Mercado Livre traça perfil do consumidor em 2024

Em 2024, o consumidor do Mercado Livre procurou mais por três categorias: Casa & Decoração, Moda & Beleza e Eletrônicos. Estes são alguns dos dados compartilhados pela companhia na primeira edição do Meli Trends Brasil. O estudo trouxe os principais hábitos de consumo dos usuários da plataforma no país.

O tênis foi o produto mais vendido em Moda, com aumento de 40% em relação a 2023. Se enfileirados, os itens que saíram do Centro de Distribuição do Mercado Livre em 2024 poderiam dar 947 voltas na Avenida Paulista

Os perfumes foram os mais vendidos em Beleza, com aumento de 61% sobre 2023. Os itens transacionados empilhados equivaleriam a 505 vezes a altura dos obeliscos do Ibirapuera.

Também foram tendência, os produtos fitness, com média de 30 buscas por segundo pelo termo no Brasil e que teve a Creatina entre um dos cinco itens mais procurados no ano.

A publicação revela ainda a consolidação das categorias Moda, Beleza e Supermercados, que tiveram forte crescimento ao longo do ano, impulsionadas pelo aumento da recorrência de compra.

Entre os produtos mais buscados, estão:

1. Jogo de Lençol Queen
2. Samsung Galaxy S23
3. Kit camisetas básicas masculinas
4. Apple iPhone 13
5. Creatina Monohidratada

Os campeões em vendas na categoria Supermercados foram:

1. Azeite De Oliva Terras De Camões
2. Sabão Em Pó OMO
3. Cerveja Heineken Long Neck

Impacto cultural

Entre os fatos culturais que mais influenciaram o consumo estão o sucesso da cantora Ana Castela, cujos produtos associados tiveram quase dez buscas por minuto no Brasil durante o ano; e o show histórico da rainha do pop Madonna na Praia de Copacabana. Já a expectativa das estreias de filmes como Divertida Mente e 2 e Lilo & Stitch estimularam as buscas por brinquedos e itens personalizados.

De acordo com Roberta Donato, diretora sênior de Marketplace no Mercado Livre, a forma como o brasileiro pesquisa e compra está em constante evolução. Por conta disso, a executivo explica que a conexão com público é uma parte importante público para elevar a experiência do usuário.

“Segundo pesquisa da Kantar, 86% dos brasileiros utilizam a nossa plataforma diretamente para comprar e para buscar ofertas. Isso significa que os interesses de compra que revelamos nesta publicação refletem os hábitos e tendências culturais do país”, afirma.

Regional

A publicação revela ainda qual foi o item mais vendido em cada estado brasileiro. O jogo de lençol queen manteve-se na ponta em mais de um terço dos 27 estados. Os suplementos alimentares foram outro destaque, com itens liderando o ranking de vendas em nove. Já a cerveja liderou em quatro unidades federativas.

Fonte: “Mercado Livre traça perfil do consumidor em 2024 – E-Commerce Brasil

Comércio eletrônico cresce 7% no ano, apesar da alta dos juros

Mercado Livre fortalece liderança no comércio eletrônico no Brasil, com 24% das visitas mensais; crescimento rápido do site chinês Temu impulsiona o e-commerce.

Em janeiro de 2024, as plataformas de e-commerce no Brasil registraram 1 bilhão de visitas, o que indica crescimento de 7% em comparação com janeiro de 2023. Foram 164 milhões de usuários ativos mensais de aplicativos, 16% acima do ano anterior. Os números foram impulsionados pelo rápido crescimento do Temu (P1DD34), chinês de comércio eletrônico propriedade da PDD Holdings, que tem sede em Boston e Dublin.

Apesar do forte desempenho, a queda da confiança do consumidor e os aumentos das taxas de juros, somados ao cenário macroeconômico difícil, dificultam o desempenho do setor.

Mercado Livre mantém liderança e Temu cresce no Brasil

Mercado Livre (MELI34) fortaleceu sua liderança, representando 24% das visitas mensais e 27% dos usuários ativos mensais no setor de ecommerce em janeiro. Sua posição dominante é ainda mais reforçada por sua alta taxa de sobreposição: mais de 70% dos usuários que visitaram concorrentes também visitaram o Mercado Libre, refletindo sua diversificada oferta de produtos e altos níveis de serviço.

No entanto, sua baixa duração de visita (2:16 vs. uma média de 5:08), alta taxa de rejeição e indicadores de satisfação do cliente insatisfatórios (por exemplo, uma classificação de 4,5 no Reclame Aqui vs. uma média do setor de 7,45) destacam os desafios de converter tráfego em vendas e manter a satisfação do usuário.

Vestuário, Calçados e Joias

Em janeiro de 2024, o segmento registrou 161 milhões de visitas a sites (+7% a/a), impulsionado pelo crescimento na categoria mainstream (+19% a/a), que lidera com 39% das visitas, e na categoria de calçados (+20% a/a).

Mainstream: A Shein impulsionou o crescimento da categoria (+37% a/a), liderando com 49% das visitas, 75% dos downloads de aplicativos, a maior duração de visita (6:50) e as maiores taxas de sobreposição. As Lojas Renner se destacaram com um crescimento de +22% a/a nas visitas ao site, consolidando sua posição como o 2º maior player mainstream.

Roupas esportivas: Os downloads de aplicativos caíram -24% a/a em janeiro, principalmente devido à Netshoes (-37% a/a), apesar de manter usuários ativos mensais estáveis graças ao forte desempenho da Adidas (+64% a/a) e do Grupo SBF (+19% a/a). No entanto, o Grupo SBF e a Netshoes mantiveram sua liderança, com 43% e 38% das visitas ao site, e 42% e 34% dos usuários ativos de aplicativos, respectivamente.

Joias: A categoria alcançou 9 milhões de visitas a sites (-3% a/a) em janeiro, impactada principalmente pela Vivara (-8% a/a), que lidera com 71% das visitas, bem como a maior taxa de sobreposição no setor.

Calçados: A categoria alcançou 9 milhões de visitas a sites (+35% a/a) em janeiro, impulsionada principalmente pela Alpargatas (ALPA4) (+67% a/a) e Vulcabras (VULC3) (+31% a/a), que representaram uma participação de 45% e 33% das visitas ao site, respectivamente.

Luxo acessível: Azzas (AZZA3) solidificou sua liderança com uma participação de 92% das visitas e quase 100% dos usuários ativos mensais, que viram um crescimento significativo a/a, impulsionado principalmente pela Farm, que alcançou 2,5 milhões de usuários ativos.

Fonte: “Comércio eletrônico; Mercado Livre lidera e Temu avança no Brasil

Domine o mercado em 2025: estratégias dos grandes players para seu e-commerce

O setor de e-commerce no Brasil vem experimentando um crescimento exponencial nos últimos anos, consolidando-se como um dos segmentos mais dinâmicos da economia. Grandes empresas como Mercado Livre, Amazon e Shopee lideram a transformação digital, criando oportunidades únicas para empreendedores em nichos como ferramentas e construção.

De acordo com a Ebit | Nielsen, o e-commerce brasileiro alcançou um faturamento de R$ 270 bilhões em 2024, representando um crescimento de 23% em relação ao ano anterior. O segmento de ferramentas e construção, em particular, destacou-se com uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 15%, impulsionado pela digitalização do setor e pela expansão do mercado de reformas residenciais.

Dados de mercado: um setor em grande ascensão

O mercado de ferramentas e construção não apenas acompanha o crescimento do e-commerce, mas o supera em vários aspectos. Uma pesquisa recente da Statista projeta que o setor global de ferramentas alcance um valor de mercado de US$ 40 bilhões até 2028, enquanto a construção no Brasil cresce em ritmo acelerado, com previsão de aumento de 3,8% ao ano até 2026, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Essa combinação de crescimento local e global torna o setor altamente atrativo para empreendedores digitais e para as indústrias.

1. Aumento de vendas: personalização, adaptação e conveniência

Catálogo bem estruturado: um estudo do Baymard Institute mostrou que 42% dos consumidores abandonam o carrinho devido à falta de informações detalhadas sobre os produtos. Para evitar isso, invista em descrições completas, imagens de alta qualidade e vídeos demonstrativos.

Atendimento rápido e automatizado: ferramentas “facilitadoras” como chatbots e integrações com WhatsApp aumentam a satisfação do cliente em até 70%. A pesquisa da HubSpot revela que empresas que oferecem suporte imediato têm 93% mais chances de fidelizar clientes.

Parcerias com marketplaces: no Brasil, marketplaces representam mais de 78% das vendas online, segundo a Ebit | Nielsen. Aproveite as oportunidades em plataformas como Mercado Livre e Amazon para ampliar sua visibilidade e atingir novos clientes.

Programa de fidelidade: implante programas de cashback ou descontos para clientes recorrentes. Uma análise da Bond Brand Loyalty indicou que clientes fidelizados geram 25% mais receita por transação. Isso significa maior taxa de conversão para seu e-commerce.

2. Aumento de faturamento: sortimento de produtos e upselling

Venda cruzada (cross-selling): combine itens complementares para aumentar o ticket médio. Por exemplo, 35% das vendas da Amazon são atribuídas à recomendação de produtos relacionados.

Produtos exclusivos e personalizados: itens diferenciados têm margens de lucro mais altas e ajudam a atrair nichos específicos. O segmento de DIY (faça você mesmo) cresce 12% ao ano, de acordo com o IBGE.

Produtos de assinatura: modelos de assinatura aumentam o LTV (Lifetime Value) do cliente. Uma pesquisa da McKinsey mostra que empresas com serviços de assinatura têm um crescimento médio de 30% ao ano.

3. Aumento da operação: escalabilidade e logística eficiente

Centros de distribuição estratégicos: localizar estoques próximos aos principais mercados consumidores pode reduzir os custos logísticos em até 20% e diminuir o prazo de entrega, melhorando a experiência do cliente. Isso seria otimizar sua operação.

Automatização: o uso de sistemas ERP e soluções de gestão integrada pode aumentar a eficiência operacional em 40%, segundo um estudo da Deloitte.

Parcerias logísticas: empresas que utilizam serviços de operadores como Correios e transportadoras privadas têm taxas de satisfação do cliente 30% maiores, de acordo com a Gartner.

4. Tributação: como navegar o cenário brasileiro

Planejamento tributário: empresas no Simples Nacional podem economizar até 12% em tributos. Um contador especializado pode ajudar a identificar créditos fiscais relevantes.

Estruturação empresarial: estados como Espírito Santo, Minas Gerais e Santa Catarina oferecem regimes fiscais mais atrativos para e-commerces. Considere a abertura de filiais nessas regiões.

Operar como MEI: o MEI é uma excelente opção para quem está começando, oferecendo tributação simplificada e benefícios fiscais até o limite de R$ 81 mil anuais.

5. Uso de ADS: como alavancar suas campanhas

Segmentação avançada: plataformas como Google Ads e Facebook Ads permitem segmentar públicos com alta precisão. Anúncios direcionados podem aumentar as conversões em até 50%, segundo o WordStream.

Remarketing: campanhas de remarketing são responsáveis por 26% de todas as vendas online, de acordo com a AdRoll. Utilize essa estratégia para recuperar carrinhos abandonados e fidelizar clientes.

Análise de ROI: ferramentas como Google Analytics ajudam a monitorar o desempenho das campanhas e otimizá-las em tempo real, aumentando o retorno sobre investimento em até 35%.

Em 2025, o setor de e-commerce em ferramentas e construção não é apenas promissor, mas uma das áreas de maior crescimento e rentabilidade. Dados robustos indicam que este é o momento ideal para investir em estratégias de expansão. Com foco na experiência do cliente, parcerias com marketplaces e uso de ADS, é possível transformar seu e-commerce em uma referência no mercado. Aproveite as oportunidades, planeje-se estrategicamente e colha os frutos de um setor em franca expansão.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/artigos/domine-o-mercado-em-2025-estrategias-dos-grandes-players-para-seu-e-commerce”

 

Consumo nas periferias: estudo mostra tendências para 2025

O olhar ao consumidor das periferias brasileiras é cada vez mais atento. Seja com ações de gigantes do e-commerce ou somente observando o crescimento do comércio local, o espaço destinado a este grupo só cresce. A partir disso, é importante também entender as tendências que cerca um ecossistema com mais de 17 milhões de habitantes no país.

Foi o que fez o Nós – Novo Outdoor Social com o Tracking das Favelas, relatório que esquematiza as principais tendências de consumo nas favelas brasileiras para 2025. Ao todo, 10 categorias foram levadas em consideração.

Ao todo, 800 pessoas que moram em periferias no Brasil participaram do levantamento. As informações foram coletadas por meio de um aplicativo que já divide seus usuários por classe social, gênero, idade e localidade. O nível de confiança é de 95%, segundo a empresa.

Abaixo, os destaques do Tracking das Favelas:

Tendências de consumo nas favelas em 2025

E-commerce

As marcas mais conhecidas no cenário nacional, com altos índices de conhecimento e compra, devem dominar. A previsão é que os destaques sejam Shopee e Mercado Livre. Há um aumento na lacuna de preferência entre as líderes e a Shopee se beneficia com este movimento, reverberando na intenção de compra.

Mulheres indicam níveis superiores de conhecimentos das marcas e são as principais responsáveis pelo crescimento das principais plataformas de compra digital nas favelas, com destaque para Shopee.

Alimentos

Grandes marcas dominam a lembrança dos consumidores, mas variedade de concorrentes indica um mercado dinâmico, com espaço para diferentes perfis de empresas atenderem necessidades de um público diversificado.

Reflexo da concorrência acirrada é que as taxas de intenção de compra estão se reduzindo ao longo do tempo, consequência das declarações femininas, que têm exercido papel fundamental na decisão de compra nas famílias.

Entretenimento online

Netflix mantém força em acessos e intenção de uso, mas Globoplay mostra sinais de crescimento regional, com produções locais e conteúdos sob demanda.

Tendências indicam investimento em conteúdo local, estratégias de monetização (TikTok e Kwai têm atraído criadores com foco em ganhos), foco no público jovem (priorização de conteúdos dinâmicos e interativos), integração digital (Instagram e YouTube investem em ecossistemas completos) e personalização (reforço em algoritmos e recomendações regionais).

Bancos e serviços financeiros

Manter altos níveis de serviço e personalização da experiência do cliente é essencial para sustentar a intenção de compra e fidelidade, especialmente em um mercado competitivo e com consumidores exigentes. Nubank, Bradesco e Caixa Econômica lideram consistentemente, refletindo maior penetração e preferência em regiões mais populares quando se fala em “compras”.

Higiene e beleza

Grandes marcas se destacam na lembrança dos consumidores. Embora menções estejam mais concentradas em Dove, Natura e O Boticário, o público traz a amplitude e diversidade de players da categoria.

No contexto de marcas da favela, O Boticário e Natura se destacam como líderes em conhecimento e compra, mas O Boticário mantém uma vantagem significativa em preferência e intenção de compra, consolidando-se como a marca mais desejada. No Centro-Oeste, Seda é a segunda marca em intenção de compra.

Bebidas alcoólicas

O NPS (métrica de satisfação e a fidelidade dos clientes) geral das bebidas alcoólicas é baixo (33,4%), refletindo um mercado em que os consumidores estão mais neutros ou detratores do que promotores. Há uma brecha de satisfação e oportunidade para melhorar a experiência.

Campanhas regionalizadas e inclusivas, sustentabilidade e diversidade como diferenciais, ativações locais para reforçar o pertencimento e a proximidade emocional, além da digitalização e da comunicação omnichannel são insights para os investimentos em marketing.

Bebidas não alcoólicas

Segmentação regional, com investimento em campanhas locais conectadas à cultura das favelas; empoderamento feminino, com ações inclusivas e envolventes para mulheres; sustentabilidade, com embalagens ecológicas e práticas éticas; experiências locais, com ativações comunitárias para fortalecer o vínculo emocional; digitalização, com estratégias em redes sociais e influenciadores locais para gerar autenticidade; e custo-benefício, com produtos acessíveis com qualidade para fidelizar consumidores.

Operadoras de telefonia

O mercado atingiu 262,2 milhões de acessos em novembro de 2024, contra 252 milhões no mesmo mês do ano anterior, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), e segue consolidado entre Vivo (38,8% de participação), Claro (33,5%) e TIM (23,6%). Vivo e Claro sempre aparecem como líderes de categoria, com tendência da primeira se manter no topo.

A Vivo encerrou o ano passado como líder em preferência e intenção de compra nas favelas brasileiras.

Materiais de limpeza

Alta diversificação na cesta de compras evidencia um mercado pulverizado e aberto a diferentes marcas.

As líderes dominam a mente dos consumidores, mostrando sua forte presença, o que cria oportunidades para se diferenciarem e atenderem a diferentes necessidades, e as desafia a manterem relevância num cenário de crescente competição e de possíveis mudanças nas prioridades, seja por preço, qualidade ou adequação ao perfil local.

Materiais de construção

Tigre é a marca mais presente na mente do público da favela. A forte lembrança de marca da empresa impulsiona seus altos índices de compra, preferência e intenção de compra futura, consolidando sua liderança.

No segmento de tintas, as marcas Coral e Suvinil se destacam pela grande competitividade, disputando espaço de maneira equilibrada, indicando grande concorrência entre o público da favela na categoria.

Fonte: “Consumo nas periferias: estudo mostra tendências para 2025 – E-Commerce Brasil

 

Estudo de rentabilidade em marketplaces: comparando vendas entre Mercado Livre, Amazon, Shopee e Magalu

O marketplace é o maior fenômeno digital da atualidade e é utilizado pela esmagadora maioria dos compradores digitais brasileiros. Seja pedindo comida ou comprando uma geladeira, os principais players do mercado utilizam o marketplace como estratégia em seus negócios.

Já é tradição que o começo de ano seja marcado por reajustes de tarifas desses ecossistemas, quase sempre capitaneadas pelo Mercado Livre, o atual “cara a ser batido” quando o assunto é venda pela internet. Inclusive comentei sobre esses reajustes no meu artigo da semana passada.

Cenários iniciais de venda

Atualmente, somente Amazon, Shopee e Magazine Luiza ainda demonstram algum fôlego de que é possível alcançar o gigante argentino em números de venda e brigar pelos clientes que parecem, cada dia mais, estarem acostumados com o jeito de comprar criado pelo Mercado Livre.

Por isso, resolvi apresentar neste artigo alguns cenários de vendas e das respectivas tarifas cobradas por cada um desses quatro marketplaces. A ideia é mostrar como é complexo realizar a precificação dentro desses canais e como as ferramentas logísticas desses marketplaces podem impactar na rentabilidade do vendedor.

Todos os nossos exemplos vão ser de um vendedor localizado na cidade de São Paulo, que possui regras e contrato padrão com todos os marketplaces. Vamos considerar que a venda ocorreu para um cliente que também se encontra em São Paulo e que, caso ele seja responsável pelos custos de envio, o valor do frete pago por ele será de R$ 9,90.

Nosso primeiro exemplo vai ser a venda de um carregador de celular, no valor de R$ 49,90.

Nesse primeiro cenário, podemos fazer algumas análises interessantes.

– O frete grátis é oferecido somente na Shopee. Para oferecer esse benefício, o seller precisa estar no modelo de comissão que cobra 20% sobre as vendas. Com isso, a Shopee se torna o canal menos rentável para o vendedor. Em compensação, torna-se o canal mais vantajoso para o comprador, já que o frete é gratuito.

– A Amazon é o canal mais rentável para o vendedor nesse cenário. Isso se deve principalmente à não aplicação da taxa fixa, que é cobrada por todos os demais players.

– Caso o seller opte por enviar o produto para o Full do Mercado Livre e o cliente comprador seja aderente ao serviço “Meli+” (programa de benefícios do Mercado Livre com custo mensal a partir de R$ 9,90), o frete grátis passa a ser aplicado para o produto (benefício de frete grátis para itens Full com valor acima de R$ 29 e entrega pré-programada para um dia específico da semana, o chamado “dia de entrega full”).

– Caso o seller tenha suporte para o serviço de entrega no mesmo dia, todos os marketplaces – exceto a Amazon – oferecem estrutura tecnológica e filtros em buscas para esse tipo de entrega.

Podemos concluir que a Shopee é o canal mais interessante para o comprador, pois oferece entrega grátis e no mesmo dia para o cenário em questão. Por não cobrar frete do comprador, o seller poderia até reajustar o preço do item para compensar a rentabilidade mais baixa e deixar a sua rentabilidade mais próxima à da Amazon, por exemplo.

Na Shopee, se a maioria dos produtos do vendedor tem preço de venda superior a R$ 59, é mais vantajoso entrar no modelo de comissão que cobra 14% sobre as vendas. Sendo assim, no exemplo do carregador, se optarmos por essa troca no modelo de comissão, mesmo reajustando o valor de venda do item de R$ 49,90 para R$ 59,00, ele vai continuar sendo o mais barato perante a concorrência (já que o frete é grátis para o comprador) e vai ser o mais rentável para o seller, que irá receber em sua conta o montante de R$ 46,74, valor que chega a ser 30% superior ao valor de repasse feito pelo canal menos rentável, o Magazine Luiza.

Para nosso segundo exemplo, vamos reajustar o valor do carregador de celular para R$ 80. Nesse cenário, entra em vigor a Política de Frete Grátis dos marketplaces.

O mesmo carregador, vendido pelo mesmo preço em todos os canais, pode gerar ao vendedor uma receita líquida muito diferente. Repare que o valor de repasse varia de R$ 42,65 no canal menos rentável, o Magazine Luiza, até R$ 64,80 no canal mais rentável, a Shopee.

A diferença de rentabilidade chega à marca impressionante de 52% mais repasse na comparação entre Magalu e Shopee.

Nesses quatro canais de venda, apenas Amazon e Magazine Luiza permitem que o seller trabalhe com sua logística própria. Entretanto, no Magazine Luiza, a taxa fixa de R$ 5,00 acaba inviabilizando essa opção para itens com valor de venda tão baixo, uma vez que essa taxa é parcial ou totalmente repassada para o comprador em forma de desconto no frete, deixando o valor de frete reduzido na logística do próprio Magalu. Como a taxa fixa de R$ 5,00 é cobrada mesmo que o seller utilize a logística dele, vamos considerar apenas a hipótese de uso da logística própria no canal Amazon.

Nesse cenário, o canal Amazon se torna o mais rentável, pois não há incidência de taxa fixa no pedido.

Por outro lado, o frete seria cobrado do cliente, deixando o valor final pago por ele mais alto do que em todos os demais canais.

Uma estratégia aqui seria reduzir o preço de venda no canal Amazon. Essa estratégia pode, por exemplo, atrair compradores que utilizam um buscador de preços e filtram pelo mais barato.

Pensando em manter uma rentabilidade parecida com a do melhor canal – no caso, a Shopee -, reajustamos o preço de venda no canal Amazon para R$ 76,00.

A estratégia pode capturar o cliente mais desatento, que não percebe que, mesmo aparentemente mais barato que a concorrência, no final das contas, a Amazon se torna o canal em que o produto vai ficar mais caro para ele…

Mas veja como é “louco” esse universo de precificação dos marketplaces.

Vamos reajustar o preço desse nosso carregador para R$ 180,00 e vamos manter o uso da logística própria do vendedor no canal Amazon.

Ao vender por R$ 170 e cobrar R$ 9,90 de frete do comprador, o item fica dez centavos mais barato que toda a concorrência e ainda é o canal mais rentável para o vendedor.

Isso acontece porque nessa categoria, na Amazon, a comissão final que compõe a taxa de venda é variável: de zero a R$ 100, a Amazon cobra 15% de taxa e, a partir de R$ 100,01, começa a cobrar 10%.

O vendedor mais desatento pode entender que, se o item é vendido por mais de R$ 100,01, a comissão a ser cobrada será de 10%. Mas não! No nosso exemplo, o item vendido por R$ 170 vai ter a cobrança de comissão.

Ou seja, meus amigos, no fim das contas, a comissão não é nem 10% nem 15%. A comissão real no nosso exemplo foi de 12,94%. No Mercado Livre, a comissão cobrada é de 13%; na Shopee, 14%, e no Magazine Luiza, 18%.

Se optarmos por utilizar a logística da Amazon, vamos pagar uma tarifa de frete de R$ 15,05, o que torna a Shopee o canal mais rentável.

Como último exemplo, vamos aumentar substancialmente nosso ticket médio e considerarmos a venda de um smartphone que está na casa dos R$ 2 mil. Já há algum tempo, a Shopee tem uma política de teto de comissão em R$ 100. Essa estratégia visa deixar os itens de valor mais alto com o melhor preço de mercado, já que os custos de comissão ficam reduzidos, a fim de criar no comprador o hábito de buscar itens de valor agregado maior no marketplace, e não só os itens mais “baratinhos”, como a empresa já se consolidou.

O teto de comissão da Shopee

Com o teto de comissão, a Shopee é disparada o canal mais rentável para os vendedores, entregando um repasse quase R$ 300 maior que o canal menos rentável.

Por ser um item de maior valor agregado, embutimos na comissão da Amazon a recém-criada “tarifa de parcelamento sem juros”, que é em um adicional de 1,5% na comissão cobrada do vendedor para que o item em questão aceite parcelamento sem juros nos cartões de crédito. Essa tarifa foi lançada pela empresa em 2024 e precisa ser ativada pelo seller para entrar em vigor. Sendo assim, a comissão efetiva da venda de um celular passa a ser de 13% + 1,5% = 14,5%.

Chegamos ao fim desse estudo com algumas observações a serem feitas:

– Em itens leves, o Magazine Luiza tem sido o canal menos rentável para se trabalhar atualmente. Não foi escopo desse estudo, mas, em itens mais pesados, a partir de 9kg, por ter uma tabela de frete melhor, o canal tende a ser mais rentável que os demais em itens acima de R$ 79;

– Por não cobrar tarifa de frete grátis dos vendedores e por ter um teto de comissão de R$ 100, a Shopee é o canal que tende a ser o mais rentável em todas as categorias, e principalmente para vendedores que possuem itens acima de R$ 59 e estão cadastrados no modelo de comissionamento de 14%;

– O Mercado Livre ganha destaque em itens entre R$ 30 e R$ 79 que estão no Full por oferecer frete grátis sem custos adicionais para os vendedores com clientes que estão no Meli+, o seu programa de fidelidade;

– A Amazon é o canal que possui maior flexibilidade em relação à utilização de logística do próprio vendedor, o que não obriga o vendedor a embutir o custo de frete grátis no preço final e gera valores artificialmente menores para os compradores, o que pode ser positivo em sites de buscas que filtram por menor preço.

Esse estudo foi feito para demonstrar algumas das possibilidades de precificação para marketplaces, mas tome ciência de que ainda há outros cenários não mapeados aqui. Por isso, sempre fique atento à sua precificação para evitar prejuízos.

Fonte: “Estudo de rentabilidade em marketplaces: comparando vendas entre Mercado Livre, Amazon, Shopee e Magalu – E-Commerce Brasil

 

Mercado Livre encerra operações da Kangu

Adquirida em 2020 pelo Mercado Livre, a Kangu teve suas operações encerradas pela companhia nesta quinta-feira (23). A medida, segundo nota oficial enviada à reportagem do E-Commerce Brasil, é tratada como “decisão estratégia” do Meli.

Ainda de acordo com o comunicado do Mercado Livre, a suspensão dos serviços relacionados à plataforma de entregas será gradativa. Os processos logísticos em andamento, por exemplo, serão finalizados normalmente e dentro das condições contratadas. Os novos pedidos podem ser feitos para a Kangu até hoje.

Com relação aos funcionários, o Mercado Livre afirma que cerca de 80% serão realocados dentro do ecossistema de e-commerce da empresa. O restante, entre vendedores e transportadores integradas, recebem aviso prévio de 30 a 90 dias, dependendo do contrato.

A companhia manterá um canal exclusivo para acompanhar todo o processo de encerramento e eventuais dúvidas existentes no site da Kangu.

Comunicado oficial

Abaixo, leia a declaração oficial do Mercado Livre sobre o fim das operações da Kangu enviada em primeira mão ao E-Commerce Brasil:

Comunicado ao E-Commerce Brasil

O Mercado Livre é uma empresa movida pela cultura empreendedora, constantemente revisando e aprimorando seus projetos e modelos de negócios. É com este espírito de “beta contínuo” que a companhia comunica a decisão estratégica de encerrar a plataforma de intermediação de envios Kangu, concentrando esforços em outras áreas em logística. A suspensão dos serviços, a partir de 23.01.2025, será realizada de maneira gradual para que todo o processo ocorra com tranquilidade e total transparência para os colaboradores, vendedores impactados e transportadoras.

Entregas em andamento serão normalmente executadas, dentro das condições contratadas, e novos pedidos poderão ser realizados até o dia 23.02.2025. Após essa data, a plataforma não processará nenhum novo pedido. Aproximadamente 80% dos funcionários que atuavam na operação serão realocados para outras atividades na unidade de e-commerce. Já os vendedores e transportadoras integradas receberão aviso prévio entre 30 e 90 dias, a depender da natureza do contrato.

Os demais serviços operados pela Kangu, que também atua como transportadora e que administra as Agências Mercado Livre (também conhecidas por Places), seguem funcionando normalmente. A companhia agradece aos parceiros e funcionários que contribuíram para essa jornada de aprendizados e manterá um canal exclusivo para acompanhar todo o processo de encerramento e eventuais dúvidas existentes pelo link https://www.kangu.com.br/.

Fonte: “https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/mercado-livre-encerra-operacoes-da-kangu”

Temu ultrapassa Mercado Livre e se torna 2º maior marketplace do Brasil, aponta Citi

Relatório do banco afirma que o aplicativo chinês alcançou 39 milhões de usuários ativos mensais em seis meses de operação no Brasil.

O aplicativo de vendas chinês Temu, em apenas seis meses de operação no Brasil, alcançou a marca de 39 milhões de usuários ativos no país, segundo relatório do banco americano Citi.

Esse número de clientes posiciona a empresa chinesa como o segundo maior marketplace do mercado brasileiro, ultrapassando o Mercado Livre, que terminou 2024 com 35 milhões de usuários ativos por mês.

A Temu só fica atrás da também chinesa Shopee, que lidera em número de consumidores, com mais de 50 milhões de usuários ativos mensais.

O relatório aponta que a Temu teve um aumento de 600% na base de clientes ativos desde seu lançamento no Brasil. Esse crescimento é significativo em comparação com outros participantes do mercado, como Mercado Livre, que teve um aumento de apenas 13% na sua base de usuários no último ano; ou Amazon, que perdeu 5% do seu total.

Em número de downloads, a Temu também se destacou. A chinesa lidera o ranking com a marca de 3,9 milhões de novos usuários em seu sexto mês de operação no país. Em comparação, a Shopee e o Mercado Livre tiveram, respectivamente, 2,5 milhões e 2,4 milhões de downloads.

Fenômeno de vendas

Na Temu, a estratégia para atrair clientes é apostar no preço baixo. No aplicativo, é possível comprar desde móveis e eletrônicos a até roupas e utensílios domésticos de pequeno valor, como mostrou reportagem anterior da EXAME.

Fatima Linares, analista da Euromonitor Internacional, afirmou que a ampla variedade de produtos oferecidos é “indiscutivelmente o fator mais significativo” para impulsionar a Temu.

A empresa tem ganhado escala rapidamente na China e também nos Estados Unidos, onde já é a segunda maior do mercado, atrás apenas da Amazon.

Segundo o Morgan Stanley, a empresa vende itens que vão de robô aspirador a conjuntos de tintas aquarela por preços até 70% mais baixos do que produtos semelhantes oferecidos na Amazon. E ainda oferece, nos EUA, frete grátis sem exigência de valor mínimo de compra.

Fonte: “Temu ultrapassa Mercado Livre e se torna 2º maior marketplace do Brasil, aponta Citi | Exame

Vans elétricas da Arrow Mobility otimizam logística da Amazon e Mercado Livre

Soluções sustentáveis de transporte impulsionaram a eficiência nas operações das empresas durante a Black Friday de 2024.

O uso de vans 100% elétricas fabricadas pela Arrow Mobility tem impactado a logística no e-commerce brasileiro, oferecendo soluções de transporte em períodos de alta demanda. Durante a Black Friday de 2024, essas vans foram utilizadas no transporte de mercadorias para empresas como Amazon e Mercado Livre, otimizando operações e reduzindo custos.

As vans operaram entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro, destacando-se pela capacidade de carga e rapidez na entrega. Segundo o membro do conselho de gestão da Arrow Mobility, Nestor Felpi, o desempenho foi importante para atender à alta nas compras durante o período.

“As vans da Arrow Mobility são projetadas para maximizar a produtividade, especialmente em datas como a Black Friday, onde a velocidade e o custo são determinantes. Nosso diferencial é entregar agilidade sem descartar a sustentabilidade”, afirmou o executivo.

Segundo a companhia, os veículos também foram usadas no transporte de itens volumosos, como eletrodomésticos, que estão entre os produtos mais procurados, de acordo com dados do Google e da associação de fabricantes Eletros. De acordo com Felpi, as vans possuem maior área de carga e sistemas que facilitam a organização, permitindo uma operação eficiente para mercadorias que exigem mais espaço e planejamento.

SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS MOLDANDO A LOGÍSTICA

Além de reduzirem custos, as vans elétricas oferecem uma alternativa ao transporte tradicional, com menor impacto ambiental. Segundo a empresa, a inovação atende à demanda de grandes eventos promocionais e pode influenciar a logística de longo prazo.

“A Black Friday deste ano confirmou a importância de alternativas inovadoras e sustentáveis para lidar com os picos de demandas. Neste sentido, só as vans elétricas conseguem sanar algumas dores do mercado”, ressaltou o executivo.

Fonte: “Vans elétricas otimizam logística da Amazon e Mercado Livre

 

Mercado Livre anuncia fim do Mercado Shops

Mercado Livre anunciou que encerrará a ferramenta de e-commerce Mercado Shops em 31 de dezembro de 2025. Diferente de um marketplace, o Mercado Shops permite que os vendedores criem lojas virtuais personalizadas com identidade própria, incluindo logotipos, cores, tipografias, banners e carrosséis de produtos.

Até o final do ano de 2025, os usuários atuais poderão continuar vendendo por meio da solução. Após essa data, os vendedores serão direcionados à ferramenta “Minha Página”, uma loja proprietária dentro do marketplace do Mercado Livre. Essa alternativa, no entanto, não permite integração com outras plataformas de e-commerce. Desde quinta-feira (16), novos usuários não têm acesso para criar um novo Mercado Shops, sendo direcionados para a criação de novas páginas.

Migração e custos

O Mercado Livre oferecerá aos vendedores um período gratuito de três meses para experimentar a solução “Minha Página”, que passará a custar R$ 99 mensais após o período de teste. Para os comerciantes interessados em manter presença em múltiplas plataformas de venda, a empresa recomenda migrar para integradores de e-commerce como Nuvemshop, Shopify, WooCommerce, VTEX e LWSA.

Com informações do InfoMoney, a análise do Itaú BBA, enxerga benefícios para os players de software de e-commerce na decisão do Mercado Livre, especialmente a LWSA. “O anúncio reflete os esforços do Mercado Livre para fortalecer sua base de vendedores dentro da plataforma, alinhado à sua estratégia de monetização. Entretanto, muitos vendedores ainda valorizam a possibilidade de integrar suas lojas a múltiplos canais de venda“, avalia a equipe de análise.

O Itaú BBA destaca que a maioria dos usuários do Mercado Shops é composta por pequenas e médias empresas (PMEs), que provavelmente buscarão alternativas entre os principais integradores de e-commerce disponíveis no mercado.

Fonte: “Mercado Livre anuncia fim do Mercado Shops – E-Commerce Brasil

 

Magazine Luiza reajusta tarifas no marketplace e já cobra até 22% mais que Mercado Livre

Já virou tradição. Todo fim de ano, o Mercado Livre anuncia um reajuste nas tarifas de frete cobrada dos seus vendedores do marketplace em itens com valor acima de R$ 79. Os reajustes costumam calibrar as tarifas para mais ou para menos, de acordo com a estratégia para o ano seguinte desenhada pela companhia.

Dessa vez, os reajustes foram majoritariamente para cima, com exceção dos custos de coleta para envio de itens para os armazéns do Mercado Livre (o famoso “full”), que agora vão contar com redução de custos à medida em que se aumenta o volume de itens enviados. Todos os demais anúncios foram de incrementos de tarifas.

Reajustes nos custos de coleta

O destaque vai para a taxa fixa de R$ 6, que agora será escalonada e irá variar de acordo com o valor de venda do item, complicando os cálculos dos vendedores.

A categoria de Livros, na qual não existia a cobrança dessa tarifa, também passa a contar com a mesma dinâmica, com valores um pouco inferiores ao das demais categorias.

Os custos de retirada de estoque dos armazéns do Mercado Livre sofreram reajuste de 3% a 10%, enquanto os custos de frete grátis em pedidos acima de R$ 79 contaram com um reajuste médio de 3,7%.

No embalo do anúncio do Mercado Livre, o Magazine Luiza também anunciou reajustes em suas tarifas de Frete Grátis cobradas dos vendedores do seu marketplace.

Para conseguirmos comparar os custos com mais isonomia, consideramos a taxa fixa de R$ 5 cobrada pelo Magazine Luiza como parte do custo de frete, uma vez que, no Mercado Livre, essa mesma tarifa não existe quando a tarifa de frete grátis já é aplicada naquele determinado anúncio.

Comparação de fretes entre Magazine Luiza e Mercado Livre

Ao compararmos as tarifas de Magazine Luiza e Mercado Livre, podemos perceber que o Magalu tem um frete até 22% mais caro que o do Mercado Livre, e que essa diferença é maior nos itens mais leves, de até 4kg.

A logística do Magazine Luiza começa a ficar mais vantajosa em itens a partir de 5kg, em que praticamente está empatada com o valor cobrado pelo Mercado Livre na mesma faixa de peso.

Para itens mais pesados, o frete do Magalu torna-se a opção mais econômica, registrando uma diferença de até 20% no valor cobrado perante o principal concorrente digital.

Também é interessante observar que, entre os quatro grandes marketplaces, apenas o Magazine Luiza tem uma estratégia de frete grátis similar à do Mercado Livre.

Na Amazon, a grande maioria dos sellers utiliza logística própria ou serviço de fulfillment da companhia, o Amazon Prime. O serviço de coleta ou postagem nos Correios ainda é bem tímido na empresa americana.

Na Shopee, ainda não existe tarifa de frete grátis paga pelos lojistas de seu marketplace. Resta a expectativa de como será daqui em diante, com o lançamento oficial do serviço de fulfillment da empresa, ainda neste ano.

Fonte: “Magazine Luiza reajusta tarifas no marketplace e já cobra até 22% mais que Mercado Livre – E-Commerce Brasil