E-commerce teve queda de 8,6% no tráfego em dezembro, aponta Conversion

Depois do “boom” de visitas em novembro, por conta da Black Friday, o comércio eletrônico perdeu força e teve uma queda de 8,6% em dezembro, registrando o total de 2,57 bilhões de acessos no mês. No entanto, isso não foi suficiente para esfriar o tráfego nas plataformas, como indicou o relatório dos Setores do E-commerce no Brasil, feito pela Conversion.

As compras de Natal e Ano Novo mantiveram o último mês do ano aquecido, observou Diego Ivo, CEO da Conversion. Algo semelhante ao mês de julho do ano passado, quando os consumidores aproveitaram as férias da metade do ano para procurar itens relacionados a viagens, por exemplo.

“A Black Friday é a principal data do comércio brasileiro e, depois dela, é natural que haja uma queda”, explicou ele. “Por outro lado, muita gente segue procurando presentes para as datas de fim de ano, o que não faz o tráfego cair tão drasticamente. De alguma forma, as plataformas permanecem sendo demandadas”, completou.

Como exemplo, alguns setores influenciaram a queda no resultado geral em relação a novembro:
– Importados (-20%)
– Casa e Móveis (-17,6%)
– Cosméticos (17,2%)

Enquanto o setor de marketplaces, correspondente a quase metade do e-commerce brasileiro, teve queda de 8% em dezembro, ficando com 1,12 bilhão de usuários únicos. Mesmo assim, foi o melhor resultado desde julho (1,14 bilhão). Já na comparação com o mesmo mês em 2022, a retração foi de 8,3%. Vale lembrar que, neste caso, aquele dezembro representou o maior volume de tráfego desde então.

Após quatro meses consecutivos de crescimento, o faturamento também perdeu fôlego. No entanto, é preciso considerar que a queda de 53% nas receitas, é feita pela base de comparação super alta de novembro, quando os players faturaram cerca de 123% a mais. Por essa perspectiva, dá para dizer que o desempenho continuou alto em comparação aos outros meses do ano.

As marcas também diminuíram sua força: a líder da lista, Mercado Livre, caiu 2,8%, totalizando 354 milhões de acessos. Já a Amazon Brasil, em segundo lugar, diminuiu suas visitas em 10%, enquanto a Shopee perdeu 3,5%.

Na contramão da queda, o setor de turismo cresceu mais de 6% em dezembro, sendo puxado pelas férias de verão. A previsão é que esses números continuem em alta pelo menos até março.

Diego Ivo notou que o ano de 2023 foi muito positivo para o e-commerce brasileiro, chegando a registrar uma média de 2,5 bilhões de visitas únicas por mês. “O mais relevante é que boa parte desse tráfego se transforma em vendas, robustecendo o e-commerce como um todo”, disse ele. “Hoje, é impensável pensar em não ter produtos do comércio ou dos serviços fora do online. Com mais gente na rede, também aumenta o volume de clientes. É um ciclo produtivo”, complementou.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/e-commerce-teve-queda-de-86-no-trafego-em-dezembro-aponta-conversion”

 

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Isenção de imposto para importados diminui competitividade, diz CNC

Levantamento mostra que a cada 1% de diferença de preço com importados, varejo nacional tem 0,49% de queda nas vendas.

Um estudo realizado pela CNC (Confederação Nacional do Comércio) mostra que a cada 1% de diferença de preço em relação ao produto importado pelo programa Remessa Conforme, o varejo brasileiro tem 0,49% de queda nas vendas. Ou seja, segundo o levantamento, com a isenção de impostos para produtos importados que custam até US$ 50 (cerca de R$ 245), a competitividade diminui. Os setores mais afetados são os de farmácia e perfumaria, com impacto de 0,87%, de acordo com a pesquisa. São seguidos por vestuário e calçados (0,64%).

O estudo da CNC também indica que, para um empresário importar o mesmo produto anunciado por até US$ 50 em lojas de comércio eletrônico, o custo tributário varia entre 63% e 90%. Isso elevaria o preço de venda ao consumidor desse mesmo produto a R$ 546, no mínimo.

ENTIDADES VÃO AO STF
Em razão do prejuízo atribuído à isenção de imposto pela CNC, a confederação, junto com a CNI (Confederação Nacional da Indústria), protocolou uma ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) no STF (Supremo Tribunal Federal) contra a desoneração de imposto federal importação para bens de pequeno valor (até US$ 50) destinados a pessoas físicas no Brasil.

A informação de que a ação seria protocolada na Corte foi divulgada na 3ª feira (16.jan). Eis a íntegra (PDF – 801 kB). O documento apresentado diz que a medida viola questões como a isonomia no mercado, a livre concorrência, o mercado interno como patrimônio nacional e o desenvolvimento do país.

“Não se nega que a população deve ter a liberdade de acesso aos mais diversos bens, sejam eles importados ou nacionais. O que se critica é que este acesso não pode ser instituído às custas de elevado prejuízo aos setores produtivos nacionais e, especialmente, elevado prejuízo socioeconômico”, diz o texto.

REMESSA CONFORME
O governo federal publicou em junho de 2023 as regras para a remessa de produtos adquiridos on-line em empresas do exterior. Conforme a portaria, as compras de até US$ 50 não serão taxadas por impostos federais desde que sejam destinadas a pessoas físicas e a companhia responsável pela venda atenda a alguns requisitos, mas pagam ICMS, imposto estadual sobre circulação de mercadorias e serviços –a alíquota é de 17%.

As empresas fazem parte do programa Remessa Conforme, da Receita Federal. Shopee, Aliexpress e Shein já aderiram ao programa. A regra passou a vigorar no país desde 1º de agosto de 2023. Eis a íntegra da portaria (PDF – 67 kB)….

‘https://www.poder360.com.br/economia/isencao-de-imposto-para-importados-diminui-competitividade-diz-cnc/

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3 tendências para o e-commerce em 2024: produtos para o autocuidado e eco-friendly

A preferência dos consumidores pelos marketplaces deve seguir em alta no próximo ano, sendo um dos pilares centrais do varejo brasileiro, que deve encerrar o ano dentro da projeção da ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) com um faturamento expressivo de R$ 185,7 bilhões e com perspectivas ainda melhores para os próximos anos, de R$ 205 bilhões em 2024, R$ 225 bilhões em 2025, R$ 248 bilhões em 2026 e R$ 273 bilhões em 2027.

Diante de um cenário promissor de aumento de faturamento, os marketplaces e os sellers precisam entender como seus públicos agem e o que querem comprar em 2024. Já sabemos que a Geração Z avalia suas escolhas e tem expectativas em relação às marcas e empresas, como afirma o relatório Top Global Consumer Trends 2024, da Euromonitor. Este é o grupo de consumidores que busca experiências de compra personalizadas e alinhadas aos seus princípios.

A Geração Z espera uma jornada de compra integrada e sem atritos, ou seja, que todo o processo de aquisição do produto ou serviço seja facilitado – da busca ao pagamento e a entrega. O dinamismo de mercado e a digitalização do país indicam que o comércio on-line continuará a ser impactado pela influência das redes sociais como fonte de indicação de produtos, avaliação e recomendação desses itens.

O que os consumidores querem

São características de mercado que devem estar no radar dos sellers em 2024 os produtos relacionados ao autocuidado e que sejam eco-friendly. Um exemplo são os protetores solares, com destaque para a marca La Roche-Posay, que está disputando a liderança dos rankings de buscas. Artigos de saúde e fitness também estarão nas listas de desejo, com foco em saúde física, mental e emocional.

Um  outro destaque desse padrão de consumo são as cápsulas reutilizáveis de café, um dos itens mais vendidos e pesquisados da categoria Cápsulas do marketplace em 2023. A moda inclusiva e sustentável também é algo que os consumidores acompanharão em 2024.

Os vendedores devem estar atentos a três práticas básicas para garantir o fluxo de demandas em 2024:

1- Estudar o mercado e encontrar oportunidades

Os sellers devem analisar suas vendas com frequência, conhecer as ofertas e demandas das categorias e subcategorias em que atua e buscar sempre por novas oportunidades, observando nichos com possibilidades de expansão de crescimento e baixa saturação  e consequentemente de maior rentabilidade.

2- Analisar a concorrência 

Essa é uma das ações estratégicas mais importantes para os sellers. Entender as ofertas e os anúncios de outros vendedores ajudará a identificar oportunidades e diferenciais.

3- Entender o comprador 

Investigar a demanda, o que os consumidores pesquisam e palavras-chaves, auxilia a descobrir os produtos que estão demandando mais e que podem ser incorporados ao portfólio, além de otimizar anúncios com a incorporação das palavras mais buscadas.

De acordo com um levantamento da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, 85% dos brasileiros compram em marketplaces, o que reforça a importância de um estudo sobre o mercado e análise de tendências, principalmente, das categorias de produtos nas quais está inserido, que impactam diretamente nos resultados de vendas.

Fonte: “https://economiasp.com/2024/01/05/3-tendencias-para-o-e-commerce-em-2024-produtos-para-o-autocuidado-e-eco-friendly/”

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Venda de marketplace estrangeiro cai quase 40% no mês da Black Friday

Volume somou US$ 952 milhões. Um ano antes era quase US$ 1,6 bilhão

As plataformas estrangeiras de vendas de produtos no país, chamadas marketplaces, têm perdido vendas no país mês a mês, de forma consecutiva, desde abril, quando o tema envolvendo novas regras de importação ao país começou a ser discutido pelo Ministério da Fazenda.

Novas informações da base de dados do Banco Central mostram queda de quase 40% no volume mensal de remessas internacionais em novembro de 2023, mês da Black Friday, na comparação com o mesmo período de 2022, com o valor alcançando US$ 952 milhões. Um ano antes era quase US$ 1,6 bilhão.

Aumento da fiscalização da Receita Federal a partir de agosto, quando o programa Remessa Conforme entrou em vigor, criando limite de US$ 50 para importação com imposto zero, gerou receio maior sobre as novas regras entre consumidores. Compradores passaram a pagar apenas ICMS de 17%, e foi abolido o imposto de 60% sobre a montante da encomenda.

Além disso, houve aumento da fiscalização para compras acima de US$ 50. Isso pode ter afetado o volume de compras de brasileiros no exterior, dizem varejistas ouvidos que têm acompanhado esses dados do BC.
No acumulado de janeiro a novembro, foram US$ 9,29 bilhões em operações, recuo de 19,2% sobre mesmo intervalo do ano anterior.

Já existiam sinais de que a Black Friday havia sido fraca neste ano no on-line, por conta do cenário econômico ainda adverso para consumo, mas dados de novembro para as plataformas estrangeiras — que crescem aceleradamente no país desde 2020, avançando sobre o mercado de redes locais — não tinham sido publicados ainda.

Marketplaces como Shopee, AliExpress, Shein e Amazon são registradas no sistema do Remessa Conforme.

Fraudes em queda

O BC disponibiliza tabelas mensais em que a informação sobre “importações de pequeno valor, inclui remessas internacionais” é relatada como um item da balança comercial de bens. Em novembro, a tabela passou por mudança e informa esses dados como “operações por meio de facilitadora de pagamentos”.

Essas facilitadoras, na visão do BC, são os marketplaces que fazem a intermediação entre o vendedor e o consumidor. A queda nas importações de pequeno valor ocorre desde abril, quando o Ministério da Fazenda ameaçou acabar com isenção de imposto nas vendas entre pessoas físicas no valor de até US$ 50. Isso gerou uma forte onda de críticas ao governo do presidente Lula nas redes, e então o ministério decidiu, com apoio da Receita, mudar de estratégia e criar o Remessa Conforme.

O programa dá a opção para as plataformas enviarem a documentação das encomendas de até US$ 50 antes da entrada do produto no país — ou seja, leva à nacionalização antecipada — caso os marketplaces queiram ter direito ao imposto zero. Isso os obrigou a seguir normas mais rígidas na venda. Fraudes eram cometidas por vendedores nos envios ao país, manipulando os valores e as características dos produtos nas notas.

Pressão ainda existe

Esse movimento, porém, não reduziu a pressão dos varejistas nacionais na busca de um imposto de importação sobre remessas de até US$ 50 que substitua a isenção atual.

Desde novembro, representantes do IDV, principal instituto de empresas do varejo no país, buscam uma reunião com o ministro Fernando Haddad para debater o assunto. Ainda não há retorno da data, dizem fontes.

Em dezembro, em evento público do “Conselhão” (Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável) com Lula, em Brasília, o empresário Sergio Zimerman, CEO da Petz, chegou a levar ao presidente o tema da falta de isonomia tributária entre redes nacionais e as plataformas. Em sua apresentação, na presença de Lula, o executivo criticou a posição do governo hoje, de isentar as importações, e do risco à saúde pública (produtos enviados pelos sites não seguem normas do Inmetro) e ao emprego.

No último contato entre as partes, em outubro, em reunião em Brasília, Haddad afirmou que a ideia de uma alíquota intermediária ainda estava de pé, mas pediu mais tempo para avançar com a questão para que a base da dados de importações do Remessa Conforme pudesse crescer. O Remessa está em operação desde agosto do ano passado.

Fonte: “https://valor.globo.com/empresas/noticia/2024/01/04/venda-de-marketplace-estrangeiro-cai-quase-40percent-no-mes-da-black-friday.ghtml”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Tendências do e-commerce em 2024: consumidor mais consciente

85% dos brasileiros compram em marketplaces, o que reforça a importância de um estudo sobre o mercado.

A preferência dos consumidores pelos marketplaces deve seguir em alta em 2024, sendo um dos pilares centrais do varejo brasileiro, que encerra o ano dentro da projeção da BComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) com um faturamento expressivo de R$ 185,7 bilhões e com perspectivas ainda melhores para os próximos anos, de R$ 205 bilhões em 2024, R$ 225 bilhões em 2025, R$ 248 bilhões em 2026 e R$ 273 bilhões em 2027.

Diante de um cenário promissor de aumento de faturamento, os marketplaces e os sellers precisam entender como seus públicos agem e o que querem comprar em 2024. Já sabemos que a Geração Z avalia suas escolhas e tem expectativas em relação às marcas e empresas, como afirma o relatório Top Global Consumer Trends 2024, da Euromonitor. Este é o grupo de consumidores que busca experiências de compra personalizadas e alinhadas aos seus princípios.

A Geração Z espera uma jornada de compra integrada e sem atritos, ou seja, que todo o processo de aquisição do produto ou serviço seja facilitado – da busca ao pagamento e a entrega. O dinamismo de mercado e a digitalização do país indicam que o comércio online continuará a ser impactado pela influência das redes sociais como fonte de indicação de produtos, avaliação e recomendação desses itens.

O que os consumidores querem
São características de mercado que devem estar no radar dos sellers em 2024 os produtos relacionados ao autocuidado e que sejam eco-friendly. Um exemplo são os protetores solares, com destaque para a marca La Roche-Posay, que está disputando a liderança dos rankings de buscas. Artigos de saúde e fitness também estarão nas listas de desejo, com foco em saúde física, mental e emocional.

Um outro destaque desse padrão de consumo são as cápsulas reutilizáveis de café, um dos itens mais vendidos e pesquisados da categoria Cápsulas do marketplace em 2023. A moda inclusiva e sustentável também é algo que os consumidores acompanharão em 2024.

Os vendedores devem estar atentos a três práticas básicas para garantir o fluxo de demandas em 2024:

1. Estudar o mercado e encontrar oportunidades
Os sellers devem analisar suas vendas com frequência, conhecer as ofertas e demandas das categorias e subcategorias em que atua e buscar sempre por novas oportunidades, observando nichos com possibilidades de expansão de crescimento e baixa saturação e consequentemente de maior rentabilidade.

2. Analisar a concorrência
Essa é uma das ações estratégicas mais importantes para os sellers. Entender as ofertas e os anúncios de outros vendedores ajudará a identificar oportunidades e diferenciais.

3. Entender o comprador
Investigar a demanda, o que os consumidores pesquisam e palavras-chaves, auxilia a descobrir os produtos que estão demandando mais e que podem ser incorporados ao portfólio, além de otimizar anúncios com a incorporação das palavras mais buscadas.

De acordo com um levantamento da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, 85% dos brasileiros compram em marketplaces, o que reforça a importância de um estudo sobre o mercado e análise de tendências, principalmente, das categorias de produtos nas quais está inserido, que impactam diretamente nos resultados de vendas.

Fonte: https://www.terra.com.br/economia/tendencias-do-e-commerce-em-2024-consumidor-mais-consciente,647394325dfe45a55597a93d884ffb75jz272u2u.html?utm_source=clipboard

 

 

 

 

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No Natal, e-commerce deve movimentar R$ 17,9 bilhões em vendas, mostra ABComm

Uma pesquisa da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) mostra que as vendas do e-commerce devem atingir os R$ 17,9 bilhões, entre os dias 20 e 25 de dezembro. O número representa aumento de 3,32% em relação ao mesmo período de 2022, que foi de R$ 17,32 bilhões.

Outro levantamento da Meta, encomendado à Offerwise, afirma que 89% dos consumidores planejam compras para o final do ano.

Tíquete médio para as compras de Natal

O levantamento também revela o quanto cada consumidor está disposto a gastar com presentes neste ano. O ticket médio de 2023 está projetado em R$ 460 em compras. No ano passado, a média foi de R$ 450 — número esse que a Shopee acredita valer para esse ano.

A pesquisa ainda aponta que o número de pedidos deve chegar a 39 milhões, acima dos 38,5 milhões registrados no Natal de 2022 e o maior desde 2018. Segundo a associação, as principais categorias da comemoração serão os eletrônicos, eletrodomésticos, moda, brinquedos e telefonia.

Em outra pesquisa (Hostinger), 33% das micro e pequenas empresas online projetam aportar no Natal algo semelhante ao que foi feito na Black Friday. Além disso, outras 20% MPEs afirmam que aumentarão o investimento em campanhas durante as comemorações natalinas.

https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/no-natal-e-commerce-deve-movimentar-r-179-bilhoes-em-vendas-mostra-abcomm

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Shein lidera intenção de compra online durante Black Friday, aponta Conversion

A Shein mantém seu protagonismo no cotidiano do e-commerce brasileiro. Com uma série de manobras ao longo do ano para se fortalecer por aqui, a empresa chinesa de moda aparece, agora, como site com maior intenção de compra para a Black Friday 2023. Os dados são da Conversion.

De acordo com o estudo, a plataforma tem 19% das menções dos consumidores entrevistados quando indagados sobre onde comprarão neste período. A formação do pódio conta ainda com Amazon (18%) e Mercado Livre (16%).

Black Friday

A pesquisa também mostra uma intenção de consumo em alta de 8,7% ante mesmo período em 2022. Ao todo, 90,5% dos entrevistados têm interesse em comprar este ano.

O e-commerce em si, aliás, é a opção mais viável para 40,6% dos entrevistados, enquanto a loja física fica em 26%. Os aplicativos, que também podem ser relacionados ao comércio eletrônico, são o caminho para 25% dos respondentes.

Na lista de categorias mais procuradas, o mapeamento mostra Eletrônicos, Eletrodomésticos (15,72%) e Celulares (14%) com maior destaque. Fora do top 3, segmentos como Moda e Acessórios (11,4%), Calçados (11,32%) e Cosméticos (8,5%) também estão no imaginário do público.

Segundo Diego Ivo, CEO da Conversion, a expectativa é que as vendas de 2023 ultrapassem os resultados da última Black Friday. O executivo acredita que o cenário econômico melhorou e existe espaço para este crescimento.

“A expectativa é de que as vendas da Black Friday deste oultrapassem as do ano passado, considerando a melhora do cenário econômico do país – com juros mais baixos e um aumento tímido do poder de compra. Além disso, o setor de e-commerce mostra-se mais maduro este ano, após absorver lições da pandemia e responder à busca constante por inovação, impulsionada pela acirrada concorrência entre os players do mercado, especialmente diante do boom das plataformas asiáticas”, observa.

O levantamento aponta que o gasto da maioria para o período deve ficar entre R$ 1 mil e R$ 3 mil.

Análise Shein x Brasil

A ascensão da Shein no Brasil nos últimos meses é notável e importante para compreender o porque dessa liderança, principalmente por estar a frente de duas companhias também de destaque. Na visão de Ivo, isso diz muito sobre o cenário interno do e-commerce.

“O movimento dos consumidores em direção a e-commerces estrangeiros evidencia a necessidade de adaptação das varejistas nacionais em um ambiente cada vez mais competitivo. À medida que a Black Friday se aproxima, a competição entre plataformas asiáticas e varejistas nacionais promete ser acirrada, o que pode proporcionar não apenas desafios, mas também oportunidades para aprendizados e mudanças relevantes no cenário do comércio eletrônico nacional”, explica.

Outro ponto mencionado pelo relatório da Conversion conversa com o fato de outros players brasileiros investirem também no comércio cross border. Isso, na prática, pode ser uma das formas de buscar o equilíbrio com essas empresas internacionais.

 

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Mercado Livre, Amazon e OLX lideram ranking de e-commerces mais acessados no Brasil

Com uma média de 286 milhões de visitas mensais, o Mercado Livre é o e-commerce mais acessado no Brasil em 2023, segundo levantamento da Semrush, plataforma de marketing digital, que divulgou um ranking das 20 plataformas mais acessadas pelos brasileiros.

O varejista argentino é seguido pela Amazon, com cerca de 260 milhões. O número representa um crescimento de 30,7% em comparação com o mesmo período de 2022, que registrou um tráfego de 193 milhões.

“Além da expansão e otimização da sua logística, a Amazon tem apostado em estratégias que fidelizam tanto vendedores quanto consumidores. Para vendedores, o marketplace é um bom canal de exposição de produtos e vendas, enquanto para o consumidor a associação com outros produtos, como o Prime, gera fidelização e benefícios diretos como frete grátis”, afirma Erich Casagrande, líder de Marketing da Semrush Brasil.

A OLX completa o pódio, com 134 milhões de visitas mensais, o que representa um crescimento de 16%.

As gigantes asiáticas se mantiveram estáveis no ranking. Com singelas mudanças, marcas como AliExpress (5,6%), Shopee (-13,7%) e Shein (6,3%) mostram a contínua popularidade no País.

Impactada pela declaração de falência em janeiro deste ano, a Americanas registrou uma queda de 46,4% em setembro de 2023, em comparação ao mesmo período de 2022. Como reflexo, a empresa irmã, Submarino, viu seu tráfego cair ainda mais: 71% no último ano.

“O ranking mostra como o e-commerce brasileiro está cada vez mais globalizado. Com a grande presença de empresas da América do Norte, Europa e Ásia no país, os marketplaces nacionais e regionais terão que investir em estratégias para competir com a concorrência“, destaca Casagrande.

 

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Com previsão de aterrissar no Brasil neste ano, Temu já supera tráfego da Shein nos EUA

Em agosto, o site da marca foi visitado mais de 221 mil vezes pelos brasileiros.

Prevista para chegar no Brasil ainda neste ano, a Temu, marketplace do grupo chinês Pinduoduo, já ultrapassou a Shein em número de acesso nos Estados Unidos, com 108 milhões de views, número 458,8% maior do que a rival, que teve cerca de 19 milhões de visitas no país no mesmo período, segundo estudo da Semrush.

Mesmo sem operar no Brasil, a Temu já desperta o interesse por aqui. Em agosto, o site da marca foi visitado mais de 221 mil vezes pela população nacional. Enquanto isso, a Shein teve cerca de 12,8 milhões de acessos, número 64,3% maior do que o mesmo período de 2022.

“Enquanto nos Estados Unidos a Shein registrou queda em relação ao último ano, por aqui, a empresa continua crescendo. Mas vale lembrar que a Temu ainda não foi lançada. Os dados já mostram esse interesse dos brasileiros em conhecer o novo marketplace, agora vale monitorar se seguiremos a tendência dos norte-americanos ou não”, afirma Erich Casagrande, líder de Marketing da Semrush no Brasil.

Disputa acirrada
Nos Estados Unidos, a dispusta entre as gigantes asiáticas já foi parar até na justiça norte- americana. Em julho, a Temu acusou a Shein de violar as leis antitruste do país, alegando que a concorrente ameaçou e intimidou fabricantes de roupas para impedir que eles trabalhassem com a empresa.

Apesar da rixa, as chinesas ainda estão bem distantes da Amazon, que atinge uma média mensal de 3,4 bilhões de acessos nos EUA.

O principal público-alvo das chinesas é a geração Z. “A Shein tem a proposta de lançar rapidamente uma ampla variedade de itens de moda a preços baixos para que os jovens consigam acompanhar as tendências. A Temu segue a mesma linha, no entanto, o seu catálogo ainda conta com produtos de mais nichos, como eletrônicos e eletrôdomésticos”, afirma Casagrande.
‘https://mercadoeconsumo.com.br/15/10/2023/noticias-varejo/com-previsao-de-aterrissar-no-brasil-neste-ano-temu-ja-supera-trafego-da-shein-nos-eua/

Mais vendedores recorrem à Justiça contra marketplaces

Processos discutem eventuais abusos das plataformas no bloqueio de contas e retenção de valores das vendas dos lojistas.

Foco principal de atuação das varejistas on-line no país, o marketplace tem sido alvo de processos judiciais de lojistas no Brasil.

Levantamento do Valor nas páginas dos tribunais na capital e interior de São Paulo, principal praça de consumo no país, mostra que houve um aumento de 69 para 105 no número de ações de vendedores contra grandes plataformas entre janeiro e outubro frente ao acumulado de 2022.

Esse crescimento de 52% se refere, especificamente, a processos em que se discute eventuais abusos das empresas no bloqueio de contas e retenção de valores das vendas dos lojistas. Nos autos, para justificar a suspensão ou o cancelamento, os marketplaces alegam violação à propriedade intelectual, por conta da venda de itens falsificados, clonagem de contas ou atividades suspeitas.

A expansão maior está no número de ações cujos os réus são Mercado Livre e Amazon. No Mercado Livre e na sua controlada Ebazar, somados, são 59 ações até outubro, com foco em bloqueio de conta e retenção do dinheiro dos lojistas, versus 30 casos em todo o ano passado, ou seja, volume quase duas vezes maior.

Na Amazon, existem 43 ações em andamento, versus 37 em 2022. Americanas e Magazine Luiza tiveram números menos relevantes e estáveis ou em queda.

Proporcionalmente, porém, a Amazon tem números mais expressivos. Na base do Mercado Livre, existiriam cerca de 6 milhões de vendedores no Brasil (pessoas físicas e jurídicas), segundo cálculos de consultores, e na Amazon são apenas 50 mil lojistas.

A postura mais rígida das plataformas, especialmente após 2020, quando aumentou a pressão do varejo local e do governo contra o “camelódromo digital”, tem peso nessa judicialização. Na visão de lojistas, também há efeito de algoritmos pouco precisos para a identificação dos vendedores que burlam as regras, o que acaba ampliando a base de lojistas afetados.

“O algoritmo até andou melhorando, mas ainda não está redondo e peca pelo excesso. Na Amazon, se há sinal de dúvida sobre origem de um produto, eles bloqueiam e você fica com a conta suspensa 90 dias, sem muito espaço para diálogo. Como o contrato de marketplace é um contrato privado entre parceiros, não regulado pelo Código de Defesa do Consumidor, não há muito o que fazer, a não ser questionar na Justiça”, diz um ex-diretor de uma plataforma.

“Lojistas maiores conseguem acionar as plataformas mais rapidamente”

— Gabriel Lima

Advogados têm identificado, nos últimos meses, uma demanda maior de lojistas que avaliam acionar a Justiça, e há uma análise geral de que o recuo de anos consecutivos nas vendas on-line no Brasil, em 2022 e 2023 – algo inédito na história do segmento – ajudam a explicar essa ida aos tribunais.

No segundo trimestre, o setor encolheu 15% e no primeiro, quase 14% – em 2022, o recuo foi de 3%, segundo dados da Neotrust.

“Vendedores de menor porte não podem ficar com a conta bloqueada muito tempo num momento com venda mais difícil. Lojistas maiores são tratados como ‘key accounts’ [contas-chave], e conseguem acionar as plataformas mais rapidamente quando há algum problema”, diz Gabriel Lima, CEO da Enext, consultoria voltada para marketplaces.

Nas 105 ações analisadas pelo Valor, a maioria pede antecipação de tutela, para liberação das contas antes do julgamento do mérito. A maior parte é concedida. O entendimento é que o bloqueio tem efeito econômico nocivo aos lojistas.

“A procura dos ‘sellers’ aumentou muito neste ano. Hoje mesmo tivemos a entrada de outra ação para ajuizar em Presidente Prudente”, diz Renato Banheti, advogado da Pacianotto, Chelli & Lotfi, que representa a loja de telefonia e informática D. Hanemann, em ação contra o Mercado Livre.

Segundo ele, a principal queixa é que as empresas não dão prazo para ter acesso aos recursos após o bloqueio nem à manifestação dos vendedores por meio do sistema da plataforma. “E o motivo nunca tem uma resposta efetiva. Alegam um alto cancelamento de vendas, suspeita de conta clonada, ou algum outro problema, sem retorno após as explicações dos lojistas.”

Esse movimento neste ano chama a atenção porque não é comum vendedores de pequeno porte entrarem na Justiça contra as grandes plataformas, pelo alto custo envolvido no serviço de advogados (em valores de ação relativamente baixos) e pelo desgaste gerado com o parceiro.

De acordo com Caio Giacaglia, sócio na Giacaglia Advogados, as suspensões acontecem por uma má avaliação do sistema das empresas. “Há, por exemplo, problemas em cadastros de produtos, que comumente são interpretados como violação à propriedade”.

Plataformas afirmam que seus controles avançaram e que termos dos contratos são claros.

O advogado afirma que, até 2021, o Mercado Livre estava no topo da lista de busca por auxílio jurídico e que, em 2022, a Shopee assumiu a liderança. Neste ano, a Amazon está entre aquelas com maior números de ações no escritório.

Numa das ações deste ano, no valor de R$ 320 mil, na 19ª Vara Civil de São Paulo, a Head Informática, representada por Giacaglia, alega que foi bloqueada pela Amazon sem aviso prévio e sem retorno após sua manifestação. E diz que os recursos da conta ficaram inacessíveis. A Amazon afirma que houve violação ao contrato ao qual o varejista aderiu.

Fontes próximas às plataformas afirmam que o aumento de ações reflete o avanço nos controles e melhorias nos programas de proteção à propriedade das marcas. E que os contratos apresentam termos claros, que os lojistas podem ou não aderir, como parceiros.

Apesar do maior número de ações, fontes próximas às empresas afirmam que são números pequenos de processos versus o volume de lojistas na plataformas de Mercado Livre e de Amazon,

Como as plataformas não são as donas das marcas vendidas, mas atuam como espécies de intermediárias na venda, elas não podem abrir processos criminais em caso de comprovação de fraude ou falsificações.

O caminho é o cancelamento das contas.

Procurado, o Mercado Livre afirma que mantém uma relação transparente e próxima com seus vendedores para a tratativa de demandas de qualquer usuário, privilegiando a resolução rápida e consensual de conflitos e sem que haja a necessidade de recorrer às esferas judiciais. Diz que a sua estrutura interna permite a resolução de 99,99% dos casos. E que dá prazo de quatro dias para que o vendedor se posicione, com abertura das razões para o bloqueio. Afirma que bloqueia quando a irregularidade é comprovada.

A Amazon diz que seus vendedores são “extremamente importantes” e trabalha para protegê-los e ajudá-los a expandir seus negócios. Afirma ainda que suas políticas estão alinhadas ao compromisso de oferecer uma compra segura e de qualidade, e que não comenta ações em andamento.

O Magalu afirma, em nota, que a comercialização de produtos em situação irregular é questão “inegociável” e tem atuação preventiva, com mecanismos de controle. E por serem pequenos lojistas, busca orientá-los. E se há inconsistências ou não há esclarecimentos devidos, pode haver de advertência a descredenciamento. Em 2023, há três ações de lojistas contra o Magalu sobre o tema dos bloqueios, segundo o levantamento.

A Americanas diz que tem um time dedicado para análise de lojistas e no combate à desconformidade e conta com canal dedicado à proteção à propriedade, o que auxilia na conciliação e minimiza ações na Justiça. Em 2023, não houve ação de lojistas com a rede.

‘https://valor.globo.com/empresas/noticia/2023/10/06/mais-vendedores-recorrem-a-justica-contra-marketplaces.ghtml

 

 

 

 

 

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