AliExpress realiza evento para auxiliar vendedores a aumentar performance nas vendas

O encontro aproximará executivos da empresa e lojistas brasileiros que conhecerão as ideias inovadoras criadas pelo grupo Alibaba.

A AliExpress realiza no dia 1º de setembro, a partir das 9h da manhã, o Sellers Conference, um evento online para auxiliar vendedores brasileiros com ferramentas de marketing inovadoras, criadas para melhorar a conversão e performance das vendas. Qualquer empreendedor pode se inscrever gratuitamente no site para participar. “Quem trabalha com e-commerce não deve perder esta oportunidade, ao menos para avaliar se as vantagens que oferecemos fazem sentido para seu negócio”, comenta Yan Di, country manager da empresa.

Para receber os novos sellers, apresentar novidades e retirar dúvidas dos participantes, o evento conta com a presença de Yaman Alpata, head de operação do marketplace da AliExpress no Brasil e Viviane Gomes Almeida, Gerente Comercial. A programação também inclui uma mesa Redonda com parceiros da plataforma chinesa. “Ao longo do evento, queremos demonstrar as formas mais inteligentes de os vendedores aproveitarem nossa tecnologia. Os painéis darão oportunidade aos sellers para esclarecer dúvidas e descobrir novos caminhos para elevar suas vendas e lucratividade em um momento tão desafiador da economia brasileira”, contou Yan Di.

O marketplace é conhecido por conceder aos consumidores em todo o mundo a possibilidade de comprar diretamente de fabricantes e distribuidores. Além de oferecer taxas competitivas e frete gratuito a partir de R$ 50, “há também o benefício de lojistas acessarem todo o tráfego e os milhões de usuários acumulados pelo AliExpress ao longo de 11 anos de operação no Brasil”, explicou Yan Di.

Mais vantagens para os lojistas brasileiros

O AliExpress pertence ao Alibaba Group , uma multinacional de tecnologia cuja missão é tornar mais fácil fazer negócios em qualquer lugar na era digital. Ao abrir sua plataforma no Brasil, foram oferecidas para os lojistas brasileiros comissões mais baixas e mais competitivas que a média do mercado nacional. Os lojistas pagarão valores entre 5% e 8%, cujos percentuais variam conforme a categoria dos produtos vendidos e também em relação ao faturamento na plataforma.

Também será oferecido um serviço integrado de logística, coordenado pela Cainiao, que contará com técnicos que serão responsáveis por adicionar tecnologias avançadas, realizando parcerias para aprimorar o serviço. “Nessa modalidade o AliExpress cobre 50% do valor de frete e o seller [vendedor] assume os 50% de custos restantes”, explicou Yan Di. Além disso, o vendedor que possuir logística própria pode operar e designar suas entregas. A promessa é de serviços logísticos rápidos e atendimento pós-venda.

Os vendedores que abrirem sua loja no AliExpress poderão se beneficiar também do canal Universidade AliExpress, que oferece em português, cursos técnicos de marketing digital. Também contam com um serviço de suporte via call center disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, para tirar dúvidas dos novos vendedores que ingressam na plataforma. “O grupo Alibaba é mundialmente conhecido por sua excelência em marketing digital e nos desenvolvimentos de tecnologias inovadoras que melhoram a conversão de vendas e ajudam os vendedores a se conectarem ao público que precisa de seus produtos e serviços”, enfatizou Yan Di.

Experiência segura
No momento em que a maioria dos negócios precisam se desenvolver em plataformas digitais, é importante garantir uma experiência segura tanto para os lojistas quanto para os consumidores. “Estamos plenamente cientes do crescimento das ameaças digitais e da importância estratégica de protegermos nossas informações, de nossos consumidores e parceiros. O Alibaba é uma empresa nativa digital e uma das líderes mundiais no desenvolvimento de aplicações para cibersegurança e proteção de dados. Todos os anos, atendemos a mais de 1 bilhão de consumidores com excelência e elevada segurança no tráfego de dados” explicou Yan Di.

Shopee lança página dedicada a grandes marcas no Brasil

Nivea, Reserva, Empório Nestlé, Free Fire e Philips, entre outras, já têm espaço no marketplace.
A plataforma de comércio eletrônico Shopee agora possui uma página dedicada a grandes marcas no Brasil. A Shopee Oficial já conta com mais de 30 empresas, como Nivea, Reserva, Empório Nestlé, Free Fire, Faber-Castell, Duracell, Mundo Danone, Everlast, Philips, Huawei, Realme e Black&Decker, que oferecem mais de 15 mil produtos em diversas categorias com o selo vermelho “Oficial” e preços diferenciados.

“Além de mais exposição e visibilidade no marketplace da Shopee com uma página dedicada para marcas e conexão com consumidores online, esses parceiros ainda podem contar com outras vantagens, como cupons de frete grátis aos consumidores. Já os nossos usuários conseguirão encontrar os produtos de suas marcas favoritas de forma ainda mais fácil com os melhores preços, segurança e garantia de autenticidade”, destaca o responsável pelo marketing da Shopee Brasil, Felipe Piringer.

A Shopee Oficial possui um botão de acesso na página principal da plataforma, tanto do aplicativo no celular quanto no computador. Os consumidores podem visualizar as marcas em destaque, as favoritas, todas juntas ou selecionar por categorias: “Para a família”, “Moda”, “Lar e Decoração” e “Eletrônicos e Automotivo”.

Liquida Lojas Oficiais
Durante a campanha 9.9 Super Shopping Day – que começou essa semana e irá até 9 de setembro (com R$ 3 milhões de cupons de desconto), as marcas da Shopee Oficial também terão promoções exclusivas. A Liquida Lojas Oficiais será no dia 30 de agosto e terá produtos com até 50% de desconto, além de cupons de 10% de desconto nas compras acima de R$ 40, válido para todos os itens com o selo Oficial. Já no dia 8 de setembro, da 0h às 20h, a Shopee promove a Batalha de Descontos com grandes marcas em que três produtos serão colocados para votação e o mais votado será vendido por R$ 9,99 no dia seguinte (9 de setembro).

Para comprar das marcas participantes da Shopee Oficial, é preciso baixar o aplicativo na App Store ou na Google Play Store e se cadastrar. A plataforma aceita pagamentos via boleto bancário e cartão de crédito com parcelamento em até seis vezes sem juros. A plataforma conta com a Garantia Shopee, uma ferramenta que retém o pagamento do produto até que o usuário receba o que comprou em perfeitas condições.

JD.com supera expectativas para lucro trimestral e bate recorde de novos usuários

A gigante chinesa de e-commerce JD.com superou as expectativas dos analistas para o lucro do trimestre encerrado em junho, segundo dados divulgados na última segunda-feira (23), quando também reportou um número recorde de novos usuários.

Esses resultados chegam em meio a medidas duras dos reguladores chineses contra a indústria de tecnologia, que causaram turbulência em setores como e-commerce, games, transporte de passageiros por aplicativo e criptomoeda.

O lucro líquido atribuído a acionistas caiu para 794,3 milhões de iuanes (US$ 122,48 milhões) de 16,4 bilhões de iuanes (US$ 2,53 bilhões) um ano antes.

Excluindo itens, a empresa divulgou lucro de 2,90 iuanes por ação depositária americana (ADS), acima da expectativa de 2,35 iuanes dos analistas.

O lucro líquido atribuído a acionistas caiu para 794,3 milhões de iuanes (US$ 122,48 milhões) de 16,4 bilhões de iuanes (Us$ 2,53 bilhões) um ano antes.

O lucro líquido não-GAAP de acionistas caiu para 4,6 bilhões de iuanes de 5,9 bilhões de iuanes um ano antes.

A receita líquida da JD.com cresceu cerca de 26%, para 253,8 bilhões de iuanes (US$ 39,14 bilhões) no segundo trimestre que terminou em 30 de junho.

Analistas esperavam receitas de 249,27 bilhões de iuanes, segundo dados IBES da Refinitiv.

As contas anuais ativas de consumidores do JD subiram 27,4%, para 531,9 milhões.

No trimestre, a JD adicionou 32 milhões de novos usuários, um recorde da empresa, após um resultado forte em seu festival anual de compras em junho.

Chineses do Alibaba abrem disputa pelo lojista on-line brasileiro

O executivo turco Yaman Alpata, líder de marketplace local do AliExpress para a América Latina, ainda não fala português, nem espanhol. Ao atender a imprensa na última segunda-feira (23), para anunciar a abertura da plataforma para lojistas brasileiros, se expressou em inglês.

Este é só um detalhe que a gigante chinesa de tecnologia Alibaba, dona do AliExpress, serviço de vendas internacionais do grupo, vai ter que resolver para se aproximar do seu novo alvo, os lojistas brasileiros.

Os consumidores ela já convenceu há 11 anos, desde que desembarcou no Brasil e, mais recentemente, avançou no prazo de entrega. Dos meses de espera por um produto chinês, o paulista passou a receber a encomenda em oito dias e, os demais brasileiros, em duas semanas, graças a uma frequência de quatro voos semanais vindos da China. Também o serviço de pós-venda, com logística reversa e atendimento ao consumidor, passou a ser feito localmente.

Mas depois da logística mais rápida, a nova fronteira da disputa do comércio eletrônico nacional se concentra na conquista dos “sellers”, os lojistas que vendem nos marketplaces, as plataformas de venda dos grandes varejistas brasileiros –com destaque para Magazine Luiza, Americanas.com, Via e o argentino Mercado Livre.

Tudo por um mercado de comércio eletrônico que movimentou R$ 87,4 bilhões no ano passado e deve crescer 24% este ano, chegando a R$ 108,4 bilhões, nas estimativas da consultoria e-Bit Nielsen. Ainda assim, estima-se que apenas 10% das vendas do varejo aconteçam online, contra até 50% do mercado chinês.

“Ao incluir sellers brasileiros, o AliExpress aumenta a recorrência de compra, tráfego no site e retém a base de clientes”, diz o especialista em varejo Alberto Serrentino, da Varese Retail, que também aponta a agressividade dos chineses na oferta de crédito aos lojistas.

Para atrair lojistas, a empresa afirma que irá cobrar comissões de 5% a 8% e ofertar um serviço integrado de logística que vai permitir frete gratuito para todo o país em compras acima de R$ 50. Também promete aos lojistas brasileiros um fluxo de repasses financeiros mais rápido que a média do mercado, com a possibilidade de saques diários, sem custos.

No Magazine Luiza, a comissão paga pelos sellers varia de acordo com o setor. Nos segmentos de moda, joalheria e relojoaria, por exemplo, o valor é de 16%. Para os demais, 12,8%. Já o Mercado Livre, que aceita cadastrar como vendedores tanto pessoas físicas quanto jurídicas, o valor das comissões vai de 11% a 19%.

“Para o pequeno seller, não é interessante estar em vários marketplaces diferentes. Ele vai eleger um e ficar nele, para adaptar sua venda àquela plataforma, que tem um jeito específico de promover o fluxo de pagamentos, apresentar e ranquear o seu produto”, diz o consultor em varejo Eugênio Foganholo, da Mixxer. “Já para o marketplace, quanto mais sellers ele tiver, em diferentes e em uma mesma categoria, melhor para atender a sua audiência”.

Na semana passada, a Magazine Luiza anunciou uma campanha de incentivo aos lojistas, com direito a maquininhas de cartão da empresa. Na ocasião, o presidente da varejista, Fred Trajano, disse que o marketplace da companhia não é “camelódromo” –numa referência aos sellers que não emitem nota fiscal.

“O Mercado Livre sempre foi o ambiente em que o pequeno, o informal, tinha espaço”, diz Serrentino. “Mas houve avanço do sistema próprio de entregas, o Mercado Envios, que já responde por 90% das vendas do marketplace, e onde só são aceitos fornecedores que emitem nota fiscal”.

Yaman Alpata diz que o AliExpress está atento para a venda sem nota fiscal. “Normalmente, não comentamos falas de competidores, mas posso dizer que a AliExpress coloca importância em compliance e regulamentos do país. Nos adequamos às leis nos locais onde operamos”.

Segundo Viviane Almeida, gerente comercial da AliExpress, a empresa só trabalha com vendedores com CNPJ e não aceita pessoas físicas. “Quando o vendedor faz seu registro, é analisada a idoneidade da empresa”, afirma. Além de CNPJ, a chinesa também aceita MEI (Microempreendedores Individuais).

Para o professor Giorgio Romano, do Observatório de Política Externa e Inserção Internacional do Brasil da Universidade Federal do ABC (OPEB/UFABC), responsável por um estudo sobre a concorrência entre gigantes do varejo local e big techs chinesas, a entrada de cabeça do AliExpress no mercado brasileiro não é necessariamente ruim para as grandes varejistas locais.

“Os chineses vão ajudar a fomentar o comércio eletrônico no país, que ainda está engatinhando perto do que eles têm em casa”, afirma. Mas Romano chama a atenção para a necessidade de contrapartida. “Se eles vêm com quatro aviões toda semana para o Brasil, com o que essas aeronaves voltam? Podiam levar produtos brasileiros para a China também, incentivando o comércio bilateral”, afirma.

A plataforma chinesa começou a abertura para operações locais em 2019, em países como Turquia e Espanha. O Brasil será o primeiro país das Américas a entrar na modalidade de operação local. As entregas nacionais serão feitas pela Cainiao, empresa de logística do grupo Alibaba, que já opera no Brasil.

A chinesa ainda não tem um centro de distribuição próprio no país mas, segundo Viviane, está nos planos a abertura nos próximos meses. Além da Cainiao, a plataforma faz entregas via Correios, com prazos entre dois e quatro dias.

No próximo dia 1º, a AliExpress vai promover um evento online para que os lojistas brasileiros conversem diretamente com representantes da empresa no Brasil e no exterior. A “Sellers Conference” promete ser “totalmente em português”. É a chance para a empresa mostrar o quanto sabe se adaptar.

RAIO-X DO GRUPO ALIBABA NO 2º TRIMESTRE DE 2021

Lucro líquido atribuído aos acionistas – US$ 6,9 milhões

Faturamento – US$ 31,865 milhões

Funcionários – Mais de 251 mil

Principais concorrentes – Tencent, Baidu, Meituan, Didi Chuxing, ByteDance

RAIO-X DO MERCADO LIVRE NO 2º TRIMESTRE DE 2021

Lucro líquido – US$ 68,2 milhões

Faturamento – US$ 7 bilhões

Funcionários – Mais de 17 mil na América Latina, sendo 5.461 no Brasil

Principais concorrentes – Magazine Luiza, Via, Amazon

RAIO-X DO MAGAZINE LUIZA NO 2º TRIMESTRE DE 2021

Lucro líquido – R$ 95,5 milhões

Faturamento – R$ 43,5 bilhões

Funcionários – 47 mil

Principais concorrentes – Mercado Livre, Via, Amazon

O que sites estrangeiros oferecem de diferente para os brasileiros?

Em 2020, 57% dos compradores digitais brasileiros fizeram pelo menos uma compra no exterior; melhores preços e variedade de produtos são os benefícios mais atraentes.
Shein, Aliexpress, Shopee, Amazon, E-bay, Mercado Livre. Se você nunca comprou um produto importado em sites estrangeiros como estes, certamente, conhece alguém que já se aventurou no universo das compras internacionais.

De acordo com o relatório Comércio Sem Fronteiras 2021 (Borderless Commerce Report), realizado pelo PayPal, 57% dos brasileiros fizeram pelo menos uma compra no exterior no último ano. Melhores preços e variedade de produtos são os principais motivos que os levam a gastar dinheiro fora do e-commerce brasileiro.

Entenda, a seguir, qual é o perfil desses consumidores, quais são os itens mais buscados por eles e as alternativas para as empresas nacionais se tornarem mais competitivas e direcionarem parte dessa demanda para seus negócios.

Sites estrangeiros X e-commerce nacional: um panorama do consumo brasileiro
O consumo on-line – nacional e internacional – atingiu números recordes no último ano, impulsionado pela pandemia e pelas regras de isolamento social.

Para se ter uma ideia, um levantamento feito em parceria entre o PayPal Brasil e a BigDataCorp., intitulado Perfil do E-commerce Brasileiro 2021, apontou um crescimento de mais de 22% no número de e-commerces no Brasil nos últimos 12 meses. E, antes disso, na edição do ano passado, o crescimento havia batido os 40%. Em números absolutos, isso representa um aumento de 900 mil lojas online em julho de 2019 para quase 1,6 milhão em julho deste ano.

“Os brasileiros sempre foram muito ativos na internet por meio das redes sociais e, nos últimos anos, vimos isso se refletir também nas compras online, que vêm se tornando um hábito. O avanço dos smartphones, a ampliação de formas de pagamento e a popularização dos apps tornam essa experiência cada vez mais simples e rápida”, avalia Leonardo Sertã, head de Desenvolvimento de Mercados do PayPal para a América Latina.

E para quem está espantado com os números referentes ao crescimento nos últimos anos, saiba que o mercado ainda está em fase embrionária e que há bastante espaço para ampliar essa digitalização: o e-commerce, historicamente, costumava ter uma participação pequena, respondendo por cerca de 4% das vendas totais no País.

“O que vimos no decorrer dos últimos 15 meses, desde o começo da pandemia, foi uma explosão do uso de meios de pagamento online no País. Também acompanhamos um crescimento gigantesco no número de lojistas, sejam eles micros, pequenos, médios ou grandes, investindo no ambiente digital. Isso se deveu, basicamente, ao distanciamento social imposto pela pandemia e à restrição do acesso ao comércio físico”, justifica Leonardo Sertã.

As compras em sites estrangeiros também são cada vez mais frequentes entre os brasileiros. Segundo o relatório Borderless Commerce Report 2021 do PayPal, em 2020, 57% dos compradores digitais brasileiros fizeram pelo menos uma compra no exterior.

E mais: esses consumidores gastaram mais do que aqueles que somente compraram no mercado doméstico, apesar das campanhas nacionais e do desejo de ajudar as pequenas empresas e comprar no comércio local, observado em vários países.

O brasileiro é um entusiasta das compras online no exterior e a pandemia acentuou esse gosto.
Em 2020, 57% dos compradores digitais brasileiros fizeram pelo menos uma compra no exterior, segundo nosso estudo. Deles, 78% usando smartphone.

“Agora vemos que, o que começou como uma alternativa para minimizar riscos de contágio, ganhou ares de atividade permanente, com o fortalecimento do e-commerce nacional e através das fronteiras. É um mercado que vem se tornando acessível”, avalia o head de Desenvolvimento de Mercados do PayPal para a América Latina.

“Não tem no Brasil, beninas”
A frase que se popularizou na boca de blogueiras brasileiras e virou meme na internet é um dos principais motivos que levam consumidores brasileiros a recorrer a sites estrangeiros na hora da compra.

Segundo o Borderless Commerce Report 2021 do PayPal, 29% das pessoas que compram em sites estrangeiros buscam acesso a produtos indisponíveis, seguido de 32% que querem descobrir produtos novos e interessantes e 62% que buscam melhores preços.

Esses consumidores, têm idade e perfis variados: 29% têm entre 29 e 34 anos de idade; 22% entre 35 e 44 anos, e 21% entre 18 a 24 anos. Eles procuram, principalmente, itens de vestuário (33%), eletrônicos (22%) e cosméticos (19%).

“Os principais países que venderam para brasileiros foram China (com 56% de respostas dos entrevistados), Estados Unidos (com 26%) e Japão (com 7%). A oferta de valor do comércio eletrônico e a confiança nas ferramentas de segurança e nos pagamentos digitais, com o uso de carteiras digitais, contribuem para essa expansão”, avalia Leonardo Sertã.

O PayPal participa bem de perto desse crescimento digital, trazendo toda a expertise de pagamentos para ajudar empresas de todos os tamanhos a expandirem seus negócios no Brasil e no exterior. E vemos essa aceleração se refletindo do nosso lado também: nossa operação por aqui cresceu mais de 25% em número de contas ativas no decorrer do último ano, chegando a 5,5 milhões de usuários da carteira digital.

Estratégias para tornar o e-commerce brasileiro competitivo
Apesar de ter preços mais competitivos e variedade de produtos, sites estrangeiros precisam lidar com a insegurança do consumidor brasileiro e com problemas de logística. Segundo o Borderless Commerce Report 2021, ainda há um déficit de segurança/confiança por parte dos consumidores para que se tornem compradores regulares cross-border.

Outro ponto importante são os longos prazos de entrega, que são um obstáculo adicional às vendas internacionais. Investir nestes aspectos pode ser uma estratégia interessante para o marketplace brasileiro manter-se competitivo no mercado.

“O marketplace brasileiro vem se atualizando de forma impressionante no decorrer dos anos. Estamos vendo um fortalecimento dos grandes players nacionais, puxados por grandes varejistas, com mais robustez tecnológica, experiência do usuário e agilidade na logística. E nesse ponto da velocidade de entrega, a vantagem histórica sempre esteve ao lado das plataformas nacionais, embora os estrangeiros venham, cada vez mais, ampliando sua presença local”, avalia o head de Desenvolvimento de Mercados do PayPal para a América Latina.

Confira, a seguir, 6 estratégias importantes para manter a competitividade dos marketplaces brasileiros.

1 – Invista em pós-venda
Acompanhar a jornada do cliente, buscando conhecer sua satisfação com o item adquirido e fidelizá-lo é um diferencial a ser trabalhado por sites nacionais, que conseguem desenvolver essa relação de proximidade com maior facilidade.

2 – Aposte em variedade de pagamento
“Oferecer diversas opções de pagamento, incluindo as carteiras digitais, que se tornaram essenciais no decorrer do último ano e vieram para ficar, também é importante. No caso do PayPal, nossa plataforma também permite compra online com cartão de débito, o que facilita ainda mais a vida de quem vende e melhora exponencialmente a experiência de compra de quem pagava com boleto, por exemplo”, pontua Leonardo Sertã.

3 – Esteja presente nas redes sociais
Atualmente, mais do que uma forma de passar o tempo, as redes sociais são ferramentas importantes para empresas do mundo todo. Por meio delas é possível – além de vender produtos e serviços – conhecer melhor seus clientes, criar uma relação de proximidade e atender suas dores e desejos.

4 – Sites responsivos
Ter sites responsivos, que proporcionem uma experiência de compra eficiente para diferentes tipos de aparelhos eletrônicos – computadores, tablets e celulares – é fundamental.

“Aliás, a responsividade do site do lojista, ou seja, sua capacidade de se adaptar a qualquer tela, é fundamental em países como o Brasil, em que milhões de potenciais consumidores só acessam a internet via smartphone”, avalia head de Desenvolvimento de Mercados do PayPal para a América Latina.

5 – Entrega rápida
Quem compra de sites estrangeiros sabe que a demora – e até a incerteza – na entrega é, de fato, uma das etapas mais desanimadoras. Por isso, investir em entrega rápida é uma estratégia capaz de tornar sites nacionais ainda mais competitivos.

“Se no quesito “preço”, dependendo do produto, é complicado competir com os marketplaces asiáticos, por outro lado, os players nacionais estão mais bem posicionados e integrados no ecossistema, o que garante entregas mais rápidas. Maior capilaridade nos pontos de distribuição e parcerias para integrar o chamado “last mile” na cadeia também são, hoje, diferenciais para reduzir o tempo de entrega para questão de horas (uma tendência que está se popularizando)”, pontua Leonardo Sertã, que completa: “No mercado brasileiro, isso faz muita diferença, e já estamos vendo o tradicional crediário migrar para o mundo das compras online”.

6 – Conheça seus consumidores
Ninguém entende melhor do Brasil que o brasileiro. Essa frase faz todo sentido quando a intenção é aumentar a competitividade do marketplace nacional em relação ao consumo internacional.

“Os players nacionais saem na frente no conhecimento de seus consumidores, pois têm acesso a mais dados/informações, dada sua integração com varejistas, financeiras, bancos etc. Isso permite segmentar melhor as ofertas e também ajuda as empresas a conceder condições de crédito especiais”, pondera o head de Desenvolvimento de Mercados do PayPal para a América Latina.

Marketplaces: número de reclamações sobe 94%

O Portal da Queixa identificou um crescimento de 94% do número de reclamações dirigidas a marketplaces internacionais. Shein, Wish, Aliexpress e Amazon são as entidades que reuniram mais queixas em 2021.

Em causa, estão as más experiências na entrega das encomendas e o difícil acesso aos canais de apoio aos clientes, identificou o Portal da Queixa. Consequentemente, os níveis de confiança em plataformas de e-commerce internacionais têm registado baixos índices de satisfação.

Entre os dias 1 janeiro e 31 de julho, o Portal da Queixa recebeu um total de 997 reclamações dirigidas a marketplaces internacionais, um crescimento de 94% face ao período homólogo. De 1 de janeiro de 2020 até 31 de julho de 2020, foram registadas apenas 515 reclamações.

Mais reclamados
A análise revela que, este ano, os marketplaces internacionais mais reclamados pelos consumidores portugueses são Shein (417 queixas), Wish (190), Aliexpress (168) e Amazon (104), sendo que estas quatro entidades reuniram 88% do total de reclamações registado no período em análise. Comparativamente com o ano anterior, as marcas Aliexpress, Amazon e MiniIntheBox foram as que registaram o maior volume de crescimento: 137%, 136% e 200%, respetivamente.

Os principais motivos de reclamação dos consumidores estão relacionados com o atraso ou problemas na entrega das encomendas (59% das reclamações). Problemas relacionados com os produtos (funcionamento, qualidade, etc.) geraram 13% das reclamações e a dificuldade de obtenção de reembolso foi motivo para 11% das reclamações apresentadas este ano.

Segundo a análise, entre os consumidores que partilharam a sua experiência de consumo no Portal da Queixa, 55,6% foi do género feminino e 44,1% do género masculino. Relativamente à faixa etária, a maioria das reclamações dirigida aos marketplaces internacionais foi registada por pessoas entre os 18 e os 44 anos (69,7% das queixas). A faixa etária dos 45 aos 54 anos representa 15,3%, dos 55 aos 64 anos reclamaram 8,6% e os consumidores com mais de 65 anos geraram 6,3% das queixas.

Marketplaces
Pedro Lourenço, CEO & Founder do Portal da Queixa by Consumers Trust, adverte que “aquilo que, à partida, parece ser mais um benefício da globalização digital, pelo fácil acesso a produtos de vestuário, tecnologia e eletrônica, com descontos consideráveis e raramente disponíveis em lojas físicas no território nacional, nem sempre resulta num bom negócio para uma grande parte dos compradores em Portugal. Com baixos níveis de literacia digital, a maioria dos consumidores portugueses arrisca a compra em marketplaces sem conhecerem o conceito que está por detrás destas plataformas, que as desresponsabiliza em matéria de direitos de consumo, nomeadamente as garantias, as condições de troca e devolução. Estas plataformas servem meramente como meios de divulgação de produtos, a troco de uma comissão de venda, não interferindo no processo de compra entre o vendedor e o comprador, o que, em caso de litígio, falta de entrega das encomendas ou até mesmo sendo necessário o apoio pós-venda, os consumidores são redirecionados para o contato direto com o real vendedor”.

Riachuelo aumenta aposta em financeira para conhecer jornada do consumidor

Numa ação inusitada promovida há alguns dias, 14 lojas da Riachuelo amanheceram com uma fachada diferente, onde lia-se o nome Midway. Ao mesmo tempo, o avatar do perfil da varejista de moda no Instagram também foi trocado pelo logo da financeira. O objetivo era mostrar que a Midway faz parte do mesmo conglomerado que a Riachuelo, o Grupo Guararapes. Com mais de 33 milhões de clientes em sua base, a financeira é a maior emissora de cartões private label do Brasil, mas quer ampliar a oferta de serviços para os consumidores.

“O cliente conhece a Midway por meio do cartão Riachuelo. Quando decidimos fazer a migração para um banco digital, passamos a oferecer outros serviços financeiros. A conta, assim, substitui o cartão como grande integradora desses serviços”, diz Paulo Mendes, diretor-executivo de serviços financeiros da Riachuelo e Midway, em entrevista ao portal Mercado&Consumo.

A plataforma agora disponibiliza empréstimos, sorteios e rendimentos diários indexados ao CDI na conta remunerada. Também oferece saques em bancos 24 horas, pagamentos, transferências para outros bancos, depósitos, contratação de seguros e assistências. Em breve, oferecerá aos clientes solução Open Banking e Pix.

“A conta tem vantagem sobre o cartão porque não depende de aprovação, o que vai ao encontro do nosso objetivo de democratizar o acesso à moda”, afirma Mendes. “Além disso, oferecemos crédito num ambiente que o cliente conhece, que é o da moda, fora da zona fria dos bancos.”

O aprofundamento da relação com os consumidores é, também, um foco da empresa. Por meio da conta digital, a Riachuelo amplia o conhecimento que tem do cliente. “A conta é mais um elemento de relacionamento conosco, permitindo um atendimento mais completo e o entendimento de quais são as jornadas o que cliente faz conosco”, complementa o diretor-executivo de Canais e Marketing da Riachuelo, Elio Silva.

Carter’s, Casa Riachuelo e marketplace
O ecossistema ao qual Silva se refere vem ganhando força nos últimos meses, apesar da pandemia de Covid-19 e dos impactos causados por ela no varejo. O Grupo Guararapes abriu no ano passado as primeiras lojas da Carter’s, marca de moda infantil americana licenciada, e da Casa Riachuelo, especializada em itens de casa, mesa e banho, que acaba de ganhar sua maior unidade no Midway Mall, operação de shopping center da companhia.

Em tempos de omnicanalidade, a aposta no digital também é intensa. Inaugurado há dois meses, o marketplace da Riachuelo já conta com cerca de 100 lojistas (sellers) e permitiu um grande aumento de sortimento de itens que complementam a jornada do consumidor.

“Na loja física, oferecemos uma experiência sensorial mais forte e adequada ao timing daquele cliente que decidiu ir até lá. Mas o colaborador também passa a contar com uma prateleira infinita. O cliente pode comprar uma moto elétrica ou uma TV de 60 polegadas e usar nossa ferramenta de crédito para parcelar em 10 ou 15 vezes. Nossos produtos financeiros permitem que ele navegue entre vários canais”, explica Elio Silva.

Para ele, apesar de o consumidor ter se acostumado a usar mais serviços digitais ultimamente, ele não vai deixar de ir na loja física – mas também vai querer ter experiências digitais nelas. “No ano passado, todo mundo deixou de ter e-commerce e passou a ter um sistema de venda digital. Existe o e-commerce, o WhatsApp é integrado à loja, o live commerce e outros meios de relacionamento digital diferentes daquele da jornada pré-pandemia.”

A loja da Casa Riachuelo do Midway Mall, por exemplo, tem um espaço dedicado ao e-commerce de vinhos TodoVino. Nele, o consumidor pode ver todos os rótulos à venda no site, fazer a escolha a partir de uma conversa com um sommelier e pagar por meio do uso de um QR Code – o vinho é entregue em casa. Boa parte dos vinhos vendidos ali não estava nem disponível na cidade de Natal (RN), onde fica o shopping.

Com o consumidor escolhendo o meio, o tempo e a forma de se relacionar com as empresas, o varejista que não tiver os canais certos perderá relevância, afirma o diretor-executivo de Canais e Marketing da Riachuelo. O cliente nunca teve tantas possibilidades. A boa notícia é que as empresas também nunca estiveram tão preparadas para terem uma relação longa com eles como agora.

Dia Shopee será evento mensal no Brasil com cupons extras de desconto

Até o final de 2021, varejista fará um “Dia Shopee” por mês, evento que traz promoções exclusivas; empresa lançou programa de afiliados recentemente.
Após o lançamento de seu próprio programa de afiliados, pelo qual usuários podem divulgar links e ganhar uma comissão de 14% em vendas, a Shopee vai realizar seu evento especial de descontos e benefícios, o Dia Shopee, por todos os meses até o final deste ano. O próximo evento do e-commerce de Singapura vai acontecer no dia 9 de setembro.

Em comunicado emitido na última terça-feira (17), a Shopee ressalta que o evento especial reforça a estratégia da companhia de apostar no lançamento constante de campanhas on-line promocionais aos usuários da empresa.

Na semana passada, foi revelado pelo Tecnoblog que a varejista abriu seu próprio programa de afiliados: por meio da parceria com a plataforma, clientes que republicarem links recomendando produtos podem receber comissões que ultrapassam R$ 15 mil por mês.

Para participar do programa de afiliação, a varejista recomenda que sejam compartilhados links por canais como o WhatsApp e Telegram; tanto pessoas jurídicas quanto pessoas físicas podem se tornar parceiras da marca e receber receita por vendas.

Cada Dia Shopee terá descontos exclusivos à data
A partir do início de setembro, cada Dia Shopee terá promoções exclusivas à data e benefícios únicos, como explica Felipe Piringer, responsável pelo marketing da Shopee no Brasil:

“Além das ofertas que são encontradas diariamente na plataforma, os usuários encontrarão nesses Dias Shopee: promoções exclusivas, cupons extras de desconto e de frete grátis, mais opções de ofertas-relâmpago, recompensas diferenciadas nos jogos dentro da plataforma e ainda oportunidades adicionais para acumular as Moedas Shopee”.

O primeiro evento ocorre no dia 9 do próximo mês; em seguida, em outubro, o Dia Shopee está marcado para o dia 10. Em novembro, ele acontece durante a Black Friday, no dia 11. Já no último mês do ano, dezembro, o evento ocorre no dia 12.

Em preparação para o Dia Shopee, a varejista fez algumas recomendações aos usuários:

Inclua os produtos favoritos no carrinho de compras com antecedência.
Fique atento ao aquecimento e até cupons surpresas nas redes sociais e no app.
Ative as notificações do app para não perder nada.
Prepare-se para aproveitar os benefícios a partir das 0h.
Vá em cupons no app e resgate opções extras de descontos da plataforma e de vendedores.
Dê uma olhada nas coleções especiais de produtos.
Inclua o cupom de frete grátis e de descontos no checkout e finalize as compras.
Continue de olho nas ofertas-relâmpago e outras promoções ao longo do dia.
Aproveite os jogos e recompensas especiais ao longo do dia e acumule mais Moedas Shopee que podem virar descontos nas próximas compras.

O potencial do e-commerce de nicho de como driblar baixa em vendas

Venda de produtos ou segmentos específicos têm seus desafios, mas também potenciais.
Com características diferentes de outros tipos de mercados, o e-commerce de nicho é uma prática que pode estar suscetível a diversas mudanças, mas também é visto como potencial em meio a tamanha quantidade de opções existentes na internet.

Profissionais da área afirmam: hoje, é possível vender de tudo na rede, por mais específico que um produto ou serviço seja. Para isso, é preciso especialização e saber como encontrar o cliente certo na hora certa.

A venda de nicho na internet
“Se perguntarmos o que não será vendido pela Internet a resposta será: tudo será vendido pela Internet. O que acontece é que alguns mercados ainda não foram totalmente explorados online”, afirma Paulo Schwarz, em artigo. O empresário é CEO e fundador da Parafuso Fácil, um e-commerce que vende parafusos pela internet. Mais nichado que isso, pode até existir, mas para o líder qualquer coisa pode ser vendida no mundo online.

“A grande verdade é que seja o que for que você quiser vender na Internet sempre terá alguém disposto a comprar. Basta saber como vender e principalmente descobrir como chegar até essa pessoa”, afirma.

Quando se fala em nicho, é possível falar tanto sobre produtos quanto sobre segmentos específicos. No primeiro caso, a empresa é especializada em vender opções de um mesmo elemento, enquanto no segundo, comercializa opções de um mesmo segmento, mas ainda de maneira específica. É o caso do Elo7. A empresa é um marketplace referência de vendas de nicho no Brasil. Isso porque, reúne em um só local inúmeros produtos do segmento de artesanato e trabalhos manuais.

“O Elo7 trabalha com o nicho de trabalhos manuais e no site um cliente pode encontrar os mais diversos tipos de produtos que se encaixam nesse segmento. Um dos nossos maiores potenciais é exatamente trabalhar com esse nicho, pois as pessoas ao procurarem algo feito manualmente, esperam algo único e personalizado, o que conseguimos atender. Não é sobre comprar uma almofada com foto, é sobre ser a foto dela, de seu familiar, de seu cachorro”, afirma Carlos Curioni, CEO do Elo7.

Segundo ele, as vendas de nicho pela internet têm seus desafios, mas também seus potenciais. “O mercado de nicho na internet vem ganhando cada vez mais força, até porque as pessoas também estão comprando mais no online. Muitas vezes, ao precisar de algo muito específico, era preciso sair em busca daquilo e com a internet isso mudou”, diz.

Paulo Schwarz também afirma que o nicho no mundo online ainda tem muito a crescer, além de ter inúmeros potenciais de destaque. “Se um empresário decide estruturar um e-commerce de roupas, com quantos outros e-commerces ele irá competir? Agora, caso esse mesmo empresário estruture sua loja online para ser especializada apenas nas vendas de camisetas com estampas de animais, com quantos outros e-commerces ele irá concorrer?”, afirma.

Potencial do e-commerce de nicho
Para o CEO do Elo7, o e-commerce de nicho consegue atrair as pessoas certas. Isso porque, ao se tornar especializado naquilo, consegue entender exatamente as necessidades daquele público e construir suas estratégias e o próprio site da melhor maneira para seus consumidores.

“Outro ponto muito positivo é que quando você se torna especializado naquele produto ou segmento, as pessoas começam a reconhecer o e-commerce como referência naquela venda e para de procurar em outros lugares. Para que fazer isso, se ela consegue encontrar o que precisa naquele site que só vendo aquilo?”, explica.

Callebe Mendes, é CEO da Zapay, uma empresa especializada em pagamento de dívidas de automóveis, um serviço bastante nichado e específico. Segundo ele, o setor de serviços também precisa observar o potencial do nicho, principalmente considerando essa especialização em algo específico. “Acredito que um dos pontos positivos de oferecer um serviço de forma segmentada, como no nosso caso, é o alto conhecimento do mercado de atuação. Você se torna referência no assunto e passa a ser um ponto de credibilidade, onde o consumidor associa sua marca ao serviço que você oferece”, diz o profissional.

Segundo ele, no setor de serviços é possível notar um consumidor cada vez mais exigente e esse conhecimento especializado em um nicho pode ser um diferencial importante. Isso porque clientes antigos lembrarão do seu serviço quando precisarem e os novos já terão um histórico para analisar de algo bastante específico, que demonstra mais conhecimento naquela questão.

Baixa nas vendas?
Quando se fala em vender um tipo de produto específico ou dentro de um segmento só, é preciso, de acordo com os profissionais, levar em consideração a suscetibilidade do negócio. Alguns nichos podem sofrer mais com as mudanças sazonais do que outros, mas, de maneira geral, todos precisam se preparar para os momentos de baixa temporada.

Encontrar formas de adaptação e criar estímulos de compra com o público já bem conhecido é um dos pontos principais. Para Callebe Mendes, momentos de baixa existem e é preciso buscar alternativas principalmente no público e oferecer produtos ou serviços cada vez mais especializados e de qualidade.

Durante a pandemia, a Zapay, decidiu expandir seu público sem abrir mão do seu nicho de atuação. “Não ficamos esperando o mercado que tínhamos contato precisar parcelar para que pudéssemos crescer, expandimos nossos canais de distribuição. Nesse período fechamos parcerias com grandes players do mercado, investimos em inovação, criamos novas maneiras de distribuição. Estamos conseguindo alcançar uma base de clientes muito grande em pouco tempo e estamos usando-a para alavancar a empresa”, conta.

De acordo com sua experiência, Paulo Schwarz, da Parafuso Fácil, afirma que um dos pontos mais importantes para se manter relevante mesmo em momentos de poucas vendas é saber utilizar a internet a seu favor. “O primeiro passo é conhecer bem o produto que você vai vender. Faça algo dentro do mercado que já conhece. O segundo passo é a pesquisa. A Internet não possibilita apenas as vendas, mas também uma grande oportunidade para realizar pesquisas e entrar em contato com informações que antes não seriam de fácil acesso”, ensina.

O terceiro passo, para ele, é o contato com o público. “E isso não é somente na comunicação e marketing, mas também na usabilidade da plataforma. Busque criar uma plataforma simples e que possa ser encontrada. Organize o SEO do seu site. Mantenha suas redes sociais com publicações constantes. Converse com o seu público”, aconselha Paulo Schwarz.

De maneira geral, todos os profissionais concordam em um ponto importante: o e-commerce de nicho precisa utilizar a internet e suas ferramentas a seu favor para se manter sempre relevante e construir sua imagem de referência, o que trará frutos por mais tempo.

Mercado Livre terá que explicar a oferta de produtos ilícitos na plataforma

O Procon-SP e Polícia Civil vão se reunir nesta quinta (19), com um representante do Mercado Livre para que explique a oferta de mercadorias ilícitas na plataforma. A empresa terá que explicar, também, quais ações tem adotado para combater a prática. Para as instituições, é obrigação da empresa ter um maior controle sobre os itens oferecidos pelos vendedores. Isso porque, conforme explica o Procon, de acordo com o Código de Defesa do Consumidor, “toda a cadeia de fornecedores responde solidariamente pelo produto ou serviço comercializado”.

A reunião acontece na Delegacia Geral de Polícia, com a presença do diretor-executivo do Procon-SP, Fernando Capez, e do delegado geral de Polícia, Ruy Fontes. Também participam, o delegado de Polícia diretor do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) e o delegado divisionário de Polícia da Divisão de Crimes Cibernéticos.
Em comunicado, o Mercado Livre afirmou que “trabalha de forma incansável para combater o mau uso da sua plataforma, a partir de ações proativas para identificar e excluir vendedores em desacordo” com os Termos de Condições e Uso da empresa.
O Mercado Livre disse ainda que, em 2020, por exemplo, mais de 47 mil vendedores irregulares foram desativados. “Hoje, dos mais de 451 mil anúncios postados a cada hora, cerca de 90% dos anúncios irregulares são identificados pelo nosso próprio sistema”, pontuaram. “Somente entre janeiro e agosto, mais de 30 milhões de anúncios foram excluídos, antes mesmo de subirem na plataforma”, declarou a empresa, que disse contar com uma equipe com “mais de 250 pessoas no Brasil” para identificar ofertas irregulares de produtos. “Devido ao cadastro obrigatório dos vendedores, a plataforma pode fornecer às autoridades, sempre que solicitado, dados relevantes para a identificação de usuários”, acrescentou.
Além disso, o Mercado Livre pontuou que “qualquer usuário” pode denunciar anúncios irregulares na plataforma: basta usar o botão “denunciar”, que está “presente em 100% dos anúncios”.