Shopee registra mais de 280% de crescimento em vendas no Dia das Mães

Marketplace promoveu liquidação especial para a data.

A plataforma de comércio eletrônico Shopee registrou um aumento de mais de 280% de vendas em 5 de maio na comparação com a média de um dia comum do mês. O dia 5 foi a principal data da campanha “5.5 Liquidação Dia das Mães”. Entre os maiores vendedores, o crescimento chegou a quase cinco vezes. Já os menores venderam mais de dez vezes no período.

A campanha ocorreu entre os dias 26 de abril e 9 de maio. Foram mais de R$ 1,5 milhão em vouchers de descontos (no dia 5 de maio), além de cupons de frete grátis, cashback e promoções-relâmpago. Os produtos mais vendidos foram roupa íntima, artigos para cozinha e produtos para skincare. O produto mais caro foi um iPhone 12 Pro Max de R$ 9.850. Os produtos mais pesquisados foram ring light, fone de ouvido e maquiagem.

As cidades que mais registraram compras na plataforma da Shopee foram São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Salvador (BA). Já as cidades pequenas com mais crescimento foram Marabá (PA), Guariba (SP) e Rio Branco (PA), com um aumento de mais de 1.000% no número de pedidos.

O head de Marketing da Shopee no Brasil, Felipe Piringer, destaca que a data é uma boa oportunidade para movimentar e desenvolver o e-commerce no País. “Temos uma base importante de vendedores locais que está crescendo e incentivamos o empreendedorismo em todas as regiões do País. Para o consumidor brasileiro, a Shopee oferece a possibilidade de conhecer novas lojas e acesso a um processo rápido, divertido e seguro”, afirma.

Moedas e entretenimento

A Garantia Shopee retém os pagamentos aos vendedores até que os usuários confirmem que os produtos foram recebidos em boas condições. Além disso, é possível filtrar produtos com as melhores avaliações. A plataforma conta, ainda, com ações de entretenimento que rendem prêmios e recompensas em forma de moedas virtuais que podem, depois ser trocadas por descontos.

Durante a ação do Dia das Mães, mais de 57 milhões de moedas Shopee foram usadas, correspondentes a mais de R$ 570 mil de economia. A moeda Shopee é o “dinheiro” virtual do markeplace que pode ser usado para descontos a qualquer pedido. Elas podem ser adquiridas sempre que uma compra bem-sucedida for feita. Outra forma de ganhar moedas é por meio de jogos do aplicativo que rendem prêmios e recompensas.

Fundada em 2015 em Singapura como parte da Sea Limited, a Shopee está no Brasil desde 2019. O propósito é conectar consumidores, marcas e vendedores e capacitá-los a comprar e vender de qualquer lugar e a qualquer momento. A Sea Limited também é proprietária de outros negócios, como Garena, o braço de entretenimento digital, e SeaMoney, de serviços financeiros digitais.

Magazine Luiza avança na logística e testa entrega em 1 hora em 45 lojas

No primeiro trimestre, as vendas on-line atingiram R$ 8,8 bilhões, 70% do total do Magazine Luiza. Em entrevista ao NeoFeed, Frederico Trajano, CEO do Magalu, fala dos resultados, do projeto-piloto que realiza para fazer entregas em até 1 hora e comenta sobre os planos para a sua fintech.

O comércio eletrônico brasileiro está entrando em uma nova corrida: qual será a empresa que fará a entrega mais rápida ao consumidor? Nessa disputa, o Magazine iniciou um teste em 45 lojas para fazer entregas em até uma hora, informou Frederico Trajano, CEO da varejista, ao NeoFeed.

“Esse ano, estamos focando em entregas em 1 hora. Já temos 45 lojas fazendo isso”, diz Trajano. “Então, vamos seguir aumentando o nível de serviço. Na China, você tem entrega em 20 minutos. ”

Sem fornecer detalhes, Trajano disse que o objetivo é crescer significativamente esse número ao longo de 2021. Hoje, o Magazine Luiza conta com mais de 1,3 mil lojas.

No primeiro trimestre deste ano, 51% dos pedidos feitos no site do Magazine Luiza foram entregues em até 24 horas. Em dois dias, esse percentual foi de 70%. Esse dado não leva em conta a venda dos sellers de seu marketplace.

“Vamos ampliar a malha física: mais unidades logísticas e mais lojas que funcionam como mini-CDs. E vamos ativar essa malha não só para o 1P (vendas próprias), mas também para o 3P (marketplace). É um investimento que vai beneficiar as duas operações”, afirma Trajano.

Atualmente, a operação de logística do Magazine Luiza conta com 8 mil motoristas, 103 unidades logísticas, 23 centros de distribuição e 80 estações cross docking e de hubs de última milha.

Os rivais do Magazine Luiza estão também trabalhando para fazer entregas cada vez mais rápidas. O Universo Americanas, que conta com a plataforma logística Let’s, fez 44% das entregas em até 24 horas. Hoje, 14% dos pedidos são entregues em até 3 horas, segundo balanço de primeiro trimestre. A Via (ex-Via Varejo), dona das marcas Casas Bahia e Ponto, já faz 42% das entregas em 24 horas. Em dois dias, o percentual sobe para 65%.

A melhoria do nível de serviço da área de logística é um dos principais projetos, ao longo de 2021, do Magazine Luiza, cujas vendas totais atingiram R$ 12,5 bilhões no primeiro trimestre deste ano, um crescimento de 63%. O lucro líquido ajustado foi de R$ 81 milhões, saindo de um prejuízo de R$ 8 milhões no mesmo período do ano passado.

As vendas on-line, por sua vez, saltaram 114%, atingindo R$ 8,8 bilhões, 70% do total. Esse é o quarto trimestre consecutivo em que a operação on-line dobra de tamanho. Nas lojas físicas, o avanço foi de 4%, um resultado surpreendente, considerando-se que ficaram mais tempo fechadas no primeiro trimestre de 2021 do que há um ano.

Nesta entrevista, Trajano fala sobre os planos para a área logística, comenta sobre a estratégia de aquisições e aborda os planos da área financeira. O Magazine Luiza reportou também ter 3 milhões de contas digitais e que, em três semanas, o seu cartão de crédito conquistou uma base de 100 mil clientes. Confira os principais trechos:

O Magazine Luiza evoluiu bastante na parte logística das vendas próprias (1P). O foco em 2021 é levar esse nível de serviço para os sellers do marketplace (3P)?
Vamos melhorar a nossa logística tanto para o 1P como para o 3P. Esse ano, estamos focando em entregas em 1 hora. Já temos 45 lojas fazendo isso. Então, vamos seguir aumentando o nível de serviço. Na China, você tem entrega em 20 minutos. Mas, mesmo a operação 1P, tem de evoluir muito. E na operação 3P, queremos melhorar. E não vamos crescer o 3P em detrimento do 1P. Quero crescer o GMV total da companhia. Mas hoje, de fato, o nível de serviço de 1P é muito melhor do que o de 3P. A ideia é pegar tudo aquilo que tenho para o 1P e disponibilizar para o 3P. Mas vou seguir melhorando e investindo no um 1P.

O que será feito?
Vamos ampliar a malha física: mais unidades logísticas e mais lojas que funcionam como mini-CDs (Centros de Distribuição). E vamos ativar essa malha não só para o 1P, mas também para o 3P. É um investimento que vai beneficiar as duas operações. Mas o 3P vai melhorar relativamente mais, porque vem de uma base muito ruim, que são os Correios. Hoje, 40% dos sellers utilizam a nossa malha própria. E queremos aumentar muito esse número e reduzir os prazos dos nossos clientes que compram dos sellers.

Você espera que o serviço de logística para os sellers seja semelhante ao das entregas das vendas próprias ao longo de 2021?
O 1P vai continuar com um nível de serviço melhor e essa construção para equalizar o 3P vai demorar alguns anos ainda.

Você comentou que 45 lojas estão fazendo entregas em 1 hora. É um projeto-piloto?
Sim, é um piloto. Vamos crescer significativamente esse número.

A questão logística vai ser essencial na briga do comércio eletrônico em 2021?
Ela sempre foi. Se você olhar o nosso primeiro trimestre, uma das razões pelas quais nós crescemos acima do mercado com rentabilidade foi por ter uma operação logística mais rápida e mais eficiente do que o mercado. Senão, você teria de crescer com investimentos não sustentáveis em marketing ou em margem. Ela já é um diferencial grande. E vai seguir sendo. Quem não tem uma logística boa, uma entrega rápida, tem de anabolizar o seu crescimento, tem de crescer com muito prejuízo. Logística é um diferencial, mas não é o único. Você tem toda a parte de novos serviços, novas categorias, uma experiência de compra legal e de pós-venda boa. Mas, sem dúvida, logística é um fator de diferenciação importante.

Desde o ano passado, o Magazine Luiza fez diversas aquisições em áreas como varejo alimentício, delivery, moda e beleza, logística, serviços financeiros e ads (publicidade). Há outra área que o Magalu está avaliando entrar?
Já delineamos todas. Quisemos deixar claro que essa estratégia de ecossistema digital multicanal vai endereçar essas avenidas de crescimento. Continuamos querendo crescer bastante e digitalizar o varejo brasileiro. Estamos mirando categorias que são pouco penetradas, como moda e beleza; alimentos e bebidas; bens de consumo; e comida preparada, que não deixa de ser um varejo. E acredito que tem um pedaço adjacente, que é o de retail tech. Podemos explorar esse mercado via take rate ou vendendo serviços de tecnologia para pequenos varejistas. E, finalmente, temos grande avenidas de monetização dessas áreas que são o ads (publicidade) e a fintech. Num mundo, você cresce, ganha relevância e frequência. E, no outro, você consegue monetizar com ads e a parte de fintech. É uma operação equilibrada, rentável e sustentável. Não vamos fugir muito dessas oportunidades. Vamos seguir com essa disciplina de investir, tanto organicamente quanto inorganicamente, para explorar essas avenidas de crescimento.

Você comentou, em outras entrevistas, que o mercado iria se surpreender com as aquisições que o Magazine Luiza iria fazer. E, de fato, você comprou desde empresas de delivery até canais de conteúdo no YouTube, como o Jovem Nerd. A agenda de M&A segue forte? O mercado ainda vai se surpreender com as próximas aquisições?
Sim, seguimos com uma agenda de M&A forte. Vamos continuar adicionando empresas interessantes. Agora, como já foram feitas 16 aquisições, o mercado já entende que a empresa tem uma estratégia de ecossistema, que ela é mais horizontal do que verticalizada em uma categoria única. Eu vejo que vai ter proporcionalmente menos surpresa. Vamos seguir comprando ativos que não são óbvios para os investidores, para a concorrência e para os formadores de opinião.

Todas as empresas de varejo querem ter hoje uma fintech para chamar de sua. O Magazine Luiza comprou a Hub. O que se pode esperar da Hub quando a compra for aprovada pelo Banco Central?
Primeiro, temos uma operação de fintech pré-Hub. São 3 milhões de contas do Magalu Pay; são R$ 2,7 bilhões de TPV do Magalu Pagamentos; temos os sellers antecipando recebíveis através do Magalu Pagamentos; temos uma das maiores financeiras independentes do mercado que é a LuizaCred, com 5,5 milhões de cartões ativos e com uma carteira de crédito de R$ 13 bilhões. Já somos uma empresa com uma participação muito forte em financiamento ao consumo. O que estamos criando agora são ferramentas digitais e plataformas digitas para explorar esse mundo de financiamento ao consumo e ao pequeno varejo. E a Hub vai ser a plataforma e a espinha dorsal dessa estratégia. Tanto é uma processadora, como é também uma empresa autorizada pelo Banco Central e tem o arcabouço legal e regulatório adequado para explorar esse ambiente de fintech. Eram duas coisas que não tínhamos. Tínhamos a plataforma, mas que não era uma IP (Instituição de Pagamento) regulada. E também não tínhamos a tecnologia. Agora, vamos ter o ‘core’ bancário.

Quais são os serviços que vocês podem prestar e que antes não conseguiam prestar?
Podemos ter FIDC, empréstimo na conta digital. Vamos ser uma conta digital completa.

Vocês dão guidance de quantas contas digitais e quantos cartões pretendem ter ao longo de 2021?
Nós não damos guidance de nada. O nosso número ainda é baixo. Começamos em julho e já temos 3 milhões de contas digitais. A beleza do nosso modelo é que é uma conta totalmente integrada ao superapp. Os clientes que têm a conta no app do Magalu habilitam, em poucos segundos, a conta na nossa fintech. Esse é o nosso grande diferencial. E agora temos o PIX e o cartão de crédito, que nasce totalmente integrado com a conta digital. Todo o cashback do cartão vai voltar para a conta dele. Estamos criando features adicionais para aumentar a utilização, os depósitos e o TPV dessa conta.

 

 

 

Alibaba tem 1º prejuízo operacional após multa antimonopólio

O Alibaba, principal plataforma de comércio eletrônico da China, reportou na última quinta-feira (13) seu primeiro prejuízo operacional trimestral desde a abertura do capital em 2014, afetado por uma multa antimonopólio recorde.

As ações da companhia listadas nos EUA recuavam mais de 2%, mesmo com a previsão de fortes receitas em 2022, com a empresa apostando que a mudança impulsionada pela pandemia para as compras on-line permanecerá resiliente.

O Alibaba estimou uma receita anual de 930 bilhões de iuanes (US$ 144,12 bilhões) para o ano fiscal encerrado em março de 2022, um pouco acima da estimativa média dos analistas de 928,25 bilhões de iuanes.

A projeção foi ofuscada por escrutínio regulatório, que resultou na suspensão do IPO de US$ 37 bilhões de sua afiliada financeira Ant, e em uma multa de US$ 2,8 bilhões por práticas comerciais anticompetitivas.

A multa levou a um prejuízo operacional de 7,66 bilhões de iuanes (US$ 1,19 bilhão) no quarto trimestre encerrado em 31 de março.

A receita como um todo subiu para 187,4 bilhões de iuanes no período, acima dos 180,41 bilhões previstos por 30 analistas compilados pela Refinitiv.

73,4% dos empreendedores estão vendendo on-line na pandemia, revela Serasa Experian

Durante a pandemia, 73,4% das micro, pequenas e médias empresas venderam ou passaram a vender produtos e serviços on-line, segundo pesquisa da Serasa Experian, realizada em fevereiro deste ano para avaliar o impacto da crise nesse setor.

Dentre esses empreendedores, 83,1% pretendem continuar a aposta no ambiente digital para realizar seus negócios mesmo quando este cenário acabar. Os canais mais utilizados para esta comercialização são, principalmente, as redes sociais.

Segundo a pesquisa, os entrevistados também buscam alternativas de vendas em sites próprios e oferta de produtos em marketplaces.

Questionados sobre em quais aspectos o ambiente on-line ajudou nas vendas, a maioria (51,0%) sinalizou que atingir públicos diferentes foi a principal, seguida por ter mais exposição (44,8%), atingir novas regiões (34,5%) e atingir o mesmo público, mas em maior quantidade (29,7%).

Cleber Genero, vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas e Identidade Digital da Serasa Experian, conta que a aceleração dos processos digitais para venda e prospecção pode ter pegado alguns empreendedores de surpresa, mas que boa parte deles soube buscar recursos para manter o negócio funcionando.

“O brasileiro é naturalmente um apaixonado por tecnologia, mas vimos que muitas pequenas empresas precisaram incorporar totalmente o ambiente digital em pouco tempo. No início, essa adoção pode ter sido feita de forma improvisada, mas os negócios têm necessidades distintas e muitos conseguiram encontrar as ferramentas que melhor funcionassem para seu produto, público e região. Hoje, o mercado também já entendeu essa necessidade das empresas de menor porte e oferece soluções direcionadas para este segmento, o que vai facilitar cada vez mais a adesão e digitalização”, afirmou.

Uma pesquisa similar também foi feita em novembro do ano passado com o mesmo público e as duas edições perguntaram aos empresários sobre as oportunidades encontradas para manter as atividades durante a pandemia. O resultado foi um aumento entre aqueles que estão investindo em novas tecnologias. Se na pesquisa anterior, 23,3% fizeram esta afirmação, agora 27,6% selecionaram esta alternativa. Confira abaixo as informações completas:

Empreendedores recorrem a empréstimos

Depois de reduzir custos, empresas buscam empréstimos para se manter. Na pesquisa mais recente, feita em fevereiro deste ano, mais empreendedores afirmaram ter buscado empréstimos e financiamentos ao relatar os principais impactos na área financeira, segundo a Serasa Experian.

Além de aumentar custos e despesas, esta foi uma das respostas que mais cresceu no comparativo dos estudos, indo de 21,3% para 24,8% de um ano para o outro, considerando todos os segmentos e portes entrevistados. Ainda que tenha se mantido como a alternativa mais escolhida, reduzir custos e despesas caiu.

De acordo com o levantamento, ao analisarem individualmente os que afirmaram que buscaram recursos financeiros para manter o negócio, as micro foram as que mais solicitaram, indo de 16% para 23,2%. Entre os segmentos de atuação, o comércio apresentou maior variação (de 15,1% para 38,1%). Veja nas tabelas abaixo:

Metodologia da pesquisa

Na pesquisa realizada entre 8 e 22 de fevereiro de 2021 foram entrevistados executivos de 508 micro, pequenas e médias empresas em todo o país, que atendem consumidores, empresas ou os dois públicos. Participaram representantes dos segmentos de Serviços, Comércio Varejista, Comércio Atacadista e Indústria.

Perto de faturar US$ 1 bilhão, Mercado Pago Brasil já responde por 21% do Mercado Livre

Pela primeira vez, o Mercado Pago revelou, com exclusividade ao NeoFeed, os dados da sua operação local, que apurou uma receita de US$ 837 milhões em 2020. Para seguir nessa toada, a fintech está lançando a opção de portabilidade de salário e planeja mais produtos em investimentos, crédito e seguros.

Criado em 2004 como o braço financeiro do Mercado Livre, o Mercado Pago ultrapassou, com o tempo, as fronteiras dos cliques, sellers e carrinhos de compra do grupo, dono da maior plataforma de comércio eletrônico da América Latina e de um valor de mercado de US$ 80,8 bilhões.

Ao ganhar vida própria, a divisão, volta e meia, é apontada como a joia da coroa da companhia. E um componente, em particular, salta aos olhos nessa equação: a operação brasileira da fintech. É o que mostram dados do Mercado Pago, revelados pela primeira vez, com exclusividade, ao NeoFeed.

Com uma cifra de US$ 837 milhões, o Mercado Pago Brasil respondeu por 21,1% da receita líquida de US$ 3,9 bilhões do Mercado Livre em 2020. Ou seja, as operações locais da fintech já representam um quinto da receita total do grupo, considerando todas as unidades de negócio e países na América Latina.

No contexto do Mercado Pago, que apurou uma receita de US$ 1,41 bilhão no período, a fatia do Brasil foi de 59,1%. Já a participação da divisão na receita total do grupo foi de 35,5%. Levando-se em conta a operação em toda a América Latina, a fintech registrou um volume transacionado (TPV) de US$ 49,7 bilhões em 2020.

O peso do Mercado Pago Brasil se estende aos negócios do Mercado Livre no País. A fintech representou 38,1% da receita líquida total de US$ 2,1 bilhões da subsidiária brasileira no ano passado.

“Nós sempre enxergamos no Mercado Pago um potencial muito maior do que o próprio marketplace”, diz Tulio Oliveira, vice-presidente e country manager do Mercado Pago no Brasil, ao NeoFeed. “E já não somos mais relevantes apenas no contexto do grupo, mas no mercado como um todo. ”

Outros números dão um termômetro do negócio no País. Em sua oferta mais conhecida, de pagamentos, são 10 milhões vendedores ativos, com 60% do volume processado fora do Mercado Livre. Já em pessoas físicas, são mais de 20 milhões de usuários ativos da conta digital Mercado Pago.

“Muitos players vêm focando um ou outro lado dessa cadeia e nós já temos esses dois elos muito bem desenvolvidos, e um marketplace para integrar esses mundos”, diz Oliveira. “Estamos nos inserindo cada vez mais no dia a dia das pessoas e temos um roadmap enorme de produtos no radar. ”

A próxima peça desse quebra-cabeças no País acaba de sair do forno. Trata-se da oferta de portabilidade de salário para a conta digital do Mercado Pago. O serviço começou a ser testado nos últimos meses, primeiro, com uma base restrita de funcionários.

“Vamos abrir isso gradativamente, mas já temos mais de 1 milhão de clientes da nossa base com a possibilidade de usar esse recurso”, conta Oliveira. “E, em pouco tempo, estaremos em mar aberto. ”

Para atrair os usuários, a fintech criou um pacote com benefícios como anuidade grátis no cartão de crédito e acesso imediato ao nível mais alto do Mercado Pontos, programa de fidelidade do Mercado Livre com descontos em fretes, compras e na contratação de serviços como Disney+ e Deezer.

“A portabilidade é mais uma forma de impulsionar o cash in recorrente na conta, o que é um desafio para todas as fintechs e bancos digitais”, diz Fabricio Winter, sócio da consultoria Boanerges & Cia. Ele entende que a iniciativa abre caminho para outros produtos.

Em 2020, a fintech representou 38,1% da receita líquida total de US$ 2,1 bilhões do Mercado Livre no Brasil

“Vai ser possível acompanhar e conhecer melhor o comportamento desse usuário e o quanto ele compromete da sua renda”, afirma. “E, em cima disso, ter dados mais apurados para aprimorar a oferta de crédito. ”

O Mercado Pago encerrou 2020 com uma carteira de crédito de R$ 1,3 bilhão. Para pessoas físicas, há opções como o parcelamento de contas, a partir de R$ 15. Já para os vendedores, alternativas como empréstimos de R$ 100 a R$ 500 mil, que podem ser parcelados em até 24 vezes.

A fintech não descarta novidades nesse portfólio. “Quando falamos de portabilidade de salário, a possibilidade do crédito consignado, por exemplo, começa a ficar muito mais próxima”, diz Oliveira.

Há outras soluções na fila de espera para ampliar o engajamento na plataforma. Em investimentos, estão em análise segmentos como previdência e produtos de renda fixa. Hoje, o usuário pode optar por uma conta com o saldo remunerado com 100% do CDI.

Outra área é a de seguros, na qual o Mercado Pago tem dois produtos: a garantia estendida nas compras de algumas categorias no Mercado Livre e o seguro contra roubos e danos de celulares. Seguros residenciais, automotivos e de vida são algumas das ofertas em avaliação.

Novos limites

A conta digital não é a única prioridade. Depois de ganhar escala em pagamentos com pequenos vendedores do Mercado Livre e de adicionar grandes marcas a esse cardápio, a fintech está mirando outro perfil de cliente.

“Existe um universo enorme de pagamentos, onde outros rivais jogam e não temos muita presença”, diz Oliveira. “Queremos atender o vendedor que já tem um ponto físico, uma pequena equipe e um faturamento mensal entre R$ 15 mil e R$ 20 mil. ”

Um dos apelos para esse público é o acesso à plataforma do Mercado Livre. O Mercado Pago também criou ofertas como uma linha de crédito com parcelas variáveis, que são amortizadas de acordo com o volume mensal de vendas desse varejista, que tem um faturamento mais instável.

A integração entre os mundos off-line e digital também está no centro da ampliação da rede de aceitação de pagamentos via QR Code. Hoje, são mais de 5 mil estabelecimentos cadastrados no País, com nomes como McDonald’s, Outback, Extrafarma e Petz.

O Mercado Pago está estimulando ainda a aceitação do PIX, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, em pontos físicos. Depois de inaugurar essa estratégia, em janeiro, com o Burger King e a C&A, a fintech revelou ao NeoFeed a entrada de redes como Graal, Crocs e Fran’s Café nesse pacote.

Nas contas digitais, o sistema já responde por mais de 80% das transferências realizadas. Nesse espaço, as iniciativas mais recentes envolveram o lançamento da modalidade nas transações do Mercado Livre e a eliminação das taxas para os clientes que efetuem seus pagamentos via PIX, com QR Code.

O Mercado Pago Brasil respondeu por 59,1% da receita líquida total reportada pela fintech no ano passado

Ao estender seus fronts de atuação, o Mercado Pago ampliou, na mesma proporção, o número de empresas com as quais concorre. Mas é ainda em seu mercado tradicional que a fintech tem seus maiores rivais, dado que as ofertas financeiras são hoje uma das grandes zonas de confronto dos marketplaces.

Um desses oponentes é a B2W, com a Ame, que alcançou 17 milhões de downloads e uma rede de aceitação de 3 milhões de lojistas em 2020, além de reforçar seu portfólio com as aquisições da Bit Capital e da Parati.

Quem também não economizou foi o Magazine Luiza, cuja conta digital Magalu Pay, lançada no início de 2020, tem uma base atual de 2,7 milhões de contas. Em dezembro, a empresa comprou a Hub Fintech, por R$ 290 milhões.

O acordo em questão motivou um recurso do Mercado Livre junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica. O grupo alegava que era cliente da Hub Fintech e que a empresa detinha dados importantes de sua operação, que poderiam ser acessados pelo Magazine Luiza. Há duas semanas, o recurso foi negado pelo tribunal do Cade.

Já a Via, antiga Via Varejo, concentra suas apostas no banQi, com 1,8 milhão de contas abertas. Nesta semana, o grupo mostrou seu apetite ao anunciar a compra da Celer, fintech de pagamentos e de banking as a service.

“O Mercado Pago ainda está alguns passos à frente”, diz Eduardo Terra, presidente da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). “Mas se existe uma ameaça ela se chama Ame, que avançou muito nos últimos dois anos. ”

Winter, da Boanerges & Cia, também faz uma ressalva. “O que deu destaque ao Mercado Pago até aqui não é garantia de sucesso”, diz. “Há um efeito manada e muitas ofertas nessa área estão se tornando commodities. Eles precisam ir além. ”

Um relatório do BTG Pactual reforça o fato de que tanto o Mercado Pago quanto o Mercado Livre não podem ficar parados colhendo os louros por terem sido um dos pioneiros em seus respectivos segmentos.

Segundo o banco, em termos de visitantes únicos mensais, o Mercado Livre caiu de uma participação de 40%, em março de 2020, para 33% em março deste ano. No intervalo, o Magazine Luiza subiu de 15,6% para 18%. E, a Via, de 11,4% para 16,2%.

Adepto das maratonas, Oliveira não ignora o avanço dos rivais. Mas ressalta que o Mercado Pago está pronto para essa disputa. “É preciso tomar alguns cuidados para cruzar bem a linha de chegada” diz. “Essa corrida é de longo prazo e nossa ambição é ser a maior fintech da América Latina. ”

 

 

Amazon anuncia novo centro de distribuição em São Paulo

Além de 450 novos empregos, a expansão permitirá que a Amazon entregue a partir de dois dias a mais de 600 cidades.

A Amazon anunciou outro passo de sua expansão no Brasil com a abertura de um novo Centro de Distribuição (CD) em Cajamar, São Paulo. Esse novo CD irá gerar 450 novos empregos diretos na região e irá aumentar a possibilidade de centenas de empregos indiretos a partir do programa global Fulfilment By Amazon (FBA – Logística da Amazon).

“A expansão da Amazon reflete nosso comprometimento com nossos consumidores no Brasil, focando sempre em oferecer uma experiência do cliente em constante evolução. Estamos extremamente comprometidos com o país e com as comunidades em que operamos, orgulhosos de conseguir gerar mais de 450 novas oportunidades de emprego. Reconhecemos o constante esforço do governo em modernizar o ambiente de negócios e agradecemos todos os membros engajados em apoiar esse projeto de expansão, o que irá nos permitir continuar servindo nossos consumidores com os produtos que precisam.” – Ricardo Pagani, diretor de Operações da Amazon no Brasil.

“O novo CD, com foco no modelo FBA – Logística da Amazon, reforça os serviços da Amazon no Brasil, com entregas ainda mais rápidas e frete grátis para cliente Prime. Essa expansão permite entregas a partir de dois dias a mais de 600 cidades para produtos com selo Prime.” – Rafael Ferreira, líder do programa FBA – Logística da Amazon.

Com o novo CD em Cajamar, a Amazon está criando mais de 450 empregos diretamente e centenas indiretamente. Os associados irão selecionar, embalar e enviar os pedidos dos clientes, ajudando a garantir que as pessoas recebam seus itens de maneira rápida e confiável. Esse novo complexo representa cerca de 57 mil metros quadrados de área, o que equivale a uma área de cinco campos de futebol.

Entendendo o programa FBA

O programa FBA é um programa de logística que cria oportunidades para toda uma rede de parceiros de negócios que podem contar com a experiência da Amazon para armazenar e intermediar a entrega de seus produtos. Além dos empregos diretos, os Centros de Atendimento também criam empregos indiretos por meio do programa FBA. Os parceiros de negócios do FBA recebem o selo Prime em seus produtos, agilizando o envio para clientes em todo o País e, no caso de clientes Prime, com entregas gratuitas.
O FBA está à disposição dos parceiros de negócio localizados no Estado de São Paulo que operam sob o regime do Simples Nacional. O programa atende ao parceiro de negócios, que envia seus produtos para um centro de distribuição da Amazon. Ao se inscrever, a logística, empacotamento e entrega ao cliente final ficam sob os cuidados da Amazon e da transportadora parceira da Amazon.
No FBA, o serviço pós-venda também será fornecido pela Amazon, 24 horas por dia, sete dias por semana.
Na capital paulista, em seu centro expandido, os produtos estarão disponíveis para entrega no dia seguinte. O benefício é aplicável em itens selecionados nas mais de 30 categorias de produtos comercializados pela Amazon, com frete a partir de R$ 12,90 para o cliente.
Para parceiros de negócio localizados no Estado São Paulo e que não estejam sujeitos ao regime tributário do Simples Nacional ou, ainda, parceiros de negócios em qualquer regime tributário localizados nos estados do Sul e Sudeste, além de Pernambuco, Bahia e Distrito Federal, a Amazon oferece o programa FBA Onsite, que também permite o selo Prime e opções de frete rápido e gratuito.

Nesta versão, o parceiro de negócios mantém os produtos em seu próprio armazém, manuseia e empacota os produtos, usando as ferramentas da Amazon para gerenciamento de estoque. A transportadora parceira da Amazon é responsável por recolher os produtos vendidos no armazém do parceiro de negócio e entregá-los em todo o Brasil. A logística de devolução também é feita pela transportadora parceira da Amazon.

 

Lucro líquido da Magazine Luiza salta 740% no primeiro trimestre e chega a R$ 259 milhões puxado pelo app

Crescimento do e-commerce foi de 114% de um ano para o outro; em entrevista, Frederico Trajano destacou o marketplace: uma plataforma em oceano azul.

O bom desempenho das vendas on-line continuou impulsionando o balanço da varejista Magazine Luiza (MGLU3) no começo de 2021. Entre janeiro e março, a companhia viu seu lucro líquido crescer 739,7% sobre o mesmo período do ano passado, para R$ 258,6 milhões — quase nove vezes mais que o resultado de R$ 30,8 milhões atingido no primeiro trimestre de 2020.

No critério “ajustado”, sem considerar as despesas e receitas não recorrentes, o lucro líquido trimestral da companhia somou R$ 81,5 milhões, frente aos R$ 8 milhões negativos visto um ano antes. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) avançou 109,1% de um ano para o outro, totalizando R$ 695,6 milhões nos três primeiros meses de 2021. O Ebitda ajustado subiu 56%, para R$ 427,2 milhões.

A receita líquida da varejista também cresceu dois dígitos, um salto de 57,7% sobre o primeiro trimestre de 2020, para R$ 8,253 bilhões. Com isso, a margem Ebitda (relação percentual entre o Ebitda e a receita líquida) ficou em 8,4%, alta de dois pontos percentuais na comparação anual. A margem Ebitda ajustada se manteve em 5,2%.

“O forte ganho de market share foi impulsionado pela excelente performance do app, com 31 milhões de usuários ativos mensais. Também contribuíram a entrega mais rápida do varejo, a evolução do marketplace e o crescimento das novas categorias”, destacou em empresa no resultado.

Lojas físicas

Em entrevista ao InfoMoney, Frederico Trajano, CEO da Magalu, enfatizou que, apesar da pandemia, a Magalu conseguiu ter crescimento de 4% nas vendas na comparação anual. “Tínhamos mais lojas físicas fechadas nos três primeiros meses deste ano do que no mesmo período de 2020. No ano passado, só começamos a fechar as lojas no final de março”, disse.

O desempenho reflete a iniciativa da empresa de fornecer aos vendedores recursos para que eles pudessem continuar vendendo através de redes sociais, por exemplo. “Alguns vendedores mantiveram até 70% das vendas mesmo de casa”, afirmou. Embora sejam feitas de forma remota pelos vendedores, essas vendas são computadas como sendo em lojas físicas.

No total, considerando tanto e-commerce quanto o varejo físico, as vendas da Magalu cresceram 63% de um ano para o outro. “Muito está ligado à nossa multicanalidade. Ela permite uma alavancagem grande e proporciona diluição de despesas, gerando caixa. Nos últimos 12 meses, geramos R$ 2,7 bilhões de caixa operacional. A empresa de fato tem uma sustentabilidade de resultados”, completou Trajano.

O executivo destacou que a companhia vai continuar crescendo em abertura de lojas, mesmo que a tendência atual mostre claramente uma aceleração do digital. “Queremos e estamos aumentando o protagonismo das nossas lojas, cujas funções vão além de vender. Hoje, as nossas lojas funcionam como hubs de distribuição de produtos comprados no internet, pequenos Centros de Distribuição [CDs], além de captar sellers na região para vender pela gente, em nosso marketplace. Ela é parte do nosso ecossistema”, disse o CEO.

A companhia terminou o primeiro trimestre de 2021 com 1.310 lojas em todo o país, contra 1.156 unidades no final de março de 2020. As unidades dedicadas à logística, como CDs e hubs last mile, passaram de 26 para 103. A Magalu possui 45 lojas que fazem a entrega em até 1 hora e disse que vai aumentar essa quantidade neste ano.

Logística ao marketplace

Segundo Trajano, o plano é continuar investindo boa parte do Capex em logística e aumento de eficiência e o objetivo é transportar ao marketplace, onde são vendidos produtos de terceiros, a eficiência logística que a companhia já possui na venda de produtos próprios. Os sellers, comércios que vendem seus produtos via marketplace da Magalu, aumentaram de 26 mil para 56 mil em um ano. “Há 5,6 milhões de sellers no Brasil. Lançamos uma plataforma que é um oceano azul”, disse o CEO da Magalu.

Entre as áreas que a companhia vai continuar apostando neste ano estão moda e beleza, que inclui a Netshoes, que já deu resultado positivo, e a categoria nova no superapp: mercado. Segundo a companhia, 40% dos itens totais vendidos no primeiro trimestre foram da categoria mercado.

“Nós também crescemos em produtos alimentícios preparados. Compramos o Aiqfome [app concorrente do iFood], que vai integrar no superapp Magalu no terceiro trimestre deste ano”, disse Trajano. Ele afirmou que a companhia continua atenta a novas oportunidades de aquisições. A Magalu recentemente adquiriu algumas empresas para agregar serviços em diferentes canais, inclusive de conteúdo digital.

O executivo também destacou a performance forte do braço financeiro da Magalu, com 3 milhões de clientes no Magalu Pay, carteira digital integrada no superapp da companhia. “Lançamos o cartão digital com 100 mil usuários em 3 semanas. Fora os mais de 5 milhões que já tínhamos nos cartões tradicionais”, disse.

 

 

Com avanço das vendas digitais, lucro da Via cresce 1.284%

Impactadas pelas restrições da segunda onda da covid-19, o GVM das lojas físicas caiu 9,6%.

Com o avanço de 23,4 ponto percentuais das vendas digitais, a Via, dona das Casas Bahia e do Ponto Frio, registrou lucro líquido de R$ 180 milhões no primeiro trimestre de 2021, apontando um desempenho 13 vezes maior (1.284%) em relação ao mesmo período do ano anterior.

Segundo a Via, as vendas digitais atingiram 55,9% do volume bruto de mercadoria (GMV, na sigla em inglês) no período, alcançando R$ 10,33 bilhões. Impactadas pelas restrições da segunda onda da covid-19, o GVM das lojas físicas caiu 9,6% no comparativo trimestral, para R$ 5,33 bilhões.

“Nossa boa performance on-line mais que compensou o desempenho das lojas físicas, cuja receita bruta retraiu cerca de 9% no trimestre por conta da segunda onda do covid-19. Mesmo assim, continuamos a manter um forte ritmo de crescimento total nas vendas e ganhos de share no segundo trimestre de 2021”, informou em comunicado.

O avanço do e-commerce  foi de 23% no comparativo anual, e o marketplace alcançou R$ 1 bilhão em volume bruto de mercadoria.

A carteira de crediário da companhia alcançou R$ 4,6 bilhões entre janeiro e março, alta de 30% no comparativo anual. A companhia finalizou o trimestre com caixa total de R$ 7,2 bilhões.

Logística como diferencial competitivo

Como cerca de 50% das vendas on-line passam pelas lojas físicas, modalidade retira-em-loja ou usando a loja como hub de última milha, a companhia informou que pretende reforçar a estrutura de distribuição com um novo centro de distribuição no segundo semestre de 2021, em Extrema, Minas Gerais.

“Mais de 50% dos sellers ativos já estão utilizando o serviço da Envvias, nossa plataforma de serviços logísticos para o marketplace”, informou.

Segundo o comunicado, todas as lojas passarão a funcionar como hub também para a operação de marketplace, tanto na entrega como na coleta e na logística reversa de produtos.

 

Estrela10 firma parceria para fulfillment com Mercado Livre

A Estrela10, um dos maiores sites de vendas do Brasil, fechou parceria com o Mercado Livre para efetuar o fluxo completo de vendas – desde o recebimento do pedido até o momento da entrega do produto ao cliente final – dentro da plataforma do marketplace. Esta prática é denominada fulfillment e deve englobar todas as marcas próprias da Estrela10 (Trevalla, Fitt10, Auburn Music e Happy Kids) e produtos de fornecedores nacionais até 30 kg.

De acordo com Marcelo Dantas, CEO da companhia, os itens serão transferidos do estoque da Estrela10 para o do Mercado Livre, que realizará o recebimento e os disponibilizará dentro da plataforma deles. “Enviaremos nossos produtos para os dois centros de distribuição do Mercado Livre, localizados em Louveira (SP) e São José (SC). Nestes locais, o próprio marketplace fomenta a venda e realiza todo processo, desde a embalagem até a entrega final ao cliente”, explicou o executivo, lembrando que, para viabilizar a operação do fulfillment, a Estrela10 desenvolveu um sistema interno próprio.

Segundo Dantas, a principal vantagem é o incremento nas vendas, que deve chegar a 30%. No ano passado, a Estrela10 registrou crescimento de 150% em relação a 2019, alcançando faturamento de R$ 500 milhões – sendo 20% obtidos por meio de vendas diretas e 80% a partir dos seis marketplaces nos quais está presente: Mercado Livre, B2W, Magalu, Amazon, Via Varejo e Carrefour. Para o ano que vem, a loja pretende expandir sua operação para mais quatro marketplaces.

Em abril deste ano, a empresa iniciou sua operação em cinco países da Europa: Espanha, Itália, França, Alemanha e República Tcheca, por meio do Amazon.

AliExpress e Amazon acirram disputa por entrega rápida de compras internacionais

Empresas anunciam prazos menores e vantagens para compras feitas fora do País.

Com as restrições de funcionamento a lojas físicas por medidas de isolamento social, muitos consumidores migraram para os canais digitais de vendas. A entrega de encomendas com prazos cada mais curtos tem sido uma das grandes apostas entre as maiores empresas de e-commerce no país. Um dia depois da gigante AliExpress, do  Grupo Alibaba, anunciar entregas de compras internacionais em até 12 dias na cidade de São Paulo, a Amazon informou que as entregas de mercadorias dos Estados Unidos serão feitas em até duas semanas.

Segundo reportagem publicada na Folha de S.Paulo, a Amazon anunciou também uma modalidade de frete gratuito para compras internacionais a assinantes do serviço Prime, que cobra R$ 9,90 para acesso a catálogo de filmes, música e frete gratuito. Na nova divisão de compras internacionais, o valor final dos itens já incluirá as tributações de importação.

A divisão de compras internacionais terá produtos das categorias de casa e cozinha, música, eletrônicos, beleza, informática e moda. Segundo Tiago Abel, líder de operações de varejo no País, a empresa criou uma tecnologia que conecta os centros de distribuição brasileiros com a operação americana, o que permitiu reduzir os prazos de entrega em 40%. Alguns produtos já estarão disponíveis para pronta-entrega no país, com prazo de dois dias ou entrega no mesmo dia com uma taxa extra para consumidores do centro expandido de São Paulo.

Entrega em 12 dias

Na AliExpress, a entrega em até 12 dias é feita pelo método “AliExpress Standard Shipping”, uma das modalidades de frete oferecidas pelo marketplace, que pode ou não ser gratuita, de acordo com o produto escolhido.

Para cumprir o prazo de até 12 dias, a empresa opera quatro voos fretados para o Brasil e integra prestadores de serviços logísticos.  Após a compra, o usuário poderá rastrear on-line o deslocamento de sua encomenda desde o envio pelo vendedor, no exterior, até a chegada na porta de sua casa.