Perto de faturar US$ 1 bilhão, Mercado Pago Brasil já responde por 21% do Mercado Livre

Pela primeira vez, o Mercado Pago revelou, com exclusividade ao NeoFeed, os dados da sua operação local, que apurou uma receita de US$ 837 milhões em 2020. Para seguir nessa toada, a fintech está lançando a opção de portabilidade de salário e planeja mais produtos em investimentos, crédito e seguros.

Criado em 2004 como o braço financeiro do Mercado Livre, o Mercado Pago ultrapassou, com o tempo, as fronteiras dos cliques, sellers e carrinhos de compra do grupo, dono da maior plataforma de comércio eletrônico da América Latina e de um valor de mercado de US$ 80,8 bilhões.

Ao ganhar vida própria, a divisão, volta e meia, é apontada como a joia da coroa da companhia. E um componente, em particular, salta aos olhos nessa equação: a operação brasileira da fintech. É o que mostram dados do Mercado Pago, revelados pela primeira vez, com exclusividade, ao NeoFeed.

Com uma cifra de US$ 837 milhões, o Mercado Pago Brasil respondeu por 21,1% da receita líquida de US$ 3,9 bilhões do Mercado Livre em 2020. Ou seja, as operações locais da fintech já representam um quinto da receita total do grupo, considerando todas as unidades de negócio e países na América Latina.

No contexto do Mercado Pago, que apurou uma receita de US$ 1,41 bilhão no período, a fatia do Brasil foi de 59,1%. Já a participação da divisão na receita total do grupo foi de 35,5%. Levando-se em conta a operação em toda a América Latina, a fintech registrou um volume transacionado (TPV) de US$ 49,7 bilhões em 2020.

O peso do Mercado Pago Brasil se estende aos negócios do Mercado Livre no País. A fintech representou 38,1% da receita líquida total de US$ 2,1 bilhões da subsidiária brasileira no ano passado.

“Nós sempre enxergamos no Mercado Pago um potencial muito maior do que o próprio marketplace”, diz Tulio Oliveira, vice-presidente e country manager do Mercado Pago no Brasil, ao NeoFeed. “E já não somos mais relevantes apenas no contexto do grupo, mas no mercado como um todo. ”

Outros números dão um termômetro do negócio no País. Em sua oferta mais conhecida, de pagamentos, são 10 milhões vendedores ativos, com 60% do volume processado fora do Mercado Livre. Já em pessoas físicas, são mais de 20 milhões de usuários ativos da conta digital Mercado Pago.

“Muitos players vêm focando um ou outro lado dessa cadeia e nós já temos esses dois elos muito bem desenvolvidos, e um marketplace para integrar esses mundos”, diz Oliveira. “Estamos nos inserindo cada vez mais no dia a dia das pessoas e temos um roadmap enorme de produtos no radar. ”

A próxima peça desse quebra-cabeças no País acaba de sair do forno. Trata-se da oferta de portabilidade de salário para a conta digital do Mercado Pago. O serviço começou a ser testado nos últimos meses, primeiro, com uma base restrita de funcionários.

“Vamos abrir isso gradativamente, mas já temos mais de 1 milhão de clientes da nossa base com a possibilidade de usar esse recurso”, conta Oliveira. “E, em pouco tempo, estaremos em mar aberto. ”

Para atrair os usuários, a fintech criou um pacote com benefícios como anuidade grátis no cartão de crédito e acesso imediato ao nível mais alto do Mercado Pontos, programa de fidelidade do Mercado Livre com descontos em fretes, compras e na contratação de serviços como Disney+ e Deezer.

“A portabilidade é mais uma forma de impulsionar o cash in recorrente na conta, o que é um desafio para todas as fintechs e bancos digitais”, diz Fabricio Winter, sócio da consultoria Boanerges & Cia. Ele entende que a iniciativa abre caminho para outros produtos.

Em 2020, a fintech representou 38,1% da receita líquida total de US$ 2,1 bilhões do Mercado Livre no Brasil

“Vai ser possível acompanhar e conhecer melhor o comportamento desse usuário e o quanto ele compromete da sua renda”, afirma. “E, em cima disso, ter dados mais apurados para aprimorar a oferta de crédito. ”

O Mercado Pago encerrou 2020 com uma carteira de crédito de R$ 1,3 bilhão. Para pessoas físicas, há opções como o parcelamento de contas, a partir de R$ 15. Já para os vendedores, alternativas como empréstimos de R$ 100 a R$ 500 mil, que podem ser parcelados em até 24 vezes.

A fintech não descarta novidades nesse portfólio. “Quando falamos de portabilidade de salário, a possibilidade do crédito consignado, por exemplo, começa a ficar muito mais próxima”, diz Oliveira.

Há outras soluções na fila de espera para ampliar o engajamento na plataforma. Em investimentos, estão em análise segmentos como previdência e produtos de renda fixa. Hoje, o usuário pode optar por uma conta com o saldo remunerado com 100% do CDI.

Outra área é a de seguros, na qual o Mercado Pago tem dois produtos: a garantia estendida nas compras de algumas categorias no Mercado Livre e o seguro contra roubos e danos de celulares. Seguros residenciais, automotivos e de vida são algumas das ofertas em avaliação.

Novos limites

A conta digital não é a única prioridade. Depois de ganhar escala em pagamentos com pequenos vendedores do Mercado Livre e de adicionar grandes marcas a esse cardápio, a fintech está mirando outro perfil de cliente.

“Existe um universo enorme de pagamentos, onde outros rivais jogam e não temos muita presença”, diz Oliveira. “Queremos atender o vendedor que já tem um ponto físico, uma pequena equipe e um faturamento mensal entre R$ 15 mil e R$ 20 mil. ”

Um dos apelos para esse público é o acesso à plataforma do Mercado Livre. O Mercado Pago também criou ofertas como uma linha de crédito com parcelas variáveis, que são amortizadas de acordo com o volume mensal de vendas desse varejista, que tem um faturamento mais instável.

A integração entre os mundos off-line e digital também está no centro da ampliação da rede de aceitação de pagamentos via QR Code. Hoje, são mais de 5 mil estabelecimentos cadastrados no País, com nomes como McDonald’s, Outback, Extrafarma e Petz.

O Mercado Pago está estimulando ainda a aceitação do PIX, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, em pontos físicos. Depois de inaugurar essa estratégia, em janeiro, com o Burger King e a C&A, a fintech revelou ao NeoFeed a entrada de redes como Graal, Crocs e Fran’s Café nesse pacote.

Nas contas digitais, o sistema já responde por mais de 80% das transferências realizadas. Nesse espaço, as iniciativas mais recentes envolveram o lançamento da modalidade nas transações do Mercado Livre e a eliminação das taxas para os clientes que efetuem seus pagamentos via PIX, com QR Code.

O Mercado Pago Brasil respondeu por 59,1% da receita líquida total reportada pela fintech no ano passado

Ao estender seus fronts de atuação, o Mercado Pago ampliou, na mesma proporção, o número de empresas com as quais concorre. Mas é ainda em seu mercado tradicional que a fintech tem seus maiores rivais, dado que as ofertas financeiras são hoje uma das grandes zonas de confronto dos marketplaces.

Um desses oponentes é a B2W, com a Ame, que alcançou 17 milhões de downloads e uma rede de aceitação de 3 milhões de lojistas em 2020, além de reforçar seu portfólio com as aquisições da Bit Capital e da Parati.

Quem também não economizou foi o Magazine Luiza, cuja conta digital Magalu Pay, lançada no início de 2020, tem uma base atual de 2,7 milhões de contas. Em dezembro, a empresa comprou a Hub Fintech, por R$ 290 milhões.

O acordo em questão motivou um recurso do Mercado Livre junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica. O grupo alegava que era cliente da Hub Fintech e que a empresa detinha dados importantes de sua operação, que poderiam ser acessados pelo Magazine Luiza. Há duas semanas, o recurso foi negado pelo tribunal do Cade.

Já a Via, antiga Via Varejo, concentra suas apostas no banQi, com 1,8 milhão de contas abertas. Nesta semana, o grupo mostrou seu apetite ao anunciar a compra da Celer, fintech de pagamentos e de banking as a service.

“O Mercado Pago ainda está alguns passos à frente”, diz Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). “Mas se existe uma ameaça ela se chama Ame, que avançou muito nos últimos dois anos. ”

Winter, da Boanerges & Cia, também faz uma ressalva. “O que deu destaque ao Mercado Pago até aqui não é garantia de sucesso”, diz. “Há um efeito manada e muitas ofertas nessa área estão se tornando commodities. Eles precisam ir além. ”

Um relatório do BTG Pactual reforça o fato de que tanto o Mercado Pago quanto o Mercado Livre não podem ficar parados colhendo os louros por terem sido um dos pioneiros em seus respectivos segmentos.

Segundo o banco, em termos de visitantes únicos mensais, o Mercado Livre caiu de uma participação de 40%, em março de 2020, para 33% em março deste ano. No intervalo, o Magazine Luiza subiu de 15,6% para 18%. E, a Via, de 11,4% para 16,2%.

Adepto das maratonas, Oliveira não ignora o avanço dos rivais. Mas ressalta que o Mercado Pago está pronto para essa disputa. “É preciso tomar alguns cuidados para cruzar bem a linha de chegada” diz. “Essa corrida é de longo prazo e nossa ambição é ser a maior fintech da América Latina. ”

 

 

Fonte : neofeed.com.br

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Amazon anuncia novo centro de distribuição em São Paulo

Além de 450 novos empregos, a expansão permitirá que a Amazon entregue a partir de dois dias a mais de 600 cidades.

A Amazon anunciou outro passo de sua expansão no Brasil com a abertura de um novo Centro de Distribuição (CD) em Cajamar, São Paulo. Esse novo CD irá gerar 450 novos empregos diretos na região e irá aumentar a possibilidade de centenas de empregos indiretos a partir do programa global Fulfilment By Amazon (FBA – Logística da Amazon).

“A expansão da Amazon reflete nosso comprometimento com nossos consumidores no Brasil, focando sempre em oferecer uma experiência do cliente em constante evolução. Estamos extremamente comprometidos com o país e com as comunidades em que operamos, orgulhosos de conseguir gerar mais de 450 novas oportunidades de emprego. Reconhecemos o constante esforço do governo em modernizar o ambiente de negócios e agradecemos todos os membros engajados em apoiar esse projeto de expansão, o que irá nos permitir continuar servindo nossos consumidores com os produtos que precisam.” – Ricardo Pagani, diretor de Operações da Amazon no Brasil.

“O novo CD, com foco no modelo FBA – Logística da Amazon, reforça os serviços da Amazon no Brasil, com entregas ainda mais rápidas e frete grátis para cliente Prime. Essa expansão permite entregas a partir de dois dias a mais de 600 cidades para produtos com selo Prime.” – Rafael Ferreira, líder do programa FBA – Logística da Amazon.

Com o novo CD em Cajamar, a Amazon está criando mais de 450 empregos diretamente e centenas indiretamente. Os associados irão selecionar, embalar e enviar os pedidos dos clientes, ajudando a garantir que as pessoas recebam seus itens de maneira rápida e confiável. Esse novo complexo representa cerca de 57 mil metros quadrados de área, o que equivale a uma área de cinco campos de futebol.

Entendendo o programa FBA

O programa FBA é um programa de logística que cria oportunidades para toda uma rede de parceiros de negócios que podem contar com a experiência da Amazon para armazenar e intermediar a entrega de seus produtos. Além dos empregos diretos, os Centros de Atendimento também criam empregos indiretos por meio do programa FBA. Os parceiros de negócios do FBA recebem o selo Prime em seus produtos, agilizando o envio para clientes em todo o País e, no caso de clientes Prime, com entregas gratuitas.
O FBA está à disposição dos parceiros de negócio localizados no Estado de São Paulo que operam sob o regime do Simples Nacional. O programa atende ao parceiro de negócios, que envia seus produtos para um centro de distribuição da Amazon. Ao se inscrever, a logística, empacotamento e entrega ao cliente final ficam sob os cuidados da Amazon e da transportadora parceira da Amazon.
No FBA, o serviço pós-venda também será fornecido pela Amazon, 24 horas por dia, sete dias por semana.
Na capital paulista, em seu centro expandido, os produtos estarão disponíveis para entrega no dia seguinte. O benefício é aplicável em itens selecionados nas mais de 30 categorias de produtos comercializados pela Amazon, com frete a partir de R$ 12,90 para o cliente.
Para parceiros de negócio localizados no Estado São Paulo e que não estejam sujeitos ao regime tributário do Simples Nacional ou, ainda, parceiros de negócios em qualquer regime tributário localizados nos estados do Sul e Sudeste, além de Pernambuco, Bahia e Distrito Federal, a Amazon oferece o programa FBA Onsite, que também permite o selo Prime e opções de frete rápido e gratuito.

Nesta versão, o parceiro de negócios mantém os produtos em seu próprio armazém, manuseia e empacota os produtos, usando as ferramentas da Amazon para gerenciamento de estoque. A transportadora parceira da Amazon é responsável por recolher os produtos vendidos no armazém do parceiro de negócio e entregá-los em todo o Brasil. A logística de devolução também é feita pela transportadora parceira da Amazon.

 

Fonte : revistamundologistica.com.br

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Lucro líquido da Magazine Luiza salta 740% no primeiro trimestre e chega a R$ 259 milhões puxado pelo app

Crescimento do e-commerce foi de 114% de um ano para o outro; em entrevista, Frederico Trajano destacou o marketplace: uma plataforma em oceano azul.

O bom desempenho das vendas on-line continuou impulsionando o balanço da varejista Magazine Luiza (MGLU3) no começo de 2021. Entre janeiro e março, a companhia viu seu lucro líquido crescer 739,7% sobre o mesmo período do ano passado, para R$ 258,6 milhões — quase nove vezes mais que o resultado de R$ 30,8 milhões atingido no primeiro trimestre de 2020.

No critério “ajustado”, sem considerar as despesas e receitas não recorrentes, o lucro líquido trimestral da companhia somou R$ 81,5 milhões, frente aos R$ 8 milhões negativos visto um ano antes. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) avançou 109,1% de um ano para o outro, totalizando R$ 695,6 milhões nos três primeiros meses de 2021. O Ebitda ajustado subiu 56%, para R$ 427,2 milhões.

A receita líquida da varejista também cresceu dois dígitos, um salto de 57,7% sobre o primeiro trimestre de 2020, para R$ 8,253 bilhões. Com isso, a margem Ebitda (relação percentual entre o Ebitda e a receita líquida) ficou em 8,4%, alta de dois pontos percentuais na comparação anual. A margem Ebitda ajustada se manteve em 5,2%.

“O forte ganho de market share foi impulsionado pela excelente performance do app, com 31 milhões de usuários ativos mensais. Também contribuíram a entrega mais rápida do varejo, a evolução do marketplace e o crescimento das novas categorias”, destacou em empresa no resultado.

Lojas físicas

Em entrevista ao InfoMoney, Frederico Trajano, CEO da Magalu, enfatizou que, apesar da pandemia, a Magalu conseguiu ter crescimento de 4% nas vendas na comparação anual. “Tínhamos mais lojas físicas fechadas nos três primeiros meses deste ano do que no mesmo período de 2020. No ano passado, só começamos a fechar as lojas no final de março”, disse.

O desempenho reflete a iniciativa da empresa de fornecer aos vendedores recursos para que eles pudessem continuar vendendo através de redes sociais, por exemplo. “Alguns vendedores mantiveram até 70% das vendas mesmo de casa”, afirmou. Embora sejam feitas de forma remota pelos vendedores, essas vendas são computadas como sendo em lojas físicas.

No total, considerando tanto e-commerce quanto o varejo físico, as vendas da Magalu cresceram 63% de um ano para o outro. “Muito está ligado à nossa multicanalidade. Ela permite uma alavancagem grande e proporciona diluição de despesas, gerando caixa. Nos últimos 12 meses, geramos R$ 2,7 bilhões de caixa operacional. A empresa de fato tem uma sustentabilidade de resultados”, completou Trajano.

O executivo destacou que a companhia vai continuar crescendo em abertura de lojas, mesmo que a tendência atual mostre claramente uma aceleração do digital. “Queremos e estamos aumentando o protagonismo das nossas lojas, cujas funções vão além de vender. Hoje, as nossas lojas funcionam como hubs de distribuição de produtos comprados no internet, pequenos Centros de Distribuição [CDs], além de captar sellers na região para vender pela gente, em nosso marketplace. Ela é parte do nosso ecossistema”, disse o CEO.

A companhia terminou o primeiro trimestre de 2021 com 1.310 lojas em todo o país, contra 1.156 unidades no final de março de 2020. As unidades dedicadas à logística, como CDs e hubs last mile, passaram de 26 para 103. A Magalu possui 45 lojas que fazem a entrega em até 1 hora e disse que vai aumentar essa quantidade neste ano.

Logística ao marketplace

Segundo Trajano, o plano é continuar investindo boa parte do Capex em logística e aumento de eficiência e o objetivo é transportar ao marketplace, onde são vendidos produtos de terceiros, a eficiência logística que a companhia já possui na venda de produtos próprios. Os sellers, comércios que vendem seus produtos via marketplace da Magalu, aumentaram de 26 mil para 56 mil em um ano. “Há 5,6 milhões de sellers no Brasil. Lançamos uma plataforma que é um oceano azul”, disse o CEO da Magalu.

Entre as áreas que a companhia vai continuar apostando neste ano estão moda e beleza, que inclui a Netshoes, que já deu resultado positivo, e a categoria nova no superapp: mercado. Segundo a companhia, 40% dos itens totais vendidos no primeiro trimestre foram da categoria mercado.

“Nós também crescemos em produtos alimentícios preparados. Compramos o Aiqfome [app concorrente do iFood], que vai integrar no superapp Magalu no terceiro trimestre deste ano”, disse Trajano. Ele afirmou que a companhia continua atenta a novas oportunidades de aquisições. A Magalu recentemente adquiriu algumas empresas para agregar serviços em diferentes canais, inclusive de conteúdo digital.

O executivo também destacou a performance forte do braço financeiro da Magalu, com 3 milhões de clientes no Magalu Pay, carteira digital integrada no superapp da companhia. “Lançamos o cartão digital com 100 mil usuários em 3 semanas. Fora os mais de 5 milhões que já tínhamos nos cartões tradicionais”, disse.

 

 

Fonte : infomoney.com.br

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Com avanço das vendas digitais, lucro da Via cresce 1.284%

Impactadas pelas restrições da segunda onda da covid-19, o GVM das lojas físicas caiu 9,6%.

Com o avanço de 23,4 ponto percentuais das vendas digitais, a Via, dona das Casas Bahia e do Ponto Frio, registrou lucro líquido de R$ 180 milhões no primeiro trimestre de 2021, apontando um desempenho 13 vezes maior (1.284%) em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo a Via, as vendas digitais atingiram 55,9% do volume bruto de mercadoria (GMV, na sigla em inglês) no período, alcançando R$ 10,33 bilhões. Impactadas pelas restrições da segunda onda da covid-19, o GVM das lojas físicas caiu 9,6% no comparativo trimestral, para R$ 5,33 bilhões.

“Nossa boa performance on-line mais que compensou o desempenho das lojas físicas, cuja receita bruta retraiu cerca de 9% no trimestre por conta da segunda onda do covid-19. Mesmo assim, continuamos a manter um forte ritmo de crescimento total nas vendas e ganhos de share no segundo trimestre de 2021”, informou em comunicado.

O avanço do e-commerce  foi de 23% no comparativo anual, e o marketplace alcançou R$ 1 bilhão em volume bruto de mercadoria.

A carteira de crediário da companhia alcançou R$ 4,6 bilhões entre janeiro e março, alta de 30% no comparativo anual. A companhia finalizou o trimestre com caixa total de R$ 7,2 bilhões.

Logística como diferencial competitivo

Como cerca de 50% das vendas on-line passam pelas lojas físicas, modalidade retira-em-loja ou usando a loja como hub de última milha, a companhia informou que pretende reforçar a estrutura de distribuição com um novo centro de distribuição no segundo semestre de 2021, em Extrema, Minas Gerais.

“Mais de 50% dos sellers ativos já estão utilizando o serviço da Envvias, nossa plataforma de serviços logísticos para o marketplace”, informou.

Segundo o comunicado, todas as lojas passarão a funcionar como hub também para a operação de marketplace, tanto na entrega como na coleta e na logística reversa de produtos.

 

Fonte : mercadoeconsumo.com.br

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Estrela10 firma parceria para fulfillment com Mercado Livre

A Estrela10, um dos maiores sites de vendas do Brasil, fechou parceria com o Mercado Livre para efetuar o fluxo completo de vendas – desde o recebimento do pedido até o momento da entrega do produto ao cliente final – dentro da plataforma do marketplace. Esta prática é denominada fulfillment e deve englobar todas as marcas próprias da Estrela10 (Trevalla, Fitt10, Auburn Music e Happy Kids) e produtos de fornecedores nacionais até 30 kg.

De acordo com Marcelo Dantas, CEO da companhia, os itens serão transferidos do estoque da Estrela10 para o do Mercado Livre, que realizará o recebimento e os disponibilizará dentro da plataforma deles. “Enviaremos nossos produtos para os dois centros de distribuição do Mercado Livre, localizados em Louveira (SP) e São José (SC). Nestes locais, o próprio marketplace fomenta a venda e realiza todo processo, desde a embalagem até a entrega final ao cliente”, explicou o executivo, lembrando que, para viabilizar a operação do fulfillment, a Estrela10 desenvolveu um sistema interno próprio.

Segundo Dantas, a principal vantagem é o incremento nas vendas, que deve chegar a 30%. No ano passado, a Estrela10 registrou crescimento de 150% em relação a 2019, alcançando faturamento de R$ 500 milhões – sendo 20% obtidos por meio de vendas diretas e 80% a partir dos seis marketplaces nos quais está presente: Mercado Livre, B2W, Magalu, Amazon, Via Varejo e Carrefour. Para o ano que vem, a loja pretende expandir sua operação para mais quatro marketplaces.

Em abril deste ano, a empresa iniciou sua operação em cinco países da Europa: Espanha, Itália, França, Alemanha e República Tcheca, por meio do Amazon.

Fonte : ecommercebrasil.com.br

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AliExpress e Amazon acirram disputa por entrega rápida de compras internacionais

Empresas anunciam prazos menores e vantagens para compras feitas fora do País.

Com as restrições de funcionamento a lojas físicas por medidas de isolamento social, muitos consumidores migraram para os canais digitais de vendas. A entrega de encomendas com prazos cada mais curtos tem sido uma das grandes apostas entre as maiores empresas de e-commerce no país. Um dia depois da gigante AliExpress, do  Grupo Alibaba, anunciar entregas de compras internacionais em até 12 dias na cidade de São Paulo, a Amazon informou que as entregas de mercadorias dos Estados Unidos serão feitas em até duas semanas.

Segundo reportagem publicada na Folha de S.Paulo, a Amazon anunciou também uma modalidade de frete gratuito para compras internacionais a assinantes do serviço Prime, que cobra R$ 9,90 para acesso a catálogo de filmes, música e frete gratuito. Na nova divisão de compras internacionais, o valor final dos itens já incluirá as tributações de importação.

A divisão de compras internacionais terá produtos das categorias de casa e cozinha, música, eletrônicos, beleza, informática e moda. Segundo Tiago Abel, líder de operações de varejo no País, a empresa criou uma tecnologia que conecta os centros de distribuição brasileiros com a operação americana, o que permitiu reduzir os prazos de entrega em 40%. Alguns produtos já estarão disponíveis para pronta-entrega no país, com prazo de dois dias ou entrega no mesmo dia com uma taxa extra para consumidores do centro expandido de São Paulo.

Entrega em 12 dias

Na AliExpress, a entrega em até 12 dias é feita pelo método “AliExpress Standard Shipping”, uma das modalidades de frete oferecidas pelo marketplace, que pode ou não ser gratuita, de acordo com o produto escolhido.

Para cumprir o prazo de até 12 dias, a empresa opera quatro voos fretados para o Brasil e integra prestadores de serviços logísticos.  Após a compra, o usuário poderá rastrear on-line o deslocamento de sua encomenda desde o envio pelo vendedor, no exterior, até a chegada na porta de sua casa.

Fonte : mercadoeconsumo.com.br

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Na guerra do e-commerce, B2W aposta em venda de supermercado e entrega em meia hora

Para vencer a guerra do e-commerce, B2W (dona da Americanas.com, Shoptime e Submarino) aposta na ampliação das vendas de supermercado e na redução do prazo de entrega. Hoje, as vendas dessa categoria já representam 53% de tudo que é comercializado pela B2W.

“Mercado é uma categoria que cresce 8 vezes ano contra ano e tem ainda muito espaço para avançar. Começamos com presença em 2 Estados, estamos em 8 e o fechamento de parcerias importantes permitirá ampliar a expansão geográfica para 1.500 lojas”, afirma o diretor de Relações com Investidores da B2W, Raoni Lapagesse.

Para impulsionar as vendas dessa e de outras categorias, a companhia aposta na redução do prazo de entrega. No primeiro trimestre, 14% das entregas foram realizadas em até 3 horas.

A meta é encurtar ainda mais esse tempo. Por isso, a B2W comprou a Shipp, que atua com o chamado ultra fast delivery, com entregas em 36 minutos.

Outra frente dessa disputa vai ser travada no marketplace, segmento em que a B2w já conta com 100 mil sellers (lojas de terceiros). Uma das estratégias para dar mais competitividade ao marketplace foi trabalhar com o frete grátis.

Nos últimos dias, a companhia anunciou uma parceria com a plataforma de live commerce OOOOO, que deve acelerar o Americanas ao Vivo. Por meio do live commerce, a empresa dará um novo espaço de venda para os sellers também.

“Em breve, vamos mostrar para o cliente uma nova forma de comprar, associando compra com entretenimento”, disse Márcio Cruz, CEO da B2W.

Por trás dessa estratégia, está a busca pelo aumento da utilização o app e da frequência de compra. Quanto mais as pessoas utilizarem o app, mais relevante ele se torna e mais oportunidades de compra se criam. Hoje, o app tem mais de 22 milhões de clientes ativos.

Fonte : newtrade.com.br

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Vendas da B2W quase dobram no 1º tri, mas prejuízo cresce e vai a R$ 163 mi

A B2W teve forte aumento das vendas no primeiro trimestre, ainda sob impulso do comércio eletrônico na esteira das medidas de isolamento social, mas seu prejuízo cresceu diante de maiores subsídios para fretes grátis.

O grupo de comércio eletrônico anunciou na última quinta-feira (6), que teve prejuízo líquido de R$ 163,6 milhões no primeiro trimestre, perda maior do que os R$ 108 milhões em igual período de 2020.

A companhia, dona dos sites Submarino e Americanas.com, informou ainda que teve alta de 90,4% nas vendas brutas totais (GMV, na sigla em inglês) ano a ano, a R$ 8,68 bilhões.

A empresa, que no mês passado anunciou proposta de combinação de negócios com a Lojas Americanas para criação da companhia a ser listada em bolsa nos Estados Unidos, reportou receita líquida de R$ 2,94 bilhões no trimestre, crescimento de 73,5% em um ano.

Por outro lado, as despesas gerais ajustadas somaram R$ 808 milhões, representando 9,3% das vendas totais, um aumento de 0,5 ponto percentual ano a ano, refletindo investimentos maiores em entrega gratuita. Só as despesas com vendas dispararam 130%.

Assim, o resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 129,4 milhões, alta de 1,4% em 12 meses.

No trimestre, o consumo de caixa foi de R$ 897,4 milhões, um aumento de 38,9% em um ano, com a companhia atribuindo essa evolução a fatores sazonais e ao aumento dos estoques.

Fonte : 6minutos.uol.com.br

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Receita do Mercado Livre cresce 139% no Brasil

O Mercado Livre mais do que dobrou sua receita no primeiro trimestre, uma vez que as medidas de isolamento para conter uma segunda onda da pandemia da Covid-19 na América Latina mantiveram robusta a demanda pelos serviços on-line do maior portal de comércio eletrônico e serviços financeiros da região.

A companhia relatou na última quarta-feira (5), receita líquida de 1,4 bilhão de dólares no período, aumento ano a ano de 111,4% em dólares e de 158,4% em moeda constante.

O Brasil, que representa 56% do total, teve expansão de 93% em dólar e 139% em reais.

Segundo o presidente de “commerce” do Mercado Livre, Stelleo Tolda, os números refletem entre outros fatores a entrada de dezenas de milhares de novos vendedores no marketplace, que recorreram aos canais on-line para dar sobrevida aos negócios físicos fechados por meses durante a pandemia.

Segundo ele, a partir deste segundo trimestre, o crescimento deve ser menor ano a ano, porque a comparação já será também com períodos de 2020 totalmente afetados pelos efeitos da pandemia.

“Neste primeiro trimestre tivemos um trimestre com pandemia comparado com um sem ela no ano passado”, disse Tolda à Reuters.

O prejuízo líquido no trimestre somou 34 milhões de dólares, ante 21,1 milhões em igual etapa de 2020, com o Mercado Livre mantendo foco na expansão de estrutura logística e tecnológica, enquanto se depara com a concorrência crescente de rivais como a gigante norte-americana Amazon e no Brasil, incluindo Magazine Luiza, Via Varejo e B2W.

O Mercado Livre, que no início do ano anunciou plano de investir 10 bilhões de reais no Brasil, inaugurou no mês passado seu quinto grande centro logístico no país, em Santa Catarina.

A companhia planeja abrir outras três dessas unidades em seu maior mercado latino-americano em 2021, com foco na região Sudeste.

No fim de março, o número de usuários ativos era de 69,8 milhões, avanço de 61,6% em 12 meses, enquanto a de vendedores superou um milhão.

O volume de vendas (GMV, na sigla em inglês) foi de 6,1 bilhões de dólares, crescimento de 77,4% em dólar sobre um ano antes. Em moedas locais, o aumento foi de 114,3%.

O braço de serviços financeiros do grupo, Mercado Pago, teve no período 14,7 bilhões de dólares em pagamentos, alta de 81,8% em dólares e 129,2% em moeda constante. A carteira de crédito atingiu 576 milhões de dólares, mais do que dobrando em um ano.

 

Fonte : newtrade.com.br

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Por que Magalu se espelha nos chineses

Para a varejista brasileira que quer digitalizar o País, Alibaba e Tencent são mais importantes que Amazon e Ebay.

Quando Frederico Trajano, presidente da varejista Magazine Luiza, comprou o AiQFome, a maior plataforma de entrega de comida do interior do país, não estava só de olho no mercado disputado por iFood e Rappi. No horizonte, estavam Jack Ma e Pony Ma, os bilionários que revolucionaram a cena digital chinesa com Alibaba e Tencent.

Na China, as duas gigantes duelam pelo negócio de entregas a domicílio a partir da Ele.me – adquirida pelo Alibaba em 2018, por US$ 9,8 bilhões -, e da Meituan, firma listada na bolsa de Hong Kong que levantou US$ 10 bilhões recentemente numa operação que aumentou a participação da Tencent para quase 20%.2 de 2

A entrega de comida ainda é um negócio custoso, mas Jack Ma e Pony Ma entenderam muito antes dos demais que o nome do jogo digital é trazer tráfego, o que se traduz em mais compras. Essa é a lógica por trás do sucesso dos superaplicativos chineses como o WeChat – estratégia que vem sendo adaptada pela Magazine Luiza.

Não à toa, a inspiração chinesa é cada vez mais citada por Frederico Trajano, num contraste com Amazon e eBay – há seis anos, quando estava construindo o marketplace (o shopping center virtual) da Magalu, era mais comum que Trajano citasse as companhias fundadas por Jeff Bezos e Pierre Omidyar.

Em entrevista ao Pipeline, Trajano explicou porque prefere a visão dos chineses, que dá abrangência aos supperapps, em vez da tendência “category killer” dos americanos, concentrando a atuação em áreas nas quais tenham vantagens competitivas quase insuperáveis.

“Os chineses ajudaram tanto os consumidores quanto os empreendedores a se digitalizar. Jack Ma está mais preocupado com os sellers [varejistas que operam no marketplace] do que Bezos, o que bate mais com o que penso. Quero digitalizar o Brasil, e não o mundo”, diz Trajano.

A força dos sellers para a Magalu pode ser vista nos resultados. Desde 2018, a companhia olha para o GMV – valor total de vendas, incluindo o marketplace -, e não só para a receita líquida. No ano passado, foram R$ 43,5 bilhões. O e-commerce já representa 65,6% das vendas totais.

As incursões em conteúdo, com a compra de Canaltech, Jovem Nerd e Steal the Look, fortalece o negócio de venda de publicidade on-line para os sellers. “A Amazon fatura mais de US$ 10 bi com ads [anúncios]. O Alibaba não cobra take rate [comissão] e toda a receita é em ads”, compara Trajano.

A estratégia da Magalu, que fez 17 aquisições desde o início do ano passado – ingressando não só em delivery de comida, mas reforçando a logística e a oferta de serviços aos sellers, -, também está mais próxima dos chineses por características históricas do varejo no Brasil.

O brasileiro de renda mais baixa, historicamente, precisa de crédito do varejo para consumir. “Renner, C&A, Pernambucanas e Magalu sempre tiveram uma operação financeira”, diz Trajano. Na Magalu, a Luizacred é uma joint venture com o Itaú, de 20 anos.

A particularidade brasileira torna mais natural o investimento de varejistas em serviços financeiros – no mundo digital, ninguém fez isso melhor do que os chineses. “O AliPay, plataforma de pagamentos com carteira digital e crédito, foi uma ferramenta fundamental para o Alibaba. E até hoje isso não é relevante para a Amazon”, observa o consultor Alberto Serrentino, fundador da Varese Retail.

Na Magalu, os serviços financeiros digitais devem crescer. No superapp, a conta digital desenvolvida pelo time de tecnologia da empresa já conta com três milhões de clientes.

A companhia também aguarda o aval do Banco Central para concluir a aquisição da Hub, que vai viabilizar a oferta direta de serviços como o Pix a consumidores e sellers – a fintech conta com mais de 4 milhões de contas ativas e processa mais de R$ 6,5 bilhões em pagamentos por ano.

“Existe uma bela oportunidade para caminhar em fintech”, diz o presidente da Magazine Luiza.

Numa tentativa de se diferenciar da concorrência – uma miríade de companhias também almeja ser um superapp à moda chinesa -, Trajano argumenta que as estratégias levam muitos anos para se consolidar.

Em serviço de entrega de comida, por exemplo, o AiQFome vai primeiro desbravar as cidades fora das capitais – o número de municípios atendidos já é de 700 e deve chegar a 2 mil. “A Magalu demorou várias décadas para entrar na capital”, compara – as lojas físicas só chegaram a São Paulo em 2008.

“Me preocupa quando todo mundo começa a falar [de superapp]. Não pode ser voluntarismo para jogar para o investidor”, disse ele, que visitou a China em 2018 para desenhar o novo ciclo estratégico da Magalu.

Trajano reforça a aposta no longo prazo ao lembrar do modelo escolhido para a companhia. A multicanalidade, integrando os canais físico e digital, levou 15 anos para fazer a fama de varejista de sucesso – a Magalu lançou seu e-commerce em 2000. O modelo foi criado em casa, sem inspirações americanas ou chinesas.

“Os investidores foram por uma década e meia contra minha visão de multicanalidade e agora, como teve sucesso, todo mundo fala”, diz, citando que é o único player de e-commerce que deu lucro – a B2W, que vai entrar na era da multicanalidade com a união com a Lojas Americanas, teve prejuízo de R$ 203 milhões no ano passado. O Mercado Livre reportou prejuízo de US$ 707 mil.

Por muitos anos, a Magazine Luiza não foi a queridinha do mercado – as ações chegaram a valer pouquíssimos centavos até 2015, para só depois engatar uma impressionante disparada. A Magalu, que acaba de completar dez anos desde o IPO, vale R$ 130 bilhões. Em 2021, os papéis caíram quase 20% (muitos investidores realizaram lucro e outros migraram para ativos que podem ganhar com o pós-vacina)

 

 

Fonte : sbvc.com.br

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