Mercado Livre volta a funcionar após falhas antes da Black Friday

Os clientes do Mercado Livre reclamaram de problemas na plataforma na última quarta (23), durante o início da tarde dois dias antes do início da Black Friday. Atualmente, o e-commerce já está oferecendo descontos para a data comercial, o que rendeu reclamações de usuários.

Em nota enviada ao TecMundo, o Mercado Livre disse que a falha foi corrigida, com todos os serviços sendo restabelecidos em torno das 15h. De acordo com a empresa, as instabilidades ocorreram por causa de uma falha pontual no Amazon Web Services.

“O Mercado Livre informa que uma falha pontual na Amazon Web Services (AWS) afeta momentaneamente a operação de compras em seu marketplace. A empresa, cujas equipes especializadas estão trabalhando para resolver esse inconveniente o mais rápido possível, agradece previamente pela compreensão dos seus usuários.”

Segundo relatos no Twitter e DownDetector, a falha foi bastante abrangente e afetou diversos segmentos do site e do aplicativo do Mercado Livre em torno das 13h. Com a queda, alguns clientes não conseguiram concluir suas compras no serviço.

Alguns dos problemas estariam relacionados ao sistema de endereços do Mercado Livre. Os clientes não conseguiam concluir compras e nem mesmo simular o frete antes de aquisições.

Em outros casos, os problemas foram maiores. Os clientes não conseguem fazer login na conta, fazer buscas ou acessar o carrinho no site de compras. A plataforma exibe um aviso dizendo “ocorreu um erro. Estamos trabalhando na solução”, dando como dica para o usuário apenas “tentar novamente”.

Mercado Livre expande programa de recuperação de resíduos eletrônicos

O projeto agora também poderá ser utilizado pelos vendedores do marketplace.

O Mercado Livre anunciou a expansão de seu programa de recuperação de resíduos eletrônicos. O projeto, que antes era utilizado apenas para vendas diretas da plataforma, foi ampliado para os vendedores do marketplace. A expectativa é que a iniciativa englobe mais categorias da plataforma até o final do ano.

“Após atingir o índice de 97% de recuperação, nos sentimos prontos para estender nosso programa de economia circular para todos os vendedores da plataforma”, comenta Raquel Keiroglo, gerente de sustentabilidade do Mercado Livre Brasil.

O programa de logística reversa permite ao Mercado Livre, caso o produto não possa voltar para a prateleira, fazer a destinação correta do material e reaproveitar os componentes eletrônicos. Estes elementos que possuem as devidas condições são reaproveitados pela cadeia produtiva na forma de matéria-prima.

“Além de otimizar custos para tornar projetos como esses viáveis e sustentáveis no longo prazo, geramos renda extra aos vendedores, sobretudo os de médio e pequeno portes, que reduzem custos operacionais provenientes da devolução de mercadorias”, explica Fábio Escaleira, gerente sênior de Operações do Mercado Livre e líder do projeto.

Inclusão de vendedores
A adesão dos vendedores do marketplace aos serviços de logística reversa, aumenta o potencial de reaproveitamento de produtos para 40% do volume total de itens trocado no Brasil. “Os demais itens devolvidos que apresentam algum tipo de problema e não podem ser revendidos são diretamente enviados para a nossa rede de parceiros para aproveitamento ou reciclagem”, completou Fábio.

Atualmente, o projeto atende os 9 centros de distribuição do Mercado Livre no Brasil. A partir da implantação de duas unidades, em São Paulo e Minas Gerais, cerca de 70 funcionários avaliam o que pode ser reaproveitado ou reciclado. Criado no Brasil, o projeto foi exportado para outras operações do Mercado Livre em países como México, Argentina e Chile, seguindo os princípios de sustentabilidade da companhia.

“Mais uma vez, colocamos a serviços dos nossos usuários soluções de grande impacto positivo, colaborando com empreendedores e incentivando mudanças inovadoras na cadeia para reduzir impactos ambientais e gerar renda e novas oportunidades”, finaliza Raquel.

Empresas chinesas crescem no e-commerce; Mercado Livre ainda lidera ranking de acessos

De maneira geral, o e-commerce brasileiro registrou 2,09 bilhões de acessos em junho, queda de 1,8% em relação ao mês anterior.

Ainda recente no mercado brasileiro de e-commerces, o Shopee registrou crescimento significativo durante 2022. De janeiro a junho, o número de acessos mensais da plataforma cresceu 7%. O crescimento fez com que ela ocupasse a segunda colocação entre os marketplaces mais visitados do País, segundo dados do Relatório Setores do E-commerce de junho elaborado pela Conversion. O Mercado Livre, no entanto, ainda é o maior e-commerce do País.

Bem como o Shopee, outra companhia chinesa vem crescendo mês a mês nessa mesma métrica. A Shein, empresa do segmento de vestuário, viu um crescimento de 51% no número de acessos mensais em suas plataformas digitais. Atualmente na décima colocação do ranking de e-commerces mais acessados, a chinesa já se aproxima da Netshoes, que mantêm a média de 38 milhões de acessos por mês.

De maneira geral, o e-commerce brasileiro registrou 2,09 bilhões de acessos em junho, queda de 1,8% em relação ao mês anterior. Mais da metade dos acessos teve origem em dispositivos móveis (52%) e 22% via app, consolidando a relevância dos smartphones para o e-commerce.

O CEO da Conversion, Diego Ivo, explicou que a chegada dos marketplaces da China ao mercado nacional tem potencial para reestruturar a concorrência entre os grandes players. “Os players asiáticos conseguiram identificar uma grande lacuna no e-commerce global, que é o ticket baixo, criaram muito senso de urgência com suas promoções e construíram uma verdadeira experiência de busca de achados”, destacou Ivo.

Amazon é referência
Apesar do crescimento no número de acessos, as plataformas chinesas ainda estão longe de ameaçar as marcas mais procuradas da internet brasileira. A Conversion utiliza o conceito de Share of Search, que é a participação no volume de buscas que uma marca tem no Google dentre todas as pesquisas no segmento em que ela atua.

A Amazon é a empresa que possui o maior Share of Search do e-commerce brasileiro: 55% de todas as buscas feitas em seu segmento, importados, fazem menção direta a ela. Em seguida, representando 46% das buscas de seu setor, está a Loja do Mecânico, no segmento de ferramentas e acessórios. A Petz ocupa a terceira colocação, com 44% de tudo procurado por usuários relacionados ao e-commerce de pets.

Nessa mesma métrica, o Mercado Livre é tão líder no seu segmento quanto no volume de acessos do e-commerce como um todo. A marca tem 28% do Share of Search entre os marketplaces e está à frente de seu principal concorrente, a Amazon, com 13,5%, e da Shopee, com 11%.

Segundo a Conversion, apesar de a métrica de buscas não representar obrigatoriamente a mesma proporção da divisão de receitas do mercado (Market Share), os estudos apontam cada vez mais que os gráficos andam em paralelo.

“Para crescerem, é preciso que as concorrentes sejam mais buscadas. Isso explica não apenas o porquê de a Amazon permanecer soberana no e-commerce de importados, por exemplo, mas também ajuda a entender como os chineses estão conseguindo ganhar mercado no Brasil”, analisou Ivo.

Mercado Livre e Shopee são as principais plataformas de compras nas favelas do Brasil

Entrega é uma das principais barreiras para a expansão desse mercado nas comunidades.

Mercado Livre e Shopee são as principais plataformas de compras nas 15 maiores favelas do Brasil. Com um potencial de compra de R$ 9,9 bilhões, os moradores das 15 maiores comunidades do Brasil aderiram as compras online e 38% fazem compras por este canal. Desenvolvida pelo Outdoor Social Inteligência, a Pesquisa Persona Favela mapeou os itens mais comprados entre eletroeletrônicos e carros e motocicletas, as plataformas de compras e a forma de entrega mais utilizada nas favelas.

Foram entrevistados 462 moradores das 15 maiores comunidades dos municípios de Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza, São Luís e Belém.

Segundo a pesquisa, as plataformas mais utilizadas para fazer compras são Mercado Livre (49%), Shopee (37%), Ifood (31%), Americanas (25%) e Magazine Luiza (20%).

“Mercado Livre e Shopee se destacam pela cultura de startup, visão global, e por enxergarem a favela sem preconceito. O modelo de marketplace que vende de tudo, desde um sapato a um eletroeletrônico, também reafirma esse olhar para a favela como potência e que lá a audiência para ser alcançada”, afirma Emilia Rabello, CEO da holding Outdoor Social.

Apesar de 82% dos entrevistados que realizam compras pela internet receberem o produto na porta de casa, Emília destaca que essa é ainda é uma barreira muito grande para a expansão das compras online.

Para viabilizar a entrega porta a porta, as empresas devem olhar para dentro das favelas, gerar empregabilidade e renda para os moradores, para que eles realizem as entregas. Como exemplo, Emília cita os projetos Favela Brasil Xpress e o NaPorta, que viabilizam as entregas dentro das comunidades cadastradas, empregando os entregadores locais.

“O consumo online está em expansão, mas ainda existe um oceano azul muito grande para ser navegado. A expansão desse mercado depende dos investimentos da indústria e dos grandes varejistas. É preciso um olhar especial para esse público. Falar diretamente com os moradores dessas comunidades”, diz.

Mercado Livre incentiva profissionalização no e-commerce

Na condição de maior plataforma de e-commerce da América Latina, o Mercado Livre vem assumindo seu papel de contribuir com a democratização do comércio por meio de iniciativas de incentivo à profissionalização de vendedores. A empresa atua nessa missão desde sua fundação, há 21 anos.

Um dos resultados mais evidentes é que, desde março de 2020 até o momento, mais de 85 mil vendedores que atuam no marketplace foram formalizados. Com o auxílio do Mercado Livre, os vendedores da plataforma tiveram, em média, o tempo de abertura de empresas reduzido pela metade, de 60 para 30 dias.

“O Mercado Livre é uma plataforma muito acessível, com a missão de democratizar o acesso ao comércio no Brasil. Assim, uma pessoa que, por exemplo, perdeu o emprego e resolve comercializar algum produto, tem a possibilidade de começar e crescer por meio da nossa plataforma”, explica Fernando Yunes, vice-presidente sênior de Commerce do Mercado Livre.

A formalização do comércio é uma das principais formas pelas quais o Mercado Livre contribui –por meio de suas ferramentas de logística, pagamentos e serviços financeiros– para a retomada da economia e para o desenvolvimento socioeconômico.

Com mais empresas formalizadas, o crescimento da economia se dá em bases mais consolidadas e as pessoas têm mais segurança e estabilidade de renda.

Essa ação ganhou ainda mais relevância no contexto da pandemia, quando muitas pessoas recorreram ao comércio, inicialmente de modo informal, para complementar ou garantir renda. Milhares desses vendedores e vendedoras tiveram a oportunidade de formalizar seus negócios e criar empresas que vão durar muito tempo depois da pandemia.

Depois de formalizado, o vendedor passa a ter acesso a ainda mais ferramentas para desenvolver sua empresa dentro da plataforma do Mercado Livre.

A partir do momento em que o indivíduo se formaliza, tem acesso à logística do Mercado Livre, passa a contar com prazos de entrega muito mais curtos, pode investir em publicidade no Mercado Ads, pode montar uma loja virtual com o Mercado Shops e pode ter acesso a crédito pelo Mercado Crédito. Muitas vezes, para empresas pequenas que não conseguiram crédito em instituições financeiras tradicionais, o Mercado Livre acaba sendo um canal novo de crédito”, explica Yunes.

Esse incentivo à profissionalização vem acompanhando de outras ações que contribuem para desenvolvimento do e-commerce no Brasil. Só nos últimos quatro anos, o Mercado Livre investiu mais de R$ 10 bilhões no Brasil com o objetivo de expandir e melhorar seus serviços de logística –incluindo o início da operação de uma frota aérea própria para acelerar as entregas. Este ano, a empresa investirá outros R$ 10 milhões na operação brasileira, mantendo o foco em ampliar entregas rápidas e a baixo custo em todo Brasil, assim como avançar em inclusão financeira com o Mercado Pago.

A empresa conta hoje com mais de 6 mil funcionários registrados no Brasil e projeta a contratação de mais 7,2 mil até o fim de 2021.

Além disso, investiu e reforçou suas ações antipirataria, com a exclusão de mais de 20 milhões de anúncios irregulares de sua plataforma em 2020 (leia o relatório) e contribuiu com mais de R$ 1,2 bilhão em impostos no mesmo ano.