Amazon ultrapassa P&G e se torna a maior anunciante da história

Empresa gastou US$ 16,9 bilhões em publicidade e promoções em 2021, um aumento de 55% em relação a 2020.

O investimento publicitário da empresa cresceu 55% em 2021 em relação ao ano anterior, o que representa um aumento de US$ 6 bilhões e o aumento mais rápido em dez anos. O índice é maior do que o nível geral de crescimento da publicidade no ano passado, que aumentou 23,8%, e mais que o dobro do crescimento observado na categoria de varejo mais ampla, de 20,6%.

A Procter & Gamble, principal concorrente ao título de maior anunciante, fica para trás. Embora os números não sejam diretamente comparáveis, os custos de publicidade da P&G aumentaram 12%, para US$ 8,2 bilhões nos 12 meses até o final de junho de 2021.

Segundo a Warc, isso ocorre à medida que a Amazon se expande para novas áreas e vê um forte crescimento de receita em seus segmentos de negócios – a receita total da empresa aumentou 21,7% em 2021, para US$ 470 bilhões.

Amazon ultrapassa P&G e se torna a maior anunciante da história

Lucro acima do esperado

A Amazon registrou lucro líquido de US$ 14,3 bilhões no quarto trimestre de 2021, o equivalente a US$ 27,75 em lucro por ação, superando muito o lucro por ação de US$ 3,63 esperado por analistas consultados pela FactSet. A empresa quase dobrou os US$ 7,2 bilhões que registrou de lucro líquido no mesmo período do ano anterior.

No ano, lucro líquido aumentou para US$ 33,4 bilhões, ou US$ 64,81 por ação diluída, comparado ao lucro líquido de US$ 21,3 bilhões, em 2020.

A companhia revelou ainda que as vendas líquidas aumentaram 9% para US$ 137,4 bilhões no quarto trimestre, em comparação com US$ 125,6 bilhões no mesmo período de 2020.

Fonte : https://mercadoeconsumo.com.br/2022/02/11/amazon-ultrapassa-pg-e-se-torna-a-maior-anunciante-da-historia/

Marketplaces se tornam solução para Indústria

Possibilidade de revenda em marketplaces permite que agentes da indústria mantenham parceiros e qualifiquem relação com a base de clientes.

De acordo com Fernando Schumacher, CEO da Conecta Lá, startup de tecnologia que desenvolveu o mais recente Seller Center brasileiro, a aproximação de sua base de cliente é um desejo antigo de players da Indústria, mas que o dilema de interpelar os revendedores era um freio. “Sem rivalizar com os vendedores para os quais ela vende seu estoque, a própria empresa impulsiona esses vendedores através de seu canal de vendas. Esse contato com a base de clientes é fundamental, porque ele pode coletar informações mais qualificadas. É algo que pode impactar todo o mercado”, explica.

Os marketplaces são responsáveis por 78% de todo o faturamento do e-commerce brasileiro, aponta pesquisa realizada em 2020 pela Ebit|Nielsen. O impacto desses canais de venda é reforçado por estudo anterior da UPS Pulse of the Online Shopper, que indica que 95% dos consumidores brasileiros que compram online utilizam marketplace – em um contexto em que as vendas online passaram a representar 10% do varejo brasileiro.

De acordo com o empreendedor, essa possibilidade se estende também a grandes franquias. “Operar um marketplace hoje é facilitado por soluções de tecnologia em gestão. Este tipo de controle permite com que novos parceiros sejam absorvidos à plataforma da empresa fornecedora sem que processos sofram danos, pelo contrário. É possível centralizar a operação logística, aumentar o mix de produtos em exibição e qualificar a gestão financeira”, assinala Fernando Schumacher.

Fonte : https://ipnews.com.br/marketplaces-se-tornam-solucao-para-industria/

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Varejo e ‘marketplaces’ perdem força; Shopee resiste, diz Goldman Sachs

Segundo a equipe do banco, esse movimento já vem afetando as vendas totais transacionadas nos sites e aplicativos (chamado “GMV”), índice que vem sendo maior foco de investimentos das redes de varejo no país desde a pandemia. O GMV é um dos indicadores centrais de desempenho dos marketplaces (shopping virtual) porque inclui a venda de lojistas terceiros e das grandes redes.

O recuo nesse indicador acontece em todos os segmentos do varejo.

O Goldman Sachs ainda ressalta a manutenção da força do Shopee no Brasil, em termos de downloads do “app”, pelo menos desde 2020 (data inicial das análises do banco no relatório). Mesmo quando o Shopee desacelera levemente em algum mês de 2021, ele ainda lidera com distância grande dos outros “apps”, em total de downloads no país, desde 2020.

Ainda segundo o relatório, com o avanço da variante ômicron no país, e aumento das infecções, a retomada na circulação de consumidores perdeu força neste ano, frente a tendência positiva que se via em 2021, terminando janeiro abaixo dos níveis pré-pandemia.

Esse menor tráfego, combinado com “a pressão contínua sobre o poder de compra do consumidor, implicam uma leitura pouco inspiradora para a atividade de varejo”, diz a analista.

O banco afirma, com base em dados de mobilidade do Google, que a circulação de consumidores diminuiu em vários segmentos no primeiro mês de 2022. “Em uma reversão às tendências mais positivas observadas em dezembro, o tráfego caiu novamente abaixo dos níveis pré-pandemia durante todo o mês de janeiro, embora tenha melhorado ligeiramente nas últimas duas semanas”, afirma.

“Apenas Centro-Oeste e Norte ainda tiveram mobilidade acima dos níveis pré-pandêmicos. Notamos que a referência foi janeiro de 2020, tornando-o comparável em termos de sazonalidade”, afirma.

O Goldman Sachs ressalta que o crescimento das vendas transacionadas pelas plataformas (o chamado “GMV” online) continua a perder força, como vem ocorrendo desde parte do ano passado, embora a um ritmo mais suave, diz no texto.

Segundo dados do índice do Comitê de Métricas da Câmara Brasileira da Economia Digital (MCC-ENET), a taxa de crescimento (apesar de ser dois dígitos altos no Brasil já há meses), atingiu 81% em dezembro, frente a dois anos antes, versus 86% em novembro e 100% em outubro. “Em uma base anual, o crescimento também desacelerou para 17% em dezembro, abaixo dos 19% e 22% reportados em novembro e outubro [respectivamente].”

O banco lembra que os, dados, apesar de serem de alguns meses atrás, mostra desaceleração do GMV em todas as categorias (eletrônicos, moda, alimentos) no fim do ano passado.

A equipe ainda diz que outra base de dados, de download de aplicativos de lojas, também parecem sugerir um início relativamente lento em 2022. Os dados foram coletados junto a consultoria digital Senso Tower.

“Na verdade, o crescimento em downloads de aplicativos se deteriorou na maioria das categorias, com muitos agora em níveis negativos (por exemplo, mercearia e entrega on-line, vestuário), embora alguns ainda permaneçam positivos (por exemplo, beleza)”, afirma.

Em termos de desempenho em “app” baixados, os downloads de aplicativos do Shopee foram acelerados no início de 2022, com média de alta de 56% nas primeiras três semanas de janeiro versus um ano atrás (a alta foi de 20% em dezembro de 2021). Mas sofreu desaceleração na última semana do mês de janeiro, com crescimento praticamente estável em relação a 2021.

A Americanas, que ultrapassou o Mercado Livre em downloads de aplicativos no final de 2021, continuava à frente do Mercado Livre no início de 2022. Magazine Luiza, apesar de também terminar o ano passado à frente de Mercado Livre, agora está atrás.

A equipe destaca que notou perda de vigor de downloads de Mercado Livre em dezembro, na comparação semana a semana, com um retorno mais acelerado nesse crescimento no começo de janeiro.

Empresas mais resilientes

Frente a este cenário, o banco destaca a Raia Drogasil e o Assaí como opção para ganhar exposição ao varejo em subsetores mais defensivos. O banco ainda destaca os papéis de Arezzo e Renner, com classificação de compra pela equipe. No comércio eletrônico, foi reiterada a classificação de compra de Mercado Livre, considerado mais preparado para “navegar” no comércio eletrônico no atual ambiente, pela grande escala e oferta logística.

A equipe ainda diz que, embora o tráfego esteja vindo mais fraco no início de 2022, o banco se mantém positivo em relação aos líderes Arezzo e Renner, mas reforça a expectativa de um ambiente promocional menor nas redes.

“Esperamos que ambos os grupos tenham encerrado 2021 com níveis de estoque relativamente justos, o que pode significar um período promocional de final de temporada mais fraco e que pode ter um impacto negativo para os números do primeiro trimestre.”

Fonte : https://www.resumocast.com.br/varejo-e-marketplaces-perdem-forca-shopee-resiste-diz-goldman-sachs/

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Goldman Sachs avalia Mercado Livre mais forte que Magazine Luiza e Americanas

Banco estima crescimento de 23% nas vendas on-line em 2022 no país, atingindo R$ 248 bilhões.

O Goldman Sachs vê Mercado Livre mais forte e preparado que seus concorrentes para enfrentar o cenário atual de consumo em desaceleração no país. Porém, projeta ganho de mercado da chinesa Shopee sobre o setor no Brasil, podendo atingir 20% de participação até 2025.

“Embora continuemos a evoluir nossas visões vemos a MELI [símbolo do BDR do Mercado Livre na bolsa] como tendo atualmente a mais forte vantagem em logística, à frente da AMER3 [Americanas] e seguida pela MGLU3 [Magazine Luiza]”, diz a equipe de análise do banco. A equipe reconhece que a Via está investindo na redução da sua lacuna, frente aos outros concorrentes, mas defende a sua posição baseado na força de escala de Mercado Livre.

“O GMV [vendas transacionadas] da MELI no Brasil [nos últimos 12 meses] é 1,7 vez o segundo maior player, com 88% dos itens passando por sua rede [de logística]”, diz. Ainda cita o avanço do serviço de entrega em até 24 horas, “o que traz não apenas velocidade de envio mais rápida e permite diluir os custos fixos em armazenamento e automação, mas também vincula os vendedores à plataforma”, e por fim, cita a plataforma tecnológica montada.

“Vemos essas vantagens já se manifestando na forma de velocidade média de envio em todo o GMV (cerca de 80% das entregas em 48 horas versus 55% que estimamos para Magalu, por exemplo) e o limite de frete grátis, que MELI reduziu consecutivamente de R$ 120 para R$ 99 em agosto de 2020 e R$ 79 em fevereiro de 2021 (enquanto melhora a lucratividade)”, afirma.

Sobre a Shopee, do Sea Group, a equipe do banco afirma que o aplicativo é o mais baixado do país, “resultando em ganhos rápidos de participação, especialmente em categorias de preço médio baixo”, o que torna “a competição frente à Shopee em 2022 como um ponto central” no varejo.

“Esperamos que [a empresa] permaneça relevante em 2022, pois continua a construir a sua presença e oferta de serviços. E à medida que os líderes de mercado elaboram estratégias para atingir o mesmo mercado de preços baixos e afastar a concorrência do Shopee, [a empresa] procura avançar sobre categorias de preços mais altos”.

O Valor informou no fim do ano passado que a Shopee está testando desde outubro no Brasil um serviço próprio de coleta e retirada de produtos nos lojistas, chamado Shopee Xpress, que acelera a entrega a clientes. Além disso, vem buscando área para a construção do primeiro centro de distribuição local.

O banco, com apoio da equipe na Ásia, estima que a Shopee pode ter alcançado uma participação de um dígito alto de mercado no comércio eletrônico do Brasil em 2021. Até 2025, a equipe acredita que essa participação pode aumentar para 20%.

“Para conseguir isso, acreditamos que o Shopee Brasil precisará construir capacidade logística local adicional, bem como buscar vender itens mais de marca e de preço mais alto”.

O Goldman Sachs projeta alta de 23% na venda on-line em 2022 no país, atingindo R$ 248 bilhões em vendas transacionadas (GMV), com penetração de 14,7% no mercado total de varejo. É uma desaceleração frente ao aumento de 66% em 2020 e 31% em 2021.

Fonte : https://valorinveste.globo.com/mercados/renda-variavel/empresas/noticia/2022/01/13/goldman-sachs-avalia-mercado-livre-mais-forte-que-magazine-luiza-e-americanas.ghtml

Francesa Mirakl, plataforma para vendedores, parceiros e marketplaces, chega ao Brasil com meta de triplicar operação em 2022

A Mirakl — empresa francesa de tecnologia responsável pela infraestrutura de marketplaces como os do Carrefour e do GPA — tem o Brasil como seu maior mercado entre os hubs internacionais da companhia, como Reino Unido, Alemanha, Cingapura e Austrália. A participação do País no negócio, por sua vez, tende a aumentar: a perspectiva da companhia é triplicar os negócios no Brasil em 2022.

“A América Latina é uma região importante para o crescimento da Mirakl, e o Brasil é nosso maior mercado de foco. Com 9 em cada 10 brasileiros dizendo que preferem marketplaces a outros sites de comércio eletrônico, esperamos mais que triplicar nossos negócios no Brasil em 2022, fazendo parcerias com mais varejistas, distribuidores atacadistas e fabricantes à medida que a demanda por marketplaces aumenta no Brasil”, afirmou o presidente e cofundador da Mirakl nos Estados Unidos, Adrien Nussenbaum ao Estadão.

Fonte : https://www.terra.com.br/noticias/tecnologia/francesa-mirakl-chega-ao-brasil-com-meta-de-triplicar-operacao-em-2022,63f9c941d07f75324952378377a13e17qd42pq0p.html

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Olist unicórnio: startup de soluções de e-commerce vale mais de US$ 1 bilhão

A Olist, startup paranaense de soluções de e-commerce, levantou US$ 186 milhões (R$ 1 bilhão) em rodada liderada pela Wellington Management, mesmo fundo do Airbnb. Com isso, tornou-se mais um unicórnio — apelido dado a empresas que valem mais de US$ 1 bilhão — surgido no Brasil.

Também participaram da rodada a Softbank e a Goldman Sachs, além das brasileiras Corton Capital e Globo Ventures. Valor Capital e Redpoint Eventures já haviam participado de financiamentos anteriores. A startup cresceu bastante: deve fechar 2021 com um faturamento anual de cerca de R$ 250 milhões, contra os R$ 80 milhões do ano passado, além de ir, em seus cinco anos de atuação, de cinco pessoas na equipe para 500.

A Olist ajuda lojistas de todos os tamanhos, do micro ao grande, a venderem em marketplaces como Mercado Livre, Magazine Luiza e Amazon. A solução tem diversas ferramentas como controle de pedidos, estoque, pagamento, posicionamento em buscas e venda por redes sociais. Outros números de peso da empresa são seus 45 mil clientes lojistas e varejistas, presença em 180 países e mas de 7 milhões de vendas por meio da plataforma Olist Store.

Em outubro, adquiriu duas startups: a Tiny, especializada em gestão empresarial, e a Vnda, também uma plataforma de comércio eletrônico. O movimento ocorreu meses após a Olist obter em abril US$ 23 milhões (R$ 127 milhões nos valores atuais) em rodada de investimentos do tipo série D (para acelerar a empresa).

Também neste ano, adquiriu a PAX (logística) e Clickspace (soluções para social commerce). A Olist tem como próximo passo ganhar tração em outros países, como o México. “Com o novo aporte, pretendemos ir muito além do que fazemos hoje e entregar cada vez mais valor ao nosso cliente”, disse Tiago Dalvi, fundador e CEO da startup, em nota à imprensa.

Fonte : https://canaltech.com.br/startup/olist-unicornio-startup-de-solucoes-de-e-commerce-vale-mais-de-us-1-bilhao-204649/

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Para empresas, super apps e marketplaces ditarão tendências do setor bancário

Pesquisa do Banco BS2 analisou a percepção atual sobre os bancos, tendências para o futuro e impactos da pandemia para o setor. Para entrevistados, bancos digitais modernizaram o setor ao trazer agilidade e menos burocracia .

Levantamento do banco digital BS2 revelou que a maioria das PMEs brasileiras creem que super apps, que reúnem múltiplos serviços em uma mesma plataforma, marketplaces e novos canais de e-commerce serão as tendências do setor bancário. Ao todo, foram ouvidas mais de 400 pessoas, líderes de pequenas e médias empresas de todo o país, entre os dias 24 de junho e 13 de julho de 2021.

De acordo com o levantamento, 8 em cada 10 entrevistados (81%) acreditam que haverá um fortalecimento e crescimento dos super apps, enquanto 80% acham que os marketplaces continuarão crescendo mesmo com fim da pandemia. Já para 78%, o sistema bancário será totalmente integrado, enquanto 77% entendem que os bancos que não se modernizarem em processos operacionais e administrativos terão dificuldades em se manterem competitivos.

Com um mercado cada vez mais exigindo inovação e diversificação dos serviços prestados pelas instituições bancárias, as empresas têm migrado suas contas para os bancos digitais. Segundo o levantamento, entre as companhias que utilizam os novos bancos, mais de dois terços (70%) abriram sua conta há três anos ou menos. Enquanto isso, 62% dos entrevistados que só possuem contas nos bancos tradicionais, afirmaram ter interesse em utilizar os serviços das instituições digitais. Esse percentual chega a 71% na região Nordeste.

Sobre os critérios que fariam as empresas mudarem de banco, os empresários e gestores apontaram menores tarifas, agilidade no atendimento, rentabilidade e fácil utilização de aplicativo ou plataforma.

Modernização do sistema bancário

O levantamento também traz um panorama da visão dos executivos sobre o principal fator para a modernização do sistema bancário. Mais de três quartos (79%) dos entrevistados veem relação entre o avanço das inovações bancárias e surgimento dos bancos digitais. Para 76% deles, a agilidade nos processos bancários também teve influência dos novos bancos. Outros 78% acreditam que inovações como o Pix e Open Banking contribuíram para as transformações no setor.

Oito a cada 10 empresas ouvidas apontaram a rapidez na solução de problemas e no atendimento a qualquer hora do dia como as principais influências do modelo digital, assim como a desburocratização do sistema. Quando questionados sobre os principais avanços das instituições financeiras nos últimos cinco anos, as PMEs apontam: a maior velocidade nas transações financeiras (35%); aplicativos mais rápidos e completos (35%) e maior automação dos processos e melhor atendimento nos canais digitais (29%).

Pandemia

O estudo mostra ainda o reflexo da pandemia da Covid-19 para acelerar esse processo de modernização e digitalização, além do comportamento das empresas em relação aos serviços bancários. Quase metade das PMEs ouvidas (47%) afirmam que sua relação com os bancos mudou nesse período. A região Sul é onde a maioria (57%) das companhias viu esse impacto, enquanto nas regiões Centro Oeste e Norte, o número cai para 42%.

Durante o período, a abertura de conta em bancos digitais pela agilidade e facilidade (43%), além do acesso a outros serviços (40%), foram as principais mudanças relatadas pelas empresas. Outro motivo citado para migração entre bancos foi o valor abusivo das tarifas (28%).

Além da mudança de banco, também houve impacto na utilização de produtos e serviços. Um terço dos entrevistados afirma que a empresa realizou um downgrade no plano de serviços (29%), enquanto outros (22%) realizaram a contratação de mais serviços bancários desde março de 2020.

Fonte : https://www.terra.com.br/noticias/para-empresas-super-apps-e-marketplaces-ditarao-tendencias-do-setor-bancario,1767a68f6265d7d9ddf5a396c49eee48mhccv6a8.html

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Regras de plataformas de e-commerce afetam lojistas e viram alvo de críticas

Vendedores lidam com dificuldades em se adaptar às regras de relevância no ambiente digital e questionam práticas como a exigência de frete grátis e de uso de serviço próprio de logística.

Empreendedores de todo o Brasil encontraram nas plataformas de comércio eletrônico um meio de iniciar ou manter suas atividades digitalmente enquanto as lojas físicas estavam fechadas na pandemia. Enquanto os chamados marketplaces cresceram em número de vendas e de lojistas virtuais, os vendedores agora lidam com as dificuldades em se adaptar às regras de relevância no ambiente digital e questionam práticas das plataformas que impactam o retorno financeiro sobre os seus negócios, como a exigência de frete grátis e de uso de serviço próprio de logística.

A política de ranqueamento dos anúncios de cada vendedor em plataformas como o Mercado Livre, Magazine Luiza e Lojas Americanas é calculada por algoritmos que levam em conta fatores como as buscas mais recorrentes por clientes. Em geral, quem entrega rápido e não cobra a mais por isso é priorizado. Acontece, porém, que oferecer isso aos clientes sem aderir aos serviços dos próprios shoppings virtuais pode ser inviável, e os vendedores acabam tendo de pagar uma porcentagem maior sobre suas vendas. A escolha passa a ser entre abrir mão de margem de lucro para vender ou praticar preços mais altos, o que acaba impactando os volumes.

A imposição de uso de serviços e práticas adotadas pelas plataformas tem gerado críticas na comunidade de vendedores e foram relatadas à reportagem em entrevistas feitas pelo Estadão/Broadcast com lojistas que usam esses serviços.

Uma comerciante de Curitiba (PR) passou a vender tecidos no Mercado Livre durante a pandemia, depois de perder o emprego. Tornou-se Microempreendedora Individual (MEI) e, com esforço, “ativou o termômetro” do Mercado Livre, ou seja, conseguiu que a plataforma indicasse aos clientes que ela tinha uma boa reputação, depois de vender e entregar dentro do prazo suas 10 primeiras encomendas.

As entregas até então vinham sendo feitas pelos Correios, mas depois de ampliar o volume de vendas, chegando a uma média de duas encomendas por semana, ela recebeu um e-mail que dizia: “Ative seus envios nas agências do Mercado Livre antes de 26 de julho para que seus anúncios não sejam pausados”. Isso aconteceu porque a plataforma exige que os vendedores usem a logística própria do grupo ao atingir um determinado patamar de vendas – a empresa não informa qual é esse volume.

A exigência trouxe um problema burocrático e financeiro para a vendedora. Como no Estado do Paraná o MEI não tem uma inscrição estadual exigida pela plataforma para emissão de nota fiscal por meio do sistema do Mercado Livre, ela teve de mudar a categoria de sua empresa e passar a arcar com os custos mensais de um contador. Depois de fazer todas as mudanças e ter de repassar custos para o preço de seus produtos, suas vendas estão paradas. “Faz 10 dias que não vendo nada”, diz. Desanimada, ela pensa em desistir da plataforma e seguir com seu site próprio e em outros marketplaces.

A Secretaria da Fazenda (Sefaz) do Paraná esclareceu à reportagem que os MEIs são dispensados de inscrição estadual no Paraná. “Eles conseguem emitir Nota Fiscal Avulsa eletrônica, pelo site da Receita Estadual (Receita/PR). Porém, alguns marketplaces disponibilizam plataformas integradas e automatizadas nas vendas realizadas em seu site, como é o caso do Mercado Livre”. O órgão explica que, nesse caso, como o próprio software do marketplace emite a nota fiscal para o vendedor, é necessário que o lojista virtual tenha inscrição no seu estado, o que, hoje, não é possível para os MEIs do Paraná. Por essa razão, a vendedora de Curitiba teve de passar a arcar com os custos de uma microempresa para usar a logística própria do marketplace.

Segundo o Mercado Livre, a imposição de uso de sua logística pelos vendedores que têm vendas recorrentes tem como objetivo garantir a emissão de notas fiscais dos produtos vendidos.

“Não temos barreiras para começar a vender na plataforma entregando pelos Correios. Quando o vendedor já é um profissional, já não é mais um vendedor eventual, ele precisa ter empresa aberta e emitir notas fiscais. Como a gente garante isso? Com ele usando a nossa logística”, afirma Ricardo Lagreca, diretor jurídico do Mercado Livre. “Quando percebemos que ele já é profissional, ele tem de ingressar na nossa logística”.

As queixas de alguns lojistas sobre esse tema foram parar na Justiça, e o Mercado Livre alega que a jurisprudência tem sido favorável à empresa. “O Mercado Livre tem o direito de exigir (a migração para sua logística própria), para garantir uma melhor experiência para o usuário e o recolhimento dos tributos. Acreditamos que estamos fazendo isso dentro do nosso direito”, afirma Lagreca. “O recolhimento de tributos é o grande motivo de resistência para alguns vendedores fazerem essa migração.”

Alcance
O executivo sustenta que a adesão à logística própria, como parte do processo de profissionalização, resulta em mais vendas. Segundo ele, o incremento médio foi de 176% no volume nas mudanças registradas nos últimos seis meses. “Ou seja, mais do que dobra a venda quando ele usa a nossa logística”, afirma.

No Brasil, a penetração da rede logística própria do Mercado Livre encerrou o primeiro trimestre deste ano com 90% do total das entregas, o que, segundo a companhia, permite que 1.800 cidades recebam encomendas em até dois dias.

A contratação desse serviço, porém, tem custos. Lagreca diz que esse valor é compensado pela qualidade das entregas e demais benefícios. De fato, a eficiência da logística é elogiada pelos comerciantes da plataforma, mas a precificação dela esbarra na política de frete grátis da companhia. De modo geral, os lojistas pagam R$ 5 por produto despachado, quando a compra é de até R$ 78. Depois disso, os vendedores são obrigados a bancar o frete grátis garantido ao cliente. Segundo o Mercado Livre, o valor pago pelo lojista é subsidiado pela plataforma.

O benefício de fazer parte desse circuito é conseguir entregar rapidamente, ter o selo de frete grátis e, assim, aparecer mais para o cliente. Os produtos, porém, ficam mais caros. “Um produto que eu poderia vender por R$ 10, eu tenho que vender por aproximadamente R$ 35”, diz uma vendedora de utilidades domésticas da capital paulista. “No meu site, vendo 0,5 metro de tecido por R$ 12,90. No Mercado Livre, vendo por R$ 21,90.”, diz a vendedora de Curitiba (PR).

Há quem questione também a independência de atuação na plataforma. “A política de frete grátis limita a liberdade de precificação do vendedor, principalmente de baixo ticket”, diz um vendedor de livros, instrumentos musicais e caixas de som de Taubaté (SP). Os lojistas ouvidos pediram para não se identificar, já que, mesmo com críticas, ainda contam com a plataforma para seus negócios.

Em fóruns de discussão de vendedores das plataformas as críticas também são comuns. As reclamações e questionamentos alcançam outros marketplaces além do Mercado Livre e vão desde a falta de clareza sobre a cobrança de frete até a utilidade ou não de comprar anúncios para movimentar as vendas.

Competição
O repasse dos custos extras ao preço final diminui a competitividade dos comerciantes menores, já que aqueles que têm capacidade financeira para fazer compras de estoques maiores e ganhar no volume de vendas conseguem praticar preços mais baixos. Além disso, os vendedores descrevem uma “competição desleal” com os produtos da loja própria do Mercado Livre. Eles alegam não conseguir praticar preços tão baixos quanto os oferecidos pela empresa em seu estoque.

O Mercado Livre afirma que “as modalidades de venda direta e de marcas próprias têm um sortimento restrito e foram criadas com o objetivo de suprir a demanda existente por sortimento e preço, preenchendo espaços que hoje estão vazios ou ocupados por e-commerces concorrentes”. A empresa diz ainda que os produtos são precificados de modo a garantir um cenário equilibrado e uma competição saudável dentro da plataforma.

“Outras varejistas conseguem comprar quantidades enormes de determinados produtos com descontos. Nosso vendedor menor não consegue ter essas negociações. A gente entra pontualmente nisso, para trazer clientes para a plataforma. O cliente que vem para cá e fica, compra de outros vendedores”, afirma Lagreca.

Para os vendedores, porém, o oferecimento de produtos mais baratos que os seus pela loja própria da plataforma, em um patamar de preço que eles não conseguem atingir, é visto como um limitador de suas vendas. Ainda mais quando uma parte da precificação envolve taxas de serviços da própria plataforma.

Fonte : https://www.terra.com.br/noticias/tecnologia/regras-de-plataformas-de-e-commerce-afetam-lojistas-e-viram-alvo-de-criticas,2c1cbe8b6d9eac50b26a2df6b3c82b13e8vz7l67.html