Mercado Livre segue Amazon e vende itens de marcas próprias na plataforma

Com Wondrus, Klatter, Tedge e outras marcas próprias, a empresa vende desde itens essenciais, como produtos de limpeza, a eletrônicos.
O Mercado Livre já é uma das maiores empresas da América Latina, e parece estar expandindo ainda mais sua área de atuação no comércio eletrônico. Assim como a Amazon, a empresa passou a vender produtos de marcas próprias em sua plataforma. As categorias variam de produtos essenciais, como sabão em pó, até eletrônicos, como fones de ouvido e smartwatches.

A movimentação é bastante semelhante à da concorrente, que conta com diversas marcas próprias no exterior – incluindo o Amazon Basics, que já foi alvo de ações antitruste por aparecer em lugares de destaque com preços atrativos, o que proporcionava desvantagem às demais marcas que vendem na plataforma.

Em nossa experiência de navegação, os produtos de limpeza do Mercado Livre Essentials não apareceram em posição privilegiada. Ao contrário: ao buscar por “sabão em pó”, os itens da marca estavam misturados entre as demais opções disponíveis na plataforma.

Além disso, os preços não pareceram muito agressivos e o frete está longe de ser um atrativo, ao menos para o meu endereço, na cidade do Rio de Janeiro.

Questionada por um cliente sobre o fabricante do produto, o Mercado Livre Essentials não entrou em detalhes sobre fornecedores:

“Somos o Mercado Livre Essentials. Desenvolvemos produtos que vão facilitar o seu dia-a-dia, deixando sua experiência com supermercado ainda mais simples. Auxiliamos em cada detalhe do seu lar, para uma rotina muito mais descomplicada. E o Mercado Livre Essentials traz um produto com fórmula perfeita para quem gosta de roupas limpas e perfumadas! Esperamos pela sua compra e ficamos à disposição!”, diz a loja em um comentário.

Marcas próprias vendem itens de limpeza, vestuário e mais
Em nossa apuração, descobrimos oito lojas oficiais do Mercado Livre, das quais sete vendem produtos rotulados com uma marca própria da companhia, e uma delas, a “Mercado Livre Beauty”, comercializa itens de outras empresas, incluindo L’oréal e Maybelline.

Veja a relação das demais marcas a seguir:

Wondrus: afirma ser uma marca do Mercado Livre voltada a produtos seguros para o público infantil.
Begônia: afirma ser uma marca do Mercado Livre com a missão de desenvolver produtos para casa.
Klatter: afirma ser uma marca Mercado Livre voltada a produtos de casa e construção, como torneiras, furadeiras, colchão inflável, entre outros).
Mizu: afirma ser uma marca de roupas do Mercado Livre.
Tedge: afirma ser uma marca do Mercado Livre voltada a produtos de alta tecnologia.
Mercado Livre Basics: vende produtos de cama, mesa e banho.
Mercado Livre Essentials: afirma ser uma marca Mercado Livre voltada para produtos do dia a dia, e vende itens de limpeza doméstica, como sabão em pó, detergente e tira manchas.

Procurado pelo Tecnoblog, o Mercado Livre enviou a seguinte nota sobre sua estratégia de marcas próprias:

“O Mercado Livre informa que realiza a venda direta de produtos de marca própria no Brasil, a fim de suprir a demanda existente por sortimento diversificado e preços competitivos, contribuindo para a qualidade da experiência dos consumidores. Atualmente, o Mercado Livre comercializa sete marcas próprias no Brasil e 30% do faturamento total desse segmento no país é proveniente de indústrias nacionais, gerando impacto positivo em toda a cadeia de valor.”

E-commerce investe em sistemas próprios

Marketplaces usam lojas físicas como hubs de armazenamento e ampliam centros de distribuição.

A pandemia mudou hábitos de consumo e impulsionou o comércio eletrônico que cresceu 68% alcançando um faturamento de R$ 126,3 bilhões em 2020, frente aos R$ 74,5 bilhões em 2019, segundo um estudo da Kearney. O e-commerce, que representava 5% na receita total do varejo em 2019, deve chegar ao final de 2021 com uma participação de quase 20%, de acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

Saíram na frente os marketplaces que já vinham investindo em tecnologia e logística para chegar rapidamente à casa do consumidor. O Magalu, braço de comércio eletrônico do Magazine Luiza, que tem mais de cem vendedores virtuais, cresceu 121% em 2020, com faturamento de R$ 9,5 bilhões – representando 64% das vendas totais em comparação a 48% em 2019.
Com malha logística própria, coleta e entrega aproximadamente 40% dos pedidos do marketplace e 415 lojas físicas oferecem a retirada no local. Neste ano investiu em três novos centros de distribuição (CD) – localizados nas regiões Sul e Sudeste – vai inaugurar mais cinco ao longo de 2021 e outros cinco já em operação serão ampliados.
“Em 2020 apostamos no sistema Ship From Store que transforma as lojas físicas em pequenos CDs para encurtar as distâncias entre produto e o cliente”, ressalta Marcio Chammas, diretor de logística do Magalu. A empresa tem 8,2 mil veículos próprios ante os 3,3 mil operados no primeiro trimestre de 2020, que são responsáveis por 84% do total de entregas.
A Americanas S.A, criada a partir da combinação das operações da Lojas Americanas e B2W Digital, soma mais de 100 mil vendedores e 90 milhões de clientes cadastrados, sendo 46 milhões usuários únicos. A logística ganhou uma plataforma própria multimodal, a Let’s, que integra as operações das vendas físicas e digitais, responsável desde a retirada da mercadoria no fornecedor até a chegada ao cliente. Segundo Welington Souza, diretor da Let’s, foram abertos cinco novos CDs totalizando 22 e as entregas no mesmo dia já representam mais da metade do total.
Essa operação foi reforçada com a aquisição da startup Shipp, de “delivery on demand”, em abril de 2021, com mais de 20 mil entregadores cadastrados para dar mais velocidade às entregas. Além disso investiu em tecnologias para realocar o estoque entre os centros de distribuição de acordo com a demanda de cada região e no rastreamento das mercadorias.
A Via, dona das marcas Casas Bahia e Ponto, projeta que cerca de dois terços das vendas totais em 2025 virão dos canais digitais, informa Fernando Gasparini, diretor executivo de logística da empresa. A companhia adota um modelo de vendas multicanal com a integração do comércio eletrônico com as lojas físicas que operam como mini hubs, ou pequenos centros de distribuição, contando também com 29 CDs.
“Para dar mais alternativas aos lojistas lançamos o Envvias, uma plataforma de serviços logísticos para os vendedores parceiros com uma tabela de frete 15% mais barata que os concorrentes”, afirma Gasparini. Outra iniciativa foi investir em uma frota de veículos elétricos com capacidade para 720 quilos de carga e 300 quilômetros de autonomia.

Com nove CDs no Brasil, a Amazon inaugurou em maio de 2021 uma nova operação em Cajamar, na Grande São Paulo, para atender fornecedores que fazem parte do programa Fulfilment By Amazon ou FBA – Amazon Logistics que armazena produtos dos parceiros e fica responsável pela logística de transporte e o atendimento ao cliente final.
A empresa de comércio eletrônico oferece no Brasil 30 categorias de produtos e mais de 45 milhões de itens. “O FBA dá flexibilidade para aumentar a oferta de produtos disponíveis no site e os elegíveis para o selo Prime que tem frete grátis e entregas rápidas”, ressalta Ricardo Pagani, diretor de operações da Amazon. A empresa anunciou também uma loja on-line de compras internacionais reduzindo o tempo de entrega em 40% quando comparado a outras modalidades internacionais de transporte.

Via disputa nova fronteira da guerra do e-commerce: a entrega rápida

O cliente que faz uma compra hoje no e-commerce não aguenta mais esperar uma semana para receber seu pedido. Com a redução dos prazos de entrega, 48 horas podem parecer uma eternidade. Por isso, grandes varejistas aceleraram a implantação da entrega rápida e ultrarrápida. A percepção é de qualquer hora a mais conta na decisão de compra.

A Via, dona das redes Casas Bahia e Pontofrio, estreou o same day delivery (entrega no mesmo dia). Funciona assim: pedidos feitos até as 12h no app ou site são entregues na casa do cliente até as 22h do mesmo dia.

“O same day delivery é um processo que vem aumentando com a evolução da nossa operação de mini-hubs [uso das lojas como centro de distribuição] e ganhou escala nacional com a aquisição da Asap Log [empresa de logística]”, afirma Fernando Gasparini, diretor-executivo de logística da Via.

Hoje, a companhia já entrega 15% das vendas on-line no mesmo dia. A operação está disponível em 65 lojas de 14 Estados. As entregas em 24 horas representam 40%.

Ao reduzir o prazo de entrega, a Via reduz custos de distribuição e de cancelamento de pedidos. “Os pedidos que saem do mini-hub custam 25% do valor daquele que sai do centro de distribuição, reduz muito o valor do frete”, conta o executivo.

Outro ganho é com a diminuição dos cancelamentos de compras. “Quanto mais rápida a entrega, menos cancelamentos temos”, diz. “Hoje, 60% dos cancelamentos ocorrem antes da entrega. Quando o produto chega rápido, reduzimos as chances do consumidor repensar a compra.”

Que produtos estão disponíveis para entregas no mesmo dia? São os pedidos de clientes que moram em um raio de 10 km das 65 lojas. O serviço está disponível para produtos de até 30 kg, ou seja, pega itens como microondas, fogões, televisores e máquina de lavar-louça.

“A gente vai recebendo os pedidos e às 12h encerramos. Porque a partir daí a loja tem que receber o pedido, separá-lo, prepará-lo, embalá-lo e emitir a nota fiscal. Então, esse pedido chega na Asaplog, que faz a roteirização de todas as entregas. O motorista recebe esse roteiro, retira na loja e sai fazendo as entregas, é um processo”, conta Gasparini.

Como a concorrência na questão entrega rápida? Na Americanas.com, as entregas em até 3 horas representaram 14% das vendas do on-line no primeiro trimestre. E a empresa quer reduzir isso para minutos. “Nossa prioridade para 2021 é o desenvolvimento do modelo ultra fast delivery (entrega em poucos minutos).”

O Magazine Luiza anunciou na semana passada a entrega em 1 hora de produtos de até 6 kg. O serviço funciona em 11 cidades.

A Via vai entregar mais rápido ainda? Gasparini diz que o plano é entregar cada vez em tempo menor. “Também vamos ter a entrega em uma hora, mas por enquanto queremos expandir o same day”, conta. “Essa mudança parece simples, mas é gigantesca. Imagina que o cliente escolha receber na próxima hora e por algum motivo atrasa. Esse cliente não quer esperar um dia para solucionar. Tem toda uma cadeia que precisa ser alterada para entregar em uma hora, não é uma mudança simples de ser implantada.”

Quem faz as entregas do same day? A logística de entrega é coordenada pela AsapLog, que distribui os pedidos para motoristas de carros de passeio ou vans. Esses motoristas são autônomos e ganham por tempo e distância rodados. “Tem moto, tem van, tem carro de passeio. Na pandemia, vimos muitas vans escolares fazendo entregas”, afirma o executivo.

Os pedidos do marketplace também chegam no mesmo dia? Por enquanto, não. A Via entrega no mesmo dia pedidos do estoque próprio das lojas. Mas há planos de incluir mercadorias do marketplace no segundo semestre.

“A entrega rápida exige uma mudança na forma de abastecimento da loja. Preciso ter o estoque certo para atender a venda on-line e a off-line. Tenho que ter o sortimento correto de acordo com o que a clientela daquela região pede”, afirma Gasparini.

Nova onda do varejo, live commerce vive versão beta no Brasil

Tendência começa a aparecer em apps de grandes marcas como Riachuelo, Arezzo, Americanas, Dengo, Chilli Beans e Casas Bahia.
Está chegando ao Brasil a nova promessa do varejo: o live commerce. Se você ainda não viu, é porque essa nova onda vive sua versão beta. Na China, onde a prática já soma mais de 10 milhões de transmissões ao vivo e 50 bilhões de visualizações, a estimativa do Ministério do Comércio do País é que 20 milhões de produtos tenham sido vendidos no primeiro semestre de 2020 com o apelo estilo do antigo programa ‘Shoptime’.

“O live commerce é a união da transmissão em vídeo ao vivo e interatividade e e-commerce dentro de um mesmo ambiente. A ideia é conseguir que os próprios donos das lojas tragam a venda atrelada a entretenimento. É como trazer o ‘Shoptime’ da TV para os apps. É o que acontece na China hoje, onde as lojas estão contratando atrizes e atores para fazer lives”, explica Alexandre Nogueira, CEO da Universidade Marketplaces.

Como exemplo, Nogueira explica que é como se uma loja de computadores colocasse alguém para fazer o review de um dispositivo chamando para a ativação de compra incluindo um botão para tanto. “As lojas Americanas já estão fazendo isso. Olharam para fora e puxaram com famosos e um alto nível de produção para popularizar isso aos vendedores. Agora, ela faz de acordo com o nível de reputação da empresa”, explica o especialista, enfatizando que o mercado brasileiro está na fase inicial dessa nova forma de venda no e-commerce.

Ainda que em uma fase beta, diversas marcas estão experimentando a abordagem de vendas, como Riachuelo, Arezzo, Dengo e Chilli Beans. A Casas Bahia, por exemplo, fez uma transmissão do tipo pela primeira vez em seu app neste mês, com divulgações de produtos e finalização da compra pelo WhatsApp, em uma omnicanalidade integrada. A empresa agora está programando lives comerciais semanais.

Nogueira ressalta que a importância de uma comunicação interativa e com notificações entre o apresentador e os consumidores no live commerce, incluindo com alguém que acabou de comprar, um espectador que enviou likes, entre outras ações.

“Com o live commerce, o lojista consegue apresentar e vender produtos em um único ambiente totalmente gamificado. O Brasil ainda está avançando nessa modalidade, já que, diferente da China que concentra tudo em uma única plataforma, aqui ainda temos que usar mais de um recurso, a plataforma de transmissão ao vivo é um canal, mas ainda precisamos realizar a conclusão da compra em outro local, geralmente no app da empresa.”

Cuidados e dicas
Nogueira lista alguns cuidados e dicas para ajudar lojistas que queiram experimentar essa tendência para turbinar vendas pela internet.

Defina a finalidade e prepare a live: Nogueira reforça que o live commerce pode colaborar para o reconhecimento de marca, lançamento de produto ou vendas no geral. Para que essa ação tenha sucesso, é preciso organizar um roteiro, atentar-se para um cenário, equipe de gravação e de backstage, apresentador(a) e a possibilidade de interação com os consumidores. “O segredo é despertar no consumidor uma necessidade de compra que, muitas vezes, ele nem sabia que tinha. Uma dica é usar o live commerce para mostrar o produto na prática, suas formas de uso e diferenciais, além de falar sobre seus benefícios e o problema que ele resolve.”

Integre seus canais: Na China, as lives acontecem integralmente dentro de uma única plataforma, que tem todos os recursos (vídeo, interação e compra). No Brasil, a realidade ainda não é essa, mas há uma tendência. A dica é começar pelo básico e transmitir os vídeos no Instagram, no Facebook e no YouTube instruindo os consumidores para finalizarem a compra no e-commerce ou no app. Também é possível usar um QR Code, para facilitar o acesso aos produtos.

Fique de olho na audiência: É preciso ter pessoas para assistir à venda. Nesta modalidade, o apresentador pode muito bem engajar sua audiência contando histórias, descontraindo e mostrando o produto – algo contratante ao e-commerce tradicional, que segue um padrão estático, sem interações. Também vale criar a partir de gatilhos emocionais, seja de motivação, escassez ou datas comemorativas.

Trabalhe na qualidade: Nogueira conta que a grande preocupação dos canais de venda em não liberar o recurso de live commerce para todo mundo é justamente a qualidade. Não é preciso uma super produção, mas é fundamental que as aparências não comprometam a credibilidade e a imagem do produto oferecido, lembra o consultor. “Eles querem passar segurança no marketplace. Logo, o profissionalismo no modo de falar também é fundamental. Não que a pessoa precise de um português impecável — não é isso —, mas as chances de comprar um produto de R$ 300 diminuem se a pessoa não está com uma apresentação legal e uma fala fluída.”

Amazon Business lança relatório 2021 de e-commerce B2B

Amazon Business lançou na segunda-feira (14) o primeiro Relatório de Evolução do Comércio Eletrônico entre Empresas (B2B) de 2021, que compartilha tendências B2B e novos insights de profissionais de compras dos EUA em setores e organizações.

Para o relatório, que examina a rápida transformação que a aquisição eletrônica de B2B sofreu nos últimos anos, a Amazon Business pesquisou 250 compradores e 250 vendedores de B2B que ocupam funções influentes de compras em setores governamentais, educacionais, de saúde e comerciais nos Estados Unidos.
De acordo com os resultados, 85% dos compradores de negócios disseram que, como resultado da pandemia, suas organizações foram impulsionadas a mover mais suas compras on-line, e 96% disseram que preveem que suas organizações continuarão fazendo mais compras on-line, mesmo após a pré- retomada das funções de negócios da pandemia. 91% dos compradores disseram preferir a aquisição eletrônica aos métodos de compra tradicionais e off-line.

Organizações comerciais menores foram especialmente motivadas a acelerarem seus esforços de transformação digital no ano passado. 56% das pequenas e médias empresas disseram que digitalizaram mais completamente seus processos de compra devido ao Covid-19, em comparação com apenas 42% das empresas comerciais.

“Nosso relatório 2021 B2B E-commerce em Evolução enfatiza o fato que simplesmente alavancar a aquisição eletrônica não é mais suficiente”, disse Todd Heimes, diretor da Amazon Business. “Em última análise, acreditamos que as organizações têm uma oportunidade significativa de maximizar as tecnologias de aquisição eletrônica que as ajudarão a superar os desafios operacionais que reduzem a eficiência e o desperdício de orçamento”.

Amazon compra mil caminhões autônomos para agilizar entregas

Amazon está considerando investir em caminhões sem motoristas. A gigante do comércio eletrônico comprou 1.000 sistemas de direção autônoma da Plus.ai, startup com sede na Califórnia, nos Estados Unidos, que trabalha com inteligência artificial (AI) e robotização de veículos.
De acordo com a Bloomberg, a Amazon está tão interessada na tecnologia que também está considerando comprar uma participação de 20% da Plus – um movimento que pode inovar ainda mais em como a empresa realiza a entrega dos seus produtos ao redor do mundo.

A “garantia” dá à Amazon o direito de comprar ações da Plus a um preço fixo de US$ 0,46647 cada por um período de tempo especificado, o que equivale a cerca de 20% das ações em circulação antes da fusão planejada com a SPAC Hennessy Capital Investment Corp.

Segundo o Olhar Digital, a junção das empresas tem como objetivo ingressar na bolsa de valores, mas contornando o procedimento burocrático de oferta pública inicial (IPO).

Com o apoio da Sequoia Capital, da China, a startup desenvolve tecnologias de direção autônoma para caminhões desde 2016, quando foi fundada por um grupo de ex-alunos da Universidade de Stanford. A Plus é financiada por investidores de várias empresas chinesas, como a Shanghai Automotive Industry Corp, a GSR Ventures Management e a transportadora Full Truck Alliance.

Além disso, a startup colabora com a fabricante europeia Iveco e com a Cummins na criação de um sistema que introduza perfeitamente a tecnologia de piloto automático em caminhões movidos a gás natural.

Com a entrada da Amazon, a Plus espera receber cerca de US$ 500 milhões, incluindo US$ 150 milhões de uma oferta PIPE (investimento privado em ações públicas). Ao todo, o negócio fará com que a startup seja avaliada no mercado em, aproximadamente, US$ 3,3 bilhões.

Caso o negócio com a Plus for aprovado, seria o exemplo mais recente da Amazon apostando na tecnologia de veículos autônomos.

Gigantes do varejo disputam dia a dia entrega internacional no Brasil

Nas últimas semanas, AliExpress, Amazon e Americanas anunciaram prazos menores.

Há uns bons anos os brasileiros descobriram as dores e as delícias de se comprar produtos diretamente da China. Anúncios de sites do país asiático invadiram as redes sociais, oferecendo de utensílios de cozinha a vestidos de noiva, e muitos consumidores se renderam aos preços extremamente baixos em troca de prazos de entrega bem menos interessantes, que chegavam a eternos 60 dias. Atualmente, o que antes era desvantagem tem se tornado o principal atrativo da disputa de gigantes do varejo eletrônico pelo consumidor brasileiro que quer fazer compras internacionais.

Em pouco mais de um mês, as internacionais AliExpress e Amazon, além da brasileira Americanas, anunciaram estratégias ambiciosas para conquistar esse cliente. A tacada mais recente acaba de ser dada pelo AliExpress, que reduziu de 12 para até 7 dias o prazo de entrega para encomendas internacionais. Os 12 dias haviam sido prometidos em maio. Apenas um dia depois, a Amazon mostrou que está disposta a entrar na briga para valer e garantiu entregas em até 11 dias.

“Esse movimento mostra o aumento drástico do apetite das empresas, que estão se estruturando para conquistar mais espaço no mercado local. Evidencia, também, como o Brasil entrou no radar dessas gigantes”, avalia o COO da Gouvêa Ecosystem, Eduardo Yamashita, colunista do portal Mercado&Consumo.

Gigantes do varejo disputam dia a dia entrega internacional no Brasil

Ampla experiência logística

Segundo a AliExpress, que pertence ao Grupo Alibaba, o prazo menor é possível graças à experiência logística da companhia, que atualmente opera cinco voos fretados por semana para o Brasil. Um sexto voo semanal está em processo de implementação. A empresa também investiu em tecnologia Big Data para identificar as diferentes compras que um usuário faz no marketplace, em múltiplas lojas, e reuni-las todas em um só pacote.

“O AliExpress é, desde sua origem, uma empresa criada para o comércio online internacional, conectando com nossa tecnologia e infraestrutura fabricantes e consumidores ao redor do mundo, o que nos permite diminuir ainda mais os prazos de entrega no Brasil”, disse, em nota, o country-manager do AliExpress no Brasil, Yan Di.

A empresa esclarece que o prazo de até 7 dias é para a chegada do produto no Brasil. Para acelerar a liberação do produto na alfândega, o AliExpress implementou métodos eletrônicos de checagem de pacotes na entrada no País. O transporte do aeroporto internacional até a residência do usuário é, principalmente, operado pelos Correios – que tem, no máximo, 5 dias para levar a encomenda até a casa do consumidor, em regiões como os municípios da Grande São Paulo.

A dependência de prestadores de serviço locais é, ainda, um fator de peso, avalia Yamashita. “Por não ter operação logística no Brasil, o AliExpress ainda depende de serviços já instalados aqui na última milha. Nesse sentido, Mercado Livre, Magalu, Via, B2W e outras empresas regionais ainda contam com uma vantagem competitiva importante.”

Também recentemente, a Americanas, da B2W, anunciou a operação de cinco voos semanais diretos de Hong Kong, na China, ao aeroporto internacional de Guarulhos, em São Paulo, reduzindo o prazo máximo de entrega desta frente de negócios de 21 para 11 dias para produtos.

Lançada em março de 2019, a Americanas Mundo – operação de cross border da marca – criou uma nova frente de crescimento para a companhia. O sortimento compreende 50 milhões de itens importados de China, Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia e Uruguai, além de países da Europa.

Gigantes do varejo disputam dia a dia entrega internacional no Brasil

Operação com excelência

No caso da Amazon, as mercadorias vêm dos Estados Unidos e a empresa anunciou, como diferencial, uma modalidade de frete gratuito para compras internacionais a assinantes do serviço Prime, que cobra R$ 9,90 para acesso a catálogo de filmes, música e frete gratuito. A empresa criou uma tecnologia que conecta os centros de distribuição brasileiros com a operação americana.

Eduardo Yamashita destaca que, nesse cenário de concorrência e dependência de players nacionais, a AliExpress, ainda assim, conta com uma vantagem importante. “O Alibaba tem um know how enorme em estruturação logística no mundo. O que a empresa fez na China e no mercado asiático é algo que nem A Amazon conseguiu fazer. Ela comprou a Cainiao, a maior empresa logística do mundo, um grande case de sucesso. A complexidade logística da China é maior do que a brasileira, mesmo assim, eles operam com excelência nesse mercado.”

Startup uruguaia dLocal faz acordo que expande marketplace da Amazon no Brasil

A startup uruguaia de pagamentos dLocal anunciou na última terça-feira (15), que fez uma parceria com a Amazon.com que abre caminho para que vendedores internacionais levem seus produtos para o markeplace da gigante norte-americana no Brasil pela primeira vez.

Até agora o site estava restrito apenas para vendedores locais.

Alguns vendedores internacionais já aderiram ao marketplace da Amazon no Brasil e outros vão entrar em um plano de lançamento gradual ao longo dos próximos dias, disse Michel Golffed, vice-presidente sênior da dLocal.

“A América Latina como região está registrando o ritmo de crescimento mais rápido do varejo eletrônico”, afirmou Golffed. “Se olharmos para isto do ponto de vista do consumidor, ele está tendo acesso a compras no Brasil com métodos de pagamento locais…de produtos de vendedores de todo o mundo.”

Criada em 2016, a dLocal integra sistemas de pagamento locais e globais e tem foco em mercados emergentes. No IPO na Nasdaq em 3 de junho, a companhia, cujos clientes incluem Tripadvisor e Dropbox, levantou mais de 600 milhões de dólares e atingiu um valor de mercado de 9 bilhões de dólares.

Treze de seus 29 mercados atuais estão na América Latina, disse Golffed, incluindo uma parceria com a Amazon no Chile.

Golffed não informou se a dLocal também vai buscar trabalhar com rivais da Amazon no Brasil, incluindo Mercado Livre e B2W.

 

 

 

Para 42% dos lojistas de e-commerce, as vendas cresceram pelo menos 50% em 2020

Pesquisa realizada pela Mundipagg em parceria com o E-Commerce Brasil mostra estratégias e desafios para os lojistas de e-commerce depois de um ano de pandemia.

Para 58% o e-commerce é o principal canal de venda. Além disso, 25% atuam em marketplace. Em menor quantidade os lojistas afirmaram realizar vendas pelo WhatsApp e pelas redes sociais.

Quando questionados sobre a principal forma de pagamento escolhida pelo cliente, 60% responderam que é o cartão de crédito em parcelas. 17% afirmaram que é o cartão de crédito à vista. 11% responderam que é o boleto bancário e 6% Pix. Apenas 4% afirmaram ser transferência bancária e 2% carteiras digitais.

Em 2020

Os respondentes foram questionados também sobre as vendas do ano passado, que sofreu um crescimento vertiginoso no e-commerce. Para 42% as vendas subiram 50% ou mais.

  • 10% vendas cresceram pelo menos 30%;
  • 13% vendas cresceram pelo menos 20%;
  • 11% vendas cresceram pelo menos 10%;
  • 13% não sentiram um aumento expressivo;
  • 10% vendas caíram.

Em 2021

Foram questionados também sobre os 3 primeiros meses de 2021: 50% afirmaram que as vendas continuaram crescendo, mas sentiram uma desaceleração; 27% afirmaram que as vendas caíram nesse período; e para 23% as vendas estão crescendo da mesma forma expressiva do ano passado.

Investimentos

O principal investimento dos lojistas no período da pandemia foi o marketing: 36% dos respondentes desta pesquisa afirmaram ter tido algum investimento no setor (anúncios, redes sociais, blog, inbound marketing, e-mail marketing).

Para 31% o principal investimento foi em tecnologia de infraestrutura para o e-commerce: plataforma, sistema de hospedagem, layout, etc.

15% afirmaram ter investido em logística, tanto em novas formas de levar os produtos até os consumidores, até em como tornar o frete mais barato.

6% afirmaram ter investido em pagamentos: novas tecnologias, antifraude, checkout otimizado, etc.

Maiores desafios de 2021

Para 50% dos respondentes da pesquisa, o principal desafio de 2021 para o e-commerce é aumentar a taxa de recompra no e-commerce. 31% disseram que é manter o negócio funcionando em meio às dificuldades financeiras e questões tributárias.

29% responderam diminuir o índice de carrinhos abandonados e 17% afirmaram que é monitorar os resultados. Por fim, 10% afirmaram que é diminuir a dependência dos marketplaces.

Estratégias que deram certo

Para 40% dos entrevistados, uma das estratégias que melhor funcionou foi oferecer o frete grátis. 38% afirmaram que foi oferecer promoções em datas comemorativas.

  • 25% cupom de desconto;
  • 23% lançamento de novos produtos;
  • 21% combo de produtos.

Lojas Americanas e B2W concluem fusão e viram ‘americanas s.a.’

Em votação nas Assembleias Gerais Extraordinárias da Lojas Americanas e da B2W, a fusão entre as duas empresas foi aprovada na última quinta-feira (10), fazendo nascer a americanas s.a.

Com a combinação de 100% das operações, a nova companhia já nasce com R$ 40 bilhões em GMV (em 2020), um time de mais de 34 mil associados; uma base de 48 milhões de clientes ativos; mais de 1.700 lojas de diferentes formatos em 765 cidades; uma plataforma digital que conecta compradores e vendedores; uma fintech com mais de 19 milhões de downloads e aceitação em mais de 3 milhões de estabelecimentos; e uma plataforma de fulfillment e logística, com capilaridade nacional e frota multimodal ecoeficiente.

A americanas s.a. anunciou o novo Conselho de Administração composto pelos membros: Eduardo Saggioro Garcia (presidente); Carlos Alberto da Veiga Sicupira; Claudio Moniz Barreto Garcia; Paulo Alberto Lemann; Mauro Muratório Not (independente), Sidney Victor da Costa Breyer (independente) e Vanessa Claro Lopes (independente).

O Conselho de Administração nomeou a diretoria composta por quatro sócios com experiência em diferentes posições estratégicas em Lojas Americanas e B2W Digital. A nova companhia será liderada por Miguel Gutierrez, diretor-presidente e diretor de relações com investidores; Anna Saicali atuará como CEO da plataforma de inovação e fintech; Timotheo Barros será o CEO da plataforma física e CFO; e Marcio Cruz atuará como CEO da plataforma digital.