de e-commerce mais visitado do Sudeste Asiático, superando empresas como a Lazada, financiada pelo chinês Alibaba Group, e Tokopedia, que recebe o apoio do japonês SoftBank Group.

“O Shoppe tem um histórico no Sudeste Asiático de chegar ao mercado tarde, vendo como os outros resolveram os problemas e construindo um sistema que supera esses problemas”, afirmou o analista Jianggan Li, da consultoria Momentum Works.

O crescimento inicial do Shopee sublinha o espaço aberto para participantes estrangeiros crescerem em um setor que era dominado por empresas regionais como o Magazine Luiza e Mercado Livre.

O timing da startup também foi fortuito, com o seu lançamento no Brasil no momento em que a pandemia de Covid-19 afastava os consumidores das lojas físicas e fazendo as vendas de e-commerce de 2020 crescerem 44%, para 42 bilhões de dólares, segundo dados da empresa de pagamentos brasileira EBANX.

Ambição Global
A incursão da Sea no Brasil é apenas um dos elementos da sua ambição global. O braço de investimentos Sea Capital também está considerando colocar dinheiro em startups na América Latina e outros locais, afirmou uma pessoa com conhecimento do assunto.

A empresa também levou o Shopee para Chile, Colômbia e México, onde, ao contrário do Brasil, não tem funcionários locais e tem feito parcerias com influencers de redes sociais para fazer a sua marca crescer, afirmaram duas pessoas com conhecimento do assunto.

A Sea, cujos acionistas incluem a líder de games chinesa Tencent Holdings, se recusou a comentar.

O maior desafio da Sea para o Shopee Brazil é a entrega em um país tão grande. Ela reduziu a dependência do sistema postal local este ano, favorecendo entregadores privados, mas ainda está competindo com rivais que têm seus próprios sistemas de entrega.

Vendedores Locais
A competição na maior economia da América Latina cresceu este mês quando a rival mais próxima do Shopee em termos de oferta de produtos, a AliExpress, abriu seu marketplace para vendedores domésticos com uma comissão de apenas um dígito. A AliExpress estava no Brasil há 11 anos; a Shopee fez algo similar após o seu primeiro ano.

Dona de um pequeno negócio, Luciana Carvalho começou a vender embalagens plásticas na Shopee em fevereiro, atraída pelo frete grátis e comissão de 6% – em comparação com 17% do Mercado Livre.

Em busca de mais rentabilidade, o Shopee aumentou a comissão para 18% desde então – quase duas vezes o que os marketplaces podem cobrar em países do Sudeste Asiático, indicando as margens de lucro potenciais da América Latina. Carvalho continua usando o Shopee, embora prefira o Mercado Livre pela sua entrega “imbatível”.

Pickup da Jadlog colabora com e-commerce de Moda e Acessórios

O setor de moda foi um dos mais afetados no início da pandemia, por conta do fechamento das lojas físicas, mas as compras de roupas e acessórios em geral também migraram para o e-commerce e ganharam impulso. Dados deste primeiro semestre de 2021 da consultoria Ebit|Nielsen mostram que o setor é um dos mais representativos em termos de transações no comércio eletrônico.

Se por um lado os consumidores foram obrigados a aderir às compras on-line, por outro, também ganharam mais confiança com as plataformas e marketplaces. E para continuar com essa disposição de adquirir sem medo roupas e acessórios pela internet o setor ganha um aliado não só para as entregas, mas para os casos de trocas e devoluções: o serviço Pickup, da Jadlog, modelo em franco crescimento no Brasil no qual a transportadora é pioneira, e que permite a retirada e a postagem de mercadorias em pontos estratégicos, localizados próximos da residência ou do trabalho dos e-shoppers.

Desta maneira, o Pickup facilita as trocas e devoluções de roupas e acessórios adquiridos no comércio eletrônico, contribuindo ao mesmo tempo com a adesão de mais consumidores ao e-commerce do setor, que agora podem ficar despreocupados com a logística reversa dos produtos e de como ela será realizada.

Lançado inicialmente para a retirada de remessas do e-commerce, o Pickup da Jadlog avançou e começou a operar a modalidade drop off, na qual o e-shopper pode depositar ou deixar a sua encomenda nos pontos parceiros para a troca ou devolução, sem grandes deslocamentos, com rapidez e segurança.

“Ao agregarmos a modalidade drop off ao serviço Pickup, possibilitamos aos consumidores deixarem ou depositarem suas encomendas nos pontos parceiros para realizar a logística reversa, por isso, podemos ser um grande aliado do setor de moda, que normalmente opera com maior incidência de trocas e devoluções”, explica o CEO da Jadlog, Bruno Tortorello.

Antes de lançar oficialmente o drop off, a Jadlog realizou um projeto-piloto da solução por quase seis meses com a plataforma Enjoei, marketplace de compra e venda de roupas e acessórios usados, na qual mais de 2 mil encomendas por dia são depositadas. O drop off também facilita de forma mais abrangente a atuação de sellers (ou vendedores) de marketplaces, que podem depositar as mercadorias vendidas nos pontos Pickup para serem retiradas diretamente pelos consumidores, de acordo com os pontos mais próximos de sua residência ou do trabalho.

AliExpress planeja lançar centro de distribuição em breve no Brasil

O diretor de “local to local” (logística local) do AliExpress, Yaman Alpata, disse que lançar um centro de distribuição no Brasil está entre as prioridades da companhia.

“Temos planos para lançar centro de distribuição o mais rápido possível”, diz, apesar de não dar datas. Ele comenta que a maior parte das entregas de vendedores locais têm sido feitas em cerca de 3 a 4 dias, já que o principal parceiro logístico da companhia são os Correios.

Na visão de Alpata, a construção de um centro de distribuição deve acelerar esse prazo. Entregas em um dia ou no mesmo dia da compra estão no radar da empresa.